Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
Sumário
Ministério Público Eleitoral.......................................................................................................................................4
1. Aspectos Gerais do Ministério Público...........................................................................................................4
1.1. O que é o Ministério Público...............................................................................................................................4
1.2. Funções do Ministério Público.........................................................................................................................5
1.3. Princípios Constitucionais do Ministério Público.................................................................................7
1.4. Prerrogativas dos Membros do Ministério Público. ............................................................................9
1.5. Estrutura Organizacional do Ministério Público................................................................................ 10
2. Atuação do Ministério Público no Tribunal Superior Eleitoral – Instância Especial.........11
3. Atuação do Ministério Público no TRE – 2ª Instância.........................................................................13
4. Atuação do Ministério Público nos Juízes e Juntas Eleitorais – 1ª Instância........................13
5. Vedações às Atividades Político-Partidárias............................................................................................17
6. Conflito de Atribuições entre Membros do Ministério Público......................................................18
Resumo................................................................................................................................................................................20
Questões de Concurso................................................................................................................................................ 24
Gabarito...............................................................................................................................................................................37
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................38
Referências........................................................................................................................................................................66
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 2 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
Apresentação
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 3 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
Art. 127. Omissis.
§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado
o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços
auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remunerató-
ria e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento. (Redação dada pela
Emenda Constitucional n. 19, de 1998)
§ 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na
lei de diretrizes orçamentárias.
A autonomia funcional, inerente à Instituição como um todo e abrangendo todos os órgãos do Minis-
tério Público, está prevista no art. 127, § 2º, da CF/88, no sentido de que, ao cumprir os seus deveres
institucionais, o membro do Ministério Público não se submeterá a nenhum outro “poder” (Legislati-
vo, Executivo ou Judiciário), órgão, autoridade pública etc. Deve obediência, apenas, à Constituição,
às leis e à sua própria consciência.
1
Nesse sentido, Nathália Masson ensina que:
A Constituição da República de 1988 dispensou ao Ministério Público tratamento especial, colocando-o a salvo dos
demais Poderes e assegurando à instituição e aos seus membros autonomia e independência na busca da realização
dos interesses da sociedade. Fortaleceu-o institucionalmente para oportunizar a efetivação dos elevados fins que
caracterizam a destinação constitucional dessa importantíssima instituição da República, a quem compete defender
a ordem jurídica, proteger o regime democrático e zelar pelos interesses sociais e individuais indisponíveis (Masson,
Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 4 ed.. Salvador: JusPodivm, 2016, p. 1060)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 4 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
A autonomia administrativa consiste na capacidade de direção de si próprio, autogestão, auto admi-
nistração, um governo de si. Assim, o Ministério Público poderá, observado o disposto no art. 169,
propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os
por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carrei-
ra, enfim, sua organização e funcionamento (CF. art. 127, § 2.”).
Pela garantia institucional da autonomia financeira, ao Ministério Público assegurou-se a capaci-
dade de elaborar sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias, podendo, autonomamente, administrar os recursos que lhe forem destinados (CF.
art. 127, § 2º).”
Dentre as importantíssimas funções do MP, destaca-se, para nosso estudo dirigido a ques-
tões eleitorais, a defesa do regime democrático.
A autonomia e independência institucional, bem delineadas no art. 127 da Constituição
Federal, dão ao Ministério Público a necessária imparcialidade e a liberdade para o exercício de
suas importantes funções constitucionais, especialmente da defesa do regime democrático,
que se agiganta no âmbito da Justiça Eleitoral.
Não é senão por esse motivo que a instituição recebeu o poder/dever de legitimamente
atuar em todas as fases do processo eleitoral. A esse respeito, veja a lição de Marcos Ramaya-
na (2009, p. 272):
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 11 do TSE: No processo e registro de candidatos, o partido que não o impugnou
não tem legitimidade para recorrer da sentença que o deferiu, salvo se cuidar de matéria
constitucional.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 5 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
Para que não reste dúvidas sobre o conteúdo do enunciado, cumpre esclarecer que após
publicada a relação dos pedidos de registro de candidatura, abre-se prazo de cinco dias para
impugnação. Findo esse prazo e não havendo impugnação, o processo pode ir concluso para
a decisão. Segundo o enunciado, caso o registro seja deferido, os legitimados – partidos polí-
ticos, coligações e candidatos - não poderão recorrer da decisão, salvo se o óbice avistado se
referir à matéria constitucional.
Em um primeiro momento, o Tribunal Superior Eleitoral entendeu que, a exemplo dos de-
mais legitimados para impugnar o pedido de registro, o Ministério Público também não poderia
recorrer da sentença que deferiu o pedido de registro, quando não o impugnara.
Todavia, no Agravo em Recurso Extraordinário n. 728.188/Rio de Janeiro, o Supremo Tri-
bunal Federal apreciou a matéria, em regime de repercussão geral, e concluiu que o Ministério
Público estaria autorizado a promover, perante o Poder Judiciário, todas as medidas necessárias
à efetivação dos direitos e valores consagrados pelo texto constitucional. Acrescentou ainda ser
reconhecida a ampla legitimidade recursal nos processos de registro de candidatura, até porque
não há norma ou matéria de direito eleitoral que seja estranha à preservação da ordem jurídica
ou do regime democrático.
Com esse entendimento, o STF concluiu que o MP é parte legítima para interpor recurso
de decisão judicial que defere o registro de candidatura, ainda que não o tenha impugnado.
Trata-se de uma consequência jurídica decorrente do fato de o Ministério Público ser o defen-
sor do regime democrático.
Outro exemplo extraído da jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, em que se eviden-
ciou a inafastável atuação do Ministério Público, a fim de, tangenciando a defesa da ordem ju-
rídica, defender o regime democrático, ocorreu no julgamento do Recurso Especial Eleitoral n.
170-16/BA, no qual o Órgão Ministerial, mesmo sucumbente na esfera estadual, não recorreu
da decisão que deferiu o registro de candidatura. Subindo os autos ao Tribunal Superior Elei-
toral pela interposição de recursos de outros legitimados, o acórdão, por decisão monocrática
do relator, ficou mantido. Na atuação, como custus juris, o Parquet interpôs agravo regimental,
que foi conhecido, por maioria, pelo Plenário do TSE.
JURISPRUDÊNCIA
A ratio decidendi do aludido julgado da Suprema Corte, máxime porque amparada no
art. 127 da Lei Fundamental, deve ser aplicada no caso dos autos a fim de se reconhecer
a legitimidade do Parquet Eleitoral, na sua função de custos legis, para interpor agravo
interno perante esta instância superior, mesmo quando não houver recorrido do acórdão
regional em que foi sucumbente. (REspe n. 170-16/BA, rel. designado Min. Tarcísio Vieira
de Carvalho Neto, DJe de 4.10.2018)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 6 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
JURISPRUDÊNCIA
Consequentemente, admite-se instauração de inquérito civil pelo Parquet para apurar prá-
tica de ilícitos eleitorais e, com maior razão, Procedimento Preparatório Eleitoral (PPE),
iniciado no caso dos autos mediante portaria ministerial. REspe n. 1318-23/PI, rel. Min.
