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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância

ACTOS DE COMÉRCIO

Discente: Ana Maria Elias, Código: 708208493

Turma: “A”

Nampula, Abril, 2022


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância

ACTOS DE COMÉRCIO

Discente: Ana Maria Elias, Código: 708208493

Curso: Licenciatura em Administração Pública

Cadeira: Direito Empresarial

Ano de Frequência: 3º Ano

Docente: Clara Muacuveia

Nampula, Abril, 2022

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FOLHA DE FEEDBACK

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota /
Máxima tutor Subtotal
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Estrutura Aspectos  Introdução 0.5
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5

 Bibliografia 0.5
Contextualização (indicação
clara do problema) 1.0
Introdução Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada ao 2.0
objecto do trabalho
Conteúdo Articulação e domínio do
Análise discurso académico (expressão 2.0
discussão escrita cuidada, coerência/coesão
textual).
Revisão bibliográfica nacional e
internacional revelantes na área 2.0
de estudo.
Exploração dos dados 2.0
Conclusão Contributos teóricos práticos 2.0
Aspectos Formatação Paginação, tipo e tamanho de 1.0
gerais letra, paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
6a ed. e citações Rigor e coerência das citações/ 4.0
e bibliografia referências bibliográficas

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchido pelo tutor
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Índice
1.Introdução................................................................................................................................5

2.ACTOS DE COMÉRCIO........................................................................................................6

2.1.Actos de Comercio................................................................................................................6

2.1.1.Classificação dos Actos de Comércio................................................................................7

2.1.2.Actos de comércio absoluto e por conexão ou acessórios.................................................7

2.1.2.1.Actos Substancialmente e Formalmente Comerciais......................................................7

2.1.2.2.Actos de Comércio Causais e Abstractos.......................................................................8

2.1.2.3.Actos bilateralmente comerciais/Puros e actos Unilateralmente comerciais/Mistos......8

2.1.2.4.Formação do Acto de Comercio.....................................................................................8

2.2.Regime Jurídico dos Actos de Comércio..............................................................................8

2.2.1.Leis aplicáveis dos Actos de Comercio em Moçambique.................................................8

2.3.Interpretação do nº 1, alínea a) do artigo 4º do Código Comercial.......................................9

3.Actos de Comércios Objectivos...............................................................................................9

4.Exemplos dos Actos de Comércio...........................................................................................9

5.Conclusão...............................................................................................................................10

6.Referências Bibliográficas.....................................................................................................11

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1.Introdução
O presente trabalho, desenvolveu-se no âmbito da cadeira de Direito Empresarial, e tem como
tema, Actos de Comercio, Inicialmente, é de extrema importância referir que o Direito
Empresarial desenvolveu-se quando as pessoas começaram a fazer transações em espaços
geográficos afastados daqueles em que estavam situadas. Os pagamentos das mercadorias
transportadas, adquiridas em locais diferentes daqueles em que eram consumidas, se se
continuassem a fazer em moldes tradicionais em contacto envolviam riscos significativos pela
dificuldade de acessos e pelos assaltos frequentes. Começou então a proceder-se a uma forma
documentaria de pagamentos, mais simples, e que estimulava a circulação de bens. A letra de
câmbio constituiu a primeira materialização deste fenómeno, viabilizando pagamentos à
distância e permitindo diferir a sua efectivação. A metodologia utilizada para a concretização
do trabalho foi a pesquisa bibliográfica, por estar em concordância e harmonia com o tema
proposto. Baseado em autores competentes, que dominam bem o assunto e a utilização de
suas obras que deram suporte a este trabalho. A colecta das informações foi feita através de
livros, materiais impressos e sites da internet.

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2.ACTOS DE COMÉRCIO
Conceitos Básicos

 Comércio

Conforme CUNHA, (2010, p: 23), “O termo comércio, pode-se definir em dois sentidos,
nomeadamente, o económico e o jurídico”, descritos nos seguintes termos:

i. Sentido económico A luz do sentido económico o comércio é a actividade


humana, de carácter especulativo, que consiste em pôr em circulação a riqueza
produzida, tomando disponíveis bens e serviços;
ii. Sentido jurídico Em sentido jurídico o comércio é o complexo de operações
efectuadas entre produtor e consumidor, exercidas de forma habitual, visando
lucro, com o propósito de realizar, promover ou facilitar a circulação de produtos
da natureza e da indústria, nos termos dispostos pela legislação que versa sobre a
matéria, no que tange às regras e procedimentos do exercício da actividade.
 Comerciante

Segundo CUNHA, (2010, p: 44), “O Comerciante é aquele que faz do exercício do comércio
profissão, a pessoa que se dedica habitualmente, como meio de vida a prática de actos de
comércio, nomeadamente compra pra revenda”.

