Você está na página 1de 77

DIREITO

ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Lei n. 9.504/1997 – Disposições Gerais..............................................................................................................5
1. Considerações Iniciais...............................................................................................................................................5
2. Lei das Eleições: Disposições Gerais...............................................................................................................6
3. Princípio da Unicidade da Chapa. . .......................................................................................................................8
4. Convenções Partidárias. . ........................................................................................................................................11
4.1. Data da Realização das Convenções Partidárias................................................................................12
4.3. Formalidades e Registro na Justiça Eleitoral das Deliberações das Convenções
Partidárias..........................................................................................................................................................................14
4.4. As Convenções Partidárias e o Princípio da Autonomia Partidária.........................................15
5. Coligações Partidárias...........................................................................................................................................17
5.1. Verticalização das Coligações Partidárias..............................................................................................18
5.2. Coligações Partidárias e os Sistemas Eleitorais................................................................................19
5.3. Diretrizes para Formação das Coligações Partidárias...................................................................20
5.4. Formação das Coligações Partidárias...................................................................................................... 22
5.5. Denominação das Coligações Partidárias. ............................................................................................. 24
5.6. Legitimidade das Coligações Partidárias para Atuar no Processo Eleitoral....................25
5.7. Federações de Partidos.. ...................................................................................................................................25
6. Escolha de Candidatos em Convenção. ........................................................................................................27
7. Vagas Remanescentes.. .........................................................................................................................................29
8. Identificação Numérica dos Candidatos. ......................................................................................................31
9. Propaganda Intrapartidária. . ..............................................................................................................................32
Resumo................................................................................................................................................................................35
Questões de Concurso.................................................................................................................................................41
Gabarito...............................................................................................................................................................................52
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................53
Referências........................................................................................................................................................................ 76

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 2 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Apresentação
Querido(a) aluno(a), tudo bem?
Em nossa aula de hoje, iniciamos o estudo da Lei n. 9.504/1997, mais conhecida como Lei
das Eleições, que estabelece as normas gerais para a realização das eleições no país. Esse
texto legal cuida especificamente dos seguintes temas:
• disposições gerais sobre a realização das eleições;
• convenções partidárias;
• coligações;
• registro de candidatura;
• arrecadação de recursos para campanhas eleitorais;
• prestação de contas nas campanhas eleitorais;
• pesquisas e testes eleitorais;
• propaganda eleitoral;
• propaganda intrapartidária;
• captação ilícita de sufrágio;
• sistema eletrônico de votação;
• condutas vedadas a agentes públicos.

Até o ano de 1997, o Congresso Nacional editava uma lei específica para cada pleito, fato
que gerava insegurança, instabilidade e impedia a formação de uma jurisprudência sobre a
aplicação das diversas normas relativas às fases do processo eleitoral.
Não obstante a Lei n. 9.504/1997 tenha sido objeto de constantes modificações desde a
sua edição, promovidas pelas Leis n. 11.300/2006, 12.034/2009, 12.891/2013, 13.165/2015,
13487/2017 e 13.488/2017, não há dúvidas de que ela trouxe mais previsibilidade para os
atores do processo eleitoral – partidos, candidatos e eleitores –, os quais podem, com antece-
dência, colocar em prática suas estratégias para alcançar o poder.
Na aula de hoje, estudaremos: (i) as disposições gerais da lei; (ii) as convenções partidá-
rias para a escolha de candidatos e a formação de coligações; (iii) as vagas remanescentes;
(iv) a substituição de candidato; e (v) a propaganda intrapartidária.
Saliento que nosso estudo se encontra atualizado com as resoluções do TSE e com as
mais recentes alterações legislativas ocorridas em 2021.
Além da legislação de vigência, traremos à colação, como sói acontecer, diversos julgados,
especialmente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF), a fim
de deixá-lo preparado para enfrentar qualquer questão acerca da matéria.
Nessa aula, em razão da menor incidência dessa parte da matéria em questões de concur-
sos, teremos menos questões em nossa parte final da aula. Na verdade, preparamos um mix
de quarenta questões, devidamente comentadas sobre os diversos assuntos que em seguida
trataremos, as quais são suficientes para que você compreenda a forma da cobrança desses
temas pelas Bancas Examinadoras.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 3 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Por fim, ressaltamos que nosso estudo está atualizado com o texto das recentes leis
eleitorais editadas em 2021 e alterações promovidas pelo TSE nas resoluções para as elei-
ções de 2022.
Em relação à atuação regulamentar do TSE, faço o registro de que o Tribunal não editou
novas resoluções para as eleições de 2022, somente atualizou as editadas para as eleições de
2020, que como já sabemos são de caráter permanente.
Está preparado(a)?
Sem demoras, vamos lá!

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 4 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

LEI N. 9.504/1997 – DISPOSIÇÕES GERAIS


1. Considerações Iniciais
Para cada eleição realizada no Brasil, o legislador editava uma lei, a qual estabelecia as re-
gras a serem observadas naquele pleito. Essa sistemática padecia de um sério problema, qual
seja: o legislador era frequentemente influenciado pelo grupo político dominante à época da sua
edição, surgindo daí diplomas normativos casuísticos, os quais, em vez de regular o processo
eleitoral, acabavam por legalizar situações esdrúxulas que comprometiam a lisura do pleito.
Com a finalidade de evitar a prática desses casuísmos e garantir maior isonomia e segu-
rança jurídica na realização das eleições, foi editada a Lei n. 9.504/1997 – denominada de Lei
das Eleições, com o propósito de disciplinar todas as eleições vindouras.
A par da existência dessa lei, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base nos art. 1º, pa-
rágrafo único, do Código Eleitoral e art. 105 da própria Lei das Eleições, expede, até o dia 5 de
março do ano da eleição, instruções necessárias para a fiel execução dos dispositivos da Lei
das Eleições. Nesse passo, o TSE confecciona as seguintes resoluções: calendário eleitoral,
atos gerais, registro de candidatura, propaganda eleitoral, representações, reclamações e direi-
to de resposta, prestação de contas.
No processo de construção dessas instruções, o TSE, sem se afastar do texto legal, insere
no texto regulamentar as novidades legislativas, bem como sua consolidada jurisprudência.
Realiza, também, audiências públicas nas quais a sociedade civil, por meio da Ordem dos Ad-
vogados do Brasil (OAB), institutos formados por especialistas em Direito Eleitoral, como o
Instituto Brasileiro de Direito Eleitoral (IBRADE), delegados de partidos políticos, acadêmicos,
entre outros, tem a oportunidade de apresentar sugestões para a formação e aperfeiçoamento
dessas normas.
No exercício desse papel regulamentar, o TSE não pode contrariar a Lei das Eleições, nem
inovar na ordem jurídica, pois, de acordo com o princípio da legalidade, somente por meio de
lei em sentido formal admite-se a criação de obrigações ou a restrição de direitos.
Noutro giro, essas resoluções buscam também uniformizar o entendimento acerca da
aplicação de regras eleitorais em todo o País, uma vez tais normativos são de competência
exclusiva do TSE e devem ser observados por todos os órgãos da Justiça Eleitoral. Nesse sen-
tido, confira:

ELEIÇÕES 2014. REGISTRO DE CANDIDATURA. PLENO EXERCÍCIO DOS DIREITOS POLÍTI-


COS. CERTIDÃO CRIMINAL.
1. A competência para baixar instruções sobre o registro de candidatura, especificando
sobre os documentos necessários previstos na legislação e procedimentos a serem
observados, é exclusiva do Tribunal Superior Eleitoral, a teor do que dispõem o art. 105 da
Lei n. 9.504/1997 e art. 23, IX, do CE.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 5 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

2. É nula a Resolução n. 885, do TRE/RJ, que dispõe sobre o processamento dos regis-
tros de candidatura relativos às eleições de 2014, matéria já regulamentada pelo Tribunal
Superior Eleitoral na Res.-TSE n. 23.405.
(REspe n. 647-70/RJ, rel. Min. Henrique Neves da Silva, PSESS de 9.9.2014).

Até as eleições de 2018, essas resoluções eram confeccionadas a cada pleito. Contudo,
para as eleições de 2020, o TSE modificou essa sistemática e, a exemplo da Lei das Eleições
que adquiriu caráter permanente, editou resoluções para regulamentar todos os pleitos vin-
douros, não se restringindo a regulamentar apenas o de 2020. Evidentemente que não há ne-
nhuma vedação à atualização do texto regulamentar a cada pleito. Todavia, friso, não haverá
a produção de uma nova resolução, como outrora acontecia, apenas modificações ao texto
permanente.

2. Lei das Eleições: Disposições Gerais


As disposições gerais da Lei das Eleições estão dispostas no art. 1º até o art. 5º.
O art. 1º da Lei n. 9.504/1997 estabelece que eleições para todos os cargos eletivos – de
Presidente da República a Vereador – realizam-se em todo o país, no primeiro domingo de ou-
tubro de ano eleitoral.
Na sequência, dispõe que são simultâneas as eleições para os cargos de Presidente e
Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal,
Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual e Deputado Distrital. As eleições para os car-
gos de Vereador, Prefeito e Vice-Prefeito são realizadas em anos distintos dos demais cargos.
Realizadas as eleições, serão considerados eleitos para os cargos de Presidente e Gover-
nador, com os respectivos vices, os que obtiverem maioria absoluta de votos, não computados
os em branco e os nulos. Se nenhum candidato alcançar a maioria absoluta na primeira vota-
ção, ocorrida no primeiro domingo de outubro, será feita nova eleição no último domingo do
referido mês, concorrendo os dois candidatos mais votados, na qual será eleito o que obtiver
a maioria relativa dos votos.
Essa regra, que exige a realização do 2º turno caso nenhum candidato obtenha a maioria
absoluta, aplica-se ao cargo de prefeito, mas somente naqueles municípios com mais de 200
mil eleitores. Em municípios que preencham esse requisito a eleição se resolve no 1º turno,
eleito o que obtiver a maioria relativa dos votos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 6 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Confira o quadro resumo:

CARGOS REQUISITOS

Presidente e Governador 1) Nenhum candidato alcançou maioria absoluta

Nenhum candidato alcançou maioria absoluta


Prefeito
Município com mais de 200 mil eleitores

Vale a pena lembrar que por maioria absoluta entende-se o primeiro número inteiro acima
da metade do eleitorado. É equivocado conceituar a expressão “maioria absoluta” como sendo
a metade mais um. Veja que se o número de eleitores for de 1.001, a maioria absoluta é de
501, e não 501,5, produto advindo do resultado da soma da metade (500,5) mais um (LULA,
2010, p. 187).
Para afastar qualquer dúvida sobre esta matéria, vamos a uma hipótese didática.

Exemplo: Paulo, Antônio e José participaram da eleição para Governador de São Paulo. O total
de votos disputados no Estado alcançou o montante de 1.000.000 (um milhão) de votos. Paulo
obteve 460.000 votos; Antônio conseguiu 300.000; José obteve 140.000 e os demais 100.000
foram de votos brancos ou nulos.

Nesse caso, há necessidade de um 2º turno ou Paulo foi eleito já no 1º turno? Em uma aná-
lise apressada, alguém poderia afirmar que há a necessidade de um segundo turno, pois Paulo
não conseguiu nem ao menos a metade de votos do Estado, quanto mais a metade mais um
(conceito de maioria absoluta).
Todavia, não se esqueça que para fins de cálculo da maioria absoluta deve-se excluir do
total de votos os brancos e nulos. Logo, o parâmetro para saber se Paulo obteve a maioria ab-
soluta é 900.000 (1.000.000 – 100.000), que, nesse caso, é da ordem de 450.001 (900.000/2 +
1). Logo, Paulo, com 460.000 votos, foi eleito já no 1º turno.
Nos termos do art. 2º da Lei das Eleições, é possível que entre a realização do 1º e 2º tur-
nos ocorra a morte, desistência ou impedimento legal do titular da chapa apta a participar do
2º turno. Nesse caso, para viabilizar a eleição, deve ser convocado o de maior votação entre os
remanescentes e, no caso de empate entre estes, o mais idoso (art. 2º, §§ 2º e 3º, da Lei das
Eleições).
No caso de o evento impeditivo recair sobre o vice da chapa apta a participar do 2º turno
(Vice-Presidente, Vice-Governador ou Vice-Prefeito), devem ser feitas algumas distinções.
Se o impedimento do vice for em razão do evento morte, ainda que ultrapassado o período
de substituição previsto no art. 13 da Lei das Eleições, a troca pode ocorrer sem prejuízo algum
à chapa, desde que, é claro, respeitado o prazo de dez dias do evento.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 7 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo
Art. 13. É facultado ao partido ou coligação substituir candidato que for considerado inelegível,
renunciar ou falecer após o termo final do prazo do registro ou, ainda, tiver seu registro indeferido
ou cancelado.
§ 1º A escolha do substituto far-se-á na forma estabelecida no estatuto do partido a que pertencer o
substituído, e o registro deverá ser requerido até 10 (dez) dias contados do fato ou da notificação do
partido da decisão judicial que deu origem à substituição. (Redação dada pela Lei n. 12.034, de 2009)
§ 3º Tanto nas eleições majoritárias como nas proporcionais, a substituição só se efetivará se o
novo pedido for apresentado até 20 (vinte) dias antes do pleito, exceto em caso de falecimento de
candidato, quando a substituição poderá ser efetivada após esse prazo. (Redação dada pela Lei n.
12.891, de 2013)

Aliás, o evento morte, pela própria natureza imprevisível e incontrolável que ostenta, nunca
é causa de implosão da chapa, a exceção, como já vimos, da morte do cabeça de chapa entre
o 1º e o 2º turnos.
Caso a chapa já tenha sido eleita, o evento morte importa na diplomação, ou se já ocor-
rida, na posse do sobrevivente, mesmo que este seja o vice. É o caso do Ex-presidente José
Sarney, que, na qualidade de vice, tomou posse como titular no lugar falecido Tancredo Neves,
titular da chapa.
De outro modo, se a substituição do vice for necessária entre o 1º e o 2º turnos da eleição,
em razão de sua desistência ou impedimento legal – incidência de uma inelegibilidade –, a
sorte da chapa deve ser apreciada à luz do princípio da Unicidade ou Indivisibilidade da Chapa,
também denominado princípio da Irregistrabilidade da Chapa Incompleta ou Insuficientemente
Formada, com o temperamento que tem dado a jurisprudência do TSE.

3. Princípio da Unicidade da Chapa


O indeferimento do pedido de registro de candidato titular da chapa não prejudica o regis-
tro do vice, e vice-versa, desde que a negativa tenha ocorrido no prazo possível para substitui-
ção e essa tenha sido efetivada pelo partido no prazo legal.
Ocorre, porém, que o indeferimento do pedido de registro do titular ou do vice da chapa
pode ocorrer quando já ultrapassado o período de substituição, previsto no art. 13 da Lei das
Eleições. Nesse caso, a questão que se coloca é saber se é possível deferir o registro da chapa
ainda que incompleta.
O art. 77, § 1º, da CF/88 afirma que a eleição do Presidente da República importará a do Vi-
ce-Presidente com ele registrado. A ideia subjacente é de unidade, na qual ambos estão envol-
tos pela mesma cápsula. Essa concepção de unicidade é a gênese do cognominado princípio
da Unicidade ou Indivisibilidade da Chapa, também denominado princípio da Irregistrabilidade
da Chapa Incompleta ou Insuficientemente Formada.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 8 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Segundo esse princípio, que ostenta matiz constitucional, é imprescindível que a chapa
majoritária tenha os pedidos de registro do vice e do titular deferidos, sob pena de a nega-
tiva de um deles inviabilizar toda a chapa. Daí decorre também a necessidade de as ações
eleitorais que tenham força para cassar a chapa exigirem a presença de ambos no polo
passivo da demanda.
Assim, durante vários anos o TSE aplicou esse princípio para indeferir o registro de chapas
em que um dos integrantes, vice ou titular, não obtinha êxito no seu pedido de registro de can-
didatura e já havia ultrapassado o prazo de substituição ou, se eleito, era cassado pela Justiça
Eleitoral, conforme se vê a seguir:

Em razão da unicidade monolítica da chapa majoritária, a responsabilidade dos atos do


titular repercute na situação jurídica do vice, ainda que este nada tenha feito de ilegal,
comportando-se exemplarmente.
(RCED n. 703/SC, rel. Min. Felix Fischer, DJe de 1º.9.2009).

Contudo, a partir do julgamento do REspe 83-53/GO, DJe de 14.9.2018, o TSE passou a


excepcionar a incidência do princípio quando presentes cumulativamente determinadas cir-
cunstâncias, a saber:
• desponte de uma circunstância superveniente a um deferimento prévio ou inicial (o que
gera para a chapa uma expectativa mínima no sentido de que a decisão positiva possa
ser restaurada por este Tribunal Superior);
• ocorra em momento tardio, impossibilitando a substituição do candidato afetado; e
• incida sobre o candidato a Vice, sem a presença de circunstâncias excepcionais que o
retirem da condição de mero adjunto no processo de canalização da preferência eleitoral.

Na análise do caso concreto – REspe 83-53/GO, o Tribunal concluiu pela presença dos
requisitos necessários para afastar a incidência do princípio da Unicidade da Chapa. Assim,
decidiu, a despeito de indeferir o pedido de registro de candidatura do vice quando já ultrapas-
sado o período de substituição, manter o prefeito eleito no cargo. Confira:

Apontam-se 5 (cinco) circunstâncias que amparam a excepcionalidade do dogma da indi-


visibilidade da chapa:
e.1. o indeferimento do registro de candidatura somente ocorreu em segunda instân-
cia, na sequência de uma decisão favorável prolatada pelo juiz de primeiro grau (i.e., em
2.9.2016), circunstância suficiente para que se presuma a boa-fé na permanência no
pleito, frente à expectativa de resgate do primeiro provimento;
e.2. a chapa majoritária estava com seu registro deferido no prazo fatal para a substitui-
ção de candidatos;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 9 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

e.3. a rejeição do registro foi declarada às vésperas do certame (i.e., 26.9.2016), seis dias
antes do pleito, excluindo-se do espectro de ação da formação política a possibilidade de
substituição da candidata recusada;
e.4. o registro indeferido versa sobre condição de elegibilidade da Vice, cujo papel na cap-
tação de votos é, como se sabe, político e socialmente irrelevante;
e.5. não se tem notícia nos autos de ultraje à axiologia eleitoral, de modo que a opinião
afirmada nas urnas é fruto inconteste da livre vontade da comunidade envolvida;
(...)
g) à luz dessas singularidades, entendo ser plenamente possível compatibilizar a impe-
riosa aplicação da Lei da Ficha Limpa com o inescapável dever institucional de proteção
ao juízo soberano do conjunto de cidadãos, razão por que o indeferimento do registro de
candidatura da Vice-Prefeita não tem o condão de macular a validade global da eleição.
7. Pedido da questão de ordem suscitada por Eldecírio da Silva (candidato a prefeito) aco-
lhido, apenas e tão só para reconhecer a dissociação da chapa para os efeitos do voto,
ratificando a validade total das eleições, de modo a assegurar a permanência no cargo
do Prefeito legitimamente eleito pela população de São Luís de Montes Belos/GO nas
eleições de 2016.

Os candidatos eleitos são diplomados pela Justiça Eleitoral e, na sequência, tomam posse
e entram em exercício.
A EC n. 111 modificou a redação dos arts. 28 e 82 da CF e alterou a data da posse dos can-
didatos eleitos de alguns cargos eletivos.
Segundo a nova redação do art. 28 da Carta Magna, a posse dos eleitos para os cargos
de Governador e de Vice-Governador será realizada em 6 de janeiro do ano seguinte à eleição.
Antes da modificação, esse evento ocorria no dia 1º de janeiro.
Já a nova redação do art. 82 da Constituição Federal informa que a posse dos eleitos para
os cargos de Presidente e de Vice-Presidente ocorre no dia 5 de janeiro do ano subsequente ao
pleito, e não mais no dia 1º de janeiro, como afirmava a antiga redação.
Essas alterações, todavia, somente entrarão em vigor no pleito de 2026.
A Lei das Eleições, nas disposições gerais, trata ainda do direito de os partidos políticos
participarem das eleições e lançarem candidatos a cargos eletivos.
Especificamente em relação aos direitos titularizados pelas agremiações partidárias, o re-
gistro no Tribunal Superior Eleitoral, de acordo com a Constituição Federal e com a Lei dos
Partidos Políticos, lhe confere os seguintes direitos:
• direito de participar do rateio dos recursos do fundo partidário;
• direito de acesso gratuito ao rádio e à televisão, também denominado de direito de antena;
• exclusividade da sigla, denominação e dos símbolos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 10 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Além desses direitos, o registro do partido político no Tribunal Superior Eleitoral lhes ga-
rante o direito de participar das eleições e lançar candidatos. Para participar do pleito, esse
registro precisa ser deferido pelo TSE no prazo de, pelo menos, seis meses antes da data
das eleições.
Contudo, há, ainda, a exigência de que, além do registro no TSE, o partido político constitua
órgão de direção na circunscrição em que ocorre a disputa, até a data da convenção partidária
(20 de julho a 5 de agosto do ano das eleições).
Por fim, o art. 5º da Lei n. 9.504/1997, trata da validade dos votos nas eleições. Assim, de
acordo com essa disposição legal, nas eleições proporcionais, contam-se como válidos ape-
nas os votos dados a candidatos regularmente inscritos e às legendas partidárias.
Portanto, na eleição para os cargos de Deputado Federal, Deputado Estadual, Deputado
Distrital e Vereador, o eleitor pode atribuir o seu voto à legenda partidária (voto de legenda) ou
a um candidato.
Com isso encerramos as disposições gerais da Lei das Eleições. Vamos agora tratar das
fases do microprocesso eleitoral, que se inicia com as convenções partidárias e finda com a
diplomação dos eleitos.

4. Convenções Partidárias
A expressão convenção partidária pode fazer referência a um órgão partidário ou a uma
reunião realizada pela agremiação partidária.
Com o significado de órgão partidário, a expressão “convenção partidária” é mencionada
no art. 17 do Estatuto partidário do PSDB (o exemplo não tem qualquer viés ideológico, apenas
didático):

Art. 17. São órgãos do Partido, nos três níveis da Federação:


I – de deliberação: as Convenções Municipais e Zonais, Estaduais e Nacional;

Nesse mesmo estatuto partidário, encontramos o termo “convenção partidária” com a rou-
pagem de reunião de filiados, conforme disposto no art. 23:

Art. 23. As convenções municipais e zonais, estaduais e nacional para eleição dos Diretórios e dos
respectivos delegados às Convenções serão realizadas ordinariamente ao término dos mandatos,
de acordo com resolução baixada pela Comissão Executiva Nacional.

