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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: Integração Económica

Nome: Raimundo Albino Serrote

Código: 708200023

Curso: Administração Pública

Cadeira: Finanças Publicas


Ano 3º

Turma: E/2

Nampula, Julho de 2022


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citações e
s bibliográficas
bibliografia

Índice

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1. Introdução.................................................................................................................................4

2. Integração económica...............................................................................................................5

2.1. Objectivos da Integração Económica................................................................................6

2.2. Etapas e Níveis da Integração Económica........................................................................6

2.2.1. Zonas de Preferências Tarifárias...............................................................................7

2.2.2. Zona de Livre Comércio............................................................................................7

2.2.3. União Aduaneira........................................................................................................7

2.2.4. Mercado Comum.......................................................................................................7

2.2.5. União Política e Monetária........................................................................................7

2.3. Vantagens e Desvantagens................................................................................................8

2.3.1. A Relação da Integração com o Nível de Desemprego.............................................8

2.3.2. A Relação da Integração Económica com Desenvolvimento Ambiental..................9

3. Conclusão...............................................................................................................................10

4. Referencias Bibliográficas.....................................................................................................11

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1. Introdução

O presente trabalho de carácter avaliativo inerente a cadeira de Finanças Publicas, onde tem
como ponto de foco a integração económica. A integração, por definição, ainda que
essencialmente económica, ao menos quanto ao seu objecto, tem desdobramentos políticos,
jurídicos, sociais e culturais indissociavelmente ligados a qualquer tentativa de implementação.
Em maior ou menor grau, todo e qualquer esforço de construção de integração haverá de se
defrontar com a questão da soberania. Ao contrário do que muitos afirmam, os mercados
continuam sendo regulados por Estados e organismos mundiais, actuando muitas vezes como
parceiros de interesses locais, regionais e mundiais. A integração económica de âmbito regional,
como no caso da União Europeia, do Nafta e do Mercosul, tende a crescer e isso não significa
que as soberanias dos Estados estão com os dias contados. Mesmo no âmbito de um mercado
integrado regional, o Estado é que dá sustentação ao conjunto de regras económicas, sociais e
políticas, sendo fundamental para o desenvolvimento económico de cada país. Uma ordem de
mercado depende da existência do Estado para impor a todas regras efectivas que garantam as
condições mínimas indispensáveis à realização de trocas económicas.

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2. Integração económica

A integração é um processo, normalmente estimulado por interesses económicos, que leva


nações, países a buscar arranjos que permitam ou assegurem acção conjunta de resultados
benéficos. Esse actuar conjunto será fruto do ajuste equilibrado de soberanias, em se tratando de
países independentes. E a integração será perfeita e plena quando decorrer da vontade popular ou
tiver sido por ela ratificada, através de seus representantes, legitimamente eleitos. A construção
de uma integração económica ocorre por etapas, por aproximações sucessivas. A maneira de
viabilizá-la é pelo caminho do gradualismo, da flexibilidade e do equilíbrio, princípios que
devem estar sendo explicitados em todo mercado comum.

A integração vive, de acordo com Chiarelli: (...) de liberdade política, económica; de criatividade
produtiva e de tecnologia inovadora e competente; de produtos melhores, bons e baratos; de
trabalhadores qualificados e remunerados condignamente; de um Estado que tenha autoridade,
não sendo autoritário e de representantes que supervisionem, fiscalizem, mas não façam de sua
intervenção, meramente correctiva, o alto de rotina, formalizando o que deve ser informal, e
burocratizando o que deve ser simplificado. (CHIARELLI, 1992).

A integração surge inicialmente como integração económica, processo-motor das outras formas
de interacção (social e política), correspondendo à formação de blocos de Estados, que,
atendendo a determinados padrões (estabilidade política e económica, especialmente), se
vinculam através de tratados fundacionais e se comprometem, de maneira progressiva, a liberar
seus mercados.

A liberação dos mercados ocorre por meio de vários factores, como a eliminação de restrições
alfandegárias e não-tarifárias à circulação de bens, serviços e factores de produção, coordenação
de políticas macro económicas, fixação de uma tarifa comum, harmonização legislativa, com
vistas ao desenvolvimento conjunto pelo compartilhamento dos esforços e recursos.

Por definição, a integração, ainda que essencialmente económica, ao menos quanto ao seu
objecto, tem desdobramentos políticos, jurídicos e socioculturais indissociavelmente ligados a
qualquer tentativa de implementação.

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O direito de integração económica se caracteriza pela junção de alguns Estados – os quais,
geralmente, encontram-se unidos por suas posições geográficas – com o objectivo de fortalecer a
economia nacional e proporcionar mútua assistência, formando-se um mercado comum forte e
competitivo no âmbito mundial.

2.1. Objectivos da Integração Económica

Além dos objectivos económicos, a integração económica também visa, em seus princípios,
outros objectivos, como o desenvolvimento social desses países.

A diferenciação dos sistemas de integração regionais se dá conforme a aplicabilidade de suas


normas e a organização institucional, desta forma, tais sistemas podem ser considerados mais ou
menos evoluídos, tendo em vista a efectividade de suas normas e a concretização de seus
objectivos.

Inseridos no Direito de Integração estão os institutos da Supranacionalidade  (Direito


Comunitário) e da Intergovernabilidade.

 A Supranacionalidade tem como base a subordinação voluntária dos Estados membros


aos órgãos do bloco económico do qual fazem parte, com o objectivo de constituir um
mercado comum. Exemplo: A União Europeia foi constituída através do Direito
Comunitário.

