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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: Sociedades Comerciais (no ramo Pesqueiro)

Nome: Raimundo Albino Serrote

Código: 708200023

Curso: Administração Pública

Cadeira: Direito Empresarial


Ano 3º

Turma: E/2

Docente: Clara José Macovela

Nampula, Julho de 2022


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Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Índice
1. Introdução ................................................................................................................................ 4

2 Sociedade Comercial ............................................................................................................... 5

2.1. Sociedade Pesqueira ......................................................................................................... 5

2.2. Evolução das Sociedades Comerciais .............................................................................. 5

2.3. Constituição de uma Sociedade........................................................................................ 7

2.4. Comercio .......................................................................................................................... 8

2.4.1. Importância do Comercio ......................................................................................... 8

3. Conclusão .............................................................................................................................. 10

4. Referencias Bibliográficas ..................................................................................................... 11

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1. Introdução

O presente trabalho de carácter avaliativo inerente a cadeira de Direito empresarial, onde tem
como tema de debate, “As Sociedades Comerciais no Ramo Pesqueiro”. As sociedades
comerciais são a estrutura típica das empresas nas economias de mercado, embora a empresa
possa revestir outras formas jurídicas.

Nos termos do art. 1º CSC, as sociedades comerciais tem necessariamente por objecto a prática
de actos de comércio e as sociedades que tenham por objecto a prática de actos de comércio
devem revestir um dos tipos previstos no Código.

O trabalho tem como objectivo analisar as sociedades comerceia na área pesqueira. Falando das
metodologias usadas para a realização do trabalho foi a de revisão Bibliográfica, e durante a
realização do trabalho foram encontradas algumas dificuldades não muito importantes, que é o
escasso de informações pois sendo temas mais falados actualmente escassez de informações é
sólida.

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2. Sociedade Comercial

Uma sociedade é um contrato em que duas ou mais pessoas se obrigam a contribuir com bens e
serviços para o exercício comum de certa actividade económica, que não seja de mera fruição, a
fim de repartirem os resultados dessa actividade.

São sociedades comerciais aquelas que tenham por objecto a prática de actos de comércio e
adoptem o tipo de sociedade em nome colectivo, de sociedade por quotas, de sociedade anónima,
de sociedade em comandita simples ou de sociedade em comandita por acções. As sociedades
que tenham por objecto a prática de actos de comércio devem adoptar um dos tipos referidos no
número anterior.

2.1.Sociedade Pesqueira

Como uma forma de definir e caracterizar o conceito de comunidades pesqueiras, Diegues


(2005), aponta que a sociologia e antropologia, identificaram dois tipos ideias. O primeiro
caracteriza-se como comunidades de pescadores-camponeses que de acordo com o calendário,
ambas têm base terrestre e com agricultura como forma de subsistência, explorando recursos
pesqueiros dentro de um estuário ou lago.

O que não conformou Diegues (2005) foi a acoplação feita entre comunidades pesqueiras e
agrícolas. Para este autor, essas comunidades são diferentes e cada uma conserva uma
componente que a diferencia da outra.

Costa (2012), por sua vez, caracteriza as comunidades pesqueiras na sua dimensão mais
simbólica. A autora entende que, sendo a comunidade pesqueira aquela em que os seus membros
partilham as questões ligadas à instabilidade do meio ambiente físico, fenómenos climáticos e
atmosféricos, à intervenção humana no ambiente marinho, os estudos etnográficos sobre estas
comunidades deviam, contudo, explorar esses fenómenos.

2.2.Evolução das Sociedades Comerciais

Os Romanos as reconheciam (as chamadas societas), ainda que lhes dessem tratamento civil
(inexistindo, à época, a concepção de sociedade comercial). Nessas origens, a reunião de pessoas
se dava em torno de um objecto comum, por vezes envolvendo a exploração de um negócio por

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membros de uma mesma família, herdeiros de uma mesma herança. Eram as sociedades
familiares em que os sócios, em comum, exerciam as actividades decorrentes do negócio, se
colocando à frente da administração.

As sociedades passaram a ter um perfil mercantil, criando a base do direito societário actual,
somente na Idade Média, época em que as condições sociais e políticas se mostraram propícias
para a mercancia e para a associação como forma de exploração do comércio. De fato, como
mencionam Alfredo Lamy Filho e José Luiz Bulhões Pedreira, os séculos XI e XII permitiram o
desenvolvimento do comércio na Europa, tendo em vista se tratar de época de relativa paz, com
rotas mercantis mais seguras e a criação de novas cidades, elementos que permitiram o
surgimento do comerciante profissional, das corporações de ofício (entidades criadoras de regras
comerciais) e, por consequência das sociedades comerciais, destinadas a reunir pessoas e
recursos visando empreendimentos e lucros.

