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1.Introdução .........................................................................................................3
2. O Ministério Público na Cons tuição .................................................................4
3. Lei Orgânica Nacional do Ministério Público - Lei 8.625/93 ................................5
4. Questões de Concursos ...................................................................................31
A banca FCC, no concurso para o cargo de Promotor de Jus ça do MP-CE cobrou o assunto,
entendendo como correta a afirmação: “Sobre a organização ins tucional do Ministério
Público, é correto afirmar que: d) não abrange o Ministério Público junto ao Tribunal de
Contas, que não dispõe de fisionomia ins tucional própria e - não obstante as expressivas 4
garan as de ordem subje va concedidas aos seus membros - se encontra consolidado na
"in midade estrutural" da Corte de Contas”.
Além disso, registre-se que o Ministério Público da União – MPU é regulado pela LC
75/93, cuja aplicação aos Ministérios Públicos estaduais se dá de forma subsidiária, nos termos
do art. 80, da Lei nº 8.625/93.
Nosso presente estudo terá por base a Lei nº 8.625/93 – Lei Orgânica Nacional do
Ministério Público, que traz normas gerais a serem seguidas pelos Ministérios Públicos
estaduais, deixando a cargo dos Estados o detalhamento da matéria, a ser feito mediante Lei
Complementar estadual.
Nesse sen do, o art. 2º, da Lei 8.625/93:
Observação:
Recomendamos ao aluno a leitura da Lei Orgânica Estadual do Ministério Público de seu
interesse, a fim de conhecer as peculiaridades de cada ente.
Tal definição é repe ção do que dispõe a CF, no art. 127, caput.
Necessário destacar, deste conceito, as seguintes caracterís cas do Ministério Público:
· Ins tuição permanente – é perene e, como órgão de Estado, exerce parcela de sua
soberania;
· Ins tuição essencial à função jurisdicional do Estado – embora não atue em todos os
processos judiciais, mas apenas naqueles em que há interesse público ou interesse
individual indisponível.
Observação:
Apesar der ser essencial à função jurisdicional, a ela não se limita. De se ressaltar que o
Ministério Público exerce diversas funções extrajudiciais, a exemplo do controle externo da
a vidade policial, dentre outras.
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2.2.1. Princípios que regem o Ministério Público
Art. 1º, Parágrafo único. São princípios ins tucionais do Ministério Público a unidade,
a indivisibilidade e a independência funcional.
- Princípio da unidade:
Todos os Ministérios Públicos mencionados no art. 128, I e II, da CF, cons tuem uma
ins tuição única, havendo as divisões ali enumeradas apenas para fins de eficiência. Trata-se,
em verdade, de um mesmo órgão, com as mesmas finalidades ins tucionais.
- Indivisibilidade:
O membro do Ministério Público não age em nome próprio, mas sim, em nome da
ins tuição. Segundo Pontes de Miranda, os membros do parquet – Promotores e Procuradores
de Jus ça – são “presentantes” do Ministério Público e, por isso, podem ser subs tuídos uns
pelos outros, conforme o estabelecido em lei.
- Independência funcional:
Cada membro, no exercício de suas funções ins tucionais, deve atuar de acordo com o
seu livre convencimento, não tendo qualquer obrigação de seguir orientações dos órgãos da
Administração Superior.
Observação:
A LC 75/93 não menciona quantas reconduções o Procurador Geral da República pode ter.
CUIDADO! Muito embora a Lei 8.625/93 mencione ser competência do Procurador Geral de
Jus ça a designação de membros para oficiar perante a Jus ça Eleitoral de primeira instância,
é de suma importância saber que essa designação tem natureza de indicação. Quem designa
os Promotores de Jus ça estaduais para atuação perante os Juízes e Juntas eleitorais é o
Procurador Regional Eleitoral (após indicação do PGJ). Isso foi perguntado na prova oral do
MP-SP 2017/2018.
Sobre o tema, o Plenário do STF, por maioria de votos, julgou improcedente a ADI 3802
ajuizada pela Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) para
ques onar disposi vo da Lei Complementar 75/1993 (Estatuto do Ministério Público da
União) que confere ao Procurador Regional Eleitoral a incumbência de designar os membros
do Ministério Público estadual que atuarão junto à Jus ça Eleitoral.