Jorge Mussi, DJe de 26.3.2018)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 7 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
JURISPRUDÊNCIA
Nos termos do art. 127, 1, da Constituição Federal de 1988, o Ministério Público é insti-
tuição permanente, regida pelos princípios da unidade e da indivisibilidade, segundo os
quais o Parquet é um só organismo, uma só unidade, e seus membros podem ser substi-
tuídos uns pelos outros, independentemente de fundamentação, sem que haja alteração
subjetiva na relação jurídica processual. (HC 227658/SP, rel. Min. Maria Thereza de Assis
Moura, DJe de 14.5.2012)
JURISPRUDÊNCIA
O Ministério Público, no exercício de suas funções, mantém independência funcional, de
sorte que a manifestação de um membro do d. Parquet, em um dado momento do pro-
cesso, não vincula o agir de um outro membro no mesmo processo (TSE. AgRg no REspe
n. 28.511, de minha relatoria, DJ de 5.6.2008) Precedentes, ainda, do c. STF (v.g. RHC
85.656-0/MS, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 9.6.2006; HC n. 80.315/SP, Rel. Min. Sepúlveda
Pertence, DJ 13.10.2000) e do c. STJ (RHC n. 14.098, Min. Felix Fischer, DJ 23.6.2003).
3
“Por fim, temos o princípio da independência funcional, que tanto protege a instituição de constrangimentos indevidos e
ingerências externas – por meio das garantias institucionais –, como garante independência aos membros do Ministério
Público, de forma que estes não se subordinem às convicções jurídicas de outrem, podendo atuar livremente, de acordo
com suas próprias convicções jurídicas, às leis e, sobretudo, à Constituição Federal. Assim, nada obstante estarem, sob o
aspecto administrativo, submetidos à chefia do Procurador-Geral, não há que se falar em subordinação de índole funcional,
de modo que, processualmente, não estejam vinculados a entendimentos ou orientações de outrem. Segundo a doutrina,
a independência funcional do Ministério Público é de caráter funcional. O órgão, no exercício específico das funções, age
em nome do Ministério Público (princípio da unidade). Neste particular, ele não presta obediência as seu superior hierár-
quico (Procurador-Geral).” (Masson, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 4 ed.. Salvador: JusPodivm, 2016, p. 1063)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 8 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 9 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
De forma diversa, incide o princípio da inamovibilidade, pois uma vez designado o promotor
eleitoral para atuar em determinada zona eleitoral, ele terá direito a exercer suas funções pelo
prazo ininterrupto de dois anos, nele incluídos os períodos de férias, licenças e afastamentos,
não sendo possível, em regra, removê-lo do cargo nesse período.
Para fins de concurso na área eleitoral, faz-se necessário compreender a estrutura orga-
nizacional do MPF, cujos membros atuam, de forma temporária, nos tribunais eleitorais, e do
MPE, cujos membros são, de forma temporária e no exercício da função federal, responsáveis
pela atuação perante os juízes eleitorais.
O MPU e o MPF são chefiados pelo Procurador-Geral da República (PGR), nomeado pelo
Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a
aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para manda-
to de dois anos, permitida a recondução, nos termos do art. 128, § 1º, da CF/88.
O MPF apresenta a seguinte organização funcional:
• 1ª instância – exercida pelos Procuradores da República na Justiça Federal (JF);
• 2º instância – exercida pelos Procuradores Regionais nos Tribunais Regionais Federais
(TRF);
• Tribunais Superiores – Exercida pelo Procurador-Geral da República ou pelos Subprocu-
radores-Gerais da República;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 10 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
JURISPRUDÊNCIA
Os ministérios públicos dos estados e do Distrito Federal têm legitimidade para propor
e atuar em recursos e meios de impugnação de decisões judiciais em trâmite no STF e
no STJ, oriundos de processos de sua atribuição, sem prejuízo da atuação do Ministério
Público Federal. (RE n. 985.392, rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 10.11.2017)
Nos termos do art. 72 da Lei Complementar n. 75/93, compete ao Ministério Público Federal
– MPF exercer as funções do Ministério Público na seara eleitoral. Confira o dispositivo legal:
“Art. 72. Compete ao Ministério Público Federal exercer, no que couber, junto à Justiça Elei-
toral, as funções do Ministério Público, atuando em todas as fases e instâncias do processo
eleitoral”.
Nas causas de competência do Tribunal Superior Eleitoral, o papel do Ministério Público
é atribuição do Procurador-Geral Eleitoral (PGE) que é o Procurador-Geral da República (PGJ),
chefe do Ministério Público Federal e do Ministério Público da União. Trata-se da mesma pes-
soa ocupando, concomitantemente, cargos diversos.
O Procurador-Geral da República - e, por conseguinte, o Procurador-Geral Eleitoral - é no-
meado pelo Presidente da República entre integrantes da carreira, maiores de 35 anos, após
a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para man-
dato de dois anos, permitida a recondução, conforme preconiza o art. 128, § 1º, da Constitui-
ção Federal.
Portanto, pode ser reconduzido várias vezes ao cargo, podendo, diferentemente dos Minis-
tros do Tribunal Superior Eleitoral, exercer o cargo por mais de dois biênios consecutivamente.
Conforme preconiza os art. 73, parágrafo único, da Lei Complementar n. 75/93, além de
exercer as funções do Ministério Público no Tribunal Superior Eleitoral, compete ao Procura-
dor-Geral Eleitoral designar, entre os subprocuradores-Gerais da República, o Vice-Procura-
dor-Geral Eleitoral.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 11 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
Ademais, nos termos do art. 74 da mencionada Lei, ele pode, ainda, designar, por necessi-
dade de serviço, membros do Ministério Público Federal para oficiarem, com sua aprovação,
perante o Tribunal Superior Eleitoral.
O art. 75 da LC n. 75/93 enumera outras competências do Procurador-Geral Eleitoral, a saber:
Em suma, podemos afirmar que cabe ao Procurador-Geral Eleitoral a defesa da ordem ju-
rídica e do regime democrático por meio do ajuizamento das ações e da interposição de re-
cursos eleitorais, além da obrigatória manifestação, por escrito ou oralmente, em todos os
processos do Tribunal Superior Eleitoral.
O fim do mandato do Procurador-Geral Eleitoral no Tribunal Superior Eleitoral ocorre jun-
tamente com o término do mandato do Procurador-Geral da República, que é de dois anos.
A destituição antecipada do cargo somente é possível por iniciativa do Presidente da Repúbli-
ca, devendo o ato ser precedido de autorização da maioria absoluta do Senado Federal, conso-
ante dispõe o art. 128, § 2º, da CF/88.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 12 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
Ao estabelecer competir aos Promotores de Justiça “oficiar perante à Justiça Eleitoral de primeira
instância, com as atribuições do Ministério Público Eleitoral previstas na Lei Orgânica do Ministé-
rio Público da União que forem pertinentes, além de outras estabelecidas na legislação eleitoral
e partidária.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 13 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
JURISPRUDÊNCIA
Detém o Procurador-Geral da República, de acordo com o art. 128, § 5º, da Constituição
Federal, a prerrogativa, ao lado daquela já atribuída ao chefe do Poder Executivo (art. 61,
§ 1º, II, d, CF), de iniciativa dos projetos legislativos que versem sobre a organização e as atri-
buições do Ministério Público Eleitoral, do qual é chefe, atuando como seu Procurador-Geral.
