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DIREITO

ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
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Sumário
Ministério Público Eleitoral.......................................................................................................................................4
1. Aspectos Gerais do Ministério Público...........................................................................................................4
1.1. O que é o Ministério Público...............................................................................................................................4
1.2. Funções do Ministério Público.........................................................................................................................5
1.3. Princípios Constitucionais do Ministério Público.................................................................................7
1.4. Prerrogativas dos Membros do Ministério Público. ............................................................................9
1.5. Estrutura Organizacional do Ministério Público................................................................................ 10
2. Atuação do Ministério Público no Tribunal Superior Eleitoral – Instância Especial.........11
3. Atuação do Ministério Público no TRE – 2ª Instância.........................................................................13
4. Atuação do Ministério Público nos Juízes e Juntas Eleitorais – 1ª Instância........................13
5. Vedações às Atividades Político-Partidárias............................................................................................17
6. Conflito de Atribuições entre Membros do Ministério Público......................................................18
Resumo................................................................................................................................................................................20
Questões de Concurso................................................................................................................................................ 24
Gabarito...............................................................................................................................................................................37
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................38
Referências........................................................................................................................................................................66

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Apresentação

Em nossa aula de hoje, vamos estudar detalhadamente a atuação do Ministério Público


(MP) junto à Justiça Eleitoral. Serão estudados aspectos relacionados ao Ministério Público
da União (Ministério Público Federal), que atua nos tribunais eleitorais, e ao Ministério Público
Estadual, responsável pela atuação perante os juízes eleitorais.
Nessa incursão, vamos compreender a estrutura administrativa do Órgão, conhecer suas
atribuições na seara eleitoral e, ainda, entender o procedimento de escolha de seus membros
que atuam na Justiça Eleitoral.
Será uma aula objetiva e direta. Trata-se de matéria que não guarda complexidade, não
sendo muito abordada em questões de concursos públicos na seara eleitoral, motivo pelo qual
teremos um número menor de questões comentadas ao final de nossa aula.
Contudo, para você que está se preparando para as carreiras jurídicas, em especial, para
promotor de justiça e procurador da república, trata-se de tema indispensável, que pode ser
abordado em questões objetivas e na prova discursiva.
Nesta aula, estudaremos os aspectos doutrinários sobre o Ministério Público, ressaltando
as disposições legais aplicáveis à espécie (Lei Complementar n. 75/93 e Código Eleitoral),
além de decisões emblemáticas e relevantes tomadas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo
Tribunal Superior Eleitoral, na aplicação dessas normas.
Para facilitar nosso estudo, vamos dividir o texto em três partes. Na primeira, vamos tra-
tar dos aspectos gerais do Ministério Público. Na segunda, vamos estudar especificamente o
Ministério Público da União (Ministério Público Federal), que atua nos tribunais eleitorais, e, na
terceira, vamos estudar sobre o Ministério Público Estadual.
Não perca nenhum detalhe, pois o conhecimento adquirido acerca dessa matéria poderá
ser decisivo para a sua classificação dentro do número de vagas.
Está preparado(a)? Vamos lá!

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MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL


1. Aspectos Gerais do Ministério Público
Inicialmente, vamos apresentar a vocês os aspectos gerais acerca do Ministério Público,
extraídos da Seção I, do título IV da CF/88, que cuida das Funções Essenciais à Justiça.

1.1. O que é o Ministério Público


Nos termos do art. 127 da CF/88, o Ministério Público – MP -, também conhecido como
Parquet, não faz parte de nenhum dos três Poderes1, é, em suma, uma instituição permanente,
cuja definição constitucional, juntamente com a Advocacia, Advocacia Pública e Defensoria
Pública, remete ao exercício de funções essenciais à Justiça.
Embora alguns apontem a instituição como um quarto Poder, a tese dominante o define
como um órgão do Estado, blindado pela autonomia funcional e administrativa, com orçamen-
to e quadro de pessoal próprios. A CF/88 fez expressa menção a essa autonomia ao dispor,
nos §§ 2º e 3º do art. 127 que:

Art. 127. Omissis.
§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado
o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços
auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remunerató-
ria e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento. (Redação dada pela
Emenda Constitucional n. 19, de 1998)
§ 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na
lei de diretrizes orçamentárias.

Acerca dessa autonomia, Maria da Conceição Bandeira do Ó, em irretocável artigo intitula-


do “Atribuições do Ministério Público e o Novo Código de Processo Civil de 2015”, publicado no
site www.conteúdojurídico.com.br consigna que:

A autonomia funcional, inerente à Instituição como um todo e abrangendo todos os órgãos do Minis-
tério Público, está prevista no art. 127, § 2º, da CF/88, no sentido de que, ao cumprir os seus deveres
institucionais, o membro do Ministério Público não se submeterá a nenhum outro “poder” (Legislati-
vo, Executivo ou Judiciário), órgão, autoridade pública etc. Deve obediência, apenas, à Constituição,
às leis e à sua própria consciência.

1
Nesse sentido, Nathália Masson ensina que:
A Constituição da República de 1988 dispensou ao Ministério Público tratamento especial, colocando-o a salvo dos
demais Poderes e assegurando à instituição e aos seus membros autonomia e independência na busca da realização
dos interesses da sociedade. Fortaleceu-o institucionalmente para oportunizar a efetivação dos elevados fins que
caracterizam a destinação constitucional dessa importantíssima instituição da República, a quem compete defender
a ordem jurídica, proteger o regime democrático e zelar pelos interesses sociais e individuais indisponíveis (Masson,
Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 4 ed.. Salvador: JusPodivm, 2016, p. 1060)

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A autonomia administrativa consiste na capacidade de direção de si próprio, autogestão, auto admi-
nistração, um governo de si. Assim, o Ministério Público poderá, observado o disposto no art. 169,
propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os
por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carrei-
ra, enfim, sua organização e funcionamento (CF. art. 127, § 2.”).
Pela garantia institucional da autonomia financeira, ao  Ministério Público assegurou-se a capaci-
dade de elaborar sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias, podendo, autonomamente, administrar os recursos que lhe forem destinados (CF.
art. 127, § 2º).”

1.2. Funções do Ministério Público


No exercício do seu papel constitucional, o  Órgão Ministerial dirige seus esforços
para a defesa:
• da ordem jurídica;
• do regime democrático;
• dos interesses sociais
• dos interesses individuais indisponíveis.

Dentre as importantíssimas funções do MP, destaca-se, para nosso estudo dirigido a ques-
tões eleitorais, a defesa do regime democrático.
A autonomia e independência institucional, bem delineadas no art.  127 da Constituição
Federal, dão ao Ministério Público a necessária imparcialidade e a liberdade para o exercício de
suas importantes funções constitucionais, especialmente da defesa do regime democrático,
que se agiganta no âmbito da Justiça Eleitoral.
Não é senão por esse motivo que a instituição recebeu o poder/dever de legitimamente
atuar em todas as fases do processo eleitoral. A esse respeito, veja a lição de Marcos Ramaya-
na (2009, p. 272):

A função constitucional-eleitoral conferida ao órgão do Parquet para dirigir a atividade do setor de


fiscalização das fases do processo eleitoral (alistamento, votação, apuração e diplomação) obriga-o
a atuar por dever de ofício e intervir na persecução penal, nas lides decorrentes de propaganda polí-
tica eleitoral, partidária, no registro de candidatos e outras.

Essa necessária atuação do MP se sobressai na análise da Súmula 11 do TSE, que


estabelece:

JURISPRUDÊNCIA
Súmula 11 do TSE: No processo e registro de candidatos, o partido que não o impugnou
não tem legitimidade para recorrer da sentença que o deferiu, salvo se cuidar de matéria
constitucional.

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Para que não reste dúvidas sobre o conteúdo do enunciado, cumpre esclarecer que após
publicada a relação dos pedidos de registro de candidatura, abre-se prazo de cinco dias para
impugnação. Findo esse prazo e não havendo impugnação, o processo pode ir concluso para
a decisão. Segundo o enunciado, caso o registro seja deferido, os legitimados – partidos polí-
ticos, coligações e candidatos - não poderão recorrer da decisão, salvo se o óbice avistado se
referir à matéria constitucional.
Em um primeiro momento, o Tribunal Superior Eleitoral entendeu que, a exemplo dos de-
mais legitimados para impugnar o pedido de registro, o Ministério Público também não poderia
recorrer da sentença que deferiu o pedido de registro, quando não o impugnara.
Todavia, no Agravo em Recurso Extraordinário n. 728.188/Rio de Janeiro, o Supremo Tri-
bunal Federal apreciou a matéria, em regime de repercussão geral, e concluiu que o Ministério
Público estaria autorizado a promover, perante o Poder Judiciário, todas as medidas necessárias
à efetivação dos direitos e valores consagrados pelo texto constitucional. Acrescentou ainda ser
reconhecida a ampla legitimidade recursal nos processos de registro de candidatura, até porque
não há norma ou matéria de direito eleitoral que seja estranha à preservação da ordem jurídica
ou do regime democrático.
Com esse entendimento, o STF concluiu que o MP é parte legítima para interpor recurso
de decisão judicial que defere o registro de candidatura, ainda que não o tenha impugnado.
Trata-se de uma consequência jurídica decorrente do fato de o Ministério Público ser o defen-
sor do regime democrático.
Outro exemplo extraído da jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, em que se eviden-
ciou a inafastável atuação do Ministério Público, a fim de, tangenciando a defesa da ordem ju-
rídica, defender o regime democrático, ocorreu no julgamento do Recurso Especial Eleitoral n.
170-16/BA, no qual o Órgão Ministerial, mesmo sucumbente na esfera estadual, não recorreu
da decisão que deferiu o registro de candidatura. Subindo os autos ao Tribunal Superior Elei-
toral pela interposição de recursos de outros legitimados, o acórdão, por decisão monocrática
do relator, ficou mantido. Na atuação, como custus juris, o Parquet interpôs agravo regimental,
que foi conhecido, por maioria, pelo Plenário do TSE.

JURISPRUDÊNCIA
A ratio decidendi do aludido julgado da Suprema Corte, máxime porque amparada no
art. 127 da Lei Fundamental, deve ser aplicada no caso dos autos a fim de se reconhecer
a legitimidade do Parquet Eleitoral, na sua função de custos legis, para interpor agravo
interno perante esta instância superior, mesmo quando não houver recorrido do acórdão
regional em que foi sucumbente. (REspe n. 170-16/BA, rel. designado Min. Tarcísio Vieira
de Carvalho Neto, DJe de 4.10.2018)

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Para espancar qualquer dúvida sobre o incólume poder/dever do Ministério Público de


exercer suas prerrogativas constitucionais, faço notar que, mesmo diante da expressa afirma-
ção, contida no art. 105-A da Lei n. 9.504/97 (Lei das Eleições), de que, em matéria eleitoral,
não são aplicáveis os procedimentos previstos na Lei da Ação Civil Pública – Lei n. 7.347/85,
o Tribunal Superior Eleitoral decidiu que se admite, com base no art. 127 da Constituição Fede-
ral, instauração de inquérito civil pelo Parquet para apurar prática de ilícitos eleitorais. Confira:
O art. 105-A da Lei n. 9.504/97 que veda na seara eleitoral adoção de procedimentos con-
tidos na Lei n. 7.347/85 deve ser interpretado conforme o art. 127 da CF/88, no qual se atribui
ao Ministério Público prerrogativa de defesa da ordem jurídica, do regime democrático e de
interesses sociais individuais indisponíveis, e o art. 129, III, que prevê inquérito civil e ação civil
pública para proteger interesses difusos e coletivos. Precedentes.

JURISPRUDÊNCIA
Consequentemente, admite-se instauração de inquérito civil pelo Parquet para apurar prá-
tica de ilícitos eleitorais e, com maior razão, Procedimento Preparatório Eleitoral (PPE),
iniciado no caso dos autos mediante portaria ministerial. REspe n. 1318-23/PI, rel. Min.
Jorge Mussi, DJe de 26.3.2018)

1.3. Princípios Constitucionais do Ministério Público


Nos termos do art. 127 da Constituição Federal, o Ministério Público é regido pelos princí-
pios da: unidade, indivisibilidade e da independência funcional.
Pelo princípio da Unidade os membros de cada Ministério Público integram um só órgão,
sob direção única.
Todavia, como veremos mais adiante, a CF/88, no seu art. 128, §§ 2º 3 3º, faz referência ao
Ministério Público da União – MPU, cujo chefe é o Procurador-Geral Da República e ao Ministé-
rio Público dos Estados, chefiado pelo Procurador-Geral de Justiça de cada Estado. Esses ór-
gãos não são integrados funcional ou administrativamente. Cada um possui estrutura própria
e se vinculam a direções distintas2.
2
[...] apesar de acertada a constatação de que o Ministério Público é uno, deve-se atentar para a existência de uma divisão
orgânica, necessária para atender à estrutura federativa vigente no país, que fraciona a instituição no aspecto estrutural-
-funcional. Assim, não se pode confundir o Ministério Público da União com os Ministério Públicos Estaduais, por exemplo.
Em conclusão, a unidade que existe é a de cada um dos Ministérios Públicos.
Nesse contexto, em razão de não haver unidade entre os Ministérios Públicos da União e dos Estados – tampouco
há hierarquia entre eles – o Superior Tribunal de Justiça, por sua Corte Especial, em recente decisão reconheceu
a legitimidade do Ministério Público Estadual para atuar, como parte, diretamente no referido tribunal. Outrossim,
o Supremo Tribunal Federal, no ano de 2011, já havia proferido decisão no mesmo sentido (por apertada maioria –
6x4), reconhecendo que o Ministério Público estadual tem legitimidade autônoma para propor reclamação cons-
titucional perante a Corte Constitucional, sem a necessidade de requerimento ao Procurador-Geral da República”
(Masson, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 4 ed.. Salvador: JusPodivm, 2016, p. 1062)

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O princípio da Indivisibilidade decorre do princípio da Unidade. Segundo informa os mem-


bros do Ministério Público não se vinculam aos processos em que atuam e podem ser substi-
tuídos por outros membros de acordo com as normas previstas na lei de organização de cada
Ministério Público, sem qualquer prejuízo à atuação do Órgão. Em suma, a atuação de cada
membro do Ministério Público importa o posicionamento jurídico do órgão como um todo. Em
perfeita consonância com o texto constitucional caminha a jurisprudência do TSE:

JURISPRUDÊNCIA
Nos termos do art. 127, 1, da Constituição Federal de 1988, o Ministério Público é insti-
tuição permanente, regida pelos princípios da unidade e da indivisibilidade, segundo os
quais o Parquet é um só organismo, uma só unidade, e seus membros podem ser substi-
tuídos uns pelos outros, independentemente de fundamentação, sem que haja alteração
subjetiva na relação jurídica processual. (HC 227658/SP, rel. Min. Maria Thereza de Assis
Moura, DJe de 14.5.2012)

Por último, o princípio da Independência Funcional informa que os membros do MP somen-


te são vinculados somente à Constituição Federal e às leis. No exercício de suas atribuições,
não se subordinam aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e nem ao Chefe do Ministé-
rio Público. Frise-se que existe uma hierarquia no MP, mas somente de natureza administrativa.
Na ordem funcional, ou seja, nas manifestações dos membros nos processos de sua compe-
tência, há total independência dos membros3. Nesse sentido:

JURISPRUDÊNCIA
O Ministério Público, no exercício de suas funções, mantém independência funcional, de
sorte que a manifestação de um membro do d. Parquet, em um dado momento do pro-
cesso, não vincula o agir de um outro membro no mesmo processo (TSE. AgRg no REspe
n.  28.511, de minha relatoria, DJ de 5.6.2008) Precedentes, ainda, do c. STF (v.g. RHC
85.656-0/MS, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 9.6.2006; HC n. 80.315/SP, Rel. Min. Sepúlveda
Pertence, DJ 13.10.2000) e do c. STJ (RHC n. 14.098, Min. Felix Fischer, DJ 23.6.2003).

3
“Por fim, temos o princípio da independência funcional, que tanto protege a instituição de constrangimentos indevidos e
ingerências externas – por meio das garantias institucionais –, como garante independência aos membros do Ministério
Público, de forma que estes não se subordinem às convicções jurídicas de outrem, podendo atuar livremente, de acordo
com suas próprias convicções jurídicas, às leis e, sobretudo, à Constituição Federal. Assim, nada obstante estarem, sob o
aspecto administrativo, submetidos à chefia do Procurador-Geral, não há que se falar em subordinação de índole funcional,
de modo que, processualmente, não estejam vinculados a entendimentos ou orientações de outrem. Segundo a doutrina,
a independência funcional do Ministério Público é de caráter funcional. O órgão, no exercício específico das funções, age
em nome do Ministério Público (princípio da unidade). Neste particular, ele não presta obediência as seu superior hierár-
quico (Procurador-Geral).” (Masson, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 4 ed.. Salvador: JusPodivm, 2016, p. 1063)

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Na hipótese, descabe alegar a perda de objeto da impugnação ao pedido de registro de can-


didatura, pela circunstância de a d. Procuradoria-Geral Eleitoral ter apresentado, como custos
legis, parecer favorável ao deferimento do pedido de registro do embargante. Caso se admita
que na impugnação ao registro de candidatura proposta pelos agentes do Ministério Público,
seja em primeira ou em segunda instância, deva haver consulta a d. Procuradoria-Geral Eleito-
ral, sob pena de iniciar ação totalmente inócua, estar-se-ia, inevitavelmente, desconsiderando a
autonomia e independência funcional dos órgãos do Parquet, as quais estão proclamadas na
Constituição da República de 1988 (art. 127, § 1º, in fine).Tudo isso em ações de inquestioná-
vel interesse público. (REspe n. 29730/SP, rel. Min. Felix Fischer, PSESS de 29.9.2008)

1.4. Prerrogativas dos Membros do Ministério Público


Os membros do Parquet gozam de prerrogativas idênticas às da magistratura, quais sejam:
vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios4.
No caso dos membros do Ministério Público que atuam perante a Justiça Eleitoral não são
aplicáveis a vitaliciedade no cargo, pois esses membros atuam no sistema de rodízio (princípio
da periodicidade da investidura das funções eleitorais), como veremos mais adiante.
Também não se aplica a irredutibilidade de subsídios, tendo em vista que não recebem
subsídios pelo exercício da atividade eleitoral, mas apenas uma gratificação paga na propor-
ção do seu efetivo comparecimento e exercício das funções de Ministério Público perante os
órgãos da Justiça Eleitoral. Desse modo, no caso de férias, licenças e afastamentos, os mem-
bros do parquet não farão jus à percepção da referida gratificação.
4
[...] existem as garantias próprias aos membros do Ministério Público. Segundo a Constituição, leis complementares da
União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, deverão observar para seus membros
as mesmas garantias previstas para os magistrados, a saber, a vitaliciedade, a inamovibilidade e a irredutibilidade de sub-
sídio (art. 128, § 5º, I, CF/88). [...]
(i) vitaliciedade (art. 128, § 5º, II, ‘a’, CF/88), segundo a qual o membro do Ministério Público se torna vitalício após dois anos
de efetivo exercício, não podendo mais perder o cargo após decisão judicial transitada em julgado.
[...]
(ii) inamovibilidade (art. 128, §5º, I, ‘b’, CF/88): os membros do Ministério Público, uma vez titulares do cargo, somente
poderão ser removidos, ou mesmo promovidos, por iniciativa própria. Não podem, portanto, ser removidos ou promovidos
ex officio e de forma unilateral, sem que haja solicitação ou autorização. Vê-se que essa garantia implica em uma situação
curiosa em relação às promoções. Como a promoção, em regra, acarreta a remoção do membro do Ministério Público, ele
somente pode ser promovido caso se inscreva para a vaga, ou seja, manifeste expressamente sua aquiescência.
Importante destacar que essa garantia é constitucionalmente excepcionada na seguinte situação: por motivo de interesse
público, mediante decisão, por maioria absoluta de votos, do órgão colegiado competente, assegurada ampla defesa.
[....]
(iii) irredutibilidade de subsídio (art. 128, § 5º, I, ‘c’, CF/88): subsídio é o modelo de pagamento de diversas
categorias de agentes públicos, cujas características estão no §4º do art. 39, CF/88. Essa garantia da irreduti-
bilidade assegura que os membros do Ministério Público não sofram pressões por diminuições remuneratórias
indevidas no exercício de suas funções e atribuições”.
(Masson, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 4 ed.. Salvador: JusPodivm, 2016, p. 1069)

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De forma diversa, incide o princípio da inamovibilidade, pois uma vez designado o promotor
eleitoral para atuar em determinada zona eleitoral, ele terá direito a exercer suas funções pelo
prazo ininterrupto de dois anos, nele incluídos os períodos de férias, licenças e afastamentos,
não sendo possível, em regra, removê-lo do cargo nesse período.