De acordo com o relator, Min. Dias Toffoli, “A subordinação hierárquico-administra va, não
funcional, do promotor eleitoral é estabelecida em relação ao procurador regional eleitoral e
não ao procurador-geral de Jus ça. Ante este quadro, nada mais lógico que o ato formal de 10
designação do promotor para a função eleitoral ser feita exatamente pelo Ministério Público
Federal, e não pelo Ministério Público local”.
Além destas previsões, e sem prejuízo da Lei Orgânica local e da CF, compete ainda ao
PGJ, nos termos do art. 29:
A banca do MP-AM (FMP concursos), já cobrou o assunto, entendendo como correta afirmação:
“o Procurador-Geral de Jus ça pode delegar para outro membro da Ins tuição sua atribuição
originária como órgão de execução”.
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- Colégio de Procuradores
É composto por todos os Procuradores de Jus ça. Nos Ministérios Públicos em que o
número de Procuradores de Jus ça for superior a 40, poderá ser cons tuído Órgão Especial,
cuja composição e número de integrantes a Lei Orgânica local fixará.
Observação:
Não haverá atuação do Órgão Especial em algumas hipóteses, nas quais a lei exige o quórum
de todos os Procuradores de Jus ça (atuação do Colégio de Procuradores, portanto), como,
por exemplo, a propositura de des tuição do Procurador-Geral de Jus ça ao Poder
Legisla vo, a eleição do Corregedor-Geral, dentre outras hipóteses legalmente previstas.
- Conselho Superior
A composição, inelegibilidade e prazos de sua cessação, posse e duração do mandato dos
integrantes do Conselho Superior do Ministério Público deverá ser prevista na Lei Orgânica
local, respeitadas algumas disposições, previstas na Lei nº 8.625/93:
· O Procurador-Geral de Jus ça e o Corregedor-Geral serão, necessariamente,
Observação:
A banca FCC, no concurso do MP-CE, entendeu como correta a asser va: “a Corregedoria-
Geral do Ministério Público é o órgão orientador e fiscalizador das a vidades funcionais e da
conduta dos membros do Ministério Público, incumbindo- lhe, dentre outras atribuições,
realizar inspeções nas Procuradorias de Jus ça, remetendo relatório reservado ao Colégio de
@ atendimento@mege.com.br /cursomege @cursomege 99.98262-2200
Procuradores de Jus ça”.
- Procuradorias de Jus ça
Também são órgãos de administração do Ministério Público, com cargos de Procurador
de Jus ça e serviços auxiliares.
De acordo com o art. 19, §1º, é obrigatória a presença de Procurador de Jus ça nas
sessões de julgamento dos processos da respec va Procuradoria de Jus ça.
Registre-se que os Procuradores de Jus ça exercerão inspeção permanente dos
serviços dos Promotores de Jus ça nos autos em que oficiem, remetendo seus relatórios à
Corregedoria-Geral do Ministério Público.
Competências das Procuradorias de Jus ça:
Art. 22. À Procuradoria de Jus ça compete, na forma da Lei Orgânica, dentre outras
atribuições:
I - escolher o Procurador de Jus ça responsável pelos serviços administra vos da
Procuradoria;
II - propor ao Procurador-Geral de Jus ça a escala de férias de seus integrantes;
III - solicitar ao Procurador-Geral de Jus ça, em caso de licença de Procurador de
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Jus ça ou afastamento de suas funções junto à Procuradoria de Jus ça, que convoque
Promotor de Jus ça da mais elevada entrância ou categoria para subs tuí-lo.
Nos termos do art. 32 da Lei 8.625/93, além de outras funções come das nas
Cons tuições Federal e Estadual, na Lei Orgânica e demais leis, compete aos Promotores de
Jus ça, dentro de suas esferas de atribuições:
Além das previstas no art. 129, CF, a legislação infracons tucional prevê outras funções
compa veis com a finalidade do Ministério Público, vedada a representação judicial e a
consultoria jurídica de en dades públicas.
Assim, sem prejuízo do que prevê a Lei Orgânica Estadual de cada ente federa vo, são
também funções ins tucionais do Ministério Público:
É vedado o exercício das funções do Ministério Público a pessoas a ele estranhas, sob pena de
nulidade do ato pra cado.
Observações:
- As no ficações e requisições previstas neste ar go, quando verem como des natários o
Governador do Estado, os membros do Poder Legisla vo e os desembargadores, serão
encaminhadas pelo Procurador-Geral de Jus ça.