Tratando-se de atribuição do Ministério Público Federal (arts. 72 e 78), nada mais natural que
as regras de designação dos membros do Ministério Público para desempenhar as funções
junto à Justiça Eleitoral sejam disciplinadas na legislação que dispõe, exatamente, sobre a
organização, as atribuições e o estatuto do Ministério Público da União, no caso, a Lei Com-
plementar 75, de 20 de maio de 1993. O fato de o Promotor Eleitoral (membro do Ministério
Público Estadual) ser designado pelo Procurador Regional Eleitoral (membro do MPF) não
viola a autonomia administrativa do Ministério Público Estadual. Apesar de haver a participa-
ção do Ministério Público dos Estados na composição do Ministério Público Eleitoral
– cumulando o membro da instituição as duas funções –, ambas não se confundem, haja
vista possuírem conjuntos diversos de atribuições, cada qual na esfera delimitada pela
Constituição Federal e pelos demais atos normativos de regência. A subordinação hierár-
quico-administrativa – não funcional – do Promotor Eleitoral é estabelecida em relação
ao Procurador Regional Eleitoral, e não em relação ao Procurador-Geral de Justiça. Ante
tal fato, nada mais lógico que o ato formal de “designação” do Promotor Eleitoral seja
feito pelo superior na função eleitoral, e não pelo superior nas funções comuns.
(ADI n. 3.802/DF, rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 14.11.2016)
A designação do Promotor Eleitoral é feita pelo PRE, após indicação do Procurador Geral
de Justiça (PGJ), chefe do Ministério Público Estadual, nos termos do art. 78 da LC n. 75/93.
Segundo José Jairo Gomes (2017, p. 100-101), a ausência de indicação do nome pelo che-
fe do Ministério Público Estadual não impede a designação do Promotor eleitoral pelo Procu-
rador Regional Eleitoral. Para ele, a escolha do Promotor Eleitoral é um ato administrativo sim-
ples, que pode resultar da vontade de um só órgão, no caso, do Procurador Regional Eleitoral.
Ressalto, contudo, que esse entendimento é contrário à jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal, segundo o qual essa escolha é um ato de natureza complexa, que resulta da vontade
de dois órgãos – Procurador Regional Eleitoral e Procurador-Geral de Justiça. Confira:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 14 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
JURISPRUDÊNCIA
A designação do promotor eleitoral é ato de natureza complexa, resultando da conjuga-
ção de vontades tanto do procurador-geral de justiça - que indicará o membro do ministé-
rio público estadual – quanto do procurador regional eleitoral – a quem competirá o ato
formal de designação. O art. 79, caput e parágrafo único, da Lei Complementar n. 75/93
não tem o condão de ofender a autonomia do ministério público estadual, já que não
incide sobre a esfera de atribuições do parquet local, mas sobre ramo diverso da insti-
tuição – o Ministério Público Eleitoral, não interferindo, portanto, nas atribuições ou na
organização do ministério público estadual.
(ADI n. 3.802/DF, rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 14.11.2016)
A designação deve recair sobre promotor lotado na comarca a que pertence a zona eleito-
ral. Não sendo possível, pela inexistência de membro lotado na comarca, impedimento ou re-
cusa justificada, a designação pode recair sobre Promotor que atua em comarca próxima. Nes-
se caso, segundo o art. 1º, § 2º da Res. – Conselho Nacional do Ministério Público n. 30/2008,
que cuida do estabelecimento de parâmetros para a nomeação de membros do Ministério
Público estadual para o exercício da função eleitoral na 1ª instância, terá preferência, sucessi-
vamente, aquele que exercer suas funções:
• I – na sede da respectiva zona eleitoral;
• II – em município que integra a respectiva zona eleitoral;
• III – em comarca contígua à sede da zona eleitoral.
I – lotado em localidade não abrangida pela zona eleitoral perante a qual este deverá oficiar, salvo
em caso de ausência, impedimento ou recusa justificada, e quando ali não existir outro membro
desimpedido;
II – que se encontrar afastado do exercício do ofício do qual é titular, inclusive quando estiver exer-
cendo cargo ou função de confiança na administração superior da Instituição, ou
III – que tenha sido punido ou que responda a processo administrativo ou judicial, nos 3 (três) anos
subsequentes, em razão da prática de ilícito que atente contra: (Redação dada pela Resolução n. 182,
de 7 de dezembro de 2017)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 15 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
a) a celeridade da atuação ministerial; (Incluído pela Resolução n. 182, de 7 de dezembro de 2017)
b) a isenção das intervenções no processo eleitoral; (Incluído pela Resolução n. 182, de 7 de dezem-
bro de 2017)
c) a dignidade da função e a probidade administrativa; (Incluído pela Resolução n. 182, de 7 de de-
zembro de 2017)
Escolhido o Promotor Eleitoral, este deverá exercer a função eleitoral, nos termos do art. 1º,
IV, da Res. CNMP n. 30/2008, pelo prazo ininterrupto de dois anos, nele incluídos os períodos
de férias, licenças e afastamentos.
Este prazo pode, excepcionalmente, ir além ou aquém do período de dois anos para fazer
cumprir a determinação contida no art. 5º da Res. – Conselho Nacional do Ministério Público
n. 30/2008, que veda a investidura em função eleitoral em prazo inferior a noventa dias da
data do pleito eleitoral e a cessação em prazo inferior a noventa dias após a eleição, cumprin-
do ao Procurador-Geral Eleitoral fazer as devidas adaptações.
Findo o prazo de exercício da função eleitoral, pelo sistema de rodízio deve haver, em regra,
a substituição por outro membro da carreira estadual, a não ser que exista somente um mem-
bro do Ministério Público estadual na circunscrição da zona eleitoral, situação que impõe sua
recondução ao cargo por igual período.
No que concerne à destituição do Promotor Eleitoral, a legislação de regência é silente so-
bre a matéria. No ponto, José Jairo Gomes (2017, p.101) afirma que:
Não há previsão legal para essa hipótese. Tampouco cuidou a Resolução CNMP n. 30/2008. De
qualquer maneira, atende à lógica do sistema que o PRE possa igualmente destituir, já que detém
o poder de designar. Mas não poderá fazê-lo ao seu talante, senão no estrito interesse do serviço
eleitoral. A discricionariedade aí é regrada, vinculada. A destituição deve ser amparada em ato fun-
damentado; as razões devem ser claras e plausíveis. Afinal, ao PRE cumpre dirigir no Estado as
atividades do setor (LC n. 75/93, art. 77).