Na nossa aula, usaremos, como regra, o termo convenção partidária no sentido de reunião
partidária.
Nessa acepção, as convenções partidárias são reuniões promovidas pelos filiados, deno-
minados convencionais, a fim de deliberar sobre questões internas da agremiação.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 11 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Contudo, para o nosso estudo, interessa especificamente as convenções partidárias rea-


lizadas para deliberar sobre a formação de coligações e a escolha de candidatos, porquanto,
essas, diferentes das demais reuniões partidárias, possuem características próprias, quais se-
jam: (i) fazem parte do chamado microprocesso eleitoral; (ii) somente podem ser realizadas no
período determinado por lei; (iii) são pautadas pela discussão sobre a formação de coligações
e a escolha de candidatos; (iv) recebem tratamento formal diferenciado pela Justiça Eleitoral
no que concerne ao registro das deliberações nela tomadas.

4.1. Data da Realização das Convenções Partidárias


Os partidos políticos são dotados de autonomia constitucional para tratarem sobre sua
organização, sua estrutura interna e seu funcionamento. Não pode o legislador substituir-se
ao partido e regular as matérias interna corporis dos partidos políticos. Por essa razão, não se
permite à lei regular o procedimento das convenções, o quórum de deliberação, o local de sua
realização etc., sob pena de inconstitucionalidade.
Inclui-se, no exercício da autonomia partidária, o direito de o partido escolher e fazer cons-
tar, no seu estatuto, a data de realização das convenções partidárias. Caso haja necessidade
de se fazer uma reunião em período não previsto no estatuto, terá a ocorrência de uma conven-
ção extraordinária.
Toma-se como exemplo o contido no art. 23 do estatuto partidário do PSDB quanto ao
período de realização das convenções ordinárias (a escolha deste partido foi aleatória e não
representa qualquer manifestação política por parte dos autores):

Art. 23. As convenções municipais e zonais, estaduais e nacional para eleição dos Diretórios e dos
respectivos delegados às Convenções serão realizadas ordinariamente ao término dos mandatos, de
acordo com resolução baixada pela Comissão Executiva Nacional.
§ 1º As convenções ordinárias, a que se refere o caput, deverão ser realizadas obrigatoriamente no pri-
meiro semestre do ano em que se devam realizar as Convenções para eleição dos órgãos partidários.

Conquanto a regra seja a escolha livre da data de realização de convenções pelo partido,
existe uma exceção. Trata-se da realização da convenção partidária para a escolha de candi-
datos e para a formação de coligações, que, como veremos a seguir, somente pode ocorrer em
um determinado período estabelecido em lei.
A esse respeito, vale rememorar que, no ano de 2015, foi publicada a Lei n. 13.165/2015,
que promoveu a reforma de uma série de institutos eleitorais relacionados às campanhas elei-
torais, alterando-se, especialmente, as seguintes leis:
• Lei n. 9.504/1997;
• Lei n. 9.096/1995;
• Código Eleitoral (Lei n. 4.737/1965).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 12 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Muito embora esse diploma legal tenha tratado de temas como limites de gastos para cam-
panhas eleitorais, utilização de recursos do fundo partidário pelas agremiações partidárias, dis-
tribuição de tempo de acesso gratuito ao rádio e televisão entre os partidos, voto impresso, den-
tre outras matérias, o principal motivo de sua edição foi o de diminuir a dependência econômica
dos partidos e candidatos em relação ao financiamento privado de campanha. Para tanto, altera-
ram-se mecanismos das campanhas eleitorais para as tornarem mais baratas, menos onerosas.
Para atingir tal desiderato, a principal medida consistiu na diminuição do período de cam-
panhas eleitorais. Antes da reforma eleitoral, as campanhas eram realizadas em 90 dias em
média; após a Lei n. 13.165/2015, 45 dias em média.
Nesse processo de adequação, alterou-se o período permitido para a realização das con-
venções partidárias para a escolha de candidatos e deliberação das coligações. Antes da edi-
ção da Lei n. 13.165/2015, essas convenções eram realizadas entre os dias 12 e 30 de junho.
De acordo com a nova redação dada pela Lei n. 13.165/2015 ao art. 8º da Lei n. 9.504/1997,
essas reuniões partidárias devem ser realizadas no período de 20 de julho a 5 de agosto do
ano em que se realizarem as eleições.
A justificativa para a lei delimitar o período de realização dessas reuniões partidárias se
revela no fato de elas estarem inseridas no chamado microprocesso eleitoral, cujas fases –
convenções, registro, propaganda, eleição, diplomação – devem se desenvolver na ordem e
prazo estabelecidos em lei. Ademais, não se pode admitir a escolha dos candidatos em perío-
do distante da data das eleições, a fim de evitar a divulgação antecipada de candidaturas e a
consequente quebra da igualdade de oportunidades entre os candidatos.
4.2. Local das Convenções Partidárias
À exceção da convenção municipal, que deve ocorrer no município em que realizadas as
eleições, para as demais, de âmbito nacional e estadual, o partido pode, observando seu esta-
tuto, definir qualquer local dentro da circunscrição do cargo.
Segundo José Jairo Gomes (2017, p. 333):

No que concerne ao local, a convenção nacional pode ser realizada fora da capital, em qualquer
Estado da Federação. No mesmo sentido, a regional pode ter lugar em Município diverso da capital
do Estado. Já a municipal deve ser realizada dentro do território do Município.

No mesmo sentido caminha a jurisprudência do TSE:

Os membros da Comissão Executiva Nacional do partido, por unanimidade dos presen-


tes, deliberaram que a convenção nacional para a escolha de candidatos à Presidência
da República e à Vice-Presidência poderia ser realizada em qualquer município do País.
Desse modo, não é verdadeira a assertiva de que o local de realização da convenção
nacional teria sido designado por meio de ato individual do presidente do partido.
(RCA ND n. 73976/DF, rel. Min. João Otávio de Noronha, PSESS de 21.8.2014).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 13 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Nos termos do art. 8º, § 2º da Lei das Eleições, para a realização das convenções partidá-
rias, faculta-se aos partidos o uso gratuito de prédios públicos, como escolas, ginásios despor-
tivos, casas legislativas, desde que as atividades neles desenvolvidas não fiquem prejudicadas.
O art. 6º, § 2º, I e II e III, da Res.-TSE 23.609/2019, que cuida da escolha de candidatos para
as eleições, estabelece que, nesses casos, o partido deve:

I – comunicar por escrito ao responsável pelo local, com antecedência mínima de uma
semana, a intenção de nele realizar a convenção;
II – providenciar a realização de vistoria, às suas expensas, acompanhada por represen-
tante do partido político e pelo responsável pelo prédio público;
III – respeitar a ordem de protocolo das comunicações, na hipótese de coincidência de
datas de pedidos de outros partidos políticos.

Frise-se, contudo, que a cessão do prédio público é apenas do espaço físico, não se re-
velando possível a utilização de servidores públicos que nele trabalham para a organização
do evento.

4.3. Formalidades e Registro na Justiça Eleitoral das Deliberações


das Convenções Partidárias

A convenção partidária deve ser convocada pelo diretório da circunscrição do pleito, por
carta, notificação pessoal, edital ou outro meio eficaz, de acordo com o definido no estatuto
do partido. A esse respeito, José Jairo Gomes (2017, p. 224) nos revela que, em geral, essa
convocação é feita por edital, que deve conter o endereço, o dia, o horário e a matéria objeto
da deliberação. Acrescenta que o edital pode ser publicado na imprensa local ou, na ausência
desta, no lugar de costume da respectiva zona eleitoral.
A definição do prazo a ser observado entre a convocação dos convencionais e a realização
da convenção partidária, bem como o quorum de deliberação para iniciar a reunião e deliberar
sobre a pauta são questões interna corporis do partido, definidas no estatuto da agremiação.
Muito embora a condução da reunião partidária seja matéria intestina do partido, no qual
vige o princípio da autonomia partidária, o TSE ousou em consignar que a presidência da reu-
nião partidária deve ser exercida exclusivamente por filiado do partido, sob pena de nulidade
(TSE, AC n. 12.681/BA), sendo esse o entendimento vigente atualmente.
Uma vez realizada a convenção partidária, o art. 8º da Lei das Eleições estabelece que a
ata da reunião deve ser lavrada em livro aberto rubricado pela Justiça Eleitoral e publicada em
vinte e quatro horas em qualquer meio de comunicação.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 14 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Sem prejuízo dessa publicação, a ata da convenção e a lista dos presentes são digitadas
no Módulo Externo do Sistema de Candidaturas (CANDex) e transmitidas ao TSE até o dia
seguinte à convenção, ou, na impossibilidade, entregue em mídia no balcão do Tribunal para:

I – serem publicadas no sítio do Tribunal Superior Eleitoral, na página de Divulgação de


Candidaturas e de Prestação de Contas Eleitorais (DivulgaCandContas) (Lei n. 9.504/1997,
art. 8º); e
II – integrar os autos de registro de candidatura.

A publicidade da ata e o seu envio ao TSE afigura-se como uma garantia dos convencio-
nais de que as deliberações tomadas na convenção serão observadas pelo partido durante o
processo eleitoral.
Para finalizar, a juntada da ata da convenção aos autos de registro de candidatura deve
ocorrer tanto no pedido de registro do partido/coligação, apreciado no Demonstrativo de Re-
gularidade de Atos Partidários, o chamado DRAP, quanto nos requerimentos de registro de
candidatura individuais.

4.4. As Convenções Partidárias e o Princípio da Autonomia Partidária


Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado e têm o papel de assegurar,
no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e de defender
os direitos fundamentais.
Para a proteção do exercício dessas atribuições de interesse público, a CF/88 confere às
agremiações partidárias autonomia em face do Estado. Não cabe ao Poder Público interferir
no funcionamento das agremiações partidárias, pois a elas foi deferido, pela ordem constitu-
cional, o direito de regular a sua estrutura interna, o seu funcionamento e a sua organização. A
esse respeito, veja o teor do art. 17, § 1º, da CF.

Art. 17, § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e
estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e
sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas co-
ligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obriga-
toriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal,
devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela
Emenda Constitucional n. 97, de 2017)

Com efeito, é permitido aos partidos editarem em seus estatutos as suas próprias normas,
não cabendo ao legislador interferir nessa autonomia. Daí se conclui que a Lei n. 9.096/1995
não pode ser considerada como lei orgânica dos partidos políticos, já que a competência para
tratar da organização partidária foi atribuída ao próprio partido político.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 15 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Aliás, essa autonomia ficou evidenciada na recentíssima Lei n. 14.211, de 1º de outubro de


2021, que incluiu o art. 23-A ao Código Eleitoral.
No novo diploma legal, ficou expresso a impossibilidade de o TSE, no exercício do poder
regulamentar, tratar de matéria relativa à organização dos partidos políticos.
Ademais, as decisões das agremiações partidárias não dependem de concordância, nem
de homologação de órgão público algum para produzirem efeitos. Logo, uma vez realizadas as
reuniões partidárias, as deliberações tomadas produzem seus efeitos, desde que observados
os procedimentos estatutários. Não se exige aprovação da Justiça Eleitoral ou de qualquer
órgão estatal para a validade ou eficácia da determinação partidária. Deveras, não compete
ao Estado interferir no funcionamento dos partidos, já que são dotados de autonomia cons-
titucional.
A autonomia partidária está direcionada a três aspectos:
• organização;
• estrutura interna;
• funcionamento.

Nessa compreensão, o princípio da autonomia partidária garante independência para o


partido editar as regras para a realização de suas convenções partidárias, escolha de candida-
tos e definição sobre a formação das coligações. Não cabe à lei definir o modo de realização
das convenções, sob pena de afronta à Constituição Federal.
É bem verdade que existem nos artigos 7º e 8º da Lei n. 9.504/1997 algumas disposições
acerca das convenções partidárias. Contudo, há que se notar que essa incursão legislativa não
viola a autonomia partidária, mas são apenas normas tendentes a adequar a realização das
convenções ao calendário eleitoral, tais como o período de realização das reuniões ou o prazo
para escolha de novos candidatos em face da anulação de deliberações dos convencionais, e
de aspectos formais a serem observados pelo partido na entrega das deliberações à Justiça
Eleitoral, como, por exemplo, a publicação da ata da reunião ou a publicação, no caso de omis-
são do estatuto, das diretrizes para formação de coligações.
Aprofundando a matéria, pois certamente a banca examinadora do seu concurso assim o
fará, verifica-se que as decisões partidárias internas, inclusive as produzidas em convenções
partidárias, ainda que protegidas pelo manto do princípio da autonomia partidária, não podem
ficar imunes ao controle jurisdicional quando violarem o processo democrático ou atentarem
contra os direitos fundamentais dos filiados. Nesse sentido, veja a jurisprudência do TSE:

Ante os potenciais riscos ao processo democrático e os interesses subjetivos envolvidos


(suposto ultraje a princípios fundamentais do processo), qualificar juridicamente refe-
rido debate dessa natureza como matéria interna corporis, considerando-o imune ao con-
trole da Justiça Eleitoral, se revela concepção atávica, inadequada e ultrapassada: em um
Estado Democrático de Direito, como o é a República Federativa do Brasil (CRFB/88, art.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 16 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

1º, caput), é paradoxal conceber a existência de campos que estejam blindados contra
a revisão jurisdicional, adstritos tão somente à alçada exclusiva da respectiva grei parti-
dária. Insulamento de tal monta é capaz de comprometer a própria higidez do processo
político-eleitoral, e, no limite, o adequado funcionamento das instituições democráticas.
(AC n. 0600515-84/RN, rel. Min. Luiz Fux, DJe de 30.11.2017).

Em regra, a Justiça Comum é a competente para solver esses conflitos internos das agre-
miações partidárias. Contudo, é pacífico na jurisprudência do TSE que a Justiça Eleitoral
será competente quando as deliberações partidárias produzirem reflexos no processo eleito-
ral. Confira:

A Justiça Eleitoral possui competência para apreciar as controvérsias internas de par-


tido político, sempre que delas advierem reflexos no processo eleitoral, circunstância que
mitiga o postulado fundamental da autonomia partidária, ex vi do art. 17, § 1º, da Cons-
tituição da República – cânone normativo invocado para censurar intervenções externas
nas deliberações da entidade –, o qual cede terreno para maior controle jurisdicional.
(Pet n. 0603641-45/RN, rel. Min. Luiz Fux, DJe de 29.8.2017)

Com isso, encerramos o estudo dos aspectos formais das convenções partidárias.
Vamos agora estudar o objeto dessas convenções partidárias são realiza, a saber: a forma-
ção de coligações partidárias e a escolha de candidatos.

5. Coligações Partidárias
Na lição de José Jairo Gomes (2017, p. 339), coligação partidária é: “O consórcio de parti-
dos políticos formado com o propósito de atuação conjunta e cooperativa na disputa eleitoral”.
Em outras palavras, as coligações partidárias representam a união de partidos que, no pe-
ríodo eleitoral, unem suas forças e atuam em conjunto para obter votos suficientes para eleger
seus candidatos, que são escolhidos do quadro de filiados dos partidos que dela fazem parte.
Trata-se, portanto, de uma pessoa jurídica de direito privado pro tempore (temporária), que
existe apenas entre a data de sua formalização, ocorrida na convenção do partido e o término
do período eleitoral. Embora isso seja verdade, Olivar Coneglian (2018, p. 44) afirma que as
coligações podem praticar atos processuais nas ações ainda pendentes de julgamento, de
modo que é mais técnico e coerente dizer que ela tem duração enquanto ainda existam atos que
exigem sua participação.
Antes quando ainda existiam coligações nas eleições proporcionais (vamos estudar com
mais detalhes o fim das coligações nas eleições proporcionais) essas exerciam um papel mais
acentuado após o término do período eleitoral, porquanto, no entendimento do STF, os parla-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 17 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

mentares licenciados deveriam ser substituídos por suplentes das coligações partidárias, e
não dos partidos políticos. No novo modelo, em que só existe previsão legal para a formação
de coligações no sistema majoritário, inexiste essa possibilidade, porquanto, pela regra legal
do art. 224 do CE, a cassação de mandatos implica a realização de novas eleições. Assim, de
fato, o que restou para essas pessoas jurídicas temporárias depois de findo o período eleitoral
foi a prática de atos processuais nas ações de que fazem parte.
Por fim, friso, esses efeitos produzidos pela coligação após o pleito eleitoral não lhe retiram
o caráter pro tempore, de transitoriedade, que lhe é marca característica. Sua extinção ocorre
automaticamente com a efetivação do pleito – excetuando sua atuação em casos específicos,
como já dito – não sendo necessário, para tanto, nenhum ato judicial ou qualquer outro no âm-
bito dos partidos coligados.
A Justiça Eleitoral, todavia, deve impedir, no transcurso do processo eleitoral, o desfazi-
mento intempestivo de coligações sem a observância das regras de substituição de candida-
tos, sob pena de lesar direitos de candidatos e macular a própria eleição.

5.1. Verticalização das Coligações Partidárias


Na Consulta n. 715/DF, DJ de 15.3.2002, o TSE consignou que os partidos políticos que
ajustarem coligação para eleição de presidente da República não poderão formar coligações
para eleição de governador de Estado ou do Distrito Federal, Senador, Deputado Federal e De-
putado Estadual ou Distrital com outros partidos políticos (estes últimos, quando era possível
a formação de coligações nas eleições proporcionais), que tenham, isoladamente ou em alian-
ça diversa, lançado candidato à eleição presidencial.
No longínquo ano de 2002, o TSE entendia que, na ocorrência de eleições gerais, o âmbi-
to da restrição a que correspondia a expressão “dentro da mesma circunscrição”, contida no
caput do art. 6º da Lei das Eleições, necessariamente abrangia as circunscrições menores,
acarretando a necessidade de coerência entre as coligações formadas, de forma que as de
nível nacional formadas para o cargo de Presidente da República vinculavam as de âmbito
estadual. Por oportuno, transcrevo o artigo citado:

Art. 6º É facultado aos partidos políticos, dentro da mesma circunscrição, celebrar coligações para
eleição majoritária, proporcional, ou para ambas, podendo, neste último caso, formar-se mais de
uma coligação para a eleição proporcional dentre os partidos que integram a coligação para o pleito
majoritário.

Essa regra de formação de coligações, baseada na verticalização com base na coligação


para o pleito majoritário de Presidente da República, foi observada nas eleições de 2002 e 2006
– eleições em que era possível a formação de coligações em nível nacional e estadual.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 18 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Ainda em 2006, a menos de 1 ano das eleições gerais, o Congresso Nacional aprovou a
Emenda Constitucional n. 52, que alterou o art. 17, § 1º, da CF, e determinou o fim da regra da
verticalização das coligações.
No entanto, em atenção ao princípio da anterioridade eleitoral, previsto no art. 16 da
CF/1988, essa modificação não foi aplicada às eleições daquele ano (2006), mas somente nas
eleições de 2010. Naquela ocasião, o STF, na ADI n. 3685-8, assentou que o art. 16 da CF/1988
representa garantia individual do cidadão-eleitor, detentor originário do poder exercido pelos re-
presentantes eleitos e a quem assiste o direito de receber, do Estado, o necessário grau de segu-
rança e de certeza jurídicas contra alterações abruptas das regras inerentes à disputa eleitoral.
Com a alteração do texto constitucional, a formação de coligações abandonou a regra da
verticalização. Assim, nada impede que partidos coligados em nível nacional para o cargo de
Presidente da República sejam adversários nas eleições realizadas nos Estados, sendo aplicá-
vel o princípio da liberdade partidária.

5.2. Coligações Partidárias e os Sistemas Eleitorais


No Brasil, temos dois sistemas eleitorais. No sistema majoritário, utilizado nas eleições
para os cargos do Poder Executivo e para o cargo de Senador da República, é eleito o candidato
que obtém a maior quantidade de votos; e o sistema proporcional, utilizado para os cargos do
Poder Legislativo à exceção, do cargo de Senador da República, em que os eleitos são deter-
minados com base em cálculos aritméticos que levam em consideração o número de votos
obtidos pelo partido e o número de cadeiras em disputa. Nesse sistema, nem sempre o candi-
dato mais votado é o eleito, pois as vagas são inicialmente atribuídas ao partido na proporção
do número de votos obtidos e só depois, internamente, são distribuídas entre os candidatos a
ele pertencentes de acordo com a votação obtida.
Esse tema será apresentado a você, com maior profundidade, na aula sobre Sistemas
Eleitorais.
A antiga redação do art. 17, § 1º, da CF admitia a formação de coligação em ambos os
sistemas eleitorais – majoritário e proporcional. A partir da edição da EC n. 97, de 2017, que
alterou a redação do citado artigo constitucional, a formação de coligações ficou restrita ao
sistema majoritário. Confira a atual redação do texto constitucional:

Art. 17, § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e
estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios
e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas
coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem
obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou mu-
nicipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação
dada pela Emenda Constitucional n. 97, de 2017)

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 19 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Embora essa emenda à CF/88 tenha sido editada em 2017, ela não se aplicou às eleições
de 2018, na medida e que o legislador constituinte fez constar, no art. 2º do texto modificativo,
regra de transição que determinava sua aplicação somente a partir das eleições de 2020. Con-
fira o dispositivo:

Art. 2º A vedação à celebração de coligações nas eleições proporcionais, prevista no § 1º do art. 17


da Constituição Federal, aplicar-se-á a partir das eleições de 2020.

Com efeito, as eleições de 2020 foram as primeiras em que tivemos a formação de coliga-
ções apenas para as eleições majoritárias.

