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Aula 01

MP-AM - Lei Orgânica MP-AM - 2022


(Pré-Edital)

Autor:
Tiago Zanolla

29 de Novembro de 2022
Tiago Zanolla
Aula 01

Sumário

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ............................................................................................................1

AUTONOMIA DO MP .............................................................................................................................. 2

Disposições Diversas ............................................................................................................................. 15

Funções Institucionais ........................................................................................................................... 17

Questões Comentadas ......................................................................................................................... 28

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES


Fala, pessoal!

Como dito “an passant”, a organização dos Ministérios Públicos segue o disposto na Constituição Federal +
Lei n. 8.625/1993 + Constituição Estadual + Lei Complementar Estadual.

Eis que a LC Estadual n. 11/1993 dispõe sobre a organização, as atribuições e o estatuto do MP. É conhecida
como Lei Orgânica do MP-AMAZONAS e serve para pormenorizar, dar maiores detalhes sobre a
organização e funcionamento do MP. Você observará que vários trechos dizem a mesma coisa que a
LONMP.

Para ganharmos tempo, como muitos itens são mera repetição do que já foi visto nas aulas anteriores,
apenas citaremos o respectivo texto. Tenho certeza que você tem fresco aí na sua memória a explicação
desses itens.

Lembrando que existem ainda pontos que exigem a mera “memorização” (ou decoreba) e outros não tão
importantes. Nesses itens, também passaremos mais rápido, pois, trata-los com profundidade teria pouca
relevância para a prova.

Por fim, lembre-se: Sua prova é para servidor. Por isso, devemos nos concentrar no “feijão com arroz”,
conteúdo básico que cai na prova. E tanto faz se sua prova é para técnico ou analista. Quando falamos em
legislação do MP, o conteúdo para ambos os cargos é o mesmo.

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O artigo primeiro da LC dispõe o seguinte:

Art. 1.º O Ministério Público é Instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais
indisponíveis.
Art. 2.º São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a
independência funcional.

Nenhuma novidade até aqui. Os artigos acima replicam na integralidade o disposto na Constituição Federal
e foi amplamente discutido na aula anterior.

Já o artigo terceiro trata das funções institucionais do MP. Como é um assunto pesado, deixaremos ele para
o fim da aula, OK? ==d8eaf==

AUTONOMIA DO MP
Segundo a CF/88, o Ministério Público possui autonomia funcional, administrativa e financeira.

Art. 128 [...]


§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o
disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares,
provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de
carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento.

Note que a autonomia financeira não está expressa no texto constitucional, mas a própria CF garante ao MP
a elaboração da proposta orçamentária

§ 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias.

Aproveitando, veja o que dia o STF:

O Ministério Público, embora não detenha personalidade jurídica própria, é órgão vocacionado à
preservação dos valores constitucionais, dotado de autonomia financeira, administrativa e institucional
que lhe conferem a capacidade ativa para a tutela da sociedade e de seus próprios interesses em juízo, sendo
descabida a atuação da União em defesa dessa instituição.

[ACO 1.936 AgR, rel. min. Luiz Fux, j. 28-4-2015, 1ª T, DJE de 27-5-2015.]

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A legislação infraconstitucional, por sua vez, assegurou expressamente a autonomia financeira.

NORMATIVO DISPOSIÇÃO
Art. 3º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional,
LEI N. 8.625/93
administrativa e financeira, cabendo-lhe, especialmente:
Art. 7.º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional,
LC ESTADUAL
administrativa e financeira, cabendo-lhe, especialmente:

E isso é constitucional?

É sim! Novamente vamos recorrer ao STF:

O reconhecimento da autonomia financeira em favor do Ministério Público, estabelecido em sede de


legislação infraconstitucional, não parece traduzir situação configuradora de ilegitimidade constitucional,
na medida em que se revela uma das dimensões da própria autonomia institucional do Parquet. Não
obstante a autonomia institucional que foi conferida ao Ministério Público pela Carta Política, permanece
na esfera exclusiva do Poder Executivo a competência para instaurar o processo de formação das leis
orçamentárias em geral. A Constituição autoriza, apenas, a elaboração, na fase pré-legislativa, de sua
proposta orçamentária, dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes.

[ADI 514 MC, rel. min. Celso de Mello, j. 13-6-1991, P, DJ de 18-3-1994.]

Vamos conversar sobre cada uma dessas autonomias.

AUTONOMIA FUNCIONAL

A autonomia funcional do Ministério Público significa que a Instituição está isenta de qualquer influência
externa no exercício de sua atividade-fim, podendo assim, agir contra quem quer que seja (por óbvio que
agirá de acordo com o ordenamento jurídico).

É importante não confundir a autonomia funcional com a independência funcional.

 Autonomia  Relativa à agente externo (poder, órgão etc.). É liberdade que o MP tem de exercer
suas funções a órgãos, poderes e entes estatais;

Independência  Diz respeito à livre atuação dos membros do MP (liberdade de convicção) sendo,
inclusive, oponível aos órgãos de Administração Superior do Ministério Público (atuação face a
órgãos internos).autonomia

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AUTONOMIA ADMINISTRATIVA

A autonomia administrativa assegura ao MP a prerrogativa de se AUTOGOVERNAR. Para tanto, o MP pode


praticar atos próprios de gestão.

Além disso, o MP pode fazer licitações, gerir contratos, elaborar atos internos, fazer concurso, prover cargos
públicos entre outros. Naturalmente, a prática desses atos deve obedecer às disposições constitucionais e
dispostas em lei.

Um claro exemplo é a previsão constitucional:

§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o


disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares,
provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos
de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento.

Nesse contexto, pode o MP:

PROPOR a criação de cargos e a extinção de cargos e serviços auxiliares – Veja o que o MP em a


INICIATIVA de lei, não “legislando” sobre o assunto por norma interna, mas sim propondo a poder
legislativo;

PROVER, mediante concurso, servidores e membros de carreira – Aqui o MP não precisa “pedir
autorização” para a realização de concurso, seja em âmbito federal ou estadual. Apenas, evidentemente, é
necessário que haja previsão e recursos orçamentários para a realização do certame (se é o MP que elabora
a proposta orçamentária, é ele mesmo que planejará isso);

OBS: Para servidor, o concurso pode ser apenas de provas. Para membros, obrigatoriamente, provas +
títulos;

[CONSTITUIÇÃO FEDERAL]
Art. 129. § 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e
títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do
bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de
classificação.

PROPOR a política remuneratória e os planos de carreira – como a alteração de vencimentos, subsídios e


plano de carreira dependem de lei, cabe ao próprio MP a iniciativa de altera-las.

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[ADI 1.757] A iniciativa legislativa prevista no art. 127, § 2º, da Constituição para a criação de cargos
e serviços auxiliares, a política remuneratória e os planos de carreira do Ministério Público é
privativa do procurador-geral de justiça, no âmbito estadual, e do PGR, na esfera federal.

Isso vale também para a revisão anual.

[ADI 63] Na competência reconhecida ao Ministério Público pelo art. 127, § 2º, da CF, para propor
ao Poder Legislativo a criação e extinção de cargos e serviços auxiliares, compreende-se a de
propor a fixação dos respectivos vencimentos, bem como a sua revisão.

