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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância

O PAPEL DAS FINANÇAS PÚBLICAS NA INTEGRAÇÃO ECONÓMICA

Discente: Ana Maria Elias, Código: 708208493

Turma: “A”; 1º Grupo

Nampula, Julho

2022
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância

O PAPEL DAS FINANÇAS PÚBLICAS NA INTEGRAÇÃO ECONÓMICA

Discente: Ana Maria Elias, Código: 708208493

Curso: Licenciatura em Ensino de Administração


Pública

Cadeira: Finanças Públicas

Ano de Frequência: 3º Ano


Docente: Ana Paula da C. J. Abibo

Nampula, Julho

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2022

FOLHA DE FEEDBACK

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota /
Máxima tutor Subtotal

 Capa 0.5

 Índice 0.5
Estrutura Aspectos
 Introdução 0.5
organizacionais
 Discussão 0.5

 Conclusão 0.5

 Bibliografia 0.5

Contextualização (indicação
clara do problema)
1.0
Introdução Descrição dos objectivos 1.0

Metodologia adequada ao 2.0


objecto do trabalho

Articulação e domínio do
Conteúdo
discurso académico (expressão
Análise 2.0
escrita cuidada, coerência/coesão
discussão
textual).

Revisão bibliográfica nacional e


internacional revelantes na área
2.0
de estudo.

Exploração dos dados 2.0

Conclusão Contributos teóricos práticos 2.0

Aspectos Formatação Paginação, tipo e tamanho de 1.0


gerais letra, paragrafo, espaçamento
entre linhas

Normas APA
6a ed. e citações
Rigor e coerência das citações/ 4.0
referências bibliográficas
2
e bibliografia

Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchido pelo tutor


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Índice
1.Introdução................................................................................................................................5

1.1.Objectivos.............................................................................................................................5

1.1.2.Geral...................................................................................................................................5

1.1.3.Específicos.........................................................................................................................5

1.2.Metodologias.........................................................................................................................5

2.O PAPEL DAS FINANÇAS PÚBLICAS NA INTEGRAÇÃO ECONÓMICA....................6

2.1.Características dos Processos de Integração.........................................................................7

2.3.Etapas de Integração Económica..........................................................................................7

2.4.As Principais Vantagens e Desvantagens de Integração Económica....................................9

3.Conclusão...............................................................................................................................11

4.Referências Bibliográficas.....................................................................................................12

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1.Introdução
O presente trabalho é referente a cadeira de Finanças Públicas, visa abordar sobre O Papel
das Finanças Publicas na Integração Económica, onde focar-se-á também na identificação
das principais vantagens e Desvantagens da Integração, no entanto, importa salientar que o
interesse pela Integração Económica Regional renasceu, nas últimas décadas, um pouco por
todo o Mundo, a par da crescente liberalização económica a que vimos assistindo. Para os
países menos desenvolvidos, essencialmente para as pequenas economias normalmente
caracterizadas por um mercado interno muito limitado, carência de recursos técnico-
financeiros, sectores industriais incipientes, monoexportação, a adesão a blocos económicos
regionais (com a cooperação intra-Estados) afigura-se como uma via fundamental para o
desenvolvimento, e para a progressiva integração na economia mundial. Presa aos efeitos
estáticos de criação e desvio de comércio, a teoria geral das uniões aduaneiras é, contudo,
incapaz de justificar as vantagens destes agrupamentos, entre países que, normalmente,
dependem mais do comércio externo do que da sua própria produção interna, mas
desenvolvem as trocas comerciais essencialmente com países extra-regionais.

1.1.Objectivos

1.1.2.Geral
 Conhecer O Papel das Finanças Publicas na Integração Económica;

1.1.3.Específicos
 Conceituar a Integração Económica Regional;
 Identificar as Principais Vantagens e Desvantagens da Integração;
 Caracterizar a Integração Económica;

1.2.Metodologias
A metodologia usada para a realização do trabalho em estudo, foi o método de pesquisa
bibliográfica, cingida através da leitura de livros e artigos diversos, e o estudo foi feito de
forma qualitativa através de consulta em autores que abordam os conteúdos relacionados com
o tema.

