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JURISPRUDÊNCIA DIREITO CONSTITUCIONAL

ORGANIZAÇÃO DE PODERES

É inconstitucional lei estadual que exija que o pescador,


para exercer sua atividade, cadastre-se em entidade
privada (Federação de Pescadores) que cobra taxa por
essa fiscalização
Direito Constitucional Competências legislativas Competências estaduais

Origem: STF


É inconstitucional lei estadual que preveja que o pescador semiprofissional ou


esportivo, para o exercício da atividade, deverá se cadastrar e se habilitar na
Federação de Pescadores do Estado. Também é inconstitucional a norma estadual
que afirme que a taxa de cadastro e o fornecimento da habilitação para exercer a
atividade de pescador semiprofissional ou esportivo será definida em Assembleia
Geral da Federação de Pescadores do Estado. Tais disposições invadem a
competência da União para editar as normas gerais sobre pesca. Existe lei federal
que regulamenta, de modo unificado, todo o procedimento de habilitação de pesca
com requisitos nacionais. Além disso, a lei não poderia ter delegado a uma
entidade de direito privado (Federação dos Pescadores) o poder de definir o valor
da taxa a ser cobrada. STF. Plenário. ADI 3829/RS, Rel. Min. Alexandre de
Moraes, julgado em 11/4/2019 (Info 937).
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É inconstitucional lei estadual ou emenda à Constituição


do Estado, de iniciativa parlamentar, que trate
sobre organização ou funcionamento do TCE
Direito Constitucional Tribunal de Contas Noções gerais
Origem: STF


Os Tribunais de Contas possuem reserva de iniciativa (competência privativa) para


deflagrar o processo legislativo que tenha por objeto alterar a sua organização ou
o seu funcionamento (art. 96, II c/c arts. 73 e 75 da CF/88). Trata-se de uma
prerrogativa que decorre da independência e autonomia asseguradas às Cortes de
Contas. Assim é inconstitucional lei estadual ou mesmo emenda à Constituição do
Estado, de iniciativa parlamentar, que trate sobre organização ou funcionamento
do TCE. A promulgação de emenda à Constituição Estadual não constitui meio
apto para contornar (burlar) a cláusula de iniciativa reservada. STF. Plenário. ADI
5323/RN, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 11/4/2019 (Info 937).
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É inconstitucional norma da Constituição Estadual que


preveja regra sobre a organização ou funcionamento do
TCE de forma diferente do modelo federal
Direito Constitucional Tribunal de Contas Noções gerais

Origem: STF

O art. 75 da CF/88 estabelece que deverá haver um “espelhamento obrigatório” do
modelo de controle externo do TCU previsto na CF/88 para os Tribunais de Contas
dos Estados/DF e para os Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios. Isso
significa que é materialmente inconstitucional norma da Constituição Estadual que
trate sobre a organização ou funcionamento do TCE de forma diferente do modelo
federal. Caso isso ocorra, haverá uma violação ao art. 75 da Carta Maior. Diante
disso é inconstitucional dispositivo da CE que preveja que, se o TCE reconhecer a
boa-fé do infrator e se este fizer a liquidação tempestiva do débito ou da multa, a
Corte deverá considerar saneado o processo. Esta regra é inconstitucional porque
não há previsão semelhante na CF/88. STF. Plenário. ADI 5323/RN, Rel. Min.
Rosa Weber, julgado em 11/4/2019 (Info 937).
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Viola o art. 132 da CF/88 norma da Constituição Estadual


que preveja que a representação judicial e consultoria
jurídica da PGE ficará restrita ao Poder Executivo
Direito Constitucional Advocacia Pública Geral

Origem: STF


É inconstitucional dispositivo de Constituição Estadual que preveja que a


Procuradoria Geral do Estado ficará responsável pelas atividades de
representação judicial e de consultoria jurídica apenas “do Poder Executivo”. Essa
previsão viola o princípio da unicidade da representação judicial dos Estados e do
Distrito Federal. De acordo com o art. 132 da CF/88 as atribuições da PGE não
ficam restritas ao Poder Executivo, abrangendo também os demais Poderes. STF.
Plenário. ADI 5262 MC/RR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 27 e 28/3/2019
(Info 935).
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Proibição de reedição de medidas provisórias na mesma


sessão legislativa
Direito Constitucional Processo legislativo Medidas provisórias

Origem: STF


É inconstitucional medida provisória ou lei decorrente de conversão de medida


provisória cujo conteúdo normativo caracterize a reedição, na mesma sessão
legislativa, de medida provisória anterior rejeitada, de eficácia exaurida por
decurso do prazo ou que ainda não tenha sido apreciada pelo Congresso Nacional
dentro do prazo estabelecido pela Constituição Federal. STF. Plenário. ADI 5717/
DF, ADI 5709/DF, ADI 5716/DF e ADI 5727/DF, Rel. Min. Rosa Weber, julgados em
27/3/2019 (Info 935).
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Técnico superior em Direito de autarquia estadual não


pode exercer atribuições de representação jurídica da
entidade, mas pode fazer atuação jurídica no âmbito
interno da autarquia, sobretudo em atividades de
compliance
Direito Constitucional Advocacia Pública Geral

Origem: STF

É inconstitucional lei estadual que preveja que servidor de autarquia (no caso, era
Técnico Superior do DETRAN) será responsável por: • representar a entidade “em
juízo ou fora dele nas ações em que haja interesse da autarquia”. • praticar “todos
os demais atos de natureza judicial ou contenciosa, devendo, para tanto, exercer
as suas funções profissionais e de responsabilidade técnica regidas pela Ordem
dos Advogados do Brasil OAB”. Tais previsões violam o “princípio da unicidade da
representação judicial dos Estados e do Distrito Federal”, insculpido no art. 132 da
CF/88. A legislação impugnada, apesar de não ter criado uma procuradoria
paralela, atribuiu ao cargo de Técnico Superior do Detran/ES, com formação em
Direito, diversas funções privativas de advogado. Ao assim agir, conferiu algumas
atribuições de representação jurídica do DETRAN a pessoas estranhas aos
quadros da Procuradoria-Geral do Estado, com violação do art. 132, caput, da CF/
88. O STF decidiu modular os efeitos da decisão para: • manter os cargos em
questão, excluídas as atribuições judiciais inerentes às procuradorias; • declarar a
validade dos atos praticados (ex: contestações, recursos etc.) até a data do
julgamento, com base na teoria do funcionário de fato. ATENÇÃO. Por outro
lado é válido que esses servidores façam a atuação jurídica no âmbito interno da
autarquia, sobretudo em atividades de compliance, tais como conceber e formular
medidas e soluções de otimização, fiscalização e auditoria (exs: interpretar
textos e instrumentos legais, elaborar pareceres sobre questões jurídicas que
envolvam as atividades da entidade, elaborar editais, contratos, convênios etc.).
Essas atribuições podem sim ser exercidas pelos Técnicos Superiores do
DETRAN, sem que isso ofenda o princípio da unicidade da representação judicial.
O STF entendeu que não se pode deslocar qualquer atuação técnico-jurídica da
autarquia para a PGE, porque esta não conseguirá fazer frente a essa gama de
trabalho, sob pena de ter suas atividades inviabilizadas. STF. Plenário. ADI 5109/
ES, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 13/12/2018 (Info 927).
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É possível a existência de Procuradoria da Assembleia


Legislativa, mas este órgão ficará responsável apenas pela
defesa das prerrogativas do Poder Legislativo
Direito Constitucional Advocacia Pública Geral

Origem: STF


A atuação da Procuradoria da Assembleia Legislativa deve ficar limitada à defesa


das prerrogativas inerentes ao Poder Legislativo. Em outras palavras é possível a
existência de Procuradoria da Assembleia Legislativa, mas este órgão ficará
responsável apenas pela defesa das prerrogativas do Poder Legislativo. A
representação estadual como um todo, independentemente do Poder, compete à
Procuradoria-Geral do Estado (PGE), tendo em conta o princípio da unicidade
institucional da representação judicial e da consultoria jurídica para
Estados e Distrito Federal. No entanto, às vezes, há conflito entre os Poderes. Ex:
o Poder Legislativo cobra do Poder Executivo o repasse de um valor que ele
entende devido e que não foi feito. Nestes casos é possível, em tese, a propositura
de ação judicial pela Assembleia Legislativa e quem irá representar judicialmente o
órgão será a Procuradoria da ALE. STF. Plenário. ADI 825/AP, Rel. Min. Alexandre
de Moraes, julgado em 25/10/2018 (Info 921).
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Inconstitucionalidade da previsão de procuradorias


autárquicas para os Estados-membros
Direito Constitucional Advocacia Pública Geral
Origem: STF


A Constituição do Estado do Ceará previa que o Governador deveria encaminhar à


ALE projetos de lei dispondo sobre a organização e o funcionamento da
Procuradoria-Geral do Estado e das procuradorias autárquicas. O STF decidiu que
essa regra é inconstitucional. Isso porque a CF/88 determina que a representação
judicial e a consultoria jurídica do Estado, incluídas suas autarquias e fundações,
deve ser feita pela PGE, nos termos do art. 132 da CF/88. O art. 132 da CF/88
consagra o chamado “princípio” da unicidade da representação judicial e da
consultoria jurídica dos Estados e do Distrito Federal e, dessa forma, estabelece
competência funcional exclusiva da Procuradoria-Geral do Estado. A exceção
prevista no art. 69 do ADCT da CF deixou evidente que, a partir da Constituição de
1988, não se permite mais a criação de órgãos jurídicos distintos da Procuradoria-
Geral do Estado, admite-se apenas a manutenção daquelas consultorias jurídicas
já existentes quando da promulgação da Carta. Trata-se de exceção direcionada a
situações concretas e do passado e, por essa razão, deve ser interpretada
restritivamente, inclusive com atenção à diferenciação entre os termos “consultoria
jurídica” e “procuradoria jurídica”, uma vez que esta última pode englobar as
atividades de consultoria e representação judicial. STF. Plenário. ADI 145/CE, Rel.
Min. Dias Toffoli, julgado em 20/6/2018 (Info 907).
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O art. 127 da CF/88 assegura ao MP autonomia financeira


Direito Constitucional Ministério Público Outros temas

Origem: STF


É constitucional dispositivo da Constituição Estadual que assegura ao Ministério


Público autonomia financeira e a iniciativa ao Procurador-Geral de Justiça para
propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção dos cargos e serviços
auxiliares e a fixação dos vencimentos dos membros e dos servidores de seus
órgãos auxiliares. Também é constitucional a previsão de que o Ministério Público
elaborará a sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos pela LDO.
STF. Plenário. ADI 145/CE, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 20/6/2018 (Info 907).
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TJ pode julgar ADI contra lei municipal tendo como


parâmetro norma da Constituição Federal?
Direito Constitucional Controle de constitucionalidade Representação de inconstitucionalidade em
face da constituição estadual

Origem: STF


Tribunais de Justiça podem exercer controle abstrato de constitucionalidade de leis


municipais utilizando como parâmetro normas da Constituição Federal, desde que
se trate de normas de reprodução obrigatória pelos estados. STF. Plenário. RE
650898/RS, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso,
julgado em 1º/2/2017 (repercussão geral) (Info 852).
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É inconstitucional a prática da vaquejada


Direito Constitucional Temas diversos Meio Ambiente

Origem: STF


É inconstitucional lei estadual que regulamenta a atividade da “vaquejada”.


Segundo decidiu o STF, os animais envolvidos nesta prática sofrem tratamento
cruel, razão pela qual esta atividade contraria o art. 225, § 1º, VII, da CF/88. A
crueldade provocada pela “vaquejada” faz com que, mesmo sendo esta uma
atividade cultural, não possa ser permitida. A obrigação de o Estado garantir a
todos o pleno exercício de direitos culturais, incentivando a valorização e a difusão
das manifestações, não prescinde da observância do disposto no inciso VII do § 1º
do art. 225 da CF/88, que veda práticas que submetam os animais à crueldade.
STF. Plenário. ADI 4983/CE, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 06/10/2016 (Info
842).
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Constitucionalidade da EC 74/2013, que conferiu


autonomia à DPU e à DPDF
Direito Constitucional Processo legislativo EC iniciada por parlamentar e matérias do art. 61, § 1º
da CF

Origem: STF


É possível que emenda à Constituição Federal proposta por iniciativa parlamentar


trate sobre as matérias previstas no art. 61, § 1º da CF/88. As regras de reserva de
iniciativa fixadas no art. 61, § 1º da CF/88 não são aplicáveis ao processo de
emenda à Constituição Federal, que é disciplinado em seu art. 60. STF. Plenário.
ADI 5296 MC/DF, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 18/5/2016 (Info 826).
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Constitucionalidade da EC 74/2013, que conferiu


autonomia à DPU e à DPDF
Direito Constitucional Defensoria Pública Regime jurídico e temas institucionais

Origem: STF


A EC 74/2013, que conferiu autonomia às Defensorias Públicas da União e do


Distrito Federal, não viola o art. 61, § 1º, II, alínea "c", da CF/88 nem o princípio da
separação dos poderes, mesmo tendo sido proposta por iniciativa parlamentar.
STF. Plenário. ADI 5296 MC/DF, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 18/5/2016 (Info
826).
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Requisitos para emenda parlamentar a projetos de lei de


outros poderese
Direito Constitucional Processo legislativo Emenda parlamentar em projetos de leis dos Poderes
Executivo e Judiciário

