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DIREITO

ELEITORAL
Lei n. 9.504/1997: Registro da
Candidatura

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9.504/1997: Registro da Candidatura
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Apresentação . ............................................................................................................................4
Lei n. 9.504/1997: Registro da Candidatura . ..........................................................................6
1. Aspectos Gerais . ....................................................................................................................6
1.1. Natureza Jurídica .................................................................................................................6
1.2. Quantitativo de Requerimentos de Registro . ..................................................................7
1.3. Competência . ......................................................................................................................8
1.4. Espécies de Requerimento – RRC, RRCI e DRAP . ............................................................9
1.5. Legitimidade . .................................................................................................................... 10
1.6. Prazo . ................................................................................................................................ 10
1.7. Intimação e Contagem do Prazo ..................................................................................... 10
2. Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários – DRAP . ...................................... 12
2.1. Cotas de Gênero . .............................................................................................................. 15
3. Registro de Candidaturas Individuais – RRC e RRCI . ........................................................ 19
3.1. Denominação dos Candidatos . ....................................................................................... 20
3.2. Documentos Necessários . ..............................................................................................23
3.3. Rito . ..................................................................................................................................25
4. Ação de Impugnação do Pedido de Registro de Candidatura – AIRC . .......................... 28
4.1. Natureza Jurídica . ........................................................................................................... 28
4.2. Objeto .............................................................................................................................. 28
4.3. Prazo . .............................................................................................................................. 28
4.4. Legitimidade Ativa . ..........................................................................................................29
4.5. Legitimidade Passiva . ..................................................................................................... 31
4.6. Rito ....................................................................................................................................32

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4.7. Causa de Pedir ..................................................................................................................34


5. Efeitos da Decisão de Indeferimento – Art. 16-A da Lei n. 9.504/1997 .......................39
6. Substituição de Candidatos .............................................................................................. 40
Resumo .....................................................................................................................................44
Questões de Concurso . ...........................................................................................................53
Gabarito ....................................................................................................................................70
Gabarito Comentado .................................................................................................................71
Referências ............................................................................................................................ 106

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ApresentAção

Querido(a) aluno(a), tudo bem?


Vamos continuar o estudo da Lei n. 9.504/1997, mais conhecida como Lei das Eleições,
que estabelece as normas gerais para a realização das eleições no país. Esse texto legal cuida
especificamente dos seguintes temas:
• disposições gerais sobre a realização das eleições;
• convenções partidárias;
• coligações;
• registro de candidatura;
• arrecadação de recursos para campanhas eleitorais;
• prestação de contas nas campanhas eleitorais;
• pesquisas eleitorais;
• propaganda eleitoral;
• propaganda intrapartidária;
• sistema eletrônico de votação;
• condutas vedadas a agentes públicos.

Na aula de hoje, estudaremos um dos temas centrais do processo eleitoral: o registro de


candidatura.
Saliento que nosso estudo se encontra atualizado com as resoluções para as eleições
de 2020 do TSE, as quais, adianto, serão permanentes e não mais confeccionadas para cada
pleito, e com as recentíssimas alterações legislativas promovidas pelas Leis n. 23.831/2019,
n. 13.877/2019 e n. 13.878/2019.
Além da legislação de vigência, trarei à colação, como sói acontecer, diversos julgados,
especialmente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF), a fim
de deixá-lo(a) preparado(a) para enfrentar qualquer questão acerca da matéria.
Nesta aula, em razão da menor incidência dessa parte da matéria em questões de concur-
sos, haverá menos questões na parte final. Na verdade, preparei um mix de quarenta questões,
devidamente comentadas sobre os diversos assuntos que em seguida abordarei, as quais

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são suficientes para que você compreenda a forma da cobrança desses temas pelas bancas
examinadoras.
Está preparado(a)?
Sem demoras, vamos lá!

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LEI N. 9.504/1997: REGISTRO DA CANDIDATURA


1. Aspectos GerAis

Encerrada a fase de escolha dos pretensos candidatos em convenção partidária, a fase


seguinte do microprocesso eleitoral é o registro de candidatura.

Há certa controvérsia na doutrina sobre a natureza jurídica do processo de registro de


candidatura. Para Adriano Soares da Costa (2009, p. 278), não passa de um típico procedi-
mento administrativo. Já para Jorge, Liberato e Rodrigues (2017, p. 473), a sua natureza é
jurisdicional.
Seguindo parte da doutrina, encabeçada por Marcos Ramayana (2010, p. 331) e Rodrigo
Lopes Zílio (2012, p. 254), entendemos que o requerimento de registro não possui natureza
contenciosa, porquanto inexiste conflito de interesses a ser solvido, embora possa vir a ser,
se houver impugnação ao pedido. Nesse sentido, colhe-se da jurisprudência do STF, esclare-
cedora passagem da lavra no ministro Marco Aurélio:

O pleito de registro de candidatura é vinculado à área administrativa. Forma-se processo


de natureza administrativa, somente surgindo contencioso jurisdicional na hipótese de
impugnação. (QO/AO n. 510, rel. Min. Marco Aurélio, DJ de 28.5.1999).

No mesmo julgado, o ministro Sepúlveda Pertence consignou que se trata da verificação,


de ofício, do preenchimento das condições de elegibilidade e a da ausência de inelegibilida-
des. Se há impugnação, aí sim, surge incidentemente uma ação, um processo contencioso a
respeito de ser ou não devido o registro em si mesmo, um ato administrativo, que não difere
essencialmente, por exemplo, da inscrição de um candidato em um concurso público.
Nessa compreensão de que o processo de registro de candidatura possui, inicialmente,
natureza administrativa, o TSE admite seu requerimento sem a constituição de um advogado.
Confira:

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A petição da ação de impugnação de registro de candidatura não precisa ser subscrita


por advogado, o que se exige apenas na fase recursal. Precedentes. (REspe n. 33378/BA,
rel. Min. Marcelo Ribeiro, PSESS DE 4.12.2008).

Também em razão de sua natureza inclinada à seara administrativa, é admitido que o jul-
gador conheça, de ofício, das causas impeditivas para o deferimento do pedido. Nesse caso,
antes de qualquer decisão, é necessária a intimação do candidato para sanar o vício, em obe-
diência ao art. 10 do CPC, que obsta a decisão surpresa no processo. Confira o dispositivo:

Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito
do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria
sobre a qual deva decidir de ofício.

1.2. QuAntitAtivo de reQuerimentos de reGistro


Como regra geral, cada partido poderá requerer registros de candidatura para os cargos
em que a eleição ocorre pelo sistema proporcional – vereador, deputado estadual, deputado
distrital, deputado federal – no total de até 150% do número de lugares a preencher, nos ter-
mos do art. 10 da Lei das Eleições. Lembre-se de que não existe mais coligação no sistema
proporcional, conforme as alterações promovidas pela Emenda Constitucional n. 97/2017,
conforme se vê a seguir:

Constituição Federal.
Art. 17, § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e
estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios
e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas
coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais,
sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou
municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Reda-
ção dada pela Emenda Constitucional n. 97, de 2017)

Nos estados em que o número de lugares a preencher para a Câmara dos Deputados
não exceder a 12, cada partido poderá registrar candidatos a deputado federal e a deputado
estadual ou Distrital o total de 200% do número de lugares a preencher. Observe que a regra,
que permite o acréscimo, se aplica exclusivamente aos cargos proporcionais das eleições
estaduais/federais.

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No cálculo do número de candidatos que podem ser apresentados por partido político,
será sempre desprezada a fração, se inferior a 0,5, e igualada a um, se igual ou superior, con-
soante estabelece a Lei o art. 10, § 4º, da Lei n. 9.504/1997.
Para os cargos em que a eleição ocorre pelo sistema majoritário, o partido ou coligação
somente poderá lançar uma chapa, com titular e vice, para os cargos de prefeito, governador
e presidente da República. No caso de senador, a chapa única deverá possuir um titular e dois
suplentes.
Os requerimentos de registro de candidatura em quantidade maior do que a permitida em
lei implica o indeferimento do DRAP do partido ou coligação, caso, devidamente intimado, o in-
teressado não promova a adequação, nos termos do art. 17, § 6º, da Res.-TSE 23.609/2019,
que cuida do registro de candidatos para eleições.

Para a disputa dos cargos de prefeito e vereador – eleições municipais –, o requerimento


deve ser endereçado ao juiz eleitoral.
Para a disputa dos cargos de deputado estadual, deputado distrital, deputado federal, se-
nador, governador e vice-governador – eleições estaduais/federais, o pedido deve ser feito ao
tribunal regional eleitoral do estado.
Já nas eleições para presidente e vice-presidente da República – eleições presidenciais,
– o pedido deve ser realizado perante o TSE.
Aliás, a competência para analisar o pedido de registro é a mesma para processar e julgar
a ação de impugnação ao registro de candidatura, conforme se vê no art. 2º, parágrafo único,
da Lei Complementar n. 64/1990:

Art. 2º Compete à Justiça Eleitoral conhecer e decidir as arguições de inelegibilidade.


Parágrafo único. A arguição de inelegibilidade será feita perante:
I – o Tribunal Superior Eleitoral, quando se tratar de candidato a presidente ou vice-presidente da
República;
II – os tribunais regionais eleitorais, quando se tratar de candidato a senador, governador e vi-
ce-governador de estado e do Distrito Federal, deputado federal, deputado estadual e deputado
distrital;
III – os juízes eleitorais, quando se tratar de candidato a prefeito, vice-prefeito e vereador.

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Os pedidos de registro de candidatura dos escolhidos em convenção partidária devem ser


realizados pelos partidos ou coligações, por meio do formulário denominado Requerimento
de Registro de Candidatura (RRC), no órgão competente da Justiça Eleitoral. Havendo coli-
gação, somente esta pode realizar o pedido dos candidatos escolhidos para concorrer aos
cargos majoritários.
Na hipótese de o partido ou coligação não requerer o registro de candidato escolhido em
convenção, o próprio candidato poderá fazê-lo, por meio do formulário Requerimento de Re-
gistro de Candidatura Individual (RRCI), observado o prazo de 48 horas da publicação da lista
de candidatos pela Justiça Eleitoral, conforme estabelece o art. 11, § 4º, da Lei das Eleições.
Assim, cabe aos candidatos fiscalizarem os partidos no cumprimento do prazo para requerer
os registros de candidatura, a fim de, havendo omissão da agremiação partidária, exercerem
essa obrigação legal. Nesse sentido, confira:

Na linha da jurisprudência desta Corte, cabe ao candidato fiscalizar seu partido político
ou coligação sobre o cumprimento do prazo para o pedido de registro de candidatura
de que trata o art. 21 da Res.-TSE n. 23.373/2011, a fim de se prevenir sobre o cumpri-
mento do prazo subsequente, em que a iniciativa para o pedido de registro cabe indi-
vidualmente ao candidato, nos termos do art. 23 da Res.-TSE n. 23.373/2011. (REspe
n. 98-12/GO, rel. Min. Laurita Vaz, PSESS de 18.12.2012).

Além dos pedidos de registro de candidatos, a Justiça Eleitoral aprecia também a regu-
laridade dos registros dos partidos e das coligações, estas agora permitidas apenas para as
eleições majoritárias. Essa análise e realizada com base no Demonstrativo de Regularidade
de Atos Partidários, mais conhecido como DRAP, cuja análise recai sobre requisitos afetos à
agremiação e às coligações, tais como, os quantitativos mínimos da cota de gênero, a regula-
ridade da convenção, a constituição de diretório na circunscrição do pleito, a regular formação
da coligação, entre outros.

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1.5. LeGitimidAde
Nos termos do art. 21 da Res.-TSE n. 23.609/2019, que cuida do registro de candidatos
em eleições, o pedido de registro será subscrito:
No caso de partido isolado, alternativamente:
• pelo presidente do órgão de direção nacional, estadual ou municipal;
• por delegado registrado no Sistema de Gerenciamento de Informações Partidárias
(SGIP).

Na hipótese de coligação, alternativamente:


• pelos presidentes dos partidos políticos coligados;
• por seus delegados;
• pela maioria dos membros dos respectivos órgãos executivos de direção;
• por representante da coligação designados na forma dos incisos VI do art. 7º (Lei n.
9.504/1997, art. 6º, § 3º, II).

1.6. prAzo
Os pedidos de registro de candidatura podem ser realizados logo após a ocorrência da
convenção partidária e tem como termo final às 19 horas do dia 15 de agosto do ano elei-
toral. Caso o partido seja omisso no requerimento dos registros dos candidatos escolhidos
em convenção, estes podem apresentá-lo no prazo de 48 contados da publicação da lista de
candidatos. Ultrapassados esses prazos, o pedido de registro deve ser negado pela Justiça
Eleitoral.

1.7. intimAção e contAGem do prAzo


No período de 15 de agosto a 19 de dezembro do ano em que se realizarem as eleições,
as intimações das decisões monocráticas nos processos de registro de candidatura dirigidas
a partidos, coligações e candidatos serão realizadas pelo mural eletrônico, fixando-se o termo
inicial do prazo na data de publicação, consoante estabelece o art. 38 e seguintes da Res.-T-
SE n. 23.609/2019, que trata do registro de candidatura nas eleições.

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Na impossibilidade técnica de utilização do mural eletrônico, oportunamente certificada,


as intimações serão realizadas sucessivamente, por mensagem instantânea, por e-mail e
por correspondência, somente se passando a utilizar a modalidade subsequente em caso de
frustrada a intimação realizada sob a forma anterior.
Reputam-se válidas as intimações realizadas quando:
• realizadas pelo mural eletrônico, pela disponibilização;
• realizadas pelos demais meios eletrônicos, pela confirmação de entrega ao destinatá-
rio da mensagem ou e-mail, no número de telefone ou endereço informado pelo parti-
do, coligação ou candidato, dispensada a confirmação de leitura;
• realizadas por correio, pela assinatura do aviso de recebimento de pessoa que se apre-
sente como apta a receber correspondência no endereço informado pelo partido, coli-
gação ou candidato.

Nesse período, a intimação pessoal do Ministério Público Eleitoral será feita exclusiva-
mente por intermédio de expediente no Processo Judicial Eletrônico (PJe), o qual marcará a
abertura automática e imediata do prazo processual.
De modo diverso, nesse período, as decisões colegiadas – acórdãos – serão publicadas
em sessão de julgamento, passando a correr, a partir dessa data, os prazos recursais para
as partes e para o Ministério Público, conforme determina o art. 38, § 8º, da Res.-TSE n.
23.609/2019.
Nesse período, os prazos nos processos de registro são contínuos e peremptórios, cor-
rendo em cartório ou secretaria, e não se suspendem aos sábados, domingos e feriados. Nes-
se sentido:

1. É intempestivo o agravo regimental interposto após o prazo de três dias contados da


publicação em sessão da decisão monocrática proferida em processo de registro de
candidatura.
2. Na linha da jurisprudência desta Corte Superior, os prazos relativos aos processos de
registro de candidatura são contínuos e peremptórios, não se suspendendo aos sába-
dos, domingos e feriados, conforme a disciplina do art. 16 da Lei Complementar n. 64/90.
(AgR-REspe n. 682-30/RJ, rel. Min. Henrique Neves, PSESS de 18.9.2014).

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Nesse passo, se uma decisão de indeferimento de registro de candidatura for publicada


em mural eletrônico numa sexta-feira, o prazo de três dias para interposição do recurso espe-
cial expirará na segunda-feira, exceto se nesse dia o expediente forense for encerrado antes
ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.
A publicação dos atos judiciais fora desse período de 15 de agosto a 19 de dezembro será
realizada no DJE e a contagem do prazo voltará a observar a sistemática comum adotada na
Justiça Eleitoral.
Ressalto, nesse ponto, que a Justiça Eleitoral não adota a contagem de prazo em dias
úteis, prevista no art. 219 do CPC.
No art. 7º da Res.-TSE n. 23.478/2016, que cuida da aplicação do novo CPC ao processo
eleitoral, o TSE optou pela não aplicação da novidade legislativa, nos seguintes termos:

Art. 7º O disposto no art. 219 do Novo Código de Processo Civil não se aplica aos feitos eleitorais.

Segundo o entendimento do TSE o acolhimento da nova sistemática de contagem de pra-


zos processuais violaria princípios basilares do Direito Eleitoral, principalmente o princípio da
celeridade. Confira:

1. Em razão da incompatibilidade entre a previsão contida no art. 219 do CPC/2015 e


o princípio da celeridade, inerente aos feitos que tramitam na Justiça Eleitoral, a juris-
prudência desta Corte Superior entende ser inaplicável a contagem dos prazos em dias
úteis ao processo eleitoral. (REspe n. 8427/AM, rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJe
de 5.5.2017).

Apresentados esses aspectos gerais, vamos dividir nosso estudo em duas partes:
• requerimento de registro de candidatura de partidos e coligações (DRAP) e;
• requerimento de registro de candidatura de candidatos (RRC e RRCI).

O Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários pode ser compreendido como o


processo principal ao qual estão vinculados os requerimentos de registros dos candidatos do
partido ou coligação.

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Segundo José Jairo Gomes (2017, p. 354), nos autos do DRAP, a Justiça Eleitoral averigua
a regularidade dos partidos e dos atos praticados com vistas ao pleito. Nesse passo, nos ter-
mos do art. 23 da Res.-TSE n. 23.609/2019, o formulário deve conter:

I – cargo pleiteado;
II – nome e sigla do partido político;
III – quando se tratar de pedido de coligação majoritária, o nome da coligação, siglas dos partidos
políticos que a compõem, nome, CPF e número do título eleitoral de seu representante e de seus
delegados (Lei n. 9.504/1997, art. 6º, § 3º, inciso IV);
IV – datas das convenções;
V – telefone móvel que disponha de aplicativo de mensagens instantâneas para citações, intima-
ções, notificações e comunicações da Justiça Eleitoral;
VI – endereço eletrônico para recebimento de citações, intimações, notificações e comunicações
da Justiça Eleitoral;
VII – endereço completo para recebimento de citações, intimações, notificações e comunicações
da Justiça Eleitoral;
VIII – endereço do comitê central de campanha;
IX – telefone fixo;
X – lista do nome e número dos candidatos;
XI – declaração de ciência do partido ou coligação de que lhe incumbe acessar o mural eletrônico
e os meios informados nos incisos V, VI e VII para verificar o recebimento de citações, intimações,
notificações e comunicações da Justiça Eleitoral, responsabilizando-se, ainda, por manter atuali-
zadas as informações relativas àqueles meios;
XII – endereço eletrônico do sítio do partido político ou da coligação, ou de blogues, redes sociais,
sítios de mensagens instantâneas e aplicações de internet assemelhadas, caso já existentes.

O indeferimento do DRAP, com trânsito em julgado, implica, necessariamente, o indeferi-


mento dos registros individuais, ainda que estes não padeçam de qualquer vício e estejam
deferidos pela Justiça Eleitoral (TSE, REspe n. 93-61/PI, PSESS de 18/10/2016). O contrário,
porém, não é verdadeiro, o indeferimento de um ou alguns registros singulares em nada vin-
cula a decisão no DRAP.
O DRAP e os requerimentos de registro dos candidatos a ele afetos devem ser distribuídos
a um mesmo relator, a fim de evitar decisões conflitantes. Muito embora haja essa estreita
vinculação entre eles, as causas impeditivas do DRAP não podem ser discutidas nos registros
individuais dos candidatos e vice-versa (TSE, REspe n. 34426/SE, DJe de 29/10/2015). Não
obstante, admite-se que candidatos se habilitem no DRAP como assistentes simples, em ra-
zão do evidente interesse jurídico no deferimento do processo principal. Confira:

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É plausível o pedido de habilitação de assistência apresentado por candidato no recurso


em que se questiona o indeferimento do DRAP de seu partido, ante o que dispõe o art. 119
do CPC/2015 e o manifesto interesse jurídico decorrente do risco de provimento juris-
dicional que repercuta negativamente em sua esfera de direitos. (REspe n. 0600197-83/
AP, rel. Min. Og Fernandes, PSESS de 29.11.2018).

Nada impede que a análise dos requerimentos individuais prossiga no caso de decisão
de indeferimento do DRAP com recurso pendente de julgamento, porquanto essa decisão de-
negatória pode ser revertida nas instâncias superiores. No entanto, nos registros individuais
registrados no sistema da Justiça Eleitoral deve constar a situação “indeferido com recurso”,
para refletir, com exatidão, a decisão denegatória do DRAP.
Na análise do DRAP existem diversos requisitos a serem observados pelo partido ou coli-
gação para o deferimento do pedido.
Observa-se, com base na jurisprudência do TSE, que um dos principais entraves para o
deferimento desses pedidos é a comprovação da regular formação da Coligação. Nesse caso,
a vontade inequívoca dos convencionais de aderir a uma coligação deve constar na ata la-
vrada na convenção da agremiação. Nada obstante, eventual fraude na convenção de um ou
mais partidos não inviabiliza por completo a coligação, quando ainda restar íntegra a vontade
de outros partidos de a ela aderirem. A solução dada pela Justiça Eleitoral é o deferimento do
DRAP da coligação, expurgando de sua formação os partidos fraudadores. Confira:

A eventual ocorrência de fraude na convenção de um ou mais partidos integrantes de


coligação não acarreta, necessariamente, o indeferimento do registro da coligação, mas
a exclusão dos partidos cujas convenções tenham sido consideradas inválidas.
Excluídos da coligação os partidos em relação aos quais foram constatadas irregulari-
dades nas atas das convenções, defere-se o registro da coligação e, por consequência,
dos candidatos por ela escolhidos. (REspe n. 108-15/PA, rel. Min. Herman Benjamin, DJe
de 16.5.2017).

Até recentemente o TSE considerava, com base no art. 42, caput, da Res.-TSE n.
23.571/2018, que a não prestação de contas implicava a suspensão da anotação do órgão

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partidário na circunscrição do pleito, inviabilizando, por conseguinte, sua participação nas


eleições, via indeferimento do DRAP. Contudo, na ADI n. 6032, o relator, Ministro Gilmar Men-
des, concedeu liminar, para:

Conferir interpretação conforme a Constituição às normas questionadas, afastando


qualquer interpretação que permita que a sanção de suspensão do registro ou anota-
ção do órgão partidário regional ou municipal seja aplicada de forma automática, como
consequência da decisão que julga as contas não prestadas. Pela decisão, essa pena-
lidade “somente pode ser aplicada após decisão, com trânsito em julgado, decorrente
de procedimento específico de suspensão de registro, nos termos do artigo 28 da Lei
9.096/1995”. (ADI n. 6032, rel. Min. Gilmar Mendes, j. 5.12.2019).

Há ainda outro requisito legal de extrema importância que deve ser observado por parti-
dos e coligações no DRAP. Trata-se da necessidade de cumprimento do disposto no art. 10,
§ 3º, da Lei das Eleições, relativo à cota de gênero.

A questão relativa ao atendimento aos percentuais mínimos exigidos para as candida-


turas de cada sexo na eleição proporcional, previstos no art. 10, § 3º, da Lei n. 9.504/97
consubstancia matéria a ser discutida nos autos do Demonstrativo de Regularidade de
Atos Partidários (DRAP). (AI n. 218-38/RS, rel. Min. Henrique Neves da Silva, DJe de
22.10.2013).

2.1. cotAs de Gênero


O art. 10, § 3º, da Lei n. 9.504/1997, exige que partidos, no lançamento de suas candida-
turas para cargos proporcionais, observem a seguinte regra:

Art. 10, § 3º Do número de vagas resultante das regras previstas neste artigo, cada partido ou co-
ligação preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para
candidaturas de cada sexo. (Redação dada pela Lei n. 12.034, de 2009)

Em razão das modificações promovidas pela Emenda Constitucional n. 97/2017, não


se admite a formação de coligações para as eleições proporcionais. Assim, as disposições

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constantes no art. 10 da Lei n. 9.504/1997, ao disporem sobre o número de candidatos para


os cargos proporcionai, foram parcialmente revogadas na parte em que trata das coligações.
O estabelecimento de percentuais mínimos de participação, embora não faça menção ao
gênero, a toda evidência visa aumentar a participação das mulheres no cenário político do
país, que, há muito tempo, é dominado pelos homens.
Da leitura do texto legal, sublinha-se que a expressão “sexo” é atualmente compreendi-
da pela doutrina e jurisprudência como “gênero”, cuja acepção é muito mais ampla do que a
dicotomia homem e mulher. Nesse sentido, a Res.-TSE n. 23.609/2019, que cuida de registro
de candidatura para as eleições, já utiliza essa expressão ao dispor sobre a matéria no seu
art. 17, § 2º.
Nessa acepção mais moderna e condizente com a realidade, a mencionada resolução es-
tabelece no art. 17, § 5º, que será considerado, para fins de cálculo dos percentuais mínimo e
máximo, respectivamente de 30% e de 70%, o gênero declarado no Cadastro Eleitoral, que não
necessariamente se identifica com o sexo do candidato.