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2.O PAPEL DAS FINANÇAS PÚBLICAS NA INTEGRAÇÃO ECONÓMICA
Conceito Básicos

 Finanças Públicas

Segundo Chichava (2007), “Finanças Públicas, são as actividades económicas através do qual
o Estado ou outro ente público afecta bens económicos para a satisfação de certas
necessidades sociais”.

 Integração Económica

De acordo com Balassa (como citado em Salacuchepa, 2012), “a integração económica é um


conjunto de medidas tendentes a abolir a discriminação. Como situação, a integração
corresponde á ausência de formas diversificadas de discriminação entre economias nacionais
[ … ]” (p. 134).

O termo integração económica aparece após segunda guerra mundial, na


época, “integração económica” designava as relações económicas entre os
diversos países, desde os fluxos comerciais, aos dos factores de produção
(capital e trabalho), ou mesmo à própria cooperação internacional, que
começava, então, a assumir algum significado. É apenas a partir de 1950, com
o trabalho pioneiro de J. Viner, que a “integração económica” passa a
designar, como o processo voluntário de crescente interdependência de
economias separadas e a sua fusão em regiões mais largas que as
correspondentes às fronteiras nacionais dos países cujas economias se
integram”, (Silva, 1991, p. 9).

A integração econômica é um processo através do qual dois ou mais países em uma


determinada área geográfica, concordam que reduzir uma série de barreiras comerciais para
beneficiar e proteger uns aos outros. Isso lhes permite avançar e alcançar objectivos comuns
do ponto de vista econômico. Os acordos incluem reduzir ou eliminar barreiras comerciais,
além de coordenar políticas monetárias e fiscais.

A integração económica consiste na reunião de elementos para formar um todo ou anunciar a


coesão de um todo já existente, a integração económica regional, visa a criação de uma nova
unidade como a integração a interna ou nacional para o desenvolvimento da coesão de um
conjunto já constituído e para fazer da unidade económica nacional um todo harmonioso.

A integração económica regional é definida como a “conexão de várias partes de um


todo; outros a consideram como sendo várias formas de cooperação internacional,

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argumentando que a simples existência de relações comerciais entre economias nacionais
independentes, já é um sinal de integração” (Balassa, 1973).

Na realidade, distinguem-se três níveis de integração económica: integração nacional


integração económica de regiões dentro das fronteiras nacionais (do próprio país); integração
económica internacional- que diz respeito à integração económica de diversas economias
(países) num espaço económico mais alargado, que ultrapassa as fronteiras nacionais; e,
integração universal- significando a integração de todas as nações do mundo num único
espaço económico (à escala mundial).

2.1.Características dos Processos de Integração


Os processos de integração são complexos, devido às controvérsias que surgem entre seus
membros. Entre as características mais importantes dos actuais processos de integração
econômica regional estão:

 Fortalecimento institucional e livre funcionamento das regras do mercado,


liberalização do comércio e promoção das exportações, aprofundamento dos sistemas
democráticos de governo, eles geram concorrência global, o resto do mundo não é
discriminado, a abertura do mercado é enfatizada, as barreiras comerciais são
eliminadas e a cooperação política e institucional é incentivada, as regras são
semelhantes e rigorosamente aplicadas por todos os membros, sem discriminação ou
assimetrias, os acordos adotados são verticais, os países podem assinar um ou mais
acordos comerciais com outros países, incluindo acordos sobrepostos, o conceito de
regionalismo é mais aberto, menos protecionista. Adotar políticas de abertura antes
das barreiras comerciais oficiais ou distanciamento do protecionismo, redução de
barreiras não tarifárias derivadas de setores como transporte e comunicação,
actualmente, os processos de integração regional estão sendo adotados por meio de
processos de mercado independentes do governo.