5.3. Diretrizes para Formação das Coligações Partidárias


A vontade de os partidos se coligarem se vincula, em regra, a diretrizes estabelecidas li-
vremente no estatuto das agremiações, em homenagem ao princípio da Autonomia Partidária,
insculpido no art. 17, § 1º, da CF. Essas regras intestinas podem deliberar, por exemplo, que
o partido X não poderá se coligar em hipótese alguma com o partido Y. Caso o estatuto seja
omisso, caberá ao órgão de direção nacional do partido político, de forma exclusiva, estabe-
lecê-las, publicando-as no Diário Oficial da União em até 180 (cento e oitenta) dias da eleição
(Lei n. 9.504/1997, art. 7º, § 1º).
No ponto, sublinhamos que, conforme já decidido pelo TSE, essa competência do órgão
de direção nacional não pode ser delegada a nenhum órgão estadual, sob pena de afronta ao
caráter nacional que deve ostentar o partido, nos termos do art. 17, § 1º, da CF/88. Confira:

Como bem ressaltou o e. relator, “a diretriz partidária visa garantir ou evitar, de forma
objetiva, a adoção de ações que estejam em compasso (ou descompasso) com as ideias,
propostas e anseio nacional da agremiação. Não há, pois, como tais ideais nacionais
serem substituídos por escolhas regionais ou estaduais, muitas vezes contaminadas por
querelas locais”.
O indesejável risco de regionalização também foi ressaltado pela e. Ministra Luciana
Lóssio ao consignar que, a prevalecer entendimento diverso, “cada diretório estadual vai
ter uma carta em branco para fixar [...] diretrizes contrárias”.
Desse modo, é ilegítima a delegação estabelecida pelo diretório nacional do PSDB ao
órgão estadual, por descentralizar competência expressamente prevista no art. 7º, § 2º,
da Lei 9.504/97, com afronta, por conseguinte, ao caráter nacional da grei.
Esse entendimento não macula a autonomia partidária prevista no art. 17, § 1º, da CF/88.
Ao contrário: a ofensa à Constituição Federal ocorre exatamente ao regionalizar diretrizes
partidárias essenciais, como na espécie.
(REspe n. 177-95/PR, rel. Min. Henrique Neves da Silva, DJe de 24.10.2018).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 20 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Se a convenção partidária de nível inferior se opuser, na deliberação sobre coligações, às


diretrizes legitimamente estabelecidas pelo órgão de direção nacional, no respectivo estatuto
ou em publicação avulsa no DOU, esse órgão de cúpula do partido poderá anular a deliberação
e os atos dela decorrentes, em reforço ao caráter nacional dos partidos políticos (art. 7º, § 2º,
da Lei n. 9.504/1997). Nesse sentido, colhe-se da jurisprudência do TSE:

A destituição de Convenção Partidária de nível inferior (i.e., estaduais e municipais)


somente se afigura possível nas estritas hipóteses de inobservância das diretrizes legiti-
mamente estabelecidas pelo órgão de direção nacional, que é o único órgão revestido de
competência legal para proceder à anulação da deliberação e dos atos dela decorrentes,
ex vi do art. 7º, § 2º, da Lei das Eleições.
(REspe n. 103-80/RN, rel. Min. Luiz Fux, DJe DE 30.11.2017).

A anulação de deliberações de convenções partidárias deverá ser comunicada à Justiça


Eleitoral no prazo de 30 dias após a data limite para o registro de candidatos.
Se, da anulação, decorrer a necessidade de escolha de novos candidatos, o pedido de re-
gistro deverá ser apresentado à Justiça Eleitoral nos 10 dias seguintes à deliberação, observa-
do o prazo limite do art. 13 da Lei das Eleições, que é de até 20 dias antes do pleito.
Sem prejuízo dessa fiscalização da formação de vontade das convenções estaduais e mu-
nicipais exercida nos termos do estatuto do partido ou por deliberação do órgão de direção
nacional, vale notar que qualquer filiado ao partido, ainda que não seja candidato, pode, em ca-
ráter excepcional, impugnar pedido de registro de coligação integrada pelo respectivo partido,
nas hipóteses de eventuais irregularidades ocorridas na convenção partidária.
A despeito de, na linha da pacífica jurisprudência do TSE (REspe n. 88-71/SC), o suces-
so dos pedidos de registro de candidatura individuais estarem vinculados ao deferimento do
Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (DRAP), a legitimidade extraordinária do
filiado para questionar aspectos da convenção partidária de sua agremiação deve ser exercida
exclusivamente nos autos do DRAP, e não nos pedidos individuais de candidatura da coligação.
Nesse sentido:

Na linha da remansosa jurisprudência desta Corte, as discussões que envolvem vícios


relativos à convenção partidária devem ser examinadas nos autos do DRAP, e não nos
dos registros individuais de candidatura.
(REspe n. 2º765/MT, rel. Min. Luciana Lóssio, PSESS de 30.9.2016)

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 21 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Embora o filiado do partido possa questionar vícios ocorridos na convenção do seu partido,
o princípio da autonomia partidária veda que, por esse motivo, coligações ou partidos adver-
sários assim o façam. Nesse sentido:

Consignado pela Corte de origem que “a coligação adversária não tem legitimidade pro-
cessual para impugnar a candidatura com fundamento em irregularidade na convenção
partidária, por ser essa questão de natureza interna corporis”.
(Respe n. 107-84/PB, rel. Min. Rosa Weber, PSESS de 16.12.2016).

Antecipando um pouco a matéria, já que este ponto será tratado na aula de pedido de regis-
tro, cumpre informar que eventual ocorrência de fraude na convenção de um ou mais partidos
integrantes de coligação não acarreta, necessariamente, o indeferimento do registro da coliga-
ção, mas a exclusão dos partidos cujas convenções tenham sido consideradas inválidas, com
o consequente deferimento do registro da coligação e dos registros individuais dos candidatos
por ela escolhido (TSE, REspe n. 22-04/PI).

5.4. Formação das Coligações Partidárias


A coligação nasce com a adesão de partidos manifestada na convenção partidária, não por
ocasião de sua homologação pela Justiça Eleitoral (TSE, AG n. 5.052/SP).
Essas convenções são realizadas entre os dias 20 de julho a 5 de agosto do ano da eleição,
devidamente registradas em ata lavrada em livro aberto e rubricado pela Justiça Eleitoral, sen-
do publicada no prazo de 24h, em qualquer meio de comunicação (art. 8º da Lei n. 9.504/1997).
Considerando que cada partido é livre para fixar a data de sua convenção dentro do período
legal permitido, nem sempre é possível decidir nessa reunião qual será o formato definitivo da
coligação, ou seja, quais partidos farão parte dela.
Essa dificuldade é amenizada pela possibilidade de, durante a convenção partidária, os
convencionais delegarem à Comissão Executiva ou a outro órgão partidário a efetiva formação
de coligação ou a escolha de candidatos, o que poderá ocorrer até 15 de agosto do ano da elei-
ção, último dia para o registro de candidatos. Nesse sentido a jurisprudência do TSE:

É lícito ao partido político, em deliberação efetuada em convenção, delegar à comissão


executiva ou a outro órgão partidário a escolha de candidatos.
(REspe n. 2930-71/SP, rel. Min. Gilmar Mendes, PSESS de 30.10.2014).

No entanto, se na convenção nada se deliberar sobre essa delegação de poderes, a regra


temporal deve ser rigorosamente observada, vedado, inclusive, a celebração de acordo que
tenha por objeto a inserção de partido político em determinada coligação, quando já esgotado
o prazo para a realização das convenções partidárias (AgR-REspe n. 31.673/GO, rel. Min. Mar-
celo Ribeiro, PSESS 16/10/2008).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 22 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

A respeito das possibilidades de formação de coligações, Olivar Coneglian (2018, p. 51)


nos ensina que:

No processo de formação de coligações para as eleições majoritárias, um único partido não pode
participar de duas coligações diferentes com partidos diversos em uma mesma circunscrição. O
que se admite é que a mesma coligação formada para governador se repita na eleição para senador,
ou nesta os partidos caminhem isolados ou não lancem candidatos.

Para afastar qualquer dúvida sobre essa matéria, vamos a uma hipótese didática sobre a
formação de coligações para os cargos majoritários no Estado:

Exemplo: imagine, por hipótese, que os partidos A, B, C e D formam uma coligação para con-
correr ao cargo de governador em determinado Estado.

Nesse caso, é possível a formação das seguintes coligações para concorrer ao cargo
de Senador:
• a formação da mesma coligação com os partidos A, B, C e D para concorrer ao cargo de
Senador.
• o lançamento isolado de candidatos dos partidos A, B, C e D para concorrer ao cargo de
Senador.

De outro modo, nessas mesmas eleições estaduais não é permitido...

Exemplo: relembre que quatro partidos (A, B, C e D) resolvem se coligar para a eleição de governador.

Nesse caso é vedado no Estado:


• a formação de duas coligações para Senador: uma com os partidos A e B; a outra com
os partidos C e D.
• a formação de coligação de três deles para a eleição de Senador (A, B e C), deixando
isolado D.
• A formação de uma coligação para Senador com os partidos A e B e o lançamento iso-
lado de candidatos pelos partidos C e D.
• A formação de uma coligação com os quatro partidos mais um novo que não se coligou
para governador (A, B, C, D e E).

Olivar Coneglian (2018, p. 52), contudo, nos alerta que a candidatura de governador não é
mais importante que a de Senador, e não condiciona esta. E a recíproca é verdadeira. Assim
consigna que: “Pode haver coligação para senador, e os partidos dela componentes marcharem
isolados para a candidatura de governador, ou não lançarem candidatos à eleição de governador”.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 23 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Lembre-se, no ponto, que não existe mais o instituto da verticalização de coligações. As-
sim, a formação de coligações nas eleições estaduais para os cargos majoritários não se vin-
cula ao quadro de coligações formado nas eleições presidenciais.
Aliás, nas eleições presidenciais e municipais a situação é mais simples, porquanto só
existe um cargo majoritário em disputa: Presidente e Prefeito, respectivamente.

5.5. Denominação das Coligações Partidárias


As coligações são formadas por partidos. Antes, porém, de estudarmos a formação do
nome da coligação, vale notar que cada partido possui um nome oficial registrado no TSE,
tais como, Movimento Democrático Brasileiro (MDB) ou Partido da Social Democracia Brasi-
leira (PSDB).
Recentemente, o Tribunal decidiu que no nome da agremiação partidária não precisa con-
ter a expressão “partido” e aprovou a alteração do nome do Partido do Movimento Democrá-
tico Brasileiro (PMBD) para Movimento Democrático Brasileiro (MDB) (Pet n. 128, Rel. Min.
Admar Gonzaga, DJe de 17.5.2018). Em outra ocasião, decidiu também que o nome do partido
não precisa vir acompanhado de sigla, ao aprovar a alteração do nome do Partido Progressista
Social (PPS) para Cidadania.

Deve ser acolhida a anotação da mudança do nome da formação política, de Partido


Popular Socialista (PPS) para Cidadania (sem sigla ou denominação abreviada), pois
cumpridas as exigências legais.
A nova denominação da legenda não possui o potencial de ocasionar erro ou confusão
com outro partido político, nem dificulta a sua própria identificação (art. 7º, § 3º, da Lei
n. 9.096/1995).
Apesar de o art. 15, I, da Lei n. 9.096/1995 e o art. 48, I, da Res.-TSE n. 23.571/2018
preverem que o estatuto partidário deverá conter norma sobre “nome” e “denominação
abreviada”, a jurisprudência desta Corte Superior é no sentido da não obrigatoriedade de
sigla, sobretudo se inexistirem prejuízos à identificação da grei e à inclusão do nome no
boletim de urna.
(Pet n. 74 (0001782-78.1996.6.00.0000), rel. Min. Og Fernandes, DJe de 29.10.2019)

A coligação terá denominação própria, diferente dos nomes das agremiações que dela
fazem parte, como, por exemplo, Coligação Força Brasília, ou a junção de todas as siglas dos
partidos que a integram – Coligação PT/PMDB/PSO. Não poderá, contudo, incluir ou fazer refe-
rência a nome ou número de candidato, nem conter pedido de voto para partido político. Assim,
são proibidos nomes como Coligação João é o Melhor ou Coligação Vote em João (art. 6º, §§
1 e 1-A da Lei das Eleições).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 24 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Apesar de ter sido facultado às coligações optarem por uma denominação própria, subli-
nho que, na propaganda eleitoral, essas pessoas jurídicas pro tempore devem, sob sua deno-
minação, listar a legenda dos partidos que dela fazem parte.

5.6. Legitimidade das Coligações Partidárias para Atuar no Processo


Eleitoral
Enquanto existir, a coligação funcionará como um só partido no relacionamento com a
Justiça Eleitoral e no trato dos interesses inter partidários, substituindo-se às agremiações que
a ela pertençam (art. 6º, § 1º, da Lei n. 9.504/1997).
Nessa compreensão, o partido político coligado somente possui legitimidade para atuar de
forma isolada no processo eleitoral quando questionar a validade da própria coligação, durante
o período compreendido entre a data da convenção e o termo final do prazo para a impugnação
do registro de candidatos. Noutro falar, durante o processo eleitoral, o partido coligado não
poderá, em reforço ao caráter unitário da coligação, agir individualmente para impugnar outras
candidaturas, apresentar ações eleitorais ou mesmo interpor recursos, restabelecendo-se essa
legitimidade ao final desse período.

Conforme a jurisprudência desta Corte e nos termos do art. 6º, § 4º, da Lei n. 9.504/97, o
partido coligado não tem legitimidade para recorrer isoladamente no processo de regis-
tro, salvo para questionar a validade da própria coligação.
(REspe n. 154-09/SP, rel. designado Min. Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, DJe de 5.9.2017).

Nos termos do art. 6º, § 3º, III e IV, da Lei n. 9.504/1997, os partidos coligados, a fim de
viabilizar sua atuação perante a Justiça Eleitoral, devem designar um representante, que terá
atribuições equivalentes às de presidente de partido político no trato dos interesses e na repre-
sentação da coligação no que se refere ao processo eleitoral.
Quando a atuação da coligação for judicial, v.g., ajuizamento de uma ação, o representante
da coligação ou um dos seus delegados deve providenciar a constituição de advogado, para
satisfazer a exigência da capacidade postulatória para estar em juízo.

5.7. Federações de Partidos


A criação de federações de partido é uma novidade introduzida pela Lei n. 14.208, de 28 de
setembro de 2021, que inclui o art. 11-A na Lei n. 9.096\95.
Segundo o novo dispositivo legal, dois ou mais partidos políticos poderão reunir-se em
federação, a qual, após sua constituição e respectivo registro perante o Tribunal Superior Elei-
toral, atuará como se fosse uma única agremiação partidária.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 25 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Não obstante a criação da federação, segundo o diploma legal, ficam assegurados a iden-
tidade e a autonomia dos partidos participantes da Federação, aplicando-se a ela, contudo, as
normas que regem o funcionamento parlamentar e a fidelidade partidária. Neste último caso, o
novel diploma legal é expresso em afirmar que perderá o mandato o detentor de cargo eletivo
que se desfiliar, sem justa causa, de partido que integra a federação.
A formação de federações é precedida por alguns eventos indispensáveis a sua constituição.
De início, os órgãos de direção nacional de cada um dos partidos que pretendem formar a
federação devem fazer constar em resolução essa decisão.
Além disso, devem ser criados um programa e um estatuto próprio da federação e consti-
tuídos os seus órgãos de direção nacional.
De posse da documentação comprobatória desses atos, os interessados devem encami-
nhá-la ao TSE para registro.
Não obstante, a EC defina como data limite para a criação das federações a data final de
realização das convenções partidárias, o Ministro Luís Roberto Barroso, ao julgar monocrati-
camente, em 8.12.2021, a ADI 7.021, decidiu liminarmente que as federações, a exemplo dos
partidos políticos, se quiserem participar do pleito, precisam ser registradas no TSE no prazo
de até 6 meses antes de sua realização. A decisão liminar será submetida ao plenário do STF.
A criação de federação obedecerá ainda às seguintes regras:
I – a federação somente poderá ser integrada por partidos com registro definitivo no Tribu-
nal Superior Eleitoral;
II – os partidos reunidos em federação deverão permanecer a ela filiados por, no mínimo,
4 (quatro) anos;
III – a federação poderá ser constituída até a data final do período de realização das con-
venções partidárias;
IV – a federação terá abrangência nacional e seu registro será encaminhado ao Tribunal
Superior Eleitoral.
A saída do partido da federação antes do prazo mínimo de 4 anos, acarretará a vedação de:
a) Ingressar em outra federação;
b) De celebrar coligação nas 2 (duas) eleições seguintes e, até completar o prazo mínimo
remanescente,
c) De utilizar o fundo partidário.
Na hipótese de saída de um partido da federação, esta continuará existindo até a eleição
seguinte, desde que nela permaneçam 2 (dois) ou mais partidos.
Por fim, com vistas a explicitar o funcionamento da federação durante o período eleitoral,
a nova orientação normativa dispõe que aplicam-se à federação de partidos todas as normas
que regem as atividades dos partidos políticos no que diz respeito às eleições, inclusive no que
se refere à escolha e registro de candidatos para as eleições majoritárias e proporcionais, à
arrecadação e aplicação de recursos em campanhas eleitorais, à propaganda eleitoral, à con-
tagem de votos, à obtenção de cadeiras, à prestação de contas e à convocação de suplentes.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 26 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Não confunda as federações de partidos com as coligações. Existem uma série de diferen-
ças entre elas, dentre as quais podemos destacar.
• A formação da coligação ocorre durante o período de realização das convenções par-
tidárias; a federação pode ser criada a qualquer tempo desde que não ultrapassado o
período de convenções partidárias;
• A coligação existe apenas durante o período eleitoral; a federação existe pelo prazo mí-
nimo de 4 anos;
• A coligação não possui necessariamente alcance nacional; a federação obrigatoriamen-
te terá o caráter nacional;
• A coligação não possui estatuto ou programa próprios; a federação possui programa e
estatuto;
• A regularidade da coligação é analisada, a cada eleição, no Demonstrativo de Regula-
ridade de Atos Partidários (DRAP); a regularidade da federação é analisada, uma única
vez, no seu pedido de registro.
• A decisão do partido de sair da coligação, embora possa lhe trazer prejuízos eleitorais,
não implica a vedação de participar de futuras coligações ou mesmo de receber recur-
sos do fundo partidário, como ocorre com o partido que decide deixar a federação antes
do prazo mínimo de 4 anos.

Por fim, o TSE, ao atualizar as resoluções para as eleições de 2022, fixou a regra de que tan-
to a Federação como os partidos que dela fazem parte devem, na escolha de seus candidatos,
observar a cota de gênero, prevista no art. 10, § 3º, da Lei n. 9.504/1997.

6. Escolha de Candidatos em Convenção


Para que o cidadão se apresente como elegível, ele deve não incidir em uma causa de ine-
legibilidade e, cumulativamente, preencher as condições de elegibilidade.
As condições de elegibilidade podem ser constitucionais, também denominadas próprias,
ou infraconstitucionais, também conhecidas como impróprias.
As de caráter constitucional estão elencadas no art. 14, § 3º, da Constituição Federal, nos
seguintes termos:

Art. 14, § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:


I – a nacionalidade brasileira;
II – o pleno exercício dos direitos políticos;
III – o alistamento eleitoral;
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;
V – a filiação partidária;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 27 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo
VI – a idade mínima de:
trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz
de paz;
dezoito anos para Vereador.

Ao enunciar as condições de elegibilidade constitucionais, contidas no art. 14, § 3º, da


CF/88, o legislador fez constar a seguinte prescrição: “na forma da lei”, tratando-se, portan-
to de uma norma de eficácia contida, de acordo com a classificação quanto à eficácia das
normas constitucionais de José Afonso da Silva. Isso significa que a norma constitucional
autoriza o legislador a regulamentar matéria, incluindo nessa autorização não apenas a possi-
bilidade de modificar as já existentes como também a de inovar no ordenamento jurídico para
criar condições de elegibilidade.
Para tanto, não há a necessidade de edição de lei complementar, basta a edição de lei
ordinária, tendo em vista que, conforme entendimento doutrinário, a instituição de leis com-
plementares fica restrita aos casos em que a Constituição expressamente exige sua edição, o
que não é o caso.
Nesse passo, o legislador infraconstitucional erigiu, na Lei das Eleições, as duas condições
de elegibilidade infraconstitucionais que temos atualmente: a quitação eleitoral e a escolha em
convenção partidária, esta última tema de nossa aula de hoje.
Todo cidadão que deseje se candidatar em pleitos eleitorais deve necessariamente se filiar
a um partido político, nos termos do art. 14, § 3º, V, da CF/88. Porém, vale notar, a filiação, por
si só, não garante o status de pretenso candidato da agremiação, porquanto, nos termos do
art. 11, § 14, da Lei das Eleições, ainda que o requerente tenha filiação partidária – condição
de elegibilidade constitucional –, é vedado o registro de sua candidatura avulsa, ou seja, sem
a escolha de seu nome por um partido político, em regra, em uma convenção partidária. Nes-
se sentido:

Não sendo comprovada a escolha do candidato em convenção partidária, o indeferimento


do pedido de registro de candidatura é medida que se impõe.
(RCAND n. 76744/DF, rel. Min. João Otávio de Noronha, PSESS de 5.8.2014).

Além de vedar as candidaturas avulsas, não há regra legal em vigor que ampare a chamada
candidatura nata. Embora o art. 8º, § 1º, da Lei n. 9.504/1997 estabeleça que aos detentores de
mandato de Deputado Federal, Estadual ou Distrital, ou de Vereador, e aos que tenham exercido
esses cargos em qualquer período da legislatura que estiver em curso, é assegurado o registro
de candidatura para o mesmo cargo pelo partido a que estejam filiados, o STF, ao apreciar a
ADIN 2530, suspendeu a eficácia dessa norma.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 28 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

A escolha de candidatos em convenção é matéria que deve ser deliberada, em regra, nas
reuniões partidárias, realizadas obrigatoriamente entre os dias 20 de julho a 5 de agosto do
ano da eleição. A Justiça Eleitoral não reconhece decisões sobre essas matérias deliberadas
em convenções realizadas fora desse prazo, por ferir a isonomia entre os partidos políticos e
comprometer a legitimidade do pleito. Nesse sentido:

1. As convenções destinadas à escolha dos candidatos e as deliberações acerca da for-


mação de coligações devem ocorrer no período compreendido entre 10 e 30 de junho
(atualmente 20 de julho a 5 de agosto) do ano em que se realizam as eleições. (Art. 8º,
caput, da Lei n. 9.504/1997).
2. É admissível que a convenção delegue à Comissão Executiva ou a outro órgão parti-
dário a efetiva formação de coligação ou a escolha de candidatos, o que poderá ocorrer
até o prazo previsto no art. 11 da Lei n. 9.504/1997, a saber, 5 de julho (atualmente 15 de
agosto). Precedente: RO n. 1329, Rel. Min. Gerardo Grossi, publicado em sessão em 24
de outubro de 2006.
3. In casu, inexistiu delegação dos convencionais ao órgão partidário municipal para a
escolha posterior dos candidatos. A extemporaneidade da convenção deveu-se à inadim-
plência dos filiados para com o partido político, posteriormente relevada para possibilitar
realização de nova convenção, já fora do prazo.
4. A concessão de prazo maior a determinada agremiação partidária para a escolha de
candidatos fere a isonomia entre os partidos políticos e compromete a legitimidade das
eleições.
(REspe n. 30584/MG, rel. Min. Felix Fischer, PSESS de 22.9.2008).

