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Código: 708191440
3º Ano
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Índice
0. Introdução......................................................................................................................... 1
0.1. Geral.......................................................................................................................1
0.2. Específicos............................................................................................................. 1
0.3. Metodologia...............................................................................................................1
1. Conceito de Mendicidade..................................................................................................2
3. Mendicidade em Moçambique..........................................................................................3
4. Causas da Mendicidade.....................................................................................................7
6. Conclusão..........................................................................................................................9
7. Bibliografia..................................................................................................................... 10
0. Introdução
O baixo rendimento familiar faz com que alguns idosos sejam mais propensos à mendicidade.
Isto transforma o idoso mendigo numa fonte de rendimento para a família. A prática da
mendicidade dos idosos é, muitas da vezes, do conhecimento dos filhos ou famílias. Outro
problema que leva alguns idosos a mendigar, está relacionado com o facto de viver com netos,
órfãos de pais ou que tenham sido abandonados pelos mesmos.
0.1.Geral
0.2.Específicos
0.3.Metodologia
1
1. Conceito de Mendicidade
A mendicidade é definida pela OIT como “um conjunto de actividades através das quais
uma pessoa pede dinheiro a um estranho em razão de ser pobre ou de necessitar de doações de
caridade para a sua saúde ou por razões religiosas1.”
A pobreza foi durante muito tempo considerada como um facto natural. A riqueza só podia
pertencer a um pequeno número: príncipes, guerreiros, mercadores e sacerdotes. Durante séculos,
o paganismo, as religiões monoteístas ou a sabedoria do extremo oriente concorreram para fazer
aceitar a autoridade de direito divino, a pobreza, a mendicidade e a condição errante como partes
tão imutáveis e inelutáveis da paisagem social quanto o eram todos os dias o nascer e o por do
sol. (VALÁ, 2003, p.6)
2
A via da modernização da sociedade tornou-se um factor de mudança na forma de
representar o mendigo. Caracterizado pelo mau aspecto físico, o desmazelo, a sujidade da roupa
e do corpo e os problemas de saúde originados por estes factores, o mendigo espelhava a
existência de obstáculos ao desenvolvimento social. Vivendo em condições degradáveis, o
mendigo não trabalhava e a sua ociosidade transformava-o, aos olhos da sociedade, em mão-de-
obra desperdiçada. Convertia-se numa imperfeição da sociedade que era necessário debelar. Esta
alteração sociopolítica no país originou, no mendigo, a perda do seu estatuto sagrado,
modificando o seu papel social e a mendicidade acabou por «… ser equiparada a uma verdadeira
indústria e escola de crimes».
3. Mendicidade em Moçambique2
Ouvem-se algumas vozes de quem acha que deveria haver formas para afastar quem perturba
a ordem social. Mas, ao mesmo tempo não nos podemos esquecer que é anti-constitucional
retirar a liberdade a quem a Constituição da República a concede (art. 56 e seguintes). “A
liberdade é um Direito Humano inalienável, como tal não lhes deve ser imposta qualquer tipo de
violência”.
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O apontamento abaixo foi retirado do site
https://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2010/09/mendicidade-o-lado-vis%C3%ADvel-da-pobreza-
urbana.html
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Em Moçambique existem mais de 1.800.000 pessoas idosas, 80% das quais são vulneráveis,
com menos de um terço (1/3) de dólar americano por dia (Balanço do PES de 2008: Linha
Nacional de Pobreza: Consumo “per capita” 8,5Mt por dia por pessoa).
A mendicidade nas zonas rurais não é tão gritante, preocupante e confrangedora como nas
grandes cidades, nos centros de poder e decisão, onde, aos olhos de dirigentes ela se pratica,
porque os seus praticantes são marginalizados, discriminados, excluídos socialmente, impedidos
de acesso ao crédito bancário, acusados de improdutivos, expulsos da família, violentados,
conotados com a feitiçaria e mortos à catanada (Maputo, Sofala, Zambézia em Inhassunge, como
exemplos).
O índice de mendicidade na cidade do Maputo tende a crescer. Cada dia que passa novos
efectivos que procuram viver graças a pessoas de boa vontade nas artérias da capital engrossam
as fileiras de mendigos, num fenómeno social complexo e cujas razões são diversas, mas que
todas parecem ter origem num problema que afecta a família, célula base da sociedade. As
crianças, por exemplo, alegam que são maltratadas pelos pais ou parentes, enquanto os idosos
dizem não ter ninguém em casa para lhes dar de comer ou que foram expulsos da convivência
familiar sob acusação de feitiçaria. E os deficientes, esses, justificam a sua decisão de recorrer à
esmola ao estigma e discriminação de que são alvos na própria família.
4
Em nome da pobreza famílias carentes chegam a envolver-se na actividade, movimentando-
se para a cidade, num exercício em que crianças e deficientes são muitas vezes usados como
“isca” para sensibilizar os comerciantes e os automobilistas a darem esmola.
Segundo Miguel Maússe, alguns idosos que andam pelas ruas às sextas-feiras recebem esse
valor. O nosso interlocutor considera haver um esforço da parte do Governo para melhorar a
situação desta camada social, indicando o acréscimo de 70,00 para 100,00 meticais do subsídio
de alimentos.
Moçambique tem cerca de 20 milhões de habitantes e, destes, milhão e oitocentos são idosos.
