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ELEITORAL
Lei n. 9.504/1997: Registro da
Candidatura
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9.504/1997: Registro da Candidatura
Weslei Machado e Marco Carvalhedo
Apresentação . ............................................................................................................................4
Lei n. 9.504/1997: Registro da Candidatura . ..........................................................................6
1. Aspectos Gerais . ....................................................................................................................6
1.1. Natureza Jurídica .................................................................................................................6
1.2. Quantitativo de Requerimentos de Registro . ..................................................................7
1.3. Competência . ......................................................................................................................8
1.4. Espécies de Requerimento – RRC, RRCI e DRAP . ............................................................9
1.5. Legitimidade . .................................................................................................................... 10
1.6. Prazo . ................................................................................................................................ 10
1.7. Intimação e Contagem do Prazo ..................................................................................... 10
2. Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários – DRAP . ...................................... 12
2.1. Cotas de Gênero . .............................................................................................................. 15
3. Registro de Candidaturas Individuais – RRC e RRCI . ........................................................ 19
3.1. Denominação dos Candidatos . ....................................................................................... 20
3.2. Documentos Necessários . ..............................................................................................23
3.3. Rito . ..................................................................................................................................25
4. Ação de Impugnação do Pedido de Registro de Candidatura – AIRC . .......................... 28
4.1. Natureza Jurídica . ........................................................................................................... 28
4.2. Objeto .............................................................................................................................. 28
4.3. Prazo . .............................................................................................................................. 28
4.4. Legitimidade Ativa . ..........................................................................................................29
4.5. Legitimidade Passiva . ..................................................................................................... 31
4.6. Rito ....................................................................................................................................32
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divisão
de custos
CONCURSOS
CURSOS PARA
Gmail
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ApresentAção
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são suficientes para que você compreenda a forma da cobrança desses temas pelas bancas
examinadoras.
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Sem demoras, vamos lá!
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Também em razão de sua natureza inclinada à seara administrativa, é admitido que o jul-
gador conheça, de ofício, das causas impeditivas para o deferimento do pedido. Nesse caso,
antes de qualquer decisão, é necessária a intimação do candidato para sanar o vício, em obe-
diência ao art. 10 do CPC, que obsta a decisão surpresa no processo. Confira o dispositivo:
Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito
do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria
sobre a qual deva decidir de ofício.
Constituição Federal.
Art. 17, § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e
estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios
e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas
coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais,
sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou
municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Reda-
ção dada pela Emenda Constitucional n. 97, de 2017)
Nos estados em que o número de lugares a preencher para a Câmara dos Deputados
não exceder a 12, cada partido poderá registrar candidatos a deputado federal e a deputado
estadual ou Distrital o total de 200% do número de lugares a preencher. Observe que a regra,
que permite o acréscimo, se aplica exclusivamente aos cargos proporcionais das eleições
estaduais/federais.
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No cálculo do número de candidatos que podem ser apresentados por partido político,
será sempre desprezada a fração, se inferior a 0,5, e igualada a um, se igual ou superior, con-
soante estabelece a Lei o art. 10, § 4º, da Lei n. 9.504/1997.
Para os cargos em que a eleição ocorre pelo sistema majoritário, o partido ou coligação
somente poderá lançar uma chapa, com titular e vice, para os cargos de prefeito, governador
e presidente da República. No caso de senador, a chapa única deverá possuir um titular e dois
suplentes.
Os requerimentos de registro de candidatura em quantidade maior do que a permitida em
lei implica o indeferimento do DRAP do partido ou coligação, caso, devidamente intimado, o in-
teressado não promova a adequação, nos termos do art. 17, § 6º, da Res.-TSE 23.609/2019,
que cuida do registro de candidatos para eleições.
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Na linha da jurisprudência desta Corte, cabe ao candidato fiscalizar seu partido político
ou coligação sobre o cumprimento do prazo para o pedido de registro de candidatura
de que trata o art. 21 da Res.-TSE n. 23.373/2011, a fim de se prevenir sobre o cumpri-
mento do prazo subsequente, em que a iniciativa para o pedido de registro cabe indi-
vidualmente ao candidato, nos termos do art. 23 da Res.-TSE n. 23.373/2011. (REspe
n. 98-12/GO, rel. Min. Laurita Vaz, PSESS de 18.12.2012).
Além dos pedidos de registro de candidatos, a Justiça Eleitoral aprecia também a regu-
laridade dos registros dos partidos e das coligações, estas agora permitidas apenas para as
eleições majoritárias. Essa análise e realizada com base no Demonstrativo de Regularidade
de Atos Partidários, mais conhecido como DRAP, cuja análise recai sobre requisitos afetos à
agremiação e às coligações, tais como, os quantitativos mínimos da cota de gênero, a regula-
ridade da convenção, a constituição de diretório na circunscrição do pleito, a regular formação
da coligação, entre outros.
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1.5. LeGitimidAde
Nos termos do art. 21 da Res.-TSE n. 23.609/2019, que cuida do registro de candidatos
em eleições, o pedido de registro será subscrito:
No caso de partido isolado, alternativamente:
• pelo presidente do órgão de direção nacional, estadual ou municipal;
• por delegado registrado no Sistema de Gerenciamento de Informações Partidárias
(SGIP).
1.6. prAzo
Os pedidos de registro de candidatura podem ser realizados logo após a ocorrência da
convenção partidária e tem como termo final às 19 horas do dia 15 de agosto do ano elei-
toral. Caso o partido seja omisso no requerimento dos registros dos candidatos escolhidos
em convenção, estes podem apresentá-lo no prazo de 48 contados da publicação da lista de
candidatos. Ultrapassados esses prazos, o pedido de registro deve ser negado pela Justiça
Eleitoral.
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Nesse período, a intimação pessoal do Ministério Público Eleitoral será feita exclusiva-
mente por intermédio de expediente no Processo Judicial Eletrônico (PJe), o qual marcará a
abertura automática e imediata do prazo processual.
De modo diverso, nesse período, as decisões colegiadas – acórdãos – serão publicadas
em sessão de julgamento, passando a correr, a partir dessa data, os prazos recursais para
as partes e para o Ministério Público, conforme determina o art. 38, § 8º, da Res.-TSE n.
23.609/2019.
Nesse período, os prazos nos processos de registro são contínuos e peremptórios, cor-
rendo em cartório ou secretaria, e não se suspendem aos sábados, domingos e feriados. Nes-
se sentido:
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Art. 7º O disposto no art. 219 do Novo Código de Processo Civil não se aplica aos feitos eleitorais.
Apresentados esses aspectos gerais, vamos dividir nosso estudo em duas partes:
• requerimento de registro de candidatura de partidos e coligações (DRAP) e;
• requerimento de registro de candidatura de candidatos (RRC e RRCI).
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Segundo José Jairo Gomes (2017, p. 354), nos autos do DRAP, a Justiça Eleitoral averigua
a regularidade dos partidos e dos atos praticados com vistas ao pleito. Nesse passo, nos ter-
mos do art. 23 da Res.-TSE n. 23.609/2019, o formulário deve conter:
I – cargo pleiteado;
II – nome e sigla do partido político;
III – quando se tratar de pedido de coligação majoritária, o nome da coligação, siglas dos partidos
políticos que a compõem, nome, CPF e número do título eleitoral de seu representante e de seus
delegados (Lei n. 9.504/1997, art. 6º, § 3º, inciso IV);
IV – datas das convenções;
V – telefone móvel que disponha de aplicativo de mensagens instantâneas para citações, intima-
ções, notificações e comunicações da Justiça Eleitoral;
VI – endereço eletrônico para recebimento de citações, intimações, notificações e comunicações
da Justiça Eleitoral;
VII – endereço completo para recebimento de citações, intimações, notificações e comunicações
da Justiça Eleitoral;
VIII – endereço do comitê central de campanha;
IX – telefone fixo;
X – lista do nome e número dos candidatos;
XI – declaração de ciência do partido ou coligação de que lhe incumbe acessar o mural eletrônico
e os meios informados nos incisos V, VI e VII para verificar o recebimento de citações, intimações,
notificações e comunicações da Justiça Eleitoral, responsabilizando-se, ainda, por manter atuali-
zadas as informações relativas àqueles meios;
XII – endereço eletrônico do sítio do partido político ou da coligação, ou de blogues, redes sociais,
sítios de mensagens instantâneas e aplicações de internet assemelhadas, caso já existentes.
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Nada impede que a análise dos requerimentos individuais prossiga no caso de decisão
de indeferimento do DRAP com recurso pendente de julgamento, porquanto essa decisão de-
negatória pode ser revertida nas instâncias superiores. No entanto, nos registros individuais
registrados no sistema da Justiça Eleitoral deve constar a situação “indeferido com recurso”,
para refletir, com exatidão, a decisão denegatória do DRAP.
Na análise do DRAP existem diversos requisitos a serem observados pelo partido ou coli-
gação para o deferimento do pedido.
Observa-se, com base na jurisprudência do TSE, que um dos principais entraves para o
deferimento desses pedidos é a comprovação da regular formação da Coligação. Nesse caso,
a vontade inequívoca dos convencionais de aderir a uma coligação deve constar na ata la-
vrada na convenção da agremiação. Nada obstante, eventual fraude na convenção de um ou
mais partidos não inviabiliza por completo a coligação, quando ainda restar íntegra a vontade
de outros partidos de a ela aderirem. A solução dada pela Justiça Eleitoral é o deferimento do
DRAP da coligação, expurgando de sua formação os partidos fraudadores. Confira:
Até recentemente o TSE considerava, com base no art. 42, caput, da Res.-TSE n.
23.571/2018, que a não prestação de contas implicava a suspensão da anotação do órgão
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Há ainda outro requisito legal de extrema importância que deve ser observado por parti-
dos e coligações no DRAP. Trata-se da necessidade de cumprimento do disposto no art. 10,
§ 3º, da Lei das Eleições, relativo à cota de gênero.
Art. 10, § 3º Do número de vagas resultante das regras previstas neste artigo, cada partido ou co-
ligação preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para
candidaturas de cada sexo. (Redação dada pela Lei n. 12.034, de 2009)
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A expressão “cada sexo” mencionada no art. 10, § 3º, da Lei n. 9.504/97 refere-se ao
gênero, e não ao sexo biológico, de forma que tanto os homens como as mulheres tran-
sexuais e travestis podem ser contabilizados nas respectivas cotas de candidaturas
masculina ou feminina. Para tanto, devem figurar como tal nos requerimentos de alis-
tamento eleitoral, nos termos estabelecidos pelo art. 91, caput, da Lei das Eleições, haja
vista que a verificação do gênero para o efeito de registro de candidatura deverá atender
aos requisitos previstos na Res.-TSE n. 21.538/2003 e demais normas de regência. (CTA
n. 0604054-58/DF, rel. Min. Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, DJe de 3.4.2018).