Vejamos na íntegra o que o MP pode fazer:

Art. 7.º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional, administrativa e financeira, cabendo-lhe,
especialmente:
I - praticar atos próprios de gestão;
II - praticar atos e decidir sobre a situação funcional e administrativa do pessoal, ativo e inativo, da carreira
e dos serviços auxiliares, organizados em quadros próprios;
III - elaborar suas folhas de pagamento e expedir os competentes demonstrativos;
IV - adquirir bens e contratar serviços, efetuando a respectiva contabilização;
V - propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção de seus cargos, bem como a fixação e o reajuste dos
vencimentos de seus membros;
VI - propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção dos cargos de seus serviços auxiliares, bem como a
fixação e o reajuste dos vencimentos de seus servidores;
VII - prover os cargos iniciais da carreira e dos serviços auxiliares, bem como nos casos de remoção, promoção
e demais formas de provimento derivado;
VIII - editar atos de aposentadoria, exoneração e outros que importem em vacância de cargos de carreira e
dos serviços auxiliares, bem como os de disponibilidade de membros do Ministério Público e de seus
servidores;
IX - editar atos de concessão, alteração e cassação de pensão por morte e outros benefícios previstos nesta
lei;
X - organizar suas secretarias e os serviços auxiliares das Procuradorias e Promotorias de Justiça;
XI - compor os seus órgãos de administração;
XII - elaborar seus Regimentos Internos;
XIII - exercer outras competências dela decorrentes.

ATENÇÃO!!! Muitas questões cobram esse artigo, por isso, sugiro a memorização dos itens acima.

Destaco, ainda, que tais atos possuem autoexecutoriedade, ou seja, presumem-se legais e passam a
produzir efeitos imediatos. Nesse sentido

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Parágrafo único. As decisões do Ministério Público fundadas em sua autonomia funcional, administrativa e
financeira, obedecidas as formalidades legais, têm eficácia plena e executoriedade imediata, ressalvada a
competência constitucional do Poder Judiciário e do Tribunal de Contas.

Mister destacar que a autonomia do MP não lhe confere o direito de criar, modificar ou extinguir cargos
públicos mediante atos internos. A criação, extinção ou mudança de cargo precisam ser feitas por lei com
anunciado pela CF. Para tanto, a proposta legislativa é feita pelo chefe do Ministério Público diretamente
ao Poder Legislativo.

V - propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção de seus cargos, bem como a fixação e o reajuste dos
vencimentos de seus membros;
VI - propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção dos cargos de seus serviços auxiliares, bem como a
fixação e o reajuste dos vencimentos de seus servidores;

Não confunda isso com a capacidade do MP de prover os cargos públicos. Para isso, não precisa “pedir a
ninguém”.

VII - prover os cargos iniciais da carreira e dos serviços auxiliares, bem como nos casos de remoção, promoção
e demais formas de provimento derivado;

Ao mesmo passo que a CF deu autonomia administrativa ao MP, previu algumas exceções:

a) A nomeação dos Procuradores-Gerais de Justiça é feita pelo Chefe do Executivo - É o


governador do estado que escolhe o chefe do MP.

b) Os PGJs podem ser destituídos por órgãos externos - A destituição antes de findar o mandado
depende de autorização da Assembleia Legislativa.

c) Os membros vitalícios somente perdem o cargo por sentença judicial transitada em julgado -
O membro vitalício só perderá o cargo por sentença do Poder Judiciário.

AUTONOMIA FINANCEIRA

A autonomia financeira do MP abrange a capacidade de elaborar a sua proposta orçamentária e a


capacidade de gerir e aplicar os recursos orçamentários destinados à instituição.

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[ADI 4.356] (...) A autonomia financeira não se exaure na simples elaboração da proposta
orçamentária, sendo consagrada, inclusive, na execução concreta do orçamento e na utilização das
dotações postas em favor do Ministério Público. (...)

A autonomia financeira não confere ao MP de gastar o quanto quiser. A elaboração da proposta do MP deve
obedecer aos limites estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (a LDO orienta a elaboração dos
orçamentos e investimentos estatais).

CF 88: § 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei
de diretrizes orçamentárias.

A lei orgânica dispõe no mesmo sentido:

Art. 8.º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos
na Lei de Diretrizes Orçamentárias, encaminhando-a diretamente ao Governador do Estado, que a
submeterá ao Poder Legislativo.

ENCAMINHAMENTO DA PROPOSTA - Uma informação importante: quanto a criação ou extinção de


cargos, o MP encaminha a proposta diretamente ao Legislativo. No que tange ao orçamento, essa proposta
deve ser encaminhada ao Poder Executivo, que é competente para consolidar as propostas do Estados e
este encaminha ao Legislativo.

LEI N. 8.625/93

Art. 4º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos
na Lei de Diretrizes Orçamentárias, encaminhando-a diretamente ao Governador do Estado, que a
submeterá ao Poder Legislativo.

ANOTE AÍ:

Mas, por que ao Governador? O MP é subordinado ao Executivo FINANCEIRAMENTE?

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Nada disso! Cabendo ao Executivo a consolidação de todas as propostas orçamentarias e, estão de acordo
com a LDO, unicamente consolida-la.

NÃO ENVIO DA PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA

LEI N. 8625/1993
§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo
estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da
proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os
limites estipulados na forma do § 3º.

E se não estiver? Nesse caso, cabe ao Poder Executivo proceder aos AJUSTES necessários. Por exemplo, se
a LDO prevê que o MP tem 500 milhões de reais e a proposta enviada prevê despesas de 501 milhões, o
Poder Executivo procederá aos ajustes para adequar a proposta do MP a LDO. Isso não é corte de
orçamento, apenas ajuste, OK? (OBS: Já vi questões falando que isso é corte dadas como corretas).

O Executivo pode cortar o orçamento se a situação fiscal do Estado não estiver boa?

NÃO! O Executivo não pode cortar. Se a LDO prevê 500 milhões, o Executivo deve apenas encaminhar ao
Legislativo.

Em tese, quem pode “cortar” o orçamento é o Poder LEGISLATIVO quando da votação da lei orçamentária.

[...] Nesse caso, o Plenário conheceu parcialmente do pleito e, por maioria, julgou-o procedente
para declarar a inconstitucionalidade da lei, sem pronúncia de nulidade, apenas quanto à parte em
que fixada a dotação orçamentária à Defensoria Pública estadual, em razão da prévia redução
unilateral. Ademais, assentou o entendimento de que é inconstitucional a redução unilateral pelo
Poder Executivo dos orçamentos propostos pelos outros Poderes e por órgãos
constitucionalmente autônomos, como o Ministério Público e a Defensoria Pública, na fase de
consolidação do projeto de lei orçamentária anual, quando tenham sido elaborados em obediência
às leis de diretrizes orçamentárias e enviados conforme o art. 99, § 2º, da CF, cabendo-lhe apenas
pleitear ao Poder Legislativo a redução pretendida, visto que a fase de apreciação legislativa é o
momento constitucionalmente correto para o debate de possíveis alterações no projeto de lei
orçamentária. (ADI-5286)

PROPOSTA EM DESACORDO

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Olha í a resposta:

LEI N. 8625/1993
§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os limites
estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação
da proposta orçamentária anual.

ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO

No âmbito dos MPs estaduais, cabe ao PGJ elaborar a proposta orçamentária e encaminhar, após prévia
aprovação da CÂMARA DE PROCURADORES DE JUSTIÇA, ao Governador do estado.

Art. 29. Além das atribuições previstas nas Constituições Federal e Estadual, na Lei Orgânica e em outras
leis, compete ao Procurador-Geral de Justiça no exercício da Administração:
IV - elaborar a proposta orçamentária do Ministério Público, submetendo-a ao Colégio de Procuradores, para
encaminhá-la diretamente ao Governador do Estado;

Aprovado o orçamento, o MP receberá 1/12 por mês do orçamento. O nome disso é duodécimos.