JURISPRUDÊNCIA
ii. é vedada a fruição de férias ou licença voluntária no período de 90 dias que antecedem
o pleito até 15 dias depois da diplomação, salvo em situações excepcionais autorizadas
pelo Chefe do Ministério Público, conforme estabelece o art. 5º, § 2º, da Res. – Conselho
Nacional do Ministério Público n. 30/2008.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 16 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
JURISPRUDÊNCIA
O art. 29, § 3º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, ao assegurar aos
membros do Ministério Público, no tocante às vedações que a Constituição lhes impõe,
a observância da situação jurídica que detinham quando da promulgação da Carta, asse-
gura-lhes o direito ao exercício de atividade político-partidária, e tal exercício antecedia a
promulgação.
(Cta n. 1508-89/DF, rel. Min. Gilson Dipp, DJe de 25.11.2011)
Para aqueles que não optaram pelo regime antigo, o art. 128, § 5º, II, e, da CF/88, em sua
redação primitiva, permitia, como exceção e nos exatos termos da lei, o exercício da atividade
político partidária. Confira:
“Art. 128. O Ministério Público abrange: (...) II – as seguintes vedações: (...)
e) exercer atividade político-partidária, salvo exceções previstas na lei”.
Essa situação foi abruptamente modificada, em 2004, com a edição da Emenda à Cons-
tituição n. 45/2004, que excluiu a parte final do citado dispositivo, retirando qualquer possibi-
lidade de membros do Ministério Público, que não optaram pelo regime constitucional ante-
rior, exercerem atividade político-partidária. A redação do dispositivo, que permanece até hoje,
é a seguinte:
“Art. 128. O Ministério Público abrange: (...) II – as seguintes vedações: (...)
e) exercer atividade político-partidária; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 45,
de 2004)”.
Com efeito, atualmente, o exercício da atividade político-partidária de membro do MP exige
a desvinculação definitiva de suas funções.
Entretanto, com a reforma constitucional de 2004, surgiu o questionamento sobre a exis-
tência de direito adquirido para que membros do Ministério Público que tivessem ingressado
na instituição antes dessa mudança poderem exercer atividade político-partidária.
Além disso, quando da promulgação da Emenda n. 45/2004, alguns membros do Ministé-
rio Público eram ocupantes de cargos eletivos e, nas eleições seguintes, sob o argumento de
que o novo regime jurídico-constitucional não seria a eles aplicável e teriam o direito à reelei-
ção, pleitearam o registro de candidatura.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 17 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
Ao enfrentar essa matéria, esse foi o entendimento externado pelo Supremo Tribunal Federal:
JURISPRUDÊNCIA
Não há, efetivamente, direito adquirido do membro do Ministério Público a candidatar-se
ao exercício de novo mandato político. O que socorre a recorrente é o direito atual – não
adquirido no passado, mas atual – a concorrer a nova eleição e ser reeleita, afirmado pelo
art. 14, § 5º, da Constituição do Brasil. Não há contradição entre os preceitos contidos no
§ 5º do art. 14 e no art. 128, § 5º, II, e, da Constituição do Brasil.
A interpretação do direito e da Constituição não se reduz a singelo exercício de leitura dos
seus textos, compreendendo processo de contínua adaptação à realidade e a seus con-
flitos. A ausência de regras de transição para disciplinar situações fáticas não abrangi-
das por emenda constitucional demanda a análise de cada caso concreto à luz do direito
enquanto totalidade. A exceção é o caso que não cabe no âmbito de normalidade abran-
gido pela norma geral. Ela está no direito, ainda que não se encontre nos textos normati-
vos de direito positivo. Ao Judiciário, sempre que necessário, incumbe decidir regulando
também essas situações de exceção. Ao fazê-lo, não se afasta do ordenamento.
[RE 597.994, rel. p/o ac. min. Eros Grau, j. 4-6-2009, P, DJE de 28-8-2009, Tema 172.]
Os conflitos positivos ou negativos de atribuições que possam surgir entre Procuradores Regionais
Eleitorais devem ser dirimidos pelo Procurador-Geral Eleitoral, na forma da lei. Quanto aos conflitos
entre Promotores Eleitorais, a solução fica com o Procurador Regional Eleitoral, e não pelo Procura-
dor-Geral de Justiça.
Na hipótese de conflitos de atribuição entre Promotores Eleitorais de Estados diversos, a solução insti-
tucional correta é submeter o parecer final ao Procurador-Geral Eleitoral, pois, não podemos olvidar que
as funções eleitorais se submetem ao princípio da unidade formal com abstração de caráter hierárquico.
O exercício das funções eleitorais na primeira instância da Justiça Eleitoral, como visto,
dá-se por um promotor de justiça, designado para o exercício para o exercício de atribuições
do Ministério Público Federal pelo Procurador Regional Eleitoral.
Caso surja um conflito entre um membro do Ministério Público estadual e um membro do
Ministério Público Federal, a competência para o seu julgamento será do Procurador-Geral da
República, conforme a nova jurisprudência firmada pelo Supremo Tribunal Federal, não haven-
do que se falar em conflito federativo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 18 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
A esse respeito:
JURISPRUDÊNCIA
AGRAVO REGIMENTAL EM AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA. CONFLITO DE ATRIBUIÇÕES ENTRE
DIFERENTES ÓRGÃOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO. AUSÊNCIA DE CONFLITO FEDERATIVO
QUALIFICADO A ATRAIR A COMPETÊNCIA DA CORTE PREVISTA NO ART. 102, I, F, DA
CONSTITUIÇÃO. QUESTÃO INTERNA CORPORIS. ATRIBUIÇÃO DO CHEFE DO MINISTÉRIO
PÚBLICO DA UNIÃO. 1. A jurisprudência recente do Supremo Tribunal Federal, em revisita
do tema, a partir do julgamento pelo Plenário das ACO’s 924 e 1394 e reafirmada ao jul-
gamento da ACO 1567-QO, é no sentido de que o conflito de atribuições entre membros
do Ministério Público, ainda que envolva membro de Ministério Público estadual, não tem
magnitude hábil a configurar o conflito federativo qualificado atrativo da competência
originária desta Suprema Corte para o seu julgamento. 2. A resolução de tais conflitos,
ainda segundo o entendimento firmado pela Casa, cabe ao Chefe do Ministério Público da
União, o Procurador-Geral da República. 3. Agravo Regimental conhecido e não provido.
(ACO n. 2601, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 13.3.2017)
A seu turno, se o conflito de atribuições for instaurado entre membros do Ministério Públi-
co estadual e promotores de justiça, a sua solução dar-se-á por ato do Conselho Superior do
Ministério Público.
Por sua vez, se o conflito se der entre promotores eleitorais, a competência para a sua so-
lução será do Procurador-Geral Eleitoral.
Com a finalidade de tornar mais fácil a compreensão, segue um quadro resumo, no qual
estão dispostos os possíveis conflitos de atribuição entre membros do MP e o órgão compe-
tente para solucioná-los:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 19 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
RESUMO
Aspectos Gerais
• O Ministério Público (MP) é, em suma, uma instituição permanente, cuja definição cons-
titucional, juntamente com a Advocacia, Advocacia Pública e Defensoria Pública, remete
ao exercício de funções essenciais à Justiça.
• O MP não faz parte de nenhum dos três Poderes. A tese dominante o define como um
órgão do Estado, blindado pela autonomia funcional e administrativa, com orçamento e
quadro de pessoal próprios.
