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Turma: “A”
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FOLHA DE FEEDBACK
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota /
Máxima tutor Subtotal
Capa 0.5
Índice 0.5
Estrutura Aspectos Introdução 0.5
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização (indicação
clara do problema) 1.0
Introdução Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada ao 2.0
objecto do trabalho
Conteúdo Articulação e domínio do
Análise discurso académico (expressão 2.0
discussão escrita cuidada, coerência/coesão
textual).
Revisão bibliográfica nacional e
internacional revelantes na área 2.0
de estudo.
Exploração dos dados 2.0
Conclusão Contributos teóricos práticos 2.0
Aspectos Formatação Paginação, tipo e tamanho de 1.0
gerais letra, paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
6a ed. e citações Rigor e coerência das citações/ 4.0
e bibliografia referências bibliográficas
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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchido pelo tutor
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Índice
1.Introdução................................................................................................................................5
5.Conclusão...............................................................................................................................10
6.Referências Bibliográficas.....................................................................................................11
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1.Introdução
O presente trabalho é pertinente a cadeira de Direito Administrativo, destina-se na abordagem
da Aplicação da Lei no Tempo e no Espaço, antes de mais longa, importa referir que, o
problema da aplicação da lei no tempo e no Espaço é antigo. Já o Direito Romano
contemplava este problema, consagrando-se no Código Justinianeu o princípio da
irretroactividade, porem, o que está em causa, quando se fala de aplicação da lei no tempo não
é saber qual é a lei em vigor, mas sim saber qual a lei que se aplica a certa situação jurídica,
quando esta esteve em contacto com diferentes leis, no decurso do tempo. Assim, o problema
da aplicação da lei no tempo convoca-nos para o difícil exercício de compatibilizar as regras
de aplicação das leis com os direitos e expectativas das pessoas, de acordo com um princípio
de justiça. A elaboração do presente trabalho foi baseada na consulta de parte da legislação
Moçambicana e de diversas obras de autores de direito. Dentro deste, falaremos dos princípios
da aplicação da lei no tempo e no espaço, bem como, as suas excepções dos graus da
retroactividade, das doutrinas existentes na aplicação da lei no tempo, bem como da doutrina
dos prazos. Assim, o presente trabalho debruça sobre a aplicação da lei no tempo e no espaço
e tem como objectivo trazer um estudo sintetizado em relação a aplicação da lei no tempo e
no espaço aos estudantes de Direito.
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2.APLICAÇÃO DA LEI NO TEMPO E NO ESPAÇO
Conceito de Lei
Segundo ROHLING, (2009, p: 416), “Lei (do verbo latino ligare, que significa "aquilo que
liga", ou legere, que significa "aquilo que se lê") é uma norma ou conjunto de normas
jurídicas criadas através dos processos próprios do acto normativo e estabelecidas pelas
autoridades competentes para o efeito”.
Para NOÉ, (s/m. ed., p: 102), “lei é uma norma jurídica, normalmente, sob a forma escrita,
proveniente de órgão competente. A lei abrange todos os modos de formação das normas
jurídicas que não sejam reconduzíveis à noção do costume. A forma declarativa distingue a lei
do costume, pois este não é declarado, mas conhecido pelo seu cumprimento”.
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2.1.2.O princípio geral da Aplicação da Lei no Tempo
1. A lei só dispõe para o futuro; ainda que lhe seja atribuída eficácia retroactiva, presume-se
que ficam ressalvados os efeitos já produzidos pelos factos que a lei se destina a regular.
2. Quando a lei dispõe sobre as condições de validade substancial ou formal de quaisquer
factos ou sobre os seus efeitos, entende-se, em caso de dúvida, que só visa os factos
novos, mas, quando dispuser directamente sobre o conteúdo de certas relações jurídicas,
abstraindo dos factos que lhes deram origem, entender-se-á que a lei abrange as próprias
relações já constituídas, que subsistam à data da sua entrada em vigor.
O decurso de um prazo pode ter o valor de facto constitutivo ou extintivo de um direito e pode
suceder que uma lei nova altere, aumentando ou diminuindo, um prazo que, estando em curso,
ainda não permitiu que o direito se constituísse ou extinguisse. Por isso é necessário saber
qual das leis a aplicar, se é a lei antiga ou a nova.
Segundo NOÉ, (s/m. ed., p: 104), “A lei é, por razões relativas ao espaço físico onde vigora,
aplicável ou não a certa situação. Pode desde já adiantar-se que a solução para este problema é
dada pelas regras de um ramo específico do Direito o Direito Internacional Privado.