§ 1.º Os recursos correspondentes às suas dotações orçamentárias próprias e globais,


compreendidos os créditos suplementares e especiais, ser-lhe-ão entregues até o dia vinte de cada
mês, sem vinculação a qualquer tipo de despesa;
§ 2.º Os recursos próprios, não originários do Tesouro, serão utilizados em programas vinculados às
finalidades da Instituição, sendo vedada outra destinação;

Após, compete ao Procurador-Geral de Justiça praticar atos e decidir questões relativas à administração
geral e execução orçamentária do Ministério Público.

Art. 29. Além das atribuições previstas nas Constituições Federal e Estadual, na Lei Orgânica e em outras
leis, compete ao Procurador-Geral de Justiça no exercício da Administração:
V - praticar atos e decidir questões relativas à administração geral e execução orçamentária do Ministério
Público;

FISCALIZAÇÃO DA GESTÃO ORÇAMENTÁRIA

A fiscalização quanto a execução orçamentária será interna e externa.

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Art. 8.º-A. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Ministério Público,
quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação de dotações e recursos próprios e renúncia de
receitas, será exercida pelo Poder Legislativo, mediante controle externo, e internamente pelo Colégio de
Procuradores de Justiça.
§ 1.º As Diretorias de Planejamento, de Orçamento e Finanças e a Divisão de Controle interno apresentarão
ao Colégio de Procuradores de Justiça. Até o décimo dia útil do mês subsequente, relatório circunstanciado
sobre a execução do orçamento e situações financeiras, apresentando os balancetes trimestrais respectivos.
§ 2.º O Procurador-Geral de Justiça apresentará ao Colégio de Procuradores de Justiça relatório dos
resultados do exercício financeiro, até o último dia útil do mês de fevereiro do ano seguinte ao da prestação
de contas.
§ 3.º O relatório de que trata o parágrafo anterior será distribuído na forma regimental para deliberação na
pauta da sessão seguinte.
§ 4.º Para o exercício de auditoria financeira e orçamentária, o Colégio de Procuradores de Justiça poderá ser
auxiliado por servidores efetivos do quadro de carreira da Procuradoria Geral de Justiça pertencente às
Diretorias de Planejamento e de Orçamento e Finanças.
§ 5.º Constitui ato de improbidade administrativa do Procurador-Geral de Justiça, na forma do art. 11 da Lei
nº 8.429/92, sem prejuízo das demais sanções civis, penais e administrativas, a recusa em fornecer ao Colégio
de Procuradores de Justiça, sob qualquer pretexto, processo, documento ou informação ou retardar ou deixar
de praticar qualquer outro ato que lhe incumba e seja necessário ao exercício do controle interno.

Quanto ao controle externo exercido pelo Poder Legislativo, tome cuidado, pois a questão pode falar em
“controle externo exercido pela Assembleia Legislativa com auxílio do Tribunal de Contas”. Tal
assertiva está correta, uma vez que Assembleia Legislativa e Poder Legislativo quer dizer a mesma coisa e
os Tribunais de Contas têm competência para fiscalizar os Ministérios Públicos.

Vale lembrar que o Conselho Nacional do Ministério Público também fiscaliza a gestão orçamentária:

[Constituição Federal]
Art. 130-A. § 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa e
financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo lhe:

ANOTE:

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INTERNO COLÉGIO DE PROCURADORES

PODER LEGISLATIVO (OU


CONTROLE
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA)
ORÇAMENTÁRIO
PODE OU NÃO MENCIONAR O
TRIBUNAL DE CONTAS
EXTERNO

CONSELHO NACIONAL DO
MINISTÉRIO PÚBLICO

DESPESAS QUE EXTRAPOLEM OS LIMITES DO ORÇAMENTO

Se a lei fala que a instituição pode gastar “x”, ela não pode gastar “x+1” sem antes pedir autorização.

[Constituição Federal] Art. 127. § 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não


poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os
limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas,
mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.

Para entender o fluxo:

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PGJ

COLÉGIODE PGJ
PODER EXECUTIVO
PROCURADORES ENCAMINHA
APROVA

PROPOSTA RECEBIDA
PROPOSTA NÃO PROPOSTA DE
EM DESACORDO
RECEBIDA ACORDO COM LDO
COM LDO

CONSIDERA A
EXECUTIVO EXECUTIVO FAZ OS
PROPOSTA DO ANO
CONSOLIDA AJUSTES NECESSÁRIOS
VIGENTE

PODER LEGISLATIVO

PROPOSTA
APROVADA
CONTROLE EXTERNO

CONSELHO NACIONAL DO
CONTROLE INTERNO
MP PGJ IRÁ GERIR A
APLICAÇÃO COLÉGIO DE
PROCURADORES
PODER LEGISLATIVO

Anote os principais conceitos:

AUTONOMIA PONTOS PRINCIPAIS


A Instituição está isenta de qualquer influência externa no exercício de sua
atividade-fim.
FUNCIONAL
 O MP é livre para agir contra quem quer que seja;
 Não confunda autonomia com independência funcional:

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A autonomia administrativa assegura ao MP a prerrogativa de se


AUTOGOVERNAR.

 Praticar atos próprios de gestão;


 Fazer licitações (não precisa de autorização); Segue a 8.666!
 Elaborar e gerir contratos;
ADMINISTRATIVA  Atos possuem autoexecutoriedade (administrativos);
 Pode editar normas internas;
 Propor criação/extinção de cargos (competência concorrente com o PR);
 Prover os cargos públicos. Não precisa de autorização do para efetuar atos
provimentos;
 Decretos, normativos e atos do Poder Executivo são inaplicáveis ao MP.

É capacidade de elaborar, gerir, executar o orçamento

 Não está expressa na CF;


 Está expressa na LONMP e LOMP
 Elabora sua proposta orçamentária dentro dos limites da LDO;
FINANCEIRA/  Está sujeita à fiscalização externa pelo Tribunal de Contas e pelo Poder
ORÇAMENTÁRIA Legislativo;
 Está sujeito ao controle externo do CSMP;
 O Executivo NÃO elabora a proposta do MP;
 O Executivo NÃO pode cortar orçamento;
 O Executivo apenas consolida e ajusta a proposta;
 O recebimento é em duodécimos;

NÃO ESTÁ SUBORDINADO A


FUNCIONAL OUTRO PODER

AUTONOMIA DO
ADMINISTRATIVA PODER DE SE AUTOGOVERNAR
MP
ELABORAR SEU ORÇAMENTO E
FINANCEIRA
GERIR OS RECURSOS

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Q01. (QUADRIX - 2022 - CFO-DF - adaptada) A respeito do Ministério Público na Constituição Federal de 1988
(CF), julgue o item.

O Ministério Público ostenta autonomia funcional e administrativa.