Conforme indica o julgado referido, a possibilidade do uso do nome social começa a ser
desenhada ainda na época em que cadastro eleitoral se encontra aberto, ou seja, até 151 dias
antes das eleições. Nesse período, o candidato pode requerer o registro do chamado nome
social, nos termos do art. 9-A da Res.-TSE n. 21.538/2009.
O nome social pode ser definido como a designação pela qual a pessoa travesti ou tran-
sexual se identifica e é socialmente reconhecida, considerando que a identidade de gênero
como dimensão da identidade de uma pessoa diz respeito à forma como se relaciona com as
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1. Conforme decidido pelo TSE nas eleições de 2010, o § 3º do art. 10 da Lei n. 9.504/97,
na redação dada pela Lei n. 12.034/2009, estabelece a observância obrigatória dos per-
centuais mínimo e máximo de cada sexo, o que é aferido de acordo com o número de
candidatos efetivamente registrados.
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Essas balizas legais devem ser observadas tanto no momento do registro de candidatura
quanto em eventual preenchimento de vagas remanescentes ou na substituição de candida-
tos, conforme pacífica jurisprudência do TSE:
Os percentuais de gênero previstos no art. 10, § 3º, da Lei n. 9.504/97 devem ser obser-
vados tanto no momento do registro da candidatura, quanto em eventual preenchimento
de vagas remanescentes ou na substituição de candidatos. (REspe n. 214-98/RS, rel.
Min. Henrique Neves da Silva, DJe de 24.6.2013).
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Se, no momento da formalização das renúncias por candidatas, já tinha sido ultra-
passado o prazo para substituição das candidaturas, previsto no art. 13, § 3º, da Lei
n. 9.504/97, não pode o partido ser penalizado, considerando, em especial, que não
havia possibilidade jurídica de serem apresentadas substitutas, de modo a readequar
os percentuais legais de gênero. (REspe n. 214-98/RS, rel. Min. Henrique Neves da Silva,
DJe de 24.6.2013).
Para finalizar este tópico, vale notar que, para fins de cumprimento dos percentuais de
gênero, não é aplicável a regra geral de cálculo que determinar desprezar a fração, se inferior
a meio, e igualá-la a 1, se igual ou superior, prevista no art. 10, § 4º, da Lei das Eleições.
Conforme determina o art. 17, § 3º, da Res.-TSE n. 23.609/2019, que cuida de registro de
candidatura para as eleições, no cálculo de vagas previsto para ambos os sexos, qualquer
fração resultante será igualada a um no cálculo do percentual mínimo estabelecido para um
dos gêneros e desprezada no cálculo das vagas restantes para o outro. Assim, se existirem 14
vagas a preencher, o mínimo de 30% (4,2) será arredondado para 5 vagas, enquanto o máximo
de 70% (9,8) será reduzido a 9 vagas.
RRCI
O requerimento de registro de candidato (RRC) deve ser apresentado à Justiça Eleitoral
até as 19 horas do dia 15 de agosto do ano eleitoral, com o rol de documentos elencados no
art. 11 da Lei das Eleições.
No pedido apresentado pelo partido ou coligação, por meio do formulário (RRC), deve
constar a assinatura do candidato ou do seu procurador constituído por instrumento particu-
lar, sem que seja necessário o reconhecimento de firma.
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Art. 12. O candidato às eleições proporcionais indicará, no pedido de registro, além de seu nome
completo, as variações nominais com que deseja ser registrado, até o máximo de três opções, que
poderão ser o prenome, sobrenome, cognome, nome abreviado, apelido ou nome pelo qual é mais
conhecido, desde que não se estabeleça dúvida quanto à sua identidade, não atente contra o pudor
e não seja ridículo ou irreverente, mencionando em que ordem de preferência deseja registrar-se.
Note, inicialmente, que esse dispositivo legal somente se aplica às eleições proporcionais,
não alcançando, portanto, as eleições para os cargos de senador, prefeito, governador e pre-
sidente da República.
Lembre-se de que, nas três opções de denominações apresentadas pelo candidato, ele
poderá incluir o nome social, desde que tenha requerido sua inclusão no cadastro eleitoral no
período legalmente permitido.
Pelas regras estabelecidas, um candidato que se chame Mauro Silva Bastos pode apre-
sentar, na ordem de sua preferência, as seguintes opções:
• Mauro – prenome;
• Silva, Bastos ou Silva Bastos – qualquer um dos sobrenomes;
• Maurão ou Ruivo ou qualquer outro – apelido ou nome pelo qual é conhecido.
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Caso essas regras não sejam suficientes para resolver o conflito, a Justiça Eleitoral deve-
rá notificar os candidatos para que, em dois dias, cheguem a um acordo. Inexistindo acordo,
a Justiça Eleitoral registrará a variação nominal do candidato que primeiro a tenha requerido,
nos termos da Súmula n. 4 do TSE:
Súmula n. 4
Não havendo preferência entre candidatos que pretendam o registro da mesma variação
nominal, defere-se o do que primeiro o tenha requerido.
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É vedado o uso por candidato a pleito proporcional de idêntica variação nominal de candi-
dato às eleições majoritárias na mesma circunscrição, salvo para candidato que esteja exer-
cendo mandato eletivo ou o tenha exercido nos últimos quatro anos, ou que, nesse mesmo
prazo, tenha concorrido em eleição com o nome coincidente. Assim, para se configurar a in-
compatibilidade, a homonímia deve ocorrer entre candidatos que disputam a mesma eleição,
como, por exemplo, um candidato a vereador e outro a prefeito, eleições municipais.
Em qualquer caso, não poderá indicar variação que atente contra o pudor, seja ridícula ou
irreverente. Nesse sentido, o TSE indeferiu o uso do nome “Macaco Tião” por considerá-lo
irreverente e contrário à seriedade do processo eleitoral e ao prestígio da democracia (REspe
n. 940-73/DF, PSESS de 25.9.2014). Mesmo assim, Branco, Carvalhedo e Kalkmann (2017, p.
29) nos lembra que a Justiça Eleitora já deferiu nomes de gosto duvidoso, tais como: Piolho,
Maracujá, X salada, Todo Feio, Piroca, Já Morreu, Mensageiro do Apocalipse, Cara de Pneu,
entre outros.
Não poderão, em hipótese alguma, as variações dos nomes apresentados fazer referência
a qualquer órgão da administração pública direta, indireta federal, estadual, distrital e mu-
nicipal. Nada obsta, todavia, a utilização de identificadores de profissão ou patente. Nesse
sentido:
A regra do art. 30, § 2º, da Res.-TSE n. 23.405 somente se aplica aos nomes escolhidos
para constar na urna que contenham “expressão e/ou siglas pertencentes a qualquer
órgão da administração pública direta, indireta federal, estadual, distrital e municipal”,
não incidindo em relação a identificadores de profissão ou patente, tal como, no caso,
“cabo”. (REspe n. 72048/ES, rel. Min. Henrique Neves da Silva, PSESS de 21.8.2014).
Anoto, por fim, que essa vedação consta no art. 25, parágrafo único, da atual resolução do
TSE, que dispões sobre o registro de candidatura para as eleições (Res.-TSE n. 23.609/2019):
Não será permitido, na composição do nome a ser inserido na urna eletrônica, o uso de
expressão ou de siglas pertencentes a qualquer órgão da administração pública federal,
estadual, distrital ou municipal, direta ou indireta.
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Art. 11, § 1º O pedido de registro deve ser instruído com os seguintes documentos:
I – Cópia da ata da convenção que escolheu os candidatos
II – autorização do candidato, por escrito;
III – prova de filiação partidária;
IV – declaração de bens, assinada pelo candidato;
V – cópia do título eleitoral ou certidão, fornecida pelo cartório eleitoral, de que o candidato é elei-
tor na circunscrição ou requereu sua inscrição ou transferência de domicílio no prazo previsto no
art. 9º;
VI – certidão de quitação eleitoral;
VII – certidões criminais fornecidas pelos órgãos de distribuição da Justiça Eleitoral, Federal e
Estadual;
VIII – fotografia do candidato, nas dimensões estabelecidas em instrução da Justiça Eleitoral, para
efeito do disposto no § 1º do art. 59.
IX – propostas defendidas pelo candidato a Prefeito, a Governador de Estado e a Presidente da
República.
De início, cumpre informar que esses documentos, inclusive a relação de bens, ficam dis-
poníveis no sítio do TSE para consulta dos eleitores, exigindo-se do candidato, no ato de
apresentação do registro, a ciência dessa disponibilização.
Conforme dispõe o art. 11, § 13, da Lei das Eleições, desse rol de documentos, fica dis-
pensada a apresentação pelo partido, coligação ou candidato dos produzidos a partir de in-
formações detidas pela Justiça Eleitoral, a saber: a prova de filiação partidária, cópia do título
eleitoral e a certidão de quitação eleitoral.
Para que o cidadão possa ser candidato, deve se filiar ao partido pelo qual pretenda con-
correr seis meses antes das eleições, nos termos do art. 9º da Lei das Eleições.
O título eleitoral comprova a condição de inscrito no cadastro da Justiça Eleitoral, en-
quanto a certidão de quitação eleitoral, prevista no art. 11, § 7º, da Lei das Eleições, abarca
uma série de exigências de natureza eleitoral, a saber:
Art. 11, § 7º A certidão de quitação eleitoral abrangerá exclusivamente a plenitude do gozo dos di-
reitos políticos, o regular exercício do voto, o atendimento a convocações da Justiça Eleitoral para
auxiliar os trabalhos relativos ao pleito, a inexistência de multas aplicadas, em caráter definitivo,
pela Justiça Eleitoral e não remitidas, e a apresentação de contas de campanha eleitoral.
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Quanto aos demais documentos, cuja apresentação cabe ao candidato, vale notar que a
ata da convenção é necessária para que a Justiça Eleitoral se certifique que o candidato foi
deveras escolhido na convenção partidária realizada para esse fim.
A autorização do candidato é ato que comprova sua manifesta vontade de participar do
pleito, porquanto essa decisão traz consigo uma série de obrigações, como, por exemplo,
o dever de prestar contas. Ademais, mira o combate às fraudes, especialmente em relação às
candidaturas femininas fictícias, apresentadas apenas para cumprir a exigência legal relativa
à cota de gênero.