A partir desse quadro criou-se as condições para o surgimento dos diferentes tipos societários,
destinados ao comércio, permitindo também o desenvolvimento da noção de separação
patrimonial entre a sociedade e seus sócios, o que levou Vivante a afirmar que o conceito de
personalidade jurídica da sociedade seria uma conquista do direito medieval italiano (visto que as
sociedades comerciais tiveram origem nas cidades italianas medievais e, a partir daí, se
disseminaram para as demais regiões europeias e, posteriormente, do mundo).

Nesse contexto, o primeiro tipo de sociedade que surgiu, por volta do século XII, à semelhança
das antigas sociedades familiares, foram as sociedades em nome colectivo, pelas quais todos os
sócios comerciantes podiam exercer a mercancia de forma colectiva, por meio de uma razão
social, ficando os sócios responsáveis, integralmente, pelas obrigações sociais. Tratou-se, assim,
de fenómeno decorrente da natural reunião de pessoas em torno de uma finalidade comercial
comum. Configurou-se como a estrutura básica da ideia societária, pela qual todos os sócios
envolvem-se e responsabilizam-se pelos negócios sociais.

Não obstante a sociedade em nome colectivo tenha por perfil uma estrutura básica de sociedade,
decorrente do natural desejo de associação, observou-se que sua forma não atendia, à plenitude,
o interesse dos comerciantes, de modo que passaram a verificar-se inovações destinadas a
atender às necessidades do tráfico comercial.

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No mesmo período da Idade Média, a expansão do comércio passou a demandar mecanismos
societários que permitissem criar parâmetros de segurança patrimonial e formas de ocultação de
sócios. Surgem, assim, as ideias da limitação da responsabilidade dos sócios e do sócio oculto,
que não se envolve directamente com o exercício da actividade social. Tais demandas
permitiriam, por um lado, a participação de sócios investidores, detentores de capital, mas sem
interesse de participar directamente do exercício da actividade e, por outro lado, a participação
(oculta) dos então impedidos de exercer o comércio, ou daqueles que evitavam se expor e
infringir as rígidas regras éticas e canónicas então vigentes, que vedavam o comércio a uma série
de pessoas.

Atendendo a essas necessidades, se configurou a ideia da chamada sociedade em comandita, que


tinha por principal traço distintivo, para com a sociedade colectiva, a divisão dos sócios em
classes, sendo que na comandita existiriam os sócios publicamente conhecidos, que exerciam as
actividades sociais, e os sócios ocultos, que colaboravam financeiramente para o
empreendimento, mas não se revelavam para terceiros.

2.3.Constituição de uma Sociedade

Quando se inicia o processo de constituição de uma nova sociedade há vários aspectos a


considerar: o tipo de sociedade, o que é necessário, onde nos devemos dirigir, as formas de
constituição, entre outros. Mas antes de todas estas questões é necessária uma ideia de negócio.
A criação da ideia de negócio é o ponto de partida. É importante ter uma ideia de negócio sólida,
não basta simplesmente tê-la, é necessário fazer estudos de mercado para entender a
contextualização legal, económica e social.

Existem três elementos fundamentais na constituição de uma sociedade:

Ideia: O primeiro passo para criar uma sociedade é ter uma boa ideia de negócio. Essa ideia
pode passar por ocupar uma lacuna no mercado ou satisfazer melhor as necessidades dos
consumidores do que as ofertas já existentes, em termos de produtos ou serviços.

Homem: Uma boa ideia de negócio não chega, é necessário haver um potencial empresário que
reúna determinadas características como uma boa solidez profissional, o não ter medo de arriscar

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e capacidade de adaptação às mudanças. É importante uma boa experiência profissional para
minimizar o risco inicial e proporcionar uma boa gestão no futuro.

Mercado: Quanto ao mercado, é necessário proceder-se a uma análise do contexto legal,


económico e social. Para tal é fundamental ter acesso a informação que permita efectuar essa
análise. Podem-se recorrer a vários organismos para obter a informação necessária como o
IAPMEI,(Lindon, Lendrevie, & Rodrigues, 2004).

É necessário avaliar a qualidade de cada um destes elementos isoladamente e depois avaliar a


interligação entre eles.