COMENTÁRIOS
Seguindo estritamente o texto constitucional, o MP tem, expressamente, autonomia funcional e administrativa.
Art. 127.§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o disposto no
art. 169, [...]
GABARITO: Errada

Q02. (FCC - 2022 - MPE-PE - Adaptada) Com base em lei complementar em vigor, que dispõe sobre a organização,
as atribuições e o estatuto do Ministério Público, é correto afirmar que as decisões deste órgão, fundadas em sua
autonomia funcional administrativa e financeira, obedecidas as formalidades legais, possuem
a) eficácia plena e executoriedade imediata ressalvada a competência constitucional do Poder Judiciário e Tribunal
de Contas.
b) eficácia vinculada a prévia aprovação pelo Poder Executivo.
c) eficácia e executoriedade vinculadas a prévia aprovação pela Assembleia Legislativa.
d) eficácia vinculada a prévia aprovação pela Assembleia Legislativa.
a) eficácia e executoriedade vinculadas a prévia aprovação pelo Poder Executivo.
COMENTÁRIOS
Segundo o Art. 7º, Parágrafo único, as decisões do Ministério Público fundadas em sua autonomia funcional,
administrativa e financeira, obedecidas as formalidades legais, têm eficácia plena e executoriedade imediata,
ressalvada a competência constitucional do Poder Judiciário e do Tribunal de Contas.
GABARITO: Letra A

Q03. (MPE-GO - 2022 - MPE-GO) De acordo com a Lei Orgânica do Ministério Público, organizado em carreira, é
assegurada autonomia funcional, administrativa e financeira, cabendo-lhe, especialmente:
I - Praticar atos e decidir sobre a situação funcional e administrativa do pessoal, ativo e inativo, da carreira e dos
serviços auxiliares, organizados em quadros próprios.
II - Propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção de seus cargos e de seus serviços auxiliares, bem como a fixação
e o reajuste dos vencimentos e vantagens dos seus membros e de seus servidores.
III - Editar atos de aposentadoria, exoneração e outros que importem em vacância de cargos de carreira e de serviços
auxiliares, bem como os de disponibilidade de membros do Ministério Público e de seus servidores.
IV - Organizar suas secretarias e os serviços auxiliares dos órgãos de administração.
a) Somente os itens I, II e III estão corretos.
b) Somente os itens II, III e IV estão corretos.
c) Somente os itens I, III e IV estão corretos.
d) Todos os itens estão corretos.
COMENTÁRIOS

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A autonomia do MP é sempre muito cobrado em provas. Não recordo de um só concurso que não foi cobrado. Por
isso, memorize a lista abaixo:
Art. 7.º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional, administrativa e financeira, cabendo-lhe, especialmente:
I - praticar atos próprios de gestão;
II - praticar atos e decidir sobre a situação funcional e administrativa do pessoal, ativo e inativo, da carreira e dos serviços auxiliares,
organizados em quadros próprios; [ITEM I]
III - elaborar suas folhas de pagamento e expedir os competentes demonstrativos;
IV - adquirir bens e contratar serviços, efetuando a respectiva contabilização;
V - propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção de seus cargos, bem como a fixação e o reajuste dos vencimentos de seus
membros; [ITEM II]
VI - propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção dos cargos de seus serviços auxiliares, bem como a fixação e o reajuste dos
vencimentos de seus servidores;
VII - prover os cargos iniciais da carreira e dos serviços auxiliares, bem como nos casos de remoção, promoção e demais formas de
provimento derivado;
VIII - editar atos de aposentadoria, exoneração e outros que importem em vacância de cargos de carreira e dos serviços auxiliares, bem
como os de disponibilidade de membros do Ministério Público e de seus servidores; [ITEM IV]
IX - editar atos de concessão, alteração e cassação de pensão por morte e outros benefícios previstos nesta lei;
X - organizar suas secretarias e os serviços auxiliares das Procuradorias e Promotorias de Justiça;
XI - compor os seus órgãos de administração;
XII - elaborar seus Regimentos Internos;
XIII - exercer outras competências dela decorrentes.
Portanto, todos os itens estão corretos.
GABARITO: Letra D

DISPOSIÇÕES DIVERSAS
Qualquer pessoa, partido político, associação legalmente constituída ou
sindicato, poderá provocara iniciativa do Ministério Público, por
irregularidade ou ilegalidade do ato de agente público, para que se promova,
em sendo o caso, sua responsabilidade, criminal e/ou administrativa.
Da provocação para
apuração de
O servidor público deverá representar ao Ministério Público, quando for o
irregularidades
caso, contra ato lesivo ao meio ambiente, ao patrimônio público, aos direitos
do consumidor, da criança e do adolescente, aos bens e direitos de valor
artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, e a outros interesses
difusos coletivos, individuais indisponíveis e individuais homogêneos.
É dever dos Órgãos e Instituições do Poder Executivo do Estado e dos
Do dever dos órgãos e
Municípios, com atribuições diretas ou indiretas de proteção e controle,
poderes públicos
informar ao Ministério Público sobre ocorrência de conduta ou atividade

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considerada lesiva aos bens, direitos e interesses referidos no parágrafo único


do art. 9.º desta Lei.

Os responsáveis pelo controle interno e externo dos atos dos Poderes do


Estado e dos Municípios e das entidades da administração pública direta,
indireta ou fundacional, ao tomarem conhecimento de qualquer
irregularidade ou ilegalidade, dela darão conhecimento ao Ministério Público.
É imprescindível a presença do membro do Ministério Público nas sessões de
julgamento de processos que lhe forem afetos.

Da participação do O órgão do Ministério Público que tiver assento junto aos Tribunais, bem
membro do MP nos como junto ao Juízo de 1º grau, participará de todos os julgamentos, pedindo
órgãos julgadores a palavra, quando julgar necessário e sempre sustentando por escrito ou
oralmente, matéria de fato e de direito, nas causas em que for parte, ou
naquelas em que intervier como fiscal da lei, podendo, também, nesta
qualidade, interpor recursos.
Nenhuma autoridade, órgão ou entidade da Administração Pública direta,
indireta ou fundacional, sob as penas da lei, poderá opor ao Ministério
Do apoio ao MP Público, sob qualquer pretexto, a exceção de sigilo, sem prejuízo da
subsistência do caráter reservado da informação ou do documento que lhe
seja fornecido.
O Ministério Público, sem prejuízo das dependências existentes, instalará as
Procuradorias e as Promotorias de Justiça em prédios, salas e gabinetes sob
Do espaço do MP nos sua administração, integrantes do conjunto arquitetônico dos Fóruns ou
fóruns Tribunais, tendo vista dos projetos de reforma e/ou construção de prédios
forenses, competindo-lhe concorrer nos custos da obra, proporcionalmente
às instalações que lhe forem destinadas.

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FUNÇÕES INSTITUCIONAIS
O primeiro ponto que quero passar sobre as funções é já nossa conhecida: O MP não assessora ou presta
serviços aos órgãos e Poderes Públicos. Isso é reforçado no artigo 16:

Art. 16. O Ministério Público zelará pela observância das Constituições Federal, Estadual e das Leis, assim
como exercerá outras atribuições que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade,
vedada a representação judicial e consultoria jurídica de entidade pública.

Estudar as funções não é lá das atividades mais agradáveis.

A maioria dos itens enseja mais a memorização do que “entender” como funciona.

Quando cobrado em provas, esse tema restringe-se ao texto de lei. Não vai perguntar as disposições
processuais, por exemplo.

Assim, o método mais eficaz para você acertar as questões de prova sobre esse assunto é focar na
literalidade do texto normativo.

Todavia, alguns deles vale a pena conversarmos, principalmente no que tange às funções constitucionais.

Mãos à obra!

Art. 3.º São funções institucionais do Ministério Público:


III - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da Lei;

Alguns crimes são mais danosos a sociedade do que outros. Alguns, inclusive, ofendem mais a sociedade do
que a própria vítima.

Olhe o exemplo do homicídio. Este crime extrapola o âmbito individual e afeta, não só a vítima e sua família,
mas a sociedade como um todo, pois é desejo de todos que o criminoso seja punido.

Outros crimes, por sua vez, afetam mais a vítima do que a sociedade como um todo. Nessa hipótese, a
punição do fato importa mais a vítima do que a sociedade.

Naqueles casos em que há interesse da sociedade, alguém ou alguma instituição tem que exercer o papel
de provocar o Judiciário. Essa função cabe ao Ministério Pública.