Como exceções a essa regra, temos: (i) a possibilidade de, na convenção partidária, haver
a delegação para algum órgão interno do partido deliberar sobre essas matérias, conforme já
estudamos ao tratar das coligações partidárias; (ii) a escolha de candidatos para vagas rema-
nescentes e; (iii) a substituição de candidatos.
Passemos, então, ao estudo da escolha de candidatos para vagas remanescentes e, em
seguida, a substituição de candidatos.

7. Vagas Remanescentes
Nos termos da Lei n. 14.211, de 1º de outubro de 2021, que modificou a redação do art 10
da Lei das Eleições, cada partido poderá registrar candidatos para a Câmara dos Deputados, a
Câmara Legislativa, as Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais no total de até 100%
(cem por cento) do número de lugares a preencher mais 1 (um).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 29 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Lembre-se que, de acordo com as mudanças promovidas pela Emenda Constitucional n.


97/2017, não se admite a formação de coligações para as eleições proporcionais.
Na hipótese de o partido não escolher em convenção partidária o número máximo de can-
didatos a que ele tem direito, as restantes são denominadas: vagas remanescentes. Essas
vagas remanescentes poderão ser preenchidas no prazo de até 30 dias antes da data das elei-
ções, nos termos do art. 10, § 5º, da Lei n. 9.504/1997.

Art. 10, § 5º No caso de as convenções para a escolha de candidatos não indicarem o número
máximo de candidatos previsto no caput, os órgãos de direção dos partidos respectivos poderão
preencher as vagas remanescentes até trinta dias antes do pleito. (Redação dada pela Lei n. 13.165,
de 2015)

Note que as vagas remanescentes surgem ao final da convenção partidária. De maneira


alguma se relacionam com a desistência ou ausência de registro de candidatos escolhidos em
convenção.
O preenchimento de vagas remanescentes não se aplica aos pleitos majoritários, apenas
aos pleitos proporcionais, conforme nos ensina Olivar Coneglian (2018, P. 86):

Se um partido não pediu, até o dia 15 de agosto do ano da eleição, o registro de candidato a prefeito,
não pode fazê-lo mais tarde. Se um partido, na eleição para senador onde existam duas vagas, indi-
car, durante a convenção, apenas um candidato, não poderá mais tarde indicar o segundo candidato.

Os candidatos indicados para o preenchimento das vagas remanescentes devem preen-


cher todas as condições de elegibilidade e não incidir em nenhuma das situações de inelegi-
bilidade, sob pena de indeferimento do registro de candidatura. Não há flexibilização de requi-
sitos, exigindo-se, inclusive, que a escolha seja realizada em uma convenção partidária ou, se
autorizada por esta, indicado pelo órgão competente do partido.
Entretanto, na maioria das vezes, as agremiações partidárias adotam um procedimento
mais simplificado para o preenchimento das vagas remanescentes. Para tanto, na própria con-
venção partidária em que surgiram as vagas, os convencionais delegam a atribuição da indica-
ção de vagas remanescentes para um órgão do partido, em regra, para a Comissão Executiva
do partido na circunscrição.
Tem-se, ainda, a possibilidade de haver o preenchimento de vagas remanescentes por can-
didatos já escolhidos em convenção, mas que, no período de registro de candidatura, não ti-
veram, nem pelo partido nem pelo próprio candidato, seus registros apresentados à Justiça
Eleitoral. Nesse caso, como assinala a jurisprudência, não é necessária, para a indicação do
partido, a deliberação posterior em convenção, tendo em vista que essa exigência já foi preen-
chida. Confira a ementa do julgado:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 30 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Registro. Escolha de candidato em convenção. Vaga remanescente. Nos termos dos arts.
10, § 5º, da Lei n. 9.504/1997 e 20, § 5º, da Res.-TSE n. 23.373, pode o partido político
preencher vaga remanescente com a indicação de candidato escolhido em convenção,
cujo registro não tenha sido requerido anteriormente na oportunidade própria, contanto
que existam vagas disponíveis e seja observado o prazo máximo previsto em lei, não se
exigindo que tal escolha decorra necessariamente de ulterior deliberação de órgão de
direção partidário. Recurso especial provido.
(REspe n. 504-42/RS, rel. Min. Arnaldo Versiani, PSESS de 2.10.2012).

Essas vagas, contudo, não podem ser preenchidas por candidatos que tiveram seu registro
de candidatura indeferido, com decisão transitada em julgado, para a mesma eleição. As vagas
remanescentes não se constituem em uma janela aberta para proporcionar uma nova chance
para cidadãos que já foram considerados inabilitados pela Justiça Eleitoral para participar do
certame (TSE, REspe n. 206-08/MT).
No preenchimento das vagas remanescentes, o partido pode indicar candidatos do gênero
feminino e masculino, contudo deve observar o número máximo de candidatos permitidos
e manter a observância dos percentuais mínimos de gênero, previsto no art. 10, § 3º, da Lei
das Eleições.

8. Identificação Numérica dos Candidatos


Cada partido político possui um número que o identifica na eleição. Esse número é definido
na análise do pedido de registro do partido junto ao TSE, v.g., DEM (25), PSDB (45) MDB (15)
entre outros. Sublinha-se, de pronto, que não existe número de coligação, apenas de partidos
políticos.
A exemplo dos partidos, os candidatos também são identificados por números na urna ele-
trônica. A fixação dessa numeração é realizada na própria convenção partidária que o escolhe.
Olivar Coneglian (2018, p. 128) nos lembra que:

Na eleição com urna eletrônica, o número substitui completamente o nome e se torna o único ele-
mento identificador. Com a urna tradicional e o voto escrito, o número tem tanto valor quanto o
nome, e só perde para este quando o eleitor pretende identificar o candidato pelo nome e pelo nú-
mero, mas acaba atribuindo ao candidato que identificou pelo nome um número diferente do dele.

Assim, o art. 15 da Lei das Eleições determina alguns critérios para definição do número
dos candidatos escolhidos em convenção. Parte do número é definido por esses critérios, a
outra pelo partido ao qual pertence o candidato.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 31 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Os candidatos aos cargos majoritários – Prefeito, Governador e Presidente da República


– concorrerão com o número identificador do partido ao qual estiverem filiados. Note que os
partidos e coligações somente podem escolher uma chapa, com titular e vice, para cada cargo
majoritário.
Nas eleições para o cargo de Senador, o número da chapa, formado por dois suplentes,
será formado pela identificação do partido, acrescido de um número à direita.
Os candidatos à Câmara dos Deputados concorrerão com o número do partido ao qual
estiverem filiados, acrescido de dois algarismos à direita.
Os candidatos às Assembleias Legislativas e à Câmara Distrital – no caso do DF –, concorrerão
com o número do partido ao qual estiverem filiados, acrescidos de três algarismos à direita.
No caso das eleições municipais, a Lei atribui ao TSE a competência para disciplinar os
critérios para definir a numeração dos candidatos. Considerando que essas eleições aconte-
cem em anos distintos das demais eleições, o TSE tem adotado os mesmos critérios para as
eleições estaduais/federais, de modo que a chapa para prefeito recebe o número do partido
ao qual pertence o titular da chapa, enquanto os vereadores concorrem com os dois primeiros
números do partido, acrescidos de mais três algarismos à direita.
A Lei das Eleições assegura aos partidos a manutenção da numeração utilizada nas elei-
ções anteriores e, assim, o número obtido originalmente no registro vai se perpetuando.
A escolha dos algarismos acrescidos à direita do número do partido é realizada por meio
de sorteio na convenção partidária, consoante dispõe o art. 100, § 2º, do CE, ressalvado:
• o direito de preferência dos candidatos que concorrem ao mesmo cargo pelo mesmo
partido a manter os números que lhes foram atribuídos na eleição anterior;
• Se a reeleição ocorrer por partido diferente daquele pelo qual disputou a eleição anterior,
ele não pode conservar o número anterior, porquanto os primeiros dois números neces-
sariamente serão diferentes. Pode, contudo, exercer junto ao novo partido o direito de
preferência na escolha dos números que serão acrescidos ao número do partido.

9. Propaganda Intrapartidária
Os postulantes às vagas podem divulgar aos convencionais seus nomes por meio da fixa-
ção de faixas e cartazes em local próximo ao local da convenção partidária, com mensagem
direcionada aos convencionais, vedado o uso de rádio, de televisão e de outdoor.
Por expressa previsão legal, o legislador dispôs que a utilização da propaganda intraparti-
dária deve se dar por aqueles que queiram exercer o seu direito à elegibilidade.
Dessa forma, em razão da condição de elegibilidade inscrita no art. 14, § 3º, V, da CF/88
somente poderá exercer o direito de propaganda intrapartidária o cidadão filiado a partido po-
lítico e que tenha a finalidade de ser candidato.
Além disso, o cidadão que deseja ser candidato deve restringir o âmbito de realização de
sua ação de propaganda aos limites do seu partido político, sob pena de possível configuração
de propaganda eleitoral antecipada.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 32 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Acerca dessa delimitação dos destinatários da propaganda intrapartidária, assim se mani-


festou o TSE:
Recurso especial eleitoral. Representação por propaganda eleitoral extemporânea (art. 36,
da Lei n. 9.504/1997). Configuração. Veiculação, em emissora de rádio, de propaganda intra-
partidária dirigida à população em geral. [...]” NE: “Conforme a orientação jurisprudencial do
Tribunal Superior Eleitoral, a propaganda intrapartidária deve limitar-se ao âmbito partidário
e configura-se como propaganda eleitoral extemporânea quando atinge toda a comunidade.”
(REspe n. 43736, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 13.6.2011).
Portanto, na propaganda intrapartidária, não se deve buscar o apoio do eleitorado, mas sim
dos convencionais do partido.
Para evitar a extrapolação do exercício do direito de propaganda intrapartidária e garantir a
sua divulgação unicamente aos convencionais, segundo entendimento jurisprudencial do TSE,
além de haver a delimitação dos receptores dessa espécie de publicidade, deve-se estabelecer
ainda um espaço geográfico em que será admissível a sua realização.
Deveras, segundo a mencionada posição da Corte Eleitoral, a afixação de faixas, cartazes,
distribuição de panfletos e outras formas de expressão da propaganda intrapartidária somente
serão admitidas nas imediações do local de realização das convenções partidárias.
Quanto ao período de sua realização, a propaganda intrapartidária poderá ser executada
pelo filiado no período de quinze dias antes da data da realização das convenções.

Art. 36, § 1º Ao postulante a candidatura a cargo eletivo é permitida a realização, na quinzena an-
terior à escolha pelo partido, de propaganda intrapartidária com vista à indicação de seu nome [...].

Veja que o período admitido para realização da propaganda intrapartidária não leva em
consideração a data de início do período de escolha em convenção partidária – 20 de julho
do ano eleitoral. Na verdade, a contar da data definida pelo partido para a realização de sua
convenção partidária, o postulante a candidato tem os quinze dias anteriores para divulgar sua
pretensão de participar do certame eleitoral.
Ademais, a Lei n. 9.504/1997, no referido § 1º do art. 36, ainda estabelece a razão de existir
da propaganda intrapartidária, qual seja: buscar a indicação do nome do filiado como candida-
to pela agremiação partidária.
Dada a sua finalidade e os seus destinatários, a Lei das Eleições impõe limites à sua utiliza-
ção pelos pretensos candidatos. Com efeito, para impedir o acesso a essa propaganda pelos
eleitores em geral, o art. 36, § 1º do mencionado diploma legal definiu expressamente formas
de execução da propaganda intrapartidária que, dado o seu potencial de disseminação, estão
proibidas. São elas:
• uso de outdoor;
• uso do rádio;
• uso da televisão.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 33 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Não obstante, o dispositivo legal ainda faça menção a outdoor, sublinho que esse meio
propagandístico é vedado inclusive no período permitido de propaganda eleitoral, nos termos
do art. 39, § 8º, da Lei das Eleições.
Em acréscimo, ressalto que também não é permitida a divulgação de propaganda intrapar-
tidária em redes sociais, como, por exemplo, o facebook (REspe n. 264-28/RJ, rel. Min. Edson
Fachin, DJe de 3.12.2018)
Ainda para impedir o acesso do eleitorado aos pretensos candidatos, esta propaganda,
que deve atingir apenas os convencionais do partido, deve imediatamente ser retirada após a
realização da convenção partidária, conforme estabelece o art. 36, § 1º, da Lei n. 9.504/1997.
Veja uma decisão do TSE em que houve o reconhecimento da violação das restrições im-
postas no exercício do direito de propaganda intrapartidária, especialmente, em razão do po-
tencial de transpor as barreiras do partido e alcançar o eleitorado:
Propaganda eleitoral antecipada configurada. Extrapolação dos limites da propaganda in-
trapartidária. [...] 2. A dimensão ostensiva (outdoor) da propaganda, a localização (praça pú-
blica) e os elementos nela contidos (foto, nome, número, sigla partidária e dizeres indicando
os candidatos como uma escolha do povo) são suficientes para levar ao conhecimento geral a
candidatura dos agravantes ao futuro pleito, o que configura a propaganda eleitoral extempo-
rânea e afasta a tese de que se trata de propaganda intrapartidária.
(AI n. 63609, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 22.11.2013)
Por último, vale ressaltar que é vedada a transmissão ao vivo por emissora de rádio e tele-
visão das prévias partidárias, sem prejuízo da cobertura dos meios de comunicação social, nos
termos do art. 36-A, § 1º, da Lei n. 9.504/1997.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 34 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

RESUMO
Lei das Eleições: Disposições Gerais

Em substituição às leis temporárias que disciplinavam cada eleição, o legislador editou a


Lei n. 9.504/1997, também conhecida como Lei das Eleições, que passou a regular, de forma
permanente, as eleições realizadas no país.
As resoluções do TSE passaram a ter caráter permanente desde as eleições de 2020, de
modo que, sem prejuízo de acolher inovações jurisprudenciais e legislativas, para as eleições
seguintes não haverá a edição de novas resoluções.
O art. 1º da Lei n. 9.504/1997 estabelece que eleições para todos os cargos eletivos – de
Presidente da República a Vereador – realizam-se em todo o país, no primeiro domingo de ou-
tubro de ano eleitoral.
As eleições para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e
Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, Senador, Deputado Federal, Deputado Esta-
dual e Deputado Distrital. As eleições para os cargos de Vereador, Prefeito e Vice-Prefeito são
realizadas em anos distintos dos demais cargos.
Para serem eleitos no 1º turno os candidatos aos cargos de Presidente e Governador de-
vem obter maioria absoluta dos votos, não computados os em branco e os nulos. Essa mesma
regra se aplica ao cargo de prefeito nos municípios com mais de 200 mil eleitores.
Em caso de morte, desistência ou impedimento legal do titular da chapa apta a participar
do 2º turno das eleições, deve ser convocado o de maior votação entre os remanescentes e, no
caso de empate entre eles, o mais idoso.
Se o impedimento do vice for em razão do evento morte, ainda que ultrapassado o período
de substituição previsto no art. 13 da Lei das Eleições, a troca pode ocorrer sem prejuízo algum
à chapa, desde que, é claro, respeitado o prazo de dez dias do evento.
Se a substituição do vice for necessária entre o 1º e o 2º turnos da eleição, em razão de sua
desistência ou impedimento legal – incidência de uma inelegibilidade –, a sorte da chapa deve
ser apreciada à luz do princípio da Unicidade ou Indivisibilidade da Chapa, também denomina-
do princípio da Irregistrabilidade da Chapa Incompleta ou Insuficientemente Formada, com o
temperamento que tem dado a jurisprudência do TSE.
Poderá participar das eleições o partido que, até seis meses antes do pleito, tenha regis-
trado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral, conforme o disposto em lei, e tenha, até a
data da convenção, órgão de direção constituído na circunscrição, de acordo com o respecti-
vo estatuto.
Nas eleições proporcionais, contam-se como válidos apenas os votos dados a candidatos
regularmente inscritos e às legendas partidárias.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 35 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Princípio da Unicidade da Chapa

O art. 77, § 1º, da CF/88 afirma que a eleição do Presidente da República importará a do Vi-
ce-Presidente com ele registrado. A ideia subjacente é de unidade, na qual ambos estão envol-
tos pela mesma cápsula. Essa concepção de unicidade é a gênese do cognominado princípio
da Unicidade ou Indivisibilidade da Chapa, também denominado princípio da Irregistrabilidade
da Chapa Incompleta ou Insuficientemente Formada.
Segundo o princípio da unicidade da chapa, que ostenta matiz constitucional, é imprescin-
dível que a chapa majoritária tenha os pedidos de registro do vice e do titular deferidos, sob
pena de a negativa de um deles inviabilizar toda a chapa. Daí decorre também a necessidade
de as ações eleitorais que tenham força para cassar a chapa exigirem a presença de ambos
no polo passivo da demanda.

Convenções Partidárias

As convenções partidárias são reuniões promovidas pelos filiados, denominados conven-


cionais, a fim de deliberar sobre questões internas da agremiação.
As convenções partidárias para a escolha de candidatos e formação de coligação são obri-
gatoriamente realizadas entre os dias 20 de julho a 5 de agosto.
À exceção da convenção municipal, que deve ocorrer no município onde realizada as elei-
ções, para as demais, de âmbito nacional e estadual, o partido pode, observando seu estatuto,
definir qualquer local dentro do país.
A convenção partidária deve ser convocada pelo diretório da circunscrição, por carta, noti-
ficação pessoal, edital ou outro meio eficaz, de acordo com o definido no estatuto do partido.
A definição do prazo a ser observado entre a convocação dos convencionais e a realização
da convenção partidária, bem como, o quorum de deliberação para iniciar a reunião e deliberar
sobre a pauta são questões interna corporis do partido, definidas no estatuto da agremiação.
O princípio da autonomia partidária garante independência para o partido editar as regras
para a realização de suas convenções partidárias, escolha de candidatos e definição sobre a
formação das coligações.
As decisões partidárias internas, inclusive as produzidas em convenções partidárias, ainda
que protegidas pelo manto do princípio da autonomia partidária, não podem ficar imunes ao
controle jurisdicional quando violarem o processo democrático ou atentarem contra os direitos
fundamentais dos filiados.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 36 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Coligações Partidárias

As coligações partidárias representam a união de partidos que, no período eleitoral, juntam


suas forças e atuam em conjunto para obter votos suficientes para eleger seus candidatos, que
são escolhidos do quadro de filiados dos partidos que dela fazem parte.
As coligações partidárias são pessoas jurídicas de direito privado pro tempore (temporá-
ria), que existem apenas entre a data de sua formalização, ocorrida na convenção do partido e
o término do período eleitoral.
A formação de coligações não segue a regra da verticalização, mas sofre a incidência do
princípio da liberdade de formação das coligações. Assim, nada impede que partidos coliga-
dos em nível nacional para o cargo de Presidente da República sejam adversários nas eleições
realizadas nos Estados.
A antiga redação do art. 17, § 1º, da CF admitia a formação de coligação em ambos os
sistemas eleitorais – majoritário e proporcional. A partir da edição da EC n. 97, de 2017, que
alterou a redação do citado artigo constitucional, a formação de coligações ficou restrita ao
sistema majoritário.
A vontade de os partidos se coligarem se vincula, em regra, a diretrizes estabelecidas li-
vremente no estatuto das agremiações, em homenagem ao princípio da Autonomia Partidária,
insculpido no art. 17, § 1º, da CF.
Caso o estatuto seja omisso, caberá ao órgão de direção nacional do partido político, de
forma exclusiva, estabelecê-las, publicando-as no Diário Oficial da União em até 180 dias da
eleição (Lei n. 9.504/1997, art. 7º, § 1º).
Se a convenção partidária de nível inferior se opuser, na deliberação sobre coligações, às
diretrizes legitimamente estabelecidas pelo órgão de direção nacional, no respectivo estatuto
ou em publicação avulsa no DJU, esse órgão de cúpula do partido poderá anular a deliberação
e os atos dela decorrentes, em reforço ao caráter nacional dos partidos políticos.
Qualquer filiado ao partido, ainda que não seja candidato, pode, em caráter excepcional,
impugnar pedido de registro de coligação integrada pelo respectivo partido, nas hipóteses de
eventuais irregularidades ocorridas na convenção partidária.
Coligações ou partidos adversários não podem questionar vícios ocorridos na convenção
de partidos adversários por se tratar de matéria interna corporis.
É permitido que, nas convenções partidárias para a escolha de candidatos e formação de
coligações, os convencionais deleguem essas atribuições à Comissão Executiva ou a outro
órgão partidário.
No processo de formação de coligações para as eleições majoritárias, um único partido
não pode participar de duas coligações diferentes com partidos diversos em uma mesma cir-
cunscrição.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 37 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

A coligação pode optar por uma denominação própria ou por ser reconhecida pela junção
de todas as siglas dos partidos que a integram.
A denominação da coligação não poderá incluir ou fazer referência a nome ou número de
candidato, nem conter pedido de voto para partido político.
A coligação funcionará como um só partido no relacionamento com a Justiça Eleitoral e
no trato dos interesses inter partidários, substituindo-se às agremiações que a ela pertençam.
O partido político coligado somente possui legitimidade para atuar de forma isolada no
processo eleitoral quando questionar a validade da própria coligação, durante o período com-
preendido entre a data da convenção e o termo final do prazo para a impugnação do registro
de candidatos.