A declaração de bens é exigida com vista a dar publicidade ao patrimônio do candidato,
a fim de favorecer o controle social e subsidiar a escolha do eleitor. Esse documento, todavia,
não se confunde com a declaração de imposto de renda, conforme já decidiu o TSE. Confira:
O TSE possui precedentes no sentido de que a omissão de bens nessa declaração não se
configura falsidade ideológica, sendo um fato atípico (REspe n. 49-31/AM, DJe de 25.10.2019).
As certidões criminais visam atestar a ausência de situações que atraiam a inelegibili-
dade da alínea e do art. 1º da LC n. 64/1990 e comprovar o pleno gozo dos direitos políticos,
condição de elegibilidade prevista no art. 14, § 3º, da CF/88. A exigência não recai sobre cer-
tidões civis, somente criminais.
A exigência de certidões criminais de 2º grau somente se aplica aos candidatos com prer-
rogativa de foro (REspe n. 27609/RJ, PSESS de 27/09/2012).
Em qualquer caso, se as certidões forem positivas, o registro deve ser instruído com as
respectivas certidões de objeto e pé de cada um dos processos indicados, bem como das
certidões de execuções criminais, quando for o caso.
A fotografia serve exclusivamente para identificar o candidato na urna.
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3.3. rito
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O prazo de cinco dias, previsto no art. 3º da LC n. 64/90, para o Ministério Público impug-
nar o registro, inicia-se com a publicação do edital, e não com a sua intimação pessoal.
Precedentes. (REspe n. 484-23/SP, rel. Min. Dias Toffoli, DJE de 18.6.2014).
Decorrido esse prazo, se houver pedidos individuais de registro de candidatura, será pu-
blicado edital no Diário de Justiça Eletrônico (DJe), passando a correr, para esses pedidos,
o prazo de cinco dias para impugnação e notícia de inelegibilidade.
Neste ponto, para fins de facilitar a compreensão da matéria, vamos dividir o estudo do
rito a ser observado no processo de registro de candidatura levando em consideração duas
situações distintas:
• pedido de registro sem impugnação;
• pedido de registro com impugnação ou notícia de inelegibilidade, que vamos estudar
no tópico “Ação de Impugnação de Registro de Candidatura (AIRC)”.
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Súmula n. 45
Nos processos de registro de candidatura, o Juiz Eleitoral pode conhecer de ofício da
existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de condição de elegibilidade,
desde que resguardados o contraditório e a ampla defesa.
Não merece reparos o acórdão regional que não conheceu da notícia de inelegibilidade,
porquanto intempestiva, porém conheceu de ofício da causa prevista no art. 1º, I, g, da
LC n. 64/90 ali noticiada. (RO n. 0601011-51/rel. Min. Tarcísio Vieira de Carvalho Neto,
PSESS de 2610.2018).
Ainda segundo o TSE, essa atuação de ofício é exclusiva do órgão do Poder Judiciário que
julga originariamente o pedido de registro. Confira:
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IRC
Uma vez proposta, a decisão que apreciar o pedido de registro de candidatura, embora seja for-
malmente uma única decisão, julgará as duas demandas (a principal e a incidental), de forma que
somente uma delas poderá ser procedente.
4.2. obJeto
4.3. prAzo
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4a
O rol dos legitimados ativos da Ação de Impugnação ao Registro de Candidatura é com-
posto por candidatos, partidos políticos, coligações e o Ministério Público, nos termos do
art. 3º da LC n. 64/1990, os quais devem apresentar a peça subscrita por advogado constitu-
ído nos autos, conforme determina o art. 40, § 1º, da Res.-TSE n. 23.609/2019.
Embora o cidadão não faça parte desse rol, há a possibilidade de filiado a partido político,
ainda que não seja candidato, impugnar pedido de registro de coligação partidária (DRAP) da
qual é integrante, em razão de eventuais irregularidades havidas em convenção, a teor do que
dispõe a Súmula n. 53 do TSE:
Súmula n. 53
O filiado a partido político, ainda que não seja candidato, possui legitimidade e interesse
para impugnar pedido de registro de coligação partidária da qual é integrante, em razão
de eventuais irregularidades havidas na convenção.
Nesse caso, os demais legitimados não estão autorizados a utilizar, como causa de pedir,
essas questões interna corporis ocorridas na convenção do partido para subsidiar eventu-
al AIRC:
Consignado pela Corte de origem que “a coligação adversária não tem legitimidade pro-
cessual para impugnar a candidatura com fundamento em irregularidade na convenção
partidária, por ser essa questão de natureza interna corporis. (REspe n. 107-84/PB, rel.
Min. Rosa Weber, PSESS de 16.12.2016).
A legitimidade conferida aos candidatos, que surge com a simples escolha em convenção,
é ampla dentro da circunscrição do pleito, de modo que podem impugnar inclusive pedidos
de registro de candidatos a outros cargos em disputa. A esse respeito, Jorge, Liberato e Ro-
drigues (2017, p. 218) consignam que o indicado pelo partido não atua em juízo apenas em
busca de interesse próprio, mas como representante da coletividade. Nesse sentido, já deci-
diu o TSE:
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A Lei Complementar n. 64/90, em seu art. 3º, conferiu legitimidade ad causam a qual-
quer candidato, partido político, coligação e ao Ministério Público. Na espécie, não há
como reconhecer a falta de interesse de candidato a vereador para impugnar pedidos de
registro de candidatos a prefeito e vice-prefeito. (REspe n. 36150/BA, rel. Min. Marcelo
Ribeiro, DJe de 10.5.2010).
Vale lembrar que os partidos perdem a legitimidade para apresentar AIRC quando forma-
rem coligação, uma vez que esta passa a representar as agremiações que a integram perante
a Justiça Eleitoral até o término do período eleitoral. Nesse sentido, a firme jurisprudên-
cia do TSE:
Embora o Ministério Público seja legitimado, não poderá impugnar o registro de candidato
seu representante que, nos quatro anos anteriores, tenha disputado cargo eletivo, integrado
diretório de partido ou exercido atividade político-partidária, consoante dispõe o art. 3, § 2º,
da LC n. 64/1990.
Para finalizar, cumpre informar que o Tribunal Superior Eleitoral admitiu que o Instituto
Nacional do Seguro Social, na qualidade de terceiro juridicamente interessado, apresentasse
impugnação ao pedido de registro de candidato que utilizou a sigla do órgão em sua denomi-
nação.
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Essa prática de identificação de candidatos por meio de siglas de órgãos públicos é atu-
almente vedada pelo art. 25, parágrafo único, da Res.-TSE n. 23.609/2019.
Súmula n. 39
Não há formação de litisconsórcio necessário em processos de registro de candidatura.
A jurisprudência do TSE assegura aos partidos e coligações tão somente atuarem nos
processos na qualidade de assistentes simples, sobretudo porque a procedência da ação
fulmina com a candidatura, mas observado o prazo legal, permanece intacto o direito de o
partido apresentar outro candidato. A esse respeito, Branco, Carvalhedo e Kalkmann (2017, p.
139) asseveram que:
Na linha da pacífica jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, esse liame indireto assegura às
greis – partidos políticos e coligações -, tão somente, atuarem nos processos de impugnação de
registro de candidatura na qualidade de assistentes simples.
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4.6. rito
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Caso não haja necessidade de abertura de vista para o impugnante, o juiz ou relator deve
designar os quatro dias seguintes para inquirição das testemunhas do impugnante e do im-
pugnado – indicadas na inicial e na contestação –, as quais comparecerão por iniciativa das
partes que as tiverem arrolado, após notificação judicial realizada pelos advogados.
As testemunhas do impugnante e do impugnado devem ser ouvidas em uma só assenta-
da.
Nos cinco dias subsequentes, o órgão julgador deve proceder a todas as diligências que
determinar, de ofício ou a requerimento das partes. Nesse prazo, o magistrado pode ouvir
terceiros, referidos pelas partes ou testemunhas, como conhecedores dos fatos e das cir-
cunstâncias que possam influir na decisão da causa e, ainda, ordenar o depósito de qualquer
documento necessário à formação da prova que se achar em poder de terceiro, neste último
caso, se o terceiro, sem justa causa, não exibir o documento, ou não comparecer a juízo, pode
o juiz ou relator expedir mandado de prisão e instaurar processo por crime de desobediência.
Encerrada a fase probatória pelo magistrado, as partes, inclusive o Ministério Público,
serão intimadas para apresentar alegações finais no prazo comum de cinco dias e, após,
os autos serão conclusos ao magistrado para decisão.
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Assim, uma vez oferecida uma impugnação ao registro de candidato sob o argumento de
que teve contas rejeitadas – causa de inelegibilidade prevista no art. 1º, I, g, da LC n. 64/1990
–, não cabe ao impugnado, na defesa, questionar a correção dessa decisão de rejeição. Pode,
todavia, apresentar argumentos relativos à ultrapassagem do prazo de inelegibilidade, à exis-
tência de decisão liminar suspendendo a execução da decisão, à ausência do trânsito em
julgado da decisão condenatória, entre outras.
Essa compreensão se revela no texto das Súmulas n. 51 e n. 52 do TSE. Confira:
Súmula n. 51
O processo de registro não é o meio adequado para se afastarem eventuais vícios apu-
rados no processo de prestação de contas de campanha ou partidárias.
Súmula n. 52
Em registro de candidatura, não cabe examinar o acerto ou desacerto da decisão que
examinou, em processo específico, a filiação partidária do eleitor.
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No processo de registro de candidatos, não tendo o juiz aberto prazo para o suprimento
de defeito da instrução do pedido, pode o documento, cuja falta houver motivado o inde-
ferimento, ser juntado com o recurso ordinário.
Em atenção a essa regra, que limita a juntada de documentos até o esgotamento das ins-
tâncias ordinárias, o Tribunal Superior Eleitoral tem, como regra, a inadmissão de juntada de
documentos na instância extraordinária, mesmo em registro de candidatura. Confira:
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Contudo, como veremos a seguir, podem existir fatos supervenientes ao registro, que po-
dem ser levados ao conhecimento do magistrado no processo de registro de candidatura,
mesmo quando este se encontre em tramitação na instância extraordinária.
Súmula n. 43
As alterações fáticas ou jurídicas supervenientes ao registro que beneficiem o candi-
dato, nos termos da parte final do art. 11, § 10, da Lei n. 9.504/97, também devem ser
admitidas para as condições de elegibilidade.
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máxima efetividade do texto constitucional” (REspe n. 0601248-48, rel. Min. Tarcísio Vieira de
Carvalho Neto, DJe de 11/12/2018). Nesse sentido:
Em ambas as situações, cumpre informar, deve ser observado o devido processo legal
com a abertura de vista dos autos para a parte contrária se manifestar, sob pena de inobser-
vância do devido processo legal.