Origem: STF


É possível que haja emendas parlamentares em projetos de lei de iniciativa


dos Poderes Executivo e Judiciário, desde que cumpram dois requisitos: a)
guardem pertinência temática com a proposta original (tratem sobre o mesmo
assunto); b) não acarretem em aumento de despesas. STF. Plenário. ADI 5087
MC/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 27/8/2014 (Info 756). STF. Plenário.
ADI 1333/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 29/10/2014 (Info 765). STF.
Plenário. ADI 3942/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, jugado em 5/2/2015 (Info 773).
STF. Plenário. ADI 2810/RS, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 20/4/2016 (Info
822). Exemplo: O Governador de Santa Catarina enviou projeto de lei instituindo
regime de subsídio para os Procuradores do Estado. Durante a tramitação do
projeto, um Deputado apresentou emenda criando uma gratificação para os
servidores da PGE. O projeto foi aprovado e sancionado, convertendo-se em lei. O
STF julgou essa lei inconstitucional por vício formal de iniciativa, pois a proposta
de aumento de remuneração, tema de iniciativa privativa do Poder Executivo (art.
61, § 2º, II, “b”, da CF/88), foi incluída durante a tramitação na Assembleia
Legislativa, desrespeitando o princípio da independência dos poderes, prevista no
art. 2º da CF/88. A relatora observou ainda a falta de pertinência temática, pois a
criação da gratificação aos servidores do Poder Executivo estadual foi incluída por
meio de emenda parlamentar em medida provisória destinada a estabelecer o
subsídio mensal como forma de remuneração da carreira de procurador do estado.
STF. Plenário. ADI 4433/SC, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 18/6/2015 (Info
790).
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Impossibilidade de o membro do MP exercer cargos fora


da Instituição
Direito Constitucional Ministério Público Outros temas

Origem: STF


Membros do Ministério Público não podem ocupar cargos públicos fora do âmbito
da Instituição, salvo cargo de professor e funções de magistério. A Resolução
72/2011 do CNMP, ao permitir que membro do Parquet exerça cargos fora do
MP é flagrantemente contrária ao art. 128, § 5º, II, "d", da CF/88.
Consequentemente, a nomeação de membro do MP para o cargo de Ministro da
Justiça viola o texto constitucional. STF. Plenário. ADPF 388, Rel. Min. Gilmar
Mendes, julgado em 09/03/2016 (Info 817).
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É constitucional lei que estabelece limitações para


propagandas apenas de bebidas alcoólicas com mais de
13o
Direito Constitucional Temas diversos Publicidade de bebidas alcoólicas

Origem: STF


O art. 220, § 4º da CF/88 prevê que lei poderá impor restrições às propagandas de
bebidas alcoólicas. Com o objetivo de regulamentar esse dispositivo, foi editada a
Lei 9.294/96. Ocorre que a Lei 9.294/96 afirmou expressamente que só haveria
restrições para as propagandas de bebidas alcoólicas com teor alcoólico superior
a 13º GL (art. 1º, parágrafo único). O PGR não concordou com a medida e ajuizou
ação direta de inconstitucionalidade por omissão afirmando que o Congresso
Nacional estaria em mora legislativa, considerando que deveria impor restrições à
propaganda de bebidas alcoólicas independentemente do seu teor de álcool. O
STF julgou improcedente o pedido. A Corte entendeu que não é possível que o
Poder Judiciário crie norma geral e abstrata em substituição ao legislador definindo
o que é bebida alcoólica para fins de propaganda. Além disso, o STF considerou
que não existe a alegada omissão. O legislador federal aprovou a Lei 9.294/96,
que foi objeto de amplo debate no Congresso Nacional. Foi feita uma escolha
política de só serem impostas restrições para propagandas de bebidas alcóolicas
com grau superior a 13º GL, não podendo o STF rever essa decisão. Por fim, o
STF entendeu que a Lei 9.294/96 não contraria a Lei 11.705/2008 (Lei Seca),
considerando que são diplomas legislativos com âmbitos de incidência totalmente
diversos. A primeira lei cuida de restrições à propaganda e liberdade de expressão.
Nela não se está julgando o teor alcoólico da bebida e sim até que limite pode ir a
sua publicidade. Na segunda, estão sendo discutidos os efeitos do álcool para
pessoas que dirigem veículo automotor e a proibição imposta para essa prática.
STF. Plenário. ADO 22/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 22/4/2015 (Info
782).
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Lei estadual não pode criar cargos em comissão para o


desempenho das atribuições de assessoramento jurídico
no âmbito do Poder Executivo
Direito Constitucional Advocacia Pública Geral

Origem: STF


A atividade de assessoramento jurídico do Poder Executivo dos Estados deve ser


exercida por Procuradores do Estado, organizados em carreira, cujo ingresso
depende de concurso público de provas e títulos, nos termos do art. 132 da CF/88.
Esse preceito tem como objetivo garantir a necessária qualificação
técnica e independência funcional desses especiais agentes públicos.
Assim é inconstitucional a norma que outorgue a ocupante de cargo em comissão
ou de função de confiança o exercício, no âmbito do Poder Executivo local, de
atribuições inerentes à representação judicial e ao desempenho da atividade de
consultoria e de assessoramento jurídicos, pois tais encargos traduzem
prerrogativa institucional outorgada, em caráter de exclusividade, aos
Procuradores do Estado. STF. Plenário. ADI 4261, Rel. Min. Ayres Britto, julgado
em 02/08/2010. STF. Plenário. ADI 4.843/MC-ED-Ref, Rel. Min. Celso de Mello,
julgado em 11/12/2014.
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Emenda parlamentar concedendo anistia a servidores


grevistas
Direito Constitucional Processo legislativo Emenda parlamentar em projetos de leis dos Poderes
Executivo e Judiciário

Origem: STF


O Tribunal de Justiça encaminhou um projeto de lei aumentando os vencimentos


dos servidores do Poder Judiciário e um Deputado Estadual apresentou emenda à
proposta prevendo anistia aos servidores que fizeram greve e compensação dos
dias paralisados. O STF entendeu que não havia pertinência temática entre a
emenda e o projeto apresentado, razão pela qual a inovação foi inconstitucional.
STF. Plenário. ADI 1333/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 29/10/2014 (Info
765).
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Emenda parlamentar criando exceções ao teto do


funcionalismo estadual
Direito Constitucional Processo legislativo Emenda parlamentar em projetos de leis dos Poderes
Executivo e Judiciário

Origem: STF


O STF considerou inconstitucional a emenda apresentada por parlamentar a uma


PEC de iniciativa do Governador que instituía o teto do funcionalismo estadual. A
emenda do Deputado previa exceções ao teto, de forma que acabava criando
despesas, o que viola o art. 63, I, da CF/88 aplicável ao processo legislativo
estadual com base no princípio da simetria. STF. Plenário. ADI 5087 MC/DF, Rel.
Min. Teori Zavascki, julgado em 27/8/2014 (Info 756).
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Judiciário pode obrigar administração pública a manter


quantidade mínima de medicamento em estoque
Direito Constitucional Direitos e garantias fundamentais Saúde
Origem: STF


A Administração Pública pode ser obrigada, por decisão do Poder Judiciário, a


manter estoque mínimo de determinado medicamento utilizado no combate a certa
doença grave, de modo a evitar novas interrupções no tratamento. Não há
violação ao princípio da separação dos poderes no caso. Isso porque com essa
decisão o Poder Judiciário não está determinando metas nem prioridades do
Estado, nem tampouco interferindo na gestão de suas verbas. O que se está
fazendo é controlar os atos e serviços da Administração Pública que, neste caso,
se mostraram ilegais ou abusivos já que, mesmo o Poder Público se
comprometendo a adquirir os medicamentos, há falta em seu estoque,
ocasionando graves prejuízos aos pacientes. Assim, não tendo a Administração
adquirido o medicamento em tempo hábil a dar continuidade ao tratamento dos
pacientes, atuou de forma ilegítima, violando o direito à saúde daqueles pacientes,
o que autoriza a ingerência do Poder Judiciário. STF. 1ª Turma. RE 429903/RJ,
Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 25/6/2014 (Info 752).

Judiciário pode obrigar administração pública a manter


quantidade mínima de medicamento em estoque
Direito Constitucional Direitos e garantias fundamentais Controle jurisdicional de políticas
públicas
Origem: STF


A Administração Pública pode ser obrigada, por decisão do Poder Judiciário, a


manter estoque mínimo de determinado medicamento utilizado no combate a certa
doença grave, de modo a evitar novas interrupções no tratamento. Não há
violação ao princípio da separação dos poderes no caso. Isso porque com essa
decisão o Poder Judiciário não está determinando metas nem prioridades do
Estado, nem tampouco interferindo na gestão de suas verbas. O que se está
fazendo é controlar os atos e serviços da Administração Pública que, neste caso,
se mostraram ilegais ou abusivos já que, mesmo o Poder Público se
comprometendo a adquirir os medicamentos, há falta em seu estoque,
ocasionando graves prejuízos aos pacientes. Assim, não tendo a Administração
adquirido o medicamento em tempo hábil a dar continuidade ao tratamento dos
pacientes, atuou de forma ilegítima, violando o direito à saúde daqueles pacientes,
o que autoriza a ingerência do Poder Judiciário. STF. 1ª Turma. RE 429903/RJ,
Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 25/6/2014 (Info 752).
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Iniciativa da lei de organização judiciária e criação de


Conselho Estadual de Justiça
Direito Constitucional Competências legislativas Normas de constituições estaduais examinadas
pelo STF

Origem: STF


É inconstitucional norma da Constituição estadual que preveja que a iniciativa da


Lei de organização judiciária é do Governador do Estado. É inconstitucional norma
da Constituição estadual que institua a criação de órgão de controle administrativo
do Poder Judiciário do qual participem representantes de outros Poderes ou
entidades. STF. Plenário. ADI 197/SE, rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em
3/4/2014 (Info 741).
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Emenda parlamentar criou gratificação para os servidores


públicos
Direito Constitucional Processo legislativo Emenda parlamentar em projetos de leis dos Poderes
Executivo e Judiciário

Origem: STF


O Governador do Estado enviou um projeto de lei para a ALE tratando sobre


servidores públicos estaduais e, por meio de uma emenda parlamentar, foi inserida
determinada gratificação. O STF considerou essa previsão inconstitucional por
violar a regra do art. 63, I, da CF/88, que também se aplica ao processo legislativo
no âmbito estadual. STF. Plenário. ADI 4759 MC/BA, rel. Min. Marco Aurélio,
julgado em 5/2/2014 (Info 734).
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Estado que deixou de pagar precatórios e intervenção


federal
Direito Constitucional Organização do Estado Geral

Origem: STF


O descumprimento voluntário e intencional de decisão transitada em julgado


configura pressuposto indispensável ao acolhimento do pedido de intervenção
federal. Para que seja decretada a intervenção federal em um Estado-membro que
tenha deixado de pagar precatórios é necessário que fique comprovado que esse
descumprimento é voluntário e intencional. Se ficar demonstrado que o ente não
pagou por dificuldades financeiras não há intervenção. STF. Plenário. IF 5101/RS,
IF 5105/RS, IF 5106/RS, IF 5114/RS, rel. Min. Cezar Peluso, julgado em
28/3/2012.
PODER EXECUTIVO

Imunidade do art. 51, I, e art. 86 da CF/88 não se estende


para codenunciados que não sejam Presidente da
República, Vice ou Ministro de Estado
Direito Constitucional Poder Executivo Geral
Origem: STF


A imunidade formal prevista no art. 51, I, e no art. 86, caput, da CF/88 não se
estende para os codenunciados que não se encontrem investidos nos cargos de
Presidente da República, Vice-Presidente da República e Ministro de Estado. A
finalidade dessa imunidade é proteger o exercício regular desses cargos, razão
pela qual não é extensível a codenunciados que não se encontrem ocupando tais
funções. STF. Plenário. Inq 4483 AgR-segundo/DF e Inq 4327 AgR-segundo/DF,
rel. Min. Edson Fachin, julgados em 14 e 19/12/2017 (Info 888).
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Não é possível que o STF examine questões jurídicas


formuladas a respeito da denúncia antes do seu envio à
Câmara dos Deputados para o juízo político de que trata o
art. 86 da CF/88
Direito Constitucional Poder Executivo Geral

Origem: STF


Imagine que foi formulada denúncia contra o Presidente da República por


infrações penais comuns. O STF deverá encaminhar esta denúncia para a Câmara
dos Deputados exercer o seu juízo político. É possível que, antes desse envio, o
STF analise questões jurídicas a respeito desta denúncia, como a validade dos
elementos informativos (“provas”) que a embasaram? NÃO. Não há possibilidade
de o STF conhecer e julgar qualquer questão ou matéria defensiva suscitada pelo
Presidente antes que a matéria seja examinada pela Câmara dos Deputados. O
juízo político de admissibilidade exercido pela Câmara dos Deputados precede a
análise jurídica pelo STF para conhecer e julgar qualquer questão ou matéria
defensiva suscitada pelo denunciado. A discussão sobre o valor probatório dos
elementos de convicção (“provas”), ou mesmo a respeito da validade desses
elementos que eventualmente embasarem a denúncia, constitui matéria
relacionada com a chamada “justa causa”, uma das condições da ação penal, cuja
constatação ou não se dará por ocasião do juízo de admissibilidade, a ser levado a
efeito pelo Plenário do STF após eventual autorização da Câmara dos Deputados.
STF. Plenário.Inq 4483 QO/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 20 e 21/9/2017
(Info 878).
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Não há necessidade de prévia autorização da ALE para que


o STJ receba denúncia criminal contra o Governador do
Estado
Direito Constitucional Poder Executivo Geral

Origem: STF


Não há necessidade de prévia autorização da Assembleia Legislativa para que o


STJ receba denúncia ou queixa e instaure ação penal contra Governador de
Estado, por crime comum. Em outras palavras, não há necessidade de prévia
autorização da ALE para que o Governador do Estado seja processado por crime
comum. Se a Constituição Estadual exigir autorização da ALE para que o
Governador seja processado criminalmente, essa previsão é considerada
inconstitucional. Assim, é vedado às unidades federativas instituir normas que
condicionem a instauração de ação penal contra Governador por crime comum à
previa autorização da Casa Legislativa. Se o STJ receber a denúncia ou queixa-
crime contra o Governador, ele ficará automaticamente suspenso de suas funções
no Poder Executivo estadual? NÃO. O afastamento do cargo não se dá de forma
automática. O STJ, no ato de recebimento da denúncia ou queixa, irá decidir, de
forma fundamentada, se há necessidade de o Governador do Estado ser ou não
afastado do cargo. Vale ressaltar que, além do afastamento do cargo, o STJ
poderá aplicar qualquer uma das medidas cautelares penais (exs: prisão
preventiva, proibição de ausentar-se da comarca, fiança, monitoração eletrônica
etc.). STF. Plenário. ADI 4777/BA, ADI 4674/RS, ADI 4362/DF, rel. orig. Min. Dias
Toffoli, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em 9/8/2017 (Info 872).
STF. Plenário. ADI 5540/MG, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 3/5/2017 (Info
863). STF. Plenário. ADI 4764/AC, ADI 4797/MT e ADI 4798/PI, Rel. Min. Celso de
Mello, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgados em 4/5/2017 (Info 863).
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Réu em processo criminal não pode assumir, como
substituto, o cargo de Presidente da República
Direito Constitucional Poder Executivo Geral