Escolha de Candidatos em Convenção Partidária

Todo cidadão que deseje se candidatar em pleitos eleitorais deve necessariamente se filiar
a um partido político, nos termos do art. 14, § 3º, V, da CF/88.
É vedado o registro de sua candidatura avulsa, ou seja, sem a escolha de seu nome por um
partido político, em regra, em uma convenção partidária.
A escolha de candidatos em convenção é, com a deliberação sobre formação de coligação,
matéria que deve ser deliberada, em regra, nas reuniões partidárias realizadas obrigatoriamen-
te entre os dias 20 de julho a 5 de agosto do ano da eleição.
Não há regra legal em vigor que ampare a chamada candidatura nata, porquanto o art. 8º,
§ 1º, da Lei das Eleições teve, por meio de decisão cautelar do STF, na ADIN n. 2530, sua eficá-
cia suspensa.

Federações de Partidos Políticos

Federação de partidos é a reunião de dois ou mais partidos políticos, a qual, após sua cons-
tituição e respectivo registro perante o Tribunal Superior Eleitoral, atuará como se fosse uma
única agremiação partidária.
A federação somente poderá ser integrada por partidos com registro definitivo no Tribunal
Superior Eleitoral;
Os partidos reunidos em federação deverão permanecer a ela filiados por, no mínimo, 4
(quatro) anos;
A federação poderá ser constituída até a data final do período de realização das conven-
ções partidárias;
A federação terá abrangência nacional e seu registro será encaminhado ao Tribunal Supe-
rior Eleitoral.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 38 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Vagas Remanescentes

Nos termos da Lei n. 14.211, de 1º de outubro de 2021, que modificou a redação do art 10
da Lei das Eleições, cada partido poderá registrar candidatos para a Câmara dos Deputados, a
Câmara Legislativa, as Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais no total de até 100%
(cem por cento) do número de lugares a preencher mais 1 (um).
Nas unidades da Federação em que o número de lugares a preencher para a Câmara dos
Deputados não exceder a doze, cada partido poderá registrar candidatos a Deputado Federal e
a Deputado Estadual ou Distrital no total de até 200% das respectivas vagas.
Na hipótese de o partido não apresentar o número máximo permitido de candidatos per-
mitido em lei, as vagas restantes são denominadas de vagas remanescentes, que podem ser
preenchidas até 30 dias antes da data do pleito.
O preenchimento de vagas remanescentes não se aplica aos pleitos majoritários.
No preenchimento das vagas remanescentes, o partido pode indicar candidatos do gênero
feminino e masculino, contudo deve observar o número máximo de candidatos permitidos
e manter a observância dos percentuais mínimos de gênero, previsto no art. 10, § 3º, da Lei
das Eleições.
Essas vagas, contudo, não podem ser preenchidas por candidatos que tiveram seu registro
de candidatura indeferido, com decisão transitada em julgado, para a mesma eleição.

Identificação Numérica de Candidatos

Cada partido político possui um número que o identifica na eleição.


A exemplo dos partidos, os candidatos também são identificados por números na urna ele-
trônica. A fixação dessa numeração é realizada na própria convenção partidária que o escolhe.
Os candidatos aos cargos majoritários – Prefeito, Governador e Presidente da República –
concorrerão com o número identificador do partido ao qual estiverem filiados.
Nas eleições para o cargo de Senador, o número da chapa, formado por dois suplentes,
será formado pela identificação do partido, acrescido de um número à direita.
Os candidatos à Câmara dos Deputados concorrerão com o número do partido ao qual
estiverem filiados, acrescido de dois algarismos à direita.
Os candidatos às Assembleias Legislativas e à Câmara Distrital – no caso do DF –, concorre-
rão com o número do partido ao qual estiverem filiados, acrescidos de três algarismos à direita.
No caso das eleições municipais, a Lei atribui ao TSE a competência para disciplinar os
critérios para definir a numeração dos candidatos. Considerando que essas eleições aconte-
cem em anos distintos das demais eleições, o TSE tem adotado os mesmos critérios para as
eleições estaduais/federais, de modo que a chapa para prefeito recebe o número do partido
ao qual pertence o titular da chapa, enquanto os vereadores concorrem com os dois primeiros
números do partido, acrescidos de mais três algarismos à direita.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 39 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

A escolha dos algarismos acrescidos à direita do número do partido é realizada por meio
de sorteio na convenção partidária, consoante dispõe o art. 100, § 2º, do CE.

Propaganda Intrapartidária

Os postulantes às vagas podem divulgar aos convencionais seus nomes por meio da fixa-
ção de faixas e cartazes em local próximo ao local da convenção partidária, com mensagem
direcionada aos convencionais, vedado o uso de rádio, de televisão e de outdoor.
Somente poderá exercer o direito de propaganda intrapartidária o cidadão filiado a partido
político e que tenha a finalidade de ser candidato
A afixação de faixas, cartazes, distribuição de panfletos e outras formas de expressão da
propaganda intrapartidária somente serão admitidas nas imediações do local de realização
das convenções partidárias.
A propaganda intrapartidária poderá ser executada pelo filiado no período de quinze dias
antes da data da realização das convenções.
Na propaganda intrapartidária, não se deve buscar o apoio do eleitorado, mas sim dos con-
vencionais do partido, sob pena de ficar configurada propaganda eleitoral antecipada.
A afixação de faixas, cartazes, distribuição de panfletos e outras formas de expressão da
propaganda intrapartidária somente serão admitidas nas imediações do local de realização
das convenções partidárias.
A propaganda intrapartidária, que deve atingir apenas os convencionais do partido, deve
imediatamente ser retirada após a realização da convenção partidária, conforme estabelece o
art. 36, § 1º, da Lei n. 9.504/1997.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 40 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

QUESTÕES DE CONCURSO
001. (FCC/2002/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-PI) Poderá concorrer com
candidato próprio ao cargo de Presidente da República nas eleições de 2002 o partido que
a) consiga a regularização legal do registro de seu estatuto até a data limite das convenções.
b) tenha registrado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral até um ano antes do pleito.
c) esteja registrado dentro de seis meses do pleito e tenha representação no Congresso Nacio-
nal, ainda que baseada em filiações recentes.
d) providencie o registro de seu estatuto até a data em que o Tribunal Superior Eleitoral deferir
o pedido de registro da candidatura.
e) haja obtido registro de seu estatuto nos órgãos competentes no mínimo há dois anos.

002. (CESPE/2010/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-MT) Considere que cer-


ta eleição municipal com dois concorrentes ao cargo de prefeito tenha terminado empatada,
sendo que um dos candidatos teve seu registro indeferido pela justiça eleitoral, sob o argumen-
to de que se encontrava inelegível em decorrência de ter suas contas reprovadas pelo tribunal
de contas. Com base nessa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) A aferição das condições de elegibilidade e causas de inelegibilidade deve ser realizada até
o dia da eleição.
b) Será necessariamente declarado eleito o candidato que teve o registro deferido, por ter sido
o único que obteve votos válidos.
c) Para fins de aplicação do dispositivo previsto no Código Eleitoral, somam-se aos votos anu-
lados em decorrência da prática de conduta vedada os votos nulos por manifestação apolítica
de eleitores.
d) A reprovação de contas pelo tribunal de contas ou pelo Poder Legislativo necessariamente
acarreta inelegibilidade e, por consequência, indeferimento do registro.
e) Caso o registro seja posteriormente deferido pela justiça eleitoral, deve ser declarado eleito
o candidato mais idoso.

003. (CESPE/2015/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-RS) As eleições


para prefeitos, vice-prefeitos e vereadores aproximam-se. Em determinado município, de acor-
do com a última pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na data das
eleições, haverá pouco menos de vinte e seis mil eleitores alistados. Considerando que a pre-
sente situação hipotética se concretize, assinale a opção correta.
a) Os partidos de candidatos a vereadores têm a prerrogativa de coligarem-se para o registro
de candidatos comuns, desde que pelo menos três partidos queiram fazê-lo.
b) As eleições para prefeitos e vice-prefeitos têm de ser obrigatoriamente realizadas na mesma
data. Entretanto, não estão vinculadas ao sufrágio simultâneo para a escolha dos vereadores.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 41 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

c) Ao final da apuração, serão considerados vencedores das eleições aqueles candidatos a prefeito
e vice-prefeito que auferirem a maioria dos votos válidos, desconsiderando-se os brancos e nulos,
desde que ao menos 50% mais um dos eleitores alistados exerçam efetivamente o ato de votar.
d) Nas eleições para prefeito e vice-prefeito do referido município, o número de eleitores alis-
tados em nada interfere no procedimento eleitoral, sendo que, se o prefeito obtiver a maioria
dos votos entre seus concorrentes, representará, de modo irretratável, sua eleição e a do vice-
-prefeito com ele registrado.
e) Para concorrer às eleições, os vereadores deverão possuir domicílio eleitoral e filiação parti-
dária deferida na respectiva circunscrição há pelo menos seis meses antes das eleições.

004. (CESPE/2007/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA/TRE-PA) De acordo com os co-


mandos contidos na Lei n. 9.504/1997, as eleições para presidente e vice-presidente da Re-
pública, governador e vice-governador de estado e do Distrito Federal, prefeito e vice-prefeito,
senador, deputado federal, deputado estadual, deputado distrital e vereador dar-se-ão, em todo
o país, no primeiro domingo de outubro do ano respectivo. Acerca das eleições, e de acordo
com a referida lei federal, assinale a opção incorreta.
a) As eleições de âmbito federal e estadual, vale dizer, para presidente e vice-presidente da
República, governador e vice-governador de estado e do Distrito Federal, senador, deputado
federal, deputado estadual e deputado distrital são realizadas simultaneamente.
b) As eleições de âmbito municipal, vale dizer, para prefeito, vice-prefeito e vereador, são reali-
zadas simultaneamente.
c) O candidato a presidente ou a governador que obtiver a maioria absoluta de votos, não com-
putados os em branco e os nulos, será considerado eleito.
d) Na eleição para prefeito de municípios com mais de 200 mil habitantes, se nenhum candida-
to alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição no último domingo de
outubro, concorrendo os dois candidatos mais votados, e considerando-se eleito o que obtiver
a maioria dos votos válidos.
e) O partido que, até um ano antes do pleito, não tenha registrado seu estatuto no TSE, ou não
tenha, até a data da convenção, órgão de direção constituído na circunscrição, não poderá
participar das eleições.

005. (VUNESP/2018/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TRE-SP) Sobre a eleição para Presi-


dente da República ou para Governador, é INCORRETO afirmar que
a) quando for caso de 2 (dois) turnos, se ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de
candidato, não poderá o partido promover a respectiva substituição.
b) quando for caso de 2 (dois) turnos, se ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de
candidato, será convocado, dentre os remanescentes, o de maior votação.
c) será considerado eleito o que obtiver maioria absoluta de votos, excluídos somente os nulos.
d) será considerado eleito o que obtiver a maioria absoluta de votos, excluídos os bran-
cos e nulos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 42 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

006. (CESPE/2009/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TRF-5ª REGIÃO) Com relação aos parti-


dos políticos, ao alistamento, à eleição e aos direitos políticos, assinale a opção correta.
a) Considere que Petrônio tenha sido eleito e diplomado no cargo de prefeito de certo muni-
cípio no dia 1º/1/2008. Nessa situação hipotética, o mandato eletivo de Petrônio poderá ser
impugnado ante a justiça eleitoral, no prazo de 15 dias a contar da diplomação, por meio de
ação instruída com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
b) Os partidos políticos adquirem personalidade jurídica com registro dos seus estatutos no
Tribunal Superior Eleitoral.
c) É vedado aos estrangeiros, ainda que naturalizados brasileiros, o alistamento como eleitores.
d) Suponha que Pedro, deputado federal pelo estado X, seja filho do atual governador do mes-
mo estado. Nessa situação hipotética, Pedro é inelegível para concorrer à reeleição para um
segundo mandato parlamentar pelo referido estado.
e) A condenação criminal com trânsito em julgado ensejará a perda dos direitos políticos do
condenado.

007. (FAPEU/2005/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-SC) Leia com


atenção as alternativas abaixo, assinalando a INCORRETA.
a) É facultado aos partidos políticos, dentro da mesma circunscrição, celebrar coligação so-
mente para a eleição majoritária, devendo ter denominação própria, que poderá ser a junção
de todas as siglas dos partidos que a integram, sendo a ela atribuídas as prerrogativas e obri-
gações de partido político no que se refere ao processo eleitoral.
b) Se a convenção partidária de nível inferior se opuser, na deliberação sobre coligações, às di-
retrizes legitimamente estabelecidas pela Convenção nacional, os órgãos do partido poderão,
nos termos do respectivo estatuto, anular a deliberação e os atos dela decorrentes.
c) Havendo fusão ou incorporação de partidos após o prazo estipulado para o candidato ad-
quirir as condições legais para participar do pleito, será considerada, para efeito de filiação
partidária, a data de filiação do candidato ao partido de origem.
d) O Código Eleitoral contém as normas destinadas a assegurar a organização e o exercício
de direitos políticos, principalmente os de votar e ser votado, sendo que o Tribunal Superior
Eleitoral expedirá as instruções para a sua fiel execução.

008. (FCC/2004/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PE) Considere as


afirmativas:
I – Os Partidos Alfa, Beta, Gama e Delta coligaram-se para Prefeito Municipal. Os Partidos
Alfa e Beta formaram uma coligação e os partidos Gama e Delta formaram outra coligação
para Vereador.
II – Os Partidos Alfa, Beta, Gama e Delta coligaram-se para Prefeito Municipal. Os Partidos
Alfa, Beta e Gama formaram uma coligação para Vereador. E o Partido Delta resolveu disputar
isoladamente a eleição proporcional.
III – Os Partidos Alfa e Beta coligaram-se para Prefeito Municipal. Os Partidos Gama e Delta
formaram outra coligação para Prefeito Municipal.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 43 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Esses quatro Partidos coligaram-se para Vereador. Nesses casos APENAS


a) I é válido.
b) I e II são válidos.
c) I e III são válidos.
d) II e III são válidos.
e) III é válido.

009. (CESPE/2019/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-PA) Ação ajuizada durante processo


eleitoral por um dos partidos de determinada coligação para discutir eventual situação ilícita
a) deverá ser extinta sem resolução do mérito, uma vez que o partido político coligado não tem
legitimidade para atuar de forma isolada no curso do processo eleitoral.
b) poderá prosseguir para análise do mérito da demanda, pois não se pode limitar o direito de
ação de partido que participa de coligação eleitoral.
c) poderá prosseguir na análise do mérito da demanda, no caso de tratar-se de ação eleitoral
de cassação.
d) deverá ser extinta sem resolução do mérito somente no caso de a situação ilícita se referir
a suspeita de captação ilegal de sufrágio.
e) poderá prosseguir na análise do mérito da demanda somente no caso de a situação ilícita
se referir a suspeita de captação ilegal de sufrágio.

010. (FCC/2017/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-SP) Os partidos polí-


ticos X, Y e Z, dentro da mesma circunscrição, celebraram coligações para eleição majoritária
e proporcional, observadas todas as normas legais para sua formação. Chegado o momento
próprio, descobriram que, na realização de propaganda na televisão para eleição majoritária, a
coligação usará,
a) facultativamente, sob sua denominação, as legendas de todos os partidos que a integram, e,
na propaganda para eleição proporcional, cada partido usará apenas sua legenda sob o nome
da coligação.
b) obrigatoriamente, sob sua denominação, as legendas de todos os partidos que a integram,
e, na propaganda para eleição proporcional, cada partido usará apenas sua legenda sob o
nome da coligação.
c) obrigatoriamente, apenas a legenda do partido ao qual o candidato é filiado, sob o nome da
coligação, e, na propaganda para eleição proporcional, usará, também obrigatoriamente, sob
sua denominação, as legendas de todos os partidos que a integram.
d) facultativamente, sob sua denominação, as legendas de todos os partidos que a integram,
aplicando-se a mesma regra na propaganda para eleição proporcional.
e) obrigatoriamente, como denominação, a junção de todas as siglas dos partidos que a inte-
gram, e, na propaganda para eleição proporcional, cada partido poderá usar, facultativamente,
sua legenda sob o nome da coligação.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 44 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

011. (CESPE/2017/DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO/PC-GO) Em ano eleitoral, na con-


venção estadual do partido Pdy, a direção apresentou proposta de coligação e relação de can-
didatos a deputado federal. Com referência a essa situação hipotética, cada uma das próximas
opções apresenta uma situação também hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada,
de acordo com o que prescreve a Lei n.º 9.504/1997, que estabelece normas para as eleições.
Assinale a opção que apresenta a assertiva correta.
a) A lista de candidatos a deputado federal do Pdy conta dois candidatos que enfrentam pro-
cessos, ainda não concluídos, de expulsão do partido. Nessa situação, os nomes desses dois
candidatos devem ser substituídos, pois a lei prevê o imediato cancelamento do registro de
candidatos submetidos a processo de expulsão do partido a que pertençam.
b) Dos componentes da lista de candidatos do Pdy, 50% deles são do sexo feminino. Nessa
situação, de acordo com a lei em apreço, a lista deverá ser recomposta, de forma a conter, no
máximo, 30% de candidatos desse sexo e 70%, no mínimo, de candidatos do sexo masculino.
c) O Pdy estadual deliberou coligar-se com outros dois partidos, em afronta direta às diretrizes
estatutárias do órgão de direção nacional do Pdy. Nessa situação, o diretório nacional do Pdy
poderá, nos termos do estatuto do partido, anular a referida deliberação feita em convenção
estadual e os atos dela decorrentes.
d) Na convenção, ficou decidido que seriam apresentados vinte e um candidatos para concor-
rer às quatorze vagas de deputado federal reservadas para o estado. Nessa situação, o número
de candidatos a ser apresentado pelo partido ou pela coligação deveria corresponder a 200%
das respectivas vagas, ou seja, vinte e oito candidatos.
e) A lista de candidatos a deputado federal do Pdy inclui um candidato que somente comple-
tará vinte e um anos de idade no dia seis de outubro, um dia após a data das eleições. Nessa
situação, esse candidato terá de ser substituído por outro candidato que complete a idade
mínima de vinte e um anos até a data do certame eleitoral.

012. (IADES/2014/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PA) No que se re-


fere à coligação partidária, à luz da Lei das Eleições, assinale a alternativa correta.
a) É vedado aos partidos políticos, dentro da mesma circunscrição, celebrar coligações para
eleição majoritária.
b) Na propaganda para eleição majoritária, a coligação usará, facultativamente, sob a própria
denominação, as legendas de todos os partidos que a integram.
c) Na propaganda para eleição proporcional, cada partido usará apenas sua legenda sob o
nome da coligação.
d) Poderá participar das eleições o partido que, até seis meses antes do pleito, tenha registra-
do o respectivo estatuto no Tribunal Regional Eleitoral.
e) Será considerado eleito o candidato a presidente que obtiver a maioria absoluta de votos
computados em branco e nulos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 45 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

013. (FCC/2012/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TJ-RJ) Augustus é candi-


dato a Prefeito Municipal pela coligação integrada pelos partidos Alpha, Beta e Gama, com a
denominação “Augustus para o bem de todos”. Os partidos Alpha e Beta celebraram coliga-
ção para Vereador, com a denominação “Vote só nos candidatos dos partidos Alpha e Beta”,
sendo que o partido Gama preferiu lançar candidatos próprios para a eleição proporcional.
Nesse caso,
a) as duas coligações podem ser formadas, mas não podem ter as denominações que lhes
foram dadas.
b) as duas coligações podem ser formadas e podem ter as denominações que lhes foram dadas.
c) a coligação para a eleição proporcional não pode ser formada, porque não inclui todos os
partidos que compõe a coligação para a eleição majoritária.
d) a coligação para as eleições majoritárias não pode ser formada, porque inclui mais partidos
do que os que compõem a coligação para a eleição proporcional.
e) a coligação para a eleição majoritária pode ser formada e ter a denominação que lhe foi
dada, sendo que a coligação para a eleição proporcional pode ser formada, mas não pode ter
a denominação que lhe foi dada.

014. (CESPE/2016/DELEGADO DE POLÍCIA/PC-PE) Com relação às convenções partidárias


para a escolha de candidatos, assinale a opção correta.
a) O prazo para que os partidos políticos deliberem com relação a seus candidatos e com rela-
ção às possíveis coligações é de, no mínimo, seis meses antes da data da eleição.
b) Para que possa concorrer em uma eleição, o candidato a vereador deverá ter domicílio elei-
toral na circunscrição e estar com a filiação deferida pelo partido político, no mínimo, seis
meses antes da data da eleição.
c) O estatuto de cada partido político regerá as normas para a escolha e a substituição de
candidatos; em caso de omissão do referido estatuto, caberá ao órgão de direção nacional do
partido, ou ao estadual, ou ao municipal, de acordo com o respectivo pleito eleitoral, estabele-
cer tais regramentos.
d) Caberá aos diretórios partidários estadual e municipal deliberarem sobre as coligações em
seus respectivos pleitos eleitorais; a legislação veda a interferência do diretório nacional em
tais decisões, ainda que haja posições divergentes, decorrentes da autonomia das decisões
desses diretórios.
e) As candidaturas natas, às quais deputados e vereadores em exercício de seus mandatos
eletivos assegurariam o registro de suas candidaturas para o mesmo cargo, não encontram
respaldo no ordenamento jurídico brasileiro.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 46 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

015. (CESPE/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-TO) Com rela-


ção ao alistamento eleitoral e à inelegibilidade, assinale a opção correta à luz da legislação
pertinente.
a) Caso seja sobrinho do prefeito da cidade, o cidadão se tornará inelegível naquele território
de jurisdição, por expressa determinação legal.
b) Um cidadão estará impedido de concorrer às eleições, caso, embora devidamente filiado ao
partido político, tenha transferido seu domicílio eleitoral dez meses antes do pleito.
c) Um cidadão, líder de uma comunidade indígena, estará impedido de se candidatar nas elei-
ções se não comprovar o domínio da língua portuguesa, por expressa determinação cons-
titucional.
d) Caso seja condenado em primeira instância por crime contra o meio ambiente, o detentor de
cargo eletivo estará impedido de registrar sua candidatura à reeleição.
e) Um cidadão poderá comprovar sua elegibilidade caso complete dezoito anos de idade um
mês antes da data da sua posse como vereador.