1.5. Estrutura Organizacional do Ministério Público


Para que haja a perfeita compreensão da atuação do Ministério Público junto à Justiça
Eleitoral é necessário também compreender sua estrutura organizacional.
Consoante dispõe o art. 128 da CF/88, o Ministério Público abrange o Ministério Público
da União – MPU e o Ministério Público dos Estados – MPE.
O Ministério Público da União compreende:
• O Ministério Público Federal (MPF);
• O Ministério Público do Trabalho (MPT);
• O Ministério Público Militar (MPM);
• O Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT);

Para fins de concurso na área eleitoral, faz-se necessário compreender a estrutura orga-
nizacional do MPF, cujos membros atuam, de forma temporária, nos tribunais eleitorais, e do
MPE, cujos membros são, de forma temporária e no exercício da função federal, responsáveis
pela atuação perante os juízes eleitorais.
O MPU e o MPF são chefiados pelo Procurador-Geral da República (PGR), nomeado pelo
Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a
aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para manda-
to de dois anos, permitida a recondução, nos termos do art. 128, § 1º, da CF/88.
O MPF apresenta a seguinte organização funcional:
• 1ª instância – exercida pelos Procuradores da República na Justiça Federal (JF);
• 2º instância – exercida pelos Procuradores Regionais nos Tribunais Regionais Federais
(TRF);
• Tribunais Superiores – Exercida pelo Procurador-Geral da República ou pelos Subprocu-
radores-Gerais da República;

O MPE é chefiado pelo Procurador-Geral de Justiça (PGJ), escolhido pelo Governador da


lista tríplice de integrantes da carreira, elaborada na forma da lei, para mandato de dois anos
permitida uma recondução, consoante dispõe o art. 128, § 3º, da CF/88.
Existe um Ministério Público estadual em cada Unidade da Federação, lembrando ape-
nas que o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios compõe o Ministério Públi-
co da União.

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O MPE apresenta a seguinte estrutura funcional:


• 1ª instância – exercida pelos promotores de Justiça junto aos juízes de Direito (JC);
• 2º instância – exercida pelos Procuradores de Justiça perante os Tribunais de Jus-
tiça (TJ);

A questão relativa à atuação do Ministério Público estadual no Superior Tribunal de Justiça


e no Supremo Tribunal Federal ficou equacionada no RE n. 985.392, com repercussão geral,
ficou assim definida:

JURISPRUDÊNCIA
Os ministérios públicos dos estados e do Distrito Federal têm legitimidade para propor
e atuar em recursos e meios de impugnação de decisões judiciais em trâmite no STF e
no STJ, oriundos de processos de sua atribuição, sem prejuízo da atuação do Ministério
Público Federal. (RE n. 985.392, rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 10.11.2017)

2. Atuação do Ministério Público no Tribunal Superior Eleitoral – Ins-


tância Especial

Nos termos do art. 72 da Lei Complementar n. 75/93, compete ao Ministério Público Federal
– MPF exercer as funções do Ministério Público na seara eleitoral. Confira o dispositivo legal:
“Art. 72. Compete ao Ministério Público Federal exercer, no que couber, junto à Justiça Elei-
toral, as funções do Ministério Público, atuando em todas as fases e instâncias do processo
eleitoral”.
Nas causas de competência do Tribunal Superior Eleitoral, o papel do Ministério Público
é atribuição do Procurador-Geral Eleitoral (PGE) que é o Procurador-Geral da República (PGJ),
chefe do Ministério Público Federal e do Ministério Público da União. Trata-se da mesma pes-
soa ocupando, concomitantemente, cargos diversos.
O Procurador-Geral da República - e, por conseguinte, o Procurador-Geral Eleitoral - é no-
meado pelo Presidente da República entre integrantes da carreira, maiores de 35 anos, após
a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para man-
dato de dois anos, permitida a recondução, conforme preconiza o art. 128, § 1º, da Constitui-
ção Federal.
Portanto, pode ser reconduzido várias vezes ao cargo, podendo, diferentemente dos Minis-
tros do Tribunal Superior Eleitoral, exercer o cargo por mais de dois biênios consecutivamente.
Conforme preconiza os art. 73, parágrafo único, da Lei Complementar n. 75/93, além de
exercer as funções do Ministério Público no Tribunal Superior Eleitoral, compete ao Procura-
dor-Geral Eleitoral designar, entre os subprocuradores-Gerais da República, o Vice-Procura-
dor-Geral Eleitoral.

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Ministério Público Eleitoral
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Ademais, nos termos do art. 74 da mencionada Lei, ele pode, ainda, designar, por necessi-
dade de serviço, membros do Ministério Público Federal para oficiarem, com sua aprovação,
perante o Tribunal Superior Eleitoral.
O art. 75 da LC n. 75/93 enumera outras competências do Procurador-Geral Eleitoral, a saber:

Art. 75. Incumbe ao Procurador-Geral Eleitoral:


I – designar o Procurador Regional Eleitoral em cada Estado e no Distrito Federal;
II – acompanhar os procedimentos do Corregedor-Geral Eleitoral;
III – dirimir conflitos de atribuições;
IV – requisitar servidores da União e de suas autarquias, quando o exigir a necessidade do serviço,
sem prejuízo dos direitos e vantagens inerentes ao exercício de seus cargos ou empregos.

Em acréscimo, temos no art. 24 do Código Eleitoral (CE) outras atribuições do Procurador-


-Geral Eleitoral, nos seguintes termos:

Art. 24. Compete ao Procurador-Geral, como Chefe do Ministério Público Eleitoral;


I – assistir às sessões do Tribunal Superior e tomar parte nas discussões;
I – assistir às sessões do Tribunal Superior e tomar parte nas discussões;
II – exercer a ação pública e promovê-la até final, em todos os feitos de competência originária do
Tribunal;
III – oficiar em todos os recursos encaminhados ao Tribunal;
IV – manifestar-se. por escrito ou oralmente, em todos os assuntos submetidos à de liberação do
Tribunal, quando solicitada sua audiência por qualquer dos juízes, ou por iniciativa sua, se entender
necessário;
V – defender a jurisdição do Tribunal;
VI – representar ao Tribunal sobre a fiel observância das leis eleitorais, especialmente quanto à sua
aplicação uniforme em todo o País;
VII – requisitar diligências, certidões e esclarecimentos necessários ao desempenho de suas atri-
buições;
VIII – expedir instruções aos órgãos do Ministério Público junto aos Tribunais Regionais;
IX – acompanhar, quando solicitado, o Corregedor Geral, pessoalmente ou por intermédio de Procu-
rador que designe, nas diligências a serem realizadas.

Em suma, podemos afirmar que cabe ao Procurador-Geral Eleitoral a defesa da ordem ju-
rídica e do regime democrático por meio do ajuizamento das ações e da interposição de re-
cursos eleitorais, além da obrigatória manifestação, por escrito ou oralmente, em todos os
processos do Tribunal Superior Eleitoral.
O fim do mandato do Procurador-Geral Eleitoral no Tribunal Superior Eleitoral ocorre jun-
tamente com o término do mandato do Procurador-Geral da República, que é de dois anos.
A destituição antecipada do cargo somente é possível por iniciativa do Presidente da Repúbli-
ca, devendo o ato ser precedido de autorização da maioria absoluta do Senado Federal, conso-
ante dispõe o art. 128, § 2º, da CF/88.

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3. Atuação do Ministério Público no TRE – 2ª Instância


A atuação do MP nas causas dos tribunais regionais eleitorais é da competência do Procu-
rador Regional Eleitoral (PRE).
Havendo necessidade de serviço, o Procurador-Geral Eleitoral poderá designar membros
do Ministério Público Federal para oficiar, sob a coordenação do Procurador Regional Eleitoral,
perante os tribunais regionais eleitorais.
O Procurador Regional Eleitoral e o seu substituto legal são designados pelo Procurador-
-Geral Eleitoral entre os Procuradores Regionais da República (PRR) lotados e em exercício no
Estado e no Distrito Federal, ou, onde não houver, entre os Procuradores da República vitalícios,
nos termos do art. 76 da Lei Complementar n. 75/93.
Os Procuradores Regionais da República atuam nos Tribunais Regionais Federais (TRF), 2ª
instância da Justiça Federal nas causas de competência do Tribunal Regional Eleitoral.
Atualmente só existem cinco tribunais regionais federais no País, localizados em Brasília e
nas capitais dos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Recife. Nesses Estados/
DF, o PRE é nomeado dentre os Procuradores Regionais da República que atuam nos TRFs.
Nas demais localidades, a nomeação recai entre os Procuradores da República vitalícios,
que guardam assento na 1ª instância da Justiça Federal.
Diferentemente do Procurador-Geral Eleitoral, que pode ser reconduzido sucessivas vezes,
a recondução do Procuradores Regionais Eleitorais somente pode ocorrer uma única vez.
A destituição dos Procuradores Regionais Eleitorais antes do término do seu mandato
pode ocorrer por iniciativa do Procurador-Geral Eleitoral, mas deve ser aprovada por maioria
absoluta do Conselho Superior do Ministério Público Federal, conforme orienta o art. 76, § 1º
e 2º, da LC n. 75/93.

4. Atuação do Ministério Público nos Juízes e Juntas Eleitorais – 1ª


Instância
Na 1ª instância da Justiça Eleitoral, perante o juiz eleitoral e a junta eleitoral, a função do
Ministério Público é exercida pelo Promotor Eleitoral.
Note, inicialmente, que a função eleitoral, em todas as esferas, é de natureza federal. Con-
tudo, como bem anotado por José Jairo Gomes (2017, p. 99), pelo princípio da cooperação na
organização político-eleitoral brasileira, além do art. 78 da LC n. 75/93 estabelecer essa com-
petência ao MPE, o art. 32, III, da Lei n. 8.625/93 também dispõe no mesmo sentido:

Ao estabelecer competir aos Promotores de Justiça “oficiar perante à Justiça Eleitoral de primeira
instância, com as atribuições do Ministério Público Eleitoral previstas na Lei Orgânica do Ministé-
rio Público da União que forem pertinentes, além de outras estabelecidas na legislação eleitoral
e partidária.

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Nessa compreensão, o entendimento do Supremo Tribunal Federal é no sentido de que o


Promotor de Justiça no exercício das funções eleitorais ficará subordinado hierárquico-admi-
nistrativo ao Procurador Regional Eleitoral, e não ao chefe do Ministério Público do Estado - PGJ.
Ademais, a iniciativa de projetos legislativos que versem sobre a organização e as atribui-
ções do Ministério Público Eleitoral, ainda que afetem os Promotores de Justiça, são de com-
petência do Procurador-Geral da República. Confira:

JURISPRUDÊNCIA
Detém o Procurador-Geral da República, de acordo com o art.  128, §  5º, da Constituição
Federal, a prerrogativa, ao lado daquela já atribuída ao chefe do Poder Executivo (art. 61,
§ 1º, II, d, CF), de iniciativa dos projetos legislativos que versem sobre a organização e as atri-
buições do Ministério Público Eleitoral, do qual é chefe, atuando como seu Procurador-Geral.
Tratando-se de atribuição do Ministério Público Federal (arts. 72 e 78), nada mais natural que
as regras de designação dos membros do Ministério Público para desempenhar as funções
junto à Justiça Eleitoral sejam disciplinadas na legislação que dispõe, exatamente, sobre a
organização, as atribuições e o estatuto do Ministério Público da União, no caso, a Lei Com-
plementar 75, de 20 de maio de 1993. O fato de o Promotor Eleitoral (membro do Ministério
Público Estadual) ser designado pelo Procurador Regional Eleitoral (membro do MPF) não
viola a autonomia administrativa do Ministério Público Estadual. Apesar de haver a participa-
ção do Ministério Público dos Estados na composição do Ministério Público Eleitoral
– cumulando o membro da instituição as duas funções –, ambas não se confundem, haja
vista possuírem conjuntos diversos de atribuições, cada qual na esfera delimitada pela
Constituição Federal e pelos demais atos normativos de regência. A subordinação hierár-
quico-administrativa – não funcional – do Promotor Eleitoral é estabelecida em relação
ao Procurador Regional Eleitoral, e não em relação ao Procurador-Geral de Justiça. Ante
tal fato, nada mais lógico que o ato formal de “designação” do Promotor Eleitoral seja
feito pelo superior na função eleitoral, e não pelo superior nas funções comuns.
(ADI n. 3.802/DF, rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 14.11.2016)

A designação do Promotor Eleitoral é feita pelo PRE, após indicação do Procurador Geral
de Justiça (PGJ), chefe do Ministério Público Estadual, nos termos do art. 78 da LC n. 75/93.
Segundo José Jairo Gomes (2017, p. 100-101), a ausência de indicação do nome pelo che-
fe do Ministério Público Estadual não impede a designação do Promotor eleitoral pelo Procu-
rador Regional Eleitoral. Para ele, a escolha do Promotor Eleitoral é um ato administrativo sim-
ples, que pode resultar da vontade de um só órgão, no caso, do Procurador Regional Eleitoral.
Ressalto, contudo, que esse entendimento é contrário à jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal, segundo o qual essa escolha é um ato de natureza complexa, que resulta da vontade
de dois órgãos – Procurador Regional Eleitoral e Procurador-Geral de Justiça. Confira:

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JURISPRUDÊNCIA
A designação do promotor eleitoral é ato de natureza complexa, resultando da conjuga-
ção de vontades tanto do procurador-geral de justiça - que indicará o membro do ministé-
rio público estadual – quanto do procurador regional eleitoral – a quem competirá o ato
formal de designação. O art. 79, caput e parágrafo único, da Lei Complementar n. 75/93
não tem o condão de ofender a autonomia do ministério público estadual, já que não
incide sobre a esfera de atribuições do parquet local, mas sobre ramo diverso da insti-
tuição – o Ministério Público Eleitoral, não interferindo, portanto, nas atribuições ou na
organização do ministério público estadual.
(ADI n. 3.802/DF, rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 14.11.2016)

A designação deve recair sobre promotor lotado na comarca a que pertence a zona eleito-
ral. Não sendo possível, pela inexistência de membro lotado na comarca, impedimento ou re-
cusa justificada, a designação pode recair sobre Promotor que atua em comarca próxima. Nes-
se caso, segundo o art. 1º, § 2º da Res. – Conselho Nacional do Ministério Público n. 30/2008,
que cuida do estabelecimento de parâmetros para a nomeação de membros do Ministério
Público estadual para o exercício da função eleitoral na 1ª instância, terá preferência, sucessi-
vamente, aquele que exercer suas funções:
• I – na sede da respectiva zona eleitoral;
• II – em município que integra a respectiva zona eleitoral;
• III – em comarca contígua à sede da zona eleitoral.

A escolha é óbvia quando existe apenas um Promotor lotado na comarca.


Nas comarcas em que houver mais de um, o art. 1º, III da Res. – Conselho Nacional do
Ministério Público n. 30/2008 determina seja obedecida a ordem decrescente de antiguidade
na titularidade da função eleitoral, prevalecendo, em caso de empate, a antiguidade na zona
eleitoral.
Consoante estabelece o art. 1º, § 1º da Res. – Conselho Nacional do Ministério Público
n. 30/2008, não poderá ser indicado nem designado para a exercer função eleitoral o membro
do Ministério Público Estadual:

I – lotado em localidade não abrangida pela zona eleitoral perante a qual este deverá oficiar, salvo
em caso de ausência, impedimento ou recusa justificada, e  quando ali não existir outro membro
desimpedido;
II – que se encontrar afastado do exercício do ofício do qual é titular, inclusive quando estiver exer-
cendo cargo ou função de confiança na administração superior da Instituição, ou
III – que tenha sido punido ou que responda a processo administrativo ou judicial, nos 3 (três) anos
subsequentes, em razão da prática de ilícito que atente contra: (Redação dada pela Resolução n. 182,
de 7 de dezembro de 2017)

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a) a celeridade da atuação ministerial; (Incluído pela Resolução n. 182, de 7 de dezembro de 2017)
b) a isenção das intervenções no processo eleitoral; (Incluído pela Resolução n. 182, de 7 de dezem-
bro de 2017)
c) a dignidade da função e a probidade administrativa; (Incluído pela Resolução n. 182, de 7 de de-
zembro de 2017)

Escolhido o Promotor Eleitoral, este deverá exercer a função eleitoral, nos termos do art. 1º,
IV, da Res. CNMP n. 30/2008, pelo prazo ininterrupto de dois anos, nele incluídos os períodos
de férias, licenças e afastamentos.
Este prazo pode, excepcionalmente, ir além ou aquém do período de dois anos para fazer
cumprir a determinação contida no art. 5º da Res. – Conselho Nacional do Ministério Público
n. 30/2008, que veda a investidura em função eleitoral em prazo inferior a noventa dias da
data do pleito eleitoral e a cessação em prazo inferior a noventa dias após a eleição, cumprin-
do ao Procurador-Geral Eleitoral fazer as devidas adaptações.
Findo o prazo de exercício da função eleitoral, pelo sistema de rodízio deve haver, em regra,
a substituição por outro membro da carreira estadual, a não ser que exista somente um mem-
bro do Ministério Público estadual na circunscrição da zona eleitoral, situação que impõe sua
recondução ao cargo por igual período.
No que concerne à destituição do Promotor Eleitoral, a legislação de regência é silente so-
bre a matéria. No ponto, José Jairo Gomes (2017, p.101) afirma que:

Não há previsão legal para essa hipótese. Tampouco cuidou a Resolução CNMP n.  30/2008. De
qualquer maneira, atende à lógica do sistema que o PRE possa igualmente destituir, já que detém
o poder de designar. Mas não poderá fazê-lo ao seu talante, senão no estrito interesse do serviço
eleitoral. A discricionariedade aí é regrada, vinculada. A destituição deve ser amparada em ato fun-
damentado; as razões devem ser claras e plausíveis. Afinal, ao  PRE cumpre dirigir no Estado as
atividades do setor (LC n. 75/93, art. 77).

Para finalizar, destaca-se dois aspectos eminentemente administrativos acerca do exercí-


cio das funções eleitorais pelo Promotor Eleitoral, a saber:
i. o exercício da função eleitoral assegura a percepção de gratificação correspondente ao
terço do subsídio de juiz federal, nos termos do art. 50, VI da Lei n. 8.625/93;

JURISPRUDÊNCIA
ii. é vedada a fruição de férias ou licença voluntária no período de 90 dias que antecedem
o pleito até 15 dias depois da diplomação, salvo em situações excepcionais autorizadas
pelo Chefe do Ministério Público, conforme estabelece o art. 5º, § 2º, da Res. – Conselho
Nacional do Ministério Público n. 30/2008.