• No exercício do seu papel constitucional, o Órgão Ministerial dirige seus esforços para a
defesa: da ordem jurídica; do regime democrático; dos interesses sociais; dos interesses
individuais indisponíveis.
• O MP recebeu o poder/dever de legitimamente atuar em todas as fases do processo eleitoral.
• A Súmula 11, segunda a qual aquele que não impugnou não tem legitimidade para recor-
rer da sentença que deferiu o registro de candidatura, não se aplica ao MP.
• Em defesa de suas funções constitucionais, o MP ainda que não tenha recorrido na
esfera estadual em processo que foi sucumbente, pode, caso o processo suba ao TSE
em razão da atuação de outro legitimado, recorrer da decisão do relator que mantém o
acórdão regional.
• O TSE decidiu que se admite, com base no art. 127 da CF/88, instauração de inquérito
civil pelo Parquet para apurar prática de ilícitos eleitorais.
• Nos termos do art. 127 da CF/88, o Ministério Público é regido pelos princípios da: uni-
dade, indivisibilidade e da independência funcional.
• Pelo princípio da Unidade todos os membros do MP integram um só órgão, sob direção única.
• O princípio da Indivisibilidade decorre do princípio da Unidade. Segundo informa os
membros do Ministério Público não se vinculam aos processos em que atuam e podem
ser substituídos por outros membros de acordo com as normas previstas na lei de orga-
nização de cada MP, sem qualquer prejuízo à atuação do Órgão,
• O princípio da Independência Funcional informa que os membros do MP somente são
vinculados somente à Constituição Federal e às leis.
• Não se aplica aos membros do MP no exercício da função eleitoral a vitaliciedade e a
irredutibilidade de vencimentos, incidindo, exclusivamente, a inamovibilidade.
• o Ministério Público abrange o Ministério Público da União – MPU e o Ministério Público
dos Estados – MPE.
• O Ministério Público da União compreende: o Ministério Público Federal (MPF); o Minis-
tério Público do Trabalho (MPT); o Ministério Público Militar (MPM); o Ministério Público
do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
• O MPU e o MPF são chefiados pelo Procurador-Geral da República (PGR).
• O MPE é chefiado pelo Procurador-Geral de Justiça (PGJ).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 20 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 21 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
• A função eleitoral, em todas as esferas, é de natureza federal, razão pela qual o STF en-
tende que o Promotor de Justiça no exercício das funções eleitorais ficará subordinado
hierárquico-administrativo ao PRE, e não ao chefe do Ministério Público do Estado – PGJ.
• A designação do Promotor Eleitoral é feita pelo PRE, após indicação do Procurador Ge-
ral de Justiça (PGJ), chefe do Ministério Público Estadual, nos termos do art. 78 da LC
n. 75/93.
• Para o STF a escolha do Promotor Eleitoral é um ato de natureza complexa, que resulta
da vontade de dois órgãos – PRE e PGJ.
• A designação deve recair sobre promotor lotado na comarca a que pertence a zona eleitoral.
• Não sendo possível a escolher recair sobre o Promotor que atua na Comarca, terá pre-
ferência, sucessivamente, aquele que exercer suas funções: 1) na sede da respectiva
zona eleitoral; 2) em município que integra a respectiva zona eleitoral; 3) em comarca
contígua à sede da zona eleitoral.
• Nas comarcas em que houver mais de um, o art. 1º, III da Res. CNMP n. 30/2008 de-
termina seja obedecida a ordem decrescente de antiguidade na titularidade da função
eleitoral, prevalecendo, em caso de empate, a antiguidade na zona eleitoral.
• Não poderá ser indicado nem designado para a exercer função eleitoral o membro do
Ministério Público Estadual: (i) lotado em localidade não abrangida pela zona eleitoral
perante a qual este deverá oficiar, salvo em caso de ausência, impedimento ou recusa
justificada, e quando ali não existir outro membro desimpedido; (ii) que se encontrar
afastado do exercício do ofício do qual é titular, inclusive quando estiver exercendo car-
go ou função de confiança na administração superior da Instituição, ou (iii) que tenha
sido punido ou que responda a processo administrativo ou judicial, nos 3 (três) anos
subsequentes, em razão da prática de ilícito que atente contra: a) a celeridade da atua-
ção ministerial; b) a isenção das intervenções no processo eleitoral; c) a dignidade da
função e a probidade administrativa.
• O Promotor Eleitoral deverá exercer a função eleitoral pelo prazo ininterrupto de dois
anos, nele incluídos os períodos de férias, licenças e afastamentos.
• É vedada a investidura em função eleitoral em prazo inferior a noventa dias da data do
pleito eleitoral e a cessação em prazo inferior a noventa dias após a eleição, cumprindo
ao PGE fazer as devidas adaptações.
• No que concerne à destituição do Promotor Eleitoral, a legislação de regência é silente
sobre a matéria. Para José Jairo Gomes a destituição pode ser feita pelo PRE no estrito
interesse do serviço eleitoral.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 22 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
Conflito de Atribuições no MP
• Os conflitos positivos ou negativos de atribuições que possam surgir entre Procurado-
res Regionais Eleitorais devem ser dirimidos pelo Procurador-Geral Eleitoral.
• Os conflitos entre Promotores Eleitorais do mesmo Estado da Federação, a solução fica
com o Procurador Regional Eleitoral.
• Os conflitos entre Promotores Eleitorais de Estados diferentes da Federação, a solução
fica com o Procurador-Geral Eleitoral.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 23 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/TJ-PA/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2019) A requisição de instauração de
inquérito policial pelo Ministério Público Eleitoral para apurar condutas de prefeito
a) não demanda autorização judicial, excetuados os atos sujeitos à reserva de jurisdição.
b) demanda autorização judicial e a consequente supervisão pela corte competente.
c) demanda autorização judicial, sob pena de declaração de nulidade relativa da investiga-
ção criminal.
d) demanda autorização judicial, sob pena de declaração da nulidade absoluta da investiga-
ção criminal.
e) não demanda autorização judicial, assim como as requisições de investigação contra auto-
ridades com prerrogativa de foro no STF.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 24 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 25 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 26 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 27 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 28 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
b) Por se tratar de órgão eleitoral, a não intervenção do Ministério Público, torna anulável a
decisão da primeira instância, pela qual se deu a recontagem dos votos, sem a participação do
Parquet, na qualidade de “custos legis”.
c) É nulo o processo no qual o Ministério Público Eleitoral não tenha sido intimado pesso-
almente, na qualidade de fiscal da lei, devendo os autos ser enviados à origem para o novo
julgamento.
d) Não há falar-se em nulidade do processo de recontagem dos votos, se as partes interessa-
das aceitaram o novo resultado, que não causou qualquer prejuízo às candidaturas concorren-
tes, posto que dirimidas todas as controvérsias suscitadas em regular contraditório.