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Cabe PRIVATIVAMENTE ao MP propor a ação penal pública

Existem três (ou quatro, dependendo da vertente) espécies de ação penal. Em apertada síntese (porque não
é nosso objetivo aqui esmiuçar as nuances do direito) podemos conceituá-las assim:

 AÇÃO PENAL PÚBLICA: Em síntese, sendo bastante preciso, a ação penal é o dever-direito que o
estado tem ou o direito do ofendido de solicitar a aplicação da lei em casos concretos. A pretensão
é punir o infrator. Por expressa previsão Constitucional, é de iniciativa exclusiva do Ministério
Público, representando o interesse social. A ação penal pública não depende da vontade da vítima.
Ela pode ser incondicionada ou condicionada.
o Incondicionada – É a regra do sistema penal brasileiro. Carece de qualquer outra condição
específica para o seu oferecimento, ou seja, pouco importa a vontade da vítima. Ex.
Homicídio;
o Condicionada – igualmente oferecida pelo MP, mas precisa da representação do ofendido
ou de requisição do ministro da justiça.
 AÇÃO PENAL PRIVADA - é promovida pelo ofendido ou por quem possa representá-lo. É oferecida
mediante QUEIXA. Ex. Calúnia, difamação etc.
 AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA – Ela não é privada, mas pública.
Originariamente, cabia ao MP, entretanto, este fica inerte, ou seja, não adota nenhuma medida.
Assim, abre-se a possibilidade para que o ofendido, o seu representante legal ou seus sucessores
ingressem com a ação penal privada subsidiária da pública, assumindo a titularidade da ação penal.

É o MP o titular da ação penal pública e somente ele pode propô-la. Não é


possível a delegação.

OBS: Devemos interpretar o termo “privativo” como exclusivo.

Professor, quais os crimes que são considerados de ação penal pública?

Bem, isso é assunto de PROCESSO PENAL e vamos deixar de lado, pois não é cobrado em
provas de legislação.

Ainda, muito embora o MP é titular ação penal pública, ele pode participar da ação penal privada.

AÇÃO PENAL AUTOR PARTICIPAÇÃO DO MP

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PÚBLICA (condicionada e MINISTÉRIO PÚBLICO Autor do processo e fiscal da lei


incondicionada)
PRIVADA VÍTIMA Apenas fiscal da lei

Atuar como fiscal da lei nada mais é que acompanhar o desenvolvimento do processo, de forma a verificar
se todas as disposições legais estão sendo cumpridas corretamente.

Mister destacar qual é o instrumento que o MP utilizar para provocar o judiciário na ação penal pública.
Estamos falando da DENÚNCIA que, se recebida pelo juiz, iniciar a fase processual.

Atualmente como é eletrônico, vou ilustrar rapidamente com algumas telas de um processo aleatório que
peguei por aqui.

Note que o procedimento foi iniciado pela autoridade policial. Isso, pois, houve a prisão em flagrante do
indivíduo. Como era fora do expediente forense, os autos foram distribuídos para o plantão judiciário.

Recebidos os autos, o próximo passo foi habilitar o Ministério Público.

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Depois foi juntada a certidão de antecedentes e realizadas algumas diligências. Eis que a audiência de
custódia foi realizada em 02/05, dois dias após a prisão em flagrante.

Na sequência, vários documentos são juntados, inclusive a Denúncia.

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Recebida a denúncia, o juiz precisa decidir se a aceita ou não. No caso em epígrafe, foram solicitadas novas
informações.

No processo em questão a denúncia foi recebida. Abaixo, reproduzo um trecho do movimento n. 53:

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O processo, nesse momento, então inicia.

A Denúncia é a peça inaugural da ação penal pública.

É só a partir da denúncia que o processo judicial existe? É sim..... É a partir daí que o indivíduo vira réu.

CÓDIGO DE PROCESSO PENAL


Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando:
I - for manifestamente inepta;
II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal.
Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar
liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo
de 10 (dez) dias.

Lembrando que se o juiz não aceitar a denúncia, não há ofensa a tal função, uma vez que ao MP, enquanto
titular da ACP cabe tão somente promovê-la.

Decisão judicial de rejeição de denúncia, impronúncia de réu, de absolvição sumária ou de


trancamento de ação penal por falta de justa causa não viola a cláusula constitucional de monopólio
do poder de iniciativa do Ministério Público em matéria de persecução penal e tampouco transgride
o postulado do juiz natural nos procedimentos penais inerentes ao tribunal do júri.

[RE 593.443, rel. p/ o ac. min. Ricardo Lewandowski, j. 6-6-2013, P, DJE de 22-5-2014, Tema 154.]

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I - propor ação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais, face


à Constituição Estadual;
II - promover a representação de inconstitucionalidade para efeito de intervenção do Estado nos Municípios;

A lei estabelece quem pode ajuizar ação de inconstitucionalidade (ação abstrata que visa o reparo de
ofensa à CF ou CE). O MP é um destes legitimados. Esta função é exercida PELO CHEFE DE CADA MP.

Representação para fins de intervenção da União e dos estados é uma medida tomada quando, em um
determinado ente federado está agindo de forma ofensiva a alguns princípios constitucionais.

 PGR  Chefe do MPU  Ofensa à Constituição Federal;


 PGJ  Chefe do MP Estadual  Ofensa à Constituição Estadual.
IV - instaurar procedimento administrativo e inquérito civil e propor ação civil pública, na forma da lei:
a) Para a proteção, prevenção e reparação dos danos causados ao patrimônio público e social, ao meio
ambiente, ao consumidor, aos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico e a
outros interesses difusos, coletivo, individuais indisponíveis e individuais homogêneos; (Redação dada pelo
art. 1º da Lei Complementar nº 25, de 21 de dezembro de 2000.)
b) para apurar atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a
administração direta, indireta ou fundacional dos Estados e dos Municípios, de empresa incorporada ao
patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido, podendo requerer a
indisponibilidade dos bens do indiciado, na forma da lei.

Ação Civil Pública é uma ação de cunho coletivo, cujo objetivo é defender alguns direitos da sociedade ou
de um determinado grupo da sociedade. A legitimidade para o ajuizamento da Ação Civil Pública (ACP) não
é privativa do MP, é concorrente.

Art. 128. § 1º - A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de
terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei.

Inquérito Civil é meramente um procedimento preparatório de natureza administrativa, instaurado no


âmbito interno do MP, por ordem de um membro do MP, quando este tem notícia de que está havendo
alguma violação a um direito difuso (toda a sociedade) ou coletivo (determinado grupo da sociedade).
SOMENTE O MP PODE INSTAURAR INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO.

Nem todas as funções do MP são exclusivas.

Se eu fosse você, anotaria o seguinte:

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PROCEDIMENTO COMPETÊNCIA ATUAÇÃO DO MP TIPO


AÇÃO PENAL PÚBLICA PRIVATIVA Autor Ação criminal
Procedimento
INQUÉRITO CIVIL PRIVATIVA (interno) Autor
administrativo
Sempre atua (autor ou
AÇÃO CIVIL PÚBLICA CONCORRENTE Ação patrimonial
fiscal)

OBS: O ICP não é obrigatório. Se da irregularidade o MP entender que é necessário o ICP para obtenção de
outras provas. Todavia, quando já há elementos suficientes para que o membro ajuíze ACP, assim o fará.

As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da


carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização
do chefe da instituição.

Falando em carreira, o ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de
provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização,
exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas
nomeações, a ordem de classificação.