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5. Vedações às Atividades Político-Partidárias


Tendo em vista o disposto no art. 29, § 3º, do Ato das disposições Constitucionais Provisó-
rias da Constituição Federal, foi facultado aos membros do Ministério Público que ingressaram
antes da promulgação da atual Carta Constitucional optar pelo antigo regime, que permitia o
exercício de atividade político-partidária. Nesse sentido, a jurisprudência do Tribunal Superior
Eleitoral sempre foi pacífica:

JURISPRUDÊNCIA
O art.  29, §  3º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, ao  assegurar aos
membros do Ministério Público, no tocante às vedações que a Constituição lhes impõe,
a observância da situação jurídica que detinham quando da promulgação da Carta, asse-
gura-lhes o direito ao exercício de atividade político-partidária, e tal exercício antecedia a
promulgação.
(Cta n. 1508-89/DF, rel. Min. Gilson Dipp, DJe de 25.11.2011)

Para aqueles que não optaram pelo regime antigo, o art. 128, § 5º, II, e, da CF/88, em sua
redação primitiva, permitia, como exceção e nos exatos termos da lei, o exercício da atividade
político partidária. Confira:
“Art. 128. O Ministério Público abrange: (...) II – as seguintes vedações: (...)
e) exercer atividade político-partidária, salvo exceções previstas na lei”.
Essa situação foi abruptamente modificada, em 2004, com a edição da Emenda à Cons-
tituição n. 45/2004, que excluiu a parte final do citado dispositivo, retirando qualquer possibi-
lidade de membros do Ministério Público, que não optaram pelo regime constitucional ante-
rior, exercerem atividade político-partidária. A redação do dispositivo, que permanece até hoje,
é a seguinte:
“Art. 128. O Ministério Público abrange: (...) II – as seguintes vedações: (...)
e) exercer atividade político-partidária; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.  45,
de 2004)”.
Com efeito, atualmente, o exercício da atividade político-partidária de membro do MP exige
a desvinculação definitiva de suas funções.
Entretanto, com a reforma constitucional de 2004, surgiu o questionamento sobre a exis-
tência de direito adquirido para que membros do Ministério Público que tivessem ingressado
na instituição antes dessa mudança poderem exercer atividade político-partidária.
Além disso, quando da promulgação da Emenda n. 45/2004, alguns membros do Ministé-
rio Público eram ocupantes de cargos eletivos e, nas eleições seguintes, sob o argumento de
que o novo regime jurídico-constitucional não seria a eles aplicável e teriam o direito à reelei-
ção, pleitearam o registro de candidatura.

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Ao enfrentar essa matéria, esse foi o entendimento externado pelo Supremo Tribunal Federal:

JURISPRUDÊNCIA
Não há, efetivamente, direito adquirido do membro do Ministério Público a candidatar-se
ao exercício de novo mandato político. O que socorre a recorrente é o direito atual – não
adquirido no passado, mas atual – a concorrer a nova eleição e ser reeleita, afirmado pelo
art. 14, § 5º, da Constituição do Brasil. Não há contradição entre os preceitos contidos no
§ 5º do art. 14 e no art. 128, § 5º, II, e, da Constituição do Brasil.
A interpretação do direito e da Constituição não se reduz a singelo exercício de leitura dos
seus textos, compreendendo processo de contínua adaptação à realidade e a seus con-
flitos. A ausência de regras de transição para disciplinar situações fáticas não abrangi-
das por emenda constitucional demanda a análise de cada caso concreto à luz do direito
enquanto totalidade. A exceção é o caso que não cabe no âmbito de normalidade abran-
gido pela norma geral. Ela está no direito, ainda que não se encontre nos textos normati-
vos de direito positivo. Ao Judiciário, sempre que necessário, incumbe decidir regulando
também essas situações de exceção. Ao fazê-lo, não se afasta do ordenamento.
[RE 597.994, rel. p/o ac. min. Eros Grau, j. 4-6-2009, P, DJE de 28-8-2009, Tema 172.]

6. Conflito de Atribuições entre Membros do Ministério Público


O conflito de atribuições entre os membros do Ministério Público dá-se quando dois ou
mais membros do MP declaram se competentes (conflito positivo de atribuições) ou incompe-
tentes (conflito negativo de atribuições) em relação a determinado feito.
Segundo os ensinamentos de Marcos Ramayana (2009, p. 277) a solução desses conflitos
de atribuição no âmbito do Ministério Público obedece a seguinte diretriz:

Os conflitos positivos ou negativos de atribuições que possam surgir entre Procuradores Regionais
Eleitorais devem ser dirimidos pelo Procurador-Geral Eleitoral, na forma da lei. Quanto aos conflitos
entre Promotores Eleitorais, a solução fica com o Procurador Regional Eleitoral, e não pelo Procura-
dor-Geral de Justiça.
Na hipótese de conflitos de atribuição entre Promotores Eleitorais de Estados diversos, a solução insti-
tucional correta é submeter o parecer final ao Procurador-Geral Eleitoral, pois, não podemos olvidar que
as funções eleitorais se submetem ao princípio da unidade formal com abstração de caráter hierárquico.

O exercício das funções eleitorais na primeira instância da Justiça Eleitoral, como visto,
dá-se por um promotor de justiça, designado para o exercício para o exercício de atribuições
do Ministério Público Federal pelo Procurador Regional Eleitoral.
Caso surja um conflito entre um membro do Ministério Público estadual e um membro do
Ministério Público Federal, a competência para o seu julgamento será do Procurador-Geral da
República, conforme a nova jurisprudência firmada pelo Supremo Tribunal Federal, não haven-
do que se falar em conflito federativo.

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A esse respeito:

JURISPRUDÊNCIA
AGRAVO REGIMENTAL EM AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA. CONFLITO DE ATRIBUIÇÕES ENTRE
DIFERENTES ÓRGÃOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO. AUSÊNCIA DE CONFLITO FEDERATIVO
QUALIFICADO A ATRAIR A COMPETÊNCIA DA CORTE PREVISTA NO ART. 102, I, F, DA
CONSTITUIÇÃO. QUESTÃO INTERNA CORPORIS. ATRIBUIÇÃO DO CHEFE DO MINISTÉRIO
PÚBLICO DA UNIÃO. 1. A jurisprudência recente do Supremo Tribunal Federal, em revisita
do tema, a partir do julgamento pelo Plenário das ACO’s 924 e 1394 e reafirmada ao jul-
gamento da ACO 1567-QO, é no sentido de que o conflito de atribuições entre membros
do Ministério Público, ainda que envolva membro de Ministério Público estadual, não tem
magnitude hábil a configurar o conflito federativo qualificado atrativo da competência
originária desta Suprema Corte para o seu julgamento. 2. A resolução de tais conflitos,
ainda segundo o entendimento firmado pela Casa, cabe ao Chefe do Ministério Público da
União, o Procurador-Geral da República. 3. Agravo Regimental conhecido e não provido.
(ACO n. 2601, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 13.3.2017)

A seu turno, se o conflito de atribuições for instaurado entre membros do Ministério Públi-
co estadual e promotores de justiça, a sua solução dar-se-á por ato do Conselho Superior do
Ministério Público.
Por sua vez, se o conflito se der entre promotores eleitorais, a competência para a sua so-
lução será do Procurador-Geral Eleitoral.
Com a finalidade de tornar mais fácil a compreensão, segue um quadro resumo, no qual
estão dispostos os possíveis conflitos de atribuição entre membros do MP e o órgão compe-
tente para solucioná-los:

CONFLITO DE ATRIBUIÇÕES ÓRGÃO COMPETENTE

Promotor Eleitoral X Se forem do mesmo Estado, competirá ao Procurador


Promotor Eleitoral Regional Eleitoral

Promotor Eleitoral X Se forem de Estados diferentes, competirá ao


Promotor Eleitoral Procurador-Geral Eleitoral

Procurador Regional Eleitoral


Procurador Geral Eleitoral
X – Procurador Regional Eleitoral
Com isso, esgotamos o estudo acerca do MP, espero que tenha gostado da aula e até
a próxima!

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RESUMO
Aspectos Gerais
• O Ministério Público (MP) é, em suma, uma instituição permanente, cuja definição cons-
titucional, juntamente com a Advocacia, Advocacia Pública e Defensoria Pública, remete
ao exercício de funções essenciais à Justiça.
• O MP não faz parte de nenhum dos três Poderes. A tese dominante o define como um
órgão do Estado, blindado pela autonomia funcional e administrativa, com orçamento e
quadro de pessoal próprios.
• No exercício do seu papel constitucional, o Órgão Ministerial dirige seus esforços para a
defesa: da ordem jurídica; do regime democrático; dos interesses sociais; dos interesses
individuais indisponíveis.
• O MP recebeu o poder/dever de legitimamente atuar em todas as fases do processo eleitoral.
• A Súmula 11, segunda a qual aquele que não impugnou não tem legitimidade para recor-
rer da sentença que deferiu o registro de candidatura, não se aplica ao MP.
• Em defesa de suas funções constitucionais, o  MP ainda que não tenha recorrido na
esfera estadual em processo que foi sucumbente, pode, caso o processo suba ao TSE
em razão da atuação de outro legitimado, recorrer da decisão do relator que mantém o
acórdão regional.
• O TSE decidiu que se admite, com base no art. 127 da CF/88, instauração de inquérito
civil pelo Parquet para apurar prática de ilícitos eleitorais.
• Nos termos do art. 127 da CF/88, o Ministério Público é regido pelos princípios da: uni-
dade, indivisibilidade e da independência funcional.
• Pelo princípio da Unidade todos os membros do MP integram um só órgão, sob direção única.
• O princípio da Indivisibilidade decorre do princípio da Unidade. Segundo informa os
membros do Ministério Público não se vinculam aos processos em que atuam e podem
ser substituídos por outros membros de acordo com as normas previstas na lei de orga-
nização de cada MP, sem qualquer prejuízo à atuação do Órgão,
• O princípio da Independência Funcional informa que os membros do MP somente são
vinculados somente à Constituição Federal e às leis.
• Não se aplica aos membros do MP no exercício da função eleitoral a vitaliciedade e a
irredutibilidade de vencimentos, incidindo, exclusivamente, a inamovibilidade.
• o Ministério Público abrange o Ministério Público da União – MPU e o Ministério Público
dos Estados – MPE.
• O Ministério Público da União compreende: o Ministério Público Federal (MPF); o Minis-
tério Público do Trabalho (MPT); o Ministério Público Militar (MPM); o Ministério Público
do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
• O MPU e o MPF são chefiados pelo Procurador-Geral da República (PGR).
• O MPE é chefiado pelo Procurador-Geral de Justiça (PGJ).

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Atuação do Ministério Público no TSE – Instância Especial


• Nos termos do art. 72 da LC n. 75/93, compete ao MPF exercer as funções do Ministério
Público na seara eleitoral.
• Nas causas de competência do TSE, o  papel do MP é atribuição do Procurador-Geral
Eleitoral (PGE) que é o Procurador-Geral da República (PGJ), chefe do MPF e do MPU.
Trata-se da mesma pessoa ocupando, concomitantemente, cargos diversos.
• O Procurador-Geral da República (PGR) é nomeado pelo Presidente da República dentre
integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome
pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos,
permitida a recondução, nos termos do art. 128, § 1º, da CF/88.
• O PGE pode ser reconduzido várias vezes ao cargo, podendo, diferentemente dos Minis-
tros do TSE, exercer o cargo por mais de dois biênios consecutivamente.
• Compete ao PGE designar, entre os subprocuradores-Gerais da República, o Vice-Pro-
curador-Geral Eleitoral. Ademais, nos termos do art.  74 da mencionada Lei, ele pode,
ainda, designar, por necessidade de serviço, membros do MPF para oficiarem, com sua
aprovação, perante o TSE.
• A destituição antecipada do cargo somente é possível por iniciativa do Presidente da
República, devendo o ato ser precedido de autorização da maioria absoluta do Senado
Federal, consoante dispõe o art. 128, § 2º, da CF/88.

Atuação do Ministério Público no TRE – 2ª Instância


• A atuação do MP nas causas dos tribunais regionais eleitorais é da competência do
Procurador Regional Eleitoral (PRE).
• Havendo necessidade de serviço, o PGE poderá designar membros do MPF para oficiar,
sob a coordenação do PRE, perante os tribunais regionais eleitorais.
• O PRE e o seu substituto legal são designados pelo PGE entre os Procuradores Regio-
nais da República (PRR) lotados e em exercício no Estado e no Distrito Federal, ou, onde
não houver, entre os Procuradores da República vitalícios.
• Diferentemente do PGE, que pode ser reconduzido sucessiva vezes, a  recondução do
PRE somente pode ocorrer uma única vez.
• A destituição do PRE antes do término do seu mandato pode ocorrer por iniciativa do
PGE, mas deve ser aprovada por maioria absoluta do Conselho Superior do Ministério
Público Federal, conforme orienta o art. 76, § 1º e 2º, da LC n. 75/93.

Atuação do Ministério Público nos Juízes e Juntas Eleitorais


1ª Instância
• Na 1ª instância da Justiça Eleitoral, perante o juiz eleitoral e a junta eleitoral, a função do
MP é exercida pelo Promotor Eleitoral.

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DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
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• A função eleitoral, em todas as esferas, é de natureza federal, razão pela qual o STF en-
tende que o Promotor de Justiça no exercício das funções eleitorais ficará subordinado
hierárquico-administrativo ao PRE, e não ao chefe do Ministério Público do Estado – PGJ.
• A designação do Promotor Eleitoral é feita pelo PRE, após indicação do Procurador Ge-
ral de Justiça (PGJ), chefe do Ministério Público Estadual, nos termos do art. 78 da LC
n. 75/93.
• Para o STF a escolha do Promotor Eleitoral é um ato de natureza complexa, que resulta
da vontade de dois órgãos – PRE e PGJ.
• A designação deve recair sobre promotor lotado na comarca a que pertence a zona eleitoral.
• Não sendo possível a escolher recair sobre o Promotor que atua na Comarca, terá pre-
ferência, sucessivamente, aquele que exercer suas funções: 1) na sede da respectiva
zona eleitoral; 2) em município que integra a respectiva zona eleitoral; 3) em comarca
contígua à sede da zona eleitoral.
• Nas comarcas em que houver mais de um, o art. 1º, III da Res. CNMP n. 30/2008 de-
termina seja obedecida a ordem decrescente de antiguidade na titularidade da função
eleitoral, prevalecendo, em caso de empate, a antiguidade na zona eleitoral.
• Não poderá ser indicado nem designado para a exercer função eleitoral o membro do
Ministério Público Estadual: (i) lotado em localidade não abrangida pela zona eleitoral
perante a qual este deverá oficiar, salvo em caso de ausência, impedimento ou recusa
justificada, e  quando ali não existir outro membro desimpedido; (ii) que se encontrar
afastado do exercício do ofício do qual é titular, inclusive quando estiver exercendo car-
go ou função de confiança na administração superior da Instituição, ou (iii) que tenha
sido punido ou que responda a processo administrativo ou judicial, nos 3 (três) anos
subsequentes, em razão da prática de ilícito que atente contra: a) a celeridade da atua-
ção ministerial; b) a isenção das intervenções no processo eleitoral; c) a dignidade da
função e a probidade administrativa.
• O Promotor Eleitoral deverá exercer a função eleitoral pelo prazo ininterrupto de dois
anos, nele incluídos os períodos de férias, licenças e afastamentos.
• É vedada a investidura em função eleitoral em prazo inferior a noventa dias da data do
pleito eleitoral e a cessação em prazo inferior a noventa dias após a eleição, cumprindo
ao PGE fazer as devidas adaptações.
• No que concerne à destituição do Promotor Eleitoral, a legislação de regência é silente
sobre a matéria. Para José Jairo Gomes a destituição pode ser feita pelo PRE no estrito
interesse do serviço eleitoral.

Vedações às Atividades Político-Partidárias


• Aos membros do MP é vedado o exercício da atividade político-partidária, nos termos do
art. 128, II, e, da CF/88, com redação dada pela EC N. 45/2004.

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Ministério Público Eleitoral
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Conflito de Atribuições no MP
• Os conflitos positivos ou negativos de atribuições que possam surgir entre Procurado-
res Regionais Eleitorais devem ser dirimidos pelo Procurador-Geral Eleitoral.
• Os conflitos entre Promotores Eleitorais do mesmo Estado da Federação, a solução fica
com o Procurador Regional Eleitoral.
• Os conflitos entre Promotores Eleitorais de Estados diferentes da Federação, a solução
fica com o Procurador-Geral Eleitoral.

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Ministério Público Eleitoral
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/TJ-PA/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2019) A requisição de instauração de
inquérito policial pelo Ministério Público Eleitoral para apurar condutas de prefeito
a) não demanda autorização judicial, excetuados os atos sujeitos à reserva de jurisdição.
b) demanda autorização judicial e a consequente supervisão pela corte competente.
c) demanda autorização judicial, sob pena de declaração de nulidade relativa da investiga-
ção criminal.
d) demanda autorização judicial, sob pena de declaração da nulidade absoluta da investiga-
ção criminal.
e) não demanda autorização judicial, assim como as requisições de investigação contra auto-
ridades com prerrogativa de foro no STF.

002. (CESPE/TJ-PR/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2019) Com relação ao Ministério Públi-


co Eleitoral, assinale a opção correta.
a) Tal como ocorre com os juízes do TSE e com os procuradores regionais eleitorais, o manda-
to do procurador-geral eleitoral é de dois anos, permitida apenas uma recondução.
b) Compete apenas ao Ministério Público Federal exercer, junto à justiça eleitoral, as funções
de Ministério Público.
c) O procurador regional eleitoral será designado, juntamente com seu substituto, pelo procura-
dor-geral eleitoral, entre os procuradores regionais da República no estado e no Distrito Federal
ou entre os procuradores da República vitalícios, a seu critério.
d) Na defesa do regime democrático, cumpre ao Ministério Público Eleitoral a proteção das
eleições contra influência do poder econômico ou contra abuso do poder político.

003. (CESPE/MP-PI/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2019) No que diz respeito à or-


ganização e às competências do Ministério Público Eleitoral e da justiça eleitoral, é  correto
afirmar que
a) compete aos promotores eleitorais, nas eleições gerais, ajuizar ações contra candidatos ao
cargo de deputado estadual, e, precipuamente, aos tribunais regionais federais apreciá-las.
b) compete aos promotores eleitorais, nas eleições municipais, fiscalizar o pleito e ajuizar
ações contra candidatos a prefeito e vereador.
c) os procuradores e promotores eleitorais, nas eleições gerais e municipais, têm a mesma
competência e atuam nas mesmas instâncias administrativas e judiciais.
d) os partidos políticos, no processo eleitoral geral ou municipal, podem dirigir-se ao Ministério
Público Eleitoral para obter esclarecimentos, os quais, depois de prestados, vinculam a atua-
ção do órgão.
e) compete aos promotores e procuradores eleitorais, nas eleições gerais, ajuizar ações contra
candidatos ao cargo de presidente da República, e, originariamente, ao STF apreciá-las.