e) A atuação do Parquet Eleitoral constitui ato administrativo discricionário, restando certo que
a não intimação do órgão Ministerial, não acarreta nulidade, em procedimento desta natureza,
visto que cabe ao Juiz Eleitoral determinar ou não, de ofício, a intervenção do Ministério Público.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 29 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 30 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
d) Servirá como Procurador Regional junto a cada Tribunal Regional Eleitoral o Procurador da
República no respectivo Estado e, onde houver mais de um, aquele que for designado pelo Pro-
curador Geral da República.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 31 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 32 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 33 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 34 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 35 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 36 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
GABARITO
1. a 13. a 25. e
2. d 14. c 26. E
3. b 15. c 27. a
4. a 16. c 28. a
5. d 17. b 29. a
6. Anulada 18. E 30. a
7. c 19. b 31. d
8. b 20. E 32. c
9. c 21. d 33. a
10. c 22. b 34. c
11. b 23. e
12. a 24. b
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 37 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
GABARITO COMENTADO
001. (CESPE/TJ-PA/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2019) A requisição de instauração de
inquérito policial pelo Ministério Público Eleitoral para apurar condutas de prefeito
a) não demanda autorização judicial, excetuados os atos sujeitos à reserva de jurisdição.
b) demanda autorização judicial e a consequente supervisão pela corte competente.
c) demanda autorização judicial, sob pena de declaração de nulidade relativa da investiga-
ção criminal.
d) demanda autorização judicial, sob pena de declaração da nulidade absoluta da investiga-
ção criminal.
e) não demanda autorização judicial, assim como as requisições de investigação contra auto-
ridades com prerrogativa de foro no STF.
Nos termos do entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral, no julgamento do RESPE
n. 220-58.2017, Rel. Min. Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, nos termos do que decidido pelo
STF na MC-ADI n. 5104/DF e da hodierna jurisprudência do TSE, a requisição de instauração
de inquérito policial criminal pelo Ministério Público Eleitoral prescinde de autorização judicial,
excetuados os atos sujeitos à reserva de jurisdição.
Dessa forma, a alternativa correta é a letra A.
Letra a.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 38 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
A competência para julgar as ações eleitorais, nas eleições municipais, é do juiz eleitoral.
O membro do Ministério Público que oficia perante os juízes eleitorais é o promotor eleitoral,
o qual fiscaliza as eleições municipais e propõe as medidas cabíveis.
Desse modo, a alternativa correta é a letra B.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a) Errada. A fiscalização e a propositura das ações eleitorais nas eleições federais e estaduais
são atribuições do Procurador Regional Eleitoral, com atuação no respectivo estado.
c) Errada. Os promotores eleitorais fiscalizam e propõem as ações nas eleições municipais; os
procuradores regionais eleitorais, nas eleições federais (deputado federal e senador) e estadu-
ais (governador, vice-governador e deputado estadual).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 39 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
d) Errada. O Ministério Público não deve prestar esclarecimentos a partidos políticos, mas atuar
para a defesa do regime democrático, de acordo com o princípio da independência funcional.
e) Errada. O Supremo Tribunal Federal não possui competência para o julgamento de ações
eleitorais, de forma originária. Além disso, os promotores eleitorais atuam nas eleições muni-
cipais; os procuradores regionais eleitorais, nas eleições federais e estaduais.
Letra b.
O Ministério Público possui atribuição para atuar como fiscal da ordem jurídica, bem como
para, em caso de desistência de recursos interpostos por outros legitimados, garantindo-se o
prosseguimento do feito.
Desse modo, a alternativa correta é a letra A.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b) Errada. O Ministério Público sofre limitação na sua atuação, de acordo com as normas de
definição de atribuições estabelecidas no Código Eleitoral e na Lei Complementar n. 75/93.
c) Errada. Apesar de a Banca Examinadora ter considerado esse item incorreto, o Tribunal Su-
perior Eleitoral possui entendimento no seguinte sentido:
JURISPRUDÊNCIA
O art. 105-A da Lei 9.504/97 que veda na seara eleitoral adoção de procedimentos conti-
dos na Lei 7.347/85 deve ser interpretado conforme o art. 127 da CF/88, no qual se atribui
ao Ministério Público prerrogativa de defesa da ordem jurídica, do regime democrático e
de interesses sociais individuais indisponíveis, e o art. 129, III, que prevê inquérito civil e
ação civil pública para proteger interesses difusos e coletivos. (REspe no 1314-83/PI, ReI.
Mm. Herman Benjamin, DJe de 11.3.2016).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 40 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
Desse modo, esse item, conforme o novo entendimento do TSE, deveria ter sido considerado
correto, mas a Banca Examinadora levou em consideração a literalidade do art. 105-A da Lei
n. 9.504/97.
d) Errada. Os princípios da unidade, da indivisibilidade e da independência funcional possuem
aplicabilidade no Ministério Público Eleitoral.
e) Errada. De acordo com o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral, a realização de termos
de ajustamento de conduta previstos no art. 5º, § 6º, da Lei n. 7.347/85 não é admitida para re-
gular atos e comportamentos durante a campanha eleitoral, consoante dispõe o art. 105-A da
Lei n. 9.504/97 (RESPE n. 322-31.2012, Rel. Min. Henrique Neves da Silva, DJe de 30.5.2014).
Letra a.
JURISPRUDÊNCIA
De acordo com o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral, a realização de termos
de ajustamento de conduta previstos no art. 5º, § 6º, da Lei n. 7.347/85 não é admitida
para regular atos e comportamentos durante a campanha eleitoral, consoante dispõe o
art. 105-A da Lei n. 9.504/97 (RESPE n. 322-31.2012, Rel. Min. Henrique Neves da Silva,
DJe de 30.5.2014).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 41 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
Conforme os julgados do Tribunal Superior Eleitoral, os dois itens estão corretos e um não
justifica o outro.
Desse modo, a assertiva correta é a letra D.
Letra d.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 42 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 43 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
JURISPRUDÊNCIA
Conforme o entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral, “tratando-se de atri-
buição do Ministério Público Federal (arts. 72 e 78), nada mais natural que as regras de
designação dos membros do Ministério Público para desempenhar as funções junto à
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 44 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
Justiça Eleitoral sejam disciplinadas na legislação que dispõe, exatamente, sobre a orga-
nização, as atribuições e o estatuto do Ministério Público da União, no caso, a Lei Comple-
mentar 75, de 20 de maio de 1993. O fato de o Promotor Eleitoral (membro do Ministério
Público Estadual) ser designado pelo Procurador Regional Eleitoral (membro do MPF)
não viola a autonomia administrativa do Ministério Público Estadual. Apesar de haver a
participação do Ministério Público dos Estados na composição do Ministério Público Elei-
toral” (ADI n. 3.802/DF, rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 14.11.2016).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 45 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
Nos termos do art. 357, caput, do Código Eleitoral, verificada a infração penal, o Ministério Pú-
blico oferecerá a denúncia dentro do prazo de 10 (dez) dias.
Desse modo, a alternativa correta é a letra B.
Letra b.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 46 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
III –O Ministério Público Eleitoral tem legitimidade para impugnar pedido de registro de candi-
datura e, para tanto, dispõe do mesmo prazo previsto para os candidatos, partidos políticos e
coligações.
IV –O Ministério Público Eleitoral não pode requisitar a instauração de inquérito policial por
infração penal eleitoral; somente a Justiça pode fazê-lo.