Origem: STF


Os substitutos eventuais do Presidente da República a que se refere o art. 80 da


CF/88, caso ostentem a posição de réus criminais perante o STF, ficarão
impossibilitados de exercer o ofício de Presidente da República. No entanto,
mesmo sendo réus, podem continuar na chefia do Poder por eles titularizados. Ex:
o Presidente do Senado Renan Calheiros tornou-se réu em um processo criminal;
logo, ele não poderá assumir a Presidência da República na forma do art. 80 da
CF/88; porém, ele pode continuar normalmente como Presidente do Senado, não
precisando ser afastado deste cargo. STF. Plenário. ADPF 402 MC-REF/DF, Rel.
Min. Marco Aurélio, julgado em 7/12/2016 (Info 850).
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Ordem de votação dos Deputados Federais na fase de


juízo de admissibilidade do processo de Impeachment
Direito Constitucional Poder Executivo Geral

Origem: STF


Caso o Presidente da República seja "acusado" de ter praticado um crime de


responsabilidade, a Câmara dos Deputados é que irá decidir se autoriza ou não a
instauração de processo, nos termos do art. 51, I, da CF/88. O art. 187, § 4º do
Regimento da Câmara dos Deputados prevê que, na votação que autoriza ou não
a instauração de processo, cada Deputado Federal será chamado nominalmente e
deverá responder "sim" ou "não". Ainda segundo este § 4º, a chamada dos
Deputados Federais para votar deverá ocorrer, "alternadamente, do norte para o
s u l e v i c e - v e r s a " . S e g u n d o d e c i d i u o S T F, n ã o e x i s t e n e n h u m a
inconstitucionalidade nesta previsão, não havendo ofensa aos princípios do
contraditório, da ampla defesa, da impessoalidade, da moralidade e da República.
Qualquer tipo de votação nominal, independentemente do critério adotado, jamais
poderá afastar a possibilidade de "efeito cascata". O STF afirmou, ainda, que não
se pode exigir isenção e imparcialidade dos membros da Câmara dos Deputados e
do Senado Federal. Na realidade, o “impeachment” é uma questão política que
deve de ser resolvida com critérios políticos. A garantia da imparcialidade está no
alto quórum exigido para a votação. STF. Plenário. ADI 5498 MC/DF, rel. orig. Min.
Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Teori Zavascki, julgado em 14/4/2016 (Info
821). STF. Plenário. MS 34127 MC/DF, MS 34128 MC/DF, Rel. orig. Min. Roberto
Barroso, red. p/ o acórdão Min. Teori Zavascki, julgados em 14/4/2016 (Info 821).
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Impossibilidade de aplicação do art. 86, § 4º, da CF/88 a


outras autoridades que não o Presidente da República
Direito Constitucional Poder Executivo Geral

Origem: STF


Não é possível aplicar o art. 86, § 4º, da CF/88 para o Presidente da Câmara dos
Deputados, considerando que a garantia prevista neste dispositivo é destinada
expressamente ao chefe do Poder Executivo da União (Presidente da República).
Desse modo, por se tratar de um dispositivo de natureza restritiva, não é possível
qualquer interpretação que amplie a sua incidência a outras autoridades,
notadamente do Poder Legislativo. STF. Plenário. Inq 3983/DF, Rel. Min. Teori
Zavascki, julgado em 02 e 03/03/2016 (Info 816).
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Decisão do STF que definiu o rito do processo de


impeachment da presidente Dilma
Direito Constitucional Poder Executivo Geral

Origem: STF


Principais conclusões do STF na decisão que definiu o rito do processo de


impeachment da Presidente Dilma: 1) Não há direito à defesa prévia antes do
recebimento da denúncia pelo Presidente da Câmara. 2) É possível a aplicação
subsidiária dos Regimentos Internos da Câmara e do Senado que tratam sobre o
impeachment, desde que sejam compatíveis com os preceitos legais e
constitucionais pertinentes. 3) Após o início do processo de impeachment, durante
a instrução probatória, a defesa tem o direito de se manifestar após a acusação. 4)
O interrogatório deve ser o ato final da instrução probatória. 5) O recebimento da
denúncia no processo de “impeachment” ocorre apenas após a decisão do
Plenário do Senado Federal. Assim, a Câmara dos Deputados somente atua no
âmbito pré-processual, não valendo a sua autorização como um recebimento da
denúncia, em sentido técnico. Compete ao Senado decidir se deve receber ou não
a denúncia cujo prosseguimento foi autorizado pela Câmara. O Senado não está
vinculado à decisão da Câmara. 6) A decisão do Senado que delibera se instaura
ou não o processo se dá pelo voto da maioria simples, presente a maioria absoluta
de seus membros. 7) É possível a aplicação analógica dos arts. 44, 45, 46, 47, 48
e 49 da Lei 1.079/1950 — os quais determinam o rito do processo de
“impeachment” contra Ministros do STF e o PGR — ao processamento no Senado
Federal de crime de responsabilidade contra o Presidente da República. 8) Não é
possível que sejam aplicadas, para o processo de impeachment, as hipóteses de
impedimento do CPP. Assim, não se pode invocar o impedimento do Presidente da
Câmara para participar do processo de impeachment com base em dispositivos do
CPP. 9) A eleição da comissão especial do impeachment deve ser feita por
indicação dos líderes e voto aberto do Plenário. Os representantes dos partidos
políticos ou blocos parlamentares que irão compor a chapa da comissão especial
da Câmara dos Deputados deverão ser indicados pelos líderes, na forma do
Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Assim, não é possível a
apresentação de candidaturas ou chapas avulsas para a formação da comissão
especial. STF. Plenário. ADPF 378/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 16, 17
e 18/12/2015 (Info 812).
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Crimes de responsabilidade envolvendo Governadores de


Estado
Direito Constitucional Poder Executivo Geral

Origem: STF


I — O Estado-membro não pode dispor sobre crime de responsabilidade, ainda


que seja na Constituição estadual. Isso porque a competência para legislar sobre
crime de responsabilidade é privativa da União, nos termos do art. 22, I, e art. 85
da CF/88. II — As Constituições estaduais não podem prever que os
Governadores serão julgados pela Assembleia Legislativa em caso de crimes de
responsabilidade. Isso porque o art. 78, § 3º da Lei 1.079/50 afirma que a
competência para julgar os Governadores de Estado em caso de crimes de
responsabilidade é de um “Tribunal Especial”, composto especialmente para julgar
o fato e que será formado por 5 Deputados Estaduais e 5 Desembargadores, sob
a presidência do Presidente do Tribunal de Justiça. STF. Plenário. ADI 4791/PR,
Rel. Min. Teori Zavascki; ADI 4800/RO e ADI 4792/ES, Rel. Min. Cármen Lúcia,
julgados em 12/2/2015 (Info 774).

PODER LEGISLATIVO

A CF/88 prevê expressamente que é vedada a reedição, na


mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha
sido rejeitada
Direito Constitucional Processo legislativo Medidas provisórias

Origem: STF


O STF declarou inconstitucional dispositivo da MP 886/2019, que transferia para o


Ministério da Agricultura a competência para realizar a demarcação de terras
indígenas. Essa disposição foi declarada inconstitucional porque o Congresso
Nacional já havia rejeitado uma outra proposta, com esse mesmo teor, prevista em
outra medida provisória (MP 870), editada no mesmo ano/sessão legislativa
(2019). Assim, o STF entendeu que houve a reedição, na mesma sessão
legislativa, de proposta que já havia sido rejeitada pelo Congresso Nacional, o que
violou o § 10 do art. 62 da CF/88: § 10. É vedada a reedição, na mesma sessão
legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua
eficácia por decurso de prazo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32/2001)
Nos termos expressos da Constituição Federal, é vedada a reedição, na mesma
sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada. STF.
Plenário.ADI 6062 MC-Ref/DF, ADI 6172 MC-Ref/DF, ADI 6173 MC-Ref/DF, ADI
6174 MC-Ref/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgados em 1º/8/2019 (Info 946).
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Proibição de reedição de medidas provisórias na mesma


sessão legislativa
Direito Constitucional Processo legislativo Medidas provisórias

Origem: STF


É inconstitucional medida provisória ou lei decorrente de conversão de medida


provisória cujo conteúdo normativo caracterize a reedição, na mesma sessão
legislativa, de medida provisória anterior rejeitada, de eficácia exaurida por
decurso do prazo ou que ainda não tenha sido apreciada pelo Congresso Nacional
dentro do prazo estabelecido pela Constituição Federal. STF. Plenário. ADI 5717/
DF, ADI 5709/DF, ADI 5716/DF e ADI 5727/DF, Rel. Min. Rosa Weber, julgados em
27/3/2019 (Info 935).
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Inconstitucionalidade de lei estadual, de iniciativa


parlamentar, que imponha atribuições ao DETRAN
Direito Constitucional Processo legislativo Outros tópicos sobre iniciativa de lei
Origem: STF


É inconstitucional lei estadual, de iniciativa parlamentar, que imponha ao DETRAN


a obrigação de publicar, no diário oficial e na internet, a relação de cada um dos
veículos sinistrados, seus respectivos dados, com destinação para os que
sofreram desmonte e/ou comercialização das peças e partes. Essa lei trata sobre
“atribuições” de órgãos/entidades da administração pública, matéria que é de
iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo (art. 61, § 1º, II, “e”, da CF/88). A
correta interpretação que deve ser dada ao art. 61, § 1º, II, “e” c/c o art. 84, VI, da
CF/88 é a de que a iniciativa para leis que disponham sobre “estruturação e
atribuições” dos órgãos públicos é do chefe do Poder Executivo. STF. Plenário.
ADI 4704/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 21/3/2019 (Info 934).
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É possível que a Constituição do Estado preveja iniciativa


popular para a propositura de emenda à Constituição
Estadual
Direito Constitucional Processo legislativo Outros temas

Origem: STF


A iniciativa popular de emenda à Constituição Estadual é compatível com a


Constituição Federal, encontrando fundamento no art. 1º, parágrafo único, no art.
14, II e III e no art. 49, XV, da CF/88. Embora a Constituição Federal não autorize
proposta de iniciativa popular para emendas ao próprio texto, mas apenas para
normas infraconstitucionais, não há impedimento para que as Constituições
Estaduais prevejam a possibilidade, ampliando a competência constante da Carta
Federal. STF. Plenário. ADI 825/AP, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em
25/10/2018 (Info 921).
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É inconstitucional lei estadual que exige prévia autorização


da ALE para que os órgãos do SISNAMA possam celebrar
instrumentos de cooperação no Estado
Direito Constitucional Processo legislativo Outros temas

Origem: STF


É inconstitucional, por violar o princípio da separação dos poderes, lei estadual


que exige autorização prévia do Poder Legislativo estadual (Assembleia
Legislativa) para que sejam firmados instrumentos de cooperação pelos órgãos
componentes do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA. Também é
inconstitucional lei estadual que afirme que Fundação estadual de proteção do
meio ambiente só poderá transferir responsabilidades ou atribuições para outros
órgãos componentes do SISNAMA se houver aprovação prévia da Assembleia
Legislativa. STF. Plenário.ADI 4348/RR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado
em 10/10/2018 (Info 919).
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É possível editar medidas provisórias sobre meio


ambiente?
Direito Constitucional Processo legislativo Medidas provisórias

Origem: STF


É possível a edição de medidas provisórias tratando sobre matéria ambiental, mas


sempre veiculando normas favoráveis ao meio ambiente. Normas que importem
diminuição da proteção ao meio ambiente equilibrado só podem ser editadas por
meio de lei formal, com amplo debate parlamentar e participação da sociedade
civil e dos órgão e instituições de proteção ambiental, como forma de assegurar o
direito de todos ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Dessa forma, é
inconstitucional a edição de MP que importe em diminuição da proteção ao meio
ambiente equilibrado, especialmente em se tratando de diminuição ou supressão
de unidades de conservação, com consequências potencialmente danosas e
graves ao ecossistema protegido. A proteção ao meio ambiente é um limite
material implícito à edição de medida provisória, ainda que não conste
expressamente do elenco das limitações previstas no art. 62, § 1º, da CF/88. STF.
Plenário.ADI 4717/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 5/4/2018 (Info 896).
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O § 11 do art. 62 da CF/88 deve ser interpretado com


cautela, não se podendo protrair indefinidamente a
vigência de medidas provisórias rejeitadas ou não
apreciadas
Direito Constitucional Processo legislativo Medidas provisórias

Origem: STF


Determinada medida provisória foi editada criando a possibilidade de que


empresas instalassem Centros Logísticos e Industriais Aduaneiros (CLIA), desde
que autorizados pela Receita Federal. Diversas empresas fizeram o requerimento
pedindo a instalação desses Centros. Ocorre que, antes que a Receita
examinasse todos os pedidos, a MP foi rejeitada pelo Senado. O Congresso
Nacional não editou decreto legislativo disciplinando as situações ocorridas
durante o período em que a MP vigorou (§ 3º do art. 62 da CF/88). Diante disso, as
empresas defendiam a tese de que os requerimentos formulados deveriam ser
apreciados pela Receita Federal com base no § 11 do art. 62: “§ 11. Não editado o
decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após a rejeição ou
perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e
decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela
regidas.” O STF não concordou e afirmou que os pedidos formulados pelos
interessados durante a vigência da MP 320/2006 não foram sequer examinados.
Logo, não se pode dizer que havia ato jurídico perfeito. O simples fato de ter sido
feito o requerimento não significa “relação jurídica constituída”, de sorte que não
se pode invocar o § 11 para justificar a aplicação da medida provisória rejeitada. O
mero protocolo do pedido não constitui uma “relação jurídica constituída” de que
trata o § 11. STF. Plenário.ADPF 216/DF, Rel. Min. Cámen Lúcia, julgado em
14/3/2018 (Info 894).
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O trancamento da pauta por conta de MPs não votadas no


prazo de 45 dias só alcança projetos de lei que versem
sobre temas passíveis de serem tratados por MP
Direito Constitucional Processo legislativo Medidas provisórias