O MMAS não possui o número exacto de idosos necessitados e vulneráveis, mas a verdade,
segundo Miguel Maússe, é que não existe capacidade para assistir a todos os (idosos)
necessitados. O subsídio de alimentos alcança apenas 178.458 beneficiários em todo o país.
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O apontamento abaixo foi retirado do site
https://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2010/09/mendicidade-o-lado-vis%C3%ADvel-da-pobreza-
urbana.html
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3.3.Centros comunitários abertos como solução4
Os centros comunitários abertos são uma estratégia adoptada pelo Governo em 2003. Estes
dizem respeito à criação, dentro das comunidades, de locais onde as pessoas idosas e outras
vulneráveis possam desenvolver actividades de geração de rendimentos, alfabetização, convívio,
e acima de tudo trocar experiências de vida entre eles. Pretende-se com estes centros que as
pessoas que tenham algo, no lugar de oferecer na rua, canalizem apoios para estes locais. É que
os idosos deambulam pela cidade, formam longas bichas nas lojas para receber um pão seco ou
50 centavos (o preço do pão simples varia de dois meticais a sete meticais). Neste momento
equipas da Acção Social estão a trabalhar nas cidades e em bairros periféricos para fazer o
levantamento de pessoas que se dedicam à mendicidade. A ideia é saber a que famílias
pertencem e por que estão na rua. “Estamos também a dotar os centros abertos de meios para
cativar este grupo”, indicou a nossa fonte.
Aquele quadro do INAS reconhece que algo falhou na implementação dos centros
comunitários. “Falhámos na implementação da estratégia, porque em algum momento ficou-se
na ideia de que os centros abertos eram locais para distribuição de comida e então houve um
grande afluxo, até de pessoas que não eram elegíveis e assim não tivemos capacidade para
responder à demanda”, afirmou, salientando que a situação obrigou ao encerramento do projecto
em 2007 e para uma reorganização.
Os centros foram reabertos em Abril último, mas com uma nova estrutura, passando a ter um
funcionário que está lá a tempo inteiro. Este garante o funcionamento diário do local. Antes os
centros eram assegurados apenas por elementos da comunidade. “Agora, o sucesso do
funcionamento dos centros não depende de nós, mas da mudança de mentalidade da sociedade,
porque enquanto houverem pessoas que continuam a dar esmola nas ruas os mendigos vão
primeiro escalar as rua e só depois é que irão aos centros abertos”, afirmou, indicando que o
município tem também a responsabilidade de criar uma postura camarária que possa regrar a
presença de mendigos na cidade-capital.
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O apontamento abaixo foi retirado do cite:
https://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2010/09/mendicidade-o-lado-vis%C3%ADvel-da-pobreza-
urbana.html
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4. Causas da Mendicidade
Existem diversos motivos que podem levar uma pessoa a praticar a mendicidade. O
desemprego, um acidente ou um problema de saúde e a velhice são algumas causas que derivam
numa mesma questão: a falta de recursos. São vistos como causa da mendicidade exclusão social,
acusados de improdutivos, expulsão na família, violência contra menores conotados com a
feitiçaria, etc..
A mendicidade infantil praticada por crianças de rua, que a utilizam como forma de
sobrevivência6.
5
No caso da mendicidade infantil, quer a pushed begging quer a forced begging importam situações de
riscopara a criança e a violação dos seus direitos fundamentais. Porém, a distinção entre as duas realidades torna-
seimperativa quer para a compreensão do fenómeno da mendicidade e das suas causas, quer para
delimitarestratégias de intervenção, in SANTOS, Elizabeth, Tráfico de Seres Humanos e Mendicidade Forçada, The
ThirdSector Against Pushed Begging – Relatório 6acional – Portugal, p. 11;
6
Idem, pp. 43;
7
c) A distribuição de qualquer tipo de apoio aos mendigos à porta de estabelecimentos
comerciais, de hotelaria, de restauração, locais de culto e outros.
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6. Conclusão
• Mulheres (jovens e idosas) usam bebés ou crianças (que nem sempre são seus filhos) para
apelarem à sensibilidade das pessoas e com isso, obterem preferencialmente apoio financeiro;
• O mesmo acontece com idade: ser idoso ou ser criança ficou uma “oportunidade” para
apelar à simpatia e obter uma esmola. Há crianças que circulam pela cidade dizendo que foram
assaltadas e perderam os livros escolares, o lanche e o dinheiro do “chapa”. Nos períodos das
matrículas escolares, os cruzamentos com semáforos enchem-se de crianças pedindo dinheiro
para as matrículas, livros e fardamento escolar.
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7. Bibliografia
Moçambique, E.P.
Gil, A. C. (1999) Métodos e técnicas de pesquisa social, (5ª Ed), São Paulo, Atlas.
invisível do Tráfico de Seres Humanos para Exploração Laboral, [em linha]. Lisboa:
www.igualdade.gov.pt/INDEX_PHP/PT/DOCUMENTACAO/PUBLICACOES
Valá, Salim Cripton (2003). A Problemática da Posse da Terra na Região Agrária do Chókwé
WLSA/Verdade: https://www.wlsa.org.mz/a-mendicidade-e-a-vadiagem-no-codigo-penal/
https://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2010/09/mendicidade-o-lado-
vis%C3%ADvel-da-pobreza-urbana.html
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