Caso a alteração fática ou jurídica superveniente ocorra após a diplomação, efeito algum
terá sobre a situação jurídica do candidato, porquanto as relações jurídicas devem em algum
momento se estabilizar, a fim de que os eleitos possam exercer, sem embaraço, o mandato
obtido.
10. A data da diplomação é o termo final para se conhecer de fato superveniente que
restabeleça condição de elegibilidade. Precedentes. Desse modo, é irrelevante, para a
análise do presente recurso, o alegado restabelecimento dos direitos políticos do recor-
rente em abril de 2018, após, portanto, a data da sua diplomação. (REspe n. 498-03/ES,
rel. Min. Luis Roberto Barroso, DJe de 22.8.2019).
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Art. 16-A. O candidato cujo registro esteja sub judice poderá efetuar todos os atos relativos à cam-
panha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e ter seu nome
mantido na urna eletrônica enquanto estiver sob essa condição, ficando a validade dos votos a ele
atribuídos condicionada ao deferimento de seu registro por instância superior.
Nessa acepção, o candidato que tiver seu registro indeferido sub judice, ou seja, com
recurso pendente de julgamento, poderá participar normalmente do pleito, prosseguindo nor-
malmente com sua campanha eleitoral e tendo seu nome incluído na urna eletrônica.
Ocorre, porém, que, no julgamento do RCAN n. 0600903-50/DF (registro de candidatura
do Lula nas Eleições de 2018), o TSE decidiu que os efeitos do art. 16-A da Lei n. 9.504/1997
findam com a decisão colegiada de seu plenário, independentemente do julgamento de even-
tuais embargos de declaração, afastando o candidato da campanha eleitoral.
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Assim, se o candidato tiver seu registro de candidatura indeferido pelo plenário do Tribunal
Superior Eleitoral antes da data do pleito (o que é possível no caso de eleições presidenciais
e eleições estaduais/federais), não poderá participar das eleições. Se o indeferimento ocorrer
depois de o candidato ter sido eleito (muito provável em eleições municipais), o efeito prático
da norma será nenhum, pois já terá sido realizado o pleito e o candidato, se não deixar tran-
sitar o registro de candidatura, poderá eventualmente obter uma decisão que suspenda sua
inelegibilidade até o último dia possível para a diplomação dos eleitos, a fim de ser diplomado.
6. substituição de cAndidAtos
Para finalizar esta aula, vamos estudar a possibilidade de substituir candidatos que te-
nham seu registro de candidatura indeferido.
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Esses prazos, que devem ser observados cumulativamente, são decadenciais, de modo
que uma vez ultrapassados, o partido não mais poderá fazer a substituição.
Essa regra temporal se aplica tanto para as eleições proporcionais, quanto para as elei-
ções majoritárias, nos termos do § 3º, do art. 13, da Lei das Eleições.
A escolha pode ser feita por órgão do partido, caso a convenção partidária tenha delibera-
do nesse sentido, ou então pode ser realizada uma convenção para perfectibilizar a escolha.
Nesse último caso, vale notar, qualquer irregularidade na convenção somente
pode ser questionada por filiado interno, por se tratar de matéria interna corpo-
ris.
Nas eleições majoritárias, se o candidato a ser substituído for de coligação, a escolha do
substituto deverá fazer-se por decisão da maioria absoluta dos órgãos executivos de direção
dos partidos coligados, podendo ele ser filiado a qualquer partido dela integrante, desde que
o partido ao qual pertencia o substituído renuncie ao direito de preferência.
Anota-se, ainda, a desnecessidade de a decisão de indeferimento do registro do candida-
to ter transitado em julgado para que o partido promova a substituição. Havendo a primeira
decisão denegatória, cabe exclusivamente ao partido ou coligação que escolheu o candidato
decidir se vai substituí-lo ou recorrer da decisão. Nesse sentido:
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Por fim, frisamos que se a substituição ocorrer após a geração das tabelas para elabo-
ração da lista de candidatos e preparação das urnas, o substituto concorrerá com o nome,
número e a fotografia do substituído.
Com isso encerramos nossa aula de hoje, espero que tenham gostado e até a próxima!
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RESUMO
Aspectos Gerais
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Além dos pedidos de registro de candidatos, a Justiça Eleitoral aprecia também a regula-
ridades dos registros dos partidos e das coligações por meio dos Demonstrativos de Regula-
ridade de Atos Partidários (DRAP).
Os pedidos de registro de candidatura podem ser realizados logo após a realização da
convenção partidária e tem como termo final às 19 horas do dia 15 de agosto do ano eleitoral.
No período de 15 de agosto a 19 de dezembro do ano em que se realizarem as eleições,
as intimações das decisões monocráticas nos processos de registro de candidatura dirigidas
a partidos, coligações e candidatos serão realizadas pelo mural eletrônico, fixando-se o termo
inicial do prazo na data de publicação.
Na impossibilidade técnica de utilização do mural eletrônico, oportunamente certificada,
as intimações serão realizadas sucessivamente, por mensagem instantânea, por e-mail e
por correspondência, somente se passando a utilizar a modalidade subsequente em caso de
frustrada à intimação realizada sob a forma anterior.
No período de 15 de agosto a 19 de dezembro, a intimação pessoal do Ministério Público
Eleitoral será feita exclusivamente por intermédio de expediente no Processo Judicial Eletrô-
nico (PJe), o qual marcará a abertura automática e imediata do prazo processual.
No período de 15 de agosto a 19 de dezembro, as decisões colegiadas – acórdãos – se-
rão publicadas em sessão de julgamento, passando a correr, a partir dessa data, os prazos
recursais para as partes e para o Ministério Público, conforme determina o art. 38, § 8º, da
Res.-TSE n. 23.609/2019.
No período de 15 de agosto a 19 de dezembro, os prazos nos processos de registro são
contínuos e peremptórios, correndo em cartório ou secretaria, e não se suspendem aos sá-
bados, domingos e feriados.
A publicação dos atos judiciais fora desse período de 15 de agosto a 19 de dezembro será
realizada no DJE e a contagem do prazo voltará a observar a sistemática comum adotada na
Justiça Eleitoral.
A Justiça Eleitoral não adota a contagem de prazo em dias úteis, prevista no art. 219
do CPC.
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No DRAP, a Justiça Eleitoral averigua a regularidade dos partidos e dos atos praticados
com vistas ao pleito, tomando-o como o processo principal ao qual estão vinculados os re-
querimentos de registro dos candidatos do partido ou coligação.
O indeferimento do DRAP, com trânsito em julgado, implica, necessariamente, o indeferi-
mento dos registros individuais, ainda que estes não padeçam de qualquer vício e estejam
deferidos pela Justiça Eleitoral.
Até recentemente o TSE considerava, com base no art. 42, caput, da Res.-TSE n.
23.571/2018, que a não prestação de contas implicava a suspensão da anotação do órgão
partidário na circunscrição do pleito, inviabilizando, por conseguinte, sua participação nas
eleições. Contudo, o STF, no julgamento da ADI n. 6032, modificou esse entendimento para
assentar que a essa penalidade “somente pode ser aplicada após decisão, com trânsito em
julgado, decorrente de procedimento específico de suspensão de registro, nos termos do ar-
tigo 28 da Lei n. 9.096/1995”.
O art. 10, § 3º, da Lei n. 9.504/1997, exige que partidos e coligações, no lançamento de
suas candidaturas, observem percentuais mínimos de 30% e máximo de 70% para candidatu-
ras de cada gênero.
Nessa acepção mais moderna e condizente com a realidade, a mencionada resolução
estabelece no art. 17, § 5º, que será considerado, para fins de cálculo dos percentuais, o gê-
nero declarado no Cadastro Eleitoral, que não necessariamente se identifica com o sexo do
candidato.
A possibilidade do uso do nome social exige seja ele registrado no cadastro eleitoral ainda
na época em que este se encontra aberto, ou seja, até 151 dias antes das eleições.
Registrado o nome social no Cadastro Eleitoral, o candidato pode requerer seu uso no re-
gistro de sua candidatura, tanto nas eleições realizadas pelo sistema proporcional como nas
do sistema majoritário, mas desde que não se estabeleça dúvida quanto à sua identidade, não
atente contra o pudor e não seja ridículo ou irreverente, conforme exige o art. 12 da Lei das
Eleições.
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Não se resolvendo o caso pelas regras anteriores, a Justiça Eleitoral deverá observar qual
candidato que, pela sua vida política, social ou profissional, seja identificado por um dado
nome que tenha indicado, será deferido o registro com esse nome.
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Caso essas regras não sejam suficientes para resolver o conflito, a Justiça Eleitoral deve-
rá notificar os candidatos para que, em dois dias, cheguem a um acordo.
Não havendo preferência entre candidatos que pretendam o registro da mesma variação
nominal, defere-se o do que primeiro o tenha requerido, nos termos da Súmula n. 4 do TSE.
É vedado o uso por candidato a pleito proporcional de idêntica variação nominal de candi-
dato às eleições majoritárias na mesma circunscrição, salvo para candidato que esteja exer-
cendo mandato eletivo ou o tenha exercido nos últimos quatro anos, ou que, nesse mesmo
prazo, tenha concorrido em eleição com o nome coincidente.
Em hipótese alguma, as variações dos nomes apresentados fazer referência a qualquer
órgão da administração pública direta, indireta federal, estadual, distrital e municipal. Nada
obsta, todavia, a utilização de identificadores de profissão ou patente.
Os candidatos devem apresentar com o pedido de registro a relação de documentos elen-
cada no art. 11 da Lei das Eleições, os quais ficarão disponíveis no sítio do TSE para consulta
dos eleitores, exigindo-se do candidato, no ato de apresentação do registro, a ciência dessa
disponibilização.
Fica dispensada a apresentação pelo partido, coligação ou candidato dos documentos
produzidos a partir de informações detidas pela Justiça Eleitoral.
A declaração de bens que acompanha o pedido de registro de candidatura não se confun-
de com a declaração de Imposto de Renda.
As certidões exigidas do Poder Judiciário que acompanham o pedido de registro de can-
didatura são apenas as de natureza criminal.
Da publicação do edital com o nome dos candidatos correrá:
• o prazo de 48 horas para que o candidato escolhido em convenção requeira individual-
mente o registro de sua candidatura;
• o prazo de cinco dias para que qualquer cidadão apresente notícia de inelegibilidade.
O prazo de impugnação para o Parquet, a exemplo dos demais legitimados, começa a va-
ler da publicação do edital com a relação de candidatos.
Constatado algum vício ou omissão na documentação juntada pelo candidato que obste
o deferimento do registro, o partido político a coligação ou o candidato será intimado para
sanar a irregularidade no prazo de três dias.