Origem: STF


O art. 62, § 6º da CF/88 afirma que “se a medida provisória não for apreciada em
até quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime de
urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional,
ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações
legislativas da Casa em que estiver tramitando”. Apesar de o dispositivo falar em
“todas as demais deliberações”, o STF, ao interpretar esse § 6º, não adotou uma
exegese literal e afirmou que ficarão sobrestadas (paralisadas) apenas as
votações de projetos de leis ordinárias que versem sobre temas que possam ser
tratados por medida provisória. Assim, por exemplo, mesmo havendo medida
provisória trancando a pauta pelo fato de não ter sido apreciada no prazo de 45
dias (art. 62, § 6º), ainda assim a Câmara ou o Senado poderão votar
normalmente propostas de emenda constitucional, projetos de lei complementar,
projetos de resolução, projetos de decreto legislativoe até mesmo projetos de lei
ordinária que tratem sobre um dos assuntos do art. 62, § 1º, da CF/88. Isso porque
a MP somente pode tratar sobre assuntos próprios de lei ordinária e desde que
não incida em nenhuma das proibições do art. 62, § 1º. STF. Plenário.MS 27931/
DF, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 29/6/2017 (Info 870).
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Emenda parlamentar em medida provisória e contrabando


legislativo
Direito Constitucional Processo legislativo Medidas provisórias

Origem: STF


Durante a tramitação de uma medida provisória no Congresso Nacional, os


parlamentares poderão apresentar emendas? SIM, no entanto, tais emendas
deverão ter relação de pertinência temática com a medida provisória que está
sendo apreciada. Assim, a emenda apresentada deverá ter relação com o assunto
tratado na medida provisória. Desse modo, é incompatível com a Constituição a
apresentação de emendas sem relação de pertinência temática com medida
provisória submetida à sua apreciação. STF. Plenário. ADI 5127/DF, rel. orig. Min.
Rosa Weber, red. p/ o acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 15/10/2015 (Info
803). STF. Plenário. ADI 5012/DF, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 16/3/2017
(Info 857).
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Análise dos requisitos constitucionais de relevância e


urgência e MP que trate sobre situação tipicamente
financeira e tributária
Direito Constitucional Processo legislativo Medidas provisórias

Origem: STF


O art. 62 da CF/88 prevê que o Presidente da República somente poderá editar


medidas provisórias em caso de relevância e urgência. A definição do que seja
relevante e urgente para fins de edição de medidas provisórias consiste, em regra,
em um juízo político (escolha política/discricionária) de competência do Presidente
da República, controlado pelo Congresso Nacional. Desse modo, salvo em caso
de notório abuso, o Poder Judiciário não deve se imiscuir na análise dos requisitos
da MP. No caso de MP que trate sobre situação tipicamente financeira e tributária,
deve prevalecer, em regra, o juízo do administrador público, não devendo o STF
declarar a norma inconstitucional por afronta ao art. 62 da CF/88. STF. Plenário.
ADI 1055/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 15/12/2016 (Info 851).
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Disciplina sobre a extinção de empresa estatal deverá ser


tratada em lei de iniciativa do Poder Executivo
Direito Constitucional Processo legislativo Iniciativa de lei que disponha sobre atribuições dos
órgãos da Administração Pública

Origem: STF

É inconstitucional lei estadual, de iniciativa parlamentar, que: • determina o destino
que o Poder Executivo deverá dar aos bens de empresa estatal que está sendo
extinta; • disciplina as consequências jurídicas das relações mantidas pelo Poder
Executivo com particulares; • cria conselho de acompanhamento dentro da
estrutura do Poder Executivo. STF. Plenário. ADI 2295/RS, Rel. Min. Marco
Aurélio, julgado em 15/6/2016 (Info 830).
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Constitucionalidade da EC 74/2013, que conferiu


autonomia à DPU e à DPDF
Direito Constitucional Processo legislativo EC iniciada por parlamentar e matérias do art. 61, § 1º
da CF

Origem: STF


É possível que emenda à Constituição Federal proposta por iniciativa parlamentar


trate sobre as matérias previstas no art. 61, § 1º da CF/88. As regras de reserva de
iniciativa fixadas no art. 61, § 1º da CF/88 não são aplicáveis ao processo de
emenda à Constituição Federal, que é disciplinado em seu art. 60. STF. Plenário.
ADI 5296 MC/DF, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 18/5/2016 (Info 826).
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Requisitos para emenda parlamentar a projetos de lei de


outros poderes
Direito Constitucional Processo legislativo Emenda parlamentar em projetos de leis dos Poderes
Executivo e Judiciário

Origem: STF


É possível que haja emendas parlamentares em projetos de lei de iniciativa dos


Poderes Executivo e Judiciário, desde que cumpram dois requisitos: a) guardem
pertinência temática com a proposta original (tratem sobre o mesmo assunto); b)
não acarretem em aumento de despesas. STF. Plenário. ADI 5087 MC/DF, Rel.
Min. Teori Zavascki, julgado em 27/8/2014 (Info 756). STF. Plenário. ADI 1333/RS,
Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 29/10/2014 (Info 765). STF. Plenário. ADI
3942/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, jugado em 5/2/2015 (Info 773). STF. Plenário.
ADI 2810/RS, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 20/4/2016 (Info 822).
Exemplo: O Governador de Santa Catarina enviou projeto de lei instituindo regime
de subsídio para os Procuradores do Estado. Durante a tramitação do projeto, um
Deputado apresentou emenda criando uma gratificação para os servidores da
PGE. O projeto foi aprovado e sancionado, convertendo-se em lei. O STF julgou
essa lei inconstitucional por vício formal de iniciativa, pois a proposta de aumento
de remuneração, tema de iniciativa privativa do Poder Executivo (art. 61, § 2º, II,
“b”, da CF/88), foi incluída durante a tramitação na Assembleia Legislativa,
desrespeitando o princípio da independência dos poderes, prevista no art. 2º da
CF/88. A relatora observou ainda a falta de pertinência temática, pois a criação da
gratificação aos servidores do Poder Executivo estadual foi incluída por meio de
emenda parlamentar em medida provisória destinada a estabelecer o subsídio
mensal como forma de remuneração da carreira de procurador do estado. STF.
Plenário. ADI 4433/SC, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 18/6/2015 (Info 790).
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Emenda parlamentar e projeto de iniciativa do Tribunal de


Contas
Direito Constitucional Processo legislativo Emenda parlamentar em projetos de leis dos Poderes
Executivo e Judiciário
Origem: STF


A iniciativa de projetos de lei que tratem sobre a organização e o funcionamento


dos Tribunais de Contas é reservada privativamente ao próprio Tribunal (arts. 73 e
96, II, “b”, da CF/88). É possível que haja emendas parlamentares em projetos de
lei de iniciativa do Tribunal de Contas, desde que respeitados dois requisitos: a)
guardem pertinência temática com a proposta original (tratem sobre o mesmo
assunto); b) não acarretem em aumento de despesas. STF. Plenário. ADI 5442
MC/DF e ADI 5453 MC/SC, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 17/3/2016 (Info
818).
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Os Deputados Estaduais poderão apresentar uma proposta


de emenda constitucional tratando sobre algum dos
assuntos mencionados no art. 61, § 1º da CF/88 (aplicáveis
por simetria para a Constituição Estadual)?
Direito Constitucional Processo legislativo EC iniciada por parlamentar e matérias do art. 61, § 1º
da CF

Origem: STF


NÃO. O STF entende que, se houver uma emenda constitucional tratando sobre
algum dos assuntos listados no art. 61, § 1º da CF/88, essa emenda deverá ter
sido proposta pelo chefe do Poder Executivo (no caso, o Governador do Estado).
Assim, é incabível que os parlamentares proponham uma emenda constitucional
dispondo sobre o regime jurídico dos servidores públicos, por exemplo (art. 61, §
1º, II, “c”). Se isso fosse permitido, seria uma forma de burlar a regra do art. 61, §
1º da CF/88. Em suma, “matéria restrita à iniciativa do Poder Executivo não pode
ser regulada por emenda constitucional de origem parlamentar”. STF. Plenário. ADI
2.966, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgado em 06/04/2005. Obs.: isso também vale
para as matérias que sejam de iniciativa do Poder Judiciário.
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Inconstitucionalidade de EC iniciada por parlamentar sobre


matérias do art. 61, § 1º da CF/88 (ALE deveria aprovar
nomes escolhidos pelo Governador para determinados
cargos)
Direito Constitucional Processo legislativo EC iniciada por parlamentar e matérias do art. 61, § 1º
da CF

Origem: STF


Os Deputados Estaduais poderão apresentar uma proposta de emenda


constitucional tratando sobre algum dos assuntos mencionados no art. 61, § 1º da
CF/88 (aplicáveis por simetria para a Constituição Estadual)? NÃO. O STF
entende que, se houver uma emenda constitucional tratando sobre algum dos
assuntos listados no art. 61, § 1º da CF/88, essa emenda deverá ter sido proposta
pelo chefe do Poder Executivo (no caso, o Governador do Estado). Assim, é
incabível que os parlamentares proponham uma emenda constitucional dispondo
sobre o regime jurídico dos servidores públicos, por exemplo (art. 61, § 1º, II, “c”).
Se isso fosse permitido, seria uma forma de burlar a regra do art. 61, § 1º da CF/
88. Em suma, “matéria restrita à iniciativa do Poder Executivo não pode ser
regulada por emenda constitucional de origem parlamentar”. STF. Plenário. ADI
2.966, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgado em 06/04/2005. Obs.: isso também vale
para as matérias que sejam de iniciativa do Poder Judiciário. Exemplo: A
Assembleia Legislativa do Estado de Roraima editou emenda constitucional, de
iniciativa parlamentar, à Constituição do Estado, prevendo que o Governador seria
obrigado a submeter à análise da ALE os nomes que escolheu para serem
nomeados como membros do TCE, Defensor Público-Geral, Procurador-Geral do
Estado, diretores de fundações e autarquias e Presidentes de sociedade de
economia mista e empresas públicas. Sob o ponto de vista formal, essa emenda é
inconstitucional, porque como trata do regime jurídico de servidores públicos, não
poderia ser de iniciativa parlamentar (art. 61, § 1º, “c”, da CF/88). STF. Plenário.
ADI 4284/RR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 9/4/2015 (Info 780).
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A regra da iniciativa privativa do art. 61, § 1º, II, “c” da CF/


88 deve ser aplicada também no âmbito municipal?
Direito Constitucional Processo legislativo Iniciativa de lei que disponha sobre o regime jurídico
dos servidores públicos

Origem: STF


A regra da iniciativa privativa do art. 61, § 1º, II, “c” da CF/88 deve ser aplicada
também no âmbito municipal? SIM. Ex: a Lei Orgânica de Cambuí/MG concedeu
benefícios a servidores públicos daquela municipalidade. O STF julgou a referida
lei inconstitucional por ofender justamente o art. 61, § 1º, II, “c” da CF/88, a ensejar
sua inconstitucionalidade formal. STF. Plenário. RE 590829/MG, Rel. Min. Marco
Aurélio, julgado em 5/3/2015 (Info 776).
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Emenda à CE prevendo revisão automática da


remuneração dos servidores públicos estaduais
Direito Constitucional Processo legislativo EC iniciada por parlamentar e matérias do art. 61, § 1º
da CF

Origem: STF


É INCONSTITUCIONAL emenda constitucional que insira na Constituição estadual


dispositivo determinando a revisão automática da remuneração de servidores
públicos estaduais. Isso porque tal matéria é prevista no art. 61, § 1º, II, “c”, da CF/
88 como sendo de iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo. STF. Plenário.
ADI 3848/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 11/2/2015 (Info 774).
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Possibilidade de emenda constitucional de iniciativa


parlamentar tratar sobre os assuntos que, em caso de
propositura de projeto de lei, seriam de iniciativa reservada
ao chefe do Poder Executivo (art. 61, § 1º, da CF/88)
Direito Constitucional Processo legislativo EC iniciada por parlamentar e matérias do art. 61, § 1º
da CF

Origem: STF


É INCONSTITUCIONAL emenda constitucional que insira na Constituição estadual


dispositivo determinando a revisão automática da remuneração de servidores
públicos estaduais. Isso porque tal matéria é prevista no art. 61, § 1º, II, “c”, da CF/
88 como sendo de iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo. STF. Plenário.
ADI 3848/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 11/2/2015 (Info 774).
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É de iniciativa do Governador as leis que tratem sobre o


regime jurídico dos militares
Direito Constitucional Processo legislativo Iniciativa de lei que disponha sobre o regime jurídico
dos servidores públicos
Origem: STF


É inconstitucional lei estadual, de iniciativa parlamentar, que disponha sobre o


regime jurídico dos MILITARES estaduais (seus direitos e deveres). O art. 61, § 1º,
II, “f”, da CF/88 prevê que compete ao Chefe do Poder Executivo a iniciativa de lei
que trate sobre o regime jurídico dos militares. Essa regra também é aplicada no
âmbito estadual por força do princípio da simetria. O fato de o Governador do
Estado sancionar esse projeto de lei não faz com que o vício de iniciativa seja
sanado (corrigido). A Súmula 5 do STF há muitos anos foi cancelada. STF.
Plenário. ADI 3920/MT, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 5/2/2015 (Info 773).