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Ministério Público Eleitoral
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004. (MP-BA/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2018) O Ministério Público tem atua-


ção obrigatória em atos e fases do processo eleitoral. Sobre a atuação do Ministério Público
no processo eleitoral, é correto afirmar que
a) pode atuar como substituto processual e fiscal da lei, além de deter a titularidade exclusiva
da ação penal eleitoral, ressalvada a ação penal privada subsidiária, e provocar a atividade po-
licial de fiscalização e apuração de crimes eleitorais.
b) não sofre qualquer limitação à atuação institucional, nos termos das leis de regência.
c) pode utilizar o inquérito civil público nos processos eleitorais, em virtude de interpretação
conforme a Constituição Federal.
d) não se aplica, excepcionalmente, o princípio da indivisibilidade, pois não possui composição
própria, contendo membros dos Ministérios Públicos Federal e Estadual.
e) o Ministério Público está autorizado a propor termos de ajustamento de conduta (TAC)
como meio de contenção dos excessos dos candidatos, partidos e coligações em campanhas
eleitorais.

005. (CONSULPLAN/TJ-MG/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2018) Avalie as seguintes as-


serções e a relação proposta entre elas.
I –“Em caso de desistência da parte, o  Ministério Público deve dar prosseguimento à ação,
sempre que estiver diante de fatos que possam comprometer a lisura do pleito.”
PORQUE
II –“Em matéria de Direito Eleitoral, não é possível a utilização do termo de ajustamento de
conduta, previsto na Lei n. 7.347/85, eis que a Justiça Eleitoral não possui competência para
processar e julgar o TAC.”
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.
a) A segunda afirmativa é falsa e a primeira verdadeira.
b) A primeira afirmativa é falsa e a segunda é verdadeira.
c) As duas afirmativas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
d) As duas afirmativas são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira.

006. 6.(CESPE/TRE-TO/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/2017) O Ministério Públi-


co Eleitoral
a) tem legitimidade concorrente para apurar e punir violação de deveres partidários pe-
los filiados.
b) não poderá impugnar registro de candidatura que já tenha sido impugnado por partido polí-
tico ou coligação.
c) possui legitimidade exclusiva para representar à justiça eleitoral por abuso do poder econô-
mico ou do poder de autoridade.
d) atua nas esferas criminal e civil da área eleitoral, mas não atua na esfera administrativa.
e) tem legitimidade exclusiva para a propositura de ação penal de natureza eleitoral e, em ca-
ráter excepcional, de ação penal privada subsidiária.

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Ministério Público Eleitoral
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007. 7.(CESPE/MP-RR/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2017) O MP eleitoral


a) atua em todas as fases do processo eleitoral com observância dos princípios da federaliza-
ção, da delegação e da excepcionalidade.
b) tem atribuição de oficiar à justiça eleitoral — juízes e juntas eleitorais — por intermédio de
membros do MPF.
c) tem legitimidade para recorrer de decisão que julgue o pedido de registro de candidatura,
mesmo que não tenha apresentado impugnação anterior.
d) não tem legitimidade para prosseguir com a ação de impugnação de mandato eleitoral
quando a parte autora apresenta pedido de desistência da ação.

008. 8.(CESPE/TRE-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/2017) Em relação ao Minis-


tério Público Eleitoral (MPE), assinale a opção correta.
a) Em caso de suspeita de infração penal, se o órgão do Ministério Público, em vez de apre-
sentar a denúncia, requerer o arquivamento da comunicação, o juiz será obrigado a atender
ao pedido.
b) O procurador-geral da República exercerá as funções de procurador-geral junto ao TSE e
poderá designar outros membros do Ministério Público da União para auxiliá-lo.
c) Em se tratando de crimes na esfera eleitoral, prevê-se ação pública ou pública condicionada,
sendo o Ministério Público o titular exclusivo da ação criminal.
d) A carreira autônoma do MPE foi criada pela Constituição Federal de 1988.
e) O MPE atua nas áreas penal e administrativa, mas não na cível.

009. (CESPE/TRE-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/2017) No que concer-


ne ao Ministério Público Eleitoral (MPE), assinale a opção correta de acordo com o entendi-
mento do STF.
a) O MPE é um ramo do Ministério Público, possui estrutura própria e tem como chefe o procu-
rador regional eleitoral.
b) O MPE só pode investigar suspeita de crime eleitoral após determinação da justiça eleitoral.
c) A designação, por procurador regional eleitoral, que é membro do Ministério Público Federal,
de membro do Ministério Público local para promotor eleitoral não afronta a autonomia admi-
nistrativa do Ministério Público estadual.
d) Enquanto exercer a função de promotor eleitoral, o  membro do Ministério Público ficará
afastado de sua função institucional de promotor de justiça.
e) O procurador-geral da República não detém a prerrogativa de iniciar projetos de lei que ver-
sem sobre a organização e as atribuições do MPE.

010. (MPE-PB/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2011) Julgue as seguintes assertivas:


I –O Vice-Procurador-Geral Eleitoral será designado pelo Procurador-Geral Eleitoral e escolhido
dentre os Procuradores Regionais Eleitorais.

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Ministério Público Eleitoral
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II – O Procurador-Geral Eleitoral poderá designar membros do Ministério Público Federal para


oficiarem, com sua aprovação, perante o Tribunal Superior Eleitoral.
III – A designação dos Promotores de Justiça, para exercerem as funções eleitorais, será
feita por ato do Procurador Regional Eleitoral, com base em indicação do Procurador-Geral
de Justiça.
a) I, II e III estão corretas.
b) Apenas III está correta.
c) Apenas II e III estão corretas.
d) Apenas II está errada.
e) (Abstenção de resposta - Seção VIII, item 11, do Edital do Concurso).

011. (VUNESP/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS/2016) De acor-


do com a Lei n. 4.737/1965, Código Eleitoral, verificada a infração penal, o Ministério Público
oferecerá a denúncia dentro do prazo de
a) 5 (cinco) dias.
b) 10 (dez) dias.
c) 15 (quinze) dias.
d) 30 (trinta) dias.

012. 12.(FMP CONCURSOS/MP-AM/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2015) Sobre o Mi-


nistério Público Eleitoral, considere as seguintes assertivas:
I –A filiação a partido político impede o exercício de funções eleitorais por membro do Ministé-
rio Público, cessando tal impedimento com o cancelamento da filiação.
II –O Procurador-Geral Eleitoral pode designar membros do Ministério Público dos Estados
para oficiar perante os Tribunais Regionais Eleitorais naqueles Estados onde não há Procura-
dores Regionais da República.
III –O Ministério Público Eleitoral tem legitimidade para impugnar pedido de registro de candi-
datura e, para tanto, dispõe do mesmo prazo previsto para os candidatos, partidos políticos e
coligações.
IV –O Ministério Público Eleitoral não pode requisitar a instauração de inquérito policial por
infração penal eleitoral; somente a Justiça pode fazê-lo.
Quais das assertivas acima estão corretas?
a) Apenas a III.
b) Apenas a I e III.
c) Apenas a I e II.
d) Apenas a III e IV.
e) Apenas a II, III e IV.

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Ministério Público Eleitoral
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013. (CESPE/TRE-RS/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/2015) A Constitui-


ção Federal de 1988 (CF) prevê, em seu art. 127, que “O Ministério Público é instituição perma-
nente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica,
do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis”. Entretanto, no
art. seguinte (art. 128, CF), ao se verificar a sua abrangência, nota-se que ele é formado pelo:
Ministério Público da União, que compreende o Ministério Público Federal (MPF), o Ministério
Público do Trabalho, o  Ministério Público Militar e o Ministério Público do Distrito Federal e
Territórios; e pelos Ministérios Públicos dos estados. Não há, portanto, no texto constitucional,
previsão expressa do Ministério Público Eleitoral (MPE).
Com referência a essas informações e à atuação do MPE, assinale a opção correta.
a) As infrações penais resultantes de crimes verificados durante o processo eleitoral são de
ação pública e podem ser propostas pelo MPE.
b) O processo eleitoral, por tratar questões relacionadas apenas a atos administrativos solu-
cionados pela justiça eleitoral, não demanda uma instituição exclusiva para atuação em rela-
ção a causas eleitorais; por isso, o MPE foi dele dispensado pela CF.
c) O MPE compõe a estrutura do MPF e sua atuação está adstrita a feitos judiciais que exijam
capacidade postulatória.
d) O MPE compõe a estrutura do MPF e sua atuação está adstrita ao âmbito administrativo, atuando
no alistamento eleitoral, em requerimentos de transferências e em cancelamentos de inscrições.
e) O TSE tem reforçado a tese de que a atuação do parquet perante a justiça eleitoral é dispen-
sável, pois a legitimidade recursal das suas decisões é deferida aos primeiros interessados,
que são os partidos ou os candidatos adversários.

014. (FCC/TJ-SE/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2015) Ao Procurador-Geral eleitoral, como


chefe do Ministério Público Eleitoral, no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral, compete
a) substituir os Ministros do Tribunal em suas ausências ocasionais.
b) assistir as sessões do Tribunal, sem tomar parte nas discussões.
c) oficiar em todos os recursos encaminhados ao Tribunal.
d) exercer a ação penal pública, exceto nos feitos de competência originária do Tribunal.
e) expedir instruções aos Juízes Eleitorais dos Tribunais Regionais Eleitorais.

015. 15.(FAPEC/MP-MS/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2015) Dispõe o artigo 219,


caput, do Código Eleitoral que: “Na aplicação da lei eleitoral, o Juiz atenderá sempre aos fins
e resultados a que ela se dirige, abstendo-se de pronunciar nulidade sem demonstração de
prejuízo”. Assim, em determinado pleito eletivo municipal, o Ministério Público Eleitoral, não
foi intimado pessoalmente para intervir em procedimento de recontagem de votos julgado e
homologado pelo juízo eleitoral. Qual a solução correta, em caso de recurso?
a) Enviam-se os autos para a comarca de origem, intimando-se o Ministério Público Eleitoral
“a posteriori”, sanando-se a irregularidade, eis que não houve prejuízo à recontagem dos votos,
tendo o pleito eleitoral atingido plenamente a sua finalidade.

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Ministério Público Eleitoral
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b) Por se tratar de órgão eleitoral, a  não intervenção do Ministério Público, torna anulável a
decisão da primeira instância, pela qual se deu a recontagem dos votos, sem a participação do
Parquet, na qualidade de “custos legis”.
c) É nulo o processo no qual o Ministério Público Eleitoral não tenha sido intimado pesso-
almente, na qualidade de fiscal da lei, devendo os autos ser enviados à origem para o novo
julgamento.
d) Não há falar-se em nulidade do processo de recontagem dos votos, se as partes interessa-
das aceitaram o novo resultado, que não causou qualquer prejuízo às candidaturas concorren-
tes, posto que dirimidas todas as controvérsias suscitadas em regular contraditório.
e) A atuação do Parquet Eleitoral constitui ato administrativo discricionário, restando certo que
a não intimação do órgão Ministerial, não acarreta nulidade, em procedimento desta natureza,
visto que cabe ao Juiz Eleitoral determinar ou não, de ofício, a intervenção do Ministério Público.

016. 16.(AOCP/TRE-AC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/2015) Em relação ao


Ministério Público Eleitoral, assinale a alternativa correta.
a) Perante as Zonas Eleitorais, atuam os procuradores federais.
b) O Procurador Geral poderá designar quaisquer outros membros do Ministério Público, com
exercício no Distrito Federal, e sem prejuízo das respectivas funções, para auxiliá-lo junto ao
Tribunal Superior Eleitoral.
c) Perante o Tribunal Superior Eleitoral, atuará o Procurador Geral da República, funcionando,
em suas faltas e impedimentos, seu substituto legal.
d) São inelegíveis, para o cargo de Presidente da República, os membros do Ministério Público
que não tenham se afastado das suas funções até 3 (três) meses anteriores ao pleito.
e) Perante os Tribunais Regionais Eleitorais, atuará um Procurador de Justiça, funcionando, em
suas faltas e impedimentos, seu substituto legal.

017. 17.(AOCP/TRE-AC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/2015) Referente ao Minis-


tério Público Eleitoral, assinale a alternativa correta.
a) O MPE, órgão com estrutura própria, é composto por membros do Ministério Público Federal
e do Ministério Público Estadual.
b) Incumbe, ao Procurador-Geral Eleitoral, requisitar servidores da União e de suas autarquias,
quando o exigir a necessidade do serviço, sem prejuízo dos direitos e vantagens inerentes ao
exercício de seus cargos ou empregos.
c) O Procurador-Geral Eleitoral possui a competência de designar, nos Estados e no Distrito Fede-
ral, o Procurador Regional Eleitoral dentre os integrantes do Ministério Público Estadual e Distrital.
d) Havendo impedimento de Promotor Eleitoral, o Chefe do Ministério Público local designará
um substituto no prazo de 24 horas.
e) Havendo impedimento de Promotor Eleitoral, o Chefe do Ministério Público locai designará
um substituto no prazo de 72 horas.

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018. (CESPE/TRE-GO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/2015) O procura-


dor-geral de justiça do Distrito Federal (DF) e dos territórios tem a atribuição de atuar como
procurador-geral perante o Tribunal Superior Eleitoral e pode indicar outros procuradores em
exercício no DF para auxiliá-lo.

019. (CONSULPLAN/TRE-MG/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/2013) O Ministé-


rio Público Eleitoral desempenha importantes atribuições na defesa do regime democrático.
Atua de diversas formas, nas fases do processo eleitoral. Em relação às atribuições do Minis-
tério Público (MP), assinale a alternativa correta, de acordo com a legislação vigente e a juris-
prudência do Tribunal Superior Eleitoral.
a) Nos processos de registro de candidaturas, o MP deve necessariamente emitir parecer, mas
não é legitimado a impugnar candidaturas
b) O MP é legitimado, juntamente com candidatos, partidos e coligações, a ajuizar representa-
ção por propaganda eleitoral irregular.
c) A atuação do MP no processo penal eleitoral é supletiva, já que a legitimação para deflagrar
ações penais eleitorais é, por primazia, dos próprios candidatos.
d) O MP deve ser previamente ouvido nos casos de abertura de investigação judicial eleitoral,
cuja iniciativa é limitada a candidatos, afastada a legitimação ativa de partidos políticos.
e) Nos casos de desfiliação partidária sem justa causa (infidelidade partidária), a legitimação
ativa é do MP e, apenas na sua inércia, surge a legitimação subsidiária dos partidos políticos
para a perda do cargo eletivo.

020. (MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2014) Em tendo um partido político,


por advogado devidamente constituído, ingressado com ação de impugnação de registro de
candidatura, consequentemente, fica o Ministério Público impedido de ingressar com deman-
da judicial no mesmo sentido.

021. (IBFC/TRE-AM/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/2014) Com rela-


ção à atuação do Ministério Público nos Tribunais Regionais Eleitorais, assinale a alternati-
va CORRETA:
a) Servirá como Procurador Regional junto a cada Tribunal Regional Eleitoral o Promotor de
Justiça da capital do respectivo Estado e, onde houver mais de um, aquele que for designado
pelo Procurador Geral de Justiça.
b) Servirá como Procurador Regional junto a cada Tribunal Regional Eleitoral o Procurador da
República no respectivo Estado e, onde houver mais de um, aquele que for designado pelo Pre-
sidente do Tribunal Regional Eleitoral.
c) Servirá como Procurador Regional junto a cada Tribunal Regional Eleitoral o Procurador Ge-
ral da República.

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d) Servirá como Procurador Regional junto a cada Tribunal Regional Eleitoral o Procurador da
República no respectivo Estado e, onde houver mais de um, aquele que for designado pelo Pro-
curador Geral da República.

022. (FCC/TJ-AP/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2014) Em relação ao Ministério Público


Eleitoral, é correto afirmar:
a) A filiação a partido político impede o exercício de funções eleitorais por membro do Ministé-
rio Público até quatro anos do seu cancelamento.
b) Cabe aos Subprocuradores-Gerais da República, privativamente, o exercício das funções de
Vice-Procurador-Geral Eleitoral.
c) Os Procuradores de Justiça serão designados para oficiar junto aos Juízes Federais e junto
aos Tribunais Regionais Eleitorais.
d) O Procurador Regional Eleitoral, juntamente com o seu substituto, será designado pelo Pro-
curador- Geral Eleitoral, dentre os Procuradores de Justiça no Estado e no Distrito Federal, ou,
onde não houver, dentre os Promotores de Justiça vitalícios, para um mandato de dois anos.
e) O Procurador Regional Eleitoral poderá ser destituído, antes do término do mandato, por
iniciativa do Procurador-Geral Eleitoral, anuindo a maioria absoluta do Conselho Superior do
Ministério Público Estadual respectivo.

023. (CESPE/MP-RO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2013) Acerca das atribuições


do MP Eleitoral, assinale a opção correta.
a) Em se tratando de eleição para deputado estadual, apenas o procurador regional eleitoral,
promotor natural com atribuição para atuar perante as juntas eleitorais nesse tipo de eleição,
poderá interpor o recurso parcial.
b) O prazo para o MP interpor e arrazoar recurso contra a expedição de diploma é de seis dias.
c) A legitimidade para interpor recurso contra a expedição de diploma de senador é do procu-
rador-geral eleitoral.
d) O procurador regional eleitoral originalmente possui legitimidade para interpor recursos con-
tra a expedição de diploma de vereador.
e) Tendo a junta eleitoral decidido pela impugnação, o MP poderá interpor, imediatamente, por
escrito ou verbalmente, recurso ao tribunal regional eleitoral.

024. (PGR/PROCURADOR DA REPÚBLICA/2013) Sobre o ministério público eleitoral, com


base na lei complementar n.  75, de 20 de maio de 1993, que dispõe sobre a organização,
as atribuições e o estatuto do ministério público da união, é correto afirmar:
a) O Procurador-Geral Eleitoral é o Procurador-Geral da República, cabendo-lhe designar dentre
quaisquer membros do Ministério Público Federal, o Vice-Procurador-Geral da República, que
será automaticamente o Vice- Procurador-Geral Eleitoral, sendo vedadas outras designações
para oficiarem perante o Tribunal Superior Eleitoral.

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DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
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b) O Procurador-Geral Eleitoral é o Procurador-Geral da República, o qual designará, dentre os


Subprocuradores-Gerais da República, o Vice-Procurador-Geral Eleitoral, que o substituirá em
seus impedimentos e exercerá o cargo em caso de vacância, até o provimento definitivo.
c) O Procurador-Geral Eleitoral designará o Procurador Regional Eleitoral, dentre os Procurado-
res da República nos Estados ou no Distrito Federal, ou onde não houver, dentre os membros
do Ministério Público local, para oficiar perante o Tribunal Regional Eleitoral para um mandato
de dois anos.
d) Na inexistência de Promotor que oficie perante a Zona Eleitoral, ou havendo impedimento ou
recusa justificada, o Corregedor-Geral de Justiça indicará o substituto e ao Procurador-Geral de
Justiça caberá fazer a designação do substituto para um período de seis meses, pelo sistema
de rodízio.

025. (FUJB/MP-RJ/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2012) No que tange à atuação


do Ministério Público em matéria eleitoral, analise as seguintes afirmativas:
I –As funções ministeriais serão exercidas em primeiro grau por Procuradores da República,
salvo perante as Zonas Eleitorais que não contem com sede do Ministério Público Federal, hi-
pótese em que oficiará membro do Ministério Público Estadual.
II –O órgão do Ministério Público que não apresentar, no prazo legal, denúncia ou deixar de
promover a execução de sentença condenatória, pratica em tese fato criminalmente típico.
III –Na condição de instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado e incum-
bida da defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais
indisponíveis, incumbe ao Ministério Público Eleitoral a propositura das ações e medidas judi-
ciais previstas para assegurar o respeito ao ordenamento eleitoral, à exceção da impugnação
aos pedidos de registro de candidatura, cuja legitimação recai apenas sobre os candidatos,
partidos políticos e coligações.
IV –O Ministério Público detém legitimidade para requerer à Justiça Eleitoral a decretação da
perda de cargo eletivo em decorrência de desfiliação partidária sem justa causa, quando o par-
tido político interessado não formular o pedido dentro do prazo fixado no ordenamento vigente.
V –A inobservância da atuação prioritária do órgão do Ministério Público em feitos eleitorais
dentro do período definido em lei, ressalvadas as exceções expressamente previstas, consti-
tui crime de responsabilidade e será objeto de anotação funcional para efeito de promoção
na carreira.
Estão corretas somente as afirmativas:
a) I, II e IV;
b) I, III e IV;
c) I, III e V;
d) II, III e V;
e) II, IV e V

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Ministério Público Eleitoral
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026. (MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2013) Conforme o Código Eleitoral,


verificada a infração penal, o Ministério Público oferecerá a denúncia dentro do prazo de 15
(quinze) dias.