V - manifestar-se nos processos em que sua presença seja obrigatória por lei e intervir nas demais causas,
sempre que examinada pelo membro do Ministério Público a existência de interesse público, evidenciado
pela natureza de lide ou qualidade da parte, não importando a fase de instrução ou o grau de jurisdição em
que se encontrem os processos;

VI - exercer a fiscalização de cadeias e estabelecimentos prisionais de qualquer natureza, manicômio


judiciário e casas públicas ou particulares de tratamento de doenças mentais, bem como estabelecimentos
públicos ou privados frequentados ou que abriguem idoso, menor, incapaz ou pessoas portadoras de
deficiência, promovendo as medidas administrativas e judiciárias necessárias para sanar quaisquer
irregularidades encontradas;

VII - deliberar sobre a participação em organismos estatais de defesa do meio ambiente, do trabalho, do
consumidor, de política penal e penitenciária, da criança e do adolescente e outros afetos à sua área de
atuação;

VIII - ingressar em juízo, de ofício, para responsabilizar os gestores dos dinheiros públicos condenados por
Tribunal e Conselhos de Contas;

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IX - zelar para que os Poderes Públicos e os serviços de relevância pública respeitem direitos constitucionais
ou legalmente assegurados, promovendo, em juízo ou fora dele, as medidas necessárias à defesa de ordem
jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis;

Esse item “reforça” a função do MP em defender a sociedade” contra possíveis abusos do Poder Público.

Chamo atenção especial para o fato do MP também zelar pelos “serviços de relevância pública”, que são
aqueles que deveriam ser prestados pelo Estado mas não são (água, transporte, iluminação etc.). Se uma
empresa privada que presta esses serviços não respeitar os direitos assegurados na CF, por exemplo, tarifas
reduzidas para os hipossuficientes, o MP pode tomar as providências para que a violação seja sanada.

Como já vimos, o MP atua extrajudicialmente também. Assim, pode ser que o MP se reúna com o “violador”
e firmem um acordo para solução do problema.

E o MP pode agir também assim contra Poderes Públicos? Pode sim!

Na minha comarca, por exemplo, o Fórum local tinha péssima acessibilidade. Assim, o MP protocolou
pedido perante o Presidente do TJ sugerindo as adaptações necessárias. O pedido foi atendido e o Fórum
reformado para atender as singularidades à pessoas portadoras de necessidades especiais.

A LOMP dispõe como isso ocorrerá:

Art. 5.º Cabe ao Ministério Público exercer a defesa dos direitos assegurados nas Constituições
Federal e Estadual, sempre que se cuidar de garantir-lhe o respeito:
I - pelos Poderes estaduais ou municipais;
II - pelos órgãos da Administração Pública Estadual ou Municipal, direta, indireta ou fundacional;
III - pelos concessionários e permissionários de serviço público estadual ou municipal;
IV - por entidades que exerçam outra função delegada do Estado ou do Município ou executem serviço de
relevância pública.
Parágrafo único. No exercício das atribuições a que se refere este artigo, incumbe ao Ministério Público,
entre outras providências:
I - receber notícias de irregularidades, petições ou reclamações de qualquer natureza, promover as apurações
cabíveis que lhes sejam próprias e dar-lhes as soluções adequadas;
II - zelar pela celeridade e racionalização dos procedimentos administrativos;
III - dar andamento, no prazo de trinta (30) dias, às notícias de irregularidades, petições ou reclamações
referidas no inciso I;
IV - promover audiências públicas e emitir relatório, anual ou especial, e recomendações dirigidas
aos órgãos e entidades mencionadas nos incisos I, II, III e IV, do "caput" deste artigo, requisitando
ao destinatário sua divulgação adequada e imediata, assim como resposta por escrito.

Seguindo:

X - exercer o controle externo da atividade policial;

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O MP não faz parte da organização policial e muito menos este daquele, mas, como a atividade policial
contribui para as atividades do MP, a instituição exerce o controle EXTERNO da atividade policial.

XI - interpor recursos ao Supremo Tribunal Federal, ao Superior Tribunal de Justiça e aos Tribunais Estaduais.
Parágrafo único. É vedado o exercício das funções do Ministério Público a pessoas a ele estranhas,
sob pena de nulidade do ato praticado.

Os demais itens são de fácil leitura e compreensão. Caso fique com dúvidas, pode me procurar no fórum de
dúvidas.

Art. 4.º No exercício de suas funções, o Ministério Público poderá:


I - instaurar inquéritos civis e outras medidas e procedimentos administrativos pertinentes e, para instruí-los:
a) expedir notificações para colher depoimentos ou esclarecimentos e, em caso de não-comparecimento
injustificado, requisitar condução coercitiva pela Polícia Civil ou Militar, ressalvadas as prerrogativas
previstas em lei;
b) requisitar informações, exames periciais e documentos de autoridades federais, estaduais e municipais,
bem como dos órgãos e entidades da administração direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
c) promover inspeções e diligências investigatórias junto às autoridades, órgãos e entidades a que se refere
a alínea anterior;
II - requisitar informações e documentos a entidades privadas para instruir procedimentos ou processo em
que oficie;
III - requisitar à autoridade competente a instauração de sindicância ou procedimento administrativo cabível,
podendo acompanhá-los e produzir prova;
IV - acompanhar atos investigatórios junto a organismos policiais ou administrativos quando assim
considerar conveniente à apuração de infrações penais;
V - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial e de inquérito policial militar,
observando o disposto no art. 129, inciso VIII, da Constituição Federal, podendo acompanhá-los;
VI - controlar externamente a atividade policial, obedecidas as normas contidas nesta Lei;
VII - exercer a fiscalização no exame da aplicação das verbas públicas;
VIII - requisitar da administração pública os serviços temporários de servidores civis ou policiais militares e
meios materiais necessários para a realização de atividades específicas;
IX - requisitar ao órgão público competente a realização de auditoria contábil e financeira nos Poderes
Públicos do Estado ou de Município, de suas administrações diretas, indiretas ou fundacionais;
X - funcionar junto às Comissões de Inquérito do Poder Legislativo, quando solicitado;
XI - oficiar junto à Justiça Eleitoral de 1ª instância, com as atribuições de Ministério Público Eleitoral previstas
na Lei Orgânica do Ministério Público da União, que forem pertinentes, além de outras estabelecidas nas
legislações eleitoral e partidária;
XII - oficiar junto à Justiça do Trabalho, com as atribuições de Ministério Público do Trabalho, na Comarca
onde não haja Junta de Conciliação e Julgamento;

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XIII - praticar atos administrativos executórios, de caráter preparatório;