Criação de cargos públicos e estruturação de órgãos da


Administração Pública
Direito Constitucional Processo legislativo Iniciativa de lei que disponha sobre atribuições dos
órgãos da Administração Pública
Origem: STF


É formalmente inconstitucional lei estadual, de iniciativa parlamentar, que trata


sobre a criação de cargos e a estruturação de órgãos da Administração direta e
autárquica. A iniciativa para essas matérias é reservada ao chefe do Poder
Executivo (art. 61, § 1º, II, “a”, “c” e “e”, da CF/88). STF. Plenário. ADI 2940/ES,
Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 11/12/2014 (Info 771).
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Inconstitucionalidade de lei de iniciativa parlamentar que


cria ônus para Secretaria de Estado
Direito Constitucional Processo legislativo Outros tópicos sobre iniciativa de lei

Origem: STF


É inconstitucional lei estadual, de iniciativa parlamentar, que obriga a Secretaria de


Segurança Pública a avisar, pelos Correios, que o prazo de validade da Carteira
Nacional de Habilitação da pessoa está prestes a vencer. Essa norma, que trata
sobre organização administrativa e cria ônus para a Administração Pública, não
poderia ter sido tratada em lei de iniciativa parlamentar. STF. Plenário. ADI 3169/
SP, rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em
11/12/2014 (Info 771).
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Inconstitucionalidade de lei municipal, de iniciativa


parlamentar, que concede isenção de tarifas municipais
Direito Constitucional Processo legislativo Outros tópicos sobre iniciativa de lei

Origem: STF


É inconstitucional lei municipal, de iniciativa parlamentar, que autoriza que os


oficiais de justiça do Estado estacionem seus veículos de trabalho nas chamadas
“zonas azuis” sem pagamento das tarifas. A lei em questão, de iniciativa
parlamentar, interfere em questões da Administração Pública municipal e acarreta
redução de receita legalmente estimada para os cofres públicos, o que viola o
princípio da harmonia e independência dos Poderes. STF. Plenário. RE 239458/
SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 11/12/2014 (Info 771).
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Emenda à CE inserindo Polícia Científica no rol dos órgãos


de segurança pública
Direito Constitucional Processo legislativo EC iniciada por parlamentar e matérias do art. 61, § 1º
da CF

Origem: STF


É INCONSTITUCIONAL emenda à Constituição Estadual proposta por


parlamentares inserindo a Polícia Científica no rol dos órgãos de segurança
pública do Estado. Isso porque esse assunto somente pode ser disciplinado por
meio de iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo (Governador do Estado).
STF. Plenário. ADI 2616/PR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 19/11/2014 (Info
768).
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Inconstitucionalidade de EC iniciada por parlamentar sobre


matérias do art. 61, § 1º da CF/88 (Polícia Científica no rol
de órgãos de segurança pública)
Direito Constitucional Processo legislativo EC iniciada por parlamentar e matérias do art. 61, § 1º
da CF

Origem: STF


É INCONSTITUCIONAL emenda à Constituição Estadual proposta por


parlamentares inserindo a Polícia Científica no rol dos órgãos de segurança
pública do Estado. Isso porque esse assunto somente pode ser disciplinado por
meio de iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo (Governador do Estado).
STF. Plenário. ADI 2616/PR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 19/11/2014 (Info
768). Esse entendimento acima exposto vale também para os casos de emenda à
Constituição Federal? NÃO. Não existe iniciativa privativa (reservada) para a
propositura de emendas à Constituição Federal.
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Lei de iniciativa parlamentar que autoriza o Estado a


reconhecer sua responsabilidade civil
Direito Constitucional Processo legislativo Outros temas

Origem: STF


É constitucional lei estadual, de iniciativa parlamentar, que autoriza que o Estado-


membro indenize as pessoas que foram vítimas de violências praticadas pelos
agentes públicos. Segundo o STF, a iniciativa para encaminhar projeto de lei
tratando sobre essa matéria não é privativa do chefe do Poder Executivo, não
havendo, portanto, violação a qualquer das alíneas do inciso II do § 1º do art. 61
da CF/88. STF. Plenário. ADI 2255/ES, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em
19/11/2014 (Info 768).
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Lei de iniciativa parlamentar não pode tratar sobre o
regime jurídico dos servidores públicos
Direito Constitucional Processo legislativo Iniciativa de lei que disponha sobre o regime jurídico
dos servidores públicos

Origem: STF


São inconstitucionais leis estaduais, de iniciativa parlamentar, que disponham


sobre o regime jurídico dos servidores públicos (seus direitos e deveres). O art. 61,
§ 1º, II, “c”, da CF/88 prevê que compete ao Chefe do Poder Executivo a iniciativa
de lei que trate sobre os direitos e deveres dos servidores públicos. Essa regra
também é aplicada no âmbito estadual por força do princípio da simetria. O fato de
o Governador do Estado sancionar esse projeto de lei não faz com que o vício de
iniciativa seja sanado (corrigido). A Súmula 5 do STF há muitos anos foi
cancelada. STF. Plenário. ADI 3627/AP, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em
6/11/2014 (Info 766).
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Lei estadual que obriga o Poder Executivo a divulgar


dados de contratos e obras públicas
Direito Constitucional Processo legislativo Outros temas

Origem: STF


É constitucional lei estadual, de iniciativa parlamentar, que obriga o Poder


Executivo do referido Estado-membro a divulgar, na imprensa oficial e na internet,
a relação completa de obras atinentes a rodovias, portos e aeroportos. STF.
Plenário. ADI 2444/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 6/11/2014 (Info 766).
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Lei de iniciativa parlamentar que inclui Município na região


metropolitana
Direito Constitucional Processo legislativo Outros temas

Origem: STF


É constitucional lei complementar, de iniciativa parlamentar, que inclui município


limítrofe na região metropolitana. A iniciativa para esse projeto de lei não é
privativa do chefe do Poder Executivo e essa inclusão não acarreta aumento de
despesa, não violando assim os arts. 61, § 1º e 63, I, da CF/88. STF. Plenário. ADI
2803/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 6/11/2014 (Info 766).
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Inconstitucionalidade de vinculação de receita de impostos


a órgão, fundo ou despesa
Direito Constitucional Processo legislativo Outros temas

Origem: STF


A Constituição do Estado do Rio de Janeiro previa que um percentual mínimo da


receita prevista no orçamento anual deveria ser destinado à educação especial, à
UERJ e à FAPERJ. O STF julgou essa previsão parcialmente inconstitucional
considerando que ela restringe a competência constitucional do Poder Executivo
de elaborar a proposta de lei orçamentária, além de violar o art. 167, inciso IV, da
CF/88. A Corte, contudo, considerou constitucional a determinação da CE de que
2% da receita tributária do exercício deve ser destinado à Fundação de Amparo à
Pesquisa (Faperj). Isso porque essa regra está em consonância com o art. 218, §
5º da CF/88, que faculta aos estados e ao Distrito Federal vincular parte da receita
orçamentária a entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e
tecnológica. STF. Plenário. ADI 4102/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em
30/10/2014 (Info 765).
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Emenda parlamentar concedendo anistia a servidores


grevistas
Direito Constitucional Processo legislativo Emenda parlamentar em projetos de leis dos Poderes
Executivo e Judiciário

Origem: STF


O Tribunal de Justiça encaminhou um projeto de lei aumentando os vencimentos


dos servidores do Poder Judiciário e um Deputado Estadual apresentou emenda à
proposta prevendo anistia aos servidores que fizeram greve e compensação dos
dias paralisados. O STF entendeu que não havia pertinência temática entre a
emenda e o projeto apresentado, razão pela qual a inovação foi inconstitucional.
STF. Plenário. ADI 1333/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 29/10/2014 (Info
765).
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Análise dos requisitos constitucionais de relevância e


urgência
Direito Constitucional Processo legislativo Medidas provisórias

Origem: STF


O art. 62 da CF/88 prevê que o Presidente da República somente poderá editar


medidas provisórias em caso de relevância e urgência. A definição do que seja
relevante e urgente para fins de edição de medidas provisórias consiste, em regra,
em um juízo político (escolha política/discricionária) de competência do Presidente
da República, controlado pelo Congresso Nacional. Desse modo, salvo em caso
de notório abuso, o Poder Judiciário não deve se imiscuir na análise dos requisitos
da MP. STF. Plenário. ADI 4627/DF e ADI 4350/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgados em
23/10/2014 (Info 764). STF. Plenário. ARE 704520/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes,
julgado em 23/10/2014 (repercussão geral) (Info 764).
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Lei que viola as regras impostas pela LC 95/98


Direito Constitucional Processo legislativo Outros temas

Origem: STF


Se uma lei contiver matéria estranha a seu objeto, podemos dizer que essa lei é
inconstitucional por afronta ao art. 7º, II da LC 95/98 c/c o art. 59, parágrafo único
da CF/88? Caberá ADI nesse caso? NÃO. Isso porque essa lei dada como
exemplo na pergunta estaria afrontando a LC 95/98 (art. 7º) e não a CF/88
diretamente. É na LC/95 que existe a proibição de “matéria estranha”. A CF/88 não
fala nada sobre esse assunto nem faz tal exigência. Desse modo, a suposta
violação à CF/88 seria reflexa, ou seja, indireta, mediata. STF. Plenário. ADI 4627/
DF e ADI 4350/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgados em 23/10/2014 (Info 764). STF.
Plenário. ARE 704520/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 23/10/2014
(repercussão geral) (Info 764).
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Lei estadual de iniciativa parlamentar criando central única


de atendimento telefônico no âmbito do Poder Executivo
Direito Constitucional Processo legislativo Iniciativa de lei que disponha sobre atribuições dos
órgãos da Administração Pública
Origem: STF


É inconstitucional lei estadual, de iniciativa parlamentar, que determinava que


todos os órgãos que prestassem serviços de atendimento de emergência no
Estado deveriam estar unificados em uma única central de atendimento telefônico,
que teria o número 190. Essa lei trata sobre “estruturação e atribuições” de órgãos
da administração pública, matéria que é de iniciativa privativa do chefe do Poder
Executivo (art. 61, § 1º, II, “e”, da CF/88). A correta interpretação que deve ser
dada ao art. 61, § 1º, II, “e” c/c o art. 84, VI, da CF/88 é a de que a iniciativa para
leis que disponham sobre “estruturação e atribuições” dos órgãos públicos
continua sendo do Poder Executivo, não tendo a EC 32/2001 tido a intenção de
retirar essa iniciativa privativa. Ao contrário, tais matérias tanto são de interesse
precípuo do Executivo que podem ser tratadas por meio de Decreto. STF. Plenário.
ADI 2443/RS, Rel. Marco Aurélio, julgado em 25/9/2014 (Info 760).
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Lei de iniciativa parlamentar que impõe recursos para


evento anual de música
Direito Constitucional Processo legislativo Iniciativa de lei que disponha sobre atribuições dos
órgãos da Administração Pública

Origem: STF


É inconstitucional lei de iniciativa parlamentar que preveja que o Poder Executivo


deverá destinar às Secretarias de Cultura e de Segurança Pública os recursos
necessários para a realização de um evento anual de música. O STF entendeu
que a referida lei é inconstitucional por vício de iniciativa. Isso porque a lei impõe
obrigações aos órgãos públicos (serviços públicos), além de interferir no
orçamento do Poder Executivo, matérias que somente poderiam ser disciplinadas
em lei de iniciativa do Governador do Estado, nos termos do art. 61, § 1º, II, “b” e
art. 165, III, da CF/88. STF. Plenário. ADI 4180/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes,
julgado em 11/9/2014 (Info 758).
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Emenda parlamentar criando exceções ao teto do


funcionalismo estadual
Direito Constitucional Processo legislativo Emenda parlamentar em projetos de leis dos Poderes
Executivo e Judiciário

Origem: STF


O STF considerou inconstitucional a emenda apresentada por parlamentar a uma


PEC de iniciativa do Governador que instituía o teto do funcionalismo estadual. A
emenda do Deputado previa exceções ao teto, de forma que acabava criando
despesas, o que viola o art. 63, I, da CF/88 aplicável ao processo legislativo
estadual com base no princípio da simetria. STF. Plenário. ADI 5087 MC/DF, Rel.
Min. Teori Zavascki, julgado em 27/8/2014 (Info 756).
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EC de iniciativa de parlamentar tratando sobre Conselho
Estadual de Educação
Direito Constitucional Processo legislativo Iniciativa de lei que disponha sobre atribuições dos
órgãos da Administração Pública

Origem: STF


É INCONSTITUCIONAL emenda à Constituição estadual, de iniciativa parlamentar,


que disponha sobre o Conselho Estadual de Educação. Isso porque compete ao
Governador do Estado a iniciativa de lei ou emenda constitucional que trate sobre
a organização dos órgãos públicos, dentre os quais se inclui o referido Conselho.
Aplica-se ao processo legislativo estadual, por força do princípio da simetria, a
regra prevista no art. 61, § 1º, II, “e”, da CF/88. STF. Plenário. ADI 2654/AL, Rel.
Min. Dias Toffoli, julgado em 13/8/2014 (Info 754).
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Emenda parlamentar criou gratificação para os servidores


públicos
Direito Constitucional Processo legislativo Emenda parlamentar em projetos de leis dos Poderes
Executivo e Judiciário

Origem: STF


O Governador do Estado enviou um projeto de lei para a ALE tratando sobre


servidores públicos estaduais e, por meio de uma emenda parlamentar, foi inserida
determinada gratificação. O STF considerou essa previsão inconstitucional por
violar a regra do art. 63, I, da CF/88, que também se aplica ao processo legislativo
no âmbito estadual. STF. Plenário. ADI 4759 MC/BA, rel. Min. Marco Aurélio,
julgado em 5/2/2014 (Info 734).
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Emissão de parecer pela comissão mista de Deputados e


Senadores
Direito Constitucional Processo legislativo Medidas provisórias

Origem: STF


A emissão de parecer sobre as medidas provisórias, por comissão mista de


deputados e senadores antes do exame, em sessão separada, pelo plenário de
cada uma das casas do Congresso Nacional (CF, art. 62, § 9º) configura fase de
observância obrigatória no processo constitucional de conversão dessa espécie
normativa em lei ordinária. Vale ressaltar, no entanto, que o parecer da comissão
mista (previsto no § 9º do art. 62 da CF/88) é obrigatório apenas para as medidas
provisórias assinadas e encaminhadas ao Congresso Nacional a partir do
julgamento da ADI 4029. As medidas provisórias anteriores a essa ADI 4029 não
precisaram passar, obrigatoriamente, pela comissão mista por estarem regidas
pelas regras da Resolução n.º 01, do Congresso Nacional. Os arts. 5º, caput e 6º,
§§ 1º e 2º da Resolução nº 1, do CN foram reconhecidos inconstitucionais pelo
STF, no entanto, a Corte determinou que essa declaração de inconstitucionalidade
somente produz efeitos ex nunc (a partir da decisão); Todas as leis aprovadas
segundo a tramitação da Resolução nº 1 (ou seja, sem parecer obrigatório da
comissão mista após o 14º dia) são válidas e não podem ser questionadas por
esta razão. STF. Plenário. ADI 4029/AM, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 7 e
8/3/2012 (Info 657).
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Lei que proíba o nepotismo no Poder Executivo pode ser
proposta por parlamentar
Direito Constitucional Processo legislativo Outros temas

Origem: STF


As leis que proíbam o nepotismo na Administração Pública não são de iniciativa


exclusiva do Chefe do Poder Executivo, podendo, portanto, ser propostas pelos
parlamentares. STF. Plenário. RE 570392/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em
11/12/2014 (Info 771).