Quais das assertivas acima estão corretas?
a) Apenas a III.
b) Apenas a I e III.
c) Apenas a I e II.
d) Apenas a III e IV.
e) Apenas a II, III e IV.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 47 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
De acordo com o art. 355 do Código Eleitoral, as infrações penais eleitorais são de ação públi-
ca incondicionada e a sua propositura é atribuição do Ministério Público Eleitoral.
Desse modo, a assertiva correta é a letra A.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b) Errada. No processo penal eleitoral, o titular da ação penal são os membros do Ministério
Público que oficiam perante a Justiça Eleitoral, não havendo a dispensa da atuação desse ór-
gão considerado função essencial à Justiça.
c) Errada; d) Errada. Não existe o órgão Ministério Público Eleitoral.
e) Errada. O Ministério Público constitui função essencial à justiça e exerce a relevante função
de defesa do regime democrático.
Letra a.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 48 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 49 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
JURISPRUDÊNCIA
2. Uma das missões institucionais do Ministério Público é a proteção da normalidade e da
legitimidade de todo o processo eleitoral para a salvaguarda do regime democrático, de
forma que a sua intervenção nos feitos eleitorais é indisponível. Deve-se dar, ao menos,
a oportunidade de se manifestar.
3. A falta de intimação do Ministério Público Eleitoral, nos termos do art. 14, §3º, da Reso-
lução TSE n. 23.367, importa no reconhecimento da ausência do trânsito em julgado nos
autos das representações, devendo os respectivos processos retornarem ao status quo
ante à nulidade reconhecida.
(RE n. 38058, Rel. Des. Fabiano Abel de Aragão Fernandes, DJe de 27.8.2014)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 50 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 51 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
Com base nessa disposição legal, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra B.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a) Errada. Não existe o órgão Ministério Público Eleitoral.
c) Errada. O Procurador Regional Eleitoral, juntamente com o seu substituto, será designado
pelo Procurador-Geral Eleitoral, dentre os Procuradores Regionais da República no Estado e no
Distrito Federal, ou, onde não houver, dentre os Procuradores da República vitalícios, para um
mandato de dois anos.
d) Errada; e) Errada. Nos termos do art. 79, parágrafo único, da Lei Complementar n. 75/93,
na inexistência de Promotor que oficie perante a Zona Eleitoral, ou havendo impedimento ou
recusa justificada, o Chefe do Ministério Público local indicará ao Procurador Regional Eleitoral
o substituto a ser designado.
Letra b.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 52 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
As representações em razão da violação das normas da Lei n. 9.504/97 podem ser propostas
pelo Ministério Público Eleitoral, pelos candidatos, pelos partidos políticos e pelas coligações.
Desse modo, a assertiva correta é letra B.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a) Errada. O Ministério Público possui legitimidade para a propositura da ação da impugnação
ao registro de candidatura.
c) Errada. O Ministério Público Eleitoral é o titular da ação penal nos crimes eleitorais.
d) Errada. O Ministério Público Eleitoral possui legitimidade para o ajuizamento da ação de
investigação judicial eleitoral.
e) Errada. A legitimidade do Ministério Público Eleitoral para o ajuizamento da ação de decreta-
ção de perda de mandato eletivo por infidelidade partidária é conferida ao partido e, de forma
subsidiária e em caso de omissão da agremiação partidária, ao Ministério Público Eleitoral e a
quem tenha interesse jurídico.
Letra b.
A impugnação, por parte do candidato, partido político ou coligação, não impede a ação do
Ministério Público no mesmo sentido, conforme prescrição contida no art. 3º, § 1º, da Lei Com-
plementar n. 75/93.
Desse modo, esse item está errado.
Errado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 53 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
c) Servirá como Procurador Regional junto a cada Tribunal Regional Eleitoral o Procurador Ge-
ral da República.
d) Servirá como Procurador Regional junto a cada Tribunal Regional Eleitoral o Procurador da
República no respectivo Estado e, onde houver mais de um, aquele que for designado pelo Pro-
curador Geral da República.
O Procurador Regional Eleitoral, juntamente com o seu substituto, será designado pelo Procu-
rador-Geral Eleitoral, dentre os Procuradores Regionais da República no Estado e no Distrito
Federal, ou, onde não houver, dentre os Procuradores da República vitalícios, para um mandato
de dois anos.
Dessa forma, a assertiva correta é a letra D.
Letra d.
Nos termos do art. 73, parágrafo único, da Lei Complementar n. 75/93, o Procurador-Geral
Eleitoral designará, dentre os Subprocuradores-Gerais da República, o Vice-Procurador-Geral
Eleitoral, que o substituirá em seus impedimentos e exercerá o cargo em caso de vacância, até
o provimento definitivo.
Dessa forma, a alternativa correta é a letra B.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a) Errada. A filiação a partido político impede o exercício de funções eleitorais por membro do
Ministério Público até dois anos do seu cancelamento, conforme se vê no art. 80 da Lei Com-
plementar n. 64/90.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 54 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
O Ministério Público Eleitoral atua em todas as fases e em todas as instâncias Justiça Eleitoral,
motivo pelo qual contra a decisão das juntas eleitorais, no julgamento de impugnações no pro-
cesso de apuração das eleições, será cabível a interposição de recurso pelo promotor eleitoral, de
imediato, por escrito ou verbal, no prazo de 48 horas, nos termos do art. 169 do Código Eleitoral.
Desse modo, a alternativa correta é a letra E.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a) Errada. A atribuição para oficiar perante as juntas eleitorais é do promotor eleitoral.
b) Errada. O prazo para o oferecimento de contrarrazões nos autos de recursos eleitorais é de
três dias, não havendo que se falar em prazo em dobro (princípio da celeridade).
c) Errada. Nas eleições para o Senado Federal, a legitimidade para a propositura do recurso
contra a expedição de diploma é do Procurador Regional Eleitoral.
d) Errada. Nas eleições municipais, a legitimidade para a interposição recurso contra a expedi-
ção de diploma é do promotor eleitoral.
Letra e.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 55 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
Nos termos do art. 73, parágrafo único, da Lei Complementar n. 75/93, o Procurador-Geral Elei-
toral, que é o Procurador-Geral da República, designará, dentre os Subprocuradores-Gerais da
República, o Vice-Procurador-Geral Eleitoral, que o substituirá em seus impedimentos e exerce-
rá o cargo em caso de vacância, até o provimento definitivo.
Desse modo, a assertiva correta é a letra B.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a) Errada. O Procurador-Geral Eleitoral designará, dentre os Subprocuradores-Gerais da Repú-
blica, o Vice-Procurador-Geral Eleitoral, que o substituirá em seus impedimentos e exercerá o
cargo em caso de vacância, até o provimento definitivo.
c) Errada. O Procurador Regional Eleitoral, juntamente com o seu substituto, será designado
pelo Procurador-Geral Eleitoral, dentre os Procuradores Regionais da República no Estado e no
Distrito Federal, ou, onde não houver, dentre os Procuradores da República vitalícios, para um
mandato de dois anos.
d) Errada. Na inexistência de Promotor que oficie perante a Zona Eleitoral, ou havendo impedi-
mento ou recusa justificada, o Chefe do Ministério Público local indicará ao Procurador Regio-
nal Eleitoral o substituto a ser designado.