016. (FCC/2017/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-SC) Para concorrer às eleições, o candi-


dato deverá possuir, entre outras condições,
a) domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de, pelo menos, um ano antes do
pleito e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo.
b) domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de, pelo menos, um ano antes do
pleito, ressalvado o caso de transferência ou remoção de servidor público ou de membro de
sua família.
c) filiação deferida pelo partido no mínimo um ano antes da data da eleição, caso o estatuto
partidário não estabeleça prazo inferior.
d) domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de, pelo menos, seis meses antes
do pleito e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo.
e) domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de, pelo menos, um ano antes
do pleito, e estar com a filiação deferida pelo partido no mínimo seis meses antes da data
da eleição.

017. (FCC/2012/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TJ-RJ) As convenções


partidárias para escolha de candidatos
a) não poderão, por falta de atribuição legal, deliberar sobre coligações.
b) poderão ser realizadas gratuitamente em prédios públicos, responsabilizando-se os parti-
dos políticos pelos danos causados com a realização do evento.
c) poderão ser substituídas por indicações do órgão de direção nacional.
d) deverão ser feitas no período de 02 a 12 de julho do ano em que se realizarem as eleições.
e) não terão suas deliberações lançadas em ata em livro aberto e rubricado pela Justiça Eleito-
ral, em razão do princípio da autonomia partidária.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 47 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

018. (VUNESP/2019/PROCURADOR/PREFEITURA DE SÃO FRANCISCO MORATO) Sobre o


sistema eleitoral, assinale a alternativa correta.
a) Na eleição direta para o Senado Federal, para prefeito e vice-prefeito, adotar-se-á o princípio
da representação proporcional.
b) A eleição para a Câmara dos Deputados, assembleias legislativas e câmaras municipais
obedecerá ao princípio majoritário.
c) A eleição para deputados federais, senadores e suplentes, presidente e vice-presidente da
República, governadores, vice-governadores, deputados estaduais, prefeitos e vereadores far-
-se-á simultaneamente, em todo o país.
d) O prazo de entrada em cartório ou na Secretaria do Tribunal, conforme o caso, de requeri-
mento de registro de candidato a cargo eletivo terminará, improrrogavelmente, às dezenove
horas do dia 15 de agosto do ano em que se realizarem as eleições.
e) As convenções partidárias para a escolha dos candidatos serão realizadas, no máximo, até
10 de agosto do ano em que se realizarem as eleições.

019. (VUNESP/2019/PROCURADOR. PREFEITURA DE CERQUILHO-SP) Para que um novo


partido político possa participar das eleições, deve seu estatuto estar registrado no Tribunal
Superior Eleitoral um ano antes do pleito e tenha, até a data da convenção, órgão de direção
constituído na circunscrição, de acordo com o respectivo estatuto.

020. (VUNESP/2019/PROCURADOR. PREFEITURA DE CERQUILHO-SP) O filiado a partido


político que não é candidato não possui legitimidade e interesse para impugnar pedido de
registro de coligação partidária da qual é integrante, em razão de eventuais irregularidades
havidas em convenção.

021. (VUNESP/2018/PROCURADOR/PONTAL-/SP) Na eleição direta para o Senado Federal,


para a Câmara dos Deputados, para Prefeito e Vice-Prefeito, adotar-se-á o sistema proporcional.

022. (VUNESP/2018/PROCURADOR/PONTAL-SP) As convenções partidárias para a escolha


dos candidatos serão realizadas, no máximo, até seis meses antes do dia designado para a
realização das eleições.

023. (VUNESP/2018/PROCURADOR/PONTAL-SP) Podem concorrer às eleições candidatos


registrados por partidos e candidatos sem partidos políticos, pois o Supremo Tribunal Federal
admite a candidatura avulsa.

024. (VUNESP/2018/PROCURADOR/PONTAL-SP) O prazo de entrada em cartório de reque-


rimento de registro de candidato a cargo eletivo terminará, improrrogavelmente, às dezenove
horas do dia 06 de abril do ano em que se realizarem as eleições.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 48 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

025. (VUNESP/2018/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-MT) As eleições para Presidente da


República, para Governadores e para Prefeitos de municípios com mais de 200 mil eleitores
obedecerão
a) ao sistema majoritário absoluto.
b) aos sistemas majoritário, majoritário e da representação proporcional, respectivamente.
c) aos sistemas majoritário, da representação proporcional e da representação proporcional,
respectivamente.
d) aos sistemas da representação proporcional, da representação proporcional e majoritário,
respectivamente.
e) ao sistema da representação proporcional.

026. (AL-RO/2018/ADVOGADO) Os partidos políticos Alfa, Beta e Gama formaram a coliga-


ção XYZ exclusivamente para as candidaturas no âmbito estadual, não se estendendo, portan-
to, à eleição de âmbito nacional.
No curso da campanha eleitoral, o candidato João, filiado ao partido político Alfa, praticou uma
ilegalidade na propaganda eleitoral e foi multado pela Justiça Eleitoral.
À luz da sistemática estabelecida pela ordem jurídica, é correto afirmar que a coligação XYZ
a) não precisaria ser reproduzida no âmbito nacional e somente os partidos políticos que a
integram são solidariamente responsáveis pelo pagamento da multa.
b) deveria ser reproduzida no âmbito nacional e somente os partidos políticos que a integram
são solidariamente responsáveis pelo pagamento da multa.
c) não precisaria ser reproduzida no âmbito nacional e somente o partido político Alfa é solida-
riamente responsável pelo pagamento da multa.
d) deveria ser reproduzida no âmbito nacional e somente o partido político Alfa é solidariamen-
te responsável pelo pagamento da multa.
e) não precisaria ser reproduzida no âmbito nacional e é solidariamente responsável pelo pa-
gamento da multa.

027. (VUNESP/2018/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-RS) Com o advento da Emenda


Constitucional no 97/2017, a partir das eleições de 2020, a celebração de coligações será
a) vedada nas eleições proporcionais, atingindo, assim, a proibição, os cargos de Vereador,
Deputado Estadual, Deputado Federal e Deputado Distrital.
b) permitida para as eleições majoritárias, ou seja, em relação aos cargos de Vereador, Depu-
tado Estadual, Deputado Federal e Deputado Distrital.
c) permitida para as eleições proporcionais, ou seja, em relação aos cargos de Prefeito, Gover-
nador, Senador e Presidente da República.
d) vedada em qualquer hipótese, atingindo tanto as eleições majoritárias quanto as pro-
porcionais.
e) vedada nas eleições majoritárias, atingindo, assim, a proibição, os cargos de Prefeito, Gover-
nador, Senador e Presidente da República.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 49 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

028. (CESPE/2017/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-TO) Os partidos


deverão escolher os candidatos e deliberar sobre as coligações no período de
a) vinte de julho a cinco de agosto do ano em que se realizarem as eleições.
b) dezesseis de julho a cinco de agosto do ano em que se realizarem as eleições.
c) cinco de julho a cinco de agosto, um ano antes de se realizarem as eleições.
d) dezesseis de julho a quinze de agosto do ano em que se realizarem as eleições.
e) vinte de julho a quinze de agosto, dois anos antes de se realizarem as eleições.

029. (CESPE/2017/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PE) As normas


para a escolha dos candidatos e para a formação de coligações estão estabelecidas taxativa-
mente na lei, em numerus clausus.

030. (CESPE/2017/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PE) Os partidos


políticos dentro da mesma circunscrição podem celebrar coligações para eleição majoritária,
para eleição proporcional ou para ambas.

031. (CESPE/2017/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PE) Nas eleições


majoritárias, consideram-se válidos apenas os votos dados a candidatos regularmente inscri-
tos e às legendas partidárias.

032. (CESPE/2017/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PE) Candidatos fi-


liados a qualquer partido podem inscrever-se nas chapas de coligação.

033. (FCC/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-SP) Laerte se interessa


pelos estudos de Direito Eleitoral. Iniciante na matéria, aprendeu que as eleições acontecem
em todo País, no primeiro domingo de outubro do ano respectivo e que serão realizadas, simul-
taneamente, para Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de
Estado e do Distrito Federal,
a) Prefeito e Vice-Prefeito, sendo considerado eleito, no primeiro turno, o candidato a Presiden-
te, a Governador ou a Prefeito que obtiver a maioria dos votos, não computados os em branco
e os nulos.
b) Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual e Deputado Distrital, sendo considerado elei-
to, no primeiro turno, o candidato a Presidente ou a Governador que obtiver a maioria absoluta
de todos os votos, computados os em branco e os nulos.
c) e Vereador, sendo considerado eleito, no primeiro turno, o candidato a Presidente ou a Go-
vernador que obtiver a maioria simples dos votos, não computados os em branco e os nulos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 50 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

d) Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual e Deputado Distrital, sendo considerado elei-
to, no primeiro turno, o candidato a Presidente ou a Governador que obtiver a maioria absoluta
de votos, não computados os em branco e os nulos.
e) Prefeito e Vice-Prefeito, sendo considerado eleito, no primeiro turno, o candidato a Presi-
dente, a Governador ou a Prefeito que obtiver a maioria dos votos, computados os em branco
e os nulos.

034. (VUNESP/2016/PROCURADOR JURÍDICO/PREFEITURA DE ALUMÍNIO-SP) Estão


permitidas as candidaturas avulsas, desde que o candidato esteja no gozo de seus direitos
políticos.

035. (CESPE/2016/DELEGADO DE POLÍCIA/PC-PE) O prazo para que os partidos políticos


deliberem com relação a seus candidatos e com relação às possíveis coligações é de, no míni-
mo, seis meses antes da data da eleição.

036. (CESPE/2016/DELEGADO DE POLÍCIA/PC-PE) O estatuto de cada partido político rege-


rá as normas para a escolha e a substituição de candidatos; em caso de omissão do referido
estatuto, caberá ao órgão de direção nacional do partido, ou ao estadual, ou ao municipal, de
acordo com o respectivo pleito eleitoral, estabelecer tais regramentos.

037. (CESPE/2016/DELEGADO DE POLÍCIA/PC-PE) Caberá aos diretórios partidários esta-


dual e municipal deliberarem sobre as coligações em seus respectivos pleitos eleitorais; a
legislação veda a interferência do diretório nacional em tais decisões, ainda que haja posições
divergentes, decorrentes da autonomia das decisões desses diretórios.

038. (CESPE/2016/DELEGADO DE POLÍCIA/PC-PE) As candidaturas natas, às quais deputa-


dos e vereadores em exercício de seus mandatos eletivos assegurariam o registro de suas can-
didaturas para o mesmo cargo, não encontram respaldo no ordenamento jurídico brasileiro.

039. (CESPE/2016/DELEGADO DE POLÍCIA/PC-PE) Nas eleições para cargos do legislativo,


somente serão computados ao partido os votos dados a candidato que não participe de legen-
da partidária.

040. (CESPE/2016/DELEGADO DE POLÍCIA/PC-PE) Em município com mais de duzentos mil


habitantes, deve ocorrer segundo turno nas eleições para prefeito.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 51 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

GABARITO
1. b 21. E
2. e 22. E
3. d 23. E
4. d 24. E
5. c 25. a
6. a 26. c
7. a 27. a
8. b 28. a
9. a 29. E
10. b 30. Desatualizada
11. c 31. E
12. c 32. E
13. a 33. d
14. e 34. E
15. Anulada 35. E
16. e 36. E
17. b 37. E
18. d 38. E
19. E 39. E
20. E 40. E

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 52 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

GABARITO COMENTADO
001. (FCC/2002/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-PI) Poderá concorrer com
candidato próprio ao cargo de Presidente da República nas eleições de 2002 o partido que
a) consiga a regularização legal do registro de seu estatuto até a data limite das convenções.
b) tenha registrado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral até um ano antes do pleito.
c) esteja registrado dentro de seis meses do pleito e tenha representação no Congresso Nacio-
nal, ainda que baseada em filiações recentes.
d) providencie o registro de seu estatuto até a data em que o Tribunal Superior Eleitoral deferir
o pedido de registro da candidatura.
e) haja obtido registro de seu estatuto nos órgãos competentes no mínimo há dois anos.

Atenção! Essa questão está desatualizada em razão da edição da Lei n. 13.488/2017.


Nos termos do art. 4º da Lei n. 9.504/1997, com a redação dada pela Lei n. 13.488/2017, po-
derá participar das eleições o partido que, até seis meses antes do pleito, tenha registrado seu
estatuto no Tribunal Superior Eleitoral, conforme o disposto em lei, e tenha, até a data da con-
venção, órgão de direção constituído na circunscrição, de acordo com o respectivo estatuto.
Letra b.

002. (CESPE/2010/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-MT) Considere que cer-


ta eleição municipal com dois concorrentes ao cargo de prefeito tenha terminado empatada,
sendo que um dos candidatos teve seu registro indeferido pela justiça eleitoral, sob o argumen-
to de que se encontrava inelegível em decorrência de ter suas contas reprovadas pelo tribunal
de contas. Com base nessa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) A aferição das condições de elegibilidade e causas de inelegibilidade deve ser realizada até
o dia da eleição.
b) Será necessariamente declarado eleito o candidato que teve o registro deferido, por ter sido
o único que obteve votos válidos.
c) Para fins de aplicação do dispositivo previsto no Código Eleitoral, somam-se aos votos anu-
lados em decorrência da prática de conduta vedada os votos nulos por manifestação apolítica
de eleitores.
d) A reprovação de contas pelo tribunal de contas ou pelo Poder Legislativo necessariamente
acarreta inelegibilidade e, por consequência, indeferimento do registro.
e) Caso o registro seja posteriormente deferido pela justiça eleitoral, deve ser declarado eleito
o candidato mais idoso.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 53 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Nas eleições majoritárias, em caso de empate entre candidatos, considera-se eleito o que for
o mais idoso. Trata-se da aplicação, de forma extensiva, das normas contidas no art. 3º, § 2º
da Lei n. 9.504/1997 (trata do empate entre candidatos para a disputa do segundo turno) e do
art. 110 do Código Eleitoral (define a eleição em caso de empate entre candidatos nos cargos
proporcionais).
a) Errada. De acordo com o art. 11, § 10 da Lei n. 9.504/1997, as condições de elegibilidade
e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no momento da formalização do pedido de
registro da candidatura.
b) Errada. Ainda que após as eleições, se o candidato que, inicialmente, teve o seu registro
indeferido conseguir a posterior reforma dessa decisão (ou seja, conquistar o deferimento do
registro), será declarado eleito o candidato mais idoso.
c) Errada. Em caso de indeferimento de registro de candidatura de candidato eleito para o car-
go de prefeito, deve-se fazer novas eleições, independentemente do número de votos obtidos
pelo candidato.
d) Errada. A rejeição das contas apenas acarreta a incidência da inelegibilidade inscrita no
art. 1º, I, g da Lei Complementar n. 64/90 somente impede candidaturas quando presentes
os seguintes requisitos: a) rejeição das contas; b) decisão irrecorrível; c) proferida pelo órgão
competente; d) em razão da uma irregularidade insanável; e) que configure ato doloso de im-
probidade administrativa; f) ausência de suspensão ou anulação da decisão da corte de contas
pelo Poder Judiciário.
Letra e.

003. (CESPE/2015/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-RS) As eleições


para prefeitos, vice-prefeitos e vereadores aproximam-se. Em determinado município, de acor-
do com a última pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na data das
eleições, haverá pouco menos de vinte e seis mil eleitores alistados. Considerando que a pre-
sente situação hipotética se concretize, assinale a opção correta.
a) Os partidos de candidatos a vereadores têm a prerrogativa de coligarem-se para o registro
de candidatos comuns, desde que pelo menos três partidos queiram fazê-lo.
b) As eleições para prefeitos e vice-prefeitos têm de ser obrigatoriamente realizadas na mesma
data. Entretanto, não estão vinculadas ao sufrágio simultâneo para a escolha dos vereadores.
c) Ao final da apuração, serão considerados vencedores das eleições aqueles candidatos a
prefeito e vice-prefeito que auferirem a maioria dos votos válidos, desconsiderando-se os bran-
cos e nulos, desde que ao menos 50% mais um dos eleitores alistados exerçam efetivamente
o ato de votar.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 54 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

d) Nas eleições para prefeito e vice-prefeito do referido município, o número de eleitores alis-
tados em nada interfere no procedimento eleitoral, sendo que, se o prefeito obtiver a maioria
dos votos entre seus concorrentes, representará, de modo irretratável, sua eleição e a do vice-
-prefeito com ele registrado.
e) Para concorrer às eleições, os vereadores deverão possuir domicílio eleitoral e filiação parti-
dária deferida na respectiva circunscrição há pelo menos seis meses antes das eleições.

Atenção! Essa questão está desatualizada em razão da edição da Lei n. 13.165/2015 e da Lei
n. 13.488/2017, que modificou os prazos de filiação partidária e de domicílio eleitoral para fins
de exercício do direito à elegibilidade.
Nos municípios com até duzentos mil eleitores, considera-se eleito o candidato que obtiver a
maioria dos votos, não computados os votos em branco e os nulos (art. 3º da Lei n. 9.504/1997).
Desse modo, nesse município com vinte e seis mil eleitores, considerar-se eleito o candidato
a prefeito que obtiver a maioria dos votos, ainda que simples. Desse modo, a assertiva correta
é a letra D.
a) Errada. Não se admite a formação de coligações para as eleições proporcionais (art. 17, §
1º da CF, com a redação dada pela Emenda à Constituição n. 97/2017).
b) Errada. Serão realizadas simultaneamente as eleições: para prefeito, vice-prefeito e verea-
dor.
c) Errada. Na eleição para prefeito, nos municípios com até duzentos mil eleitores, considera-
-se eleito o candidato que obtiver a maioria dos votos.
e) Errada. Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na res-
pectiva circunscrição pelo prazo de seis meses e estar com a filiação deferida pelo partido no
mesmo prazo.
Letra d.

004. (CESPE/2007/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA/TRE-PA) De acordo com os co-


mandos contidos na Lei n. 9.504/1997, as eleições para presidente e vice-presidente da Re-
pública, governador e vice-governador de estado e do Distrito Federal, prefeito e vice-prefeito,
senador, deputado federal, deputado estadual, deputado distrital e vereador dar-se-ão, em todo
o país, no primeiro domingo de outubro do ano respectivo. Acerca das eleições, e de acordo
com a referida lei federal, assinale a opção incorreta.
a) As eleições de âmbito federal e estadual, vale dizer, para presidente e vice-presidente da
República, governador e vice-governador de estado e do Distrito Federal, senador, deputado
federal, deputado estadual e deputado distrital são realizadas simultaneamente.
b) As eleições de âmbito municipal, vale dizer, para prefeito, vice-prefeito e vereador, são reali-
zadas simultaneamente.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 55 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

c) O candidato a presidente ou a governador que obtiver a maioria absoluta de votos, não com-
putados os em branco e os nulos, será considerado eleito.
d) Na eleição para prefeito de municípios com mais de 200 mil habitantes, se nenhum candida-
to alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição no último domingo de
outubro, concorrendo os dois candidatos mais votados, e considerando-se eleito o que obtiver
a maioria dos votos válidos.
e) O partido que, até um ano antes do pleito, não tenha registrado seu estatuto no TSE, ou não
tenha, até a data da convenção, órgão de direção constituído na circunscrição, não poderá
participar das eleições.

Atenção! Essa questão tornou-se desatualizada em razão das modificações produzidas pela
Lei n. 13.488/2017, a partir da qual também se tornou incorreta a alternativa E.
Na definição do sistema eleitoral aplicável às eleições de prefeito, deve-se aferir o número de
eleitores do Município.
Nos municípios, com até duzentos mil eleitores, aplica-se o sistema eleitoral majoritário por
maioria simples, considerando-se eleito o candidato que obtiver a maioria dos votos, em turno
único de votação. Trata-se da aplicação do sistema eleitoral majoritário por maioria simples.
Por sua vez, nos municípios com mais de duzentos mil eleitores (e não habitantes), aplica-se o
sistema eleitoral majoritário por maioria absoluta. Ou seja, será considerado eleito o candidato
a prefeito que obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
Entretanto, se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova
eleição no último domingo de outubro, concorrendo os dois candidatos mais votados, e consi-
derando-se eleito o que obtiver a maioria dos votos válidos.
Em razão de fazer referência ao número de habitantes e não de eleitores, a alternativa D
está errada.
a) Certa. Trata-se da prescrição contida no art. 1º, parágrafo único, I da Lei n. 9.504/1997.
b) Certa. Refere-se à disposição legal contida no art. 1º, parágrafo único, II da Lei n. 9.504/1997.
c) Certa. Esse item reproduz a disposição legal contida no art. 2º, caput da Lei n. 9.504/1997.
e) Certa. Nos termos do art. 4º da Lei n. 9.504/1997, com a redação dada pela Lei n. 13.488/2017,
poderá participar das eleições o partido que, até seis meses antes do pleito, tenha registrado seu
estatuto no Tribunal Superior Eleitoral, conforme o disposto em lei, e tenha, até a data da conven-
ção, órgão de direção constituído na circunscrição, de acordo com o respectivo estatuto.
Letra d.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 56 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

005. (VUNESP/2018/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TRE-SP) Sobre a eleição para Presi-


dente da República ou para Governador, é INCORRETO afirmar que
a) quando for caso de 2 (dois) turnos, se ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de
candidato, não poderá o partido promover a respectiva substituição.
b) quando for caso de 2 (dois) turnos, se ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de
candidato, será convocado, dentre os remanescentes, o de maior votação.
c) será considerado eleito o que obtiver maioria absoluta de votos, excluídos somente os nulos.
d) será considerado eleito o que obtiver a maioria absoluta de votos, excluídos os bran-
cos e nulos.

Nas eleições para o cargo de Presidente da República e Governador, aplica-se o sistema eleito-
ral majoritário por maioria absoluta, sendo considerado eleito o candidato que obtiver a maio-
ria absoluta dos votos válidos, excluídos os votos nulos e os votos em branco.
Dessa forma, a alternativa incorreta é a letra C.
a/b) Certas. Se entre o primeiro e o segundo turno de votação, ocorrer morte, renúncia ou
impedimento legal, deve-se convocar, dentre os remanescentes, o de maior votação, não se
admitindo a substituição de candidatos.
d) Certa. Nos termos do art. 2º, caput da Lei n. 9.504/1997, Será considerado eleito o candidato
a presidente ou a governador que obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em
branco e os nulos.
Letra c.