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O art. 16-A da Lei das Eleições estabelece que o candidato cujo registro esteja sub judice
poderá efetuar todos os atos relativos à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleito-
ral gratuito no rádio e na televisão e ter seu nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver
sob essa condição, ficando a validade dos votos a ele atribuídos condicionada ao deferimento
de seu registro por instância superior.
Para o TSE, a condição de candidato sub judice, para fins de incidência do art. 16-A da Lei
n. 9.504/1997, nas eleições gerais, cessa com o trânsito em julgado da decisão de indeferi-
mento do registro ou com a decisão de indeferimento do registro proferida pelo plenário do
Tribunal Superior Eleitoral.
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Substituição de Candidatos
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QUESTÕES DE CONCURSO
(CESPE/2016/JUIZ DE DIREITO/TJ-AM) Considerando que, em um estado da
Federação com direito a eleger vinte deputados federais, um partido político regularmente
inscrito participará das eleições sem estar coligado a nenhum outro, assinale a opção que
apresenta uma quantidade correta de candidatos que poderão concorrer ao cargo de deputa-
do(a) federal pelo referido partido.
a) vinte homens – vinte mulheres
b) nove homens – vinte e uma mulheres
c) vinte homens – duas mulheres
d) vinte e dois homens – oito mulheres
e) trinta homens – dez mulheres.
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d) indeferirá o registro dos dois candidatos, porque a identidade de nomes poderá confundir
o eleitor.
e) deferirá o registro do apelido ao candidato cujo partido político tiver maior número de filia-
dos.
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e) O juiz eleitoral deve indeferir pedido de variação de nome de candidato a vereador coinci-
dente com nome de candidato a eleição a prefeito, ainda que o candidato esteja exercendo
mandato eletivo ou que, nos quatro anos anteriores ao pleito, tenha concorrido em eleição
com o nome coincidente.
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prazo legal, solicitou seus pedidos de registros junto ao tribunal regional eleitoral competen-
te. Ao analisar a solicitação, o procurador regional eleitoral impugnou o pedido de registro de
candidatura de um candidato ao cargo de deputado federal.
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) Caso a impugnação tenha se fundamentado em não quitação de multa eleitoral do candi-
dato, o partido poderá efetuar o pagamento ou requerer o parcelamento devido, para fins de
regularizar a situação do candidato.
b) Como a legislação eleitoral não estipula prazo legal para o julgamento dos pedidos de im-
pugnação, o candidato impugnado poderá participar do pleito eleitoral até o julgamento final
do processo.
c) Caso o candidato impugnado concorra sub judice, os votos obtidos em sua candidatura
somente serão computados ao partido após o deferimento do seu registro.
d) O candidato impugnado somente poderá utilizar o horário de rádio e televisão após o defe-
rimento do seu registro.
e) O partido político poderá requerer a substituição do candidato impugnado até a véspera da
eleição, ocasião em que o tribunal regional eleitoral deverá expedir comunicados aos cartó-
rios eleitorais, para que os eleitores sejam informados, no dia da votação, sobre a substituição
ocorrida.
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vinte. Formaram-se duas coligações, uma com dois e outra com três partidos políticos. Essas
coligações poderão registrar candidatos a Deputado Federal e a Deputado Estadual até o
a) número das respectivas vagas.
b) dobro das respectivas vagas.
c) dobro e o triplo das vagas, respectivamente.
d) dobro das respectivas vagas, com acréscimo de até mais cinquenta por cento.
e) quíntuplo das respectivas vagas.
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o partido político Beta, que também tinha candidatos registrados, interpôs recurso. Conside-
rando a sistemática estabelecida pela ordem jurídica, é correto afirmar que Pedro e Jaime
a) não preencheram apenas o requisito do tempo de filiação partidária e o partido político
Beta não tem legitimidade para interpor o recurso.
b) não preencheram os requisitos do tempo de filiação partidária e de domicílio na circunscri-
ção e o partido político Beta não tem legitimidade para interpor o recurso.
c) não preencheram os requisitos do tempo de filiação partidária e de domicílio na circunscri-
ção e o partido político Beta tem legitimidade para interpor o recurso.
d) preencheram os requisitos do tempo de filiação partidária e de domicílio na circunscrição
e o partido político Beta não tem legitimidade para interpor o recurso.
e) preencheram os requisitos do tempo de filiação partidária e de domicílio na circunscrição e
o partido político Beta tem legitimidade para interpor o recurso.
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Supondo-se presentes os pressupostos para tanto, de acordo com o Código Eleitoral, o regis-
tro de Fúlvio deverá ser processado e julgado, originariamente, pelo
a) Juiz Eleitoral, assim como o de Flávio; e o de Amaury perante o Tribunal Regional Eleitoral
competente.
b) Tribunal Regional Eleitoral competente; o de Flávio perante o Tribunal Regional Eleitoral
competente; e o de Amaury perante o Tribunal Superior Eleitoral.
c) Juiz Eleitoral; o de Flávio e o de Amaury perante o Tribunal Superior Eleitoral.
d) Juiz Eleitoral; o de Flávio e o de Amaury perante o Tribunal Regional Eleitoral.
e) Juiz Eleitoral; o de Flávio perante o Tribunal Regional Eleitoral competente; e o de Amaury
perante o Tribunal Superior Eleitoral.
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GABARITO
1. b 28. c
2. d 29. d
3. a 30. b
4. b 31. b
5. c 32. c
6. b 33. e
7. b 34. c
8. E 35. b
9. e 36. C
10. d 37. E
11. Anulada 38. E
12. e 39. d
13. a 40. a
14. e 41. b
15. d
16. d
17. c
18. c
19. a
20. d
21. C
22. E
23. E
24. C
25. C
26. C
27. b
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GABARITO COMENTADO
(CESPE/2016/JUIZ DE DIREITO/TJ-AM) Considerando que, em um estado da
Federação com direito a eleger vinte deputados federais, um partido político regularmente
inscrito participará das eleições sem estar coligado a nenhum outro, assinale a opção que
apresenta uma quantidade correta de candidatos que poderão concorrer ao cargo de deputa-
do(a) federal pelo referido partido.
a) vinte homens – vinte mulheres
b) nove homens – vinte e uma mulheres
c) vinte homens – duas mulheres
d) vinte e dois homens – oito mulheres
e) trinta homens – dez mulheres.
Letra b.
Nos termos do art. 10, § 3º, da Lei n. 9.504/1997, do número de vagas a serem preenchidos,
cada partido ou coligação (a partir das eleições de 2020, está proibida a formação de coliga-
ções para as eleições proporcionais), preencherá o mínimo de 30% e o máximo de 70% para
candidaturas de cada sexo.
Assim, se em uma unidade federativa, há vinte vagas na Câmara dos Deputados, cada partido
poderá apresentar candidatos até o máximo de 150% dos lugares a serem preenchidos, ou
seja, no máximo, 30 candidatos (art. 10, caput, da Lei n. 9.504/1997).
Desse total, nove candidaturas, no mínimo, devem ser de um sexo e 21 de outro sexo, no má-
ximo.
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b) Para concorrer às eleições o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva cir-
cunscrição pelo prazo de, pelo menos, um ano e estar com a filiação partidária definida pelo
partido no mesmo prazo.
c) A idade mínima exigida dos candidatos a vereador deverá ser verificada tendo como refe-
rência a data da posse.
d) Candidatos expulsos do partido antes da eleição estarão sujeitos ao cancelamento do re-
gistro.
e) Filhos adotivos, tios e sobrinhos dos prefeitos são inelegíveis nos respectivos municípios
desses prefeitos, salvo se já forem titulares de mandatos eletivos e candidatos à reeleição.
Letra d.
Nos termos do art. 14 da Lei n. 9.504/1997, estão sujeitos ao cancelamento do registro os
candidatos que, até a data da eleição, forem expulsos do partido, em processo no qual seja
assegurada ampla defesa e sejam observadas as normas estatutárias.
a) Errada. A condenação criminal pela prática de crime de tráfico ilícito de entorpecentes so-
mente atrai a incidência da inelegibilidade decorrente da vida pregressa se a decisão transitar
em julgado ou for proferida por órgão colegiado.
b) Errada. Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na res-
pectiva circunscrição pelo prazo de seis meses e estar com a filiação deferida pelo partido no
mesmo prazo (art. 9º da Lei n. 9.504/1997).
c) Errada. A idade mínima constitucionalmente estabelecida como condição de elegibilidade
é verificada tendo por referência a data da posse, salvo quando fixada em 18 anos (vereador),
hipótese em que será aferida na data-limite para o pedido de registro (art. 11, § 2º, da Lei n.
9.504/1997).
e) Errada. A inelegibilidade reflexa somente impede a elegibilidade, no território de jurisdição
do titular, dos parentes consanguíneos ou afins até o segundo grau ou por adoção. O paren-
tesco entre tios e sobrinhos é de terceiro grau, motivo pelo qual não há que se falar em inele-
gibilidade.
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Letra a.
Essa questão tornou-se desatualizada desde a edição da Emenda à Constituição n. 97/2017
e da Lei n. 13.165/2015, que proibiu a formação de coligação para as eleições proporcionais,
somente sendo admitidas nas eleições majoritárias.
Estabelecida essa premissa, cada partido poderá registrar candidatos para a Câmara dos
Deputados, a Câmara Legislativa, as Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais no
total de até 150% do número de lugares a preencher, salvo: nas unidades da Federação em
que o número de lugares a preencher para a Câmara dos Deputados não exceder a doze, nas
quais cada partido ou coligação poderá registrar candidatos a Deputado Federal e a Deputado
Estadual ou Distrital no total de até 200% das respectivas vagas.
No caso, o estado da federação em questão possui vinte e quatro deputados estaduais; logo,
possui oito deputados federais.
Com isso, aplica-se a exceção prevista no art. 10 da Lei n. 9.504/1997, segundo a qual o nú-
mero máximo de candidatos corresponde a duzentos por cento do número de vagas disponí-
veis, ou seja, nessa Unidade Federativa, cada partido poderá apresentar até 48 candidatos a
deputado estadual.
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a) para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva cir-
cunscrição eleitoral e estar com a filiação deferida pelo partido com no mínimo um ano antes
da data da eleição.
b) nos Municípios de até cem mil eleitores, cada coligação poderá registrar candidatos para
Câmara Legislativa no total de até 200% (duzentos por cento) do número de lugares a preen-
cher.
c) os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos até as
dezenove horas do dia 05 de julho do ano em que se realizarem as eleições.
d) os candidatos ou partidos conservarão a documentação concernente à sua conta até cento
e vinte dias após a diplomação, exceto se pendente de julgamento de processo judicial relati-
vo às contas, quando, então, a documentação deverá ser conservada até decisão final.
e) os candidatos ou partidos conservarão a documentação concernente à sua conta até cento
e vinte dias após a diplomação, exceto se pendente de julgamento de processo judicial relati-
vo às contas, quando, então, a documentação deverá ser conservada até decisão final.