027. (CESPE/TJ-AC/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2012) Assinale a opção correta a res-


peito do Ministério Público Eleitoral.
a) Incumbe ao procurador-geral eleitoral dirimir conflitos de atribuições.
b) O vice-procurador-geral eleitoral é designado pelo Colégio de Procuradores da República.
c) Compete privativamente ao procurador regional eleitoral designar, por necessidade de ser-
viço, outros membros do Ministério Público Federal para oficiar, sob sua coordenação, peran-
te os TREs.
d) O promotor eleitoral incumbido do serviço eleitoral de cada zona deve ser membro do MP
local indicado pelo procurador regional eleitoral.
e) Compete ao Colégio de Procuradores da República aprovar a destituição do procurador re-
gional eleitoral.

028. (CESPE/MPE-TO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2012) À luz da legislação de


regência, assinale a opção correta acerca do MP Eleitoral.
a) A não observância por membro do MP da prioridade dos feitos eleitorais no período com-
preendido entre o registro das candidaturas e cinco dias após a realização do segundo turno,
ressalvados os processos de habeas corpus e mandado de segurança, e o não cumprimento
de qualquer prazo fixado pela norma geral das eleições constituem crime de responsabilidade.
b) A não apresentação de denúncia no prazo legal ou a não promoção da execução de sen-
tença condenatória pelo órgão do MP constituem crime, cuja prática é punida exclusivamente
com multa.
c) O prazo concedido ao MP para impugnar registro de candidato é quatro vezes maior que o
prazo concedido a partidos, coligações e candidatos, para a mesma finalidade.
d) No caso de as contas de candidato serem rejeitadas em decorrência de os gastos eleitorais
terem sido pagos com recursos não provenientes de conta específica para tal fim, ou no caso
de restar comprovado abuso de poder econômico, a justiça eleitoral remeterá cópia de todo o
processo ao MP Eleitoral, para interposição de recurso contra a diplomação do candidato.
e) Vence no dia da eleição o prazo legal para que o MP ofereça representação contra a execu-
ção, em ano eleitoral, de programas sociais por entidade nominalmente vinculada a candidato
ou por este mantida.

029. (MP-MG/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2012) O Ministério Público Eleitoral


exerce suas funções perante os órgãos da Justiça Eleitoral, incumbindo-lhe atuar nas causas
de sua competência, velar pela fiel observância da legislação eleitoral e partidária e promover
a ação penal nos casos de crimes eleitorais. Assim, assinale a alternativa INCORRETA:

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Ministério Público Eleitoral
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a) O Promotor de Justiça, no exercício de suas funções eleitorais, atua na primeira instância


e perante o Tribunal Regional Eleitoral e poderá, ainda, ser designado pelo Procurador-Geral
Eleitoral, por necessidade de serviço, para oficiar, sob sua coordenação, perante o Tribunal
Superior Eleitoral.
b) O Promotor de Justiça, no exercício de suas funções eleitorais, tem atribuição para propor
ação de investigação judicial eleitoral (AIJE), a qual poderá ser ajuizada até a data da diplo-
mação dos eleitos e intervirá como autor ou custos legis nas representações por propaganda
eleitoral ilícita.
c) O Promotor de Justiça, no exercício de suas funções eleitorais, tem atribuição para propor,
no prazo de quinze dias contados da diplomação, a ação de impugnação ao mandato eletivo,
que tramitará em segredo de justiça e será instruída com provas do abuso do poder econômi-
co, corrupção ou fraude.
d) O Promotor de Justiça, no exercício de suas funções eleitorais, tem atribuição para propor
ação de impugnação de registro de candidatura no prazo de cinco dias, contados da publica-
ção do pedido do registro.

030. (PGR/PROCURADOR DA REPÚBLICA/2005) Para o membro do ministério público con-


correr a cargo eletivo:
a) deve afastar-se definitivamente do cargo e filiar-se a Partido Político até 6 (seis) meses
antes da data fixada para o pleito eleitoral, além de observar as exigências previstas na legis-
lação eleitoral, concernentes, dentre outras, ao domicílio eleitoral e aos prazos de desincom-
patibilização;
b) deve licenciar-se de suas funções institucionais, nos termos da lei, quando de sua filiação a
partido político, que deve ocorrer até 1 (um) ano antes da data das eleições;
c) deve, além de estar filiado ao partido político há pelo menos 1 (um) ano da data das eleições,
observar os prazos de desincompatibilização previstos na legislação. - eleitoral, ficando impe-
dido de exercer as suas funções institucionais desde essa época até o término de seu manda-
to eletivo, cabendo-lhe cancelar a sua filiação partidária para reassumir suas funções minis-
teriais, quedando impedido, neste caso, de desempenhar as pertinentes ao Ministério Público
Eleitoral pelo prazo de 2 (dois) anos contados do cancelamento de sua filiação ao partido- ‘
d) nenhuma das alternativas acima está correta.

031. (PGR/PROCURADOR DA REPÚBLICA/2011) Sobre o ministério público eleitoral, é corre-


to afirmar que:
I –a função de Promotor Eleitoral em primeiro grau perante os Juízes e Juntas Eleitorais será
exercida por Promotor de Justiça, membro do Ministério Público Estadual ou do Ministério
Público do Distrito Federal, exceto nas cidades onde tiver sede a Procuradoria da República,
hipótese em que a referida função será exercida por Procurador da República, membro do Mi-
nistério Público Federal em primeiro grau;

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Ministério Público Eleitoral
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II –a vaga de Juiz relativa ao quinto constitucional do Ministério Público no Tribunal Superior


Eleitoral e nos Tribunais Regionais Eleitorais será ocupada por membro vitalício do Ministério
Público Federal, indicado pelo Procurador-Geral Eleitoral e nomeado pelo Presidente da Repú-
blica, para uma mandato de dois anos, admitida uma recondução;
III –a atuação do Ministério Público Eleitoral em primeiro grau, perante os Juízes e Juntas
Eleitorais, em matéria não criminal, ocorre somente no período eleitoral, ou seja, no ano das
eleições, do início do prazo para a realização das convenções partidárias de escolha dos can-
didatos até a diplomação dos eleitos.
Das proposições acima:
a) apenas a alternativa I está correta
b) apenas a alternativa II está correta;
c) apenas a alternativa III está correta;
d) todas as alternativas estão erradas.

032. (MP-MS/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2011) Assinale a alternativa correta.


Por força da Resolução n. 30/2008 do CNMP, O Promotor de Justiça Eleitoral será designado:
a) pelo Procurador-Geral de Justiça, no âmbito do Ministério Público Estadual, considerando
ser o Chefe da Instituição;
b) pelo Procurador-Geral da República, devendo o ato ser publicado no Diário Oficial da União;
c) pelo Procurador Regional Eleitoral, com atribuição junto ao Tribunal Regional Eleitoral;
d) pelo Corregedor-Geral do Ministério Público, após indicação pelo Procurador-Geral de Jus-
tiça, mediante sistema de rodízio, no exercício da titularidade de função eleitoral, devendo
ser observado a ordem decrescente de antiguidade no exercício da titularidade de função
eleitoral;
e) sendo o Promotor de Justiça o único titular na Comarca, não há necessidade de designação,
considerando ser ele o Promotor de Justiça com atribuições em todas as áreas de intervenção
do Ministério Público.

033. (CESPE/MP-RO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2008) Acerca da organiza-


ção e do funcionamento da justiça eleitoral e do Ministério Público Eleitoral, assinale a op-
ção correta.
a) O procurador-geral da República acumula o cargo de procurador-geral eleitoral.
b) Juiz eleitoral irmão de candidato a vereador na circunscrição poderá permanecer no cargo
caso tenha sido nomeado antes da convenção partidária que indicou o candidato.
c) Advogado indicado pelo STF ocupará a vice-presidência do TSE.
d) Todos os tribunais eleitorais terão, no mínimo, um integrante indicado pelo MP.
e) O mandato dos juízes eleitorais, inclusive no TSE, é de três anos, vedada a recondução.

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034. (FCC/MP-SE/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2009) Sobre o exercício de fun-


ções junto à Justiça Eleitoral por parte de membros do Ministério Público, é correto afirmar que
a) a filiação a partido político impede o exercício de funções eleitorais por membro do Ministé-
rio Público até quatro anos do seu cancelamento.
b) o membro do Ministério Público é remunerado exclusivamente por subsídio fixado em par-
cela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, inclusive aquela que decorria da pres-
tação de serviço à Justiça Eleitoral.
c) o Promotor Eleitoral é o membro do Ministério Público local que oficia junto ao Juízo incum-
bido do serviço eleitoral de cada Zona.
d) o Procurador-Geral Eleitoral é designado pelo Procurador-Geral da República.
e) o Procurador-Geral de Justiça é o Procurador Regional Eleitoral.

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GABARITO
1. a 13. a 25. e
2. d 14. c 26. E
3. b 15. c 27. a
4. a 16. c 28. a
5. d 17. b 29. a
6. Anulada 18. E 30. a
7. c 19. b 31. d
8. b 20. E 32. c
9. c 21. d 33. a
10. c 22. b 34. c
11. b 23. e
12. a 24. b

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GABARITO COMENTADO
001. (CESPE/TJ-PA/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2019) A requisição de instauração de
inquérito policial pelo Ministério Público Eleitoral para apurar condutas de prefeito
a) não demanda autorização judicial, excetuados os atos sujeitos à reserva de jurisdição.
b) demanda autorização judicial e a consequente supervisão pela corte competente.
c) demanda autorização judicial, sob pena de declaração de nulidade relativa da investiga-
ção criminal.
d) demanda autorização judicial, sob pena de declaração da nulidade absoluta da investiga-
ção criminal.
e) não demanda autorização judicial, assim como as requisições de investigação contra auto-
ridades com prerrogativa de foro no STF.

Nos termos do entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral, no julgamento do RESPE
n. 220-58.2017, Rel. Min. Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, nos termos do que decidido pelo
STF na MC-ADI n. 5104/DF e da hodierna jurisprudência do TSE, a requisição de instauração
de inquérito policial criminal pelo Ministério Público Eleitoral prescinde de autorização judicial,
excetuados os atos sujeitos à reserva de jurisdição.
Dessa forma, a alternativa correta é a letra A.
Letra a.

002. (CESPE/TJ-PR/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2019) Com relação ao Ministério Públi-


co Eleitoral, assinale a opção correta.
a) Tal como ocorre com os juízes do TSE e com os procuradores regionais eleitorais, o manda-
to do procurador-geral eleitoral é de dois anos, permitida apenas uma recondução.
b) Compete apenas ao Ministério Público Federal exercer, junto à justiça eleitoral, as funções
de Ministério Público.
c) O procurador regional eleitoral será designado, juntamente com seu substituto, pelo procura-
dor-geral eleitoral, entre os procuradores regionais da República no estado e no Distrito Federal
ou entre os procuradores da República vitalícios, a seu critério.
d) Na defesa do regime democrático, cumpre ao Ministério Público Eleitoral a proteção das
eleições contra influência do poder econômico ou contra abuso do poder político.

O Ministério Público recebeu a missão constitucional de defender a ordem jurídica, o regime


democrático, os interesses sociais e os direitos individuais indisponíveis.
No exercício da missão constitucional de defensor do regime democrático, o Ministério Públi-
co deve propor as medidas cabíveis para combater o abuso de poder econômico e o abuso de
poder político, os quais afetam a normalidade e a legitimidade das eleições.

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Desse modo, a alternativa correta é a letra D.


As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a) Errada. O Procurador-Geral da República é nomeado pelo Presidente da República para um
mandato de dois anos, podendo ser reconduzidos para mais de um mandato subsequente.
Logo, em caso de recondução, poderá exercer a função de Procurador-Geral Eleitoral por mais
de um mandato subsequente.
b) Errada. Na primeira instância da Justiça Eleitoral, as funções de Ministério Público são exer-
cidas por promotores de justiça, ou seja, por membros do Ministério Público estadual.
c) Errada. O Procurador Regional Eleitoral, juntamente com o seu substituto, será designado
pelo Procurador-Geral Eleitoral, dentre os Procuradores Regionais da República no Estado e no
Distrito Federal, ou, onde não houver, dentre os Procuradores da República vitalícios, para um
mandato de dois anos.
Letra d.

003. (CESPE/MP-PI/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2019) No que diz respeito à or-


ganização e às competências do Ministério Público Eleitoral e da justiça eleitoral, é  correto
afirmar que
a) compete aos promotores eleitorais, nas eleições gerais, ajuizar ações contra candidatos ao
cargo de deputado estadual, e, precipuamente, aos tribunais regionais federais apreciá-las.
b) compete aos promotores eleitorais, nas eleições municipais, fiscalizar o pleito e ajuizar
ações contra candidatos a prefeito e vereador.
c) os procuradores e promotores eleitorais, nas eleições gerais e municipais, têm a mesma
competência e atuam nas mesmas instâncias administrativas e judiciais.
d) os partidos políticos, no processo eleitoral geral ou municipal, podem dirigir-se ao Ministério
Público Eleitoral para obter esclarecimentos, os quais, depois de prestados, vinculam a atua-
ção do órgão.
e) compete aos promotores e procuradores eleitorais, nas eleições gerais, ajuizar ações contra
candidatos ao cargo de presidente da República, e, originariamente, ao STF apreciá-las.

A competência para julgar as ações eleitorais, nas eleições municipais, é  do juiz eleitoral.
O membro do Ministério Público que oficia perante os juízes eleitorais é o promotor eleitoral,
o qual fiscaliza as eleições municipais e propõe as medidas cabíveis.
Desse modo, a alternativa correta é a letra B.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a) Errada. A fiscalização e a propositura das ações eleitorais nas eleições federais e estaduais
são atribuições do Procurador Regional Eleitoral, com atuação no respectivo estado.
c) Errada. Os promotores eleitorais fiscalizam e propõem as ações nas eleições municipais; os
procuradores regionais eleitorais, nas eleições federais (deputado federal e senador) e estadu-
ais (governador, vice-governador e deputado estadual).

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d) Errada. O Ministério Público não deve prestar esclarecimentos a partidos políticos, mas atuar
para a defesa do regime democrático, de acordo com o princípio da independência funcional.
e) Errada. O Supremo Tribunal Federal não possui competência para o julgamento de ações
eleitorais, de forma originária. Além disso, os promotores eleitorais atuam nas eleições muni-
cipais; os procuradores regionais eleitorais, nas eleições federais e estaduais.
Letra b.

004. (MP-BA/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2018) O Ministério Público tem atua-


ção obrigatória em atos e fases do processo eleitoral. Sobre a atuação do Ministério Público
no processo eleitoral, é correto afirmar que
a) pode atuar como substituto processual e fiscal da lei, além de deter a titularidade exclusiva
da ação penal eleitoral, ressalvada a ação penal privada subsidiária, e provocar a atividade po-
licial de fiscalização e apuração de crimes eleitorais.
b) não sofre qualquer limitação à atuação institucional, nos termos das leis de regência.
c) pode utilizar o inquérito civil público nos processos eleitorais, em virtude de interpretação
conforme a Constituição Federal.
d) não se aplica, excepcionalmente, o princípio da indivisibilidade, pois não possui composição
própria, contendo membros dos Ministérios Públicos Federal e Estadual.
e) o Ministério Público está autorizado a propor termos de ajustamento de conduta (TAC)
como meio de contenção dos excessos dos candidatos, partidos e coligações em campanhas
eleitorais.

O Ministério Público possui atribuição para atuar como fiscal da ordem jurídica, bem como
para, em caso de desistência de recursos interpostos por outros legitimados, garantindo-se o
prosseguimento do feito.
Desse modo, a alternativa correta é a letra A.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b) Errada. O Ministério Público sofre limitação na sua atuação, de acordo com as normas de
definição de atribuições estabelecidas no Código Eleitoral e na Lei Complementar n. 75/93.
c) Errada. Apesar de a Banca Examinadora ter considerado esse item incorreto, o Tribunal Su-
perior Eleitoral possui entendimento no seguinte sentido:

JURISPRUDÊNCIA
O art. 105-A da Lei 9.504/97 que veda na seara eleitoral adoção de procedimentos conti-
dos na Lei 7.347/85 deve ser interpretado conforme o art. 127 da CF/88, no qual se atribui
ao Ministério Público prerrogativa de defesa da ordem jurídica, do regime democrático e
de interesses sociais individuais indisponíveis, e o art. 129, III, que prevê inquérito civil e
ação civil pública para proteger interesses difusos e coletivos. (REspe no 1314-83/PI, ReI.
Mm. Herman Benjamin, DJe de 11.3.2016).

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Desse modo, esse item, conforme o novo entendimento do TSE, deveria ter sido considerado
correto, mas a Banca Examinadora levou em consideração a literalidade do art. 105-A da Lei
n. 9.504/97.
d) Errada. Os princípios da unidade, da indivisibilidade e da independência funcional possuem
aplicabilidade no Ministério Público Eleitoral.
e) Errada. De acordo com o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral, a realização de termos
de ajustamento de conduta previstos no art. 5º, § 6º, da Lei n. 7.347/85 não é admitida para re-
gular atos e comportamentos durante a campanha eleitoral, consoante dispõe o art. 105-A da
Lei n. 9.504/97 (RESPE n. 322-31.2012, Rel. Min. Henrique Neves da Silva, DJe de 30.5.2014).
Letra a.

005. (CONSULPLAN/TJ-MG/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2018) Avalie as seguintes as-


serções e a relação proposta entre elas.
I –“Em caso de desistência da parte, o  Ministério Público deve dar prosseguimento à ação,
sempre que estiver diante de fatos que possam comprometer a lisura do pleito.”
PORQUE
II –“Em matéria de Direito Eleitoral, não é possível a utilização do termo de ajustamento de
conduta, previsto na Lei n. 7.347/85, eis que a Justiça Eleitoral não possui competência para
processar e julgar o TAC.”
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.
a) A segunda afirmativa é falsa e a primeira verdadeira.
b) A primeira afirmativa é falsa e a segunda é verdadeira.
c) As duas afirmativas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
d) As duas afirmativas são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira.

Vamos à análise das assertivas:


I – Certa. De acordo com o entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral, em caso de
desistência da parte autora, o Ministério Público possui legitimidade para prosseguir na ação,
sempre que se estiver diante de fatos que possam comprometer a lisura do pleito. (AG n. 4659,
Rel. Min. Luiz Carlos Madeira, DJ de 21.6.2004).
II – Certa.

JURISPRUDÊNCIA
De acordo com o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral, a  realização de termos
de ajustamento de conduta previstos no art. 5º, § 6º, da Lei n. 7.347/85 não é admitida
para regular atos e comportamentos durante a campanha eleitoral, consoante dispõe o
art. 105-A da Lei n. 9.504/97 (RESPE n. 322-31.2012, Rel. Min. Henrique Neves da Silva,
DJe de 30.5.2014).