006. (CESPE/2009/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TRF-5ª REGIÃO) Com relação aos parti-


dos políticos, ao alistamento, à eleição e aos direitos políticos, assinale a opção correta.
a) Considere que Petrônio tenha sido eleito e diplomado no cargo de prefeito de certo muni-
cípio no dia 1º/1/2008. Nessa situação hipotética, o mandato eletivo de Petrônio poderá ser
impugnado ante a justiça eleitoral, no prazo de 15 dias a contar da diplomação, por meio de
ação instruída com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
b) Os partidos políticos adquirem personalidade jurídica com registro dos seus estatutos no
Tribunal Superior Eleitoral.
c) É vedado aos estrangeiros, ainda que naturalizados brasileiros, o alistamento como eleitores.
d) Suponha que Pedro, deputado federal pelo estado X, seja filho do atual governador do mes-
mo estado. Nessa situação hipotética, Pedro é inelegível para concorrer à reeleição para um
segundo mandato parlamentar pelo referido estado.
e) A condenação criminal com trânsito em julgado ensejará a perda dos direitos políticos do
condenado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 57 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Nos termos do art. 14, § 10 da Constituição Federal, o mandato eletivo poderá ser impugnado
ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com
provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
Por essa disposição constitucional, pode-se afirmar que o mandato eletivo de Petrônio poderá
ser impugnado, por meio da propositura da AIME, no prazo decadencial de quinze dias.
Ante o exposto, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra A.
b) Errada. A aquisição da personalidade jurídica dos partidos dá-se com o registro de seus atos
constitutivos no cartório de registro civil do local de sua sede.
c) Errada. Estrangeiro, naturalizado brasileiro, não é estrangeiro, mas brasileiro, podendo, por
consequência, alistar-se.
d) Errada. Não se aplica a inelegibilidade reflexa nas situações em que o parente do Chefe do
Poder Executivo já seja ocupante de cargo eletivo e concorra à reeleição.
e) Errada. A condenação criminal transitada em julgado tem como efeito a suspensão dos
direitos políticos.
Letra a.

007. (FAPEU/2005/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-SC) Leia com


atenção as alternativas abaixo, assinalando a INCORRETA.
a) É facultado aos partidos políticos, dentro da mesma circunscrição, celebrar coligações so-
mente para a eleição majoritária, devendo ter denominação própria, que poderá ser a junção
de todas as siglas dos partidos que a integram, sendo a ela atribuídas as prerrogativas e obri-
gações de partido político no que se refere ao processo eleitoral.
b) Se a convenção partidária de nível inferior se opuser, na deliberação sobre coligações, às di-
retrizes legitimamente estabelecidas pela Convenção nacional, os órgãos do partido poderão,
nos termos do respectivo estatuto, anular a deliberação e os atos dela decorrentes.
c) Havendo fusão ou incorporação de partidos após o prazo estipulado para o candidato ad-
quirir as condições legais para participar do pleito, será considerada, para efeito de filiação
partidária, a data de filiação do candidato ao partido de origem.
d) O Código Eleitoral contém as normas destinadas a assegurar a organização e o exercício
de direitos políticos, principalmente os de votar e ser votado, sendo que o Tribunal Superior
Eleitoral expedirá as instruções para a sua fiel execução.

Atenção! Essa questão está desatualizada em razão da edição da Emenda à Constituição n.


97/2017. A partir dessa reforma constitucional, proibiu-se a celebração de coligações para as
eleições proporcionais.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 58 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

a) Errada. Os partidos políticos somente formar coligações para as eleições majoritárias, sendo
que, nesse caso, na propaganda para eleição majoritária, a coligação usará, obrigatoriamente,
sob sua denominação, as legendas de todos os partidos que a integram e a ela devem ser atri-
buídas as prerrogativas e obrigações de partido político no que se refere ao processo eleitoral.
b) Certa. Se a convenção partidária de nível inferior se opuser, na deliberação sobre coligações,
às diretrizes legitimamente estabelecidas pelo órgão de direção nacional, nos termos do res-
pectivo estatuto, poderá esse órgão anular a deliberação e os atos dela decorrentes.
c) Certa. Havendo fusão ou incorporação de partidos após o prazo estipulado no caput, será con-
siderada, para efeito de filiação partidária, a data de filiação do candidato ao partido de origem.
d) Certa. O Código Eleitoral contém normas destinadas a assegurar a organização e o exercí-
cio de direitos políticos precipuamente os de votar e ser votado e, para a regulamentação das
normas nele contidas, o Tribunal Superior Eleitoral expedirá instruções para sua fiel execução.
Letra a.

008. (FCC/2004/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PE) Considere as


afirmativas:
I – Os Partidos Alfa, Beta, Gama e Delta coligaram-se para Prefeito Municipal. Os Partidos
Alfa e Beta formaram uma coligação e os partidos Gama e Delta formaram outra coligação
para Vereador.
II – Os Partidos Alfa, Beta, Gama e Delta coligaram-se para Prefeito Municipal. Os Partidos
Alfa, Beta e Gama formaram uma coligação para Vereador. E o Partido Delta resolveu disputar
isoladamente a eleição proporcional.
III – Os Partidos Alfa e Beta coligaram-se para Prefeito Municipal. Os Partidos Gama e Delta
formaram outra coligação para Prefeito Municipal.
Esses quatro Partidos coligaram-se para Vereador. Nesses casos APENAS
a) I é válido.
b) I e II são válidos.
c) I e III são válidos.
d) II e III são válidos.
e) III é válido.

Atenção! Essa questão está desatualizada em razão da edição da Emenda à Constituição n.


97/2017. A partir dessa reforma constitucional, proibiu-se a celebração de coligações para
as eleições proporcionais, motivo pelo qual não se admite a formação de coligações para a
disputa para os cargos de deputado federal, deputado estadual, deputado distrital e vereador.
Letra b.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 59 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

009. (CESPE/2019/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-PA) Ação ajuizada durante processo


eleitoral por um dos partidos de determinada coligação para discutir eventual situação ilícita
a) deverá ser extinta sem resolução do mérito, uma vez que o partido político coligado não tem
legitimidade para atuar de forma isolada no curso do processo eleitoral.
b) poderá prosseguir para análise do mérito da demanda, pois não se pode limitar o direito de
ação de partido que participa de coligação eleitoral.
c) poderá prosseguir na análise do mérito da demanda, no caso de tratar-se de ação eleitoral
de cassação.
d) deverá ser extinta sem resolução do mérito somente no caso de a situação ilícita se referir
a suspeita de captação ilegal de sufrágio.
e) poderá prosseguir na análise do mérito da demanda somente no caso de a situação ilícita
se referir a suspeita de captação ilegal de sufrágio.

A partir da formação de coligação, os partidos políticos integrantes dessa união partidária não
possuem legitimidade para, isoladamente, propor ações perante a Justiça Eleitoral, salvo se
para questionar a validade da própria coligação.
Em um caso sobre esse tema, esse foi o entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral:

Representação eleitoral. Propaganda eleitoral irregular. Propositura. Partido político inte-


grante de coligação. Ilegitimidade ativa. Extinção sem julgamento do mérito.
1. As coligações nascem do acordo de vontades das agremiações partidárias, o qual é
deliberado em suas respectivas convenções, e não do ato de homologação da Justiça
Eleitoral. Precedente: Acórdão n. 15.529, Recurso Especial n. 15.529, rel. Ministro Edu-
ardo Alckmin, de 29.9.98.
2. Por conseguinte, o partido coligado não possui legitimidade para propor, isoladamente,
representação prevista no art. 96 da Lei n. 9.504/1997.
(RESPE n. 22107, Rel. Min. Caputo Bastos, DJ de 18/02/2005)

Desse modo, a assertiva correta é a letra A.


Letra a.

010. (FCC/2017/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-SP) Os partidos polí-


ticos X, Y e Z, dentro da mesma circunscrição, celebraram coligações para eleição majoritária
e proporcional, observadas todas as normas legais para sua formação. Chegado o momento
próprio, descobriram que, na realização de propaganda na televisão para eleição majoritária, a
coligação usará,
a) facultativamente, sob sua denominação, as legendas de todos os partidos que a integram, e,
na propaganda para eleição proporcional, cada partido usará apenas sua legenda sob o nome
da coligação.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 60 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

b) obrigatoriamente, sob sua denominação, as legendas de todos os partidos que a integram,


e, na propaganda para eleição proporcional, cada partido usará apenas sua legenda sob o
nome da coligação.
c) obrigatoriamente, apenas a legenda do partido ao qual o candidato é filiado, sob o nome da
coligação, e, na propaganda para eleição proporcional, usará, também obrigatoriamente, sob
sua denominação, as legendas de todos os partidos que a integram.
d) facultativamente, sob sua denominação, as legendas de todos os partidos que a integram,
aplicando-se a mesma regra na propaganda para eleição proporcional.
e) obrigatoriamente, como denominação, a junção de todas as siglas dos partidos que a inte-
gram, e, na propaganda para eleição proporcional, cada partido poderá usar, facultativamente,
sua legenda sob o nome da coligação.

Atenção! Essa questão está desatualizada em razão da edição da Emenda à Constituição n.


97/2017. A partir dessa reforma constitucional, proibiu-se a celebração de coligações para
as eleições proporcionais, motivo pelo qual não se admite a formação de coligações para a
disputa para os cargos de deputado federal, deputado estadual, deputado distrital e vereador.
Por sua vez, na propaganda eleitoral para as eleições majoritárias, a coligação usará, obrigato-
riamente, sob sua denominação, as legendas de todos os partidos que a integram.
Letra b.

011. (CESPE/2017/DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO/PC-GO) Em ano eleitoral, na con-


venção estadual do partido Pdy, a direção apresentou proposta de coligação e relação de can-
didatos a deputado federal. Com referência a essa situação hipotética, cada uma das próximas
opções apresenta uma situação também hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada,
de acordo com o que prescreve a Lei n.º 9.504/1997, que estabelece normas para as eleições.
Assinale a opção que apresenta a assertiva correta.
a) A lista de candidatos a deputado federal do Pdy conta dois candidatos que enfrentam pro-
cessos, ainda não concluídos, de expulsão do partido. Nessa situação, os nomes desses dois
candidatos devem ser substituídos, pois a lei prevê o imediato cancelamento do registro de
candidatos submetidos a processo de expulsão do partido a que pertençam.
b) Dos componentes da lista de candidatos do Pdy, 50% deles são do sexo feminino. Nessa
situação, de acordo com a lei em apreço, a lista deverá ser recomposta, de forma a conter, no
máximo, 30% de candidatos desse sexo e 70%, no mínimo, de candidatos do sexo masculino.
c) O Pdy estadual deliberou coligar-se com outros dois partidos, em afronta direta às diretrizes
estatutárias do órgão de direção nacional do Pdy. Nessa situação, o diretório nacional do Pdy
poderá, nos termos do estatuto do partido, anular a referida deliberação feita em convenção
estadual e os atos dela decorrentes.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 61 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

d) Na convenção, ficou decidido que seriam apresentados vinte e um candidatos para concor-
rer às quatorze vagas de deputado federal reservadas para o estado. Nessa situação, o número
de candidatos a ser apresentado pelo partido ou pela coligação deveria corresponder a 200%
das respectivas vagas, ou seja, vinte e oito candidatos.
e) A lista de candidatos a deputado federal do Pdy inclui um candidato que somente comple-
tará vinte e um anos de idade no dia seis de outubro, um dia após a data das eleições. Nessa
situação, esse candidato terá de ser substituído por outro candidato que complete a idade
mínima de vinte e um anos até a data do certame eleitoral.

Atenção! Essa questão está desatualizada em razão das alterações promovidas pela Emen-
da Constitucional n. 97/2017, que proibiu a realização de coligações para as eleições pro-
porcionais.
a) Errada. Apenas haverá o cancelamento do registro do candidato que for expulso de sua
agremiação partidária até a data da eleição, ou seja, enquanto tramitar o processo adminis-
trativo para a expulsão não há que se falar em cancelamento do registro (art. 14 da Lei n.
9.504/1997).
b) Errada. Do número de vagas resultante das regras previstas neste artigo, cada partido pre-
encherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para candi-
daturas de cada sexo (art. 10, §3º da Lei n. 9.504/1997).
c) Certa. Se a convenção partidária de nível inferior se opuser, na deliberação sobre coligações,
às diretrizes legitimamente estabelecidas pelo órgão de direção nacional, nos termos do res-
pectivo estatuto, poderá esse órgão anular a deliberação e os atos dela decorrentes (art. 7º, §
23º da Lei n. 9.504/1997).
d) Errada. Nos termos da Lei n. 14.211, de 1º de outubro de 2021, que modificou a redação do
art 10 da Lei das Eleições, cada partido poderá registrar candidatos para a Câmara dos Depu-
tados, a Câmara Legislativa, as Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais no total de
até 100% (cem por cento) do número de lugares a preencher mais 1 (um). Desse modo, mesmo
com a nova redação do dispositivo, o item continua falso.
e) Errada. Conforme o art. 11, § 2º da Lei n. 9.504/1997, a idade mínima constitucionalmente
estabelecida como condição de elegibilidade é verificada tendo por referência a data da posse,
salvo quando fixada em dezoito anos, hipótese em que será aferida na data-limite para o pedi-
do de registro.
Letra c.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 62 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

012. (IADES/2014/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PA) No que se re-


fere à coligação partidária, à luz da Lei das Eleições, assinale a alternativa correta.
a) É vedado aos partidos políticos, dentro da mesma circunscrição, celebrar coligações para
eleição majoritária.
b) Na propaganda para eleição majoritária, a coligação usará, facultativamente, sob a própria
denominação, as legendas de todos os partidos que a integram.
c) Na propaganda para eleição proporcional, cada partido usará apenas sua legenda sob o
nome da coligação.
d) Poderá participar das eleições o partido que, até seis meses antes do pleito, tenha registra-
do o respectivo estatuto no Tribunal Regional Eleitoral.
e) Será considerado eleito o candidato a presidente que obtiver a maioria absoluta de votos
computados em branco e nulos.

Atenção! Essa questão está desatualizada em razão das alterações promovidas pela Emenda
Constitucional n. 97/2017, que proibiu a realização de coligações para as eleições proporcio-
nais, bem como diante das modificações produzidas pela Lei n. 13.488/2017.
a) Errada. Somente se admite a formação de coligações para as eleições majoritárias.
b) Errada. Nos termos do art. 6º, § 2º da Lei n. 9.504/1997, na propaganda para eleição ma-
joritária, a coligação usará, obrigatoriamente, sob sua denominação, as legendas de todos os
partidos que a integram;
c) Certa. Nas eleições proporcionais, não se admite a formação de coligações.
d) Errada. De acordo com o art. 4º da Lei n. 9.504/1997, poderá participar das eleições o par-
tido que, até seis meses antes do pleito, tenha registrado seu estatuto no Tribunal Superior
Eleitoral, conforme o disposto em lei, e tenha, até a data da convenção, órgão de direção cons-
tituído na circunscrição, de acordo com o respectivo estatuto.
e) Errada. Conforme a prescrição contida no art. 2º, caput da Lei n. 9.504/1997, será conside-
rado eleito o candidato a Presidente ou a Governador que obtiver a maioria absoluta de votos,
não computados os em branco e os nulos.
Letra c.

013. (FCC/2012/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TJ-RJ) Augustus é candida-


to a Prefeito Municipal pela coligação integrada pelos partidos Alpha, Beta e Gama, com a deno-
minação “Augustus para o bem de todos”. Os partidos Alpha e Beta celebraram coligação para
Vereador, com a denominação “Vote só nos candidatos dos partidos Alpha e Beta”, sendo que o
partido Gama preferiu lançar candidatos próprios para a eleição proporcional. Nesse caso,
a) as duas coligações podem ser formadas, mas não podem ter as denominações que lhes
foram dadas.
b) as duas coligações podem ser formadas e podem ter as denominações que lhes foram dadas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 63 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

c) a coligação para a eleição proporcional não pode ser formada, porque não inclui todos os
partidos que compõe a coligação para a eleição majoritária.
d) a coligação para as eleições majoritárias não pode ser formada, porque inclui mais partidos
do que os que compõem a coligação para a eleição proporcional.
e) a coligação para a eleição majoritária pode ser formada e ter a denominação que lhe foi
dada, sendo que a coligação para a eleição proporcional pode ser formada, mas não pode ter
a denominação que lhe foi dada.

Atenção! Essa questão está desatualizada em razão das alterações promovidas pela Emenda
Constitucional n. 97/2017, que proibiu a realização de coligações para as eleições proporcio-
nais, bem como diante das modificações produzidas pela Lei n. 13.488/2017.
a) Certa. Nos termos do art. 6º, § 1º-A da Lei n. 9.504/1997, a denominação da coligação não
poderá coincidir, incluir ou fazer referência a nome ou número de candidato, nem conter pedido
de voto para partido político. Logo, a coligação formada pelos partidos Alfa, Beta e Gama não
pode conter o nome do candidato a Prefeito.
b/c/d/e) Erradas. Não se admite a formação de coligação para as eleições proporcionais.
Letra a.

014. (CESPE/2016/DELEGADO DE POLÍCIA/PC-PE) Com relação às convenções partidárias


para a escolha de candidatos, assinale a opção correta.
a) O prazo para que os partidos políticos deliberem com relação a seus candidatos e com rela-
ção às possíveis coligações é de, no mínimo, seis meses antes da data da eleição.
b) Para que possa concorrer em uma eleição, o candidato a vereador deverá ter domicílio elei-
toral na circunscrição e estar com a filiação deferida pelo partido político, no mínimo, seis
meses antes da data da eleição.
c) O estatuto de cada partido político regerá as normas para a escolha e a substituição de
candidatos; em caso de omissão do referido estatuto, caberá ao órgão de direção nacional do
partido, ou ao estadual, ou ao municipal, de acordo com o respectivo pleito eleitoral, estabele-
cer tais regramentos.
d) Caberá aos diretórios partidários estadual e municipal deliberarem sobre as coligações em
seus respectivos pleitos eleitorais; a legislação veda a interferência do diretório nacional em
tais decisões, ainda que haja posições divergentes, decorrentes da autonomia das decisões
desses diretórios.
e) As candidaturas natas, às quais deputados e vereadores em exercício de seus mandatos
eletivos assegurariam o registro de suas candidaturas para o mesmo cargo, não encontram
respaldo no ordenamento jurídico brasileiro.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 64 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Atenção! Essa questão está desatualizada em razão das alterações promovidas pela Lei n.
13.488/2017. Com essa modificação legislativa, a alternativa B também se tornou correta.
A candidatura nata, prevista no art. 8º, § 1º da Lei n. 9.504/1997, garante aos detentores de
mandato de deputado federal, estadual ou distrital, ou de vereador, e aos que tenham exercido
esses cargos em qualquer período da legislatura que estiver em curso, o registro de candidatu-
ra para o mesmo cargo pelo partido a que estejam filiados.
Entretanto, em razão da afronta ao princípio da autonomia partidária, o Supremo Tribunal Fe-
deral, na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 2.530, suspendeu os efeitos desse instituto.
a) Errada. Os partidos políticos devem escolher os seus candidatos e deliberarem sobre a for-
mação das coligações dentro do período compreendido entre 20 de julho e 5 de agosto do ano
das eleições.
b) Errada. Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na res-
pectiva circunscrição pelo prazo de seis meses e estar com a filiação deferida pelo partido no
mesmo prazo. Essa assertiva também está correta.
c) Errada. Em caso de omissão do estatuto no estabelecimento das normas para a realização
das convenções partidárias, caberá ao órgão de direção nacional do partido estabelecer as
normas a que se refere este artigo, publicando-as no Diário Oficial da União até cento e oitenta
dias antes das eleições.
d) Errada. Se a convenção partidária de nível inferior se opuser, na deliberação sobre coliga-
ções, às diretrizes legitimamente estabelecidas pelo órgão de direção nacional, nos termos do
respectivo estatuto, poderá esse órgão anular a deliberação e os atos dela decorrentes.
Letra e.

015. (CESPE/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-TO) Com rela-


ção ao alistamento eleitoral e à inelegibilidade, assinale a opção correta à luz da legislação
pertinente.
a) Caso seja sobrinho do prefeito da cidade, o cidadão se tornará inelegível naquele território
de jurisdição, por expressa determinação legal.
b) Um cidadão estará impedido de concorrer às eleições, caso, embora devidamente filiado ao
partido político, tenha transferido seu domicílio eleitoral dez meses antes do pleito.
c) Um cidadão, líder de uma comunidade indígena, estará impedido de se candidatar nas elei-
ções se não comprovar o domínio da língua portuguesa, por expressa determinação cons-
titucional.
d) Caso seja condenado em primeira instância por crime contra o meio ambiente, o detentor de
cargo eletivo estará impedido de registrar sua candidatura à reeleição.
e) Um cidadão poderá comprovar sua elegibilidade caso complete dezoito anos de idade um
mês antes da data da sua posse como vereador.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 65 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

O parentesco entre tio e sobrinho é de terceiro grau, motivo pelo qual não há que se falar em
incidência de inelegibilidade reflexa em razão do parentesco de terceiro grau com o chefe do
Poder Executivo.
Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circuns-
crição pelo prazo de seis meses e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo.
Para concorrer às eleições, o cidadão deve saber, minimamente, ler e escrever, não sendo exi-
gido o domínio da língua portuguesa.
A condenação criminal proferida por órgão judicial monocrático de primeiro grau, ainda não
transitada em julgado, não atrai a incidência da inelegibilidade decorrente da vida pregressa,
nos termos do art. 1º, I, e da Lei Complementar n. 64/90.
Para concorrer ao cargo de vereador, o cidadão deve possuir, pelo menos, dezoito anos até a
data limite para o registro de candidatura.
Anulada.

016. (FCC/2017/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-SC) Para concorrer às eleições, o candi-


dato deverá possuir, entre outras condições,
a) domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de, pelo menos, um ano antes do
pleito e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo.
b) domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de, pelo menos, um ano antes do
pleito, ressalvado o caso de transferência ou remoção de servidor público ou de membro de
sua família.
c) filiação deferida pelo partido no mínimo um ano antes da data da eleição, caso o estatuto
partidário não estabeleça prazo inferior.
d) domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de, pelo menos, seis meses antes
do pleito e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo.
e) domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de, pelo menos, um ano antes
do pleito, e estar com a filiação deferida pelo partido no mínimo seis meses antes da data
da eleição.