Letra b.
Atenção! Essa questão está desatualizada em razão da edição da Emenda Constitucional n.
97/2017.
Desde a edição da Emenda à Constituição n. 97/2017, não se admite a formação de coliga-
ções para as eleições proporcionais, motivo pelo qual o art. 10 da Lei n. 9.504/1997, ao tratar
do número máximo de candidatos a serem indicados pelas agremiações partidárias nas elei-
ções proporcionais, foi parcialmente revogado.
A alternativa considerada como correta é a letra “b”, mas, em razão da inexistência de coliga-
ções para as eleições proporcionais, essa assertiva tornou-se desatualizada.
Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva cir-
cunscrição pelo prazo de seis meses e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo
prazo (art. 9º da Lei n. 9.504/1997).
Os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos até as
dezenove horas do dia 15 de agosto do ano em que se realizarem as eleições (art. 11, caput,
da Lei n. 9.504/1997).
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Letra c.
Atenção! Essa questão está desatualizada desde a edição da Lei n. 13.165/2015.
De acordo com o art. 11, § 2º, da Lei n. 9.504/1997, A idade mínima constitucionalmente es-
tabelecida como condição de elegibilidade é verificada tendo por referência a data da posse,
salvo quando fixada em dezoito anos, hipótese em que será aferida na data-limite para o pe-
dido de registro.
Assim, para os pleiteantes ao cargo de vereador, a idade mínima constitucional (18 anos) deve
ser comprovada na data limite do pedido de registro de candidatura (15 de agosto do ano das
eleições).
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Letra b.
Nos termos do art. 11, § 10, da Lei n. 9.504/1997, as condições de elegibilidade e as causas
de inelegibilidade devem ser aferidas no momento da formalização do pedido de registro da
candidatura, ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que
afastem a inelegibilidade.
Atente-se para o fato de que a parte final do art. 11, § 10, da Lei n. 9.504/1997, ressalva ex-
pressamente a possibilidade de as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro
que afastem a inelegibilidade serem conhecidas no processe de registro de candidatura.
Essas causas supervenientes que beneficiam os candidatos podem ser conhecidas até o últi-
mo dia do prazo para a diplomação dos eleitos, em qualquer grau de jurisdição, inclusive nas
instâncias extraordinárias. A esse respeito:
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podem ser considerados e acolhidos, se ocorridos até o último dia do prazo para a diplo-
mação dos eleitos. Precedente: ED-REspe 166-29/MG, Rel. Min. Henrique Neves da Silva,
julgado em 7.3.2017. (REspe n. 150-56/RR, rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJe de
21.6.2017).
Letra b.
Atenção! Essa questão está desatualizada em razão da modificação legislativa produzida
pela Lei n. 12.891/2013.
a) Errada. As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no
momento da formalização do pedido de registro da candidatura, ressalvadas as alterações,
fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que afastem a inelegibilidade.
b) Certa. Tanto nas eleições majoritárias quanto nas proporcionais a substituição só se efe-
tivará se o novo pedido for apresentado até 20 dias antes do pleito, exceto em caso de faleci-
mento de candidato, quando a substituição poderá ser efetivada após esse prazo.
c) Errada. Nas eleições majoritárias, os candidatos concorrem com o número identificador do
partido ao qual estiverem filiados.
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d) Errada. A ação de impugnação ao registro de candidatura poderá ser proposta por candi-
dato, partido político, coligação e pelo Ministério Público Eleitoral.
e) Errada. Nas eleições para deputado federal e para senador, será competente para proces-
sar e julgar a ação de impugnação ao registro de candidatura, o Tribunal Regional Eleitoral do
respectivo estado.
Errado.
Qualquer partido político, com registro no Tribunal Superior Eleitoral há, pelo menos, seis me-
ses antes da data das eleições, poderá lançar candidato ao cargo de presidente da República.
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Letra e.
Nos termos do art. 11, § 2º, da Lei n. 9.504/1997, a idade mínima constitucionalmente estabe-
lecida como condição de elegibilidade é verificada tendo por referência a data da posse, salvo
quando fixada em dezoito anos, hipótese em que será aferida na data-limite para o pedido de
registro.
Desse modo, ainda que, na data da eleição ou do registro, o candidato ainda não tenha a idade
mínima constitucional, poderá ter o seu registro de candidatura deferido e o diploma expedi-
do, desde que, na data da posse, implemente a idade mínima, motivo pelo qual a alternativa
correta é a letra E.
Letra d.
Dentre outros documentos, o art. 11, § 1º, da Lei n. 9.504/1997, exige que os cidadãos pleite-
antes a cargos eletivos, no pedido de registro de candidatura, apresentem os seguintes docu-
mentos: declaração de bens, assinada pelo candidato.
a) Errada. As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no
momento da formalização do pedido de registro da candidatura, ressalvadas as alterações,
fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que afastem a inelegibilidade.
b) Errada. É facultado ao partido ou coligação substituir candidato que for considerado inele-
gível, renunciar ou falecer após o termo final do prazo do registro ou, ainda, tiver seu registro
indeferido ou cancelado.
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Anulada.
Nos termos do art. 7º, § 2º, da Lei n. 9.504/1997, se a convenção partidária de nível inferior se
opuser, na deliberação sobre coligações, às diretrizes legitimamente estabelecidas pelo órgão
de direção nacional, nos termos do respectivo estatuto, poderá esse órgão anular a delibera-
ção e os atos dela decorrentes.
Qualquer cidadão filiado a partido político, ocupante ou não de cargo eletivo, poderá ser esco-
lhido em convenção partidária e concorrer a cargos eletivos.
De acordo com o art. 10 da Lei n. 9.504/1997, cada partido poderá registrar candidatos para
a Câmara dos Deputados, a Câmara Legislativa, as assembleias legislativas e as câmaras
municipais no total de até 150% do número de lugares a preencher, salvo: nas unidades
***
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da Federação em que o número de lugares a preencher para a Câmara dos Deputados não
exceder a 12, nas quais cada partido ou coligação poderá registrar candidatos a deputado
federal e a deputado estadual ou distrital no total de até 200% das respectivas vagas.
Conforme o art. 10, § 3º, da Lei n. 9.504/1997, do número de vagas resultante das regras
previstas neste artigo, cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% e o máximo de
70% para candidaturas de cada sexo.
Desde a edição da Emenda à Constituição n. 97/2017 (Eleições 2020), não se admite a forma-
ção de coligações para as eleições proporcionais.
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Letra e.
São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas tendentes a
afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais, nos três meses
que antecedem o pleito: fazer pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, fora do horário
eleitoral gratuito, salvo quando, a critério da Justiça Eleitoral, tratar-se de matéria urgente,
relevante e característica das funções de governo.
a) Errada. Se o servidor ou empregado da administração direta ou indireta federal, estadual ou
municipal do Poder Executivo estiver licenciado não há proibição para usar os seus serviços
para comitês de campanha eleitoral de candidato, partido político ou coligação.
b) Errada. Não constitui conduta vedada a agente público nomear ou exonerar ocupantes de
cargos em comissão ou designar ou dispensar exercentes de funções de confiança, ainda que
dentro dos três meses antes da data das eleições até a posse dos eleitos.
c) Errada. Constitui conduta vedada a agente público realizar, no primeiro semestre do ano
de eleição, despesas com publicidade dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais,
ou das respectivas entidades da administração indireta, que excedam a média dos gastos no
primeiro semestre dos três últimos anos que antecedem o pleito.
d) Errada. Ainda que a partir da data de início das convenções partidárias, admite a concessão
de recomposição da perda do poder aquisitivo da remuneração de servidores públicos sem
que isso constitua conduta vedada a agente público.
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b) realizará sorteio entre os dois candidatos, em local público, com a presença destes e de
representantes dos respectivos partidos.
c) registrará os dois candidatos com o apelido indicado, acrescido dos algarismos 1 e 2.
d) indeferirá o registro dos dois candidatos, porque a identidade de nomes poderá confundir
o eleitor.
e) deferirá o registro do apelido ao candidato cujo partido político tiver maior número de filia-
dos.
Letra a.
Nos termos do art. 12 da Lei n. 9.504/1997, o candidato às eleições proporcionais indicará,
no pedido de registro, além de seu nome completo, as variações nominais com que deseja ser
registrado, até o máximo de três opções, que poderão ser o prenome, sobrenome, cognome,
nome abreviado, apelido ou nome pelo qual é mais conhecido, desde que não se estabeleça
dúvida quanto à sua identidade, não atente contra o pudor e não seja ridículo ou irreverente,
mencionando em que ordem de preferência deseja registrar-se.
Entretanto, verificada a homonímia, a definição do nome a ser registrado para as eleições ob-
servará as seguintes regras:
• havendo dúvida, poderá exigir do candidato prova de que é conhecido por dada opção
de nome, indicada no pedido de registro;
• ao candidato que, até o dia 15 de agosto do ano as eleições, esteja exercendo mandato
eletivo ou o tenha exercido nos últimos quatro anos, ou que nesse mesmo prazo se te-
nha candidatado com um dos nomes que indicou, será deferido o seu uso no registro,
ficando outros candidatos impedidos de fazer propaganda com esse mesmo nome;
• ao candidato que, pela sua vida política, social ou profissional, seja identificado por um
dado nome que tenha indicado, será deferido o registro com esse nome, ficando outros
candidatos impedidos de fazer propaganda com esse mesmo nome;
• tratando-se de candidatos cuja homonímia não se resolva por essas regras, a Justiça
Eleitoral deverá notificá-los para que, em dois dias, cheguem a acordo sobre os respec-
tivos nomes a serem usados;
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• não havendo acordo no caso do inciso anterior, a Justiça Eleitoral registrará cada can-
didato com o nome e sobrenome constantes do pedido de registro, observada a ordem
de preferência ali definida.
Assim, com base no caso hipotético, em razão de os dois pretensos candidatos, no meio
social e profissional serem conhecimentos pela mesma variação nominal e não sendo pos-
sível a formalização de acordo, cada um dos candidatos será registrado com o seu nome e o
sobrenome constantes no pedido de registro, observada a ordem de preferência ali definida.
Letra e.
Atenção! Inicialmente, destaque-se a existência de uma atecnia na questão, pois afirmou que
houve falecimento de candidato faleceu três meses antes da data das eleições, ou seja, no
mês de julho. Entretanto, no mês de julho, ainda nem mesmo se iniciou o período de registro
de candidatura e não há que se falar em candidato.