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Conforme os julgados do Tribunal Superior Eleitoral, os  dois itens estão corretos e um não
justifica o outro.
Desse modo, a assertiva correta é a letra D.
Letra d.

006. (CESPE/TER-TO/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/2017) O Ministério Públi-


co Eleitoral
a) tem legitimidade concorrente para apurar e punir violação de deveres partidários pe-
los filiados.
b) não poderá impugnar registro de candidatura que já tenha sido impugnado por partido polí-
tico ou coligação.
c) possui legitimidade exclusiva para representar à justiça eleitoral por abuso do poder econô-
mico ou do poder de autoridade.
d) atua nas esferas criminal e civil da área eleitoral, mas não atua na esfera administrativa.
e) tem legitimidade exclusiva para a propositura de ação penal de natureza eleitoral e, em ca-
ráter excepcional, de ação penal privada subsidiária.

Essa questão foi anulada sob o seguinte fundamento:


A redação da opção preliminarmente apontada como gabarito possibilita a interpretação de
que caberá ao MPE o exercício da ação penal privada subsidiária da pública, o que prejudica o
julgamento objetivo da questão.
Vamos à análise das assertivas:
a) A punição pela indisciplina partidária é competência dos partidos políticos, de acordo com
as normas estabelecidas no estatuto da respectiva agremiação partidária.
b) A impugnação, por parte do candidato, partido político ou coligação, não impede a ação do
Ministério Público no mesmo sentido (art. 3º, § 1º da Lei Complementar n. 64/90).
c) Nos termos do art. 22 da Lei Complementar n. 64/90, qualquer partido político, coligação,
candidato ou Ministério Público Eleitoral poderá representar à Justiça Eleitoral, diretamente
ao corregedor-geral ou regional, relatando fatos e indicando provas, indícios e circunstâncias
e pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder
econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comuni-
cação social, em benefício de candidato ou de partido político.
d) O Ministério Público Eleitoral também atua na esfera administrativa (organização dos eleito-
res e realização das eleições), no exercício de sua função de custos juris e defensor do regime
democrático.
e) O Ministério Público não tem legitimidade para a propositura da ação penal privada subsidi-
ária da pública.
Anulada.

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007. (CESPE/MP-RR/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2017) O MP eleitoral


a) atua em todas as fases do processo eleitoral com observância dos princípios da federaliza-
ção, da delegação e da excepcionalidade.
b) tem atribuição de oficiar à justiça eleitoral — juízes e juntas eleitorais — por intermédio de
membros do MPF.
c) tem legitimidade para recorrer de decisão que julgue o pedido de registro de candidatura,
mesmo que não tenha apresentado impugnação anterior.
d) não tem legitimidade para prosseguir com a ação de impugnação de mandato eleitoral
quando a parte autora apresenta pedido de desistência da ação.

Conforme entendimento do STF para as Eleições 2014 e seguintes:


O Ministério Público Eleitoral possui legitimidade para recorrer de decisão que julga o pedido de
registro de candidatura, mesmo que não haja apresentado impugnação anterior (RE 728.188,
rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJE de 12.8.2014).
Desse modo, a alternativa correta é a letra C.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a) Errada. O  princípio da excepcionalidade não tem aplicabilidade no exercício das funções
eleitorais, somente se admitindo a atuação de cada membro do Ministério Público Eleitoral nas
hipóteses e na forma definida em lei complementar e no Código Eleitoral.
b) Errada. Perante os juízes eleitorais, tem-se a atuação de membros do Ministério Públi-
co estadual.
d) Errada. De acordo com o entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral, em caso de
desistência da parte autora, o Ministério Público possui legitimidade para prosseguir na ação,
sempre que se estiver diante de fatos que possam comprometer a lisura do pleito. (AG n. 4659,
Rel. Min. Luiz Carlos Madeira, DJ de 21.6.2004).
Letra c.

008. (CESPE/TRE-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/2017) Em relação ao Mi-


nistério Público Eleitoral (MPE), assinale a opção correta.
a) Em caso de suspeita de infração penal, se o órgão do Ministério Público, em vez de apre-
sentar a denúncia, requerer o arquivamento da comunicação, o juiz será obrigado a atender
ao pedido.
b) O procurador-geral da República exercerá as funções de procurador-geral junto ao TSE e
poderá designar outros membros do Ministério Público da União para auxiliá-lo.
c) Em se tratando de crimes na esfera eleitoral, prevê-se ação pública ou pública condicionada,
sendo o Ministério Público o titular exclusivo da ação criminal.
d) A carreira autônoma do MPE foi criada pela Constituição Federal de 1988.
e) O MPE atua nas áreas penal e administrativa, mas não na cível.

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DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor

O Procurador-Geral Eleitoral é o Procurador-Geral da República. Além do Vice-Procurador-Geral


Eleitoral, o Procurador-Geral poderá designar, por necessidade de serviço, membros do Minis-
tério Público Federal (pertencentes ao Ministério Público da União) para oficiarem, com sua
aprovação, perante o Tribunal Superior Eleitoral.
Desse modo, a assertiva correta é a letra B.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a) Errada. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arqui-
vamento da comunicação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas,
fará remessa da comunicação ao procurador regional, e este oferecerá a denúncia, designará
outro promotor para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará
o juiz obrigado a atender.
c) Errada. Todos os crimes eleitorais são de ação penal pública incondicionada.
d) Errada. Não existe o órgão Ministério Público Eleitoral, mas as funções eleitorais de Ministério
Público são exercidas pelo Ministério Público Federal (art. 72 da Lei Complementar n. 75/93).
e) Errada. O Ministério Público Eleitoral atua nas áreas penal, administrativa e também cível,
tendo, aliás, legitimidade ativa para a propositura de todas as ações cíveis-eleitorais.
Letra b.

009. (CESPE/TRE-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/2017) No que concer-


ne ao Ministério Público Eleitoral (MPE), assinale a opção correta de acordo com o entendi-
mento do STF.
a) O MPE é um ramo do Ministério Público, possui estrutura própria e tem como chefe o procu-
rador regional eleitoral.
b) O MPE só pode investigar suspeita de crime eleitoral após determinação da justiça eleitoral.
c) A designação, por procurador regional eleitoral, que é membro do Ministério Público Federal,
de membro do Ministério Público local para promotor eleitoral não afronta a autonomia admi-
nistrativa do Ministério Público estadual.
d) Enquanto exercer a função de promotor eleitoral, o  membro do Ministério Público ficará
afastado de sua função institucional de promotor de justiça.
e) O procurador-geral da República não detém a prerrogativa de iniciar projetos de lei que ver-
sem sobre a organização e as atribuições do MPE.

JURISPRUDÊNCIA
Conforme o entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral, “tratando-se de atri-
buição do Ministério Público Federal (arts. 72 e 78), nada mais natural que as regras de
designação dos membros do Ministério Público para desempenhar as funções junto à

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DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor

Justiça Eleitoral sejam disciplinadas na legislação que dispõe, exatamente, sobre a orga-
nização, as atribuições e o estatuto do Ministério Público da União, no caso, a Lei Comple-
mentar 75, de 20 de maio de 1993. O fato de o Promotor Eleitoral (membro do Ministério
Público Estadual) ser designado pelo Procurador Regional Eleitoral (membro do MPF)
não viola a autonomia administrativa do Ministério Público Estadual. Apesar de haver a
participação do Ministério Público dos Estados na composição do Ministério Público Elei-
toral” (ADI n. 3.802/DF, rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 14.11.2016).

Desse modo, a alternativa correta é a letra C.


As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a) Errada. Não existe um ramo do Ministério Público Eleitoral.
b) Errada. Independentemente de autorização da Justiça Eleitoral, os membros do Ministério
Público possuem atribuição para a investigar crimes eleitorais ou requisitar a instauração de
inquéritos policiais.
d) Errada. Os membros do Ministério Público que exercem funções eleitorais atuam, concomi-
tantemente, no exercício de suas funções ordinárias.
e) Errada. Conforme o entendimento firmado, no âmbito de controle concentrado de constitu-
cionalidade pelo Supremo Tribunal Federal, detém o Procurador-Geral da República, de acordo
com o art. 128, § 5º, da Constituição Federal, a prerrogativa, ao lado daquela já atribuída ao
chefe do Poder Executivo (art.  61, §  1º, II, d, CF), de iniciativa dos projetos legislativos que
versem sobre a organização e as atribuições do Ministério Público Eleitoral, do qual é chefe,
atuando como seu Procurador-Geral.
Letra c.

010. (MPE-PB/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2011) Julgue as seguintes assertivas:


I – O Vice-Procurador-Geral Eleitoral será designado pelo Procurador-Geral Eleitoral e escolhido
dentre os Procuradores Regionais Eleitorais.
II – O Procurador-Geral Eleitoral poderá designar membros do Ministério Público Federal para
oficiarem, com sua aprovação, perante o Tribunal Superior Eleitoral.
III – A designação dos Promotores de Justiça, para exercerem as funções eleitorais, será
feita por ato do Procurador Regional Eleitoral, com base em indicação do Procurador-Geral
de Justiça.
a) I, II e III estão corretas.
b) Apenas III está correta.
c) Apenas II e III estão corretas.
d) Apenas II está errada.
e) (Abstenção de resposta - Seção VIII, item 11, do Edital do Concurso).

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Ministério Público Eleitoral
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Vamos à análise dos itens:


I – Errado. O Procurador-Geral Eleitoral designará, dentre os Subprocuradores-Gerais da Repú-
blica, o Vice-Procurador-Geral Eleitoral, que o substituirá em seus impedimentos e exercerá o
cargo em caso de vacância, até o provimento definitivo. Desse modo, esse item está incorreto.
II  – Certo. Além do Vice-Procurador-Geral Eleitoral, o  Procurador-Geral poderá designar, por
necessidade de serviço, membros do Ministério Público Federal para oficiarem, com sua apro-
vação, perante o Tribunal Superior Eleitoral. Dessa forma, esse item está correto.
III – Certo. De acordo com o entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal:
A designação do promotor eleitoral é ato de natureza complexa, resultando da conjugação
de vontades tanto do procurador-geral de justiça - que indicará o membro do ministério pú-
blico estadual – quanto do procurador regional eleitoral – a quem competirá o ato formal de
designação (ADI n. 3.802/DF, rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 14.11.2016). Assim, esse item está
correto.
A partir da análise dos itens, conclui-se que a alternativa correta é a letra C.
Letra c.

011. (VUNESP/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS/2016) De acor-


do com a Lei n. 4.737/1965, Código Eleitoral, verificada a infração penal, o Ministério Público
oferecerá a denúncia dentro do prazo de
a) 5 (cinco) dias.
b) 10 (dez) dias.
c) 15 (quinze) dias.
d) 30 (trinta) dias.

Nos termos do art. 357, caput, do Código Eleitoral, verificada a infração penal, o Ministério Pú-
blico oferecerá a denúncia dentro do prazo de 10 (dez) dias.
Desse modo, a alternativa correta é a letra B.
Letra b.

012. (FMP CONCURSOS/MP-AM/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2015) Sobre o


Ministério Público Eleitoral, considere as seguintes assertivas:
I –A filiação a partido político impede o exercício de funções eleitorais por membro do Ministé-
rio Público, cessando tal impedimento com o cancelamento da filiação.
II –O Procurador-Geral Eleitoral pode designar membros do Ministério Público dos Estados
para oficiar perante os Tribunais Regionais Eleitorais naqueles Estados onde não há Procura-
dores Regionais da República.

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Ministério Público Eleitoral
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III –O Ministério Público Eleitoral tem legitimidade para impugnar pedido de registro de candi-
datura e, para tanto, dispõe do mesmo prazo previsto para os candidatos, partidos políticos e
coligações.
IV –O Ministério Público Eleitoral não pode requisitar a instauração de inquérito policial por
infração penal eleitoral; somente a Justiça pode fazê-lo.
Quais das assertivas acima estão corretas?
a) Apenas a III.
b) Apenas a I e III.
c) Apenas a I e II.
d) Apenas a III e IV.
e) Apenas a II, III e IV.

Vamos à análise dos itens:


I – Errada. Nos termos do art. 80 da Lei Complementar n. 75/93, a filiação a partido político
impede o exercício de funções eleitorais por membro do Ministério Público até dois anos do
seu cancelamento. Desse modo, esse item está incorreto.
II – Errada. Nos termos do art. 77, parágrafo único, da Lei Complementar n. 75/93, o Procura-
dor-Geral Eleitoral poderá designar, por necessidade de serviço, outros membros do Ministério
Público Federal para oficiar, sob a coordenação do Procurador Regional, perante os Tribunais
Regionais Eleitorais.
III – Certa. Os membros do Ministério Público que oficiam perante a Justiça Eleitoral podem
impugnar os registros de candidatura no mesmo prazo concedido aos demais legitimados
para a propositura da ação de impugnação ao registro de candidatura. Dessa forma, esse item
está correto.
IV – Errada. O Ministério Público Eleitoral, titular da ação penal nos crimes eleitorais, pode re-
quisitar a instauração de inquérito policial. Assim, esse item está incorreto.
A partir da análise dos itens, pode-se concluir que a alternativa correta é a letra A.
Letra a.

013. (CESPE/TRE-RS/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/2015) A Constitui-


ção Federal de 1988 (CF) prevê, em seu art. 127, que “O Ministério Público é instituição perma-
nente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica,
do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis”. Entretanto, no
art. seguinte (art. 128, CF), ao se verificar a sua abrangência, nota-se que ele é formado pelo:
Ministério Público da União, que compreende o Ministério Público Federal (MPF), o Ministério
Público do Trabalho, o  Ministério Público Militar e o Ministério Público do Distrito Federal e
Territórios; e pelos Ministérios Públicos dos estados. Não há, portanto, no texto constitucional,
previsão expressa do Ministério Público Eleitoral (MPE).

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Ministério Público Eleitoral
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Com referência a essas informações e à atuação do MPE, assinale a opção correta.


a) As infrações penais resultantes de crimes verificados durante o processo eleitoral são de
ação pública e podem ser propostas pelo MPE.
b) O processo eleitoral, por tratar questões relacionadas apenas a atos administrativos solu-
cionados pela justiça eleitoral, não demanda uma instituição exclusiva para atuação em rela-
ção a causas eleitorais; por isso, o MPE foi dele dispensado pela CF.
c) O MPE compõe a estrutura do MPF e sua atuação está adstrita a feitos judiciais que exijam
capacidade postulatória.
d) O MPE compõe a estrutura do MPF e sua atuação está adstrita ao âmbito administrativo,
atuando no alistamento eleitoral, em requerimentos de transferências e em cancelamentos de
inscrições.
e) O TSE tem reforçado a tese de que a atuação do parquet perante a justiça eleitoral é dispen-
sável, pois a legitimidade recursal das suas decisões é deferida aos primeiros interessados,
que são os partidos ou os candidatos adversários.

De acordo com o art. 355 do Código Eleitoral, as infrações penais eleitorais são de ação públi-
ca incondicionada e a sua propositura é atribuição do Ministério Público Eleitoral.
Desse modo, a assertiva correta é a letra A.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b) Errada. No processo penal eleitoral, o titular da ação penal são os membros do Ministério
Público que oficiam perante a Justiça Eleitoral, não havendo a dispensa da atuação desse ór-
gão considerado função essencial à Justiça.
c) Errada; d) Errada. Não existe o órgão Ministério Público Eleitoral.
e) Errada. O Ministério Público constitui função essencial à justiça e exerce a relevante função
de defesa do regime democrático.
Letra a.

014. (FCC/TJ-SE/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2015) Ao Procurador-Geral eleitoral, como


chefe do Ministério Público Eleitoral, no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral, compete
a) substituir os Ministros do Tribunal em suas ausências ocasionais.
b) assistir as sessões do Tribunal, sem tomar parte nas discussões.
c) oficiar em todos os recursos encaminhados ao Tribunal.
d) exercer a ação penal pública, exceto nos feitos de competência originária do Tribunal.
e) expedir instruções aos Juízes Eleitorais dos Tribunais Regionais Eleitorais.

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Ministério Público Eleitoral
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Nos termos do art.  24 do Código Eleitoral, afigura-se como atribuição do Procurador-Geral


Eleitoral:

Art. 24. Compete ao procurador-geral, como chefe do Ministério Público Eleitoral:


I – assistir às sessões do Tribunal Superior e tomar parte nas discussões;
II – acompanhar, quando solicitado, o corregedor-geral, pessoalmente ou por intermédio de procura-
dor que designe, nas diligências a serem realizadas.
III – oficiar em todos os recursos encaminhados ao Tribunal;
IV – manifestar-se, por escrito ou oralmente, em todos os assuntos submetidos à deliberação do
Tribunal, quando solicitada sua audiência por qualquer dos juízes, ou por iniciativa sua, se entender
necessário;
V – defender a jurisdição do Tribunal;
VI – representar ao Tribunal sobre a fiel observância das leis eleitorais, especialmente quanto à sua
aplicação uniforme em todo o país;
VII – requisitar diligências, certidões e esclarecimentos necessários ao desempenho de suas atri-
buições;
VIII – expedir instruções aos órgãos do Ministério Público junto aos tribunais regionais;

A partir desse dispositivo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra C.


Letra c.

015. (FAPEC/MP-MS/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2015) Dispõe o artigo 219,


caput, do Código Eleitoral que: “Na aplicação da lei eleitoral, o Juiz atenderá sempre aos fins
e resultados a que ela se dirige, abstendo-se de pronunciar nulidade sem demonstração de
prejuízo”. Assim, em determinado pleito eletivo municipal, o Ministério Público Eleitoral, não
foi intimado pessoalmente para intervir em procedimento de recontagem de votos julgado e
homologado pelo juízo eleitoral. Qual a solução correta, em caso de recurso?
a) Enviam-se os autos para a comarca de origem, intimando-se o Ministério Público Eleitoral
“a posteriori”, sanando-se a irregularidade, eis que não houve prejuízo à recontagem dos votos,
tendo o pleito eleitoral atingido plenamente a sua finalidade.
b) Por se tratar de órgão eleitoral, a  não intervenção do Ministério Público, torna anulável a
decisão da primeira instância, pela qual se deu a recontagem dos votos, sem a participação do
Parquet, na qualidade de “custos legis”.
c) É nulo o processo no qual o Ministério Público Eleitoral não tenha sido intimado pesso-
almente, na qualidade de fiscal da lei, devendo os autos ser enviados à origem para o novo
julgamento.
d) Não há falar-se em nulidade do processo de recontagem dos votos, se as partes interessa-
das aceitaram o novo resultado, que não causou qualquer prejuízo às candidaturas concorren-
tes, posto que dirimidas todas as controvérsias suscitadas em regular contraditório.

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DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor

e) A atuação do Parquet Eleitoral constitui ato administrativo discricionário, restando certo


que a não intimação do órgão Ministerial, não acarreta nulidade, em procedimento desta na-
tureza, visto que cabe ao Juiz Eleitoral determinar ou não, de ofício, a intervenção do Ministé-
rio Público.

Conforme o entendimento firmado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Goiás:

JURISPRUDÊNCIA
2. Uma das missões institucionais do Ministério Público é a proteção da normalidade e da
legitimidade de todo o processo eleitoral para a salvaguarda do regime democrático, de
forma que a sua intervenção nos feitos eleitorais é indisponível. Deve-se dar, ao menos,
a oportunidade de se manifestar.
3. A falta de intimação do Ministério Público Eleitoral, nos termos do art. 14, §3º, da Reso-
lução TSE n. 23.367, importa no reconhecimento da ausência do trânsito em julgado nos
autos das representações, devendo os respectivos processos retornarem ao status quo
ante à nulidade reconhecida.
(RE n. 38058, Rel. Des. Fabiano Abel de Aragão Fernandes, DJe de 27.8.2014)

A partir desse entendimento jurisprudencial, conclui-se que a alternativa correta é a letra C.