A expressão “cada sexo” mencionada no art. 10, § 3º, da Lei n. 9.504/97 refere-se ao
gênero, e não ao sexo biológico, de forma que tanto os homens como as mulheres tran-
sexuais e travestis podem ser contabilizados nas respectivas cotas de candidaturas
masculina ou feminina. Para tanto, devem figurar como tal nos requerimentos de alis-
tamento eleitoral, nos termos estabelecidos pelo art. 91, caput, da Lei das Eleições, haja
vista que a verificação do gênero para o efeito de registro de candidatura deverá atender
aos requisitos previstos na Res.-TSE n. 21.538/2003 e demais normas de regência. (CTA
n. 0604054-58/DF, rel. Min. Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, DJe de 3.4.2018).

Conforme indica o julgado referido, a possibilidade do uso do nome social começa a ser
desenhada ainda na época em que cadastro eleitoral se encontra aberto, ou seja, até 151 dias
antes das eleições. Nesse período, o candidato pode requerer o registro do chamado nome
social, nos termos do art. 9-A da Res.-TSE n. 21.538/2009.
O nome social pode ser definido como a designação pela qual a pessoa travesti ou tran-
sexual se identifica e é socialmente reconhecida, considerando que a identidade de gênero
como dimensão da identidade de uma pessoa diz respeito à forma como se relaciona com as

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representações de masculinidade e feminilidade e como isso se traduz em sua prática social,


sem guardar necessária relação com o sexo biológico atribuído ao nascimento.
Registrado o nome social no Cadastro Eleitoral, o candidato pode requerer seu uso no re-
gistro de sua candidatura, tanto nas eleições realizadas pelo sistema proporcional como nas
do sistema majoritário, mas desde que não se estabeleça dúvida quanto à sua identidade, não
atente contra o pudor e não seja ridículo ou irreverente, conforme exige o art. 12 da Lei das
Eleições.
Para fins de expedição de certidões comprobatórias da elegibilidade do candidato, o nome
social e a identidade de gênero constarão do cadastro eleitoral em campos próprios, preser-
vados os dados do registro civil.
Nesse caso, no âmbito do registro de um cidadão que se habilita ao uso do nome social,
ter-se-á a seguinte situação:
• Internamente: nos sistemas internos da Justiça Eleitoral, haverá o registro do nome
civil e do nome social do cidadão;
• Externamente: esse cidadão será reconhecido e denominado apenas pelo seu nome
social.

Caso o partido apresente um quantitativo de candidaturas em desacordo como os per-


centuais exigidos por lei, a Justiça Eleitoral deverá intimá-lo para que, no prazo de 72 duas
horas, sane a irregularidade. A adequação dos percentuais pode ser feita pelo acréscimo do
quantitativo de candidatos do gênero faltante ou pela diminuição de candidatos no gênero
predominante.
Nesse último caso, o expurgo de candidaturas é atribuição exclusiva do partido ou coli-
gação, nunca da Justiça Eleitoral. Caso o partido não regularize a situação, o DRAP deve ser
indeferido. Nesse sentido:

1. Conforme decidido pelo TSE nas eleições de 2010, o § 3º do art. 10 da Lei n. 9.504/97,
na redação dada pela Lei n. 12.034/2009, estabelece a observância obrigatória dos per-
centuais mínimo e máximo de cada sexo, o que é aferido de acordo com o número de
candidatos efetivamente registrados.

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2. Não cabe a partido ou coligação pretender o preenchimento de vagas destinadas a


um sexo por candidatos do outro sexo, a pretexto de ausência de candidatas do sexo
feminino na circunscrição eleitoral, pois se tornaria inócua a previsão legal de reforço da
participação feminina nas eleições, com reiterado descumprimento da lei.
3. Sendo eventualmente impossível o registro de candidaturas femininas com o percen-
tual mínimo de 30%, a única alternativa que o partido ou a coligação dispõe é a de reduzir
o número de candidatos masculinos para adequar os respectivos percentuais, cuja pro-
vidência, caso não atendida, ensejará o indeferimento do demonstrativo de regularidade
dos atos partidários (DRAP). (REspe n. 29-39/PE, rel. Min. Arnaldo Versiani, PSESS de
6.11.2012).

Essas balizas legais devem ser observadas tanto no momento do registro de candidatura
quanto em eventual preenchimento de vagas remanescentes ou na substituição de candida-
tos, conforme pacífica jurisprudência do TSE:

Os percentuais de gênero previstos no art. 10, § 3º, da Lei n. 9.504/97 devem ser obser-
vados tanto no momento do registro da candidatura, quanto em eventual preenchimento
de vagas remanescentes ou na substituição de candidatos. (REspe n. 214-98/RS, rel.
Min. Henrique Neves da Silva, DJe de 24.6.2013).

Observados os percentuais de gênero pelo partido ou coligação, eventual indeferimento


de registro de candidatura fora do prazo de substituição do qual decorra o descumprimen-
to do preceito legal não implica o indeferimento do DRAP, conforme entendimento firmado
pelo TSE:

O indeferimento posterior de candidaturas não infirma a observância do sistema de


cotas pelo Partido. (REspe n. 107079/BA, rel. Min. Marco Aurélio, PSESS de 11.12.2012).

De igual modo, eventuais renúncias ou desistências de candidaturas fora do prazo de


substituição que impliquem a inobservância dos percentuais de gênero não podem prejudicar
o partido:

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Se, no momento da formalização das renúncias por candidatas, já tinha sido ultra-
passado o prazo para substituição das candidaturas, previsto no art. 13, § 3º, da Lei
n. 9.504/97, não pode o partido ser penalizado, considerando, em especial, que não
havia possibilidade jurídica de serem apresentadas substitutas, de modo a readequar
os percentuais legais de gênero. (REspe n. 214-98/RS, rel. Min. Henrique Neves da Silva,
DJe de 24.6.2013).

Para finalizar este tópico, vale notar que, para fins de cumprimento dos percentuais de
gênero, não é aplicável a regra geral de cálculo que determinar desprezar a fração, se inferior
a meio, e igualá-la a 1, se igual ou superior, prevista no art. 10, § 4º, da Lei das Eleições.
Conforme determina o art. 17, § 3º, da Res.-TSE n. 23.609/2019, que cuida de registro de
candidatura para as eleições, no cálculo de vagas previsto para ambos os sexos, qualquer
fração resultante será igualada a um no cálculo do percentual mínimo estabelecido para um
dos gêneros e desprezada no cálculo das vagas restantes para o outro. Assim, se existirem 14
vagas a preencher, o mínimo de 30% (4,2) será arredondado para 5 vagas, enquanto o máximo
de 70% (9,8) será reduzido a 9 vagas.

RRCI
O requerimento de registro de candidato (RRC) deve ser apresentado à Justiça Eleitoral
até as 19 horas do dia 15 de agosto do ano eleitoral, com o rol de documentos elencados no
art. 11 da Lei das Eleições.
No pedido apresentado pelo partido ou coligação, por meio do formulário (RRC), deve
constar a assinatura do candidato ou do seu procurador constituído por instrumento particu-
lar, sem que seja necessário o reconhecimento de firma.

1. O requerimento de registro de candidatura (RRC) pode ser subscrito por procurador


constituído por instrumento particular. 2. A ausência de reconhecimento de firma do
mandante em cartório não enseja o indeferimento do pedido de registro de candidatura
se não há suspeita de falsidade, visto que a legislação eleitoral não exige esse requisito
para o seu deferimento. 3. Na espécie, o Tribunal de origem consignou não haver sus-
peita de falsidade da assinatura da recorrida nem de outra irregularidade. Ressaltou que

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a autenticidade da assinatura aposta na procuração outorgada ao delegado do partido,


autorizando-o a assinar o requerimento de registro de candidatura (RRC), foi constatada
pelos servidores da Justiça Eleitoral. Dessa forma, correto o deferimento do registro de
candidatura da recorrida, pois foi solicitado por mandatário devidamente constituído.
Em relação aos pedidos individuais, a Justiça Eleitoral verifica se os pretensos can-
didatos preenchem as condições de elegibilidades constitucionais e infraconstitucio-
nais e não incidem em uma das causas de inelegibilidades, previstas na CF/88 e na LC
n. 64/90, também conhecida como Lei das Inelegibilidades. (REspe n. 2765-24/SP, rel.
Min. João Otávio de Noronha, PSESS de 16.9.2014).

Caso o partido seja omisso na apresentação do registro, o candidato poderá fazê-lo no


prazo de 48 contados da publicação da lista de candidatos pela Justiça Eleitoral.

3.1. denominAção dos cAndidAtos


A denominação dos candidatos é regulada pelo art. 12 da Lei das Eleições:

Art. 12. O candidato às eleições proporcionais indicará, no pedido de registro, além de seu nome
completo, as variações nominais com que deseja ser registrado, até o máximo de três opções, que
poderão ser o prenome, sobrenome, cognome, nome abreviado, apelido ou nome pelo qual é mais
conhecido, desde que não se estabeleça dúvida quanto à sua identidade, não atente contra o pudor
e não seja ridículo ou irreverente, mencionando em que ordem de preferência deseja registrar-se.

Note, inicialmente, que esse dispositivo legal somente se aplica às eleições proporcionais,
não alcançando, portanto, as eleições para os cargos de senador, prefeito, governador e pre-
sidente da República.
Lembre-se de que, nas três opções de denominações apresentadas pelo candidato, ele
poderá incluir o nome social, desde que tenha requerido sua inclusão no cadastro eleitoral no
período legalmente permitido.
Pelas regras estabelecidas, um candidato que se chame Mauro Silva Bastos pode apre-
sentar, na ordem de sua preferência, as seguintes opções:
• Mauro – prenome;
• Silva, Bastos ou Silva Bastos – qualquer um dos sobrenomes;
• Maurão ou Ruivo ou qualquer outro – apelido ou nome pelo qual é conhecido.

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Havendo a ocorrência de homonímias gráficas ou fonéticas para o mesmo cargo – nomes


iguais ou nomes diferentes, mas com idêntica pronúncia –, cabe à Justiça Eleitoral resolver a
questão. Para tanto, a Justiça Eleitoral aplica os seguintes critérios, definidos nos incisos do
§ 1º do art. 12 da Lei das Eleições:
• Havendo homonímia, a Justiça Eleitoral poderá exigir dos candidatos prova de que
são conhecidos pela opção apresentada no pedido de registro. Esse procedimento,
mesmo nos casos em que não houver homonímia, deverá ser realizado, a fim de evitar
que candidatos se aproveitem de nomes famosos, com os quais não possuem vínculo
algum, para angariar votos. O TSE, inclusive, já rejeitou, no REspe n. 8816/BA, pedido de
registro de uma candidata ao cargo de deputado federal pela Bahia, que requereu a va-
riação “Xuxa”, tornando duvidosa sua identificação. De igual modo, indeferiu, no REspe
n. 20.156/SP, o requerimento de candidato que, aproveitando-se de sua semelhança
com Enéas Ferreira Carneiro – conhecido ex-candidato à Presidência da República –
requereu a variação nominal de “Enéas (Branco, Carvalhedo, Kalkmann, 2017, p. 29);
• Se ambos comprovarem serem conhecidos pelos nomes indicados, terá preferência, na
sequência indicada, o candidato que, na data máxima prevista para o registro: (i) esteja
exercendo mandato eletivo ou (ii) tenha exercido nos últimos quatro anos, ou (iii) nos
últimos quatro anos tenha se candidatado com o nome que indicou;
• Não se resolvendo o caso pelas regras anteriores, a Justiça Eleitoral deverá observar
qual candidato que, pela sua vida política, social ou profissional, seja identificado por
um dado nome que tenha indicado, será deferido o registro com esse nome.

Caso essas regras não sejam suficientes para resolver o conflito, a Justiça Eleitoral deve-
rá notificar os candidatos para que, em dois dias, cheguem a um acordo. Inexistindo acordo,
a Justiça Eleitoral registrará a variação nominal do candidato que primeiro a tenha requerido,
nos termos da Súmula n. 4 do TSE:

Súmula n. 4
Não havendo preferência entre candidatos que pretendam o registro da mesma variação
nominal, defere-se o do que primeiro o tenha requerido.

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É vedado o uso por candidato a pleito proporcional de idêntica variação nominal de candi-
dato às eleições majoritárias na mesma circunscrição, salvo para candidato que esteja exer-
cendo mandato eletivo ou o tenha exercido nos últimos quatro anos, ou que, nesse mesmo
prazo, tenha concorrido em eleição com o nome coincidente. Assim, para se configurar a in-
compatibilidade, a homonímia deve ocorrer entre candidatos que disputam a mesma eleição,
como, por exemplo, um candidato a vereador e outro a prefeito, eleições municipais.
Em qualquer caso, não poderá indicar variação que atente contra o pudor, seja ridícula ou
irreverente. Nesse sentido, o TSE indeferiu o uso do nome “Macaco Tião” por considerá-lo
irreverente e contrário à seriedade do processo eleitoral e ao prestígio da democracia (REspe
n. 940-73/DF, PSESS de 25.9.2014). Mesmo assim, Branco, Carvalhedo e Kalkmann (2017, p.
29) nos lembra que a Justiça Eleitora já deferiu nomes de gosto duvidoso, tais como: Piolho,
Maracujá, X salada, Todo Feio, Piroca, Já Morreu, Mensageiro do Apocalipse, Cara de Pneu,
entre outros.
Não poderão, em hipótese alguma, as variações dos nomes apresentados fazer referência
a qualquer órgão da administração pública direta, indireta federal, estadual, distrital e mu-
nicipal. Nada obsta, todavia, a utilização de identificadores de profissão ou patente. Nesse
sentido:

A regra do art. 30, § 2º, da Res.-TSE n. 23.405 somente se aplica aos nomes escolhidos
para constar na urna que contenham “expressão e/ou siglas pertencentes a qualquer
órgão da administração pública direta, indireta federal, estadual, distrital e municipal”,
não incidindo em relação a identificadores de profissão ou patente, tal como, no caso,
“cabo”. (REspe n. 72048/ES, rel. Min. Henrique Neves da Silva, PSESS de 21.8.2014).

Anoto, por fim, que essa vedação consta no art. 25, parágrafo único, da atual resolução do
TSE, que dispões sobre o registro de candidatura para as eleições (Res.-TSE n. 23.609/2019):

Não será permitido, na composição do nome a ser inserido na urna eletrônica, o uso de
expressão ou de siglas pertencentes a qualquer órgão da administração pública federal,
estadual, distrital ou municipal, direta ou indireta.

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3.2. documentos necessários


Com vistas a demonstrarem estarem aptos a participar do pleito, os pretensos candidatos
devem instruir o pedido de registro de candidatura com os seguintes documentos, consoante
estabelece o art. 11 da Lei das Eleições:

Art. 11, § 1º O pedido de registro deve ser instruído com os seguintes documentos:
I – Cópia da ata da convenção que escolheu os candidatos
II – autorização do candidato, por escrito;
III – prova de filiação partidária;
IV – declaração de bens, assinada pelo candidato;
V – cópia do título eleitoral ou certidão, fornecida pelo cartório eleitoral, de que o candidato é elei-
tor na circunscrição ou requereu sua inscrição ou transferência de domicílio no prazo previsto no
art. 9º;
VI – certidão de quitação eleitoral;
VII – certidões criminais fornecidas pelos órgãos de distribuição da Justiça Eleitoral, Federal e
Estadual;
VIII – fotografia do candidato, nas dimensões estabelecidas em instrução da Justiça Eleitoral, para
efeito do disposto no § 1º do art. 59.
IX – propostas defendidas pelo candidato a Prefeito, a Governador de Estado e a Presidente da
República.

De início, cumpre informar que esses documentos, inclusive a relação de bens, ficam dis-
poníveis no sítio do TSE para consulta dos eleitores, exigindo-se do candidato, no ato de
apresentação do registro, a ciência dessa disponibilização.
Conforme dispõe o art. 11, § 13, da Lei das Eleições, desse rol de documentos, fica dis-
pensada a apresentação pelo partido, coligação ou candidato dos produzidos a partir de in-
formações detidas pela Justiça Eleitoral, a saber: a prova de filiação partidária, cópia do título
eleitoral e a certidão de quitação eleitoral.
Para que o cidadão possa ser candidato, deve se filiar ao partido pelo qual pretenda con-
correr seis meses antes das eleições, nos termos do art. 9º da Lei das Eleições.
O título eleitoral comprova a condição de inscrito no cadastro da Justiça Eleitoral, en-
quanto a certidão de quitação eleitoral, prevista no art. 11, § 7º, da Lei das Eleições, abarca
uma série de exigências de natureza eleitoral, a saber:

Art. 11, § 7º A certidão de quitação eleitoral abrangerá exclusivamente a plenitude do gozo dos di-
reitos políticos, o regular exercício do voto, o atendimento a convocações da Justiça Eleitoral para
auxiliar os trabalhos relativos ao pleito, a inexistência de multas aplicadas, em caráter definitivo,
pela Justiça Eleitoral e não remitidas, e a apresentação de contas de campanha eleitoral.

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Quanto aos demais documentos, cuja apresentação cabe ao candidato, vale notar que a
ata da convenção é necessária para que a Justiça Eleitoral se certifique que o candidato foi
deveras escolhido na convenção partidária realizada para esse fim.
A autorização do candidato é ato que comprova sua manifesta vontade de participar do
pleito, porquanto essa decisão traz consigo uma série de obrigações, como, por exemplo,
o dever de prestar contas. Ademais, mira o combate às fraudes, especialmente em relação às
candidaturas femininas fictícias, apresentadas apenas para cumprir a exigência legal relativa
à cota de gênero.
A declaração de bens é exigida com vista a dar publicidade ao patrimônio do candidato,
a fim de favorecer o controle social e subsidiar a escolha do eleitor. Esse documento, todavia,
não se confunde com a declaração de imposto de renda, conforme já decidiu o TSE. Confira:

De acordo com os arts. 11, § 1º, IV, da Lei n. 9.504/97 e 24 da Resolução-TSE


n. 20.993/2002, para fins de registro, contenta-se a lei com a declaração de bens assi-
nada pelo candidato, não sendo exigível a declaração de imposto de renda. (REspe
n. 19974/MT, rel. Min. Sálvio de Figueiredo, PSESS de 3.9.2002).

O TSE possui precedentes no sentido de que a omissão de bens nessa declaração não se
configura falsidade ideológica, sendo um fato atípico (REspe n. 49-31/AM, DJe de 25.10.2019).
As certidões criminais visam atestar a ausência de situações que atraiam a inelegibili-
dade da alínea e do art. 1º da LC n. 64/1990 e comprovar o pleno gozo dos direitos políticos,
condição de elegibilidade prevista no art. 14, § 3º, da CF/88. A exigência não recai sobre cer-
tidões civis, somente criminais.
A exigência de certidões criminais de 2º grau somente se aplica aos candidatos com prer-
rogativa de foro (REspe n. 27609/RJ, PSESS de 27/09/2012).
Em qualquer caso, se as certidões forem positivas, o registro deve ser instruído com as
respectivas certidões de objeto e pé de cada um dos processos indicados, bem como das
certidões de execuções criminais, quando for o caso.
A fotografia serve exclusivamente para identificar o candidato na urna.

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A exigência da apresentação das propostas defendidas pelos candidatos somente se apli-


ca aos cargos do Poder Executivo, constituindo-se em documento sobre o qual o eleitor pode
conhecer e cobrar as promessas de campanha do candidato.
O candidato deve também demonstrar que é alfabetizado, podendo comprovar essa qua-
lidade por meio de documento, declaração firmada de próprio punho na frente do servidor da
Justiça Eleitoral ou por outros meios de prova.
Caso exerça cargo, emprego ou função públicos deve, ainda, comprovar, no prazo legal,
sua desincompatibilização, a fim de viabilizar sua candidatura.

3.3. rito

O rito a ser observado nos requerimentos de registro de candidatura é bastante célere.


Protocolado o requerimento de registro de candidatura, o presidente do Tribunal ou o juiz
eleitoral, no caso de eleição municipal, determinará a publicação do edital com os nomes dos
pretensos candidatos para ciência dos interessados.
Da publicação desse edital, correrá:
• O prazo de 48 horas para que o candidato escolhido em convenção requeira individual-
mente o registro de sua candidatura (RRCI), caso o partido político ou a coligação não
o tenha requerido, na forma prevista no art. 11, § 4º, da Lei n. 9.504/1997;
• O prazo de cinco dias para que qualquer cidadão apresente notícia de inelegibilidade;
• O prazo de cinco dias para que os legitimados, inclusive o Ministério Público Eleitoral,
impugnem os pedidos de registro dos partidos, coligações e candidatos, nos termos do
art. 3º da Lei Complementar n. 64/1990 e da Súmula n. 49 do TSE. Destaco que essa
intimação via edital é uma exceção à regra que exige a intimação pessoal do Ministério
Público, a teor do que dispõe o art. 3º da LC n. 64/1990.

A respeito da necessidade de intimação pessoal do Ministério Público Eleitoral, o Tribunal


Superior Eleitoral, com amparo no art. 3º, da LC n. 64/1990, já decidiu que o prazo de impug-
nação para o parquet, a exemplo dos demais legitimados, começa a valer da publicação do
edital com a relação de candidatos. Confira:

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O prazo de cinco dias, previsto no art. 3º da LC n. 64/90, para o Ministério Público impug-
nar o registro, inicia-se com a publicação do edital, e não com a sua intimação pessoal.
Precedentes. (REspe n. 484-23/SP, rel. Min. Dias Toffoli, DJE de 18.6.2014).

Decorrido esse prazo, se houver pedidos individuais de registro de candidatura, será pu-
blicado edital no Diário de Justiça Eletrônico (DJe), passando a correr, para esses pedidos,
o prazo de cinco dias para impugnação e notícia de inelegibilidade.
Neste ponto, para fins de facilitar a compreensão da matéria, vamos dividir o estudo do
rito a ser observado no processo de registro de candidatura levando em consideração duas
situações distintas:
• pedido de registro sem impugnação;
• pedido de registro com impugnação ou notícia de inelegibilidade, que vamos estudar
no tópico “Ação de Impugnação de Registro de Candidatura (AIRC)”.

3.3.1. Rito sem Impugnação

Não havendo impugnação ao registro de candidatura, a Secretaria certificará o decurso de


prazo e encaminhará os autos conclusos ao juiz eleitoral ou relator.
Constatado algum vício ou omissão na documentação juntada pelo candidato que obste
o deferimento do registro, ou seja, não observadas as condições de registrabilidade, como al-
guns autores as denominam, o partido político a coligação ou o candidato será intimado para
sanar a irregularidade no prazo de três dias.
Esgotado esse prazo, se o juiz ou relator constatar a existência de impedimento à candi-
datura, ainda que não tenha sido objeto de impugnação ou notícia de inelegibilidade, deverá,
de ofício, determinar a intimação do interessado para que se manifeste sobre o óbice no prazo
de três dias, nos termos do art. 37, caput, da Res.-TSE n. 23.609/2019.
A Súmula n. 45 do TSE é expressa em admitir a atuação de ofício do magistrado nos pro-
cessos de registro de candidatura, mas desde que observado o contraditório e ampla defesa.
Confira:

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Súmula n. 45
Nos processos de registro de candidatura, o Juiz Eleitoral pode conhecer de ofício da
existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de condição de elegibilidade,
desde que resguardados o contraditório e a ampla defesa.

Na linha da pacífica jurisprudência do TSE, notícias de inelegibilidades apresentadas in-


tempestivamente podem ser conhecidas de ofício pelo magistrado. Nesse sentido:

Não merece reparos o acórdão regional que não conheceu da notícia de inelegibilidade,
porquanto intempestiva, porém conheceu de ofício da causa prevista no art. 1º, I, g, da
LC n. 64/90 ali noticiada. (RO n. 0601011-51/rel. Min. Tarcísio Vieira de Carvalho Neto,
PSESS de 2610.2018).