Atenção! Essa questão está desatualizada em razão das alterações promovidas pela Lei n.
13.488/2017. Com essa modificação legislativa, a alternativa D tornou-se correta.
Nos termos do art. 9º da Lei n. 9.504/1997, para concorrer às eleições, o candidato deverá
possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de seis meses e estar com a
filiação deferida pelo partido no mesmo prazo.
Desse modo, com as reformas eleitorais de 2015 e de 2017, a alternativa correta é a letra E.
Letra e.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 66 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

017. (FCC/2012/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TJ-RJ) As convenções


partidárias para escolha de candidatos
a) não poderão, por falta de atribuição legal, deliberar sobre coligações.
b) poderão ser realizadas gratuitamente em prédios públicos, responsabilizando-se os parti-
dos políticos pelos danos causados com a realização do evento.
c) poderão ser substituídas por indicações do órgão de direção nacional.
d) deverão ser feitas no período de 02 a 12 de julho do ano em que se realizarem as eleições.
e) não terão suas deliberações lançadas em ata em livro aberto e rubricado pela Justiça Eleito-
ral, em razão do princípio da autonomia partidária.

Nos termos do art. 8º, § 2º da Lei n. 9.504/1997, para a realização das convenções de escolha
de candidatos, os partidos políticos poderão usar gratuitamente prédios públicos, responsabi-
lizando-se por danos causados com a realização do evento.
Por essa disposição legal, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra B.
a) Errada. As convenções partidárias, realizadas entre os dias 20 de julho a 5 de agosto do ano
das eleições, têm como finalidade a escolha de candidatos e a deliberação sobre formação de
coligações.
c) Errada. O diretório partidário da circunscrição do cargo eletivo deve realizar a convenção
partidária e escolher os candidatos, devendo o diretório nacional apenas escolher candidatos
a presidente e vice-presidente da república.
d) Errada. A escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coligações deverão
ser feitas no período de 20 de julho a 5 de agosto do ano em que se realizarem as eleições, nos
termos do art. 8º da Lei n. 9.504/1997.
e) Errada. As deliberações relativas à escolha de candidatos e sobre a formação de coligações
feitas nas convenções partidárias devem ter a lavratura de ata em livro aberto, rubricado pela
Justiça Eleitoral, devendo ser publicada no prazo de vinte e quatro horas em qualquer meio de
comunicação.
Letra b.

018. (VUNESP/2019/PROCURADOR/PREFEITURA DE SÃO FRANCISCO MORATO) Sobre o


sistema eleitoral, assinale a alternativa correta.
a) Na eleição direta para o Senado Federal, para prefeito e vice-prefeito, adotar-se-á o princípio
da representação proporcional.
b) A eleição para a Câmara dos Deputados, assembleias legislativas e câmaras municipais
obedecerá ao princípio majoritário.
c) A eleição para deputados federais, senadores e suplentes, presidente e vice-presidente da
República, governadores, vice-governadores, deputados estaduais, prefeitos e vereadores far-
-se-á simultaneamente, em todo o país.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 67 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

d) O prazo de entrada em cartório ou na Secretaria do Tribunal, conforme o caso, de requeri-


mento de registro de candidato a cargo eletivo terminará, improrrogavelmente, às dezenove
horas do dia 15 de agosto do ano em que se realizarem as eleições.
e) As convenções partidárias para a escolha dos candidatos serão realizadas, no máximo, até
10 de agosto do ano em que se realizarem as eleições.

Nos termos do art. 11 da Lei n. 9.504/1997, os partidos e coligações solicitarão à Justiça Elei-
toral o registro de seus candidatos até as dezenove horas do dia 15 de agosto do ano em que
se realizarem as eleições.
Por essa disposição legal, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra D.
a) Errada. Na eleição direta para o Senado Federal, para prefeito e vice-prefeito, adotar-se-á o
sistema eleitoral majoritário.
b) Errada. A eleição para a Câmara dos Deputados, assembleias legislativas e câmaras muni-
cipais obedecerá às regras do sistema eleitoral proporcional.
c) Errada. Serão realizadas simultaneamente as eleições para presidente e vice-presidente da
República, governador e vice-governador de estado e do Distrito Federal, senador, deputado
federal, deputado estadual e deputado distrital (art. 1º, parágrafo único, I da Lei n. 9.504/1997).
e) Errada. A escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coligações deverão
ser feitas no período de 20 de julho a 5 de agosto do ano em que se realizarem as eleições.
Letra d.

019. (VUNESP/2019/PROCURADOR. PREFEITURA DE CERQUILHO-SP) Para que um novo


partido político possa participar das eleições, deve seu estatuto estar registrado no Tribunal
Superior Eleitoral um ano antes do pleito e tenha, até a data da convenção, órgão de direção
constituído na circunscrição, de acordo com o respectivo estatuto.

Nos termos do art. 4º da Lei n. 9.504/1997, poderá participar das eleições o partido que, até
seis meses antes do pleito, tenha registrado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral, con-
forme o disposto em lei, e tenha, até a data da convenção, órgão de direção constituído na
circunscrição, de acordo com o respectivo estatuto.
Errado.

020. (VUNESP/2019/PROCURADOR. PREFEITURA DE CERQUILHO-SP) O filiado a partido


político que não é candidato não possui legitimidade e interesse para impugnar pedido de
registro de coligação partidária da qual é integrante, em razão de eventuais irregularidades
havidas em convenção.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 68 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Qualquer filiado ao partido, ainda que não seja candidato, pode, em caráter excepcional, im-
pugnar pedido de registro de coligação integrada pelo respectivo partido, nas hipóteses de
eventuais irregularidades ocorridas na convenção partidária.
Errado.

021. (VUNESP/2018/PROCURADOR/PONTAL-/SP) Na eleição direta para o Senado Federal,


para a Câmara dos Deputados, para Prefeito e Vice-Prefeito, adotar-se-á o sistema proporcional.

Na eleição direta para o Senado Federal, para Prefeito e Vice-Prefeito, adotar-se-á o sistema
eleitoral majoritário. Na eleição para a Câmara dos Deputados, o sistema eleitoral proporcional.
Errado.

022. (VUNESP/2018/PROCURADOR/PONTAL-SP) As convenções partidárias para a escolha


dos candidatos serão realizadas, no máximo, até seis meses antes do dia designado para a
realização das eleições.

Nos termos do art. 8º da Lei n. 9.504/1997, a escolha dos candidatos pelos partidos e a delibe-
ração sobre coligações deverão ser feitas no período de 20 de julho a 5 de agosto do ano em
que se realizarem as eleições.
Errado.

023. (VUNESP/2018/PROCURADOR/PONTAL-SP) Podem concorrer às eleições candidatos


registrados por partidos e candidatos sem partidos políticos, pois o Supremo Tribunal Federal
admite a candidatura avulsa.

Inexiste candidatura avulsa, motivo pelo qual essa assertiva está errada.
Errado.

024. (VUNESP/2018/PROCURADOR/PONTAL-SP) O prazo de entrada em cartório de reque-


rimento de registro de candidato a cargo eletivo terminará, improrrogavelmente, às dezenove
horas do dia 06 de abril do ano em que se realizarem as eleições.

Nos termos do art. 11 da Lei n. 9.504/1997, os partidos e coligações solicitarão à Justiça Elei-
toral o registro de seus candidatos até as dezenove horas do dia 15 de agosto do ano em que
se realizarem as eleições.
Errado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 69 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

025. (VUNESP/2018/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-MT) As eleições para Presidente da


República, para Governadores e para Prefeitos de municípios com mais de 200 mil eleitores
obedecerão
a) ao sistema majoritário absoluto.
b) aos sistemas majoritário, majoritário e da representação proporcional, respectivamente.
c) aos sistemas majoritário, da representação proporcional e da representação proporcional,
respectivamente.
d) aos sistemas da representação proporcional, da representação proporcional e majoritário,
respectivamente.
e) ao sistema da representação proporcional.

Nos termos do art. 2º da Lei n. 9.504/1997, será considerado eleito o candidato a presidente
ou a governador que obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os
nulos. Essa mesma forma de determinação do candidato eleito, aplica-se às eleições para pre-
feito de Município com mais de duzentos mil eleitores.
Assim, nessas eleições, aplica-se o sistema eleitoral majoritário por maioria absoluta ou siste-
ma eleitoral majoritário absoluto, motivo pelo qual a alternativa correta é a letra A.
Letra a.

026. (AL-RO/2018/ADVOGADO) Os partidos políticos Alfa, Beta e Gama formaram a coliga-


ção XYZ exclusivamente para as candidaturas no âmbito estadual, não se estendendo, portan-
to, à eleição de âmbito nacional.
No curso da campanha eleitoral, o candidato João, filiado ao partido político Alfa, praticou uma
ilegalidade na propaganda eleitoral e foi multado pela Justiça Eleitoral.
À luz da sistemática estabelecida pela ordem jurídica, é correto afirmar que a coligação XYZ
a) não precisaria ser reproduzida no âmbito nacional e somente os partidos políticos que a
integram são solidariamente responsáveis pelo pagamento da multa.
b) deveria ser reproduzida no âmbito nacional e somente os partidos políticos que a integram
são solidariamente responsáveis pelo pagamento da multa.
c) não precisaria ser reproduzida no âmbito nacional e somente o partido político Alfa é solida-
riamente responsável pelo pagamento da multa.
d) deveria ser reproduzida no âmbito nacional e somente o partido político Alfa é solidariamen-
te responsável pelo pagamento da multa.
e) não precisaria ser reproduzida no âmbito nacional e é solidariamente responsável pelo pa-
gamento da multa.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 70 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Em tema de formação de coligações, aplica-se o princípio da liberdade de sua formação, não


havendo vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal.
Por sua vez, quanto à responsabilidade pelo pagamento de multa, dispõe o art. 6º, § 5º da Lei
n. 9.504/1997 que a responsabilidade pelo pagamento de multas decorrentes de propaganda
eleitoral é solidária entre os candidatos e os respectivos partidos, não alcançando outros par-
tidos mesmo quando integrantes de uma mesma coligação.
Letra c.

027. (VUNESP/2018/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-RS) Com o advento da Emenda


Constitucional no 97/2017, a partir das eleições de 2020, a celebração de coligações será
a) vedada nas eleições proporcionais, atingindo, assim, a proibição, os cargos de Vereador,
Deputado Estadual, Deputado Federal e Deputado Distrital.
b) permitida para as eleições majoritárias, ou seja, em relação aos cargos de Vereador, Depu-
tado Estadual, Deputado Federal e Deputado Distrital.
c) permitida para as eleições proporcionais, ou seja, em relação aos cargos de Prefeito, Gover-
nador, Senador e Presidente da República.
d) vedada em qualquer hipótese, atingindo tanto as eleições majoritárias quanto as pro-
porcionais.
e) vedada nas eleições majoritárias, atingindo, assim, a proibição, os cargos de Prefeito, Gover-
nador, Senador e Presidente da República.

De acordo com o art. 17, § 1º da Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda Cons-
titucional n. 97/2017, não se admite a formação de coligações para as eleições proporcionais
(Deputado Federal, Deputado Estadual, Deputado Distrital e Vereador), mas somente para as
eleições majoritárias.
Letra a.

028. (CESPE/2017/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-TO) Os partidos


deverão escolher os candidatos e deliberar sobre as coligações no período de
a) vinte de julho a cinco de agosto do ano em que se realizarem as eleições.
b) dezesseis de julho a cinco de agosto do ano em que se realizarem as eleições.
c) cinco de julho a cinco de agosto, um ano antes de se realizarem as eleições.
d) dezesseis de julho a quinze de agosto do ano em que se realizarem as eleições.
e) vinte de julho a quinze de agosto, dois anos antes de se realizarem as eleições.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 71 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

Nos termos do art. 8º da Lei n. 9.504/1997, a escolha dos candidatos pelos partidos e a delibe-
ração sobre coligações deverão ser feitas no período de 20 de julho a 5 de agosto do ano em
que se realizarem as eleições.
Letra a.

029. (CESPE/2017/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PE) As normas


para a escolha dos candidatos e para a formação de coligações estão estabelecidas taxativa-
mente na lei, em numerus clausus.

Em razão do princípio da autonomia partidária, as normas para a escolha e substituição dos


candidatos e para a formação de coligações serão estabelecidas no estatuto do partido, obser-
vadas as disposições desta lei.
Errado.

030. (CESPE/2017/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PE) Os partidos


políticos dentro da mesma circunscrição podem celebrar coligações para eleição majoritária,
para eleição proporcional ou para ambas.

De acordo com o art. 17, § 1º da Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda Cons-
titucional n. 97/2017, não se admite a formação de coligações para as eleições proporcionais
(Deputado Federal, Deputado Estadual, Deputado Distrital e Vereador), mas somente para as
eleições majoritárias.
Desatualizada.

031. (CESPE/2017/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PE) Nas eleições


majoritárias, consideram-se válidos apenas os votos dados a candidatos regularmente inscri-
tos e às legendas partidárias.

Nos termos do art. 5º da Lei das Eleições, nas eleições proporcionais, contam-se como válidos
apenas os votos dados a candidatos regularmente inscritos e às legendas partidárias.
Errado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 72 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

032. (CESPE/2017/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PE) Candidatos fi-


liados a qualquer partido podem inscrever-se nas chapas de coligação.

Nos termos do art. 6º, § 3º, I da Lei n. 9.504/1997, na chapa da coligação, podem inscrever-se
candidatos filiados a qualquer partido político dela integrante.
Errado.

033. (FCC/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-SP) Laerte se interessa


pelos estudos de Direito Eleitoral. Iniciante na matéria, aprendeu que as eleições acontecem
em todo País, no primeiro domingo de outubro do ano respectivo e que serão realizadas, simul-
taneamente, para Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de
Estado e do Distrito Federal,
a) Prefeito e Vice-Prefeito, sendo considerado eleito, no primeiro turno, o candidato a Presiden-
te, a Governador ou a Prefeito que obtiver a maioria dos votos, não computados os em branco
e os nulos.
b) Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual e Deputado Distrital, sendo considerado elei-
to, no primeiro turno, o candidato a Presidente ou a Governador que obtiver a maioria absoluta
de todos os votos, computados os em branco e os nulos.
c) e Vereador, sendo considerado eleito, no primeiro turno, o candidato a Presidente ou a Go-
vernador que obtiver a maioria simples dos votos, não computados os em branco e os nulos.
d) Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual e Deputado Distrital, sendo considerado elei-
to, no primeiro turno, o candidato a Presidente ou a Governador que obtiver a maioria absoluta
de votos, não computados os em branco e os nulos.
e) Prefeito e Vice-Prefeito, sendo considerado eleito, no primeiro turno, o candidato a Presi-
dente, a Governador ou a Prefeito que obtiver a maioria dos votos, computados os em branco
e os nulos.

Nos termos do art. 1º, parágrafo único, I da Lei n. 9.504/1997, serão realizadas simultaneamen-
te as eleições para presidente e vice-presidente da República, governador e vice-governador de
estado e do Distrito Federal, senador, deputado federal, deputado estadual e deputado distrital.
Destaque-se, ainda, que será considerado eleito o candidato a presidente ou a governador que
obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
Por essas disposições legais, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra D.
Letra d.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 73 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

034. (VUNESP/2016/PROCURADOR JURÍDICO/PREFEITURA DE ALUMÍNIO-SP) Estão permi-


tidas as candidaturas avulsas, desde que o candidato esteja no gozo de seus direitos políticos.

Nos termos do art. 11, § 14 da Lei n. 9.504/1997, é vedado o registro de candidatura avulsa,
ainda que o requerente tenha filiação partidária.
Errado.

035. (CESPE/2016/DELEGADO DE POLÍCIA/PC-PE) O prazo para que os partidos políticos


deliberem com relação a seus candidatos e com relação às possíveis coligações é de, no míni-
mo, seis meses antes da data da eleição.

Nos termos do art. 8º da Lei n. 9.504/1997, a escolha dos candidatos pelos partidos e a delibe-
ração sobre coligações deverão ser feitas no período de 20 de julho a 5 de agosto do ano em
que se realizarem as eleições.
Errado.

036. (CESPE/2016/DELEGADO DE POLÍCIA/PC-PE) O estatuto de cada partido político rege-


rá as normas para a escolha e a substituição de candidatos; em caso de omissão do referido
estatuto, caberá ao órgão de direção nacional do partido, ou ao estadual, ou ao municipal, de
acordo com o respectivo pleito eleitoral, estabelecer tais regramentos.

Nos termos do art. 7º da Lei n. 9.504/1997, as normas para a escolha e substituição dos candi-
datos e para a formação de coligações serão estabelecidas no estatuto do partido, observadas
as disposições desta lei.
Em caso de omissão do estatuto, caberá ao órgão de direção nacional do partido estabelecer
as normas a que se refere este artigo, publicando-as no Diário Oficial da União até cento e oi-
tenta dias antes das eleições.
Errado.

037. (CESPE/2016/DELEGADO DE POLÍCIA/PC-PE) Caberá aos diretórios partidários esta-


dual e municipal deliberarem sobre as coligações em seus respectivos pleitos eleitorais; a
legislação veda a interferência do diretório nacional em tais decisões, ainda que haja posições
divergentes, decorrentes da autonomia das decisões desses diretórios.

De acordo com o art. 7º, § 2º da Lei n. 9.504/1997, se a convenção partidária de nível inferior se
opuser, na deliberação sobre coligações, às diretrizes legitimamente estabelecidas pelo órgão
de direção nacional, nos termos do respectivo estatuto, poderá esse órgão anular a delibera-
ção e os atos dela decorrentes.
Errado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 74 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

038. (CESPE/2016/DELEGADO DE POLÍCIA/PC-PE) As candidaturas natas, às quais deputa-


dos e vereadores em exercício de seus mandatos eletivos assegurariam o registro de suas can-
didaturas para o mesmo cargo, não encontram respaldo no ordenamento jurídico brasileiro.

A candidatura nata, prevista no art. 8º, § 1º da Lei n. 9.504/1997, garante aos detentores de
mandato de deputado federal, estadual ou distrital, ou de vereador, e aos que tenham exercido
esses cargos em qualquer período da legislatura que estiver em curso, o registro de candidatu-
ra para o mesmo cargo pelo partido a que estejam filiados.
Entretanto, em razão da afronta ao princípio da autonomia partidária, o Supremo Tribunal Fe-
deral, na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 2.530, suspendeu os efeitos desse instituto.
Errado.

039. (CESPE/2016/DELEGADO DE POLÍCIA/PC-PE) Nas eleições para cargos do legislativo,


somente serão computados ao partido os votos dados a candidato que não participe de legen-
da partidária.

Nos termos do art. 5º da Lei n. 9.504/1997, nas eleições proporcionais, contam-se como váli-
dos apenas os votos dados a candidatos regularmente inscritos e às legendas partidárias.
Errado.

040. (CESPE/2016/DELEGADO DE POLÍCIA/PC-PE) Em município com mais de duzentos mil


habitantes, deve ocorrer segundo turno nas eleições para prefeito.

Será aplicável o sistema eleitoral majoritário por maioria absoluta às eleições para prefeito
nos municípios que tenham mais de duzentos mil eleitores, sendo que, nessa situação, se em
primeiro turno de votação nenhum candidato alcançar a maioria absoluta dos votos, será rea-
lizado um segundo turno de votação.
Errado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 75 de 77
DIREITO ELEITORAL
Lei n. 9504/1997 – Disposições Gerais
Weslei Machado e Marco Carvalhedo

REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Roberto Moreira. Direito Eleitoral. 2. ed. rev. atual. e ampl. Salvador: JusPodivm, 2009.

BARROS, Francisco Dirceu. Direito Eleitoral: teoria, jurisprudência e mais de 1000 questões co-
mentadas. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

BRANCO, Tatiana Coutinho Castelo, CARVALHEDO, Marcos, KALKMANN, Tiago. Súmulas do


TSE Comentadas. Ed. Lura Editorial. São Paulo. 2017.

CÂNDIDO, Joel J. Direito Eleitoral Brasileiro. 12. ed. rev., atual. e ampl. Bauru: Edipro, 2006.

CERQUEIRA, Thales Tácito Pontes Luz de Pádua. CERQUEIRA, Camila Medeiros de Albuquer-
que Pontes Luz de Pádua. Tratado de Direito Eleitoral. São Paulo: Premier Máxima, 2008.

COÊLHO, Marcus Vinicius Furtado. Direito Eleitoral e Processo Eleitoral – Direito Penal Eleitoral
e Direito Político. Rio de Janeiro: Renovar, 2008.

COSTA, Adriano Soares da. Instituições de Direito Eleitoral. 7. ed. rev., atual. e ampl. Rio de Ja-
neiro: Lumen Juris, 2008.

DIDIER JR., Fredie. CUNHA, Leonardo José Carneiro da. Curso de Direito Processual Civil: Meios
de Impugnação às decisões judiciais e processo nos tribunais. 5. ed. rev., atual. e ampl. Salva-
dor: JusPodivm, 2008.

GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. 3. ed. rev. e atual. Belo Horizonte: Del Rey, 2008.

RAMAYANA, Marcos. Direito Eleitoral. 8. ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Impetus, 2008.

VELLOSO, Carlos Mário da Silva. AGRA, Walber de Moura. Elementos de Direito Eleitoral. São
Paulo: Saraiva, 2009.

ZILIO, Rodrigo López. Direito Eleitoral: noções preliminares, elegibilidade e inelegibilidade, pro-
cesso eleitoral (da convenção à prestação de contas), ações eleitorais. Porto Alegre: Verbo
Jurídico, 2008.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 76 de 77
Weslei Machado
Weslei Machado é Promotor de Justiça Substituto no Ministério Público do Estado do Amazonas e
Promotor Eleitoral da 38ª Zona Eleitoral do Estado do Amazonas, Especialista em Direito Constitucional
– IDP, foi Analista Judiciário – Área Judiciária do TSE (2007/2017); foi Assessor de Desembargador no
TJDFT (2016/2017; professor de diversos cursos preparatórios para concursos em Brasília; professor e foi
Assessor do curso de Direito da Universidade Católica de Brasília.

Marcos Carvalhedo
Analista Judiciário do TSE desde 1996. No Tribunal exerceu os cargos de Coordenador de Autuação e
Distribuição (2008-2009) e (2017-2018), Assessor da Presidência (2016-2017), Tutor dos Cursos da Enfam
para juízes eleitorais (2017-2018), e atualmente é Assessor de Ministro. Bacharel em Direito pelo Uniceub,
Ciência Econômicas pela Unb, Pós graduado em Processo Civil pela LFG.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Você também pode gostar