Súmula vinculante 54
Direito Constitucional Processo legislativo Medidas provisórias

Origem: STF


Súmula vinculante 54: A medida provisória não apreciada pelo congresso nacional
podia, até a Emenda Constitucional 32/2001, ser reeditada dentro do seu prazo de
eficácia de trinta dias, mantidos os efeitos de lei desde a primeira edição.

TRIBUNAL DE CONTAS

É inconstitucional lei estadual ou emenda à Constituição


do Estado, de iniciativa parlamentar, que trate sobre
organização ou funcionamento do TCE
Direito Constitucional Tribunal de Contas Noções gerais

Origem: STF


É inconstitucional lei estadual, de origem (iniciativa) parlamentar, que discipline a


organização e o funcionamento do Tribunal de Contas estadual (TCE). Isso porque
os Tribunais de Contas possuem reserva de iniciativa (competência privativa) para
apresentar os projetos de lei que tenham por objetivo tratar sobre a sua
organização ou o seu funcionamento (art. 96, II c/c arts. 73 e 75 da CF/88). Os
Tribunais de Contas, conforme reconhecido pela CF/88 e pelo STF, gozam das
prerrogativas da autonomia e do autogoverno, o que inclui, essencialmente, a
iniciativa privativa para instaurar processo legislativo que pretenda alterar sua
organização e funcionamento. STF. Plenário. ADI 4643/RJ, Rel. Min. Luiz Fux,
julgado em 15/5/2019 (Info 940).
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Ministério Público do Tribunal de Contas não possui


legitimidade para impetrar mandado de segurança mesmo
que para defender suas prerrogativas institucionais
Direito Constitucional Tribunal de Contas Noções gerais
Origem: STF e STJ


O Ministério Público de Contas não tem legitimidade para impetrar mandado de


segurança em face de acórdão do Tribunal de Contas perante o qual atua. STF.
Plenário virtual. RE 1178617 RG, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em
25/04/2019 (repercussão geral).
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É inconstitucional lei estadual ou emenda à Constituição


do Estado, de iniciativa parlamentar, que trate sobre
organização ou funcionamento do TCE
Direito Constitucional Tribunal de Contas Noções gerais
Origem: STF


Os Tribunais de Contas possuem reserva de iniciativa (competência privativa) para


deflagrar o processo legislativo que tenha por objeto alterar a sua organização ou
o seu funcionamento (art. 96, II c/c arts. 73 e 75 da CF/88). Trata-se de uma
prerrogativa que decorre da independência e autonomia asseguradas às Cortes de
Contas. Assim, é inconstitucional lei estadual ou mesmo emenda à Constituição do
Estado, de iniciativa parlamentar, que trate sobre organização ou funcionamento
do TCE. A promulgação de emenda à Constituição Estadual não constitui meio
apto para contornar (burlar) a cláusula de iniciativa reservada. STF. Plenário. ADI
5323/RN, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 11/4/2019 (Info 937).
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É inconstitucional norma da Constituição Estadual que


preveja regra sobre a organização ou funcionamento do
TCE de forma diferente do modelo federal
Direito Constitucional Tribunal de Contas Noções gerais

Origem: STF


O art. 75 da CF/88 estabelece que deverá haver um “espelhamento obrigatório” do


modelo de controle externo do TCU previsto na CF/88 para os Tribunais de Contas
dos Estados/DF e para os Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios. Isso
significa que é materialmente inconstitucional norma da Constituição Estadual que
trate sobre a organização ou funcionamento do TCE de forma diferente do modelo
federal. Caso isso ocorra, haverá uma violação ao art. 75 da Carta Maior. Diante
disso, é inconstitucional dispositivo da CE que preveja que, se o TCE reconhecer a
boa-fé do infrator e se este fizer a liquidação tempestiva do débito ou da multa, a
Corte deverá considerar saneado o processo. Esta regra é inconstitucional porque
não há previsão semelhante na CF/88. STF. Plenário. ADI 5323/RN, Rel. Min.
Rosa Weber, julgado em 11/4/2019 (Info 937).
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TCU decide que irá fiscalizar as contas da OAB


Direito Constitucional Tribunal de Contas Atuação dos Tribunais de Contas

Origem: STF


O TCU entendeu que: • A OAB possui natureza jurídica de autarquia. • Os recursos


que a OAB administra são recursos públicos considerando que as anuidades são
contribuições enquadradas no art. 149 da CF/88 sendo, portanto, consideradas
como tributos. • Sendo uma autarquia que gerencia recursos públicos, a OAB se
submete à jurisdição do Tribunal de Contas do TCU e, portanto, deve ser incluída
como unidade prestadora de contas. • Em outras palavras, a OAB tem o dever de
prestar contas ao TCU. Processo TC 015.720/2018-7
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É inconstitucional norma de Constituição Estadual que
confira competência ao TCE para homologar os cálculos
das cotas do ICMS devidas aos Municípios
Direito Constitucional Tribunal de Contas Atuação dos Tribunais de Contas

Origem: STF


O ICMS é um imposto de competência estadual. Apesar disso, a CF/88 determina


que o Estado deverá repassar 25% da receita do ICMS aos Municípios. Esse
repasse será realizado após cálculos que são feitos para definir o valor da cota-
parte que caberá a cada Município, segundo critérios definidos pelo art. 158,
parágrafo único, da CF/88 e pela lei estadual. A Constituição do Estado do Amapá
previu que seria competência do TCE homologar os cálculos das cotas do ICMS
devidas aos Municípios. Este dispositivo é inconstitucional. Sujeitar o ato de
repasse de recursos públicos à homologação do TCE representa ofensa ao
princípio da separação e da independência dos Poderes. STF. Plenário. ADI 825/
AP, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 25/10/2018 (Info 921).
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Competência do TCU para fiscalizar a Fundação Banco do


Brasil somente quanto aos recursos oriundos do Banco do
Brasil
Direito Constitucional Tribunal de Contas Noções gerais

Origem: STF


Não compete ao TCU adotar procedimento de fiscalização que alcance a


Fundação Banco do Brasil quanto aos recursos próprios, de natureza
eminentemente privada, repassados por aquela entidade a terceiros, eis que a
FBB não integra o rol de entidades obrigadas a prestar contas àquela Corte de
Contas, nos termos do art. 71, II, da CF. A FBB é uma pessoa jurídica de direito
privado não integrante da Administração Pública. Assim, a FBB não necessita se
submeter aos ditames da gestão pública quando repassar recursos próprios a
terceiros por meio de convênios. Por outro lado, quando a FBB recebe recursos
provenientes do Banco do Brasil — sociedade de economia mista que sofre a
incidência dos princípios da Administração Pública previstos no art. 37, caput, da
Constituição Federal, — ficará sujeita à fiscalização do TCU. Isso porque, neste
caso, tais recursos, como são provenientes do BB, têm caráter público. STF. 2ª
Turma. MS 32703/DF, Rel. Min. Dias Tóffoli, julgado em 10/4/2018 (Info 897).
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Membros dos Tribunais de Contas são equiparados a


magistrados
Direito Constitucional Tribunal de Contas Noções gerais

Origem: STJ


Os conselheiros de Tribunais de Contas são equiparados aos magistrados, por


força do princípio da simetria em relação à disposição contida no art. 73, § 3º, da
CF/88, sendo-lhes aplicada, por analogia, a Lei Orgânica da Magistratura Nacional
(LC nº 35/79). STJ. Corte Especial. APn 819/DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado
em 07/03/2018.
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A Constituição Federal não proíbe a extinção de Tribunais
de Contas dos Municípios
Direito Constitucional Tribunal de Contas Noções gerais

Origem: STF


A Constituição Federal não proíbe a extinção de Tribunais de Contas dos


Municípios. STF. Plenário. ADI 5763/CE, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em
26/10/2017 (Info 883).
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MPTC não possui legitimidade para propor reclamação no


STF
Direito Constitucional Tribunal de Contas Noções gerais

Origem: STF


O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas não possui legitimidade ativa para
propor reclamação no STF alegando descumprimento da decisão do Supremo. A
atuação dos membros do MPTC limita-se, unicamente, ao âmbito dos próprios
Tribunais de Contas perante os quais oficiam. STF. 2ª Turma.Rcl 24156 AgR/DF e
Rcl 24158 AgR/DF, Rel. Min. Celso de Mello, julgados em 24/10/2017 (Info 883).
Sobre o caso específico do mandado de segurança, veja o seguinte julgado: O
Ministério Público de Contas não tem legitimidade para impetrar mandado de
segurança em face de acórdão do Tribunal de Contas perante o qual atua. STF.
Plenário virtual. RE 1178617 RG, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em
25/04/2019 (repercussão geral).
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Auditoria do TCU e desnecessidade de participação dos


terceiros reflexamente prejudicados
Direito Constitucional Tribunal de Contas Processo administrativo no Tribunal de Contas

Origem: STF


Auditoria do TCU e desnecessidade de participação dos terceiros reflexamente


prejudicados Em auditoria realizada pelo TCU para apurar a gestão administrativa
do órgão, os terceiros indiretamente afetados pelas determinações do Tribunal (ex:
pensionistas) não possuem direito de serem ouvidos no processo fiscalizatório.
Não existe, no caso, desrespeito ao devido processo legal. Nessa espécie de
atuação administrativa, a relação processual envolve apenas o órgão fiscalizador e
o fiscalizado, sendo dispensável a participação dos interessados. O contraditório
pressupõe a existência de litigantes ou acusados, o que não ocorre quando o
Tribunal de Contas atua no campo da fiscalização de órgãos e entes
administrativos. O contraditório deve ser garantido pelo órgão de origem, a quem
cabe o cumprimento da determinação do Tribunal de Contas. Não aplicação do art.
54 da Lei nº 9.784/99 para as fiscalizações realizadas pelo TC na forma do art. 71,
IV, da CF/88 Em casos de “fiscalização linear exercida pelo Tribunal de Contas”,
nos termos do art. 71, IV, da CF/88, não se aplica o prazo de decadência previsto
no art. 54 da Lei nº 9.784/99. Isso porque em processos de “controle abstrato”, o
Tribunal de Contas não faz o exame de ato específico do qual decorre efeito
favorável ao administrado. A Corte está examinando a regularidade das contas do
órgão e a repercussão sobre eventual direito individual é apenas indireta. STF. 1ª
Turma. MS 34224/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 15/8/2017 (Info 873).
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Prazo prescricional para aplicação de multa pelo TCU
Direito Constitucional Tribunal de Contas Processo administrativo no Tribunal de Contas

Origem: STF


O prazo prescricional para que o TCU aplique multas é de 5 anos, aplicando-se a


previsão do art. 1º da Lei nº 9.873/99. Caso esteja sendo imputada ao agente
público a conduta omissiva de ter deixado de tomar providências que eram de sua
responsabilidade, tem-se que, enquanto ele permaneceu no cargo, perdurou a
omissão. No momento em que o agente deixou o cargo, iniciou-se o fluxo do prazo
prescricional. STF. 1ª Turma. MS 32201/DF, rel. Min. Roberto Barroso, julgado em
21/3/2017 (Info 858).
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Criação de Procuradoria do Tribunal de Contas e


impossibilidade de que tal órgão seja responsável pela
cobrança das multas
Direito Constitucional Tribunal de Contas Noções gerais

Origem: STF


É constitucional a criação de órgãos jurídicos na estrutura de Tribunais de Contas


estaduais, vedada a atribuição de cobrança judicial de multas aplicadas pelo
próprio tribunal. É inconstitucional norma estadual que preveja que compete à
Procuradoria do Tribunal de Contas cobrar judicialmente as multas aplicadas pela
Corte de Contas. A Constituição Federal não outorgou aos Tribunais de Contas
competência para executar suas próprias decisões. As decisões dos Tribunais de
Contas que acarretem débito ou multa têm eficácia de título executivo, mas não
podem ser executadas por iniciativa do próprio Tribunal. STF. Plenário. ADI 4070/
RO, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 19/12/2016 (Info 851).
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É inconstitucional norma da CE que preveja competir à


ALE julgar as contas do Poder Legislativo
Direito Constitucional Tribunal de Contas Atuação dos Tribunais de Contas

Origem: STF


É inconstitucional norma da Constituição Estadual que preveja que compete


privativamente à Assembleia Legislativa julgar as contas do Poder Legislativo
estadual. Seguindo o modelo federal, as contas do Poder Legislativo estadual
deverão ser julgadas pelo TCE, nos termos do art. 71, II c/c art. 75, da CF/88. STF.
Plenário. ADI 3077/SE, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 16/11/2016 (Info 847).
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É inconstitucional norma de CE que dispensa o parecer


prévio no julgamento das contas dos Prefeitos caso o TCE
não o elabore no prazo de 180 dias
Direito Constitucional Tribunal de Contas Atuação dos Tribunais de Contas

Origem: STF


Determinada Constituição Estadual prevê que, se o TCE não elaborar, no prazo de


180 dias, o parecer prévio na prestação de contas do Prefeito, o processo deverá
ser encaminhado à Câmara Municipal e esta julgará as contas mesmo sem o
parecer. Esta previsão é inconstitucional por violar o art. 31, § 2º, da CF/88. Pela
leitura desse dispositivo, a elaboração do parecer prévio é sempre necessária e a
Câmara Municipal somente poderá dele discordar se houver manifestação de, no
mínimo, 2/3 dos Vereadores. Assim, a CE/SE criou uma exceção na qual a
Câmara Municipal poderia julgar as contas dos Prefeitos mesmo sem parecer do
TCE. Ocorre que esta nova situação não encontra abrigo na Constituição Federal,
sendo, portanto, inconstitucional. STF. Plenário. ADI 3077/SE, Rel. Min. Cármen
Lúcia, julgado em 16/11/2016 (Info 847).
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Prazo para o TCU exigir comprovação de regular aplicação


de verbas federais por meio de tomada de contas especial
Direito Constitucional Tribunal de Contas Processo administrativo no Tribunal de Contas

Origem: STJ


É de cinco anos o prazo para o TCU, por meio de tomada de contas especial (Lei
nº 8.443/92), exigir do ex-gestor público municipal a comprovação da regular
aplicação de verbas federais repassadas ao respectivo Município. STJ. 1ª Turma.
REsp 1480350-RS, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 5/4/2016 (Info 581).
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Auditoria do TCU e desnecessidade de participação do


servidor indiretamente afetado
Direito Constitucional Tribunal de Contas Processo administrativo no Tribunal de Contas