Ainda segundo o TSE, essa atuação de ofício é exclusiva do órgão do Poder Judiciário que
julga originariamente o pedido de registro. Confira:

A possibilidade de reconhecimento de causa de inelegibilidade, de ofício, está restrita ao


órgão do Poder Judiciário que julga a questão originariamente, porque esse, ao contrário
daquele cujo mister se dá apenas na seara recursal, pode indeferir o registro até mesmo
nas hipóteses em que deixou de ser ajuizada impugnação. (REspe n. 416-62/SC, rel.
Min. Laurita Vaz, DJe de 25.10.2013).

Após a manifestação do interessado, os autos serão enviados ao Ministério Público Eleito-


ral para emissão de parecer no prazo de dois dias, o qual deverá ficar adstrito ao impedimento
identificado de ofício pelo juiz ou relator. Sublinho que, a despeito de não ter impugnado o
registro, o Parquet pode se manifestar pelo indeferimento do pedido (TSE, REspe n. 0600642-
46/RR, rel. Min. Jorge Mussi, PSESS de 5.10.2018).
Em seguida, os autos serão conclusos ao magistrado para decisão.

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IRC

O objetivo da Ação de Impugnação ao Registro de Candidatura é demonstrar que determi-


nado candidato não possui os requisitos necessários para concorrer ao pleito. Noutro falar,
objetiva demonstrar algum vício formal na documentação apresentada, a ausência de condi-
ções de elegibilidade ou a incidência de uma das causas de inelegibilidade.

A ação é um incidente nos autos do pedido de registro de candidatura e possui natureza


eminentemente judicial.
Flávio, Liberato e Rodrigues (2017, p. 528) consignam que:

Uma vez proposta, a decisão que apreciar o pedido de registro de candidatura, embora seja for-
malmente uma única decisão, julgará as duas demandas (a principal e a incidental), de forma que
somente uma delas poderá ser procedente.

4.2. obJeto

O objeto – pedido da ação – é o indeferimento do pedido de registro de candidatura.


Não se trata de ação que vise:
• a cassação de registro, diploma ou mandato, porquanto, no momento de sua proposi-
tura sequer foi realizada a eleição;
• a aplicação da sanção de multa, tendo em vista a ausência de apuração de qualquer
ilícito;
• a decretação de inelegibilidade, mas apenas a declaração decorrente de uma condena-
ção havida em outro processo.

4.3. prAzo

Conforme disse, o prazo para o ajuizamento da Ação de Impugnação ao Registro de Can-


didatura é de cinco dias contados da publicação do edital, pela Justiça Eleitoral, com os no-
mes dos candidatos que apresentaram pedido de registro de candidatura.

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4a
O rol dos legitimados ativos da Ação de Impugnação ao Registro de Candidatura é com-
posto por candidatos, partidos políticos, coligações e o Ministério Público, nos termos do
art. 3º da LC n. 64/1990, os quais devem apresentar a peça subscrita por advogado constitu-
ído nos autos, conforme determina o art. 40, § 1º, da Res.-TSE n. 23.609/2019.
Embora o cidadão não faça parte desse rol, há a possibilidade de filiado a partido político,
ainda que não seja candidato, impugnar pedido de registro de coligação partidária (DRAP) da
qual é integrante, em razão de eventuais irregularidades havidas em convenção, a teor do que
dispõe a Súmula n. 53 do TSE:

Súmula n. 53
O filiado a partido político, ainda que não seja candidato, possui legitimidade e interesse
para impugnar pedido de registro de coligação partidária da qual é integrante, em razão
de eventuais irregularidades havidas na convenção.

Nesse caso, os demais legitimados não estão autorizados a utilizar, como causa de pedir,
essas questões interna corporis ocorridas na convenção do partido para subsidiar eventu-
al AIRC:

Consignado pela Corte de origem que “a coligação adversária não tem legitimidade pro-
cessual para impugnar a candidatura com fundamento em irregularidade na convenção
partidária, por ser essa questão de natureza interna corporis. (REspe n. 107-84/PB, rel.
Min. Rosa Weber, PSESS de 16.12.2016).

A legitimidade conferida aos candidatos, que surge com a simples escolha em convenção,
é ampla dentro da circunscrição do pleito, de modo que podem impugnar inclusive pedidos
de registro de candidatos a outros cargos em disputa. A esse respeito, Jorge, Liberato e Ro-
drigues (2017, p. 218) consignam que o indicado pelo partido não atua em juízo apenas em
busca de interesse próprio, mas como representante da coletividade. Nesse sentido, já deci-
diu o TSE:

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A Lei Complementar n. 64/90, em seu art. 3º, conferiu legitimidade ad causam a qual-
quer candidato, partido político, coligação e ao Ministério Público. Na espécie, não há
como reconhecer a falta de interesse de candidato a vereador para impugnar pedidos de
registro de candidatos a prefeito e vice-prefeito. (REspe n. 36150/BA, rel. Min. Marcelo
Ribeiro, DJe de 10.5.2010).

Vale lembrar que os partidos perdem a legitimidade para apresentar AIRC quando forma-
rem coligação, uma vez que esta passa a representar as agremiações que a integram perante
a Justiça Eleitoral até o término do período eleitoral. Nesse sentido, a firme jurisprudên-
cia do TSE:

A impugnação de registro de candidatura ajuizada isoladamente por partido coligado


conduz à extinção do processo sem julgamento do mérito, nos termos do art. 267, inciso
VI, do Código de Processo Civil. (REspe 416-62, rel. Min. Laurita Vaz, DJE de 25.10.2013).
De igual modo, em hipótese similar ao caso dos autos: RO 345, rel. para o acórdão Min.
Eduardo Alckmin, PSESS em 29.9.1998. (REspe n. 156-03/SP, rel. Min. Henrique Neves
da Silva, PSESS de 8.11.2016).

Embora o Ministério Público seja legitimado, não poderá impugnar o registro de candidato
seu representante que, nos quatro anos anteriores, tenha disputado cargo eletivo, integrado
diretório de partido ou exercido atividade político-partidária, consoante dispõe o art. 3, § 2º,
da LC n. 64/1990.
Para finalizar, cumpre informar que o Tribunal Superior Eleitoral admitiu que o Instituto
Nacional do Seguro Social, na qualidade de terceiro juridicamente interessado, apresentasse
impugnação ao pedido de registro de candidato que utilizou a sigla do órgão em sua denomi-
nação.

LEGITIMIDADE – IMPUGNAÇÃO DE REGISTRO – ABRANGÊNCIA. A legitimidade prevista


no artigo 3º da Lei Complementar n. 64/1990 não exclui a de terceiro juridicamente inte-
ressado, presente o disposto no artigo 499 do Código de Processo Civil.
LEGITIMIDADE – REGISTRO – AUTARQUIA FEDERAL – INSTITUTO NACIONAL DO
SEGURO SOCIAL. O Instituto Nacional do Seguro Social tem interesse jurídico na

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impugnação de pedido de registro quando candidato utilizar nome fantasia a contem-


plar a respectiva sigla – INSS.

Essa prática de identificação de candidatos por meio de siglas de órgãos públicos é atu-
almente vedada pelo art. 25, parágrafo único, da Res.-TSE n. 23.609/2019.

Os candidatos, partidos ou coligações são os legitimados passivos da Ação de Impugna-


ção ao Registro de Candidatura.
Muito embora os partidos e coligações sejam os responsáveis por apresentarem à Jus-
tiça Eleitoral o pedido dos registros individuais de seus candidatos, não há formação de li-
tisconsórcio passivo necessário com o candidato em ações de impugnação de registro de
candidatura individual, nos termos da Súmula n. 39 do TSE:

Súmula n. 39
Não há formação de litisconsórcio necessário em processos de registro de candidatura.

A jurisprudência do TSE assegura aos partidos e coligações tão somente atuarem nos
processos na qualidade de assistentes simples, sobretudo porque a procedência da ação
fulmina com a candidatura, mas observado o prazo legal, permanece intacto o direito de o
partido apresentar outro candidato. A esse respeito, Branco, Carvalhedo e Kalkmann (2017, p.
139) asseveram que:

Na linha da pacífica jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, esse liame indireto assegura às
greis – partidos políticos e coligações -, tão somente, atuarem nos processos de impugnação de
registro de candidatura na qualidade de assistentes simples.

No mesmo sentido, o Tribunal Superior Eleitoral já decidiu que, em Ação de Impugnação


ao Registro de Candidatura, inexiste a necessidade de formação de litisconsórcio passivo
necessários entre o titular da chapa e o seu vice. Confira:

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Não há litisconsórcio passivo necessário entre candidatos a prefeito e vice-prefeito em


processos de registro de candidatura. (REspe n. 197-30/SC, rel. Min. Arnaldo Versiani,
PSESS de 6.11.2012).

4.6. rito

O rito a ser observado para as impugnações é o mesmo para notícias de inelegibilidade,


razão pela qual vou tratá-lo juntos neste tópico.
Antes de estudarmos propriamente o rito, sublinho que a notícia de inelegibilidade pode
ser apresentada por qualquer cidadão no gozo de seus direitos políticos, não importando o
local de seu domicílio eleitoral, (Tribunal Superior Eleitoral, RO n. 461816/PB, rel. Min. Arnaldo
Versiani, PSESS de 15/09/2010). Nesse caso, não é preciso que a petição seja subscrita por
advogado, mas o autor da notícia de inelegibilidade deve se identificar na peça, sob pena de
violar a regra do art. 5º, IV, da Constituição Federal, que veda o anonimato.
A impugnação ou a notícia de inelegibilidade se transforma em um incidente processado
nos próprios autos do processo de registro.
Quanto ao rito propriamente dito, temos, com base no art. 3º e seguintes da Lei Comple-
mentar n. 64/1990, que, publicado o edital com o nome dos candidatos, os interessados têm
o prazo comum de 5 dias para apresentar impugnação ou notícia de inelegibilidade.
Na peça de impugnação, o impugnante especificará, desde logo, os meios de prova com
que pretende demonstrar a veracidade do alegado, arrolando testemunhas, se for o caso, no
máximo de seis. Caso a notícia de inelegibilidade seja apresentada, no prazo legal, por um
dos legitimados a impugnar o registro, a peça deverá ser conhecida como impugnação (TSE,
REspe n. 0600942-36/AM, rel. Min. Luís Roberto Barroso, PSESS de 18/12/2018).
Findo o prazo impugnativo, o candidato terá sete dias para contestar a impugnação/no-
tícia de inelegibilidade, juntar documentos, indicar rol de testemunhas e requerer a produção
de outras provas, inclusive documentais, que se encontrarem em poder de terceiros, de re-
partições públicas ou em procedimentos judiciais, ou administrativos, salvo os processos em
tramitação em segredo de justiça.

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Decorrido o prazo para contestação e sendo a matéria controvertida exclusivamente de


direito, sem a necessidade de produção de prova, admite-se o julgamento antecipado do mé-
rito da Ação de Impugnação ao Registro de Candidatura, previsto no art. 355 do Código de
Processo Civil. Antes, contudo, o Ministério Público deve ser ouvido na qualidade de fiscal da
ordem jurídica.
Sendo necessária a produção de provas, abre-se a fase dilatória.
Se o impugnado tiver juntado documentos com a contestação, deve ser dado vista à parte
contrária, sob pena de cerceamento de defesa. Nesse sentido a jurisprudência do TSE:

Tendo sido juntados documentos pelo impugnado na oportunidade da apresentação de


sua defesa em ação de impugnação de registro de candidatura e não concedida vista
ao impugnante, resta caracterizado o cerceamento de defesa. Precedente: Acórdão
n. 21.988. (REspe n. 22545/SP, rel. Min. Caputo Bastos, PSESS de 6.10.2004).

Caso não haja necessidade de abertura de vista para o impugnante, o juiz ou relator deve
designar os quatro dias seguintes para inquirição das testemunhas do impugnante e do im-
pugnado – indicadas na inicial e na contestação –, as quais comparecerão por iniciativa das
partes que as tiverem arrolado, após notificação judicial realizada pelos advogados.
As testemunhas do impugnante e do impugnado devem ser ouvidas em uma só assenta-
da.
Nos cinco dias subsequentes, o órgão julgador deve proceder a todas as diligências que
determinar, de ofício ou a requerimento das partes. Nesse prazo, o magistrado pode ouvir
terceiros, referidos pelas partes ou testemunhas, como conhecedores dos fatos e das cir-
cunstâncias que possam influir na decisão da causa e, ainda, ordenar o depósito de qualquer
documento necessário à formação da prova que se achar em poder de terceiro, neste último
caso, se o terceiro, sem justa causa, não exibir o documento, ou não comparecer a juízo, pode
o juiz ou relator expedir mandado de prisão e instaurar processo por crime de desobediência.
Encerrada a fase probatória pelo magistrado, as partes, inclusive o Ministério Público,
serão intimadas para apresentar alegações finais no prazo comum de cinco dias e, após,
os autos serão conclusos ao magistrado para decisão.

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A jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, espelhada na Res.-TSE n. 23.609/2019,


que cuida dos processos de registro para as eleições, faz um detalhamento da parte final do
rito, que não consta da Lei Complementar n. 64/9019. Assim preste atenção no comando da
questão do seu concurso. Caso o enunciado da questão se refira à lei ou não faça referência
alguma, o rito se encerra aqui.
Todavia, se o enunciado da questão se referir à jurisprudência do TSE, anote que, nos ter-
mos do art. 43, § 2º, da Res.-TSE n. 23.609/2019, que cuida de registro de candidato para as
eleições, a intimação no prazo de cinco dias para alegações finais somente se aplica ao Mi-
nistério Público quando ele for parte nos autos. Quando o Parquet atuar apenas como custus
legis, caberá ao cartório ou à secretaria, de ofício, depois de esgotado o prazo das alegações
finais, dar-lhe vista dos autos para, no prazo de dois dias, emitir parecer. Só então os autos
serão conclusos para decisão.
Para finalizar, destaca-se que, no art. 43, § 3º, o texto regulamentar afirma que a apre-
sentação das alegações finais é totalmente dispensada nos feitos em que não houver sido
aberta a fase probatória, sendo os autos, após a contestação, imediatamente conclusos para
a decisão.

4.7. cAusA de pedir

A causa de pedir cinge-se a vícios na documentação apresentada no momento do pedido


de registro, ausência de condições de elegibilidade, contidas na CF/1988 ou na legislação in-
fraconstitucional, ou a incidência de uma das causas de inelegibilidade, prevista na CF/1988
ou na LC n. 64/1990.

Art. 11, § 10 As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no


momento da formalização do pedido de registro da candidatura, ressalvadas as alterações, fáticas
ou jurídicas, supervenientes ao registro que afastem a inelegibilidade.

Na análise do pedido de registro de candidatura, destaco que é vedada a discussão do


mérito ou de vícios formais observados em outros processos dos quais se originam eventuais
óbices ao deferimento do pleito, seja o entrave referente a uma condição de elegibilidade ou a
uma causa de inelegibilidade.

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Assim, uma vez oferecida uma impugnação ao registro de candidato sob o argumento de
que teve contas rejeitadas – causa de inelegibilidade prevista no art. 1º, I, g, da LC n. 64/1990
–, não cabe ao impugnado, na defesa, questionar a correção dessa decisão de rejeição. Pode,
todavia, apresentar argumentos relativos à ultrapassagem do prazo de inelegibilidade, à exis-
tência de decisão liminar suspendendo a execução da decisão, à ausência do trânsito em
julgado da decisão condenatória, entre outras.
Essa compreensão se revela no texto das Súmulas n. 51 e n. 52 do TSE. Confira:

Súmula n. 51
O processo de registro não é o meio adequado para se afastarem eventuais vícios apu-
rados no processo de prestação de contas de campanha ou partidárias.
Súmula n. 52
Em registro de candidatura, não cabe examinar o acerto ou desacerto da decisão que
examinou, em processo específico, a filiação partidária do eleitor.

4.7.1. Ausência de Documentação – Momento da Juntada

Conforme vimos, ao estudar o rito adotado no processo de registro de candidatura, é pos-


sível suprir eventual falha nele contida.
Assim, caso o requerente seja omisso na apresentação de um dos documentos obriga-
tórios para o deferimento do registro de candidatura, o magistrado deverá intimá-lo para que
supra a omissão no prazo de 72 horas.
O candidato pode atender imediatamente a intimação para juntada da documentação fal-
tante, inexistindo, por esse motivo, óbice ao deferimento do pedido de registro.
De outro modo, diante da intimação, poderá permanecer inerte com o consequente inde-
ferimento do seu pedido de registro. No ponto, ressalta-se que o juiz ou relator não poderá
indeferir, de pronto, o pedido de registro sem antes proceder à intimação do interessado para
sanar a falha.
Se o registro for indeferido e houver recurso, nada obsta que o candidato proceda à junta-
da da documentação faltante até o esgotamento das instâncias ordinárias.

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Essa juntada de documentos, inicialmente, pautou-se pelo enunciado da Súmula n. 3 do


Tribunal Superior Eleitoral:

No processo de registro de candidatos, não tendo o juiz aberto prazo para o suprimento
de defeito da instrução do pedido, pode o documento, cuja falta houver motivado o inde-
ferimento, ser juntado com o recurso ordinário.

No julgamento do REspe n. 284-55/AM, o Tribunal modificou sua jurisprudência e passou


a admitir a referida juntada mesmo quando, já intimado na instância originária, o candidato
permaneceu omisso. Nesse sentido:

A juntada ulterior de novos documentos, quando o pré-candidato é devidamente inti-


mado a sanar as irregularidades constatadas, e não o faz, não mais é atingida pela pre-
clusão, revelando-se possível, à luz da novel orientação do Tribunal Superior Eleito-
ral, proceder-se à juntada dos documentos quando não exaurida a instância ordinária.
(REspe n. 1281-66/RJ, rel. Min. Luiz Fux, PSESS de 30.9.2014).

Em atenção a essa regra, que limita a juntada de documentos até o esgotamento das ins-
tâncias ordinárias, o Tribunal Superior Eleitoral tem, como regra, a inadmissão de juntada de
documentos na instância extraordinária, mesmo em registro de candidatura. Confira:

AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ORDINÁRIO. ELEIÇÕES 2018. DEPUTADO ESTADUAL.


REGISTRO DE CANDIDATURA. CERTIDÃO CRIMINAL. CONDIÇÃO DE REGISTRABILIDADE.
CABIMENTO DE RECURSO ESPECIAL. JUNTADA DE DOCUMENTO. INSTÂNCIA EXTRA-
ORDINÁRIA. IMPOSSIBILIDADE. PROVIMENTO.
(...)
Considerando em sede extraordinária não se permite a juntada de documentos novos,
inviável admitir a certidão de objeto e pé trazida pelo candidato somente nesta seara.
Ademais, o candidato teve três oportunidades distintas para corrigir a irregularidade no
âmbito do TRE/MG e em nenhuma delas se desincumbiu desse ônus.
(Respe n. 0600757-46/MG, rel. Min. Jorge Mussi, PSESS de 6.12.2018)

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Contudo, como veremos a seguir, podem existir fatos supervenientes ao registro, que po-
dem ser levados ao conhecimento do magistrado no processo de registro de candidatura,
mesmo quando este se encontre em tramitação na instância extraordinária.

4.7.2. Fatos Supervenientes ao Pedido de Registro de Candidatura

As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidades são, em regra, aferidas


no momento da apresentação do pedido de registro, conforme estabelece a parte inicial do
art. 11, § 10, da Lei n. 9.504/1997.
Contudo, a parte final desse dispositivo legal ressalva a possibilidade de análise no pro-
cesso de registro das alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que afastem
a inelegibilidade, como, por exemplo, a concessão de uma medida liminar que obste a execu-
ção da decisão da qual originou o óbice.
Muito embora esse dispositivo legal faça menção apenas à “inelegibilidade”, a juris-
prudência do TSE é pacífica em admitir também, nos processos de registro de candidatura,
a análise de fatos supervenientes dos quais decorra o preenchimento das condições de elegi-
bilidade, tendo, inclusive, editado súmula nesse sentido:

Súmula n. 43
As alterações fáticas ou jurídicas supervenientes ao registro que beneficiem o candi-
dato, nos termos da parte final do art. 11, § 10, da Lei n. 9.504/97, também devem ser
admitidas para as condições de elegibilidade.

Assim, pode ser que, no momento da formalização do pedido de registro, o candidato


não preencha as condições de elegibilidade ou incida em uma das causas de inelegibilidade.
Contudo, estando o processo de registro em trâmite, ao candidato é permitido levar ao co-
nhecimento do relator fato superveniente que modifique seu status de inelegível para elegível.
Esses fatos supervenientes que viabilizam a candidatura podem, mesmo na instância ex-
traordinária, ser conhecidos até o último dia possível para a diplomação dos eleitos, desde
que os autos do registro de candidatura ainda estejam tramitando, “sobremodo por envolver
direito fundamental do cidadão (capacidade eleitoral), submetido ao norte interpretativo de

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máxima efetividade do texto constitucional” (REspe n. 0601248-48, rel. Min. Tarcísio Vieira de
Carvalho Neto, DJe de 11/12/2018). Nesse sentido:

A orientação jurisprudencial do colendo TSE é afirmativa de que os fatos supervenien-


tes à eleição, que afastem as causas de inelegibilidade listadas no art. 1º, I da LC 64/90,
podem ser considerados e acolhidos, se ocorridos até o último dia do prazo para a diplo-
mação dos eleitos. Precedente: ED-REspe 166-29/MG, Rel. Min. Henrique Neves da Silva,
julgado em 7.3.2017. (REspe n. 150-56/RR, rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJe de
21.6.2017).

De outro modo, os fatos supervenientes que inviabilizam a candidatura, pela incidência


de uma causa de inelegibilidade ou pela configuração do não preenchimento de uma das
condições de elegibilidade, somente podem ser levados a efeito no processo de registro de
candidatura até a data do pleito. Confira:

O limite temporal para reversões fáticas ou jurídicas supervenientes ao registro de can-


didatura que venham a atrair a inelegibilidade é a data do pleito eleitoral (AgR-REspe
n. 112-27/MG, Rel. Min. Herman Benjamin, PSESS de 15.12.2016). (REspe n. 165-07/PA,
rel. Min. Luiz Fux, DJe DE 6.6.2018).

Em ambas as situações, cumpre informar, deve ser observado o devido processo legal
com a abertura de vista dos autos para a parte contrária se manifestar, sob pena de inobser-
vância do devido processo legal.
Caso a alteração fática ou jurídica superveniente ocorra após a diplomação, efeito algum
terá sobre a situação jurídica do candidato, porquanto as relações jurídicas devem em algum
momento se estabilizar, a fim de que os eleitos possam exercer, sem embaraço, o mandato
obtido.

10. A data da diplomação é o termo final para se conhecer de fato superveniente que
restabeleça condição de elegibilidade. Precedentes. Desse modo, é irrelevante, para a
análise do presente recurso, o alegado restabelecimento dos direitos políticos do recor-
rente em abril de 2018, após, portanto, a data da sua diplomação. (REspe n. 498-03/ES,
rel. Min. Luis Roberto Barroso, DJe de 22.8.2019).

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5. efeitos dA decisão de indeferimento – Art. 16-A dA Lei n. 9.504/1997


O art. 16-A da Lei das Eleições estabelece que:

Art. 16-A. O candidato cujo registro esteja sub judice poderá efetuar todos os atos relativos à cam-
panha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e ter seu nome
mantido na urna eletrônica enquanto estiver sob essa condição, ficando a validade dos votos a ele
atribuídos condicionada ao deferimento de seu registro por instância superior.

Nessa acepção, o candidato que tiver seu registro indeferido sub judice, ou seja, com
recurso pendente de julgamento, poderá participar normalmente do pleito, prosseguindo nor-
malmente com sua campanha eleitoral e tendo seu nome incluído na urna eletrônica.
Ocorre, porém, que, no julgamento do RCAN n. 0600903-50/DF (registro de candidatura
do Lula nas Eleições de 2018), o TSE decidiu que os efeitos do art. 16-A da Lei n. 9.504/1997
findam com a decisão colegiada de seu plenário, independentemente do julgamento de even-
tuais embargos de declaração, afastando o candidato da campanha eleitoral.