- Vitaliciedade
Garan da aos membros após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão
por sentença judicial transitada em julgado, proferida em ação civil própria, nos seguintes casos: 19
- Prá ca de crime incompa vel com o exercício do cargo, após decisão judicial
transitada em julgado. Consideram-se incompa veis com o exercício do cargo, dentre outros, os
crimes contra a administração e a fé pública, e os que importem lesão aos cofres públicos,
dilapidação do patrimônio público ou de bens confiados a sua guarda;
- Exercício da advocacia;
- Abandono do cargo por prazo superior a 30 dias corridos.
O PGJ proporá a ação para a perda do cargo, após prévia autorização do Órgão
Especial/do Colégio de Procuradores de Jus ça, sendo o julgamento de competência do
Tribunal de Jus ça.
ATENÇÃO!
Ainda que haja condenação do Promotor de Jus ça na esfera criminal, será necessária a
propositura, pelo PGJ, da ação civil originária para a perda do cargo.
Nesse sen do, recentemente decidiu o STJ:
PENAL. PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. CONCUSSÃO.
MEMBRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL. CONDENAÇÃO. PENA DE PERDA DO CARGO
DE PROMOTOR DE JUSTIÇA. INCIDÊNCIA DA LEI N.º 8.625/93. NECESSIDADE DE
- Inamovibilidade
Os membros do Ministério Público são inamovíveis, salvo por mo vo de interesse
público, mediante decisão do órgão colegiado competente, pelo voto da maioria absoluta dos
seus membros, assegurada ampla defesa.
Em caso de ex nção do órgão de execução, da Comarca ou mudança da sede da
Promotoria de Jus ça, será facultado ao Promotor remover-se para outra Promotoria de igual
entrância ou categoria, ou ainda, obter a disponibilidade com vencimentos integrais e a
contagem do tempo de serviço como se em exercício es vesse.
- Irredu bilidade de subsídios
Conforme preceitua o art. 39, §4º, CF, com as ressalvas dos arts. 37, X e XI; 150, II; 153,
III e §2º, I, todos da Cons tuição Federal.
Sobre vencimentos, vantagens e direitos:
- O membro do Ministério Público, convocado ou designado para subs tuição, terá direito à
diferença de vencimento entre o seu cargo e o que ocupar.
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- A revisão da remuneração far-se-á na forma da lei estadual.
- Os vencimentos dos membros serão fixados com diferença não excedente a 10%, de uma para
outra entrância ou categoria, ou da entrância mais elevada para o cargo de Procurador-Geral de
Jus ça, garan ndo-se aos Procuradores de Jus ça não menos de 95% dos vencimentos
atribuídos ao Procurador-Geral.
- O limite máximo da remuneração observará os valores percebidos como remuneração, em
espécie, a qualquer tulo, pelos membros do Poder Judiciário local.
ATENÇÃO!
Nos termos do art. 49 da Lei nº 8.625/93, “os vencimentos do Procurador-Geral de Jus ça, em
cada Estado, para efeito do disposto no § 1º do art. 39 da Cons tuição Federal, guardarão
equivalência com os vencimentos dos Desembargadores dos Tribunais de Jus ça”.
Esse disposi vo foi declarado INCONSTITUCIONAL pelo STF, em sede de controle concentrado.
De acordo com o Tribunal, há afronta ao art. 37, XIII, da CF, vez que o preceito cons tucional veda
a vinculação ou equiparação de vencimentos para efeito de remuneração de pessoal do serviço
público – aí incluídos os membros do Ministério Público e da Magistratura.
Assim, não se pode estabelecer vinculação entre os vencimentos do Ministério Público e da
Magistratura, em virtude de ambos possuírem atribuições diversas.
Além dos vencimentos, poderão ser outorgadas, a membro do Ministério Público, nos
termos da lei, as seguintes vantagens:
- Aplicam-se aos membros do Ministério Público os direitos sociais previstos no art. 7º, incisos
VIII, XII, XVII, XVIII e XIX, da Cons tuição Federal.
- Computar-se-á, para efeito de aposentadoria, disponibilidade e adicionais por tempo de
serviço, o tempo de exercício da advocacia, até o máximo de quinze anos.
- Cons tui parcela dos vencimentos, para todos os efeitos, a gra ficação de representação de
Ministério Público.
Art. 77. No âmbito do Ministério Público, para os fins do disposto no art. 37, inciso XI, da
Cons tuição Federal, ficam estabelecidos como limite de remuneração os valores percebidos
em espécie, a qualquer tulo, pelo Procurador-Geral de Jus ça.