2.3.Etapas de Integração Económica


A integração económica (internacional) pode assumir cinco formas diferentes: zonas de
comércio livre (ZCL), uniões aduaneiras (UA), mercados comuns (MC), uniões económicas
(UE) e uniões económicas e monetárias (UEM).

 Zonas ou Áreas de Livre Comércio

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Nas zonas de comércio livre os países levantam as barreiras alfandegárias (direitos aduaneiros
e restrições quantitativas) à circulação de mercadorias entre eles, desde que estas tenham
origem dentro da zona. Contudo, cada país mantém a sua própria pauta aduaneira face ao
resto do mundo, i.e., face aos bens que tenham origem fora da ZCL. Assim, neste tipo de
agrupamentos regionais, é livre o comércio das mercadorias totalmente produzidas dentro da
região (cuja produção utilize apenas inputs também produzidos internamente, num dos países
membros), e o daquelas que, não o sendo, se consideram, de acordo com determinadas regras
de origem, ter origem nessa região.

São estas regras de origem que evitam que determinadas mercadorias entrem na ZCL,
através do país com taxas aduaneiras mais baixas, em direcção a outros- deflexão de
comércio. Esse facto levaria a um claro benefício do país com taxas aduaneiras mais baixas
(já que as suas receitas alfandegárias aumentam) em detrimento dos seus parceiros.

 União Aduaneira

Nas Uniões Aduaneiras é totalmente livre o comércio de mercadorias dentro da região


integrada e os países membros estabelecem uma pauta aduaneira externa comum (PEC), o que
elimina automaticamente o problema da deflexão de comércio. Para além disto, nas Uniões
Aduaneiras a distribuição das receitas aduaneiras entre os países membros faz-se seguindo
uma fórmula acordada, o que evita que um determinado país saia beneficiado em relação aos
parceiros (por ter, por exemplo, uma localização geográfica privilegiada, ou usufruir de uma
melhor rede de transportes).

Exemplo: União Alfandegária do Sul da África-SACU. O MERCOSUL, apesar de ostentar


em seu nome “Mercado Comum”, é apenas uma união aduaneira imperfeita, em razão das
inúmeras salvaguardas que limitam a circulação de bens entre os países-membros.

 Mercado Comum

Nas Uniões Aduaneiras é totalmente livre o comércio de mercadorias dentro da região


integrada e os países membros estabelecem uma pauta aduaneira externa comum (PEC), o que
elimina automaticamente o problema da deflexão de comércio. Para além disto, nas Uniões
Aduaneiras a distribuição das receitas aduaneiras entre os países membros faz-se seguindo
uma fórmula acordada, o que evita que um determinado país saia beneficiado em relação aos
parceiros (por ter, por exemplo, uma localização geográfica privilegiada, ou usufruir de uma
melhor rede de transportes).
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O Mercado comum entre os países-membros há livre circulação de pessoas, bens, serviços e
capitais; sem necessidade de licença ou remuneração para cruzar as fronteiras. A necessidade
de coordenação de política macro-econômicas incentiva a uniformização de certas áreas do
direito, como fiscal e trabalhista. Exemplo: Comunidade Econômica Europeia, a partir de
1993, quando entrou em vigor o Tratado de Maastricht.

O mercado comum inclui não apenas produtos tangíveis, mas todos os bens e serviços
produzidos na área econômica. Bens, serviços, capitais e trabalho podem circular livremente.
As tarifas são completamente eliminadas e as barreiras não tarifárias também são reduzidas ou
eliminadas.