Desde o julgamento do ED-REspe n. 139-25, o Tribunal Superior Eleitoral conferiu alcance


mais limitado à expressão “registro sub judice” para fins de aplicação do art. 16-A da Lei
n. 9.504/1997, fixando o entendimento de que a decisão colegiada do TSE que indefere
o registro de candidatura já afasta o candidato da campanha eleitoral.
[...]
Tendo esta instância superior indeferido o registro do candidato, afasta-se a incidência
do art. 16-A da Lei n. 9.504/1997. Por consequência, (i) faculta-se à coligação substituir
o candidato, no prazo de 10 (dez) dias; (ii) fica vedada a prática de atos de campanha
presidencial pelo candidato cujo registro vem de ser indeferido; e (iii) determina-se a
retirada do nome do candidato da programação da urna eletrônica. (RCAND n. 0600903-
50/DF, rel. Min. Luís Roberto Barroso, PSESS de 1º.9.2018).

Logo em seguida, o TSE fixou tese a respeito. Confira:

III – DO ESPECTRO DE INCIDÊNCIA DO ART. 16-A DA LEI N. 9.504/97


III – 1 – TESE PRINCIPAL
7. A condição de candidato sub judice, para fins de incidência do art. 16-A da Lei
n. 9.504/97, nas eleições gerais, cessa (i) com o trânsito em julgado da decisão de

***

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indeferimento do registro ou (ii) com a decisão de indeferimento do registro proferida


pelo Tribunal Superior Eleitoral.
III – 2 – TESE COMPLEMENTAR
8. Como regra geral, a decisão de indeferimento de registro de candidatura deve ser
tomada pelo Plenário.
(RO n. 0600919-68/MS, rel. Min. Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, PSESS de 9.10.2018)

Mais recentemente, na Res.-TSE n. 23.609/2019, que dispõe sobre a escolha e o registro


de candidatos para as eleições a serem realizadas para os pleitos municipal, estadual/federal
e presidencial, o TSE decidiu, nos termos do art. 51 do citado regulamento que:

Art. 51, § 1º Cessa a situação sub judice:


I – com o trânsito em julgado; ou
II – independentemente do julgamento de eventuais embargos de declaração, a partir da decisão
colegiada do Tribunal Superior Eleitoral, salvo se obtida decisão que:
a) afaste ou suspenda a inelegibilidade (LC n. 64/1990, arts. 26-A e 26-C);
b) anule ou suspenda o ato ou decisão do qual derivou a causa de inelegibilidade;
c) conceda efeito suspensivo ao recurso interposto no processo de registro de candidatura.
§ 2º Publicado o acórdão referido no parágrafo anterior com decisão pelo indeferimento, cancela-
mento ou não conhecimento do registro de candidatura, será alterada a situação do candidato no
CAND e, se houver viabilidade técnica, promovida a exclusão de seu nome da urna.

Assim, se o candidato tiver seu registro de candidatura indeferido pelo plenário do Tribunal
Superior Eleitoral antes da data do pleito (o que é possível no caso de eleições presidenciais
e eleições estaduais/federais), não poderá participar das eleições. Se o indeferimento ocorrer
depois de o candidato ter sido eleito (muito provável em eleições municipais), o efeito prático
da norma será nenhum, pois já terá sido realizado o pleito e o candidato, se não deixar tran-
sitar o registro de candidatura, poderá eventualmente obter uma decisão que suspenda sua
inelegibilidade até o último dia possível para a diplomação dos eleitos, a fim de ser diplomado.

6. substituição de cAndidAtos

Para finalizar esta aula, vamos estudar a possibilidade de substituir candidatos que te-
nham seu registro de candidatura indeferido.

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Os candidatos escolhidos em convenção e que apresentaram o pedido de requerimento


de registro de candidatura podem desistir da candidatura, falecerem ou terem seu pedido ne-
gado pela Justiça Eleitoral.
Nesses casos, a fim de não prejudicar o partido ou coligação que ficariam com o número
de candidatos a menor do que o escolhido em convenção, o art. 13 da Lei das Eleições permi-
te que eles sejam substituídos até a data limite de 20 dias antes do pleito.
Além desse prazo, a substituição deve observar, cumulativamente, outro prazo: o de até 10
dias da ocorrência do fato ou da notificação do partido ou coligação da decisão judicial que
deu origem à substituição.
Para não restar dúvidas sobre essa matéria, vamos a uma hipótese didática:

Fulano é escolhido, em convenção partidária, como candidato ao cargo de Deputado


Federal pelo partido X, para participar das eleições marcadas para 5 de outubro do ano
eleitoral. Em 10 de setembro a Justiça Eleitoral notifica o partido X de que o registro de
candidatura de Fulano foi indeferido. O partido, a despeito de Fulano recorrer da decisão,
pode requerer sua substituição, observando cumulativamente os prazos de até 20 dias
antes do pleito e de até 10 dias depois da notificação. Como as eleições estão marcadas
para 5 de outubro, a data limite para substituição é 15 de setembro. Logo, o partido tem
apenas 5 dias depois do fato que originou a substituição – 10 de setembro -, para apre-
sentar à Justiça Eleitoral o pedido de registro do substituto.

No caso de renúncia do candidato, o prazo de 10 dias para a substituição do candidato


que renunciar é contado a partir da homologação do ato.
Para os casos de substituição de candidato falecido, não há necessidade de observância
do prazo de substituição de até 20 dias antes do pleito. Nesse sentido:

Dispõem o § 3º do art. 13 da Lei 9.504/97 e o § 3º do art. 67 da Res.-TSE 23.455/2015


que a substituição de candidato só se efetivará se o novo pedido de registro for apre-
sentado até 20 dias antes do pleito, excetuando-se apenas a hipótese de falecimento do
substituído. (REspe n. 79384/GO, rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJe de 28.3.2017).

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Esses prazos, que devem ser observados cumulativamente, são decadenciais, de modo
que uma vez ultrapassados, o partido não mais poderá fazer a substituição.
Essa regra temporal se aplica tanto para as eleições proporcionais, quanto para as elei-
ções majoritárias, nos termos do § 3º, do art. 13, da Lei das Eleições.
A escolha pode ser feita por órgão do partido, caso a convenção partidária tenha delibera-
do nesse sentido, ou então pode ser realizada uma convenção para perfectibilizar a escolha.
Nesse último caso, vale notar, qualquer irregularidade na convenção somente
pode ser questionada por filiado interno, por se tratar de matéria interna corpo-
ris.
Nas eleições majoritárias, se o candidato a ser substituído for de coligação, a escolha do
substituto deverá fazer-se por decisão da maioria absoluta dos órgãos executivos de direção
dos partidos coligados, podendo ele ser filiado a qualquer partido dela integrante, desde que
o partido ao qual pertencia o substituído renuncie ao direito de preferência.
Anota-se, ainda, a desnecessidade de a decisão de indeferimento do registro do candida-
to ter transitado em julgado para que o partido promova a substituição. Havendo a primeira
decisão denegatória, cabe exclusivamente ao partido ou coligação que escolheu o candidato
decidir se vai substituí-lo ou recorrer da decisão. Nesse sentido:

O candidato substituído perde o interesse processual de discutir o requerimento do regis-


tro de sua candidatura quando, após a publicação da decisão colegiada que o indefere,
o partido ou a coligação opta pela apresentação de candidato substituto. (RO n. 445-45/
MA, rel. Min. Henrique Neves da Silva, PSESS de 3.10.2014).

Os candidatos escolhidos devem preencher os mesmos requisitos dos demais candida-


tos, ou seja, não podem incidir em causas de inelegibilidade e devem preencher as condições
de elegibilidade.
Os percentuais de gênero previstos no art. 10, § 3º, da Lei n. 9.504/1997, de no mínimo
30% e no máximo 70% para cada gênero, devem ser observados tanto no momento do regis-
tro da candidatura quanto em eventual preenchimento de vagas remanescentes ou na subs-
tituição de candidatos (TSE, REspe n. 214-98/RS, rel. Min. Henrique Neves da Silva, DJe de
24/06/2013).

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Por fim, frisamos que se a substituição ocorrer após a geração das tabelas para elabo-
ração da lista de candidatos e preparação das urnas, o substituto concorrerá com o nome,
número e a fotografia do substituído.
Com isso encerramos nossa aula de hoje, espero que tenham gostado e até a próxima!

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RESUMO
Aspectos Gerais

O requerimento de registro de candidatura não possui natureza contenciosa, pois inexiste


conflito de interesses a ser solvido, embora possa vir a ser, se houver impugnação.
Considerando a natureza inicialmente administrativa do pedido de registro de candidatu-
ra, o TSE admite seu requerimento sem a constituição de um advogado, além do conhecimen-
to de ofício de causas impeditivas do deferimento.
Cada partido poderá requerer registros de candidatura para os cargos em que a eleição
ocorre pelo sistema proporcional – vereador, deputado estadual, deputado distrital, deputado
federal – no total de até 150% do número de lugares a preencher, nos termos do art. 10 da Lei
das Eleições.
Nos estados em que o número de lugares a preencher para a Câmara dos Deputados não
exceder a doze, cada partido poderá registrar candidatos a deputado federal e a deputado
estadual ou distrital o total de 200% do número de lugares a preencher
Para a disputa dos cargos de prefeito e vereador – eleições municipais –, o requerimento
deve ser endereçado ao juiz eleitoral.
Para a disputa dos cargos de deputado estadual, deputado distrital, deputado federal, se-
nador, governador e vice-governador – eleições estaduais/federais, o pedido deve ser feito ao
tribunal regional eleitoral do estado.
Para presidente e vice-presidente da República – eleições presidenciais, – o pedido deve
ser realizado perante o TSE.
Os pedidos de registro de candidatura dos escolhidos em convenção partidária devem ser
realizados pelos partidos ou coligações, por meio do formulário denominado Requerimento
de Registro de Candidatura (RRC).
Na hipótese de o partido ou coligação não requerer o registro de candidato escolhido em
convenção, o próprio candidato poderá fazê-lo, por meio do formulário Requerimento de Re-
gistro de Candidatura Individual (RRCI), observado o prazo de 48 horas da publicação da lista
de candidatos pela Justiça Eleitoral, conforme estabelece o art. 11, § 4º, da Lei das Eleições.

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Além dos pedidos de registro de candidatos, a Justiça Eleitoral aprecia também a regula-
ridades dos registros dos partidos e das coligações por meio dos Demonstrativos de Regula-
ridade de Atos Partidários (DRAP).
Os pedidos de registro de candidatura podem ser realizados logo após a realização da
convenção partidária e tem como termo final às 19 horas do dia 15 de agosto do ano eleitoral.
No período de 15 de agosto a 19 de dezembro do ano em que se realizarem as eleições,
as intimações das decisões monocráticas nos processos de registro de candidatura dirigidas
a partidos, coligações e candidatos serão realizadas pelo mural eletrônico, fixando-se o termo
inicial do prazo na data de publicação.
Na impossibilidade técnica de utilização do mural eletrônico, oportunamente certificada,
as intimações serão realizadas sucessivamente, por mensagem instantânea, por e-mail e
por correspondência, somente se passando a utilizar a modalidade subsequente em caso de
frustrada à intimação realizada sob a forma anterior.
No período de 15 de agosto a 19 de dezembro, a intimação pessoal do Ministério Público
Eleitoral será feita exclusivamente por intermédio de expediente no Processo Judicial Eletrô-
nico (PJe), o qual marcará a abertura automática e imediata do prazo processual.
No período de 15 de agosto a 19 de dezembro, as decisões colegiadas – acórdãos – se-
rão publicadas em sessão de julgamento, passando a correr, a partir dessa data, os prazos
recursais para as partes e para o Ministério Público, conforme determina o art. 38, § 8º, da
Res.-TSE n. 23.609/2019.
No período de 15 de agosto a 19 de dezembro, os prazos nos processos de registro são
contínuos e peremptórios, correndo em cartório ou secretaria, e não se suspendem aos sá-
bados, domingos e feriados.
A publicação dos atos judiciais fora desse período de 15 de agosto a 19 de dezembro será
realizada no DJE e a contagem do prazo voltará a observar a sistemática comum adotada na
Justiça Eleitoral.
A Justiça Eleitoral não adota a contagem de prazo em dias úteis, prevista no art. 219
do CPC.

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Demonstrativo de Regularidade dos Atos Partidários – DRAP

No DRAP, a Justiça Eleitoral averigua a regularidade dos partidos e dos atos praticados
com vistas ao pleito, tomando-o como o processo principal ao qual estão vinculados os re-
querimentos de registro dos candidatos do partido ou coligação.
O indeferimento do DRAP, com trânsito em julgado, implica, necessariamente, o indeferi-
mento dos registros individuais, ainda que estes não padeçam de qualquer vício e estejam
deferidos pela Justiça Eleitoral.
Até recentemente o TSE considerava, com base no art. 42, caput, da Res.-TSE n.
23.571/2018, que a não prestação de contas implicava a suspensão da anotação do órgão
partidário na circunscrição do pleito, inviabilizando, por conseguinte, sua participação nas
eleições. Contudo, o STF, no julgamento da ADI n. 6032, modificou esse entendimento para
assentar que a essa penalidade “somente pode ser aplicada após decisão, com trânsito em
julgado, decorrente de procedimento específico de suspensão de registro, nos termos do ar-
tigo 28 da Lei n. 9.096/1995”.
O art. 10, § 3º, da Lei n. 9.504/1997, exige que partidos e coligações, no lançamento de
suas candidaturas, observem percentuais mínimos de 30% e máximo de 70% para candidatu-
ras de cada gênero.
Nessa acepção mais moderna e condizente com a realidade, a mencionada resolução
estabelece no art. 17, § 5º, que será considerado, para fins de cálculo dos percentuais, o gê-
nero declarado no Cadastro Eleitoral, que não necessariamente se identifica com o sexo do
candidato.
A possibilidade do uso do nome social exige seja ele registrado no cadastro eleitoral ainda
na época em que este se encontra aberto, ou seja, até 151 dias antes das eleições.
Registrado o nome social no Cadastro Eleitoral, o candidato pode requerer seu uso no re-
gistro de sua candidatura, tanto nas eleições realizadas pelo sistema proporcional como nas
do sistema majoritário, mas desde que não se estabeleça dúvida quanto à sua identidade, não
atente contra o pudor e não seja ridículo ou irreverente, conforme exige o art. 12 da Lei das
Eleições.

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Os percentuais de gênero devem ser observados tanto no momento do registro de can-


didatura, quanto em eventual preenchimento de vagas remanescentes ou na substituição de
candidatos.
Observados os percentuais de gênero pelo partido ou coligação, eventual indeferimento
de registro, renúncia ou desistência de candidatura fora do prazo de substituição, do qual de-
corra o descumprimento do preceito legal, não implica o indeferimento do DRAP.

Registro de Candidaturas Individuais – RRC e RRCI

O requerimento de registro de candidato (RRC) deve ser apresentado à Justiça Eleitoral


até as 19 horas do dia 15 de agosto do ano eleitoral, com o rol de documentos elencados no
art. 11 da Lei das Eleições.
Caso o partido seja omisso na apresentação do registro, o candidato poderá fazê-lo no
prazo de 48 contados da publicação da lista de candidatos pela Justiça Eleitoral.
O candidato às eleições proporcionais indicará, no pedido de registro, além de seu nome
completo, as variações nominais com que deseja ser registrado, até o máximo de três op-
ções, que poderão ser o prenome, sobrenome, cognome, nome abreviado, apelido ou nome
pelo qual é mais conhecido, desde que não se estabeleça dúvida quanto à sua identidade,
não atentem contra o pudor e não seja ridículo ou irreverente, mencionando em que ordem de
preferência deseja registrar-se.
Havendo homonímia, a Justiça Eleitoral poderá exigir dos candidatos prova de que são
conhecidos pela opção apresentada no pedido de registro.
Se ambos comprovarem serem conhecidos pelos nomes indicados, terá preferência, na
sequência indicada, o candidato que, na data máxima prevista para o registro:
• esteja exercendo mandato eletivo; ou
• tenha exercido nos últimos quatro anos; ou
• nos últimos quatro anos tenha se candidatado com o nome que indicou.

Não se resolvendo o caso pelas regras anteriores, a Justiça Eleitoral deverá observar qual
candidato que, pela sua vida política, social ou profissional, seja identificado por um dado
nome que tenha indicado, será deferido o registro com esse nome.

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Caso essas regras não sejam suficientes para resolver o conflito, a Justiça Eleitoral deve-
rá notificar os candidatos para que, em dois dias, cheguem a um acordo.
Não havendo preferência entre candidatos que pretendam o registro da mesma variação
nominal, defere-se o do que primeiro o tenha requerido, nos termos da Súmula n. 4 do TSE.
É vedado o uso por candidato a pleito proporcional de idêntica variação nominal de candi-
dato às eleições majoritárias na mesma circunscrição, salvo para candidato que esteja exer-
cendo mandato eletivo ou o tenha exercido nos últimos quatro anos, ou que, nesse mesmo
prazo, tenha concorrido em eleição com o nome coincidente.
Em hipótese alguma, as variações dos nomes apresentados fazer referência a qualquer
órgão da administração pública direta, indireta federal, estadual, distrital e municipal. Nada
obsta, todavia, a utilização de identificadores de profissão ou patente.
Os candidatos devem apresentar com o pedido de registro a relação de documentos elen-
cada no art. 11 da Lei das Eleições, os quais ficarão disponíveis no sítio do TSE para consulta
dos eleitores, exigindo-se do candidato, no ato de apresentação do registro, a ciência dessa
disponibilização.
Fica dispensada a apresentação pelo partido, coligação ou candidato dos documentos
produzidos a partir de informações detidas pela Justiça Eleitoral.
A declaração de bens que acompanha o pedido de registro de candidatura não se confun-
de com a declaração de Imposto de Renda.
As certidões exigidas do Poder Judiciário que acompanham o pedido de registro de can-
didatura são apenas as de natureza criminal.
Da publicação do edital com o nome dos candidatos correrá:
• o prazo de 48 horas para que o candidato escolhido em convenção requeira individual-
mente o registro de sua candidatura;
• o prazo de cinco dias para que qualquer cidadão apresente notícia de inelegibilidade.

O prazo de impugnação para o Parquet, a exemplo dos demais legitimados, começa a va-
ler da publicação do edital com a relação de candidatos.
Constatado algum vício ou omissão na documentação juntada pelo candidato que obste
o deferimento do registro, o partido político a coligação ou o candidato será intimado para
sanar a irregularidade no prazo de três dias.

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Esgotado esse prazo, se o julgador constatar a existência de impedimento à candidatura,


ele deverá, de ofício, determinar a intimação do interessado para que se manifeste sobre o
óbice no prazo de três dias.
A atuação de ofício é exclusiva do órgão do Poder Judiciário que julga originariamente o
pedido de registro.
Após a manifestação do interessado, os autos serão enviados ao Ministério Público Elei-
toral para emissão de parecer no prazo de dois dias. Em seguida conclusos ao magistrado
para decisão.

Ação de Impugnação do Pedido de Registro de Candidatura – AIRC

A AIRC é um incidente nos autos do pedido de registro de candidatura e possui natureza


eminentemente judicial.
O objeto – pedido da ação – é o indeferimento do pedido de registro de candidatura.
O prazo para o ajuizamento da AIRC é de cinco dias contados da publicação do edital,
pela Justiça Eleitoral, com os nomes dos candidatos que apresentaram pedido de registro de
candidatura.
O rol dos legitimados ativos da AIRC é composto por candidatos, partidos políticos, coli-
gações e o Ministério Público, nos termos do art. 3º da LC n. 64/1990, os quais devem apre-
sentar a peça subscrita por advogado constituído nos autos, conforme determina o art. 40,
§ 1º, da Res.-TSE n. 23.609/2019.
O cidadão não é legitimado para apresentar AIRC.
O filiado a partido político, ainda que não seja candidato, possui legitimidade e interesse
para impugnar pedido de registro de coligação partidária da qual é integrante, em razão de
eventuais irregularidades havidas na convenção.
A legitimidade conferida aos candidatos, que surge com a simples escolha em convenção,
é ampla dentro da circunscrição do pleito, de modo que podem impugnar inclusive pedidos de
registro de candidatos a outros cargos em disputa.
Os partidos perdem a legitimidade para apresentar AIRC quando formarem coligação, uma
vez que esta passa a representar as agremiações que a integram perante a Justiça Eleitoral
até o término do período eleitoral.

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Não há formação de litisconsórcio necessário em processos de registro de candidatura,


nos termos da Súmula n. 39 do TSE.
O rito a ser observado para as impugnações e o mesmo para notícias de inelegibilidade.
Apresentada a impugnação ou notícia de inelegibilidade, o candidato terá sete dias para
contestar a impugnação/notícia de inelegibilidade, juntar documentos, indicar rol de testemu-
nhas e requerer a produção de outras provas, inclusive documentais, que se encontrarem em
poder de terceiros, de repartições públicas ou em procedimentos judiciais, ou administrativos,
salvo os processos em tramitação em segredo de justiça.
Sendo a matéria controvertida exclusivamente de direito, sem a necessidade de produção
de prova, admite-se o julgamento antecipado do mérito da AIRC, previsto no art. 355 do CPC.
Antes, contudo, o Ministério Público deve ser ouvido na qualidade de fiscal da ordem jurídica.
Se o impugnado tiver juntado documentos com a contestação, deve ser dado vista à parte
contrária, sob pena de cerceamento de defesa.
Caso não haja necessidade de abertura de vista para o impugnado, o juiz ou relator deve
designar os quatro dias seguintes para inquirição das testemunhas do impugnante e do im-
pugnado – indicadas na inicial e na contestação –, as quais comparecerão por iniciativa das
partes que as tiverem arrolado, após notificação judicial realizada pelos advogados.
Nos cinco dias subsequentes, o órgão julgador deve proceder a todas as diligências que
determinar, de ofício ou a requerimento das partes.
Encerrada a fase probatória pelo magistrado, as partes, inclusive o Ministério Público,
serão intimadas para apresentar alegações finais no prazo comum de cinco dias e, após,
os autos serão conclusos ao magistrado para decisão.
A causa de pedir cinge-se a vícios na documentação apresentada no momento do pedido
de registro, ausência de condições de elegibilidade, contidas na CF/1988 ou na legislação in-
fraconstitucional, ou a incidência de uma das causas de inelegibilidade, prevista na CF/1988
ou na LC n. 64/1990.
O processo de registro não é o meio adequado para se rediscutir a decisão condenatória
da qual se originou o óbice ao deferimento do pedido.
O candidato poderá juntar documentos ao processo de registro de candidatura desde que
não exaurida as instâncias ordinárias. Admite-se a juntada mesmo quando, intimado o can-
didato, este tenha permanecido inerte.

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As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidades são, em regra, aferidas no


momento da apresentação do pedido de registro, ressalvada as alterações fáticas ou jurídi-
cas, supervenientes ao registro que afastem a inelegibilidade, conforme estabelece o art. 11,
§ 10, da Lei n. 9.504/1997.
As alterações fáticas ou jurídicas supervenientes ao registro que beneficiem o candidato,
nos termos da parte final do art. 11, § 10, da Lei n. 9.504/1997, também devem ser admitidas
para as condições de elegibilidade, nos termos da Súmula n. 43 do TSE.
Os fatos supervenientes que viabilizam a candidatura podem, mesmo na instância extra-
ordinária, ser conhecidos até o último dia possível para a diplomação dos eleitos, desde que
os autos do registro de candidatura ainda estejam tramitando.
Os fatos supervenientes que inviabilizam a candidatura, pela incidência de uma causa de
inelegibilidade ou pela configuração do não preenchimento de uma das condições de inele-
gibilidade, somente podem ser levados a efeito no processo de registro de candidatura até a
data do pleito.
Caso a alteração fática ou jurídica superveniente ocorra após a diplomação, efeito algum
terá sobre a situação jurídica do candidato, porquanto as relações jurídicas devem em algum
momento se estabilizar, a fim de que os eleitos possam exercer, sem embaraço, o mandato
obtido.

Efeitos da Decisão de Indeferimento – Art. 16-A da Lei n. 9.504/1997

O art. 16-A da Lei das Eleições estabelece que o candidato cujo registro esteja sub judice
poderá efetuar todos os atos relativos à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleito-
ral gratuito no rádio e na televisão e ter seu nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver
sob essa condição, ficando a validade dos votos a ele atribuídos condicionada ao deferimento
de seu registro por instância superior.
Para o TSE, a condição de candidato sub judice, para fins de incidência do art. 16-A da Lei
n. 9.504/1997, nas eleições gerais, cessa com o trânsito em julgado da decisão de indeferi-
mento do registro ou com a decisão de indeferimento do registro proferida pelo plenário do
Tribunal Superior Eleitoral.