Origem: STF


Em auditoria realizada pelo TCU para apurar a gestão administrativa do Poder


Legislativo, os servidores indiretamente afetados pelas determinações do Tribunal
não possuem direito de serem ouvidos no processo fiscalizatório. Não existe, no
caso, desrespeito ao devido processo legal. A atuação do TCU ficaria inviabilizada
se, nas auditorias realizadas, fosse necessário intimar, para integrar o processo
administrativo de controle, qualquer um que pudesse ser alcançado, embora de
forma indireta, pela decisão da Corte. STF. 1ª Turma. MS 32540/DF, Rel. Min.
Marco Aurélio, julgado em 29/3/2016 (Info 819).
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Requisito para integrar Tribunal de Contas na vaga


destinada ao MP
Direito Constitucional Tribunal de Contas Noções gerais

Origem: STJ


Membro do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas de Estados ou do


Distrito Federal que ocupa esse cargo há menos de dez anos pode ser indicado
para compor lista tríplice destinada à escolha de conselheiro da referida corte.
STJ. 2ª Turma. RMS 35403-DF, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 3/3/2016
(Info 584).
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Citação enviada para o endereço constante no cadastro da


Receita Federal
Direito Constitucional Tribunal de Contas Processo administrativo no Tribunal de Contas
Origem: STF


O interessado alega que não mora mais no endereço para o qual a carta com AR
foi enviada. Contudo, constata-se que esse é o endereço que consta na Receita
Federal como sendo do interessado, além do que é o mesmo que está na petição
inicial do MS por ele impetrado. A alegação de nulidade da citação deverá ser
aceita? NÃO. Inicialmente, deve-se esclarecer que a validade da comunicação dos
atos do TCU não depende de comunicação pessoal do interessado, bastando sua
efetivação por meio de carta registrada com aviso de recebimento que comprove
sua entrega no endereço do destinatário. No caso concreto, a citação foi enviada
ao endereço fornecido pelo impetrante no cadastro da Receita Federal do Brasil,
que é o mesmo informado na petição inicial do mandado de segurança impetrado.
Logo, o STF entendeu que foi comprovada a entrega da carta registrada no
endereço do destinatário, de forma que não se podia falar em nulidade do
processo. STF. 2ª Turma. MS 27427 AgR/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em
8/9/2015 (Info 798).
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Independência da tomada de contas em relação ao PAD


Direito Constitucional Tribunal de Contas Processo administrativo no Tribunal de Contas

Origem: STF


As atribuições do Tribunal de Contas da União são independentes em relação ao


julgamento do processo administrativo disciplinar instaurado para apurar falta
funcional do servidor público. Em outras palavras, o processo no TCU não
depende nem está vinculado ao PAD. STF. 2ª Turma. MS 27427 AgR/DF, Rel. Min.
Teori Zavascki, julgado em 8/9/2015 (Info 798).

Citação no processo de tomada de contas


Direito Constitucional Tribunal de Contas Processo administrativo no Tribunal de Contas

Origem: STF


O interessado alega que não mora mais no endereço para o qual a carta com AR
foi enviada. Contudo, constata-se que esse é o endereço que consta na Receita
Federal como sendo do interessado, além do que é o mesmo que está na petição
inicial do MS por ele impetrado. A alegação de nulidade da citação deverá ser
aceita? NÃO. Inicialmente, deve-se esclarecer que a validade da comunicação dos
atos do TCU não depende de comunicação pessoal do interessado, bastando sua
efetivação por meio de carta registrada com aviso de recebimento que comprove
sua entrega no endereço do destinatário. No caso concreto, a citação foi enviada
ao endereço fornecido pelo impetrante no cadastro da Receita Federal do Brasil,
que é o mesmo informado na petição inicial do mandado de segurança impetrado.
Logo, o STF entendeu que foi comprovada a entrega da carta registrada no
endereço do destinatário, de forma que não se podia falar em nulidade do
processo. STF. 2ª Turma. MS 27427 AgR/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em
8/9/2015 (Info 798).
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Exame de legalidade de aposentadoria e coisa julgada


Direito Constitucional Tribunal de Contas Processo administrativo no Tribunal de Contas

Origem: STF


A sentença que reconhece ao trabalhador ou a servidor o direito a determinado


percentual de acréscimo remuneratório deixa de ter eficácia a partir da
superveniente incorporação definitiva do referido percentual nos seus ganhos.
Sendo uma relação de caráter continuativo (todos os meses a servidora recebe
aquela remuneração) e tendo havido superveniente modificação na situação de
fato (o referido reajuste foi incorporado, por lei, aos vencimentos da servidora),
essa alteração no status quo produz, de forma imediata e automática, a cessação
da eficácia da decisão acobertada pela coisa julgada. E para essa cessação não é
necessária ação rescisória ou ação revisional. Assim, se o TCU, ao analisar uma
aposentadoria, percebe que determinada gratificação recebida por servidor público
por força de sentença transitada em julgado já foi incorporada/extinta por leis
posteriores, este Tribunal poderá determinar a sua supressão sem que isso viole a
coisa julgada. Neste caso, a mudança no estado das coisas faz com que esta
coisa julgada não mais subsista. STF. 2ª Turma. MS 32435 AgR/DF, rel. orig. Min.
Celso de Mello, red. p/ o acórdão, Min. Teori Zavascki, 4/8/2015 (Info 793).
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Natureza do TCU
Direito Constitucional Tribunal de Contas Noções gerais

Origem: STF


O TCU ostenta a condição de órgão independente na estrutura do Estado


brasileiro, cujas funções estão elencadas nos incisos do art. 71 da CF/88. Seus
membros possuem as mesmas prerrogativas que as asseguradas aos magistrados
(art. 73, § 3º da CF/88), tendo suas decisões a natureza jurídica de atos
administrativos passíveis de controle jurisdicional. Trata-se de um tribunal de
índole técnica e política, criado para fiscalizar o correto emprego dos recursos
públicos. Os Tribunais de Contas realizam controle de legitimidade, economicidade
e de eficiência, verificando se os atos praticados pelos entes controlados estão de
acordo com a moralidade, eficiência, proporcionalidade. No atual contexto
juspolítico brasileiro, o Tribunal de Contas possui competência para aferir se o
administrador atuou de forma prudente, moralmente aceitável e de acordo com o
que a sociedade dele espera. O TCU representa um dos principais instrumentos
republicanos destinados à concretização da democracia e dos direitos
fundamentais, na medida em que o controle do emprego de recursos públicos
propicia, em larga escala, justiça e igualdade. STF. 1ª Turma. MS 33340/DF, Rel.
Min. Luiz Fux, julgado em 26/5/2015 (Info 787).
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BNDES é obrigado a fornecer ao TCU documentos sobre


financiamentos concedidos
Direito Constitucional Tribunal de Contas Noções gerais

Origem: STF


O BNDES celebrou um contrato de financiamento com um grande grupo


empresarial de carnes bovinas. A Comissão de Controle Externo da Câmara dos
Deputados solicitou ao TCU que realizasse auditoria neste contrato. O TCU
instaurou o procedimento e determinou ao BNDES que enviasse os documentos
relacionados com a operação. O BNDES impetrou mandado de segurança no STF
contra o TCU pedindo para não ser obrigado a fornecer as informações solicitadas,
sob o fundamento de que isso violaria o sigilo bancário e empresarial da empresa
que recebeu o financiamento. O STF concordou com as razões invocadas no MS?
NÃO. O STF denegou (indeferiu) o mandado de segurança impetrado e
determinou que o BNDES enviasse as informações. O envio de informações ao
TCU relativas a operações de crédito originárias de recursos públicos não é
coberto pelo sigilo bancário. O acesso a tais dados é imprescindível à atuação do
TCU na fiscalização das atividades do BNDES. O STF possui precedentes no
sentido de que o TCU não detém legitimidade para requisitar diretamente
informações que importem quebra de sigilo bancário. No entanto, a Corte reputou
que a situação acima relatada seria diferente dos demais precedentes do Tribunal,
já que se trata de informações do próprio BNDES em um procedimento de controle
legislativo financeiro de entidades federais por iniciativa do Parlamento. STF. 1ª
Turma. MS 33340/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 26/5/2015 (Info 787).
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Tribunal de Contas tem competência para declarar a


inidoneidade de empresa para licitar
Direito Constitucional Tribunal de Contas Noções gerais

Origem: STF


O TCU tem competência para declarar a inidoneidade de empresa privada para


participar de licitações promovidas pela Administração Pública. Essa previsão está
expressa no art. 46 da Lei 8.443/92, sendo considerada constitucional: Art. 46.
Verificada a ocorrência de fraude comprovada à licitação, o Tribunal declarará a
inidoneidade do licitante fraudador para participar, por até cinco anos, de licitação
na Administração Pública Federal. STF. Plenário. MS 30788/MG, rel. orig. Min.
Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em 21/5/2015 (Info
786).
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Tribunal de Contas tem competência para anular acordo


extrajudicial que não tenha sido homologado judicialmente
Direito Constitucional Tribunal de Contas Noções gerais

Origem: STF


O TCU tem legitimidade para anular acordo extrajudicial firmado entre particulares
e a Administração Pública, quando não homologado judicialmente. Se o acordo foi
homologado judicialmente, o TCU não pode anulá-lo porque a questão já passou a
ser de mérito da decisão judicial, o que não pode ser revisto pelo Tribunal de
Contas. Contudo, sendo o acordo apenas extrajudicial, a situação está apenas no
âmbito administrativo, de sorte que o TCU tem legitimidade para anular o ajuste
celebrado. STF. 1ª Turma. MS 24379/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em
7/4/2015 (Info 780).
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Tribunal de Contas tem competência para decretar medida


cautelar de indisponibilidade de bens
Direito Constitucional Tribunal de Contas Noções gerais

Origem: STF


O TCU possui competência para decretar, no início ou no curso de qualquer


procedimento de apuração que lá tramite, a indisponibilidade dos bens do
responsável por prazo não superior a 1 ano (art. 44, § 2º da Lei 8.443/92). O STF
entende que essa previsão é constitucional, de forma que se admite, ainda que de
forma excepcional, a concessão, sem audiência da parte contrária, de medidas
cautelares, por deliberação fundamentada do Tribunal de Contas, sempre que
necessárias à neutralização imediata de situações que possam causar lesão ao
interesse público ou ainda para garantir a utilidade prática do processo que tramita
no TCU. Isso não viola, por si só, o devido processo legal nem qualquer outra
garantia constitucional, como o contraditório ou a ampla defesa. STF. 2ª Turma.
MS 33092/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 24/3/2015 (Info 779).
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Ilegitimidade do MP para execução de condenação


proferida pelo Tribunal de Contas
Direito Constitucional Tribunal de Contas Execução de condenação proferida pelo Tribunal de
Contas
Origem: STJ


O Ministério Público possui legitimidade para ajuizar a execução de título executivo


extrajudicial decorrente de condenação proferida pelo Tribunal de Contas? NÃO. A
legitimidade para a propositura da ação executiva é apenas do ente público
beneficiário. O Ministério Público, atuante ou não junto às Cortes de Contas, seja
federal, seja estadual, é parte ilegítima. Essa é a posição tanto do STF (Plenário.
ARE 823347 RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 02/10/2014. Repercussão
geral), como do STJ (2ª Turma. REsp 1.464.226-MA, Rel. Min. Mauro Campbell
Marques, julgado em 20/11/2014). STJ. 2ª Turma. REsp 1464226-MA, Rel. Min.
Mauro Campbell Marques, julgado em 20/11/2014 (Info 552).
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Fiscalização do TC sobre pessoas jurídicas de direito


privado que recebem recursos públicos
Direito Constitucional Tribunal de Contas Atuação dos Tribunais de Contas

Origem: STF


Os Tribunais de Contas possuem competência para fiscalizar pessoas jurídicas de


direito privado que recebam recursos públicos. Ex.: associações. Todo aquele que
administra recursos e bens públicos está sujeito à fiscalização perante o Tribunal
de Contas, independentemente de ser pessoa jurídica de direito público ou
privado. Essa competência sempre esteve prevista de forma implícita no inciso II
do art. 71 da CF/88. Em 1998, o parágrafo único do art. 70 foi alterado pela EC 18
para deixar isso ainda mais explícito. O simples fato de a associação que recebeu
recursos públicos estar sendo processada por improbidade administrativa não
impede que ela seja condenada pelo Tribunal de Contas a ressarcir o erário se
constatada alguma irregularidade. Isso porque as instâncias administrativa (TCU)
e judicial (improbidade) são independentes (arts. 12 e 21, II, da Lei 8.429/92). STF.
1ª Turma. MS 26969/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 18/11/2014 (Info 768).
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Iniciativa privativa para as leis que tratam sobre


organização e funcionamento dos Tribunais de Contas
Direito Constitucional Tribunal de Contas Noções gerais

Origem: STF


É inconstitucional lei de iniciativa parlamentar que trate sobre os cargos, a


organização e o funcionamento do Tribunal de Contas. É a própria Corte de
Contas que tem competência reservada para deflagrar o processo legislativo que
trate sobre essa matéria (arts. 73, 75 e 96 da CF/88). STF. Plenário. ADI 3223/SC,
Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 6/11/2014 (Info 766).
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Legitimidade para a execução de acórdão do Tribunal de


Contas
Direito Constitucional Tribunal de Contas Execução de condenação proferida pelo Tribunal de
Contas

Origem: STF


Quem tem legitimidade para propor a execução de acórdão condenatório proferido


pelo Tribunal de Contas? Segundo a posição do STF, o estado-membro não tem
legitimidade para promover execução judicial para cobrança de multa imposta por
Tribunal de Contas estadual à autoridade municipal, uma vez que a titularidade do
crédito é do próprio ente público prejudicado, a quem compete a cobrança, por
meio de seus representantes judiciais (no caso, o Município). O STJ possui
entendimento diferente e decide que a legitimidade irá variar caso o acórdão do
Tribunal de Contas tenha determinado o ressarcimento ao erário ou, então, apenas
uma multa (AgRg no REsp 1181122/RS, Rel. p/ Acórdão Min. Mauro Campbell
Marques, Segunda Turma, julgado em 06/05/2010). STF. 1ª Turma. RE 580943
AgR/AC, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 18/6/2013 (Info 711). STF.
Plenário. ARE 823347 RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 02/10/2014
(repercussão geral).
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Lei estadual que veda acesso de documentos ao Tribunal


de Contas é inconstitucional
Direito Constitucional Tribunal de Contas Noções gerais