 União Econômica

As Uniões Económicas e Monetárias são, até agora, o mais elevado nível de integração
possível entre países independentes (trata-se de integração positiva no sentido dado por
Tinbergen). Para além da liberdade de circulação de mercadorias, capital e trabalho, da PEC,
e de um conjunto de políticas económicas comuns, as uniões económicas e monetárias
caracterizam-se ainda pela criação de autoridades supranacionais, que estão, politicamente,
acima dos Governos nacionais, os quais devem, por isso, obedecer às suas decisões
(harmonização das instituições políticas).

União econômica e monetária: quando o mercado comum passa a ter instituições


próprias, política monetária unificada, moeda única, banco central comunitário e fórum
político comum, transforma-se em união econômica e monetária. Exemplo: União Europeia.

Teoricamente, estas cinco etapas sucedem-se no processo de construção de uma zona de


integração total: à medida que vamos caminhando de uma ZCL para uma UEM, vamos, por
um lado, abolindo, de modo progressivo, as restrições à livre circulação (de mercadorias e
factores de produção) dentro da região integrada e, paralelamente, aumentando a
discriminação face ao resto do mundo, e, por outro lado vamos assistindo a uma maior
harmonização entre as políticas dos países integrados, o que significa, igualmente, que vai
diminuindo a autonomia nacional no uso de determinados instrumentos de política
económica.

2.4.As Principais Vantagens e Desvantagens de Integração Económica


i. As vantagens da integração económica

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São muitos e das mais variadas naturezas os efeitos benéficos decorrentes da integração
económica são:

 Economias em escala, formulação mais coerente e rigorosa das políticas económicas,


transformação das estruturas económicas e sociais, reforço da capacidade de
negociação, aceleração dos problemas da balança de pagamentos, intensificação da
concorrência, uma variação na quantidade de bens produzidos, uma alteração no
grau de discriminação entre produtos fabricados internamente e no estrangeiro, uma
redistribuição do rendimento entre os habitantes de diversos países e uma
redistribuição de rendimentos dentro de cada país;
ii. Desvantagens da integração:

As Desvantagens da Integração Económicas, destaca-se: o afogamento das economias


emergentes sem a cultura de compectividade, a resistência dos aparelhos nacionais às regras
de disciplina colectiva, a resistência psicológica das populações, a formação da opinião
pública.

As “quatro liberdades” O mercado comum é uma realidade correspondente a um grau


superior de integração económica: implica não apenas a livre circulação dos bens mas
também a livre circulação dos diversos factores de produção: trabalho, capitais e iniciativas
empresariais traduzidas no exercício das liberdades de estabelecimento e de prestação de
serviços.

A ideia dominante no que tange à livre circulação dos factores de produção no espaço
comunitário é de que a plena realização do mercado comum não pode assentar-se apenas na
eliminação dos entraves à livre circulação das mercadorias.

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3.Conclusão
Chegado a este ponto, importa salientar que a integração económica produz efeitos (de
natureza estática e dinâmica), positivos e negativos, entre outros, sobre a afectação de
recursos, o bem estar, o crescimento económico. Estes efeitos afectam os países membros,
mas também o resto do mundo. É esta questão essencial que se deve tomar em linha de conta
quando se opta por conduzir um processo de integração económica internacional. Assim, os
países deverão ponderar, com tanto rigor quanto possível, as vantagens (económicas e não
económicas) e as desvantagens de integrar um bloco regional alargado, que ultrapassa as
fronteiras nacionais.

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4.Referências Bibliográficas

Chichava, José. (2007). As vantagens e desvantagens competitivas de Moçambique na


integração econômica regional. Maputo.

Salacuchepa, Manuel Bissopo. (2012). Reforma, da origem a Modernização no Sector


Público, Manual de Curso de Licenciatura em Finanças Públicas, Beira, Moçambique.

Balassa, Bela (1964), Teoria de la Integracion Economica, primera edición en Español,


México: Union Tipográfica, Editorial Hispano-Americana.

Silva, A. Neto e Rego, Luís (1991), Teoria e Práctica da Integração Económica, Porto: Porto
Editora.

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