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Substituição de Candidatos

Os candidatos que tenham o registro indeferido ou tenham renunciado, falecido ou de-


sistido da disputa eleitoral podem ser substituídos pelo partido/coligação, desde que obser-
vados, cumulativamente, os seguintes prazos: até 20 dias antes do pleito e; até 10 dias da
ocorrência do fato ou da notificação da decisão judicial que deu origem à substituição.
Nos casos de candidato falecido, não há necessidade de observância do prazo de substi-
tuição de até 20 dias antes do pleito.
Os prazos de substituição se aplicam tanto para as eleições proporcionais, quanto para as
eleições majoritárias, nos termos do § 3º do art. 13 da Lei das Eleições.
A escolha pode ser feita por órgão do partido, caso a convenção partidária tenha delibera-
do nesse sentido, ou então pode ser realizada uma convenção para perfectibilizar a escolha.
Nas eleições majoritárias, se o candidato a ser substituído for de coligação, a escolha do
substituto deverá fazer-se por decisão da maioria absoluta dos órgãos executivos de direção
dos partidos coligados, podendo ele ser filiado a qualquer partido dela integrante, desde que
o partido ao qual pertencia o substituído renuncie ao direito de preferência.

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QUESTÕES DE CONCURSO
(CESPE/2016/JUIZ DE DIREITO/TJ-AM) Considerando que, em um estado da
Federação com direito a eleger vinte deputados federais, um partido político regularmente
inscrito participará das eleições sem estar coligado a nenhum outro, assinale a opção que
apresenta uma quantidade correta de candidatos que poderão concorrer ao cargo de deputa-
do(a) federal pelo referido partido.
a) vinte homens – vinte mulheres
b) nove homens – vinte e uma mulheres
c) vinte homens – duas mulheres
d) vinte e dois homens – oito mulheres
e) trinta homens – dez mulheres.

(CESPE/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PE) Com


relação às condições de elegibilidade e de inelegibilidade que vigoram no Brasil, assinale a
opção correta à luz das normas vigentes.
a) São inelegíveis os condenados em primeira instância por crimes de tráfico de entorpecen-
tes e drogas afins, racismo, tortura e terrorismo e por crimes hediondos.
b) Para concorrer às eleições o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva cir-
cunscrição pelo prazo de, pelo menos, um ano e estar com a filiação partidária definida pelo
partido no mesmo prazo.
c) A idade mínima exigida dos candidatos a vereador deverá ser verificada tendo como refe-
rência a data da posse.
d) Candidatos expulsos do partido antes da eleição estarão sujeitos ao cancelamento do re-
gistro.
e) Filhos adotivos, tios e sobrinhos dos prefeitos são inelegíveis nos respectivos municípios
desses prefeitos, salvo se já forem titulares de mandatos eletivos e candidatos à reeleição.

(CESPE/2010/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-MT) Consi-


derando que, para as eleições à assembleia legislativa de um estado que conta com 24 vagas

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para deputados estaduais, haja candidatos de partidos isolados e de coligações, assinale a


opção correta.
a) Um partido isolado pode lançar até 36 candidatos, e uma coligação, até 48 candidatos.
b) Um partido isolado pode lançar até 24 candidatos, e uma coligação, até 26 candidatos.
c) Um partido isolado ou uma coligação de vários partidos somente podem lançar até 24
candidatos.
d) Um partido isolado e uma coligação de vários partidos podem lançar até 36 candidatos.
e) Não é possível determinar o número máximo de candidatos de um partido ou coligação.

(VUNESP/2016/PROCURADOR JURÍDICO/CÂMARA DE MARÍLIA-SP) Com rela-


ção ao controle da legalidade das eleições, é correto afirmar que
a) para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva cir-
cunscrição eleitoral e estar com a filiação deferida pelo partido com no mínimo um ano antes
da data da eleição.
b) nos Municípios de até cem mil eleitores, cada coligação poderá registrar candidatos para
Câmara Legislativa no total de até 200% (duzentos por cento) do número de lugares a preen-
cher.
c) os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos até as
dezenove horas do dia 05 de julho do ano em que se realizarem as eleições.
d) os candidatos ou partidos conservarão a documentação concernente à sua conta até cento
e vinte dias após a diplomação, exceto se pendente de julgamento de processo judicial relati-
vo às contas, quando, então, a documentação deverá ser conservada até decisão final.
e) os candidatos ou partidos conservarão a documentação concernente à sua conta até cento
e vinte dias após a diplomação, exceto se pendente de julgamento de processo judicial relati-
vo às contas, quando, então, a documentação deverá ser conservada até decisão final.

(FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ENGENHARIA/TRE-MS) Por ocasião do registro de


candidaturas a cargos eletivos, a idade mínima constitucionalmente estabelecida como con-
dição de elegibilidade é verificada tendo por referência a data
a) marcada para as eleições.

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b) do pedido de registro da candidatura.


c) da posse.
d) da convenção partidária.
e) do deferimento do pedido de registro da candidatura.

(FMP CONCURSOS/2017/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-RO) Assi-


nale a alternativa CORRETA. Conforme jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral:
a) as circunstâncias fáticas e jurídicas supervenientes ao registro de candidatura que afas-
tem a inelegibilidade, somente podem ser conhecidas nas instâncias ordinárias, até a data da
diplomação, última fase do processo eleitoral, já que em algum momento as relações jurídi-
cas devem se estabilizar, sob pena de eterna litigância ao longo do mandato.
b) as circunstâncias fáticas e jurídicas supervenientes ao registro de candidatura que afas-
tem a inelegibilidade, podem ser conhecidas em qualquer grau de jurisdição, inclusive nas
instâncias extraordinárias, até a data da diplomação, última fase do processo eleitoral, já que
em algum momento as relações jurídicas devem se estabilizar, sob pena de eterna litigância
ao longo do mandato.
c) as circunstâncias fáticas e jurídicas supervenientes ao registro de candidatura que afas-
tem a inelegibilidade, podem ser conhecidas em qualquer grau de jurisdição, inclusive nas
instâncias extraordinárias, até a data da eleição, já que em algum momento as relações jurí-
dicas devem se estabilizar, sob pena de eterna litigância ao longo do mandato.
d) as circunstâncias fáticas e jurídicas supervenientes ao registro de candidatura que afas-
tem a inelegibilidade, podem ser conhecidas em qualquer grau de jurisdição, inclusive nas
instâncias extraordinárias, até a data final para prestação de contas, última fase do processo
eleitoral, já que em algum momento as relações jurídicas devem se estabilizar, sob pena de
eterna litigância ao longo do mandato.
e) todas alternativas anteriores estão incorretas.

(MP-MA/2014/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Assinale a alternativa


correta:
a) As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no mo-
mento da formalização do pedido de registro da candidatura, sendo irrelevantes as altera-
ções, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que afastem a inelegibilidade;

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b) É possível a substituição de candidatos, mas nas eleições proporcionais a substituição só


se efetivará se o novo pedido for apresentado até sessenta dias antes do pleito;
c) Nas eleições majoritárias, os candidatos podem ser registrados com o número de quais-
quer dos partidos que integrem a coligação;
d) Só podem propor a ação de impugnação de registro de candidatura um partido político,
uma coligação ou o Ministério Público;
e) Nas eleições federais, para Deputado Federal e Senador, compete ao Tribunal Superior Elei-
toral conhecer originariamente das ações de impugnação de registro de candidatura.

(CESPE/2011/ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO/FUB) Acerca do processo


eleitoral brasileiro, julgue os seguintes itens.
Somente podem apresentar candidato a presidente da República os partidos políticos que
tenham tido o mínimo de 5% dos votos, em três estados, na eleição anterior para o Legislativo
Federal.

(CESPE/2010/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-MT) Joaquim


candidatou-se a deputado federal e teve o seu pedido de registro de candidatura deferido pela
justiça eleitoral. Quando o TRE verificou os documentos para expedição do respectivo diplo-
ma desse deputado federal, foi constatado que o candidato tinha apenas 20 anos de idade.
Com base nessa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) Os votos conferidos a Joaquim serão imediatamente anulados e o candidato mais votado,
a seguir, de qualquer partido, será convocado para a expedição do diploma.
b) Os votos conferidos a Joaquim serão válidos, mas a sua diplomação será suspensa, em
benefício do candidato mais votado do mesmo partido ou coligação.
c) Os votos conferidos a Joaquim serão nulos e, por isso, será necessário novo cômputo de
todo o quadro de eleitos.
d) Os votos conferidos a Joaquim serão considerados votos de legenda.
e) Os votos obtidos por Joaquim serão válidos, e, caso ele complete 21 anos de idade até a
data da posse, o TRE conceder-lhe-á o diploma.

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(CESPE/2017/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PE) É vedada


a fusão de partidos políticos.
a) As causas de inelegibilidade são aferidas no momento do pedido de registro da candida-
tura, sendo vedada a alteração da decisão por alterações fáticas ou jurídicas supervenientes.
b) É vedado ao partido substituir candidato que for considerado inelegível após o termo final
do prazo do registro.
c) Para solicitar à justiça eleitoral o registro de seus candidatos, os partidos políticos terão até
as dezenove horas do dia trinta de agosto do ano em que se realizarem as eleições.
d) Entre outros documentos, o pedido de registro de candidato à justiça eleitoral deve ser ins-
truído com declaração de bens assinada pelo candidato.
e) Apenas partidos políticos podem solicitar registro de candidatos.

(CESPE/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-TO) Consi-


derando a legislação que regula as convenções partidárias e as coligações, assinale a opção
correta.
a) As instâncias inferiores dos partidos dispõem de autonomia para definir a coligação mais
conveniente para seus objetivos na circunscrição em que atuam.
b) A lista dos candidatos do partido deve conter obrigatoriamente os detentores de cargos
eletivos.
c) Cada partido político poderá apresentar candidatos no total de até 150% do número de ca-
deiras a preencher, exceto nos municípios com menos de cem mil habitantes e nas unidades
da Federação que elejam doze ou menos deputados federais.
d) A reserva de candidaturas por sexo definida na lei significa que nenhum dos sexos poderá
ocupar mais de 70% e menos de 30% do número de candidaturas a que o partido tem direito.
e) As coligações celebradas nas eleições proporcionais devem replicar as coligações celebra-
das nas eleições majoritárias.

(CESPE/2005/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-MA) Assinale a


opção que contém conduta vedada aos agentes públicos, nos pleitos eleitorais, durante a
campanha eleitoral.

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a) Ceder servidor público ou empregado da administração direta ou indireta federal, estadual


ou municipal do Poder Executivo, ou usar de seus serviços, para atuação em comitês de cam-
panha eleitoral de candidato, partido político ou coligação, durante o horário de expediente
normal, ainda que o servidor ou empregado esteja licenciado.
b) Nomear ou exonerar pessoas de cargos em comissão e designá-las ou dispensá-las de
funções de confiança, na circunscrição do pleito, nos três meses que antecedem o pleito elei-
toral até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de pleno direito.
c) Realizar, antes dos três meses que antecedem o pleito, despesas com publicidade dos ór-
gãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administra-
ção indireta, que excedam a média dos gastos nos três últimos anos que antecedem o pleito
ou do último ano imediatamente anterior à eleição, prevalecendo o limite maior.
d) Fazer, na circunscrição do pleito, revisão geral da remuneração dos servidores públicos
ainda que não exceda a recomposição da perda de seu poder aquisitivo ao longo do ano da
eleição, após 5 de julho e até a posse dos eleitos.
e) Fazer, nos três meses que antecedem o pleito, pronunciamento em cadeia de rádio e televi-
são, fora do horário eleitoral gratuito, salvo quando, a critério da justiça eleitoral, tratar-se de
matéria urgente, relevante e pertinente às funções de governo.

(FCC/2012/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-SP) Dois can-


didatos a Vereador indicaram, no pedido de registro, além do nome completo, as variações
nominais com que desejavam ser registrados, mencionando em primeiro lugar na ordem de
preferência, o mesmo apelido. Verificou-se que ambos eram conhecidos com esse apelido em
sua vida social e profissional sendo que, anteriormente, nunca foram candidatos a nenhum
cargo eletivo. Foram notificados para chegar a um acordo em dois dias, o que não ocorreu. Em
vista disso, a Justiça Eleitoral
a) registrará cada candidato com o nome e o sobrenome constantes do pedido de registro,
observada a ordem de preferência ali definida.
b) realizará sorteio entre os dois candidatos, em local público, com a presença destes e de
representantes dos respectivos partidos.
c) registrará os dois candidatos com o apelido indicado, acrescido dos algarismos 1 e 2.

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d) indeferirá o registro dos dois candidatos, porque a identidade de nomes poderá confundir
o eleitor.
e) deferirá o registro do apelido ao candidato cujo partido político tiver maior número de filia-
dos.

(CESPE/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-BA) No


caso de candidato falecer no terceiro mês que antecede o pleito eleitoral, a substituição do
registro de sua candidatura deve ser requerida em até
a) dez dias antes do pleito.
b) vinte dias antes do pleito.
c) trinta dias antes do pleito.
d) vinte dias após seu falecimento.
e) dez dias após seu falecimento.

(CESPE/2012/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-PA) Assinale a opção correta


em relação às eleições.
a) A substituição de candidato que seja considerado inelegível, renuncie ou faleça após o tér-
mino do prazo do registro ou, ainda, do candidato cujo registro seja indeferido ou cancelado
deverá ser requerida em até 15 dias após o fato ou após a notificação do partido da decisão
judicial que tenha dado origem à substituição.
b) O candidato cujo registro esteja sub judice não pode utilizar o horário eleitoral gratuito no
rádio ou na televisão, mas seu nome pode ser mantido na urna eletrônica, estando a validade
dos votos eventualmente a ele atribuídos condicionada ao deferimento de seu registro por
instância superior.
c) Nas eleições de 2010, aos então detentores de mandato de deputado federal, estadual ou
distrital, bem como aos que exerciam esses cargos em qualquer período da legislatura em
curso, foi assegurado o registro de candidatura para o mesmo cargo, pelo partido a que esta-
vam filiados.
d) As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no mo-
mento da formalização do pedido de registro da candidatura, ressalvadas as alterações fáti-
cas ou jurídicas supervenientes ao registro que afastem a inelegibilidade

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e) O juiz eleitoral deve indeferir pedido de variação de nome de candidato a vereador coinci-
dente com nome de candidato a eleição a prefeito, ainda que o candidato esteja exercendo
mandato eletivo ou que, nos quatro anos anteriores ao pleito, tenha concorrido em eleição
com o nome coincidente.

(FCC/2011/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-CE) O registro dos can-


didatos a vereador
a) deve ser feito junto ao Tribunal Regional Eleitoral da unidade da Federação respectiva até 4
(quatro) meses antes da eleição.
b) deve ser feito perante qualquer juízo eleitoral onde o partido ao qual estiver filiado o candi-
dato possua diretório devidamente registrado.
c) far-se-á sempre em chapa única e indivisível, ainda que resulte a indicação de aliança de
partidos.
d) deve ser feito no juízo eleitoral até 6 (seis) meses antes da eleição, desde que filiado a par-
tido político na circunscrição em que concorrer.
e) deve ser dirigido ao Tribunal Regional Eleitoral nos casos em que o partido político não
possuir diretório devidamente registrado na circunscrição em que se realizar a eleição.

(CESPE/2018/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-CE) É correto afirmar que a


inelegibilidade
a) alcança aqueles que não estejam filiados a partido político há, pelo menos, um ano antes
da eleição.
b) de candidato a presidente da República se estende ao candidato a vice-presidente da Re-
pública.
c) pode ser reconhecida de ofício pela justiça eleitoral nos processos de registro de candida-
tura.
d) obsta temporariamente a capacidade eleitoral ativa dos candidatos.
e) abrange, por força constitucional, os analfabetos, os semianalfabetos, os conscritos e os
estrangeiros.

(CESPE/2016/DELEGADO DE POLÍCIA/PC-PE) Por meio de convenção estadual,


um partido político escolheu os seus candidatos aos cargos majoritário e proporcional e, no

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prazo legal, solicitou seus pedidos de registros junto ao tribunal regional eleitoral competen-
te. Ao analisar a solicitação, o procurador regional eleitoral impugnou o pedido de registro de
candidatura de um candidato ao cargo de deputado federal.
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) Caso a impugnação tenha se fundamentado em não quitação de multa eleitoral do candi-
dato, o partido poderá efetuar o pagamento ou requerer o parcelamento devido, para fins de
regularizar a situação do candidato.
b) Como a legislação eleitoral não estipula prazo legal para o julgamento dos pedidos de im-
pugnação, o candidato impugnado poderá participar do pleito eleitoral até o julgamento final
do processo.
c) Caso o candidato impugnado concorra sub judice, os votos obtidos em sua candidatura
somente serão computados ao partido após o deferimento do seu registro.
d) O candidato impugnado somente poderá utilizar o horário de rádio e televisão após o defe-
rimento do seu registro.
e) O partido político poderá requerer a substituição do candidato impugnado até a véspera da
eleição, ocasião em que o tribunal regional eleitoral deverá expedir comunicados aos cartó-
rios eleitorais, para que os eleitores sejam informados, no dia da votação, sobre a substituição
ocorrida.

(VUNESP/2011/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-MG) É correto afirmar que o


candidato com pedido de registro sub judice
a) poderá prosseguir a campanha eleitoral.
b) poderá prosseguir a campanha eleitoral, exceto a participação na propaganda pelo rádio
e TV (horário gratuito), conforme recente interpretação jurisprudencial do Tribunal Superior
Eleitoral.
c) poderá prosseguir a campanha eleitoral, exceto a divulgação da propaganda pela internet,
conforme recente interpretação jurisprudencial do Tribunal Superior Eleitoral.
d) não poderá prosseguir a campanha eleitoral.

(FCC/2012/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TJ-RJ) Numa unida-


de da federação, o número de vagas a preencher para a Câmara dos Deputados não excede de

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vinte. Formaram-se duas coligações, uma com dois e outra com três partidos políticos. Essas
coligações poderão registrar candidatos a Deputado Federal e a Deputado Estadual até o
a) número das respectivas vagas.
b) dobro das respectivas vagas.
c) dobro e o triplo das vagas, respectivamente.
d) dobro das respectivas vagas, com acréscimo de até mais cinquenta por cento.
e) quíntuplo das respectivas vagas.

(IBFC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PA) Para concorrer


às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo
prazo de seis meses e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo. Havendo
fusão ou incorporação de partidos após este prazo, será considerada, para efeito de filiação
partidária, a data de filiação do candidato ao partido de origem.

(IBFC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PA) Os partidos e co-


ligações solicitarão à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos até as dezenove horas do
dia 25 de agosto do ano em que se realizarem as eleições.

(MP-SC/2019/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Nos termos da Lei Com-


plementar n. 64/1990, caberá a qualquer eleitor, candidato, partido político, coligação ou Mi-
nistério Público, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação do pedido de registro do
candidato, impugná-lo em petição fundamentada.

(CESPE/2019/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-BA) O encerramento do prazo


de inelegibilidade antes do dia da eleição afasta inelegibilidade que for constatada no mo-
mento da formalização do pedido de registro de candidatura.

(MP-PR/2019/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Não compete à Justiça


Eleitoral, em processo de registro de candidatura, verificar a prescrição da pretensão punitiva
ou executória do candidato e declarar a extinção da pena imposta pela Justiça Comum.

(MP-PR/2019/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Em registro de candida-


tura, não cabe examinar o acerto ou desacerto da decisão que examinou, em processo espe-
cífico, a filiação partidária do eleitor.

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(FUNRIO/2018/PROCURADOR/AL-RR) Os partidos e coligações solicitarão à


Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos até as dezenove horas do dia 15 de agosto do
ano em que se realizarem as eleições.
Assim, o pedido de registro deverá conter, obrigatoriamente, um dos seguintes documentos:
a) certificado de reservista.
b) certidão de quitação eleitoral.
c) passaporte.
d) certificado de conclusão do Ensino Médio.

(FCC/2018/PROCURADOR LEGISLATIVO/CLDF) A respeito do processo de re-


gistro de candidatura, é correto afirmar que
a) a Carteira Nacional de Habilitação não gera presunção da escolaridade necessária ao de-
ferimento do registro de candidatura.
b) pode ser examinado o acerto ou desacerto da decisão que examinou, em processo especí-
fico, a filiação partidária do eleitor.
c) a comprovação do cumprimento regular do parcelamento do pagamento de multa eleitoral
pelo candidato após o pedido de registro, mas antes do respectivo julgamento, afasta a au-
sência de quitação eleitoral.
d) o partido que não impugnou o registro de candidato tem legitimidade para recorrer da sen-
tença que o deferiu, mesmo se não se cuidar de matéria constitucional.
e) é obrigatória a formação de litisconsorte passivo necessário entre o candidato cujo registro
foi impugnado e o partido a que pertence.

(FGV/2018/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO/ÁREA JURÍDICA/MP-AL) O


partido político Alfa requereu, à Justiça Eleitoral, o registro de candidatura de Pedro e Jaime
para concorrerem, respectivamente, aos cargos de Prefeito e Vice-Prefeito do Município Alfa.
Foi comprovado que estavam filiados ao partido político Alfa há seis meses, mesmo período
em que mantinham domicílio na respectiva circunscrição eleitoral. O requerimento de registro
não foi objeto de qualquer impugnação, sendo, ao final, deferido pelo Juiz Eleitoral. Por en-
tender que Pedro e Jaime não preenchiam os requisitos exigidos pela legislação de regência,

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o partido político Beta, que também tinha candidatos registrados, interpôs recurso. Conside-
rando a sistemática estabelecida pela ordem jurídica, é correto afirmar que Pedro e Jaime
a) não preencheram apenas o requisito do tempo de filiação partidária e o partido político
Beta não tem legitimidade para interpor o recurso.
b) não preencheram os requisitos do tempo de filiação partidária e de domicílio na circunscri-
ção e o partido político Beta não tem legitimidade para interpor o recurso.
c) não preencheram os requisitos do tempo de filiação partidária e de domicílio na circunscri-
ção e o partido político Beta tem legitimidade para interpor o recurso.
d) preencheram os requisitos do tempo de filiação partidária e de domicílio na circunscrição
e o partido político Beta não tem legitimidade para interpor o recurso.
e) preencheram os requisitos do tempo de filiação partidária e de domicílio na circunscrição e
o partido político Beta tem legitimidade para interpor o recurso.

(FUNDATEC/2018/PROCURADOR/AL-RS) De acordo com a Lei n. 9.504/1997,


em relação ao registro de candidatos, analise as assertivas abaixo:
I – A idade mínima constitucionalmente estabelecida como condição de elegibilidade é
verificada tendo por referência a data da posse.
II – É vedado o registro de candidatura avulsa, ainda que o requerente tenha filiação par-
tidária.
III – Na hipótese de o partido ou coligação não requerer o registro de seus candidatos, es-
tes poderão fazê-lo perante a Justiça Eleitoral, observado o prazo máximo de vinte e
quatro horas seguintes à publicação da lista dos candidatos pela Justiça Eleitoral.

Quais estão corretas?


a) Apenas I.
b) Apenas II.
c )Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.

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(FGV/2018/ADVOGADO LEGISLATIVO/CÂMARA DE SALVADOR-BA) Em razão da


negativa do seu partido político em cumprir o deliberado em convenção partidária e regis-
trá-lo como candidato a vereador nas eleições municipais, João requereu o seu registro 24
horas após a publicação da lista de candidatos pela Justiça Federal. Na ocasião, comprovou
ter domicílio eleitoral na circunscrição e estar filiado ao partido há nove meses. A direção do
partido, por sua vez, informou à Justiça Eleitoral que o registro não foi realizado pelo fato de
João não ter domicílio eleitoral na circunscrição há pelo menos um ano e não estar filiado ao
partido pelo mesmo lapso.
À luz da legislação eleitoral vigente, preenchidos os demais requisitos exigidos, o registro de
João deve ser:
a) indeferido, pois João não tem legitimidade para requerer o registro de sua candidatura di-
retamente à Justiça Eleitoral;
b) deferido, pois João preencheu os requisitos exigidos e poderia requerer o registro nas cir-
cunstâncias indicadas;
c) indeferido, pois João não tem domicílio eleitoral na circunscrição há, no mínimo, um ano;
d) deferido, desde que o partido político venha a ratificar o requerimento de João;
e) indeferido, pois João não está filiado ao partido político há, no mínimo, um ano.