XIV - dar publicidade dos procedimentos administrativos não disciplinares que instaurar e das medidas
adotadas;
XV - sugerir ao Poder competente a edição de normas e a alteração da legislação em vigor, bem como a
adoção de medidas propostas, destinadas à prevenção e controle da criminalidade;
XVI - representar ao Procurador-Geral de Justiça sobre a inconstitucionalidade de lei ou de ato legislativo
estadual ou municipal;
XVII - Manifestar-se em qualquer fase do processo, quando entender existente interesse em causa que
justifique a intervenção.
§ 1.º A intimação do Ministério Público, em qualquer caso, será feita pessoalmente;
§ 2.º A falta de intervenção do Ministério Público nos casos previstos em lei e quando houver interesse
público, acarretará a nulidade do feito, que será declarada de ofício pelo juiz ou a requerimento de qualquer
interessado;
§ 3.º As manifestações processuais do membro do Ministério Público deverão ser fundamentadas;
§ 4.º As notificações e requisições previstas neste artigo, quando tiverem como destinatários o Governador
do Estado, Secretário de Estado, Prefeito da Capital, os membros do Poder Legislativo e Judiciário e dos
Tribunais de Contas, serão encaminhadas pelo Procurador-Geral de Justiça.
§ 5.º O membro do Ministério Público será responsável pelo uso indevido das informações e documentos que
requisitar, inclusive nas hipóteses legais de sigilo;
§ 6.º Serão cumpridas gratuitamente as requisições feitas pelo Ministério Público às autoridades, órgãos
e entidades da Administração Pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
§ 7.º A Falta ao trabalho, em virtude de atendimento a notificação ou requisição, na forma da alínea "a",
inciso I deste artigo, não autoriza o desconto de vencimentos ou salário, considerando-se de efetivo exercício,
para todos os efeitos, mediante comprovação escrita do membro do Ministério Público;
§ 8.º Toda representação ou petição formulada ao Ministério Público será distribuída entre os membros da
Instituição que tenham atribuições para apreciá-la, observados os critérios fixados pelo Colégio de
Procuradores;
§ 9.º Nenhum órgão, autoridade civil ou militar e seus agentes, poderá recusar, dificultar ou procrastinar o
atendimento ou auxílio requisitado sob pena de responsabilidade;
§ 10. Para efeito administrativo-disciplinar será considerada falta grave, sem prejuízo das sanções penais
cabíveis, qualquer transgressão às normas contidas no inciso I, alíneas "b" e "c", II, III, IV, V, VIII e IX, deste
artigo;
§ 11. Caberá ao membro do Ministério Público determinar prazo, que entender necessário, para o
cumprimento de qualquer diligência prevista nesta Lei, sujeitando-se o responsável pelo não atendimento
no tempo fixado, as penas legais cabíveis.
XVIII - exercer, ainda, outras atribuições previstas em Lei.
Art. 6.º Os responsáveis pelo controle interno e externo dos atos dos Poderes do Estado e de entidades da
administração direta e indireta, aos quais se refere o art. 3º da Constituição Estadual, ao tomarem
conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão conhecimento ao Ministério Público.

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QUESTÕES COMENTADAS
1. (Elaborada pelo professor) Segundo a Lei Complementar nº 11, de 17 de dezembro de 1993,
acerca das Disposições Gerais, o Ministério Público tem funções institucionais essenciais para o seu
desenvolvimento, sendo assim, assinale a alternativa que NÃO corresponde a função institucional do
Ministério Público.

a) não poderá interpor recursos ao Supremo Tribunal Federal.

b) propor ação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais, face à


Constituição Estadual.

c) promover a representação de inconstitucionalidade para efeito de intervenção do Estado nos Municípios.

d) promover, privativamente, a ação penal pública.

e) exercer o controle externo da atividade policial.

Comentários

Segundo a Lei Complementar nº 117/1994, vamos analisar uma a uma.

ALTERNATIVA A - INCORRETA. interpor recursos ao Supremo Tribunal Federal, ao Superior Tribunal de


Justiça e aos Tribunais Estaduais. (Art. 3º, XI)

ALTERNATIVA B - CORRETA. propor ação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais


ou municipais, face à Constituição Estadual. (Art. 3º, I)

ALTERNATIVA C - CORRETA. promover a representação de inconstitucionalidade para efeito de


intervenção do Estado nos Municípios. (Art. 3º, II)

ALTERNATIVA D - CORRETA. promover, privativamente, a ação penal pública. (Art. 3º, III)

ALTERNATIVA E - CORRETA. exercer o controle externo da atividade policial. (Art. 3º, X)

GABARITO: Letra A.

2. (FGV – 2018 – Câmara de Salvador - Adaptada) É Instituição permanente, essencial à função


jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos

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interesses sociais e individuais indisponíveis.

À luz da narrativa acima e da sistemática constitucional, essa é a função do:

a) Ministério Público;

b) Defensoria Pública;

c) Câmara Municipal;

d) Procuradoria do Município;

e) Advocacia Pública.

Comentários

Art. 1º. O Ministério Público é Instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais
indisponíveis

GABARITO: Letra A

3. (Elaborada pelo professor) Segundo a Lei Complementar nº 11, de 17 de dezembro de 1993,


acerca das Disposições Gerais, no exercício de suas funções, o Ministério Público poderá, EXCETO:

a) requisitar informações e documentos a entidades privadas para instruir procedimentos ou processo em


que oficie.

b) requisitar à autoridade competente a instauração de sindicância ou procedimento administrativo cabível,


podendo acompanhá-los e produzir prova.

c) acompanhar atos investigatórios junto a organismos policiais ou administrativos quando assim considerar
conveniente à apuração de infrações penais.

d) exercer a fiscalização no exame da aplicação das verbas públicas.

e) dar sigilo dos procedimentos administrativos não disciplinares que instaurar e das medidas adotadas.

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Comentários

ALTERNATIVA A - CORRETA. requisitar informações e documentos a entidades privadas para instruir


procedimentos ou processo em que oficie. (Art. 4º, II)

ALTERNATIVA B - CORRETA. requisitar à autoridade competente a instauração de sindicância ou


procedimento administrativo cabível, podendo acompanhá-los e produzir prova. (Art. 4º, III)

ALTERNATIVA C - CORRETA. acompanhar atos investigatórios junto a organismos policiais ou


administrativos quando assim considerar conveniente à apuração de infrações penais. (Art. 4º, IV)

ALTERNATIVA D - CORRETA. exercer a fiscalização no exame da aplicação das verbas públicas. (Art. 4º,
VII)

ALTERNATIVA E - INCORRETA. dar publicidade dos procedimentos administrativos não disciplinares que
instaurar e das medidas adotadas. (Art. 4º, XIV)

GABARITO: Letra E

4. (Elaborada pelo professor) Segundo a Lei Complementar nº 11, de 17 de dezembro de 1993,


acerca das Disposições Gerais, no exercício de suas funções, o Ministério Público poderá, EXCETO:

a) oficiar junto à Justiça do Trabalho, com as atribuições de Ministério Público do Trabalho, na Comarca
onde não haja Vara do Trabalho.

b) praticar atos administrativos executórios, de caráter preparatório.

c) dar publicidade dos procedimentos administrativos não disciplinares que instaurar e das medidas
adotadas.

d) representar o Presidente da República sobre a inconstitucionalidade de lei ou de ato legislativo estadual


ou municipal.

e) manifestar-se em qualquer fase do processo, quando entender existente interesse em causa que
justifique a intervenção.

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Comentários

ALTERNATIVA A - CORRETA. oficiar junto à Justiça do Trabalho, com as atribuições de Ministério Público
do Trabalho, na Comarca onde não haja Vara do Trabalho. (Art. 4º, XII)

ALTERNATIVA B - CORRETA. praticar atos administrativos executórios, de caráter preparatório. (Art. 4º,
XIII)

ALTERNATIVA C - CORRETA. dar publicidade dos procedimentos administrativos não disciplinares que
instaurar e das medidas adotadas. (Art. 4º, XIV)

ALTERNATIVA D - INCORRETA. representar ao Procurador-Geral de Justiça sobre a inconstitucionalidade


de lei ou de ato legislativo estadual ou municipal. (Art. 4º, XVI)

ALTERNATIVA E - CORRETA. manifestar-se em qualquer fase do processo, quando entender existente


interesse em causa que justifique a intervenção. (Art. 4º, XVII)

GABARITO: Letra D

5. (CESPE – 2017 – DPE-AL - ADAPTADA) Os responsáveis pelo controle interno e externo dos atos
dos Poderes do Estado e de entidades da administração direta e indireta, aos quais se refere o art. 3º
da Constituição Estadual, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela
darão conhecimento ao Ministério Público.