Letra c.

016. (AOCP/TRE-AC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/2015) Em relação ao


Ministério Público Eleitoral, assinale a alternativa correta.
a) Perante as Zonas Eleitorais, atuam os procuradores federais.
b) O Procurador Geral poderá designar quaisquer outros membros do Ministério Público, com
exercício no Distrito Federal, e sem prejuízo das respectivas funções, para auxiliá-lo junto ao
Tribunal Superior Eleitoral.
c) Perante o Tribunal Superior Eleitoral, atuará o Procurador Geral da República, funcionando,
em suas faltas e impedimentos, seu substituto legal.
d) São inelegíveis, para o cargo de Presidente da República, os membros do Ministério Público
que não tenham se afastado das suas funções até 3 (três) meses anteriores ao pleito.
e) Perante os Tribunais Regionais Eleitorais, atuará um Procurador de Justiça, funcionando, em
suas faltas e impedimentos, seu substituto legal.

De acordo com o art. 74 da Lei Complementar n. 64/90, compete ao Procurador-Geral Eleitoral,


que é o Procurador-Geral da República, exercer as funções do Ministério Público nas causas de
competência do Tribunal Superior Eleitoral.

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DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor

Desse modo, a assertiva correta é a letra C.


As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a) Errada. As funções eleitorais do Ministério Público Federal perante os Juízes e Juntas Eleito-
rais serão exercidas pelo Promotor Eleitoral (art. 78 da Lei Complementar n. 75/93).
b) Errada. Além do Vice-Procurador-Geral Eleitoral, o  Procurador-Geral poderá designar, por
necessidade de serviço, membros do Ministério Público Federal para oficiarem, com sua apro-
vação, perante o Tribunal Superior Eleitoral.
d) Errada. O prazo de desincompatibilização para que os membros do Ministério Público es-
tejam aptos a participarem das eleições para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da
República é de seis meses.
e) Errada. Compete ao Procurador Regional Eleitoral exercer as funções do Ministério Público
nas causas de competência do Tribunal Regional Eleitoral respectivo, além de dirigir, no Estado,
as atividades do setor.
Letra c.

017. (AOCP/TRE-AC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/2015) Referente ao Minis-


tério Público Eleitoral, assinale a alternativa correta.
a) O MPE, órgão com estrutura própria, é composto por membros do Ministério Público Federal
e do Ministério Público Estadual.
b) Incumbe, ao Procurador-Geral Eleitoral, requisitar servidores da União e de suas autarquias,
quando o exigir a necessidade do serviço, sem prejuízo dos direitos e vantagens inerentes ao
exercício de seus cargos ou empregos.
c) O Procurador-Geral Eleitoral possui a competência de designar, nos Estados e no Distrito
Federal, o Procurador Regional Eleitoral dentre os integrantes do Ministério Público Estadual e
Distrital.
d) Havendo impedimento de Promotor Eleitoral, o Chefe do Ministério Público local designará
um substituto no prazo de 24 horas.
e) Havendo impedimento de Promotor Eleitoral, o Chefe do Ministério Público local designará
um substituto no prazo de 72 horas.

Nos termos do art. 75 da Lei Complementar n. 75/93:

Art. 75. Incumbe ao Procurador-Geral Eleitoral:


I – designar o Procurador Regional Eleitoral em cada Estado e no Distrito Federal;
II – acompanhar os procedimentos do Corregedor-Geral Eleitoral;
III – dirimir conflitos de atribuições;
IV – requisitar servidores da União e de suas autarquias, quando o exigir a necessidade do serviço,
sem prejuízo dos direitos e vantagens inerentes ao exercício de seus cargos ou empregos.

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DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor

Com base nessa disposição legal, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra B.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a) Errada. Não existe o órgão Ministério Público Eleitoral.
c) Errada. O Procurador Regional Eleitoral, juntamente com o seu substituto, será designado
pelo Procurador-Geral Eleitoral, dentre os Procuradores Regionais da República no Estado e no
Distrito Federal, ou, onde não houver, dentre os Procuradores da República vitalícios, para um
mandato de dois anos.
d) Errada; e) Errada. Nos termos do art. 79, parágrafo único, da Lei Complementar n. 75/93,
na inexistência de Promotor que oficie perante a Zona Eleitoral, ou havendo impedimento ou
recusa justificada, o Chefe do Ministério Público local indicará ao Procurador Regional Eleitoral
o substituto a ser designado.
Letra b.

018. (CESPE/TRE-GO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/2015) O procura-


dor-geral de justiça do Distrito Federal (DF) e dos territórios tem a atribuição de atuar como
procurador-geral perante o Tribunal Superior Eleitoral e pode indicar outros procuradores em
exercício no DF para auxiliá-lo.

O Procurador-Geral Eleitoral é o Procurador-Geral da República, sendo que a ele compete exer-


cer as funções do Ministério Público nas causas de competência do Tribunal Superior Eleitoral.
Desse modo, essa assertiva está errada.
Errado.

019. (CONSULPLAN/TRE-MG/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/2013) O Ministé-


rio Público Eleitoral desempenha importantes atribuições na defesa do regime democrático.
Atua de diversas formas, nas fases do processo eleitoral. Em relação às atribuições do Minis-
tério Público (MP), assinale a alternativa correta, de acordo com a legislação vigente e a juris-
prudência do Tribunal Superior Eleitoral.
a) Nos processos de registro de candidaturas, o MP deve necessariamente emitir parecer, mas
não é legitimado a impugnar candidaturas
b) O MP é legitimado, juntamente com candidatos, partidos e coligações, a ajuizar representa-
ção por propaganda eleitoral irregular.
c) A atuação do MP no processo penal eleitoral é supletiva, já que a legitimação para deflagrar
ações penais eleitorais é, por primazia, dos próprios candidatos.
d) O MP deve ser previamente ouvido nos casos de abertura de investigação judicial eleitoral,
cuja iniciativa é limitada a candidatos, afastada a legitimação ativa de partidos políticos.
e) Nos casos de desfiliação partidária sem justa causa (infidelidade partidária), a legitimação
ativa é do MP e, apenas na sua inércia, surge a legitimação subsidiária dos partidos políticos
para a perda do cargo eletivo.

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DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
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As representações em razão da violação das normas da Lei n. 9.504/97 podem ser propostas
pelo Ministério Público Eleitoral, pelos candidatos, pelos partidos políticos e pelas coligações.
Desse modo, a assertiva correta é letra B.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a) Errada. O Ministério Público possui legitimidade para a propositura da ação da impugnação
ao registro de candidatura.
c) Errada. O Ministério Público Eleitoral é o titular da ação penal nos crimes eleitorais.
d) Errada. O  Ministério Público Eleitoral possui legitimidade para o ajuizamento da ação de
investigação judicial eleitoral.
e) Errada. A legitimidade do Ministério Público Eleitoral para o ajuizamento da ação de decreta-
ção de perda de mandato eletivo por infidelidade partidária é conferida ao partido e, de forma
subsidiária e em caso de omissão da agremiação partidária, ao Ministério Público Eleitoral e a
quem tenha interesse jurídico.
Letra b.

020. (MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2014) Em tendo um partido político,


por advogado devidamente constituído, ingressado com ação de impugnação de registro de
candidatura, consequentemente, fica o Ministério Público impedido de ingressar com deman-
da judicial no mesmo sentido.

A impugnação, por parte do candidato, partido político ou coligação, não impede a ação do
Ministério Público no mesmo sentido, conforme prescrição contida no art. 3º, § 1º, da Lei Com-
plementar n. 75/93.
Desse modo, esse item está errado.
Errado.

021. (IBFC/TRE-AM/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/2014) Com rela-


ção à atuação do Ministério Público nos Tribunais Regionais Eleitorais, assinale a alternati-
va CORRETA:
a) Servirá como Procurador Regional junto a cada Tribunal Regional Eleitoral o Promotor de
Justiça da capital do respectivo Estado e, onde houver mais de um, aquele que for designado
pelo Procurador Geral de Justiça.
b) Servirá como Procurador Regional junto a cada Tribunal Regional Eleitoral o Procurador da
República no respectivo Estado e, onde houver mais de um, aquele que for designado pelo Pre-
sidente do Tribunal Regional Eleitoral.

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c) Servirá como Procurador Regional junto a cada Tribunal Regional Eleitoral o Procurador Ge-
ral da República.
d) Servirá como Procurador Regional junto a cada Tribunal Regional Eleitoral o Procurador da
República no respectivo Estado e, onde houver mais de um, aquele que for designado pelo Pro-
curador Geral da República.

O Procurador Regional Eleitoral, juntamente com o seu substituto, será designado pelo Procu-
rador-Geral Eleitoral, dentre os Procuradores Regionais da República no Estado e no Distrito
Federal, ou, onde não houver, dentre os Procuradores da República vitalícios, para um mandato
de dois anos.
Dessa forma, a assertiva correta é a letra D.
Letra d.

022. (FCC/TJ-AP/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2014) Em relação ao Ministério Público


Eleitoral, é correto afirmar:
a) A filiação a partido político impede o exercício de funções eleitorais por membro do Ministé-
rio Público até quatro anos do seu cancelamento.
b) Cabe aos Subprocuradores-Gerais da República, privativamente, o exercício das funções de
Vice-Procurador-Geral Eleitoral.
c) Os Procuradores de Justiça serão designados para oficiar junto aos Juízes Federais e junto
aos Tribunais Regionais Eleitorais.
d) O Procurador Regional Eleitoral, juntamente com o seu substituto, será designado pelo Pro-
curador- Geral Eleitoral, dentre os Procuradores de Justiça no Estado e no Distrito Federal, ou,
onde não houver, dentre os Promotores de Justiça vitalícios, para um mandato de dois anos.
e) O Procurador Regional Eleitoral poderá ser destituído, antes do término do mandato, por
iniciativa do Procurador-Geral Eleitoral, anuindo a maioria absoluta do Conselho Superior do
Ministério Público Estadual respectivo.

Nos termos do art.  73, parágrafo único, da Lei Complementar n. 75/93, o  Procurador-Geral
Eleitoral designará, dentre os Subprocuradores-Gerais da República, o  Vice-Procurador-Geral
Eleitoral, que o substituirá em seus impedimentos e exercerá o cargo em caso de vacância, até
o provimento definitivo.
Dessa forma, a alternativa correta é a letra B.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a) Errada. A filiação a partido político impede o exercício de funções eleitorais por membro do
Ministério Público até dois anos do seu cancelamento, conforme se vê no art. 80 da Lei Com-
plementar n. 64/90.

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c) Errada. Compete ao Procurador Regional Eleitoral exercer as funções do Ministério Público


nas causas de competência do Tribunal Regional Eleitoral respectivo, além de dirigir, no Estado,
as atividades do setor.
d) Errada. O Procurador Regional Eleitoral, juntamente com o seu substituto, será designado
pelo Procurador-Geral Eleitoral, dentre os Procuradores Regionais da República no Estado e no
Distrito Federal, ou, onde não houver, dentre os Procuradores da República vitalícios, para um
mandato de dois anos.
e) Errada. O Procurador Regional Eleitoral poderá ser destituído, antes do término do mandato,
por iniciativa do Procurador-Geral Eleitoral, anuindo a maioria absoluta do Conselho Superior
do Ministério Público Federal.
Letra b.

023. (CESPE/MP-RO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2013) Acerca das atribuições


do MP Eleitoral, assinale a opção correta.
a) Em se tratando de eleição para deputado estadual, apenas o procurador regional eleitoral,
promotor natural com atribuição para atuar perante as juntas eleitorais nesse tipo de eleição,
poderá interpor o recurso parcial.
b) O prazo para o MP interpor e arrazoar recurso contra a expedição de diploma é de seis dias.
c) A legitimidade para interpor recurso contra a expedição de diploma de senador é do procu-
rador-geral eleitoral.
d) O procurador regional eleitoral originalmente possui legitimidade para interpor recursos con-
tra a expedição de diploma de vereador.
e) Tendo a junta eleitoral decidido pela impugnação, o MP poderá interpor, imediatamente, por
escrito ou verbalmente, recurso ao tribunal regional eleitoral.

O Ministério Público Eleitoral atua em todas as fases e em todas as instâncias Justiça Eleitoral,
motivo pelo qual contra a decisão das juntas eleitorais, no julgamento de impugnações no pro-
cesso de apuração das eleições, será cabível a interposição de recurso pelo promotor eleitoral, de
imediato, por escrito ou verbal, no prazo de 48 horas, nos termos do art. 169 do Código Eleitoral.
Desse modo, a alternativa correta é a letra E.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a) Errada. A atribuição para oficiar perante as juntas eleitorais é do promotor eleitoral.
b) Errada. O prazo para o oferecimento de contrarrazões nos autos de recursos eleitorais é de
três dias, não havendo que se falar em prazo em dobro (princípio da celeridade).
c) Errada. Nas eleições para o Senado Federal, a legitimidade para a propositura do recurso
contra a expedição de diploma é do Procurador Regional Eleitoral.
d) Errada. Nas eleições municipais, a legitimidade para a interposição recurso contra a expedi-
ção de diploma é do promotor eleitoral.
Letra e.

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024. (PGR/PROCURADOR DA REPÚBLICA/2013) Sobre o ministério público eleitoral, com


base na lei complementar n.  75, de 20 de maio de 1993, que dispõe sobre a organização,
as atribuições e o estatuto do ministério público da união, é correto afirmar:
a) O Procurador-Geral Eleitoral é o Procurador-Geral da República, cabendo-lhe designar dentre
quaisquer membros do Ministério Público Federal, o Vice-Procurador-Geral da República, que
será automaticamente o Vice- Procurador-Geral Eleitoral, sendo vedadas outras designações
para oficiarem perante o Tribunal Superior Eleitoral.
b) O Procurador-Geral Eleitoral é o Procurador-Geral da República, o qual designará, dentre os
Subprocuradores-Gerais da República, o Vice-Procurador-Geral Eleitoral, que o substituirá em
seus impedimentos e exercerá o cargo em caso de vacância, até o provimento definitivo.
c) O Procurador-Geral Eleitoral designará o Procurador Regional Eleitoral, dentre os Procurado-
res da República nos Estados ou no Distrito Federal, ou onde não houver, dentre os membros
do Ministério Público local, para oficiar perante o Tribunal Regional Eleitoral para um mandato
de dois anos.
d) Na inexistência de Promotor que oficie perante a Zona Eleitoral, ou havendo impedimento ou
recusa justificada, o Corregedor-Geral de Justiça indicará o substituto e ao Procurador-Geral de
Justiça caberá fazer a designação do substituto para um período de seis meses, pelo sistema
de rodízio.

Nos termos do art. 73, parágrafo único, da Lei Complementar n. 75/93, o Procurador-Geral Elei-
toral, que é o Procurador-Geral da República, designará, dentre os Subprocuradores-Gerais da
República, o Vice-Procurador-Geral Eleitoral, que o substituirá em seus impedimentos e exerce-
rá o cargo em caso de vacância, até o provimento definitivo.
Desse modo, a assertiva correta é a letra B.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a) Errada. O Procurador-Geral Eleitoral designará, dentre os Subprocuradores-Gerais da Repú-
blica, o Vice-Procurador-Geral Eleitoral, que o substituirá em seus impedimentos e exercerá o
cargo em caso de vacância, até o provimento definitivo.
c) Errada. O Procurador Regional Eleitoral, juntamente com o seu substituto, será designado
pelo Procurador-Geral Eleitoral, dentre os Procuradores Regionais da República no Estado e no
Distrito Federal, ou, onde não houver, dentre os Procuradores da República vitalícios, para um
mandato de dois anos.
d) Errada. Na inexistência de Promotor que oficie perante a Zona Eleitoral, ou havendo impedi-
mento ou recusa justificada, o Chefe do Ministério Público local indicará ao Procurador Regio-
nal Eleitoral o substituto a ser designado.
Letra b.

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025. (FUJB/MP-RJ/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2012) No que tange à atuação


do Ministério Público em matéria eleitoral, analise as seguintes afirmativas:
I – As funções ministeriais serão exercidas em primeiro grau por Procuradores da República,
salvo perante as Zonas Eleitorais que não contem com sede do Ministério Público Federal, hi-
pótese em que oficiará membro do Ministério Público Estadual.
II – O órgão do Ministério Público que não apresentar, no prazo legal, denúncia ou deixar de
promover a execução de sentença condenatória, pratica em tese fato criminalmente típico.
III – Na condição de instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado e incumbida
da defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indis-
poníveis, incumbe ao Ministério Público Eleitoral a propositura das ações e medidas judiciais pre-
vistas para assegurar o respeito ao ordenamento eleitoral, à exceção da impugnação aos pedidos
de registro de candidatura, cuja legitimação recai apenas sobre os candidatos, partidos políticos e
coligações.
IV – O Ministério Público detém legitimidade para requerer à Justiça Eleitoral a decretação da
perda de cargo eletivo em decorrência de desfiliação partidária sem justa causa, quando o par-
tido político interessado não formular o pedido dentro do prazo fixado no ordenamento vigente.
V – A inobservância da atuação prioritária do órgão do Ministério Público em feitos eleitorais
dentro do período definido em lei, ressalvadas as exceções expressamente previstas, consti-
tui crime de responsabilidade e será objeto de anotação funcional para efeito de promoção
na carreira.
Estão corretas somente as afirmativas:
a) I, II e IV;
b) I, III e IV;
c) I, III e V;
d) II, III e V;
e) II, IV e V

Vamos à análise dos itens:


I – Errada. As funções eleitorais do Ministério Público Federal perante os Juízes e Juntas Elei-
torais serão exercidas pelo Promotor Eleitoral. Desse modo, esse item está errado.
II – Certa. Constitui crime eleitoral, nos termos do art. 342 do Código Eleitoral, não apresentar
o órgão do Ministério Público, no prazo legal, denúncia ou deixar de promover a execução de
sentença condenatória. Assim, esse item está certo.
III – Errada. Caberá a qualquer candidato, a partido político, coligação ou ao Ministério Público,
no prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação do pedido de registro de candidato, impug-
ná-lo em petição fundamentada. Por essa razão, esse item está errado.
IV – Certa. Quando o partido político não formular o pedido de decretação de perda do manda-
to eletivo proporcional em razão da prática de ato de infidelidade partidária dentro de 30 (trinta)
dias da desfiliação, pode fazê-lo, em nome próprio, nos 30 (trinta) subsequentes, quem tenha
interesse jurídico ou o Ministério Público Eleitoral. Logo, esse item está correto.

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V – Certa. Nos termos do art. 94 da Lei n. 9.504/97:

Art. 94. Os feitos eleitorais, no período entre o registro das candidaturas até cinco dias após a rea-
lização do segundo turno das eleições, terão prioridade para a participação do Ministério Público e
dos juízes de todas as justiças e instâncias, ressalvados os processos de habeas corpus e mandado
de segurança.
§ 1º É defeso às autoridades mencionadas neste artigo deixar de cumprir qualquer prazo desta lei,
em razão do exercício das funções regulares.
§ 2º O descumprimento do disposto neste artigo constitui crime de responsabilidade e será objeto
de anotação funcional para efeito de promoção na carreira.

Portanto, esse item está correto.


A partir da análise dos itens, pode-se concluir que a alternativa correta é a letra E.
Letra e.

026. (MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2013) Conforme o Código Eleitoral,


verificada a infração penal, o Ministério Público oferecerá a denúncia dentro do prazo de 15
(quinze) dias.