(CESPE/2017/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-TO) O regis-


tro de candidatura de determinado prefeito eleito em primeiro turno havia sido impugnado
perante a justiça eleitoral. Passados dezoito meses depois de o prefeito ter sido investido no
cargo, o registro foi declarado indeferido, com trânsito em julgado da sentença.
A respeito dessa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) O presidente da câmara de vereadores deverá assumir interinamente o cargo de prefeito.
b) A coligação partidária ou o partido que elegeu o prefeito suportará os ônus em caso de
novas eleições.
c) O procurador regional poderá adotar providências para garantir a realização de novas elei-
ções diretas no caso de inércia do tribunal regional.
d) O TSE detém competência exclusiva para decidir sobre a ocorrência e a forma das novas
eleições.
e) A ocorrência de novas eleições depende do número de votos anulados.

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(FCC/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO/ANÁLISE DE SISTEMAS/TRE-PR) Considere:


I – Fúlvio deseja candidatar-se a Prefeito.
II – Flávio deseja candidatar-se a Senador.
III – Amaury deseja candidatar-se a Vice-Presidente da República.

Supondo-se presentes os pressupostos para tanto, de acordo com o Código Eleitoral, o regis-
tro de Fúlvio deverá ser processado e julgado, originariamente, pelo
a) Juiz Eleitoral, assim como o de Flávio; e o de Amaury perante o Tribunal Regional Eleitoral
competente.
b) Tribunal Regional Eleitoral competente; o de Flávio perante o Tribunal Regional Eleitoral
competente; e o de Amaury perante o Tribunal Superior Eleitoral.
c) Juiz Eleitoral; o de Flávio e o de Amaury perante o Tribunal Superior Eleitoral.
d) Juiz Eleitoral; o de Flávio e o de Amaury perante o Tribunal Regional Eleitoral.
e) Juiz Eleitoral; o de Flávio perante o Tribunal Regional Eleitoral competente; e o de Amaury
perante o Tribunal Superior Eleitoral.

(FCC/2017/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PR) Na aula de


Direito Eleitoral, Janete sustenta, com razão, que é entendimento sumulado do Tribunal Supe-
rior Eleitoral que, nos processos de registro de candidatura, o juiz eleitoral
a) pode conhecer de ofício apenas da ausência de condição de elegibilidade, desde que res-
guardados o contraditório e a ampla defesa.
b) pode conhecer de ofício apenas da existência de causas de inelegibilidade, desde que res-
guardados o contraditório e a ampla defesa.
c) pode conhecer de ofício da existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de con-
dição de elegibilidade, desde que resguardados o contraditório e a ampla defesa.
d) não pode conhecer de ofício da existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de
condição de elegibilidade.
e) pode conhecer de ofício e indeferir de imediato o registro requerido apenas quando houver
ausência de condição de elegibilidade, sem necessidade de assegurar o contraditório e a am-
pla defesa.

***

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DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9.504/1997: Registro da Candidatura
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

(FMP CONCURSOS/2017/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-RO) Assi-


nale a alternativa CORRETA. Conforme jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral:
a) as circunstâncias fáticas e jurídicas supervenientes ao registro de candidatura que afas-
tem a inelegibilidade, somente podem ser conhecidas nas instâncias ordinárias, até a data da
diplomação, última fase do processo eleitoral, já que em algum momento as relações jurídi-
cas devem se estabilizar, sob pena de eterna litigância ao longo do mandato.
b) as circunstâncias fáticas e jurídicas supervenientes ao registro de candidatura que afas-
tem a inelegibilidade, podem ser conhecidas em qualquer grau de jurisdição, inclusive nas
instâncias extraordinárias, até a data da diplomação, última fase do processo eleitoral, já que
em algum momento as relações jurídicas devem se estabilizar, sob pena de eterna litigância
ao longo do mandato.
c) as circunstâncias fáticas e jurídicas supervenientes ao registro de candidatura que afas-
tem a inelegibilidade, podem ser conhecidas em qualquer grau de jurisdição, inclusive nas
instâncias extraordinárias, até a data da eleição, já que em algum momento as relações jurí-
dicas devem se estabilizar, sob pena de eterna litigância ao longo do mandato.
d) as circunstâncias fáticas e jurídicas supervenientes ao registro de candidatura que afas-
tem a inelegibilidade, podem ser conhecidas em qualquer grau de jurisdição, inclusive nas
instâncias extraordinárias, até a data final para prestação de contas, última fase do processo
eleitoral, já que em algum momento as relações jurídicas devem se estabilizar, sob pena de
eterna litigância ao longo do mandato.
e) todas alternativas anteriores estão incorretas.

(MPR-PR/2017/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Nos processos de re-


gistro de candidatura, o juiz eleitoral pode conhecer de ofício da existência de causas de
inelegibilidade ou da ausência de condição de elegibilidade, desde que resguardados o con-
traditório e a ampla defesa.

(FUNDEP/2017/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-MG) O ordenamen-


to jurídico brasileiro não admite a candidatura de pessoa que não tenha sido aprovada em
convenção partidária.

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(FUNDEP/2017/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-MG) O percentual


de gênero, dentro da temática do registro de candidaturas, pode deixar de ser observado na
hipótese de substituição de candidatos.

(CESPE/2017/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PE) Quanto a


registros de candidatos, assinale a opção correta.
a) As causas de inelegibilidade são aferidas no momento do pedido de registro da candida-
tura, sendo vedada a alteração da decisão por alterações fáticas ou jurídicas supervenientes.
b) É vedado ao partido substituir candidato que for considerado inelegível após o termo final
do prazo do registro.
c) Para solicitar à justiça eleitoral o registro de seus candidatos, os partidos políticos terão até
as dezenove horas do dia trinta de agosto do ano em que se realizarem as eleições.
d) Entre outros documentos, o pedido de registro de candidato à justiça eleitoral deve ser ins-
truído com declaração de bens assinada pelo candidato.
e) Apenas partidos políticos podem solicitar registro de candidatos.

(FCC/2016/CONSULTOR LEGISLATIVO/AL-MS) Jair pretende candidatar-se ao


cargo de vereador e completará 18 anos um dia após a data-limite para o pedido de registro
da candidatura. Neste caso, Jair
a) poderá candidatar-se, pois completa dezoito anos antes do dia do pleito que ocorrerá no
primeiro domingo de outubro do ano eleitoral.
b) poderá candidatar-se, pois a idade mínima constitucionalmente estabelecida como condi-
ção de elegibilidade é verificada tendo por referência a data da posse.
c) apenas poderá candidatar-se se for emancipado, pois os menores de dezoito anos são
inelegíveis.
d) não poderá se candidatar, pois a idade mínima constitucionalmente estabelecida como
condição de elegibilidade será aferida na data-limite para o pedido de registro.
e) não poderá se candidatar pois a idade mínima constitucionalmente prevista para uma pes-
soa eleger-se ao cargo de vereador é vinte e um anos de idade.

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(CESPE/2016/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-AM) Considerando que, em um


estado da Federação com direito a eleger vinte deputados federais, um partido político re-
gularmente inscrito participará das eleições sem estar coligado a nenhum outro, assinale a
opção que apresenta uma quantidade correta de candidatos que poderão concorrer ao cargo
de deputado(a) federal pelo referido partido.
a) vinte homens – vinte mulheres
b) nove homens – vinte e uma mulheres
c) vinte homens – duas mulheres
d) vinte e dois homens – oito mulheres
e) trinta homens – dez mulheres

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GABARITO
1. b 28. c
2. d 29. d
3. a 30. b
4. b 31. b
5. c 32. c
6. b 33. e
7. b 34. c
8. E 35. b
9. e 36. C
10. d 37. E
11. Anulada 38. E
12. e 39. d
13. a 40. a
14. e 41. b
15. d
16. d
17. c
18. c
19. a
20. d
21. C
22. E
23. E
24. C
25. C
26. C
27. b

***

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Lei n. 9.504/1997: Registro da Candidatura
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GABARITO COMENTADO
(CESPE/2016/JUIZ DE DIREITO/TJ-AM) Considerando que, em um estado da
Federação com direito a eleger vinte deputados federais, um partido político regularmente
inscrito participará das eleições sem estar coligado a nenhum outro, assinale a opção que
apresenta uma quantidade correta de candidatos que poderão concorrer ao cargo de deputa-
do(a) federal pelo referido partido.
a) vinte homens – vinte mulheres
b) nove homens – vinte e uma mulheres
c) vinte homens – duas mulheres
d) vinte e dois homens – oito mulheres
e) trinta homens – dez mulheres.

Letra b.
Nos termos do art. 10, § 3º, da Lei n. 9.504/1997, do número de vagas a serem preenchidos,
cada partido ou coligação (a partir das eleições de 2020, está proibida a formação de coliga-
ções para as eleições proporcionais), preencherá o mínimo de 30% e o máximo de 70% para
candidaturas de cada sexo.
Assim, se em uma unidade federativa, há vinte vagas na Câmara dos Deputados, cada partido
poderá apresentar candidatos até o máximo de 150% dos lugares a serem preenchidos, ou
seja, no máximo, 30 candidatos (art. 10, caput, da Lei n. 9.504/1997).
Desse total, nove candidaturas, no mínimo, devem ser de um sexo e 21 de outro sexo, no má-
ximo.

(CESPE/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PE) Com


relação às condições de elegibilidade e de inelegibilidade que vigoram no Brasil, assinale a
opção correta à luz das normas vigentes.
a) São inelegíveis os condenados em primeira instância por crimes de tráfico de entorpecen-
tes e drogas afins, racismo, tortura e terrorismo e por crimes hediondos.

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b) Para concorrer às eleições o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva cir-
cunscrição pelo prazo de, pelo menos, um ano e estar com a filiação partidária definida pelo
partido no mesmo prazo.
c) A idade mínima exigida dos candidatos a vereador deverá ser verificada tendo como refe-
rência a data da posse.
d) Candidatos expulsos do partido antes da eleição estarão sujeitos ao cancelamento do re-
gistro.
e) Filhos adotivos, tios e sobrinhos dos prefeitos são inelegíveis nos respectivos municípios
desses prefeitos, salvo se já forem titulares de mandatos eletivos e candidatos à reeleição.

Letra d.
Nos termos do art. 14 da Lei n. 9.504/1997, estão sujeitos ao cancelamento do registro os
candidatos que, até a data da eleição, forem expulsos do partido, em processo no qual seja
assegurada ampla defesa e sejam observadas as normas estatutárias.
a) Errada. A condenação criminal pela prática de crime de tráfico ilícito de entorpecentes so-
mente atrai a incidência da inelegibilidade decorrente da vida pregressa se a decisão transitar
em julgado ou for proferida por órgão colegiado.
b) Errada. Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na res-
pectiva circunscrição pelo prazo de seis meses e estar com a filiação deferida pelo partido no
mesmo prazo (art. 9º da Lei n. 9.504/1997).
c) Errada. A idade mínima constitucionalmente estabelecida como condição de elegibilidade
é verificada tendo por referência a data da posse, salvo quando fixada em 18 anos (vereador),
hipótese em que será aferida na data-limite para o pedido de registro (art. 11, § 2º, da Lei n.
9.504/1997).
e) Errada. A inelegibilidade reflexa somente impede a elegibilidade, no território de jurisdição
do titular, dos parentes consanguíneos ou afins até o segundo grau ou por adoção. O paren-
tesco entre tios e sobrinhos é de terceiro grau, motivo pelo qual não há que se falar em inele-
gibilidade.

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(CESPE/2010/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-MT) Consi-


derando que, para as eleições à assembleia legislativa de um estado que conta com 24 vagas
para deputados estaduais, haja candidatos de partidos isolados e de coligações, assinale a
opção correta.
a) Um partido isolado pode lançar até 36 candidatos, e uma coligação, até 48 candidatos.
b) Um partido isolado pode lançar até 24 candidatos, e uma coligação, até 26 candidatos.
c) Um partido isolado ou uma coligação de vários partidos somente podem lançar até 24
candidatos.
d) Um partido isolado e uma coligação de vários partidos podem lançar até 36 candidatos.
e) Não é possível determinar o número máximo de candidatos de um partido ou coligação.

Letra a.
Essa questão tornou-se desatualizada desde a edição da Emenda à Constituição n. 97/2017
e da Lei n. 13.165/2015, que proibiu a formação de coligação para as eleições proporcionais,
somente sendo admitidas nas eleições majoritárias.
Estabelecida essa premissa, cada partido poderá registrar candidatos para a Câmara dos
Deputados, a Câmara Legislativa, as Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais no
total de até 150% do número de lugares a preencher, salvo: nas unidades da Federação em
que o número de lugares a preencher para a Câmara dos Deputados não exceder a doze, nas
quais cada partido ou coligação poderá registrar candidatos a Deputado Federal e a Deputado
Estadual ou Distrital no total de até 200% das respectivas vagas.
No caso, o estado da federação em questão possui vinte e quatro deputados estaduais; logo,
possui oito deputados federais.
Com isso, aplica-se a exceção prevista no art. 10 da Lei n. 9.504/1997, segundo a qual o nú-
mero máximo de candidatos corresponde a duzentos por cento do número de vagas disponí-
veis, ou seja, nessa Unidade Federativa, cada partido poderá apresentar até 48 candidatos a
deputado estadual.

(VUNESP/2016/PROCURADOR JURÍDICO/CÂMARA DE MARÍLIA-SP) Com rela-


ção ao controle da legalidade das eleições, é correto afirmar que

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a) para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva cir-
cunscrição eleitoral e estar com a filiação deferida pelo partido com no mínimo um ano antes
da data da eleição.
b) nos Municípios de até cem mil eleitores, cada coligação poderá registrar candidatos para
Câmara Legislativa no total de até 200% (duzentos por cento) do número de lugares a preen-
cher.
c) os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos até as
dezenove horas do dia 05 de julho do ano em que se realizarem as eleições.
d) os candidatos ou partidos conservarão a documentação concernente à sua conta até cento
e vinte dias após a diplomação, exceto se pendente de julgamento de processo judicial relati-
vo às contas, quando, então, a documentação deverá ser conservada até decisão final.
e) os candidatos ou partidos conservarão a documentação concernente à sua conta até cento
e vinte dias após a diplomação, exceto se pendente de julgamento de processo judicial relati-
vo às contas, quando, então, a documentação deverá ser conservada até decisão final.

Letra b.
Atenção! Essa questão está desatualizada em razão da edição da Emenda Constitucional n.
97/2017.
Desde a edição da Emenda à Constituição n. 97/2017, não se admite a formação de coliga-
ções para as eleições proporcionais, motivo pelo qual o art. 10 da Lei n. 9.504/1997, ao tratar
do número máximo de candidatos a serem indicados pelas agremiações partidárias nas elei-
ções proporcionais, foi parcialmente revogado.
A alternativa considerada como correta é a letra “b”, mas, em razão da inexistência de coliga-
ções para as eleições proporcionais, essa assertiva tornou-se desatualizada.
Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva cir-
cunscrição pelo prazo de seis meses e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo
prazo (art. 9º da Lei n. 9.504/1997).
Os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos até as
dezenove horas do dia 15 de agosto do ano em que se realizarem as eleições (art. 11, caput,
da Lei n. 9.504/1997).

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Até 180 dias após a diplomação, os candidatos ou partidos conservarão a documentação


concernente a suas contas. Estando pendente de julgamento qualquer processo judicial rela-
tivo às contas, a documentação a elas concernente deverá ser conservada até a decisão final.

(FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ENGENHARIA/TRE-MS) Por ocasião do registro de


candidaturas a cargos eletivos, a idade mínima constitucionalmente estabelecida como con-
dição de elegibilidade é verificada tendo por referência a data
a) marcada para as eleições.
b) do pedido de registro da candidatura.
c) da posse.
d) da convenção partidária.
e) do deferimento do pedido de registro da candidatura.

Letra c.
Atenção! Essa questão está desatualizada desde a edição da Lei n. 13.165/2015.
De acordo com o art. 11, § 2º, da Lei n. 9.504/1997, A idade mínima constitucionalmente es-
tabelecida como condição de elegibilidade é verificada tendo por referência a data da posse,
salvo quando fixada em dezoito anos, hipótese em que será aferida na data-limite para o pe-
dido de registro.
Assim, para os pleiteantes ao cargo de vereador, a idade mínima constitucional (18 anos) deve
ser comprovada na data limite do pedido de registro de candidatura (15 de agosto do ano das
eleições).

(FMP CONCURSOS/2017/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-RO) Assi-


nale a alternativa CORRETA. Conforme jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral:
a) as circunstâncias fáticas e jurídicas supervenientes ao registro de candidatura que afas-
tem a inelegibilidade, somente podem ser conhecidas nas instâncias ordinárias, até a data da
diplomação, última fase do processo eleitoral, já que em algum momento as relações jurídi-
cas devem se estabilizar, sob pena de eterna litigância ao longo do mandato.

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b) as circunstâncias fáticas e jurídicas supervenientes ao registro de candidatura que afas-


tem a inelegibilidade, podem ser conhecidas em qualquer grau de jurisdição, inclusive nas
instâncias extraordinárias, até a data da diplomação, última fase do processo eleitoral, já que
em algum momento as relações jurídicas devem se estabilizar, sob pena de eterna litigância
ao longo do mandato.
c) as circunstâncias fáticas e jurídicas supervenientes ao registro de candidatura que afas-
tem a inelegibilidade, podem ser conhecidas em qualquer grau de jurisdição, inclusive nas
instâncias extraordinárias, até a data da eleição, já que em algum momento as relações jurí-
dicas devem se estabilizar, sob pena de eterna litigância ao longo do mandato.
d) as circunstâncias fáticas e jurídicas supervenientes ao registro de candidatura que afas-
tem a inelegibilidade, podem ser conhecidas em qualquer grau de jurisdição, inclusive nas
instâncias extraordinárias, até a data final para prestação de contas, última fase do processo
eleitoral, já que em algum momento as relações jurídicas devem se estabilizar, sob pena de
eterna litigância ao longo do mandato.
e) todas alternativas anteriores estão incorretas.

Letra b.
Nos termos do art. 11, § 10, da Lei n. 9.504/1997, as condições de elegibilidade e as causas
de inelegibilidade devem ser aferidas no momento da formalização do pedido de registro da
candidatura, ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que
afastem a inelegibilidade.
Atente-se para o fato de que a parte final do art. 11, § 10, da Lei n. 9.504/1997, ressalva ex-
pressamente a possibilidade de as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro
que afastem a inelegibilidade serem conhecidas no processe de registro de candidatura.
Essas causas supervenientes que beneficiam os candidatos podem ser conhecidas até o últi-
mo dia do prazo para a diplomação dos eleitos, em qualquer grau de jurisdição, inclusive nas
instâncias extraordinárias. A esse respeito:

A orientação jurisprudencial do colendo TSE é afirmativa de que os fatos supervenien-


tes à eleição, que afastem as causas de inelegibilidade listadas no art. 1º, I da LC 64/90,

***

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podem ser considerados e acolhidos, se ocorridos até o último dia do prazo para a diplo-
mação dos eleitos. Precedente: ED-REspe 166-29/MG, Rel. Min. Henrique Neves da Silva,
julgado em 7.3.2017. (REspe n. 150-56/RR, rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJe de
21.6.2017).

(MP-MA/2014/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Assinale a alternativa


correta:
a) As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no mo-
mento da formalização do pedido de registro da candidatura, sendo irrelevantes as altera-
ções, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que afastem a inelegibilidade;
b) É possível a substituição de candidatos, mas nas eleições proporcionais a substituição só
se efetivará se o novo pedido for apresentado até sessenta dias antes do pleito;
c) Nas eleições majoritárias, os candidatos podem ser registrados com o número de quais-
quer dos partidos que integrem a coligação;
d) Só podem propor a ação de impugnação de registro de candidatura um partido político,
uma coligação ou o Ministério Público;
e) Nas eleições federais, para Deputado Federal e Senador, compete ao Tribunal Superior Elei-
toral conhecer originariamente das ações de impugnação de registro de candidatura.

Letra b.
Atenção! Essa questão está desatualizada em razão da modificação legislativa produzida
pela Lei n. 12.891/2013.
a) Errada. As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no
momento da formalização do pedido de registro da candidatura, ressalvadas as alterações,
fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que afastem a inelegibilidade.
b) Certa. Tanto nas eleições majoritárias quanto nas proporcionais a substituição só se efe-
tivará se o novo pedido for apresentado até 20 dias antes do pleito, exceto em caso de faleci-
mento de candidato, quando a substituição poderá ser efetivada após esse prazo.
c) Errada. Nas eleições majoritárias, os candidatos concorrem com o número identificador do
partido ao qual estiverem filiados.

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d) Errada. A ação de impugnação ao registro de candidatura poderá ser proposta por candi-
dato, partido político, coligação e pelo Ministério Público Eleitoral.
e) Errada. Nas eleições para deputado federal e para senador, será competente para proces-
sar e julgar a ação de impugnação ao registro de candidatura, o Tribunal Regional Eleitoral do
respectivo estado.

(CESPE/2011/ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO/FUB) Acerca do processo


eleitoral brasileiro, julgue os seguintes itens.
Somente podem apresentar candidato a presidente da República os partidos políticos que
tenham tido o mínimo de 5% dos votos, em três estados, na eleição anterior para o Legislativo
Federal.

Errado.
Qualquer partido político, com registro no Tribunal Superior Eleitoral há, pelo menos, seis me-
ses antes da data das eleições, poderá lançar candidato ao cargo de presidente da República.

(CESPE/2010/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-MT) Joaquim


candidatou-se a deputado federal e teve o seu pedido de registro de candidatura deferido pela
justiça eleitoral. Quando o TRE verificou os documentos para expedição do respectivo diplo-
ma desse deputado federal, foi constatado que o candidato tinha apenas 20 anos de idade.
Com base nessa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) Os votos conferidos a Joaquim serão imediatamente anulados e o candidato mais votado,
a seguir, de qualquer partido, será convocado para a expedição do diploma.
b) Os votos conferidos a Joaquim serão válidos, mas a sua diplomação será suspensa, em
benefício do candidato mais votado do mesmo partido ou coligação.
c) Os votos conferidos a Joaquim serão nulos e, por isso, será necessário novo cômputo de
todo o quadro de eleitos.
d) Os votos conferidos a Joaquim serão considerados votos de legenda.
e) Os votos obtidos por Joaquim serão válidos, e, caso ele complete 21 anos de idade até a
data da posse, o TRE conceder-lhe-á o diploma.

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Letra e.
Nos termos do art. 11, § 2º, da Lei n. 9.504/1997, a idade mínima constitucionalmente estabe-
lecida como condição de elegibilidade é verificada tendo por referência a data da posse, salvo
quando fixada em dezoito anos, hipótese em que será aferida na data-limite para o pedido de
registro.
Desse modo, ainda que, na data da eleição ou do registro, o candidato ainda não tenha a idade
mínima constitucional, poderá ter o seu registro de candidatura deferido e o diploma expedi-
do, desde que, na data da posse, implemente a idade mínima, motivo pelo qual a alternativa
correta é a letra E.

(CESPE/2017/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PE) É vedada


a fusão de partidos políticos.
a) As causas de inelegibilidade são aferidas no momento do pedido de registro da candida-
tura, sendo vedada a alteração da decisão por alterações fáticas ou jurídicas supervenientes.
b) É vedado ao partido substituir candidato que for considerado inelegível após o termo final
do prazo do registro.
c) Para solicitar à justiça eleitoral o registro de seus candidatos, os partidos políticos terão até
as dezenove horas do dia trinta de agosto do ano em que se realizarem as eleições.
d) Entre outros documentos, o pedido de registro de candidato à justiça eleitoral deve ser ins-
truído com declaração de bens assinada pelo candidato.
e) Apenas partidos políticos podem solicitar registro de candidatos.

Letra d.
Dentre outros documentos, o art. 11, § 1º, da Lei n. 9.504/1997, exige que os cidadãos pleite-
antes a cargos eletivos, no pedido de registro de candidatura, apresentem os seguintes docu-
mentos: declaração de bens, assinada pelo candidato.
a) Errada. As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no
momento da formalização do pedido de registro da candidatura, ressalvadas as alterações,
fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que afastem a inelegibilidade.
b) Errada. É facultado ao partido ou coligação substituir candidato que for considerado inele-
gível, renunciar ou falecer após o termo final do prazo do registro ou, ainda, tiver seu registro
indeferido ou cancelado.