2.1.Actos de Comercio
De acordo com ABUDO, (2009, p: 89), “A palavra “acto” deve ser tomada num sentido mais
amplo de que o compreendido no seu significado básico corrente o da conduta humana”, pois
aqui ela abrange:

a) Qualquer facto jurídico em sentido amplo, verificado na esfera das actividades mercantis e
ao qual sejam atribuídos efeitos jurídicos, designadamente:
i. Factos jurídicos naturais ou involuntários;
ii. Factos jurídicos voluntários, isto é, actos jurídicos, quer lícitos, quer ilícitos;
iii. Negócios jurídicos voluntários, mormente de carácter bilateral ou contratos.
b) Os factos jurídicos isolados ou ocasionais, que podem ser praticados, muitas vezes, por
comerciantes ou por não comerciantes, como os actos que fazem parte de uma actividade
comercial.

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2.1.1.Classificação dos Actos de Comércio
Segundo ABUDO, (2009, p: 91), “os actos comerciais podem ser classificados em: Actos de
Comércio subjectivos e Objectivos”.

a) Actos Comerciais Objectivos

São actos de comércio objectivos, os que são regulados na lei comercial, em razão do seu
conteúdo ou circunstâncias.

b) Actos Comerciais Subjectivos

São actos de comércio subjectivos, aqueles que a lei atribui comercialidade pela circunstância
de serem tais actos conexos com a actividade comercial dos seus autores.

2.1.2.Actos de comércio absoluto e por conexão ou acessórios


Conforme ZACARIAS (2011, p: 23 “Os actos de comércio absolutos ou por natureza são
comerciais devido à sua natureza intrínseca, que radica do próprio comércio, na vida
mercantil. São actos gerados e tipificados pelas necessidades da vida comercial”.

Podem-se distinguir duas espécies de actos dentro desta categoria:

 Uns que são, a maior parte são actos absolutos em virtude de serem os actos
caracterizadores, típicos, essencialmente integrantes daquelas actividades que tornam
o objectivo material do Direito Comercial;
 Actos absolutos em razão da sua forma, ou do objecto sobre o qual incidem.

Os actos de comércio por conexão ou acessórios são comerciais apenas em virtude da sua
especial ligação a um acto de comércio absoluto ou a uma actividade qualificada de
comercial.

2.1.2.1.Actos Substancialmente e Formalmente Comerciais


i. Actos Formalmente Comerciais, os que são regulados na lei comercial como um
esquema formal, que permanece aberto para dar cobertura a um qualquer
conteúdo, mas abstraem no seu regime do objecto ou fim para que são utilizados.
ii. Actos Substancialmente Comerciais, os que têm comercialidade em razão da
própria natureza, ou seja, por representarem, em si mesmos, actos próprios de
actividades materialmente mercantis.

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2.1.2.2.Actos de Comércio Causais e Abstractos
a) Actos Casuais: diz-se causal, todo o acto que a lei regula em ordem a preencher ou a
realizar uma determinada e específica causa-função jurídico-económica.
b) Actos Abstratos: é abstracto, aquele que se revela adequado a preencher uma
multiplicidade indeterminada de causas funções, podendo a relação jurídica que dele
resulta ter uma vida independente da relação que lhe deu origem.

2.1.2.3.Actos bilateralmente comerciais/Puros e actos Unilateralmente comerciais/Mistos


São bilaterais ou puros os actos que têm carácter comercial em relação às duas partes. E são
unilaterais ou mistos os actos que apenas são comerciais em relação a uma das partes, e civis
em relação à outra (art. 5º CCom).

2.1.2.4.Formação do Acto de Comercio


 1ª. Fase, Negociações: é preenchida fundamentalmente por circunstâncias subjectivas
(motivação e o fim), é uma fase em que as partes vão aproximando os seus interesses.
 2ª. Fase: Formação Propriamente Dita: é aquela em que se conclui o negócio, as
partes chegam a conclusão que querem celebrar o negócio e então dá-se o encontro de
vontades, porem se a lei impuser que o negocio seja celebrado por escritura pública,
então as partes terão que submete-lo, caso contrário podem faze-lo por escrito
particular.
 3.ª Fase, Execução: aqui executa-se o negócio, cumprindo com as obrigações e
formalidades que a lei prevê.