Art. 40. Cons tuem prerroga vas dos membros do Ministério Público, além de outras
previstas na Lei Orgânica:
I - ser ouvido, como testemunha ou ofendido, em qualquer processo ou inquérito, em
dia, hora e local previamente ajustados com o Juiz ou a autoridade competente; 23
II - estar sujeito a in mação ou convocação para comparecimento, somente se
expedida pela autoridade judiciária ou por órgão da Administração Superior do
Ministério Público competente, ressalvadas as hipóteses cons tucionais;
III - ser preso somente por ordem judicial escrita, salvo em flagrante de crime
inafiançável, caso em que a autoridade fará, no prazo máximo de vinte e quatro horas,
a comunicação e a apresentação do membro do Ministério Público ao Procurador-
Geral de Jus ça;
IV - ser processado e julgado originariamente pelo Tribunal de Jus ça de seu Estado,
nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada exceção de ordem
cons tucional;
V - ser custodiado ou recolhido à prisão domiciliar ou à sala especial de Estado Maior,
por ordem e à disposição do Tribunal competente, quando sujeito a prisão antes do
julgamento final;
VI - ter assegurado o direito de acesso, re ficação e complementação dos dados e
informações rela vos à sua pessoa, existentes nos órgãos da ins tuição, na forma da
Lei Orgânica.
Art. 41. Cons tuem prerroga vas dos membros do Ministério Público, no exercício de
sua função, além de outras previstas na Lei Orgânica:
I - receber o mesmo tratamento jurídico e protocolar dispensado aos membros do
Quando, no curso de inves gação, houver indício da prá ca de infração penal por parte
de membro do Ministério Público, a autoridade policial, civil ou militar remeterá,
imediatamente, sob pena de responsabilidade, os respec vos autos ao Procurador-Geral de
Jus ça, a quem compe rá dar prosseguimento à apuração.
Com fundamento nesse disposi vo, a banca FMP, no concurso para o cargo de Promotor de
Jus ça do MP-AM, considerou como correta a seguinte afirmação: “é garan a do Promotor
de Jus ça nunca ser indiciado em inquérito policial, mesmo em caso de prá ca de crime
doloso contra a vida”.
Art. 43. São deveres dos membros do Ministério Público, além de outros previstos em
lei:
I - manter ilibada conduta pública e par cular;
II - zelar pelo pres gio da Jus ça, por suas prerroga vas e pela dignidade de suas
funções;
III - indicar os fundamentos jurídicos de seus pronunciamentos processuais,
elaborando relatório em sua manifestação final ou recursal;
IV - obedecer aos prazos processuais;
V - assis r aos atos judiciais, quando obrigatória ou conveniente a sua presença;
VI - desempenhar, com zelo e presteza, as suas funções;
VII - declarar-se suspeito ou impedido, nos termos da lei;
VIII - adotar, nos limites de suas atribuições, as providências cabíveis em face da
irregularidade de que tenha conhecimento ou que ocorra nos serviços a seu cargo;
IX - tratar com urbanidade as partes, testemunhas, funcionários e auxiliares da Jus ça;
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X - residir, se tular, na respec va Comarca;
XI - prestar informações solicitadas pelos órgãos da ins tuição;
XII - iden ficar-se em suas manifestações funcionais;
XIII - atender aos interessados, a qualquer momento, nos casos urgentes;
XIV - acatar, no plano administra vo, as decisões dos órgãos da Administração
Superior do Ministério Público.
2.2.8. Vedações
Nos termos do art. 44, aos membros do Ministério Público se aplicam as seguintes
vedações:
Não cons tuem acumulação as a vidades exercidas em organismos estatais afetos à área de
atuação do Ministério Público, em Centro de Estudo e Aperfeiçoamento de Ministério
Público, em en dades de representação de classe e o exercício de cargos de confiança na sua
administração e nos órgãos auxiliares.
ATENÇÃO!
Antes da EC 45/04, a lei permi a que o membro do MP concorresse desde que se
desincompa bilizasse do cargo. Depois da EC 45/2004, não mais existe qualquer exceção. A
a vidade polí co-par dária é completamente vedada, por força do art. 128, §5º, 'e', da CF.
A vedação não alcança o membro que ingressou na carreira antes da promulgação da CF/88.
Ao membro ou servidor do Ministério Público é vedado, ainda, manter, sob sua chefia
imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro, ou parente até o segundo 27
grau civil.