2.4.Comercio

A palavra "comércio”, que deriva do termo latino commercium, significa, pela autoridade de um
conceituado dicionário de Língua Portuguesa (Academia das Ciências de Lisboa, 2001), a
“actividade que tem por objectivo a venda de bens ou serviços ou a sua compra para posterior
revenda, depois de transformados ou não".

Ou seja comércio é a actividade através da qual se realizam trocas de valor entre compradores
(procura) e vendedores (oferta) e em que os preços das transacções exprimem o ponto de
equilíbrio entre o valor da oferta e o valor percebido da procura, segundo uma determinada
referência monetária. O comércio é uma realidade heterogénea, na qual distintas entidades
realizam funções diferentes. A clivagem mais significativa é a que separa o grosso do retalho.

 Comércio por grosso é "a actividade de compra e venda de bens novos ou usados, sem
transformação que altere a identidade económica destes bens, efectuada a retalhistas,
grossistas ou utilizadores e exercida em estabelecimentos comerciais ou de forma não
sedentária nos locais previstos na lei" (DGCC, IAPMEI, 1999);•Comércio a retalho é "a
actividade de compra e venda de bens novos ou usados, sem transformação que altere a
identidade económica destes bens, destinados ao consumidor final e exercida ou não em
estabelecimento comercial"(DGCC, IAPMEI, 1999).

2.4.1. Importância do Comercio

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Segundo MOREIRA (Open. Cit.), ainda sobre a teoria de Heckscher e Ohlin, explica que
nenhum país é rico e abundante em todos os recursos e factores de produção, de modo que as
trocas de produtos ocorrerão até que os preços dos factores se equalizem. País que tem
abundância de terras será intensivo em produção agrícola, enquanto aqueles mais ricos em bens
de capital ou força de trabalho será intensivo nessas áreas.

Segundo o autor (Open. Cit. p. 3), referindo Krugman e Obstfeld (2001), a vantagem
comparativa no mercado internacional dependem da relação entre divisão de trabalho e extensão
de mercado, de modo que a integração comercial favorece estes factores. Sugerem que os países
devem produzir um número reduzido de bens, alcançando uma escalabilidade maior, obtendo
vantagem económica sem sacrificar a variedade de consumo. Assim, todos os países propiciarão
a ampliação da variedade de bens no comércio internacional o que integrará o mercado e trará
ganhos para todos.

Devem as empresas pensar em todas as vantagens de ter uma assessoria especializada na


actuação e na correta avaliação das normas sobre os acordos internacionais existentes e que
podem, também, isentar de tributação a importação de determinados produtos. Fazer o correto
exame das normas de “drawback”, a exemplo, se o que for importado for matéria-prima
destinada a produto para exportação, bem como disposições inversas, no sentido de que a
mercadoria importada pode conter materiais exportados pelos EUA e, com isso, ter uma redução
tributária (Open. Cit.).

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3. Conclusão

Terminado o trabalho conclui-se que uma sociedade é um contrato em que duas ou mais pessoas
se obrigam a contribuir com bens e serviços para o exercício comum de certa actividade
económica, que não seja de mera fruição, a fim de repartirem os resultados dessa actividade.

Assim são sociedades comerciais “aquelas que tenham por objecto a prática de actos de comércio
e adoptem o tipo de sociedade em nome colectivo, de sociedade por quotas, de sociedade
anónima, de sociedade em comandita simples ou de sociedade em comandita por acções”. Esta
norma expressa os requisitos para que uma sociedade seja qualificada como comercial (requisitos
de comercialidade), omitindo qualquer noção de sociedade.

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4. Referencias Bibliográficas

Costa, Cristiane Sobrinho. (2012). “Comunidades Ribeirinha de Baía do Iguape: cultura,


identidade e representação simbólica dos pescadores artesanais no contexto sócio económico do
Recôncavo Baiano”. Jornadas de Antropologia da UNICAMP. Universidade Federal da Baía.

Diegues, António Carlos. (2005). “Artisanal Fisheries in Brazil”. In: Diegues, António Carlos
(Eds) maritime anthropology in Brazil. São Paulo. NUPAUB – USP.

Lindon, D., Lendrevie, J. P., & Rodrigues, J. (2004). Mercator XXI Teoria e Prática do
Marketing. Lisboa: Dom Quixote.

Rehme, P. (1941). História universal de Derecho Mercantil. Madrid: Editorial Revista de


Derecho Privado.

Sherman, E. K. (1982). História do pensamento economico (3ª ed.). Petrópolis: Vozes.

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