2.2.Regime Jurídico dos Actos de Comércio


O que se pretende é distinguir aspectos fundamentais dos actos de comércio que os
diferenciam dos actos civis.

1. Regra da solidariedade nas obrigações comerciais.


2. Regime dos actos de comércio unilaterais (regra da conjunção).
3. Solidariedade do fiador.
4. Dividas dos comerciantes quando são casados.

2.2.1.Leis aplicáveis dos Actos de Comercio em Moçambique


Conforme JÚNIOR, (2013, p: 47), “Os actos de comércio determinam-se no Código
Comercial do estado Moçambicano, previstas nos artigos 4° e 5° do Código comercial. Extrai-

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se destes artigos, a ideia de que determinados actos jurídicos, os acontecimentos jurídicos
relevantes são classificados como comerciais”.

E no art. 4° Código comercial, a expressão “actos de comércio”, é usada em sentido amplo.


Isto é, abarcando vários acontecimentos que consubstanciam actividades comerciais e por isso
assinaladamente efeitos jurídicos comerciais. Nomeadamente, os factos jurídicos voluntários
lícitos ou ilícitos ou ainda simples negócio jurídico.

2.3.Interpretação do nº 1, alínea a) do artigo 4º do Código Comercial


Artigo 4º

Código Comercial:

“Serão considerados actos de comércio, os actos especialmente regulados na lei em atenção as


necessidades da empresa comercial, designadamente os previstos neste código, e os actos
análogos”.

O legislador referiu a actos que devem a sua qualidade de actos de comércio à


circunstância de se acharem regulados em determina diploma. Porque se trata de uma
circunstância objectiva, que nada tem a ver com os sujeitos que praticam esse acto, são eles
designados como actos comércio objectivos.

3.Actos de Comércios Objectivos


Acto de comércio objectivo é todo aquele acto que independentemente do sujeito ou
da qualidade de sujeito, encontra-se previsto no Código comercial ou no Código civil, ou
ainda em qualquer legislação extravagante que qualifica tal acto como sendo de comércio
(n°1 do art. 4° do Código comercial)

Os actos simultaneamente regulados na lei civil e na lei comercial: em princípio, estes


actos serão civis; no entanto, serão comerciais quando neles se verificarem aquelas
características específicas que a lei comercial estabelece como atributivas comercialidade.

i. Os actos exclusivamente regulados no Código Comercial: são os que se acham


directa a e explicitamente referidos, de forma genérica, na Ia parte do artigo 4º do
código Comercial; e
ii. Os actos regulados na legislação extravagante posterior ao Código Comercial e os
casos análogos.

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4.Exemplos dos Actos de Comércio
São exemplo de actos de comércio: a compra e venda de tractor ou de outros bens; o endosso
de uma letra de câmbio.

5.Conclusão
Em Moçambique, são acolhidos como princípios gerais do sistema jurídico regulador da
actividade empresarial, de entre outros princípios gerais do direito que possam ser deduzidos
das suas normas, os seguintes: autonomia da vontade, força obrigatória dos contratos, boa fé,
equidade, presunção de solidariedade das obrigações mercantis, onerosidade das obrigações
mercantis, primazia da verdade real dos factos e proibição da concorrência desleal e do abuso
do poder económico. No que tange ao conceito a noção de actos de comércio, nota-se código
comercial, não traz de forma unitária e linear do que pode ser os actos de comércio, mas
determinação dos actos de comércio acha-se prevista nos artigos 4° e 5° do Código comercial.
Extraindo destes artigos, a ideia de que determinados actos jurídicos, os acontecimentos
jurídicos relevantes são classificados como comerciais.

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6.Referências Bibliográficas
ABUDO, José Ibraimo. Direiro Comercial, 1ª edição, Maputo, 2000.

CUNHA, Paulo Olavo. Lições de direito comercial. Vol I, Almedina, Lisboa, 2010.

JÚNIOR, Manuel Guilherme, Manual de Direito Comercial Moçambicano, Vol.1, Escolar


Editora, Maputo, 2013.

MIGUEL J.A. Pupo Correia, Direito Comercial, Direito da Empresa, com a colaboração de
António José Tomas e Octávio Castelo Paulo, 10.ª Edição, revista e actualizada, Lisboa,
Setembro de 2007.

ZACARIAS, Augusto, Direito Comercial – Sociedades Comerciais, Volume II, 1ª edição,


ISM, Maputo, 2011.

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