Comentários

Os responsáveis pelo controle interno e externo dos atos dos Poderes do Estado e de entidades da
administração direta e indireta, aos quais serefere o art. 3º da Constituição Estadual, ao tomarem
conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão conhecimento ao Ministério Público.
(Art. 6º)

GABARITO: CORRETA

6. (Elaborada pelo professor) Segundo a Lei Complementar nº 11, de 17 de dezembro de 1993,


acerca das Disposições Gerais, ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional, administrativa
e financeira, cabendo-lhe, especialmente:, EXCETO:

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a) praticar atos e decidir sobre a situação funcional e administrativa do pessoal, ativo e inativo, da carreira e
dos serviços auxiliares, organizados em quadros próprios.

b) elaborar suas folhas de pagamento e expedir os competentes demonstrativos.

c) compor os seus órgãos de execução.

d) propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção de seus cargos, bem como a fixação e o reajuste dos
vencimentos de seus membros.

e) propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção dos cargos de seus serviços auxiliares, bem como a
fixação e o reajuste dos vencimentos de seus servidores.

Comentários

ALTERNATIVA A - CORRETA. praticar atos e decidir sobre a situação funcional e administrativa do pessoal,
ativo e inativo, da carreira e dos serviços auxiliares, organizados em quadros próprios. (Art. 7º, II)

ALTERNATIVA B - CORRETA. elaborar suas folhas de pagamento e expedir os competentes


demonstrativos. (Art. 7º, III)

ALTERNATIVA C - INCORRETA. compor os seus órgãos de administração. (Art. 7º,XI)

ALTERNATIVA D - CORRETA. propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção de seus cargos, bem como
a fixação e o reajuste dos vencimentos de seus membros. (Art. 7º, IV)

ALTERNATIVA E - CORRETA. propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção dos cargos de seus serviços
auxiliares, bem como a fixação e o reajuste dos vencimentos de seus servidores. (Art. 7º, V)

GABARITO: Letra C

7. (Elaborada pelo professor) Segundo a Lei Complementar nº 11, de 17 de dezembro de 1993,


acerca das Disposições Gerais, ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional, administrativa
e financeira, cabendo-lhe, especialmente:, EXCETO:

a) As Diretorias de Planejamento, de Orçamento e Finanças e a Divisão de Controle Interno apresentarão


ao Colégio de Procuradores de Justiça, até o décimo dia útil do mês subseqüente, relatório circunstanciado
sobre a execução do orçamento e situações financeiras, apresentando os balancetes trimestrais respectivos.

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b) O Procurador-Geral de Justiça apresentará ao Colégio de Procuradores de Justiça relatório dos resultados


do exercício financeiro, até o último dia útil do mês de fevereiro do ano seguinte ao da prestação de contas.

c) É relativo a presença do membro do Ministério Público nas sessões de julgamento de processos que lhe
forem afetos.

d) Qualquer pessoa, partido político, associação legalmente constituída ou sindicato, poderá provocara
iniciativa do Ministério Público, por irregularidade ou ilegalidade do ato de agente público, para que se
promova, em sendo o caso, sua responsabilidade, criminal e/ou administrativa.

e) Os responsáveis pelo controle interno e externo dos atos dos Poderes do Estado e dos Municípios e das
entidades da administração pública direta, indireta ou fundacional, ao tomarem conhecimento de qualquer
irregularidade ou ilegalidade, dela darão conhecimento ao Ministério Público.

Comentários

ALTERNATIVA A - CORRETA. As Diretorias de Planejamento, de Orçamento e Finanças e a Divisão de


Controle Interno apresentarão ao Colégio de Procuradores de Justiça, até o décimo dia útil do mês
subseqüente, relatório circunstanciado sobre a execução do orçamento e situações financeiras,
apresentando os balancetes trimestrais respectivos. (Art. 8º A, §1º)

ALTERNATIVA B - CORRETA. O Procurador-Geral de Justiça apresentará ao Colégio de Procuradores de


Justiça relatório dos resultados do exercício financeiro, até o último dia útil do mês de fevereiro do ano
seguinte ao da prestação de contas. (Art. 8º A, §2º)

ALTERNATIVA C - INCORRETA. É imprescindível a presença do membro do Ministério Público nas sessões


de julgamento de processos que lhe forem afetos. (Art. 13)

ALTERNATIVA D - CORRETA. Qualquer pessoa, partido político, associação legalmente constituída ou


sindicato, poderá provocara iniciativa do Ministério Público, por irregularidade ou ilegalidade do ato de
agente público, para que se promova, em sendo o caso, sua responsabilidade, criminal e/ou administrativa.
(Art. 7º, IV)

ALTERNATIVA E - CORRETA. Os responsáveis pelo controle interno e externo dos atos dos Poderes do
Estado e dos Municípios e das entidades da administração pública direta, indireta ou fundacional, ao
tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão conhecimento ao Ministério
Público. (Art. 7º, V)

GABARITO: Letra C

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8. (Elaborada pelo professor) Segundo a Lei Complementar nº 11, de 17 de dezembro de 1993,


acerca das Disposições Gerais, no exercício de suas funções, o Ministério Público poderá, EXCETO:

a) praticar atos administrativos executórios, de caráter preparatório.

b) dar publicidade dos procedimentos administrativos não disciplinares que instaurar e das medidas
adotadas.

c) sugerir ao Poder competente a edição de normas e a alteração da legislação em vigor, bem como a adoção
de medidas propostas, destinadas à prevenção e controle da criminalidade.

d) representar ao Procurador-Geral de Justiça sobre a inconstitucionalidade de lei ou de ato legislativo


estadual ou municipal.

e) manifestar-se em somenta na fase inicial do processo, quando entender existente interesse em causa que
justifique a intervenção.

Comentários

ALTERNATIVA A - CORRETA. praticar atos administrativos executórios, de caráter preparatório. (Art. 4º,
II)

ALTERNATIVA B - CORRETA. dar publicidade dos procedimentos administrativos não disciplinares que
instaurar e das medidas adotadas. (Art. 4º, XIV)

ALTERNATIVA C - CORRETA. sugerir ao Poder competente a edição de normas e a alteração da legislação


em vigor, bem como a adoção de medidas propostas, destinadas à prevenção e controle da criminalidade.
(Art. 4º, XV)

ALTERNATIVA D - CORRETA. representar ao Procurador-Geral de Justiça sobre a inconstitucionalidade


de lei ou de ato legislativo estadual ou municipal. (Art. 4º, XVI)

ALTERNATIVA E - INCORRETA. manifestar-se em qualquer fase do processo, quando entender existente


interesse em causa que justifique a intervenção. (Art. 4º, XVII)

GABARITO: Letra E

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9. (Elaborada pelo professor) Segundo a Lei Complementar nº 11, de 17 de dezembro de 1993,


acerca das Disposições Gerais, ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional, administrativa
e financeira, cabendo-lhe, especialmente:, EXCETO:

a) elaborar seus Regimentos Internos.

b) exercer outras competências dela decorrentes.

c) praticar atos próprios de gestão.

d) propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção dos cargos de seus serviços auxiliares, exceto a fixação
e o reajuste dos vencimentos de seus servidores.

e) elaborar suas folhas de pagamento e expedir os competentes demonstrativos.

Comentários

ALTERNATIVA A - CORRETA. elaborar seus Regimentos Internos. (Art. 7º, XII)

ALTERNATIVA B - CORRETA. exercer outras competências dela decorrentes. (Art. 7º, XIII)

ALTERNATIVA C - CORRETA. praticar atos próprios de gestão. (Art. 7º,XI)

ALTERNATIVA D - INCORRETA. propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção dos cargos de seus
serviços auxiliares, bem como a fixação e o reajuste dos vencimentos de seus servidores. (Art. 7º, VI)

ALTERNATIVA E - CORRETA. prover os cargos iniciais da carreira e dos serviços auxiliares, bem como nos
casos de remoção, promoção e demais formas de provimento derivado (Art. 7º, VII)

GABARITO: Letra D

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