Desconsiderado esse problema, em caso de falecimento de candidato, o partido ou coliga-
ções deve apresentar o pedido o pedido de substituição do candidato falecido no prazo de até
10 dias antes da data das eleições, nos termos do art. 13, §§ 1º e 3º, da Lei n. 9.504/1997,
os quais prescrevem:
Art. 13, § 1º A escolha do substituto far-se-á na forma estabelecida no estatuto do partido a que
pertencer o substituído, e o registro deverá ser requerido até 10 (dez) dias contados do fato ou da
notificação do partido da decisão judicial que deu origem à substituição.
§ 3º Tanto nas eleições majoritárias como nas proporcionais, a substituição só se efetivará se o
novo pedido for apresentado até 20 (vinte) dias antes do pleito, exceto em caso de falecimento de
candidato, quando a substituição poderá ser efetivada após esse prazo.
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Letra d.
De acordo com o art. 11, § 10, da Lei n. 9.504/1997, as condições de elegibilidade e as causas
de inelegibilidade devem ser aferidas no momento da formalização do pedido de registro da
candidatura, ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que
afastem a inelegibilidade.
a) Errada. Tanto nas eleições majoritárias quanto nas proporcionais, a substituição só se
efetivará se o novo pedido for apresentado até 20 dias antes do pleito, exceto em caso de fa-
lecimento de candidato, quando a substituição poderá ser efetivada após esse prazo.
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b) Errada. O candidato cujo registro esteja sub judice poderá efetuar todos os atos relativos
à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e ter
seu nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver sob essa condição, ficando a validade
dos votos a ele atribuídos condicionada ao deferimento de seu registro por instância superior.
c) Errada. Em razão da afronta ao princípio da autonomia partidária, o Supremo Tribunal Fe-
deral, no julgamento da ADI n. 2.530, liminarmente, suspendeu os efeitos da candidatura nata,
prevista no art. 8º, § 1º, da Lei n. 9.504/1997.
e) Errada. Conforme prescrição contida no art. 12, § 3º, da Lei n. 9.504/1997, a Justiça Eleito-
ral indeferirá todo pedido de variação de nome coincidente com nome de candidato a eleição
majoritária, salvo para candidato que esteja exercendo mandato eletivo ou o tenha exercido
nos últimos quatro anos, ou que, nesse mesmo prazo, tenha concorrido em eleição com o
nome coincidente.
Letra d.
Atenção! Essa questão está desatualizada em razão das modificações promovidas pela Lei n.
13.165/2015.
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O pedido de registro de candidatura deve ser requerido à Justiça Eleitoral pelos partidos po-
líticos e coligações até as 19 horas do dia 15 de agosto do ano em que se realizarem as elei-
ções, conforme se vê no art. 11 da Lei n. 9.504/1997.
a/d/e) A competência para o registro e a cassação de registro de candidatos a vereador é do
juiz eleitoral e deve ser feito até as 19h do dia 15 de agosto do ano da eleição.
b) O pedido de registro de candidato a vereador deve ser feito perante o juiz eleitoral da zona
eleitoral correspondente à circunscrição do cargo.
c) O princípio da indivisibilidade da chapa somente é aplicável às eleições majoritárias.
Letra c.
De acordo com o entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral, exposto na Súmula
n. 45, nos processos de registro de candidatura, o Juiz Eleitoral pode conhecer de ofício da
existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de condição de elegibilidade, desde
que resguardados o contraditório e a ampla defesa.
a) Errada. A ausência de filiação partidária impede que o cidadão concorra às eleições em
razão do não preenchimento de uma das condições de elegibilidade.
b) Errada. A declaração de inelegibilidade do candidato à Presidência da República, gover-
nador de Estado e do Distrito Federal e prefeito não atingirá o candidato a vice-presidente,
vice-governador ou vice-prefeito, assim como a destes não atingirá aqueles.
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d) Errada. A inelegibilidade constitui causa impeditiva para o exercício dos direitos políticos
passivos.
e) Errada. Os semialfabetizados, ou seja, aqueles que, minimamente, saibam ler e escrever,
são considerados elegíveis, devendo a inelegibilidade dos analfabetos ser interpretada restri-
tivamente.
Letra c.
Nos termos do art. 16-A, parágrafo único, da Lei n. 9.504/1997, se um candidato concorrer às
eleições sub judice, o cômputo, para o respectivo partido ou coligação, dos votos atribuídos
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ao candidato cujo registro esteja sub judice no dia da eleição fica condicionado ao deferimen-
to do registro do candidato.
a) Errada. Conforme a prescrição contida no art. 11, § 8º, I, da Lei n. 9.504/1997, será conside-
rado quite com a Justiça Eleitoral e estará apto ao deferimento de seu registro de candidatura
o cidadão condenado ao pagamento de multa, que tenha, até a data da formalização do seu
pedido de registro de candidatura, comprovado o pagamento ou o parcelamento da dívida
regularmente cumprido. Diante dessa previsão legal, o Tribunal Superior Eleitoral editou a
Súmula n. 50 com o entendimento de que o pagamento da multa eleitoral pelo candidato ou
a comprovação do cumprimento regular de seu parcelamento após o pedido de registro, mas
antes do julgamento respectivo, afasta a ausência de quitação eleitora
b) Errada. Até 20 dias antes da data das eleições, todos os pedidos de registro de candidatos,
inclusive os impugnados e os respectivos recursos, devem estar julgados pelas instâncias
ordinárias, e publicadas as decisões a eles relativas.
d) Errada. De acordo com o art. 16-A da Lei n. 9.504/1997, o candidato cujo registro esteja sub
judice poderá efetuar todos os atos relativos à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário
eleitoral gratuito no rádio e na televisão e ter seu nome mantido na urna eletrônica enquanto
estiver sob essa condição, ficando a validade dos votos a ele atribuídos condicionada ao de-
ferimento de seu registro por instância superior.
e) Errada. Conforme o art. 13, § 3º, da Lei n. 9.504/1997, tanto nas eleições majoritárias quan-
to nas proporcionais, a substituição só se efetivará se o novo pedido for apresentado até 20
dias antes do pleito, exceto em caso de falecimento de candidato, quando a substituição po-
derá ser efetivada após esse prazo.
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Letra a.
Nos termos do art. 16-A da Lei n. 9.504/1997, o candidato cujo registro esteja sub judice po-
derá efetuar todos os atos relativos à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral
gratuito no rádio e na televisão e ter seu nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver
sob essa condição, ficando a validade dos votos a ele atribuídos condicionada ao deferimento
de seu registro por instância superior.
Assim, enquanto o candidato estiver com o seu registro de candidatura e até a decisão do
Tribunal Superior Eleitoral, admite-se que faça campanha eleitoral.
Letra d.
Atenção! Essa questão está desatualizada em razão das alterações promovidas pela Emenda
Constitucional n. 97/2017, que proibiu a realização de coligações para as eleições proporcio-
nais, bem com diante das modificações produzidas pela Lei n. 13.488/2017.
De qualquer forma, destaque-se que, nas eleições proporcionais, cada partido poderá regis-
trar candidatos para a Câmara dos Deputados, a Câmara Legislativa, as assembleias legisla-
tivas e as câmaras municipais no total de até 150% do número de lugares a preencher, salvo:
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Certo.
Nos termos do art. 9º da Lei n. 9.504/1997, para concorrer às eleições, o candidato deverá
possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de seis meses e estar com
a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo. Nessa situação, havendo fusão ou incorpo-
ração de partidos após o prazo de seis meses antes da data das eleições, será considerada,
para efeito de filiação partidária, a data de filiação do candidato ao partido de origem.
Errado.
Nos termos do art. 11 da Lei n. 9.504/1997, os partidos e coligações solicitarão à Justiça
Eleitoral o registro de seus candidatos até as dezenove horas do dia 15 de agosto do ano em
que se realizarem as eleições.
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Errado.
O eleitor não tem legitimidade para impugnar o registro de candidatura. Na verdade, nos ter-
mos do art. 3º da Lei Complementar n. 64/1990, caberá a qualquer candidato, a partido po-
lítico, coligação ou ao Ministério Público, no prazo de cinco dias, contados da publicação do
pedido de registro de candidato, impugná-lo em petição fundamentada.
Certo.
De acordo com o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral contido na Súmula n. 70, o en-
cerramento do prazo de inelegibilidade antes do dia da eleição constitui fato superveniente
que afasta a inelegibilidade, nos termos do art. 11, § 10, da Lei n. 9.504/1997.
Certo.
De acordo com o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral contido na Súmula n. 58, não
compete à Justiça Eleitoral, em processo de registro de candidatura, verificar a prescrição da
pretensão punitiva ou executória do candidato e declarar a extinção da pena imposta pela
Justiça comum.
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Certo.
De acordo com o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral contido na Súmula n. 52, em
registro de candidatura, não cabe examinar o acerto ou desacerto da decisão que examinou,
em processo específico, a filiação partidária do eleitor.
Letra b.
Dentre outros documentos, o art. 11, § 1º, VI, da Lei n. 9.504/1997, dispõe que os candidatos
devem apresentar a certidão de quitação eleitoral no momento de formalização do pedido de
registro de candidatura.
Os demais documentos mencionados na questão não são exigidos para a registrabilidade do
candidato a cargo eletivo.
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d) o partido que não impugnou o registro de candidato tem legitimidade para recorrer da sen-
tença que o deferiu, mesmo se não se cuidar de matéria constitucional.
e) é obrigatória a formação de litisconsorte passivo necessário entre o candidato cujo registro
foi impugnado e o partido a que pertence.
Letra c.
De acordo com o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral contido na Súmula n. 50, o pa-
gamento da multa eleitoral pelo candidato ou a comprovação do cumprimento regular de seu
parcelamento após o pedido de registro, mas antes do julgamento respectivo, afasta a ausên-
cia de quitação eleitoral.
a) Errada. Segundo o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral contido na Súmula n. 55,
a Carteira Nacional de Habilitação gera a presunção da escolaridade necessária ao deferi-
mento do registro de candidatura.
b) Errada. Nos termos do entendimento do TSE contido na Súmula n. 41, não cabe à Justiça
Eleitoral decidir sobre o acerto ou desacerto das decisões proferidas por outros órgãos do
Judiciário ou dos Tribunais de Contas que configurem causa de inelegibilidade.
d) Errada. No processo de registro de candidatos, o partido que não o impugnou não tem legi-
timidade para recorrer da sentença que o deferiu, salvo se se cuidar de matéria constitucional
(Súmula n. 11 do Tribunal Superior Eleitoral).
e) Errada. Não há formação de litisconsórcio necessário em processos de registro de candi-
datura (Súmula n. 39 do Tribunal Superior Eleitoral).