Nos termos do art. 357, caput, do Código Eleitoral, verificada a infração penal, o Ministério Pú-
blico oferecerá a denúncia dentro do prazo de 10 (dez) dias.
Desse modo, essa assertiva está errada.
Errado.

027. 27.(CESPE/TJ-AC/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2012) Assinale a opção correta a res-


peito do Ministério Público Eleitoral.
a) Incumbe ao procurador-geral eleitoral dirimir conflitos de atribuições.
b) O vice-procurador-geral eleitoral é designado pelo Colégio de Procuradores da República.
c) Compete privativamente ao procurador regional eleitoral designar, por necessidade de ser-
viço, outros membros do Ministério Público Federal para oficiar, sob sua coordenação, peran-
te os TREs.
d) O promotor eleitoral incumbido do serviço eleitoral de cada zona deve ser membro do MP
local indicado pelo procurador regional eleitoral.
e) Compete ao Colégio de Procuradores da República aprovar a destituição do procurador re-
gional eleitoral.

Nos termos do art. 75 da Lei Complementar n. 75/93:

Art. 75. Incumbe ao Procurador-Geral Eleitoral:


I – designar o Procurador Regional Eleitoral em cada Estado e no Distrito Federal;

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II – acompanhar os procedimentos do Corregedor-Geral Eleitoral;
III – dirimir conflitos de atribuições;
IV – requisitar servidores da União e de suas autarquias, quando o exigir a necessidade do serviço,
sem prejuízo dos direitos e vantagens inerentes ao exercício de seus cargos ou empregos.

Desse modo, a assertiva correta é a letra A.


As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b) Errada. O Procurador-Geral Eleitoral designará, dentre os Subprocuradores-Gerais da Repú-
blica, o Vice-Procurador-Geral Eleitoral, que o substituirá em seus impedimentos e exercerá o
cargo em caso de vacância, até o provimento definitivo.
c) Errada. O  Procurador-Geral Eleitoral poderá designar, por necessidade de serviço, outros
membros do Ministério Público Federal para oficiar, sob a coordenação do Procurador Regio-
nal, perante os Tribunais Regionais Eleitorais.
d) Errada. O Promotor Eleitoral será o membro do Ministério Público local que oficie junto ao
Juízo incumbido do serviço eleitoral de cada Zona.
e) Errada. O Procurador Regional Eleitoral poderá ser destituído, antes do término do mandato,
por iniciativa do Procurador-Geral Eleitoral, anuindo a maioria absoluta do Conselho Superior
do Ministério Público Federal.
Letra a.

028. (CESPE/MPE-TO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2012) À luz da legislação de


regência, assinale a opção correta acerca do MP Eleitoral.
a) A não observância por membro do MP da prioridade dos feitos eleitorais no período com-
preendido entre o registro das candidaturas e cinco dias após a realização do segundo turno,
ressalvados os processos de habeas corpus e mandado de segurança, e o não cumprimento
de qualquer prazo fixado pela norma geral das eleições constituem crime de responsabilidade.
b) A não apresentação de denúncia no prazo legal ou a não promoção da execução de sen-
tença condenatória pelo órgão do MP constituem crime, cuja prática é punida exclusivamente
com multa.
c) O prazo concedido ao MP para impugnar registro de candidato é quatro vezes maior que o
prazo concedido a partidos, coligações e candidatos, para a mesma finalidade.
d) No caso de as contas de candidato serem rejeitadas em decorrência de os gastos eleitorais
terem sido pagos com recursos não provenientes de conta específica para tal fim, ou no caso
de restar comprovado abuso de poder econômico, a justiça eleitoral remeterá cópia de todo o
processo ao MP Eleitoral, para interposição de recurso contra a diplomação do candidato.
e) Vence no dia da eleição o prazo legal para que o MP ofereça representação contra a execu-
ção, em ano eleitoral, de programas sociais por entidade nominalmente vinculada a candidato
ou por este mantida.

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Nos termos do art. 94 da Lei das Eleições:

Art. 94. Os feitos eleitorais, no período entre o registro das candidaturas até cinco dias após a rea-
lização do segundo turno das eleições, terão prioridade para a participação do Ministério Público e
dos juízes de todas as justiças e instâncias, ressalvados os processos de habeas corpus e mandado
de segurança.
§ 1º É defeso às autoridades mencionadas neste artigo deixar de cumprir qualquer prazo desta lei,
em razão do exercício das funções regulares.
§ 2º O descumprimento do disposto neste artigo constitui crime de responsabilidade e será objeto
de anotação funcional para efeito de promoção na carreira.

Por essa disposição legal, tem-se que a alternativa correta é a letra A.


As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b) Errada. Nos termos do art. 342 do Código Eleitoral, constitui crime eleitoral, punido com de-
tenção de até dois meses e multa, não apresentar o órgão do Ministério Público, no prazo legal,
denúncia ou deixar de promover a execução de sentença condenatória.
c) Errada. O Ministério Público tem prazo de cinco dias, contado de forma simples e a partir da
publicação do edital com a lista de candidatos, para propor a ação de impugnação ao pedido
de registro de candidatura.
d) Errada. Em caso de rejeição de contas, as cópias dos autos são remetidas ao Ministério Pú-
blico Eleitoral para a eventual propositura de ação de investigação judicial eleitoral.
e) Errada. A representação em razão da prática de conduta vedada a agente público poderá ser
ajuizada até a data da diplomação, nos termos do art. 73, § 12, da Lei n. 9.504/97.
Letra a.

029. (MP-MG/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2012) O Ministério Público Eleitoral


exerce suas funções perante os órgãos da Justiça Eleitoral, incumbindo-lhe atuar nas causas
de sua competência, velar pela fiel observância da legislação eleitoral e partidária e promover
a ação penal nos casos de crimes eleitorais. Assim, assinale a alternativa INCORRETA:
a) O Promotor de Justiça, no exercício de suas funções eleitorais, atua na primeira instância
e perante o Tribunal Regional Eleitoral e poderá, ainda, ser designado pelo Procurador-Geral
Eleitoral, por necessidade de serviço, para oficiar, sob sua coordenação, perante o Tribunal
Superior Eleitoral.
b) O Promotor de Justiça, no exercício de suas funções eleitorais, tem atribuição para propor
ação de investigação judicial eleitoral (AIJE), a qual poderá ser ajuizada até a data da diplo-
mação dos eleitos e intervirá como autor ou custos legis nas representações por propaganda
eleitoral ilícita.

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c) O Promotor de Justiça, no exercício de suas funções eleitorais, tem atribuição para propor,
no prazo de quinze dias contados da diplomação, a ação de impugnação ao mandato eletivo,
que tramitará em segredo de justiça e será instruída com provas do abuso do poder econômi-
co, corrupção ou fraude.
d) O Promotor de Justiça, no exercício de suas funções eleitorais, tem atribuição para propor
ação de impugnação de registro de candidatura no prazo de cinco dias, contados da publica-
ção do pedido do registro.

Nos termos do art.  77, parágrafo único, da Lei Complementar n. 75/93, o  Procurador-Geral
Eleitoral poderá designar, por necessidade de serviço, outros membros do Ministério Público
Federal para oficiar, sob a coordenação do Procurador Regional, perante os Tribunais Regio-
nais Eleitorais.
Desse modo, a alternativa incorreta é a letra A.
Letra a.

030. (PGR/PROCURADOR DA REPÚBLICA/2005) PARA O MEMBRO DO MINISTÉRIO PÚBLI-


CO CONCORRER A CARGO ELETIVO:
a) deve afastar-se definitivamente do cargo e filiar-se a Partido Político até 6 (seis) meses
antes da data fixada para o pleito eleitoral, além de observar as exigências previstas na legis-
lação eleitoral, concernentes, dentre outras, ao domicílio eleitoral e aos prazos de desincom-
patibilização;
b) deve licenciar-se de suas funções institucionais, nos termos da lei, quando de sua filiação a
partido político, que deve ocorrer até 1 (um) ano antes da data das eleições;
c) deve, além de estar filiado ao partido político há pelo menos 1 (um) ano da data das eleições,
observar os prazos de desincompatibilização previstos na legislação. - eleitoral, ficando impe-
dido de exercer as suas funções institucionais desde essa época até o término de seu manda-
to eletivo, cabendo-lhe cancelar a sua filiação partidária para reassumir suas funções minis-
teriais, quedando impedido, neste caso, de desempenhar as pertinentes ao Ministério Público
Eleitoral pelo prazo de 2 (dois) anos contados do cancelamento de sua filiação ao partido- ‘
d) nenhuma das alternativas acima está correta.

De acordo com o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral:

JURISPRUDÊNCIA
CONSULTA. DESINCOMPATIBILIZAÇÃO. FILIAÇÃO PARTIDÁRIA. ELEIÇÕES 2012.
MEMBRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL. INGRESSO. POSTERIORIDADE. CONSTI-
TUIÇÃO FEDERAL DE 1988. AFASTAMENTO DEFINITIVO. CARGO PÚBLICO.

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1. A jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral é no sentido de que membro do Ministé-


rio Público Estadual que ingressou na instituição depois da Constituição Federal de 1988
e antes da EC n. 45/2004 deve se afastar definitivamente de seu cargo público para con-
correr a eleições (RO n. 993/AP, Rel. Ministro CESAR ASFOR ROCHA, publicado na sessão
de 21.9.2006). Consulta respondida positivamente.
2. Os membros do Ministério Público Estadual se submetem à vedação constitucional de
filiação partidária (EC n. 45/2004). No entanto, ante essa vedação, o prazo de filiação par-
tidária para os que pretendam se candidatar nas eleições de 2012, dependerá do prazo
de desincompatibilização exigido ao membro do Ministério Público em geral, conforme
o cargo que pretenda disputar; se for para prefeito, 4 (quatro) meses (artigo 1º, inciso IV,
alínea b, da LC n. 64/90), se for para vereador, 6 (seis) meses (artigo 1º, inciso VII, alínea
a, da LC n. 64/90).
(CTA n. 1508-89.2011, Rel. Min. Gilson Dipp, DJe de 25.11.2011)

A partir desse julgado, pode-se concluir que a alternativa correta é a letra A.


Letra a.

031. (PGR/PROCURADOR DA REPÚBLICA/2011) Sobre o ministério público eleitoral, é corre-


to afirmar que:
I –a função de Promotor Eleitoral em primeiro grau perante os Juízes e Juntas Eleitorais será
exercida por Promotor de Justiça, membro do Ministério Público Estadual ou do Ministério
Público do Distrito Federal, exceto nas cidades onde tiver sede a Procuradoria da República,
hipótese em que a referida função será exercida por Procurador da República, membro do Mi-
nistério Público Federal em primeiro grau;
II –a vaga de Juiz relativa ao quinto constitucional do Ministério Público no Tribunal Superior
Eleitoral e nos Tribunais Regionais Eleitorais será ocupada por membro vitalício do Ministério
Público Federal, indicado pelo Procurador-Geral Eleitoral e nomeado pelo Presidente da Repú-
blica, para uma mandato de dois anos, admitida uma recondução;
III –a atuação do Ministério Público Eleitoral em primeiro grau, perante os Juízes e Juntas
Eleitorais, em matéria não criminal, ocorre somente no período eleitoral, ou seja, no ano das
eleições, do início do prazo para a realização das convenções partidárias de escolha dos can-
didatos até a diplomação dos eleitos.
Das proposições acima:
a) apenas a alternativa I está correta
b) apenas a alternativa II está correta;
c) apenas a alternativa III está correta;
d) todas as alternativas estão erradas.

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Vamos à análise dos itens:


I  – Errada. O  Promotor Eleitoral será o membro do Ministério Público local que oficie junto
ao Juízo incumbido do serviço eleitoral de cada Zona Na inexistência de Promotor que oficie
perante a Zona Eleitoral, ou havendo impedimento ou recusa justificada, o Chefe do Ministério
Público local indicará ao Procurador Regional Eleitoral o substituto a ser designado. Desse
modo, esse item está errado.
II – Errada. A regra do quinto constitucional, inscrita no art. 94 da Constituição Federal, não
tem aplicabilidade na Justiça Eleitoral. Com efeito, não há membros do Ministério Público na
composição dos tribunais e demais órgãos da Justiça Eleitoral. Por essa razão, esse item
está errado.
III – Errada. Os membros do Ministério Público possuem atribuições para atuar perante a Jus-
tiça Eleitoral, tanto no âmbito cível-eleitoral, quanto no âmbito criminal-eleitoral, independente-
mente do período eleitoral. Há, na verdade, o exercício ininterrupto de funções eleitorais pelo
Ministério Público Eleitoral.
A partir da análise dos itens, pode-se concluir que a alternativa correta é a letra D.
Letra d.

032. (MP-MS/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2011) Assinale a alternativa correta.


Por força da Resolução n. 30/2008 do CNMP, O Promotor de Justiça Eleitoral será designado:
a) pelo Procurador-Geral de Justiça, no âmbito do Ministério Público Estadual, considerando
ser o Chefe da Instituição;
b) pelo Procurador-Geral da República, devendo o ato ser publicado no Diário Oficial da União;
c) pelo Procurador Regional Eleitoral, com atribuição junto ao Tribunal Regional Eleitoral;
d) pelo Corregedor-Geral do Ministério Público, após indicação pelo Procurador-Geral de Jus-
tiça, mediante sistema de rodízio, no exercício da titularidade de função eleitoral, devendo ser
observado a ordem decrescente de antiguidade no exercício da titularidade de função eleitoral;
e) sendo o Promotor de Justiça o único titular na Comarca, não há necessidade de designação,
considerando ser ele o Promotor de Justiça com atribuições em todas as áreas de intervenção
do Ministério Público.

O Promotor Eleitoral será o membro do Ministério Público local que oficie junto ao Juízo incum-
bido do serviço eleitoral de cada Zona, que será designado pelo Procurador Regional Eleitoral
com atuação no respectivo estado, após indicação pelo Procurador-Geral de Justiça.
Desse modo, a assertiva correta é a letra C.
Letra c.

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033. (CESPE/MP-RO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2008) Acerca da organiza-


ção e do funcionamento da justiça eleitoral e do Ministério Público Eleitoral, assinale a op-
ção correta.
a) O procurador-geral da República acumula o cargo de procurador-geral eleitoral.
b) Juiz eleitoral irmão de candidato a vereador na circunscrição poderá permanecer no cargo
caso tenha sido nomeado antes da convenção partidária que indicou o candidato.
c) Advogado indicado pelo STF ocupará a vice-presidência do TSE.
d) Todos os tribunais eleitorais terão, no mínimo, um integrante indicado pelo MP.
e) O mandato dos juízes eleitorais, inclusive no TSE, é de três anos, vedada a recondução.

Nos termos do art. 73 da Lei Complementar n. 75/93, o Procurador-Geral Eleitoral é o Procura-


dor-Geral da República. Trata-se de hipótese de acumulação de cargo público.
Desse modo, a assertiva correta é a letra A.
Letra a.

034. (FCC/MP-SE/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2009) Sobre o exercício de fun-


ções junto à Justiça Eleitoral por parte de membros do Ministério Público, é correto afirmar que
a) a filiação a partido político impede o exercício de funções eleitorais por membro do Ministé-
rio Público até quatro anos do seu cancelamento.
b) o membro do Ministério Público é remunerado exclusivamente por subsídio fixado em par-
cela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, inclusive aquela que decorria da pres-
tação de serviço à Justiça Eleitoral.
c) o Promotor Eleitoral é o membro do Ministério Público local que oficia junto ao Juízo incum-
bido do serviço eleitoral de cada Zona.
d) o Procurador-Geral Eleitoral é designado pelo Procurador-Geral da República.
e) o Procurador-Geral de Justiça é o Procurador Regional Eleitoral.

Nos termos do art. 79 da Lei Complementar n. 75/93, o Promotor Eleitoral será o membro do
Ministério Público local que oficie junto ao Juízo incumbido do serviço eleitoral de cada Zona.
Desse modo, a assertiva correta é a letra C.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a) Errada. A filiação a partido político impede o exercício de funções eleitorais por membro do
Ministério Público até dois anos do seu cancelamento, conforme o art. 80 da Lei Complemen-
tar n. 75/93.
b) Errada. Não há pagamento de subsídio pelo exercício das funções eleitorais, mas uma gra-
tificação, desde que haja o efetivo exercício.

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d) Errada. Nos termos do art. 73 da Lei Complementar n. 75/93, o Procurador-Geral Eleitoral é


o Procurador-Geral da República.
e) Errada. O Procurador Regional Eleitoral, juntamente com o seu substituto, será designado
pelo Procurador-Geral Eleitoral, dentre os Procuradores Regionais da República no Estado e no
Distrito Federal, ou, onde não houver, dentre os Procuradores da República vitalícios, para um
mandato de dois anos.
Letra c.

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REFERÊNCIAS

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BARROS, Francisco Dirceu. Direito Eleitoral: teoria, jurisprudência e mais de 1000 questões co-
mentadas. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

BRANCO, Tatiana Coutinho Castelo, CARVALHEDO, Marcos, KALKMANN, Tiago. Súmulas do


TSE Comentadas. Ed. Lura Editorial. São Paulo. 2017.

CÂNDIDO, Joel J. Direito Eleitoral Brasileiro. 12. ed. rev., atual. e ampl. Bauru: Edipro, 2006.

CERQUEIRA, Thales Tácito Pontes Luz de Pádua. CERQUEIRA, Camila Medeiros de Albuquer-
que Pontes Luz de Pádua. Tratado de Direito Eleitoral. São Paulo: Premier Máxima, 2008.

COÊLHO, Marcus Vinicius Furtado. Direito Eleitoral e Processo Eleitoral – Direito Penal Eleito-
ral e Direito Político. Rio de Janeiro: Renovar, 2008.

COSTA, Adriano Soares da. Instituições de Direito Eleitoral. 7. ed. rev., atual. e ampl. Rio de
Janeiro: Lumen Juris, 2008.

DIDIER JR., Fredie. CUNHA, Leonardo José Carneiro da. Curso de Direito Processual Civil:
Meios de Impugnação às decisões judiciais e processo nos tribunais. 5. ed. rev., atual. e ampl.
Salvador: JusPodivm, 2008.

GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. 3. ed. rev. e atual. Belo Horizonte: Del Rey, 2008.

RAMAYANA, Marcos. Direito Eleitoral. 8. ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Impetus, 2008.
VELLOSO, Carlos Mário da Silva. AGRA, Walber de Moura. Elementos de Direito Eleitoral. São
Paulo: Saraiva, 2009.

ZILIO, Rodrigo López. Direito Eleitoral: noções preliminares, elegibilidade e inelegibilidade,


processo eleitoral (da convenção à prestação de contas), ações eleitorais. Porto Alegre: Verbo
Jurídico, 2008.

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Marcos Carvalhedo
Analista Judiciário do TSE desde 1996. No Tribunal exerceu os cargos de Coordenador de Autuação e
Distribuição (2008-2009) e (2017-2018), Assessor da Presidência (2016-2017), Tutor dos Cursos da Enfam
para juízes eleitorais (2017-2018), e atualmente é Assessor de Ministro. Bacharel em Direito pelo Uniceub,
Ciência Econômicas pela Unb, Pós graduado em Processo Civil pela LFG.

Weslei Machado
Weslei Machado é Promotor de Justiça Substituto no Ministério Público do Estado do Amazonas e
Promotor Eleitoral da 38ª Zona Eleitoral do Estado do Amazonas, Especialista em Direito Constitucional
– IDP, foi Analista Judiciário – Área Judiciária do TSE (2007/2017); foi Assessor de Desembargador no
TJDFT (2016/2017; professor de diversos cursos preparatórios para concursos em Brasília; professor e foi
Assessor do curso de Direito da Universidade Católica de Brasília.

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