A aplicação da lei no espaço procura responder às várias questões que se podem suscitar a
propósito das formas de compatibilidade entre vários ordenamentos jurídicos.
Segundo NOÉ, (s/m. ed., p: 105), “Uma vez que num Estado existem diversos ordenamentos
jurídicos, a relação da aplicação das leis no espaço são reguladas nos termos das normas do
Direito Internacional Privado dos artigos 14º a 65º do Código Civil”.
(Princípio da Territorialidade)
ARTIGO 5
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delinquiu ou se houver subtraído ao cumprimento total ou parcial da condenação proferida
nesse país.
2. É também aplicável a lei penal moçambicana ao estrangeiro que cometer qualquer dos
crimes referidos no número anterior, desde que esteja ou compareça em território
moçambicano, ou se possa obter a sua entrega.
3. A lei penal moçambicana é aplicável a qualquer outro crime cometido por moçambicano
num país estrangeiro, verificando-se os seguintes requisitos:
a) sendo o infractor encontrado em Moçambique;
b) sendo o facto qualificado de crime também pela legislação do país onde foi
praticado;
c) não tendo o agente sido julgado no país em que cometeu o crime.
4. Aplica-se ainda a lei penal moçambicana aos crimes cometidos por ou contra pessoa
colectiva ou equiparada que tenha sede em território nacional.
5. Quando ao crime cometido fora do território nacional for aplicável pena de prisão não
superior a 2 anos, o Ministério Público não exerce a acção penal sem que haja queixa da
parte ofendida ou participação oficial da autoridade do país onde se cometeu o aludido
crime.
6. Se o agente, havendo sido condenado no lugar do crime, se tiver subtraído ao
cumprimento de toda a pena ou de parte dela, forma-se novo processo perante os tribunais
moçambicanos que, se julgarem provado o crime, aplicam a pena correspondente prevista
na legislação moçambicana, descontando-se o tempo de pena efectivamente cumprido.
7. Embora seja aplicável a lei moçambicana, nos termos dos números anteriores, o facto é
julgado segundo a lei do país em que tiver sido praticado sempre que esta seja
concretamente mais favorável ao agente. A pena aplicável é convertida naquela que lhe
corresponder no sistema moçambicano, ou, não havendo correspondência directa, naquela
que a lei moçambicana previr para o facto.
ARTIGO 6
(Lugar da prática do facto)
O facto considera-se praticado no lugar em que, total ou parcialmente, e sob qualquer forma
de comparticipação, o agente actuou, ou, no caso de omissão, devia ter actuado, como naquele
em que o resultado típico se tiver produzido.
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5.Conclusão
Ao longo da pesquisa e estudo sintetizado em relação a aplicação da lei no tempo e no espaço,
compreendeu-se que as leis são feitas para regular a convivência humana na sociedade e uma
vez que a sociedade está em constante evolução, as leis acompanham essa evolução
sucedendo-se assim no tempo e no espaço para melhor eficácia do próprio direito. Portanto,
para que o Direito seja um Direito realmente eficaz, tem de se manter num espaço constante
de modernização, para conseguir acompanhar as mudanças dos tempos, assim, há medida que
a sociedade vai evoluindo, o direito tende a evoluir com ela, as leis transformam-se, renovam-
se, adaptam-se e evoluem ao longo do tempo, daí poder afirmar-se que as leis se sucedem no
tempo e no espaço. O princípio geral da aplicação da lei no tempo é o da não retroactividade,
segundo o qual, as leis apenas regulam factos novos, ou seja, factos que emergirem a partir da
data de entrada em vigor dessa lei, salvaguardando assim, os efeitos já produzidos pelas leis
anteriores. O princípio da não retroactividade, apresenta excepções, podendo assim a lei
retroagir em certas circunstâncias, sendo, quando definidas por própria lei e ou quando
beneficie os visados. A aplicação da lei no espaço tem como princípio geral, o da
territorialidade, no qual a lei se aplica em todo território de um Estado. Este princípio
exceptua-se dando origem ao princípio da extraterritorialidade, pois os Estados encontram-se
vinculados por vários sistemas normativos que concretizam a boa relação entre Estados e
cidadãos.
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6.Referências Bibliográficas
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
ROCHA, Isabel, BATALHÃO, Carlos José, ARAGÃO, Luís. Introdução ao direito. 12º Ano.
Porto Editora.
NOÉ, Fernando Gil, Manual de Gestão e Administração de Autárquica, UCM, Beira, 2010.
ROHLING, Marcos, O conceito de Lei, lei legítima e desobediência civil na teoria da justiça
como equidade de John Rawls, Brasil, 2009.
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