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c) Errada. Os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o registro de seus candida-


tos até as dezenove horas do dia 15 de agosto do ano em que se realizarem as eleições.
e) Errada. Caso o partido não apresente o pedido de registro de candidatura, o próprio can-
didato escolhido em convenção partidária poderá fazê-lo individualmente, no prazo de 48
horas, a contar da publicação da lista de candidatos.

(CESPE/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-TO) Consi-


derando a legislação que regula as convenções partidárias e as coligações, assinale a opção
correta.
a) As instâncias inferiores dos partidos dispõem de autonomia para definir a coligação mais
conveniente para seus objetivos na circunscrição em que atuam.
b) A lista dos candidatos do partido deve conter obrigatoriamente os detentores de cargos
eletivos.
c) Cada partido político poderá apresentar candidatos no total de até 150% do número de ca-
deiras a preencher, exceto nos municípios com menos de cem mil habitantes e nas unidades
da Federação que elejam doze ou menos deputados federais.
d) A reserva de candidaturas por sexo definida na lei significa que nenhum dos sexos poderá
ocupar mais de 70% e menos de 30% do número de candidaturas a que o partido tem direito.
e) As coligações celebradas nas eleições proporcionais devem replicar as coligações celebra-
das nas eleições majoritárias.

Anulada.
Nos termos do art. 7º, § 2º, da Lei n. 9.504/1997, se a convenção partidária de nível inferior se
opuser, na deliberação sobre coligações, às diretrizes legitimamente estabelecidas pelo órgão
de direção nacional, nos termos do respectivo estatuto, poderá esse órgão anular a delibera-
ção e os atos dela decorrentes.
Qualquer cidadão filiado a partido político, ocupante ou não de cargo eletivo, poderá ser esco-
lhido em convenção partidária e concorrer a cargos eletivos.
De acordo com o art. 10 da Lei n. 9.504/1997, cada partido poderá registrar candidatos para
a Câmara dos Deputados, a Câmara Legislativa, as assembleias legislativas e as câmaras
municipais no total de até 150% do número de lugares a preencher, salvo: nas unidades

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da Federação em que o número de lugares a preencher para a Câmara dos Deputados não
exceder a 12, nas quais cada partido ou coligação poderá registrar candidatos a deputado
federal e a deputado estadual ou distrital no total de até 200% das respectivas vagas.
Conforme o art. 10, § 3º, da Lei n. 9.504/1997, do número de vagas resultante das regras
previstas neste artigo, cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% e o máximo de
70% para candidaturas de cada sexo.
Desde a edição da Emenda à Constituição n. 97/2017 (Eleições 2020), não se admite a forma-
ção de coligações para as eleições proporcionais.

(CESPE/2005/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-MA) Assinale a


opção que contém conduta vedada aos agentes públicos, nos pleitos eleitorais, durante a
campanha eleitoral.
a) Ceder servidor público ou empregado da administração direta ou indireta federal, estadual
ou municipal do Poder Executivo, ou usar de seus serviços, para atuação em comitês de cam-
panha eleitoral de candidato, partido político ou coligação, durante o horário de expediente
normal, ainda que o servidor ou empregado esteja licenciado.
b) Nomear ou exonerar pessoas de cargos em comissão e designá-las ou dispensá-las de
funções de confiança, na circunscrição do pleito, nos três meses que antecedem o pleito elei-
toral até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de pleno direito.
c) Realizar, antes dos três meses que antecedem o pleito, despesas com publicidade dos ór-
gãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administra-
ção indireta, que excedam a média dos gastos nos três últimos anos que antecedem o pleito
ou do último ano imediatamente anterior à eleição, prevalecendo o limite maior.
d) Fazer, na circunscrição do pleito, revisão geral da remuneração dos servidores públicos
ainda que não exceda a recomposição da perda de seu poder aquisitivo ao longo do ano da
eleição, após 5 de julho e até a posse dos eleitos.
e) Fazer, nos três meses que antecedem o pleito, pronunciamento em cadeia de rádio e televi-
são, fora do horário eleitoral gratuito, salvo quando, a critério da justiça eleitoral, tratar-se de
matéria urgente, relevante e pertinente às funções de governo.

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Letra e.
São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas tendentes a
afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais, nos três meses
que antecedem o pleito: fazer pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, fora do horário
eleitoral gratuito, salvo quando, a critério da Justiça Eleitoral, tratar-se de matéria urgente,
relevante e característica das funções de governo.
a) Errada. Se o servidor ou empregado da administração direta ou indireta federal, estadual ou
municipal do Poder Executivo estiver licenciado não há proibição para usar os seus serviços
para comitês de campanha eleitoral de candidato, partido político ou coligação.
b) Errada. Não constitui conduta vedada a agente público nomear ou exonerar ocupantes de
cargos em comissão ou designar ou dispensar exercentes de funções de confiança, ainda que
dentro dos três meses antes da data das eleições até a posse dos eleitos.
c) Errada. Constitui conduta vedada a agente público realizar, no primeiro semestre do ano
de eleição, despesas com publicidade dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais,
ou das respectivas entidades da administração indireta, que excedam a média dos gastos no
primeiro semestre dos três últimos anos que antecedem o pleito.
d) Errada. Ainda que a partir da data de início das convenções partidárias, admite a concessão
de recomposição da perda do poder aquisitivo da remuneração de servidores públicos sem
que isso constitua conduta vedada a agente público.

(FCC/2012/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-SP) Dois can-


didatos a Vereador indicaram, no pedido de registro, além do nome completo, as variações
nominais com que desejavam ser registrados, mencionando em primeiro lugar na ordem de
preferência, o mesmo apelido. Verificou-se que ambos eram conhecidos com esse apelido em
sua vida social e profissional sendo que, anteriormente, nunca foram candidatos a nenhum
cargo eletivo. Foram notificados para chegar a um acordo em dois dias, o que não ocorreu. Em
vista disso, a Justiça Eleitoral
a) registrará cada candidato com o nome e o sobrenome constantes do pedido de registro,
observada a ordem de preferência ali definida.

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b) realizará sorteio entre os dois candidatos, em local público, com a presença destes e de
representantes dos respectivos partidos.
c) registrará os dois candidatos com o apelido indicado, acrescido dos algarismos 1 e 2.
d) indeferirá o registro dos dois candidatos, porque a identidade de nomes poderá confundir
o eleitor.
e) deferirá o registro do apelido ao candidato cujo partido político tiver maior número de filia-
dos.

Letra a.
Nos termos do art. 12 da Lei n. 9.504/1997, o candidato às eleições proporcionais indicará,
no pedido de registro, além de seu nome completo, as variações nominais com que deseja ser
registrado, até o máximo de três opções, que poderão ser o prenome, sobrenome, cognome,
nome abreviado, apelido ou nome pelo qual é mais conhecido, desde que não se estabeleça
dúvida quanto à sua identidade, não atente contra o pudor e não seja ridículo ou irreverente,
mencionando em que ordem de preferência deseja registrar-se.
Entretanto, verificada a homonímia, a definição do nome a ser registrado para as eleições ob-
servará as seguintes regras:
• havendo dúvida, poderá exigir do candidato prova de que é conhecido por dada opção
de nome, indicada no pedido de registro;
• ao candidato que, até o dia 15 de agosto do ano as eleições, esteja exercendo mandato
eletivo ou o tenha exercido nos últimos quatro anos, ou que nesse mesmo prazo se te-
nha candidatado com um dos nomes que indicou, será deferido o seu uso no registro,
ficando outros candidatos impedidos de fazer propaganda com esse mesmo nome;
• ao candidato que, pela sua vida política, social ou profissional, seja identificado por um
dado nome que tenha indicado, será deferido o registro com esse nome, ficando outros
candidatos impedidos de fazer propaganda com esse mesmo nome;
• tratando-se de candidatos cuja homonímia não se resolva por essas regras, a Justiça
Eleitoral deverá notificá-los para que, em dois dias, cheguem a acordo sobre os respec-
tivos nomes a serem usados;

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• não havendo acordo no caso do inciso anterior, a Justiça Eleitoral registrará cada can-
didato com o nome e sobrenome constantes do pedido de registro, observada a ordem
de preferência ali definida.
Assim, com base no caso hipotético, em razão de os dois pretensos candidatos, no meio
social e profissional serem conhecimentos pela mesma variação nominal e não sendo pos-
sível a formalização de acordo, cada um dos candidatos será registrado com o seu nome e o
sobrenome constantes no pedido de registro, observada a ordem de preferência ali definida.

(CESPE/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-BA) No


caso de candidato falecer no terceiro mês que antecede o pleito eleitoral, a substituição do
registro de sua candidatura deve ser requerida em até
a) dez dias antes do pleito.
b) vinte dias antes do pleito.
c) trinta dias antes do pleito.
d) vinte dias após seu falecimento.
e) dez dias após seu falecimento.

Letra e.
Atenção! Inicialmente, destaque-se a existência de uma atecnia na questão, pois afirmou que
houve falecimento de candidato faleceu três meses antes da data das eleições, ou seja, no
mês de julho. Entretanto, no mês de julho, ainda nem mesmo se iniciou o período de registro
de candidatura e não há que se falar em candidato.
Desconsiderado esse problema, em caso de falecimento de candidato, o partido ou coliga-
ções deve apresentar o pedido o pedido de substituição do candidato falecido no prazo de até
10 dias antes da data das eleições, nos termos do art. 13, §§ 1º e 3º, da Lei n. 9.504/1997,
os quais prescrevem:

Art. 13, § 1º A escolha do substituto far-se-á na forma estabelecida no estatuto do partido a que
pertencer o substituído, e o registro deverá ser requerido até 10 (dez) dias contados do fato ou da
notificação do partido da decisão judicial que deu origem à substituição.
§ 3º Tanto nas eleições majoritárias como nas proporcionais, a substituição só se efetivará se o
novo pedido for apresentado até 20 (vinte) dias antes do pleito, exceto em caso de falecimento de
candidato, quando a substituição poderá ser efetivada após esse prazo.

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(CESPE/2012/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-PA) Assinale a opção correta


em relação às eleições.
a) A substituição de candidato que seja considerado inelegível, renuncie ou faleça após o tér-
mino do prazo do registro ou, ainda, do candidato cujo registro seja indeferido ou cancelado
deverá ser requerida em até 15 dias após o fato ou após a notificação do partido da decisão
judicial que tenha dado origem à substituição.
b) O candidato cujo registro esteja sub judice não pode utilizar o horário eleitoral gratuito no
rádio ou na televisão, mas seu nome pode ser mantido na urna eletrônica, estando a validade
dos votos eventualmente a ele atribuídos condicionada ao deferimento de seu registro por
instância superior.
c) Nas eleições de 2010, aos então detentores de mandato de deputado federal, estadual ou
distrital, bem como aos que exerciam esses cargos em qualquer período da legislatura em
curso, foi assegurado o registro de candidatura para o mesmo cargo, pelo partido a que esta-
vam filiados.
d) As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no mo-
mento da formalização do pedido de registro da candidatura, ressalvadas as alterações fáti-
cas ou jurídicas supervenientes ao registro que afastem a inelegibilidade
e) O juiz eleitoral deve indeferir pedido de variação de nome de candidato a vereador coinci-
dente com nome de candidato a eleição a prefeito, ainda que o candidato esteja exercendo
mandato eletivo ou que, nos quatro anos anteriores ao pleito, tenha concorrido em eleição
com o nome coincidente.

Letra d.
De acordo com o art. 11, § 10, da Lei n. 9.504/1997, as condições de elegibilidade e as causas
de inelegibilidade devem ser aferidas no momento da formalização do pedido de registro da
candidatura, ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que
afastem a inelegibilidade.
a) Errada. Tanto nas eleições majoritárias quanto nas proporcionais, a substituição só se
efetivará se o novo pedido for apresentado até 20 dias antes do pleito, exceto em caso de fa-
lecimento de candidato, quando a substituição poderá ser efetivada após esse prazo.

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b) Errada. O candidato cujo registro esteja sub judice poderá efetuar todos os atos relativos
à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e ter
seu nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver sob essa condição, ficando a validade
dos votos a ele atribuídos condicionada ao deferimento de seu registro por instância superior.
c) Errada. Em razão da afronta ao princípio da autonomia partidária, o Supremo Tribunal Fe-
deral, no julgamento da ADI n. 2.530, liminarmente, suspendeu os efeitos da candidatura nata,
prevista no art. 8º, § 1º, da Lei n. 9.504/1997.
e) Errada. Conforme prescrição contida no art. 12, § 3º, da Lei n. 9.504/1997, a Justiça Eleito-
ral indeferirá todo pedido de variação de nome coincidente com nome de candidato a eleição
majoritária, salvo para candidato que esteja exercendo mandato eletivo ou o tenha exercido
nos últimos quatro anos, ou que, nesse mesmo prazo, tenha concorrido em eleição com o
nome coincidente.

(FCC/2011/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-CE) O registro dos can-


didatos a vereador
a) deve ser feito junto ao Tribunal Regional Eleitoral da unidade da Federação respectiva até 4
(quatro) meses antes da eleição.
b) deve ser feito perante qualquer juízo eleitoral onde o partido ao qual estiver filiado o candi-
dato possua diretório devidamente registrado.
c) far-se-á sempre em chapa única e indivisível, ainda que resulte a indicação de aliança de
partidos.
d) deve ser feito no juízo eleitoral até 6 (seis) meses antes da eleição, desde que filiado a par-
tido político na circunscrição em que concorrer.
e) deve ser dirigido ao Tribunal Regional Eleitoral nos casos em que o partido político não
possuir diretório devidamente registrado na circunscrição em que se realizar a eleição.

Letra d.
Atenção! Essa questão está desatualizada em razão das modificações promovidas pela Lei n.
13.165/2015.

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O pedido de registro de candidatura deve ser requerido à Justiça Eleitoral pelos partidos po-
líticos e coligações até as 19 horas do dia 15 de agosto do ano em que se realizarem as elei-
ções, conforme se vê no art. 11 da Lei n. 9.504/1997.
a/d/e) A competência para o registro e a cassação de registro de candidatos a vereador é do
juiz eleitoral e deve ser feito até as 19h do dia 15 de agosto do ano da eleição.
b) O pedido de registro de candidato a vereador deve ser feito perante o juiz eleitoral da zona
eleitoral correspondente à circunscrição do cargo.
c) O princípio da indivisibilidade da chapa somente é aplicável às eleições majoritárias.

(CESPE/2018/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-CE) É correto afirmar que a


inelegibilidade
a) alcança aqueles que não estejam filiados a partido político há, pelo menos, um ano antes
da eleição.
b) de candidato a presidente da República se estende ao candidato a vice-presidente da Re-
pública.
c) pode ser reconhecida de ofício pela justiça eleitoral nos processos de registro de candida-
tura.
d) obsta temporariamente a capacidade eleitoral ativa dos candidatos.
e) abrange, por força constitucional, os analfabetos, os semianalfabetos, os conscritos e os
estrangeiros.

Letra c.
De acordo com o entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral, exposto na Súmula
n. 45, nos processos de registro de candidatura, o Juiz Eleitoral pode conhecer de ofício da
existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de condição de elegibilidade, desde
que resguardados o contraditório e a ampla defesa.
a) Errada. A ausência de filiação partidária impede que o cidadão concorra às eleições em
razão do não preenchimento de uma das condições de elegibilidade.
b) Errada. A declaração de inelegibilidade do candidato à Presidência da República, gover-
nador de Estado e do Distrito Federal e prefeito não atingirá o candidato a vice-presidente,
vice-governador ou vice-prefeito, assim como a destes não atingirá aqueles.

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d) Errada. A inelegibilidade constitui causa impeditiva para o exercício dos direitos políticos
passivos.
e) Errada. Os semialfabetizados, ou seja, aqueles que, minimamente, saibam ler e escrever,
são considerados elegíveis, devendo a inelegibilidade dos analfabetos ser interpretada restri-
tivamente.

(CESPE/2016/DELEGADO DE POLÍCIA/PC-PE) Por meio de convenção estadual,


um partido político escolheu os seus candidatos aos cargos majoritário e proporcional e, no
prazo legal, solicitou seus pedidos de registros junto ao tribunal regional eleitoral competen-
te. Ao analisar a solicitação, o procurador regional eleitoral impugnou o pedido de registro de
candidatura de um candidato ao cargo de deputado federal.
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) Caso a impugnação tenha se fundamentado em não quitação de multa eleitoral do candi-
dato, o partido poderá efetuar o pagamento ou requerer o parcelamento devido, para fins de
regularizar a situação do candidato.
b) Como a legislação eleitoral não estipula prazo legal para o julgamento dos pedidos de im-
pugnação, o candidato impugnado poderá participar do pleito eleitoral até o julgamento final
do processo.
c) Caso o candidato impugnado concorra sub judice, os votos obtidos em sua candidatura
somente serão computados ao partido após o deferimento do seu registro.
d) O candidato impugnado somente poderá utilizar o horário de rádio e televisão após o defe-
rimento do seu registro.
e) O partido político poderá requerer a substituição do candidato impugnado até a véspera da
eleição, ocasião em que o tribunal regional eleitoral deverá expedir comunicados aos cartó-
rios eleitorais, para que os eleitores sejam informados, no dia da votação, sobre a substituição
ocorrida.

Letra c.
Nos termos do art. 16-A, parágrafo único, da Lei n. 9.504/1997, se um candidato concorrer às
eleições sub judice, o cômputo, para o respectivo partido ou coligação, dos votos atribuídos

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ao candidato cujo registro esteja sub judice no dia da eleição fica condicionado ao deferimen-
to do registro do candidato.
a) Errada. Conforme a prescrição contida no art. 11, § 8º, I, da Lei n. 9.504/1997, será conside-
rado quite com a Justiça Eleitoral e estará apto ao deferimento de seu registro de candidatura
o cidadão condenado ao pagamento de multa, que tenha, até a data da formalização do seu
pedido de registro de candidatura, comprovado o pagamento ou o parcelamento da dívida
regularmente cumprido. Diante dessa previsão legal, o Tribunal Superior Eleitoral editou a
Súmula n. 50 com o entendimento de que o pagamento da multa eleitoral pelo candidato ou
a comprovação do cumprimento regular de seu parcelamento após o pedido de registro, mas
antes do julgamento respectivo, afasta a ausência de quitação eleitora
b) Errada. Até 20 dias antes da data das eleições, todos os pedidos de registro de candidatos,
inclusive os impugnados e os respectivos recursos, devem estar julgados pelas instâncias
ordinárias, e publicadas as decisões a eles relativas.
d) Errada. De acordo com o art. 16-A da Lei n. 9.504/1997, o candidato cujo registro esteja sub
judice poderá efetuar todos os atos relativos à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário
eleitoral gratuito no rádio e na televisão e ter seu nome mantido na urna eletrônica enquanto
estiver sob essa condição, ficando a validade dos votos a ele atribuídos condicionada ao de-
ferimento de seu registro por instância superior.
e) Errada. Conforme o art. 13, § 3º, da Lei n. 9.504/1997, tanto nas eleições majoritárias quan-
to nas proporcionais, a substituição só se efetivará se o novo pedido for apresentado até 20
dias antes do pleito, exceto em caso de falecimento de candidato, quando a substituição po-
derá ser efetivada após esse prazo.

(VUNESP/2011/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-MG) É correto afirmar que o


candidato com pedido de registro sub judice
a) poderá prosseguir a campanha eleitoral.
b) poderá prosseguir a campanha eleitoral, exceto a participação na propaganda pelo rádio
e TV (horário gratuito), conforme recente interpretação jurisprudencial do Tribunal Superior
Eleitoral.

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c) poderá prosseguir a campanha eleitoral, exceto a divulgação da propaganda pela internet,


conforme recente interpretação jurisprudencial do Tribunal Superior Eleitoral.
d) não poderá prosseguir a campanha eleitoral.

Letra a.
Nos termos do art. 16-A da Lei n. 9.504/1997, o candidato cujo registro esteja sub judice po-
derá efetuar todos os atos relativos à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral
gratuito no rádio e na televisão e ter seu nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver
sob essa condição, ficando a validade dos votos a ele atribuídos condicionada ao deferimento
de seu registro por instância superior.
Assim, enquanto o candidato estiver com o seu registro de candidatura e até a decisão do
Tribunal Superior Eleitoral, admite-se que faça campanha eleitoral.

(FCC/2012/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TJ-RJ) Numa unida-


de da federação, o número de vagas a preencher para a Câmara dos Deputados não excede de
vinte. Formaram-se duas coligações, uma com dois e outra com três partidos políticos. Essas
coligações poderão registrar candidatos a Deputado Federal e a Deputado Estadual até o
a) número das respectivas vagas.
b) dobro das respectivas vagas.
c) dobro e o triplo das vagas, respectivamente.
d) dobro das respectivas vagas, com acréscimo de até mais cinquenta por cento.
e) quíntuplo das respectivas vagas.

Letra d.
Atenção! Essa questão está desatualizada em razão das alterações promovidas pela Emenda
Constitucional n. 97/2017, que proibiu a realização de coligações para as eleições proporcio-
nais, bem com diante das modificações produzidas pela Lei n. 13.488/2017.
De qualquer forma, destaque-se que, nas eleições proporcionais, cada partido poderá regis-
trar candidatos para a Câmara dos Deputados, a Câmara Legislativa, as assembleias legisla-
tivas e as câmaras municipais no total de até 150% do número de lugares a preencher, salvo:

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• nas unidades da Federação em que o número de lugares a preencher para a Câmara


dos Deputados não exceder a doze, nas quais cada partido ou coligação poderá regis-
trar candidatos a deputado federal e a deputado estadual ou distrital no total de até
200% das respectivas vagas;
• nos municípios de até 100 mil eleitores, nos quais cada coligação poderá registrar can-
didatos no total de até 200% do número de lugares a preencher.

(IBFC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PA) Para concorrer


às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo
prazo de seis meses e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo. Havendo
fusão ou incorporação de partidos após este prazo, será considerada, para efeito de filiação
partidária, a data de filiação do candidato ao partido de origem.

Certo.
Nos termos do art. 9º da Lei n. 9.504/1997, para concorrer às eleições, o candidato deverá
possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de seis meses e estar com
a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo. Nessa situação, havendo fusão ou incorpo-
ração de partidos após o prazo de seis meses antes da data das eleições, será considerada,
para efeito de filiação partidária, a data de filiação do candidato ao partido de origem.

(IBFC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PA) Os partidos e co-


ligações solicitarão à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos até as dezenove horas do
dia 25 de agosto do ano em que se realizarem as eleições.

Errado.
Nos termos do art. 11 da Lei n. 9.504/1997, os partidos e coligações solicitarão à Justiça
Eleitoral o registro de seus candidatos até as dezenove horas do dia 15 de agosto do ano em
que se realizarem as eleições.

(MP-SC/2019/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Nos termos da Lei Com-


plementar n. 64/1990, caberá a qualquer eleitor, candidato, partido político, coligação ou

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Ministério Público, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação do pedido de registro


do candidato, impugná-lo em petição fundamentada.

Errado.
O eleitor não tem legitimidade para impugnar o registro de candidatura. Na verdade, nos ter-
mos do art. 3º da Lei Complementar n. 64/1990, caberá a qualquer candidato, a partido po-
lítico, coligação ou ao Ministério Público, no prazo de cinco dias, contados da publicação do
pedido de registro de candidato, impugná-lo em petição fundamentada.

(CESPE/2019/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-BA) O encerramento do prazo


de inelegibilidade antes do dia da eleição afasta inelegibilidade que for constatada no mo-
mento da formalização do pedido de registro de candidatura.

Certo.
De acordo com o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral contido na Súmula n. 70, o en-
cerramento do prazo de inelegibilidade antes do dia da eleição constitui fato superveniente
que afasta a inelegibilidade, nos termos do art. 11, § 10, da Lei n. 9.504/1997.

(MP-PR/2019/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Não compete à Justiça


Eleitoral, em processo de registro de candidatura, verificar a prescrição da pretensão punitiva
ou executória do candidato e declarar a extinção da pena imposta pela Justiça Comum.

Certo.
De acordo com o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral contido na Súmula n. 58, não
compete à Justiça Eleitoral, em processo de registro de candidatura, verificar a prescrição da
pretensão punitiva ou executória do candidato e declarar a extinção da pena imposta pela
Justiça comum.