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o partido político Beta, que também tinha candidatos registrados, interpôs recurso. Conside-
rando a sistemática estabelecida pela ordem jurídica, é correto afirmar que Pedro e Jaime
a) não preencheram apenas o requisito do tempo de filiação partidária e o partido político
Beta não tem legitimidade para interpor o recurso.
b) não preencheram os requisitos do tempo de filiação partidária e de domicílio na circunscri-
ção e o partido político Beta não tem legitimidade para interpor o recurso.
c) não preencheram os requisitos do tempo de filiação partidária e de domicílio na circunscri-
ção e o partido político Beta tem legitimidade para interpor o recurso.
d) preencheram os requisitos do tempo de filiação partidária e de domicílio na circunscrição
e o partido político Beta não tem legitimidade para interpor o recurso.
e) preencheram os requisitos do tempo de filiação partidária e de domicílio na circunscrição e
o partido político Beta tem legitimidade para interpor o recurso.
Letra d.
Para concorrer a cargos públicos eletivos, exige-se que, dentre outras condições de elegibili-
dade, o cidadão tenha filiação partidária pelo prazo de, pelo menos, seis meses antes da data
das eleições, assim como domicílio eleitoral na circunscrição do cargo por igual período.
Assim, Pedro e Jaime preencheram essas condições de elegibilidade e, se não houver outros
óbices ao exercício da elegibilidade, devem ter o deferimento de seus registros de candidatu-
ra.
Entretanto, em razão de o registro de candidatura não ter sigo impugnado, não se admite a in-
terposição de recurso por partidos políticos, nos termos do entendimento contido na Súmula
n. 11 do Tribunal Superior Eleitoral.
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Letra b.
I – Errado. Nos termos do art. 11, § 2º, da Lei n. 9.504/1997, a idade mínima constitucional-
mente estabelecida como condição de elegibilidade é verificada tendo por referência a data
da posse, salvo quando fixada em dezoito anos, hipótese em que será aferida na data-limite
para o pedido de registro.
II – Certo. De acordo com o art. 11, § 14, da Lei n. 9.504/1997, é vedado o registro de candi-
datura avulsa, ainda que o requerente tenha filiação partidária.
III – Certo. Conforme o § 4º do art. 11 da Lei n. 9.504/1997, na hipótese de o partido ou co-
ligação não requerer o registro de seus candidatos, estes poderão fazê-lo perante a Justiça
Eleitoral, observado o prazo máximo de quarenta e oito horas seguintes à publicação da lista
dos candidatos pela Justiça Eleitoral.
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Letra b.
Nos termos do art. 9º da Lei n. 9.504/1997, para concorrer às eleições, o candidato deverá
possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de seis meses e estar com
a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo.
Assim, em razão de João, além dos demais requisitos, preencher tais condições de elegibili-
dade, o seu registro de candidatura deve ser deferido.
Por sua vez, se, apesar de escolhido em convenção partidária, o partido ao qual é filiado não
formular o seu pedido de registro de candidatura, João poderá fazê-lo perante a Justiça Elei-
toral, observado o prazo máximo de quarenta e oito horas seguintes à publicação da lista dos
candidatos pela Justiça Eleitoral.
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c) O procurador regional poderá adotar providências para garantir a realização de novas elei-
ções diretas no caso de inércia do tribunal regional.
d) O TSE detém competência exclusiva para decidir sobre a ocorrência e a forma das novas
eleições.
e) A ocorrência de novas eleições depende do número de votos anulados.
Letra c.
O indeferimento do registro de candidatura de candidato eleito para cargo majoritário mu-
nicipal tem como consequência a necessidade de realização de novas eleições. Se houver
omissão do Tribunal Regional Eleitoral em adotar as medidas necessárias para a ocorrên-
cia do novo pleito, o procurador deve levar o fato ao conhecimento do procurador-geral, que
providenciará junto ao Tribunal Superior para que seja marcada imediatamente nova eleição
(art. 224, § 1º, do Código Eleitoral).
a) Errada. Em caso de necessidade de convocação de substituto do chefe do Poder Executivo
local, deve-se observar as disposições contidas na lei orgânica do respectivo município e,
diante da autonomia municipal, não há a obrigatoriedade de que o substituto seja o presiden-
te da Câmara Municipal.
b) Errada. Em caso de realização de novas eleições, as despesas correrão por conta da Jus-
tiça Eleitoral.
d) Errada. A realização de eleições suplementares municipais deve-se realizar na forma e na
data definida pelo respectivo Tribunal Regional Eleitoral.
e) Errada. O indeferimento do registro de candidatura de prefeito e de governador tem como
consequência a realização de novas eleições.
Supondo-se presentes os pressupostos para tanto, de acordo com o Código Eleitoral, o regis-
tro de Fúlvio deverá ser processado e julgado, originariamente, pelo
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a) Juiz Eleitoral, assim como o de Flávio; e o de Amaury perante o Tribunal Regional Eleitoral
competente.
b) Tribunal Regional Eleitoral competente; o de Flávio perante o Tribunal Regional Eleitoral
competente; e o de Amaury perante o Tribunal Superior Eleitoral.
c) Juiz Eleitoral; o de Flávio e o de Amaury perante o Tribunal Superior Eleitoral.
d) Juiz Eleitoral; o de Flávio e o de Amaury perante o Tribunal Regional Eleitoral.
e) Juiz Eleitoral; o de Flávio perante o Tribunal Regional Eleitoral competente; e o de Amaury
perante o Tribunal Superior Eleitoral.
Letra e.
I – Fúlvio deseja candidatar-se a prefeito – assim, o seu registro de candidatura deve ser pro-
cessado e julgado perante o juiz eleitoral.
II – Flávio deseja candidatar-se a senador – desse modo, o seu registro de candidatura deve
ser processado e julgado perante o Tribunal Regional Eleitoral.
III – Amaury deseja candidatar-se a vice-presidente da República – por essa razão, o seu
registro de candidatura deve ser processado e julgado perante o Tribunal Superior Eleitoral.
A partir da análise dessas situações fáticas, conclui-se que a alternativa correta é a letra “e”.
***
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e) pode conhecer de ofício e indeferir de imediato o registro requerido apenas quando houver
ausência de condição de elegibilidade, sem necessidade de assegurar o contraditório e a am-
pla defesa.
Letra c.
Nos termos do entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral, contido na Súmula n.
45, nos processos de registro de candidatura, o juiz eleitoral pode conhecer de ofício da exis-
tência de causas de inelegibilidade ou da ausência de condição de elegibilidade, desde que
resguardados o contraditório e a ampla defesa.
***
Letra b.
Nos termos do entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral:
Certo.
Conforme o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral, encartado na Súmula n. 45, “nos
processos de registro de candidatura, o Juiz Eleitoral pode conhecer de ofício da existência
de causas de inelegibilidade ou da ausência de condição de elegibilidade, desde que resguar-
dados o contraditório e a ampla defesa”.
Errado.
Em caso de candidatos escolhidos para as vagas remanescentes, a escolha caberá aos ór-
gãos de direção dos partidos políticos. Assim, nessa situação, candidatos que não foram
***
escolhidos em convenção partidária, mas sim pelos órgãos de direção partidária, poderão
participar das eleições.
Errado.
Conforme o entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral:
***
Letra d.
Nos termos do art. 11, § 1º, IV, da Lei n. 9.504/1997, dentre outros, O pedido de registro deve
ser instruído com os seguintes documentos: declaração de bens, assinada pelo candidato.
a) Errada. De acordo com o art. 11, § 10, da Lei n. 9.504/1997, as condições de elegibilidade
e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no momento da formalização do pedido de
registro da candidatura, ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao
registro que afastem a inelegibilidade.
b) Errada. Conforme o art. 13 da Lei n. 9.504/1997, é facultado ao partido ou coligação substi-
tuir candidato que for considerado inelegível, renunciar ou falecer após o termo final do prazo
do registro ou, ainda, tiver seu registro indeferido ou cancelado.
c) Errada. Segundo o art. 11, caput da Lei n. 9.504/1997, os partidos e coligações solicitarão à
Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos até as dezenove horas do dia 15 de agosto do
ano em que se realizarem as eleições.
e) Errada. Para o § 4º do art. 11 da Lei n. 9.504/1997, na hipótese de o partido ou coligação
não requerer o registro de seus candidatos, estes poderão fazê-lo perante a Justiça Eleitoral,
observado o prazo máximo de quarenta e oito horas seguintes à publicação da lista dos can-
didatos pela Justiça Eleitoral.
***
e) não poderá se candidatar pois a idade mínima constitucionalmente prevista para uma pes-
soa eleger-se ao cargo de vereador é vinte e um anos de idade.
Letra a.
Nos termos do art. 11, § 2º, da Lei n. 9.504/1997, a idade mínima constitucionalmente estabe-
lecida como condição de elegibilidade é verificada tendo por referência a data da posse, salvo
quando fixada em dezoito anos, hipótese em que será aferida na data-limite para o pedido de
registro.
Assim, em razão de Jair pretender concorrer ao cargo de vereador, cargo para o qual a idade
mínima é de dezoito anos, deveria ter completado a idade mínima constitucional até a data
limite para o registro de candidato.
Letra b.
Nos estados da federação em que o número de deputados federais forem em número superior
a 12, cada partido poderá apresentar candidatos correspondentes até 150% do número de
lugares a preencher.
Assim, se há vinte vagas de deputados federais, cada partido poderá apresentar até trinta
candidatos. Desse total, deve-se respeitar os percentuais mínimos e máximo de candidatura
de cada gênero, conforme se vê na disposição contida no art. 10, § 3º, da Lei n. 9.504/1997:
***
Art. 10, § 3º Do número de vagas resultante das regras previstas neste artigo, cada partido ou co-
ligação preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para
candidaturas de cada sexo.
Por essa disposição, no caso apresentado, cada partido, se apresentar o número máximo de
candidatos, deverá apresentar, no mínimo, nove candidatos de um gênero e vinte e um candi-
datos de outro gênero.
***
REFERÊNCIAS
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BARROS, Francisco Dirceu. Direito Eleitoral: teoria, jurisprudência e mais de 1000 questões
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DIDIER JR., Fredie. CUNHA, Leonardo José Carneiro da. Curso de Direito Processual Civil:
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VELLOSO, Carlos Mário da Silva. AGRA, Walber de Moura. Elementos de Direito Eleitoral. São
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