 A Intergovernabilidade tem como base o funcionamento do Direito Internacional Público,


de modo que os Estados não delegam soberania às entidades supranacionais. Exemplo: O
Mercosul foi constituído através da intergovernabilidade.

A formação de blocos regionais que surgiram através da integração económica se caracterizam,


na verdade, como um processo, o qual, normalmente, se distingue por várias etapas. Quando tais
etapas são projectadas para o âmbito social e político dão à formação do bloco a característica de
união total.

2.2. Etapas e Níveis da Integração Económica

As etapas, níveis e objectivos dos diferentes blocos económicos serão analisados a seguir:

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2.2.1. Zonas de Preferências Tarifárias

Trata-se de um passo inicial de integração entre os países, de forma que são adoptadas apenas
algumas tarifas preferenciais que envolvem determinados produtos, tornando-os mais baratos
comparados aos oriundos de países que não são participantes do bloco em questão. Exemplo:
ALADI (Associação Latino-Americana de Integração).

2.2.2. Zona de Livre Comércio

Consiste na eliminação ou diminuição significativa das tarifas alfandegárias dos produtos


comercializados entre os países membros, tratando-se de um acordo meramente comercial.
Exemplo: NAFTA (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio), CAN (Comunidade Andina),
entre outros.    

2.2.3. União Aduaneira

Trata-se de uma zona de livre comércio que adotou, também, uma Tarifa Externa Comum (TEC)
– tarifa que visa taxar produtos oriundos de países que não são membros do bloco. Além de
reduzir o preço dos produtos comercializados entre os países membros, a união aduaneira torna
os produtos de países externos ao bloco ainda mais caros.

2.2.4. Mercado Comum

Trata-se de um bloco económico que possui um nível avançado de integração, indo muito além
de um acordo comercial, já que envolve a livre circulação de produtos, pessoas, bens, capitais e
força de trabalho, assim, a fronteira entre seus membros torna-se quase que inexistente quanto
aos aspectos comerciais e de mobilidade populacional.

2.2.5.  União Política e Monetária

Consiste em um mercado comum com maior nível de integração, passando a alcançar, também, o
campo monetário. É adoptada uma moeda comum, a qual substitui as moedas locais e passa a
valer comercialmente entre os países membros. Cria-se um Banco Central para o bloco, passando
a existir uma política económica comum entre os integrantes. Exemplo: União Europeia – único
exemplo de mercado comum e união política e monetária).

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A União Europeia é considerada o mais importante bloco económico da actualidade devido a
este nível avançado de integração, podendo alcançar as decisões políticas que, eventualmente,
são tomadas em conjunto por seus países membros.

O processo de integração entre países situados na mesma região geográfica, como a União
Europeia, por exemplo, propicia o surgimento de órgãos e entidades que passam a partilhar a
soberania comum com os Estados.

Em alguns casos, conforme salienta Sarmento (1999), “estas novas instâncias de poder assumem
funções tipicamente estatais, como editar normas jurídicas e dirimir conflitos de interesse”.

2.3. Vantagens e Desvantagens

Os acordos de livre comércio entre os Blocos Económicos, trazem muitos benefícios, entre eles,
o fato de importar produtos com custo reduzido (com menos impostos), e com melhor qualidade
(que também faz parte dos acordos de livre comércio). Ou exportar seus excedentes com maior
facilidade, já que os impostos são reduzidos. No caso específico do Brasil, a integração
económica internacional teve uma importância fundamental no combate a inflação, porque com
os produtos importados mais baratos, os produtores nacionais viram-se obrigados a reduzir os
preços dos produtos nacionais, para poder continuar disputando o mercado. Mas a integração não
traz apenas benefícios, existem também os efeitos negativos, e, um dos piores a ser destacado, é
o desemprego.

2.3.1. A Relação da Integração com o Nível de Desemprego

Apesar da integração económica alavancar a economia e aquecer o mercado internacional, ao


mesmo tempo, desfavorece os países emergentes que sofrem com o efeito do desemprego, já que
os países mais desenvolvidos são favorecidos porque possuem melhor tecnologia, maiores
recursos e estabilidade económica permanente, tendo assim, maior capacidade de produzir
grandes quantidades por preços reduzidos.

Integração económica também influencia o aumento do nível de desemprego:

 Mudança de sede ou de um sector de multinacionais para outro país;


 Mudança de ramo da empresa em busca de produtos competitivos;

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 Aumento da competitividade e o livre mercado;
 Abertura de importações no país, com redução de impostos para multinacionais.
2.3.2. A Relação da Integração Económica com Desenvolvimento Ambiental

As relações de integração económica não estão apenas ligadas aos aspectos económicos, sociais
e políticos, mas também ao Meio Ambiente.

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3. Conclusão

Terminado o trabalho conclui-se que Os processos de integração económica são conjuntos de


medidas de carácter económico e comercial que têm por objectivo promover a aproximação e,
eventualmente, a união entre as economias de dois ou mais países. Essas medidas concentram-se,
em um primeiro momento, na diminuição ou mesmo eliminação de Barreiras Tarifárias e Não
Tarifárias que constrangem o comércio de bens entre esses países. Uma etapa mais adiantada de
integração exigirá esforço adicional, podendo envolver a definição de uma Tarifa Externa
Comum, ou seja, uma tarifa a ser aplicada por todos os sócios ao comércio de bens com terceiros
mercados.

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4. Referencias Bibliográficas
Carvalho, M. A., & Silva, C. R. (2002). Economia Internacional (2ª ed.). Sao Paulo: Ed. Saraiva.

Charelli, C. A., & Charelli, M. R. (1992). Integracao: Direito e Dever. Sao Paulo: Letras.

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