(MP-PR/2019/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Em registro de candida-


tura, não cabe examinar o acerto ou desacerto da decisão que examinou, em processo espe-
cífico, a filiação partidária do eleitor.

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Certo.
De acordo com o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral contido na Súmula n. 52, em
registro de candidatura, não cabe examinar o acerto ou desacerto da decisão que examinou,
em processo específico, a filiação partidária do eleitor.

(FUNRIO/2018/PROCURADOR/AL-RR) Os partidos e coligações solicitarão à


Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos até as dezenove horas do dia 15 de agosto do
ano em que se realizarem as eleições.
Assim, o pedido de registro deverá conter, obrigatoriamente, um dos seguintes documentos:
a) certificado de reservista.
b) certidão de quitação eleitoral.
c) passaporte.
d) certificado de conclusão do Ensino Médio.

Letra b.
Dentre outros documentos, o art. 11, § 1º, VI, da Lei n. 9.504/1997, dispõe que os candidatos
devem apresentar a certidão de quitação eleitoral no momento de formalização do pedido de
registro de candidatura.
Os demais documentos mencionados na questão não são exigidos para a registrabilidade do
candidato a cargo eletivo.

(FCC/2018/PROCURADOR LEGISLATIVO/CLDF) A respeito do processo de re-


gistro de candidatura, é correto afirmar que
a) a Carteira Nacional de Habilitação não gera presunção da escolaridade necessária ao de-
ferimento do registro de candidatura.
b) pode ser examinado o acerto ou desacerto da decisão que examinou, em processo especí-
fico, a filiação partidária do eleitor.
c) a comprovação do cumprimento regular do parcelamento do pagamento de multa eleitoral
pelo candidato após o pedido de registro, mas antes do respectivo julgamento, afasta a au-
sência de quitação eleitoral.

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Lei n. 9.504/1997: Registro da Candidatura
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d) o partido que não impugnou o registro de candidato tem legitimidade para recorrer da sen-
tença que o deferiu, mesmo se não se cuidar de matéria constitucional.
e) é obrigatória a formação de litisconsorte passivo necessário entre o candidato cujo registro
foi impugnado e o partido a que pertence.

Letra c.
De acordo com o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral contido na Súmula n. 50, o pa-
gamento da multa eleitoral pelo candidato ou a comprovação do cumprimento regular de seu
parcelamento após o pedido de registro, mas antes do julgamento respectivo, afasta a ausên-
cia de quitação eleitoral.
a) Errada. Segundo o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral contido na Súmula n. 55,
a Carteira Nacional de Habilitação gera a presunção da escolaridade necessária ao deferi-
mento do registro de candidatura.
b) Errada. Nos termos do entendimento do TSE contido na Súmula n. 41, não cabe à Justiça
Eleitoral decidir sobre o acerto ou desacerto das decisões proferidas por outros órgãos do
Judiciário ou dos Tribunais de Contas que configurem causa de inelegibilidade.
d) Errada. No processo de registro de candidatos, o partido que não o impugnou não tem legi-
timidade para recorrer da sentença que o deferiu, salvo se se cuidar de matéria constitucional
(Súmula n. 11 do Tribunal Superior Eleitoral).
e) Errada. Não há formação de litisconsórcio necessário em processos de registro de candi-
datura (Súmula n. 39 do Tribunal Superior Eleitoral).

(FGV/2018/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO/ÁREA JURÍDICA/MP-AL) O


partido político Alfa requereu, à Justiça Eleitoral, o registro de candidatura de Pedro e Jaime
para concorrerem, respectivamente, aos cargos de Prefeito e Vice-Prefeito do Município Alfa.
Foi comprovado que estavam filiados ao partido político Alfa há seis meses, mesmo período
em que mantinham domicílio na respectiva circunscrição eleitoral. O requerimento de registro
não foi objeto de qualquer impugnação, sendo, ao final, deferido pelo Juiz Eleitoral. Por en-
tender que Pedro e Jaime não preenchiam os requisitos exigidos pela legislação de regência,

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o partido político Beta, que também tinha candidatos registrados, interpôs recurso. Conside-
rando a sistemática estabelecida pela ordem jurídica, é correto afirmar que Pedro e Jaime
a) não preencheram apenas o requisito do tempo de filiação partidária e o partido político
Beta não tem legitimidade para interpor o recurso.
b) não preencheram os requisitos do tempo de filiação partidária e de domicílio na circunscri-
ção e o partido político Beta não tem legitimidade para interpor o recurso.
c) não preencheram os requisitos do tempo de filiação partidária e de domicílio na circunscri-
ção e o partido político Beta tem legitimidade para interpor o recurso.
d) preencheram os requisitos do tempo de filiação partidária e de domicílio na circunscrição
e o partido político Beta não tem legitimidade para interpor o recurso.
e) preencheram os requisitos do tempo de filiação partidária e de domicílio na circunscrição e
o partido político Beta tem legitimidade para interpor o recurso.

Letra d.
Para concorrer a cargos públicos eletivos, exige-se que, dentre outras condições de elegibili-
dade, o cidadão tenha filiação partidária pelo prazo de, pelo menos, seis meses antes da data
das eleições, assim como domicílio eleitoral na circunscrição do cargo por igual período.
Assim, Pedro e Jaime preencheram essas condições de elegibilidade e, se não houver outros
óbices ao exercício da elegibilidade, devem ter o deferimento de seus registros de candidatu-
ra.
Entretanto, em razão de o registro de candidatura não ter sigo impugnado, não se admite a in-
terposição de recurso por partidos políticos, nos termos do entendimento contido na Súmula
n. 11 do Tribunal Superior Eleitoral.

(FUNDATEC/2018/PROCURADOR/AL-RS) De acordo com a Lei n. 9.504/1997,


em relação ao registro de candidatos, analise as assertivas abaixo:
I – A idade mínima constitucionalmente estabelecida como condição de elegibilidade é
verificada tendo por referência a data da posse.
II – É vedado o registro de candidatura avulsa, ainda que o requerente tenha filiação par-
tidária.

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Lei n. 9.504/1997: Registro da Candidatura
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III – Na hipótese de o partido ou coligação não requerer o registro de seus candidatos,


estes poderão fazê-lo perante a Justiça Eleitoral, observado o prazo máximo de vinte
e quatro horas seguintes à publicação da lista dos candidatos pela Justiça Eleitoral.

Quais estão corretas?


a) Apenas I.
b) Apenas II.
c )Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.

Letra b.
I – Errado. Nos termos do art. 11, § 2º, da Lei n. 9.504/1997, a idade mínima constitucional-
mente estabelecida como condição de elegibilidade é verificada tendo por referência a data
da posse, salvo quando fixada em dezoito anos, hipótese em que será aferida na data-limite
para o pedido de registro.
II – Certo. De acordo com o art. 11, § 14, da Lei n. 9.504/1997, é vedado o registro de candi-
datura avulsa, ainda que o requerente tenha filiação partidária.
III – Certo. Conforme o § 4º do art. 11 da Lei n. 9.504/1997, na hipótese de o partido ou co-
ligação não requerer o registro de seus candidatos, estes poderão fazê-lo perante a Justiça
Eleitoral, observado o prazo máximo de quarenta e oito horas seguintes à publicação da lista
dos candidatos pela Justiça Eleitoral.

(FGV/2018/ADVOGADO LEGISLATIVO/CÂMARA DE SALVADOR-BA) Em razão da


negativa do seu partido político em cumprir o deliberado em convenção partidária e regis-
trá-lo como candidato a vereador nas eleições municipais, João requereu o seu registro 24
horas após a publicação da lista de candidatos pela Justiça Federal. Na ocasião, comprovou
ter domicílio eleitoral na circunscrição e estar filiado ao partido há nove meses. A direção do
partido, por sua vez, informou à Justiça Eleitoral que o registro não foi realizado pelo fato de
João não ter domicílio eleitoral na circunscrição há pelo menos um ano e não estar filiado ao
partido pelo mesmo lapso.

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À luz da legislação eleitoral vigente, preenchidos os demais requisitos exigidos, o registro de


João deve ser:
a) indeferido, pois João não tem legitimidade para requerer o registro de sua candidatura di-
retamente à Justiça Eleitoral;
b) deferido, pois João preencheu os requisitos exigidos e poderia requerer o registro nas cir-
cunstâncias indicadas;
c) indeferido, pois João não tem domicílio eleitoral na circunscrição há, no mínimo, um ano;
d) deferido, desde que o partido político venha a ratificar o requerimento de João;
e) indeferido, pois João não está filiado ao partido político há, no mínimo, um ano.

Letra b.
Nos termos do art. 9º da Lei n. 9.504/1997, para concorrer às eleições, o candidato deverá
possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de seis meses e estar com
a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo.
Assim, em razão de João, além dos demais requisitos, preencher tais condições de elegibili-
dade, o seu registro de candidatura deve ser deferido.
Por sua vez, se, apesar de escolhido em convenção partidária, o partido ao qual é filiado não
formular o seu pedido de registro de candidatura, João poderá fazê-lo perante a Justiça Elei-
toral, observado o prazo máximo de quarenta e oito horas seguintes à publicação da lista dos
candidatos pela Justiça Eleitoral.

(CESPE/2017/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-TO) O regis-


tro de candidatura de determinado prefeito eleito em primeiro turno havia sido impugnado
perante a justiça eleitoral. Passados dezoito meses depois de o prefeito ter sido investido no
cargo, o registro foi declarado indeferido, com trânsito em julgado da sentença.
A respeito dessa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) O presidente da câmara de vereadores deverá assumir interinamente o cargo de prefeito.
b) A coligação partidária ou o partido que elegeu o prefeito suportará os ônus em caso de
novas eleições.

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c) O procurador regional poderá adotar providências para garantir a realização de novas elei-
ções diretas no caso de inércia do tribunal regional.
d) O TSE detém competência exclusiva para decidir sobre a ocorrência e a forma das novas
eleições.
e) A ocorrência de novas eleições depende do número de votos anulados.

Letra c.
O indeferimento do registro de candidatura de candidato eleito para cargo majoritário mu-
nicipal tem como consequência a necessidade de realização de novas eleições. Se houver
omissão do Tribunal Regional Eleitoral em adotar as medidas necessárias para a ocorrên-
cia do novo pleito, o procurador deve levar o fato ao conhecimento do procurador-geral, que
providenciará junto ao Tribunal Superior para que seja marcada imediatamente nova eleição
(art. 224, § 1º, do Código Eleitoral).
a) Errada. Em caso de necessidade de convocação de substituto do chefe do Poder Executivo
local, deve-se observar as disposições contidas na lei orgânica do respectivo município e,
diante da autonomia municipal, não há a obrigatoriedade de que o substituto seja o presiden-
te da Câmara Municipal.
b) Errada. Em caso de realização de novas eleições, as despesas correrão por conta da Jus-
tiça Eleitoral.
d) Errada. A realização de eleições suplementares municipais deve-se realizar na forma e na
data definida pelo respectivo Tribunal Regional Eleitoral.
e) Errada. O indeferimento do registro de candidatura de prefeito e de governador tem como
consequência a realização de novas eleições.

(FCC/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO/ANÁLISE DE SISTEMAS/TRE-PR) Considere:


I – Fúlvio deseja candidatar-se a Prefeito.
II – Flávio deseja candidatar-se a Senador.
III – Amaury deseja candidatar-se a Vice-Presidente da República.

Supondo-se presentes os pressupostos para tanto, de acordo com o Código Eleitoral, o regis-
tro de Fúlvio deverá ser processado e julgado, originariamente, pelo

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a) Juiz Eleitoral, assim como o de Flávio; e o de Amaury perante o Tribunal Regional Eleitoral
competente.
b) Tribunal Regional Eleitoral competente; o de Flávio perante o Tribunal Regional Eleitoral
competente; e o de Amaury perante o Tribunal Superior Eleitoral.
c) Juiz Eleitoral; o de Flávio e o de Amaury perante o Tribunal Superior Eleitoral.
d) Juiz Eleitoral; o de Flávio e o de Amaury perante o Tribunal Regional Eleitoral.
e) Juiz Eleitoral; o de Flávio perante o Tribunal Regional Eleitoral competente; e o de Amaury
perante o Tribunal Superior Eleitoral.

Letra e.
I – Fúlvio deseja candidatar-se a prefeito – assim, o seu registro de candidatura deve ser pro-
cessado e julgado perante o juiz eleitoral.
II – Flávio deseja candidatar-se a senador – desse modo, o seu registro de candidatura deve
ser processado e julgado perante o Tribunal Regional Eleitoral.
III – Amaury deseja candidatar-se a vice-presidente da República – por essa razão, o seu
registro de candidatura deve ser processado e julgado perante o Tribunal Superior Eleitoral.
A partir da análise dessas situações fáticas, conclui-se que a alternativa correta é a letra “e”.

(FCC/2017/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PR) Na aula de


Direito Eleitoral, Janete sustenta, com razão, que é entendimento sumulado do Tribunal Supe-
rior Eleitoral que, nos processos de registro de candidatura, o juiz eleitoral
a) pode conhecer de ofício apenas da ausência de condição de elegibilidade, desde que res-
guardados o contraditório e a ampla defesa.
b) pode conhecer de ofício apenas da existência de causas de inelegibilidade, desde que res-
guardados o contraditório e a ampla defesa.
c) pode conhecer de ofício da existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de con-
dição de elegibilidade, desde que resguardados o contraditório e a ampla defesa.
d) não pode conhecer de ofício da existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de
condição de elegibilidade.

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e) pode conhecer de ofício e indeferir de imediato o registro requerido apenas quando houver
ausência de condição de elegibilidade, sem necessidade de assegurar o contraditório e a am-
pla defesa.

Letra c.
Nos termos do entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral, contido na Súmula n.
45, nos processos de registro de candidatura, o juiz eleitoral pode conhecer de ofício da exis-
tência de causas de inelegibilidade ou da ausência de condição de elegibilidade, desde que
resguardados o contraditório e a ampla defesa.

(FMP CONCURSOS/2017/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-RO) Assi-


nale a alternativa CORRETA. Conforme jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral:
a) as circunstâncias fáticas e jurídicas supervenientes ao registro de candidatura que afas-
tem a inelegibilidade, somente podem ser conhecidas nas instâncias ordinárias, até a data da
diplomação, última fase do processo eleitoral, já que em algum momento as relações jurídi-
cas devem se estabilizar, sob pena de eterna litigância ao longo do mandato.
b) as circunstâncias fáticas e jurídicas supervenientes ao registro de candidatura que afas-
tem a inelegibilidade, podem ser conhecidas em qualquer grau de jurisdição, inclusive nas
instâncias extraordinárias, até a data da diplomação, última fase do processo eleitoral, já que
em algum momento as relações jurídicas devem se estabilizar, sob pena de eterna litigância
ao longo do mandato.
c) as circunstâncias fáticas e jurídicas supervenientes ao registro de candidatura que afas-
tem a inelegibilidade, podem ser conhecidas em qualquer grau de jurisdição, inclusive nas
instâncias extraordinárias, até a data da eleição, já que em algum momento as relações jurí-
dicas devem se estabilizar, sob pena de eterna litigância ao longo do mandato.
d) as circunstâncias fáticas e jurídicas supervenientes ao registro de candidatura que afas-
tem a inelegibilidade, podem ser conhecidas em qualquer grau de jurisdição, inclusive nas
instâncias extraordinárias, até a data final para prestação de contas, última fase do processo
eleitoral, já que em algum momento as relações jurídicas devem se estabilizar, sob pena de
eterna litigância ao longo do mandato.
e) todas alternativas anteriores estão incorretas.

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Letra b.
Nos termos do entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral:

Nos termos da jurisprudência pacífica desta Corte Especial, em processo de registro de


candidatura, “as circunstâncias fáticas e jurídicas supervenientes ao registro de candi-
datura que afastem a inelegibilidade, com fundamento no que preceitua o art. 11, § 10,
da Lei n. 9.504/97, podem ser conhecidas em qualquer grau de jurisdição, inclusive nas
instâncias extraordinárias, até a data da diplomação, última fase do processo eleitoral,
já que em algum momento as relações jurídicas devem se estabilizar, sob pena de eterna
litigância ao longo do mandato. (RO n. 060042728, Rel. Min. Tarcísio Vieira de Carvalho
Neto, PSESS em 13.11.2018).

(MPR-PR/2017/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Nos processos de re-


gistro de candidatura, o juiz eleitoral pode conhecer de ofício da existência de causas de
inelegibilidade ou da ausência de condição de elegibilidade, desde que resguardados o con-
traditório e a ampla defesa.

Certo.
Conforme o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral, encartado na Súmula n. 45, “nos
processos de registro de candidatura, o Juiz Eleitoral pode conhecer de ofício da existência
de causas de inelegibilidade ou da ausência de condição de elegibilidade, desde que resguar-
dados o contraditório e a ampla defesa”.

(FUNDEP/2017/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-MG) O ordenamen-


to jurídico brasileiro não admite a candidatura de pessoa que não tenha sido aprovada em
convenção partidária.

Errado.
Em caso de candidatos escolhidos para as vagas remanescentes, a escolha caberá aos ór-
gãos de direção dos partidos políticos. Assim, nessa situação, candidatos que não foram

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escolhidos em convenção partidária, mas sim pelos órgãos de direção partidária, poderão
participar das eleições.

(FUNDEP/2017/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-MG) O percentual


de gênero, dentro da temática do registro de candidaturas, pode deixar de ser observado na
hipótese de substituição de candidatos.

Errado.
Conforme o entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral:

A conclusão regional está em harmonia com a jurisprudência deste Tribunal Superior,


segundo a qual, não ultrapassado o prazo para substituição, “os percentuais de gênero
previstos no art. 10, § 3º, da Lei n. 9.504/97 devem ser observados tanto no momento
do registro da candidatura, quanto em eventual preenchimento de vagas remanescen-
tes ou na substituição de candidatos” (REspe n. 214-98/RS, rel. Min. Henrique Neves
da Silva, julgado em 23.5.2013). (RESPE n. 160892, Rel. Min. Gilmar Mendes, PSESS em
11.11.2014).

(CESPE/2017/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PE) Quanto a


registros de candidatos, assinale a opção correta.
a) As causas de inelegibilidade são aferidas no momento do pedido de registro da candida-
tura, sendo vedada a alteração da decisão por alterações fáticas ou jurídicas supervenientes.
b) É vedado ao partido substituir candidato que for considerado inelegível após o termo final
do prazo do registro.
c) Para solicitar à justiça eleitoral o registro de seus candidatos, os partidos políticos terão até
as dezenove horas do dia trinta de agosto do ano em que se realizarem as eleições.
d) Entre outros documentos, o pedido de registro de candidato à justiça eleitoral deve ser ins-
truído com declaração de bens assinada pelo candidato.
e) Apenas partidos políticos podem solicitar registro de candidatos.

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Letra d.
Nos termos do art. 11, § 1º, IV, da Lei n. 9.504/1997, dentre outros, O pedido de registro deve
ser instruído com os seguintes documentos: declaração de bens, assinada pelo candidato.
a) Errada. De acordo com o art. 11, § 10, da Lei n. 9.504/1997, as condições de elegibilidade
e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no momento da formalização do pedido de
registro da candidatura, ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao
registro que afastem a inelegibilidade.
b) Errada. Conforme o art. 13 da Lei n. 9.504/1997, é facultado ao partido ou coligação substi-
tuir candidato que for considerado inelegível, renunciar ou falecer após o termo final do prazo
do registro ou, ainda, tiver seu registro indeferido ou cancelado.
c) Errada. Segundo o art. 11, caput da Lei n. 9.504/1997, os partidos e coligações solicitarão à
Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos até as dezenove horas do dia 15 de agosto do
ano em que se realizarem as eleições.
e) Errada. Para o § 4º do art. 11 da Lei n. 9.504/1997, na hipótese de o partido ou coligação
não requerer o registro de seus candidatos, estes poderão fazê-lo perante a Justiça Eleitoral,
observado o prazo máximo de quarenta e oito horas seguintes à publicação da lista dos can-
didatos pela Justiça Eleitoral.

(FCC/2016/CONSULTOR LEGISLATIVO/AL-MS) Jair pretende candidatar-se ao


cargo de vereador e completará 18 anos um dia após a data-limite para o pedido de registro
da candidatura. Neste caso, Jair
a) poderá candidatar-se, pois completa dezoito anos antes do dia do pleito que ocorrerá no
primeiro domingo de outubro do ano eleitoral.
b) poderá candidatar-se, pois a idade mínima constitucionalmente estabelecida como condi-
ção de elegibilidade é verificada tendo por referência a data da posse.
c) apenas poderá candidatar-se se for emancipado, pois os menores de dezoito anos são
inelegíveis.
d) não poderá se candidatar, pois a idade mínima constitucionalmente estabelecida como
condição de elegibilidade será aferida na data-limite para o pedido de registro.

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e) não poderá se candidatar pois a idade mínima constitucionalmente prevista para uma pes-
soa eleger-se ao cargo de vereador é vinte e um anos de idade.

Letra a.
Nos termos do art. 11, § 2º, da Lei n. 9.504/1997, a idade mínima constitucionalmente estabe-
lecida como condição de elegibilidade é verificada tendo por referência a data da posse, salvo
quando fixada em dezoito anos, hipótese em que será aferida na data-limite para o pedido de
registro.
Assim, em razão de Jair pretender concorrer ao cargo de vereador, cargo para o qual a idade
mínima é de dezoito anos, deveria ter completado a idade mínima constitucional até a data
limite para o registro de candidato.

(CESPE/2016/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-AM) Considerando que, em um


estado da Federação com direito a eleger vinte deputados federais, um partido político re-
gularmente inscrito participará das eleições sem estar coligado a nenhum outro, assinale a
opção que apresenta uma quantidade correta de candidatos que poderão concorrer ao cargo
de deputado(a) federal pelo referido partido.
a) vinte homens – vinte mulheres
b) nove homens – vinte e uma mulheres
c) vinte homens – duas mulheres
d) vinte e dois homens – oito mulheres
e) trinta homens – dez mulheres

Letra b.
Nos estados da federação em que o número de deputados federais forem em número superior
a 12, cada partido poderá apresentar candidatos correspondentes até 150% do número de
lugares a preencher.
Assim, se há vinte vagas de deputados federais, cada partido poderá apresentar até trinta
candidatos. Desse total, deve-se respeitar os percentuais mínimos e máximo de candidatura
de cada gênero, conforme se vê na disposição contida no art. 10, § 3º, da Lei n. 9.504/1997:

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Art. 10, § 3º Do número de vagas resultante das regras previstas neste artigo, cada partido ou co-
ligação preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para
candidaturas de cada sexo.

Por essa disposição, no caso apresentado, cada partido, se apresentar o número máximo de
candidatos, deverá apresentar, no mínimo, nove candidatos de um gênero e vinte e um candi-
datos de outro gênero.

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REFERÊNCIAS

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BARROS, Francisco Dirceu. Direito Eleitoral: teoria, jurisprudência e mais de 1000 questões
comentadas. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

BRANCO, Tatiana Coutinho Castelo, CARVALHEDO, Marcos, KALKAMANN, Tiago. Súmulas do


TSE Comentadas. Ed. Lura Editorial. São Paulo. 2017.

CÂNDIDO, Joel J. Direito Eleitoral Brasileiro. 12. ed. rev., atual. e ampl. Bauru: Edipro, 2006.

CERQUEIRA, Thales Tácito Pontes Luz de Pádua. CERQUEIRA, Camila Medeiros de Albuquer-
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COÊLHO, Marcus Vinicius Furtado. Direito Eleitoral e Processo Eleitoral – Direito Penal Eleitoral
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COSTA, Adriano Soares da. Instituições de Direito Eleitoral. 7. ed. rev., atual. e ampl. Rio de Ja-
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DIDIER JR., Fredie. CUNHA, Leonardo José Carneiro da. Curso de Direito Processual Civil:
Meios de Impugnação às decisões judiciais e processo nos tribunais. 5. ed. rev., atual. e ampl.
Salvador: JusPodivm, 2008.

GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. 3. ed. rev. e atual. Belo Horizonte: Del Rey, 2008.

RAMAYANA, Marcos. Direito Eleitoral. 8. ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Impetus, 2008.

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Paulo: Saraiva, 2009.

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ZILIO, Rodrigo López. Direito Eleitoral: noções preliminares, elegibilidade e inelegibilidade,


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