Letra b.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 56 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 57 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
Art. 94. Os feitos eleitorais, no período entre o registro das candidaturas até cinco dias após a rea-
lização do segundo turno das eleições, terão prioridade para a participação do Ministério Público e
dos juízes de todas as justiças e instâncias, ressalvados os processos de habeas corpus e mandado
de segurança.
§ 1º É defeso às autoridades mencionadas neste artigo deixar de cumprir qualquer prazo desta lei,
em razão do exercício das funções regulares.
§ 2º O descumprimento do disposto neste artigo constitui crime de responsabilidade e será objeto
de anotação funcional para efeito de promoção na carreira.
Nos termos do art. 357, caput, do Código Eleitoral, verificada a infração penal, o Ministério Pú-
blico oferecerá a denúncia dentro do prazo de 10 (dez) dias.
Desse modo, essa assertiva está errada.
Errado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 58 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
II – acompanhar os procedimentos do Corregedor-Geral Eleitoral;
III – dirimir conflitos de atribuições;
IV – requisitar servidores da União e de suas autarquias, quando o exigir a necessidade do serviço,
sem prejuízo dos direitos e vantagens inerentes ao exercício de seus cargos ou empregos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 59 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
Art. 94. Os feitos eleitorais, no período entre o registro das candidaturas até cinco dias após a rea-
lização do segundo turno das eleições, terão prioridade para a participação do Ministério Público e
dos juízes de todas as justiças e instâncias, ressalvados os processos de habeas corpus e mandado
de segurança.
§ 1º É defeso às autoridades mencionadas neste artigo deixar de cumprir qualquer prazo desta lei,
em razão do exercício das funções regulares.
§ 2º O descumprimento do disposto neste artigo constitui crime de responsabilidade e será objeto
de anotação funcional para efeito de promoção na carreira.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 60 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
c) O Promotor de Justiça, no exercício de suas funções eleitorais, tem atribuição para propor,
no prazo de quinze dias contados da diplomação, a ação de impugnação ao mandato eletivo,
que tramitará em segredo de justiça e será instruída com provas do abuso do poder econômi-
co, corrupção ou fraude.
d) O Promotor de Justiça, no exercício de suas funções eleitorais, tem atribuição para propor
ação de impugnação de registro de candidatura no prazo de cinco dias, contados da publica-
ção do pedido do registro.
Nos termos do art. 77, parágrafo único, da Lei Complementar n. 75/93, o Procurador-Geral
Eleitoral poderá designar, por necessidade de serviço, outros membros do Ministério Público
Federal para oficiar, sob a coordenação do Procurador Regional, perante os Tribunais Regio-
nais Eleitorais.
Desse modo, a alternativa incorreta é a letra A.
Letra a.
JURISPRUDÊNCIA
CONSULTA. DESINCOMPATIBILIZAÇÃO. FILIAÇÃO PARTIDÁRIA. ELEIÇÕES 2012.
MEMBRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL. INGRESSO. POSTERIORIDADE. CONSTI-
TUIÇÃO FEDERAL DE 1988. AFASTAMENTO DEFINITIVO. CARGO PÚBLICO.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 61 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 62 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
O Promotor Eleitoral será o membro do Ministério Público local que oficie junto ao Juízo incum-
bido do serviço eleitoral de cada Zona, que será designado pelo Procurador Regional Eleitoral
com atuação no respectivo estado, após indicação pelo Procurador-Geral de Justiça.
Desse modo, a assertiva correta é a letra C.
Letra c.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 63 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
Nos termos do art. 79 da Lei Complementar n. 75/93, o Promotor Eleitoral será o membro do
Ministério Público local que oficie junto ao Juízo incumbido do serviço eleitoral de cada Zona.
Desse modo, a assertiva correta é a letra C.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a) Errada. A filiação a partido político impede o exercício de funções eleitorais por membro do
Ministério Público até dois anos do seu cancelamento, conforme o art. 80 da Lei Complemen-
tar n. 75/93.
b) Errada. Não há pagamento de subsídio pelo exercício das funções eleitorais, mas uma gra-
tificação, desde que haja o efetivo exercício.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 64 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 65 de 67
DIREITO ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Nome do Professor
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Roberto Moreira. Direito Eleitoral. 2. ed. rev. atual. e ampl. Salvador: JusPodivm, 2009.
BARROS, Francisco Dirceu. Direito Eleitoral: teoria, jurisprudência e mais de 1000 questões co-
mentadas. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
CÂNDIDO, Joel J. Direito Eleitoral Brasileiro. 12. ed. rev., atual. e ampl. Bauru: Edipro, 2006.
CERQUEIRA, Thales Tácito Pontes Luz de Pádua. CERQUEIRA, Camila Medeiros de Albuquer-
que Pontes Luz de Pádua. Tratado de Direito Eleitoral. São Paulo: Premier Máxima, 2008.
COÊLHO, Marcus Vinicius Furtado. Direito Eleitoral e Processo Eleitoral – Direito Penal Eleito-
ral e Direito Político. Rio de Janeiro: Renovar, 2008.
COSTA, Adriano Soares da. Instituições de Direito Eleitoral. 7. ed. rev., atual. e ampl. Rio de
Janeiro: Lumen Juris, 2008.
DIDIER JR., Fredie. CUNHA, Leonardo José Carneiro da. Curso de Direito Processual Civil:
Meios de Impugnação às decisões judiciais e processo nos tribunais. 5. ed. rev., atual. e ampl.
Salvador: JusPodivm, 2008.
GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. 3. ed. rev. e atual. Belo Horizonte: Del Rey, 2008.
RAMAYANA, Marcos. Direito Eleitoral. 8. ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Impetus, 2008.
VELLOSO, Carlos Mário da Silva. AGRA, Walber de Moura. Elementos de Direito Eleitoral. São
Paulo: Saraiva, 2009.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 66 de 67
Marcos Carvalhedo
Analista Judiciário do TSE desde 1996. No Tribunal exerceu os cargos de Coordenador de Autuação e
Distribuição (2008-2009) e (2017-2018), Assessor da Presidência (2016-2017), Tutor dos Cursos da Enfam
para juízes eleitorais (2017-2018), e atualmente é Assessor de Ministro. Bacharel em Direito pelo Uniceub,
Ciência Econômicas pela Unb, Pós graduado em Processo Civil pela LFG.
Weslei Machado
Weslei Machado é Promotor de Justiça Substituto no Ministério Público do Estado do Amazonas e
Promotor Eleitoral da 38ª Zona Eleitoral do Estado do Amazonas, Especialista em Direito Constitucional
– IDP, foi Analista Judiciário – Área Judiciária do TSE (2007/2017); foi Assessor de Desembargador no
TJDFT (2016/2017; professor de diversos cursos preparatórios para concursos em Brasília; professor e foi
Assessor do curso de Direito da Universidade Católica de Brasília.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pompeu Araújo - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.