- Originário
Art. 59. O ingresso nos cargos iniciais da carreira dependerá da aprovação prévia em
concurso público de provas e tulos, organizado e realizado pela Procuradoria-Geral
de Jus ça, com par cipação da Ordem dos Advogados do Brasil.
§ 1º É obrigatória a abertura do concurso de ingresso quando o número de vagas
a ngir a um quinto dos cargos iniciais da carreira.
§ 2º Assegurar-se-ão ao candidato aprovado a nomeação e a escolha do cargo, de
acordo com a ordem de classificação no concurso.
§ 3º São requisitos para o ingresso na carreira, dentre outros estabelecidos pela Lei
Orgânica:
I - ser brasileiro;
II - ter concluído o curso de bacharelado em Direito, em escola oficial ou reconhecida;
III - estar quite com o serviço militar;
IV - estar em gozo dos direitos polí cos.
§ 4º O candidato nomeado deverá apresentar, no ato de sua posse, declaração de seus
- Derivado
a) Promoção
É sempre voluntária e far-se-á, alternadamente, por an guidade e merecimento, do
cargo da inves dura inicial às demais entrâncias, sucessivamente.
b) Remoção
Far-se-á sempre para o cargo de igual entrância, e poderá ser voluntária, compulsória
ou por permuta.
- Quando voluntária, se dará alterna vamente, por an guidade e merecimento.
- Quando compulsória, somente poderá ocorrer com fundamento no interesse público,
observados os princípios do contraditório e da ampla defesa, observando-se as
peculiaridades procedimentais da Lei Orgânica local, bem como os preceitos da lei geral.
- Por fim, a remoção por permuta dependerá de pedido escrito e conjunto, formulado por
ambos os pretendentes.
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Art. 61. A Lei Orgânica regulamentará o regime de remoção e promoção dos membros
do Ministério Público, observados os seguintes princípios:
I - promoção voluntária, por an guidade e merecimento, alternadamente, de uma
para outra entrância ou categoria e da entrância ou categoria mais elevada para o
cargo de Procurador de Jus ça, aplicando-se, por assemelhação, o disposto no art. 93,
incisos III e VI, da Cons tuição Federal;
II - apurar-se-á a an guidade na entrância e o merecimento pela atuação do membro
do Ministério Público em toda a carreira, com prevalência de critérios de ordem
obje va levando-se inclusive em conta sua conduta, operosidade e dedicação no
exercício do cargo, presteza e segurança nas suas manifestações processuais, o
número de vezes que já tenha par cipado de listas, bem como a frequência e o
aproveitamento em cursos oficiais, ou reconhecidos, de aperfeiçoamento;
III - obrigatoriedade de promoção do Promotor de Jus ça que figure por três vezes
consecu vas ou cinco alternadas em lista de merecimento;
IV - a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respec va entrância
ou categoria e integrar o Promotor de Jus ça a primeira quinta parte da lista de an guidade,
salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago, ou quando o número
limitado de membros do Ministério Público inviabilizar a formação de lista tríplice;
V - a lista de merecimento resultará dos três nomes mais votados, desde que ob da maioria
de votos, procedendo-se, para alcançá-la, a tantas votações quantas necessárias,
examinados em primeiro lugar os nomes dos remanescentes de lista anterior;
A Lei Orgânica poderá prever a subs tuição por convocação, em caso de licença do
tular de cargo da carreira ou de afastamento de suas funções junto à Procuradoria ou
Promotoria de Jus ça. 29
c) Reintegração
Trata-se do retorno do membro do Ministério Público ao cargo, com ressarcimento dos
vencimentos e vantagens que não foram percebidos em razão do afastamento, inclusive a
contagem do tempo de serviço.
Decorrerá de sentença judicial com trânsito em julgado ou decisão defini va em
processo administra vo.
d) Reversão
É o retorno do membro aposentado à a vidade. Dar-se-á na entrância em que se
aposentou, em vaga a ser provida pelo critério de merecimento.
e) Aproveitamento
Consiste no retorno do membro em disponibilidade.
· Censura;
· Suspensão;
· Demissão.
Resposta
9. E
COMENTÁRIOS
ALTERNATIVA A – INCORRETA
Lei 8.625/93, Art. 20. Os Procuradores de Jus ça
das Procuradorias de Jus ça civis e criminais, que
oficiem junto ao mesmo Tribunal, reunir-se-ão
para fixar orientações jurídicas, sem caráter
vincula vo, encaminhando-as ao Procurador-
Geral de Jus ça.