Origem: STF


É inconstitucional lei estadual que proíbe que o TCE, quando estiver fazendo
inspeções ou auditorias, tenha acesso a determinados documentos inerentes à
Administração Pública. Essa previsão constitui ato atentatório à efetiva atuação do
Tribunal de Contas, restringindo sua competência para realizar o controle externo
das contas do Estado-membro sem que a CF/88 tenha permitido essa limitação.
STF. Plenário. ADI 2361/CE, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 24/9/2014 (Info
760).
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Competência do TCE para julgar as contas dos presidentes


das Câmaras Municipais
Direito Constitucional Tribunal de Contas Atuação dos Tribunais de Contas

Origem: STF


É inconstitucional norma da CE que preveja que compete às Câmaras Municipais


o julgamento das contas de seus Presidentes. A CF/88 somente autoriza que as
Câmaras Municipais julguem as contas dos Prefeitos. No caso das contas dos
Presidentes das Câmaras de Vereadores, estas devem ser julgadas pelo TCE.
STF. Plenário. ADI 1964/ES, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 4/9/2014 (Info 757).
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Inconstitucionalidade da estipulação de restrições à


atuação do Tribunal de Contas
Direito Constitucional Tribunal de Contas Noções gerais

Origem: STF


É inconstitucional regra prevista na Constituição Estadual que determine que o


Tribunal de Contas não pode sustar licitação, dispensa ou inexigibilidade que
estejam sendo analisadas naquela Corte. É também inconstitucional regra da CE
que preveja recurso contra as decisões do Tribunal de Contas para o Plenário da
Assembleia Legislativa. Essas duas regras violam o modelo previsto pela CF/88 a
respeito dos Tribunais de Contas (art. 71) e que deve ser obedecido pelas Cartas
Estaduais (art. 75). STF. Plenário. ADI 3715/TO, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado
em 21/8/2014 (Info 755).
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Desnecessidade de intimação pessoal do julgamento pelo


TCU
Direito Constitucional Tribunal de Contas Processo administrativo no Tribunal de Contas

Origem: STF


Nos processos que tramitam no TCU não é necessária a intimação pessoal da


data em que será realizada a sessão de julgamento, bastando que essa
informação seja publicada em veículo de comunicação oficial (imprensa oficial).
STF. 2ª Turma. MS 28644/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em
12/8/2014 (Info 752).
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Fiscalização do TCU sobre valores de contribuição sindical


Direito Constitucional Tribunal de Contas Atuação dos Tribunais de Contas

Origem: STF


As "contribuições sindicais" eram compulsórias e possuíam natureza tributária. Por


conta disso, o STF entendia que o TCU poderia fiscalizar a arrecadação e gestão
desses recursos. STF. Plenário. MS 28465/DF, rel. Min. Marco Aurélio, julgado em
18/3/2014 (Info 739). A contribuição sindical também passou a ser facultativa com
a Reforma Trabalhista (Lei nº 13.467/2017), que alterou os arts. 578 e 579 da CLT.
Desse modo, com essa mudança legislativa, entendo que o TCU não possui mais
competência para fiscalizar a arrecadação e gestão das contribuições sindicais
considerando que tais verbas deixaram de ter caráter tributário.
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A execução da decisão do Tribunal de Contas não é feita


mediante por execução fiscal (Lei 6.830/80)
Direito Constitucional Tribunal de Contas Execução de condenação proferida pelo Tribunal de
Contas

Origem: STJ


A execução da decisão do Tribunal de Contas é feita mediante o procedimento da


execução fiscal (Lei nº 6.830/80)? NÃO. O que se executa é o próprio acórdão do
Tribunal de Contas (e não uma CDA). Assim, trata-se de execução civil de título
extrajudicial, seguindo as regras dessa espécie de execução previstas no CPC.
Não se aplica a Lei n. 6.830/80 à execução de decisão condenatória do Tribunal
de Contas da União quando não houver inscrição em dívida ativa. Tais decisões já
são títulos executivos extrajudiciais, de modo que prescindem da emissão de
Certidão de Dívida Ativa — CDA, o que determina a adoção do rito do CPC
quando o administrador discricionariamente opta pela não inscrição. STJ. 2ª
Turma. REsp 1390993/RJ, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em
10/09/2013 (Info 530).
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Prazo de decadência e concessão de aposentadoria
Direito Constitucional Tribunal de Contas Processo administrativo no Tribunal de Contas

Origem: STJ


A concessão de aposentadoria possui natureza jurídica de ato administrativo


complexo, que somente se perfaz com a manifestação do Tribunal de Contas
acerca da legalidade do ato. Caso uma aposentadoria tenha sido concedida sem
que os requisitos legais tenham sido preenchidos, a Administração Pública federal
pode anular esse benefício no prazo decadencial de 5 anos, contados da data da
homologação da concessão pelo Tribunal de Contas (e não da data da “concessão
inicial” feita pelo órgão ou entidade). STJ. Corte Especial. EREsp 1240168-SC,
Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 7/11/2012 (Info 508).
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Condenação pelo tribunal de contas independe do


resultado do PAD
Direito Constitucional Tribunal de Contas Processo administrativo no Tribunal de Contas

Origem: STF


Se o servidor público responder a processo administrativo disciplinar e for


absolvido, ainda assim poderá ser condenado a ressarcir o erário, em tomada de
contas especial, pelo Tribunal de Contas da União. STF. 1ª Turma. MS 27867 AgR/
DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 18/9/2012.
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Forma de escolha dos membros do TCE


Direito Constitucional Tribunal de Contas Noções gerais

Origem: STF


A forma de escolha dos Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado deve


obedecer ao mesmo modelo do Tribunal de Contas da União (art. 73, § 2º da CF)
por força do princípio da simetria. Súmula 653-STF: No Tribunal de Contas
estadual, composto por sete conselheiros, quatro devem ser escolhidos pela
Assembleia Legislativa e três pelo Chefe do Poder Executivo estadual, cabendo a
este indicar um dentre auditores e outro dentre membros do Ministério Público, e
um terceiro à sua livre escolha. STF. Plenário. ADI 374/DF, Rel. Min. Dias Toffoli,
julgado em 22/3/2012 (Info 659).

Processo administrativo que julga admissão deve ter


contraditório e ampla defesa
Direito Constitucional Tribunal de Contas Processo administrativo no Tribunal de Contas

Origem: STJ


O processo administrativo no Tribunal de Contas que julga admissões de


servidores públicos deve assegurar aos interessados o contraditório e a ampla
defesa considerando que poderá resultar em anulação ou revogação dos atos
administrativos de nomeação dos servidores, repercutindo, portanto, no âmbito
dos interesses individuais. STJ. 2ª Turma. RMS 27233-SP, Rel. Min. Mauro
Campbell Marques, julgado em 7/2/2012 (Info 490).
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Ilegitimidade do Tribunal de Contas para executar


Direito Constitucional Tribunal de Contas Execução de condenação proferida pelo Tribunal de
Contas

Origem: STF


O próprio Tribunal de Contas poderá propor a execução de seu acórdão? NÃO. O


art. 71, § 3º, da CF/88 não outorgou ao TCU legitimidade para executar suas
decisões das quais resulte imputação de débito ou multa. A competência para isso
é do titular do crédito constituído a partir da decisão, ou seja, o ente público
prejudicado. STF. 2ª Turma. AI 826676 AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em
08/02/2011.

PODER JUDICIÁRIO

Para os fins do art. 102, I, “n”, da CF/88, o impedimento


deve ser afirmado nos autos do processo cujo
deslocamento se pretende
Direito Constitucional Poder Judiciário Regime jurídico

Origem: STF


Existe uma decisão proferida pelo TJ em processo coletivo que beneficia diversos
servidores do Poder Judiciário. Esses servidores começam a ingressar com
execuções individuais pedindo o pagamento dos valores reconhecidos no acórdão
do TJ. João é um deles e ajuíza pedido de cumprimento de sentença. O TJ remete
a execução individual de João para o STF afirmando que mais da metade dos
Desembargadores possui alguma relação de parentesco com outros servidores
beneficiados pela decisão. Logo, para o TJ, a competência para julgar todas as
execuções individuais seria do STF, com base no art. 102, I, “n”, segunda parte, da
CF/88. O STF, contudo, não concordou com a decisão. O STF não é competente
para julgar originariamente a execução de João, pois não há impedimento dos
Desembargadores. Nenhum deles mantêm relação de parentesco com João,
servidor que figura especificamente no processo de execução individual. STF. 1ª
Turma. AO 2380 AgR/SE, Rel. Min. Alexandre de Moraes, red. p/ o ac. Min.
Roberto Barroso, julgado em 25/6/2019 (Info 945).
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É válido o provimento de pessoas para exercerem a função


de titular de serventias judiciais, com caráter privado
(serventias judicias privatizadas / não estatizadas), antes
da CF/88
Direito Constitucional Poder Judiciário Regime jurídico

Origem: STF


É válido ato do CNJ que, ao dar plena aplicabilidade ao art. 31 do ADCT, decide
pela invalidade dos atos administrativos de nomeação de todos os titulares de
cartórios privatizados que tenham ingressado no cargo após 5 de outubro de 1988,
data de promulgação da CF em vigor. As pessoas que assumiram as serventias
judiciais depois da CF/88, em caráter privado, não têm direito líquido e certo de
nelas permanecerem, qualquer que seja a forma de provimento. Há flagrante
inconstitucionalidade a partir do momento em que assumem cargo em serventia
que deveria ser estatizada. STF. 1ª Turma. MS 29323/DF, MS 29970/DF, MS
30267/DF e MS 30268/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min.
Alexandre de Moraes, julgados em 12/2/2019 (Info 930). O escrivão que ocupa
serventia judicial provida, em caráter privado, antes da CF/88, pode ser mantido na
titularidade da serventia. O art. 31 do ADCT garante, expressamente, o direito do
escrivão nomeado antes da CF/88 de continuar explorando a serventia. Isso
porque este dispositivo afirma que, depois da CF/88, deverão ser estatizadas as
serventias do foro judicial, “respeitados os direitos dos então titulares”. STF. 1ª
Turma. MS 29998/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 28/5/2019(Info 942).
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Juiz do Trabalho Substituto, durante seu afastamento para


tratamento de saúde, não tem direito de continuar
recebendo a verba de substituição
Direito Constitucional Poder Judiciário Regime jurídico

Origem: STF


Se o Juiz do Trabalho Substituto está exercendo as funções do Juiz do Trabalho


Titular, ele terá direito de receber um valor a mais denominado “substituição” (art.
656, § 3º da CLT e art. 124 da LOMAN). Essa verba da substituição não deverá
ser paga durante a licença-saúde do Juiz Substituto. Assim, Juiz do Trabalho
Substituto, durante seu afastamento para tratamento de saúde, não tem direito de
continuar recebendo a verba de substituição pelo fato de estar na Titularidade da
unidade judiciária. Esse tipo de verba só pode ser paga enquanto mantido o
desempenho da titularidade da unidade judiciária – condição necessária para seu
recebimento. STF. 2ª Turma. AO 2234 ED/MS, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado
em 19/3/2019 (Info 934).
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O STF entende que não é possível a revisão do mérito das


decisões do CNJ, cujos atos e procedimentos estão
sujeitos apenas ao controle de legalidade daquela Corte
Direito Constitucional Poder Judiciário Conselho Nacional de Justiça

Origem: STF


O STF entende que não é seu papel fazer a revisão do mérito das decisões do
CNJ. Assim, os atos e procedimentos do CNJ estão sujeitos apenas ao controle de
legalidade por parte do STF. O mandado de segurança não se presta ao reexame
de fatos e provas analisados pelo CNJ no processo disciplinar. A LOMAN não
estabelece regras de prescrição da pretensão punitiva por faltas disciplinares
praticadas por magistrados. Diante disso, deve ser feita a aplicação subsidiária da
Lei nº 8.112/90. STF. 2ª Turma. MS 35540/DF e MS 35521/DF, Rel. Min. Gilmar
Mendes, julgados em 12/3/2019 (Info 933).
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É inconstitucional o provimento de pessoas para


exercerem a função de titular de serventias judiciais, com
caráter privado, após a CF/88
Direito Constitucional Poder Judiciário Estrutura, composição e órgãos

Origem: STF


É válido ato do CNJ que, ao dar plena aplicabilidade ao art. 31 do ADCT, decide
pela invalidade dos atos administrativos de nomeação de todos os titulares de
cartórios privatizados que tenham ingressado no cargo após 5 de outubro de 1988,
data de promulgação da CF em vigor. As pessoas que assumiram as serventias
judiciais depois da CF/1988, em caráter privado, não têm direito líquido e certo de
nelas permanecerem, qualquer que seja a forma de provimento. Há flagrante
inconstitucionalidade a partir do momento em que assumem cargo em serventia
que deveria ser estatizada. Isso porque é inconstitucional o provimento de pessoas
para exercerem a função de titular de serventias judiciais, com caráter privado
(serventias judicias privatizadas / não estatizadas), após a CF/88. O art. 31 do
ADCT é autoaplicável, de modo que é obrigatória a estatização das serventias
judiciais à medida que elas fiquem vagas. O prazo decadencial do art. 54 da Lei nº
9.784/99 não se aplica quando o ato a ser anulado afronta diretamente a
Constituição Federal. STF. 1ª Turma. MS 29323/DF, MS 29970/DF, MS 30267/DF e
MS 30268/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes,
julgados em 12/2/2019 (Info 930).
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STF mantém punição aplicada pelo CNJ à juíza envolvida


no caso de prisão de adolescente em cela masculina no
Pará
Direito Constitucional Poder Judiciário Conselho Nacional de Justiça

Origem: STF


Deve ser mantida a decisão do CNJ que aplica pena de disponibilidade (art. 42, IV,
da LC 35/79) à magistrada que, mesmo depois de informada que uma adolescente
mulher estava presa em uma mesma cela com homens, demora a tomar as
providências necessárias para corrigir essa situação e, além disso, procura se
eximir de responsabilidade produzindo documento falso com data retroativa, na
tentativa de comprovar que teria adotado providências que, na realidade, não
adotou. STF. 1ª Turma. MS 34490/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac.
Min. Roberto Barroso, julgado em 5/2/2019 (Info 929).
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O fato de o PCA instaurado no CNJ contar com um número


elevado de partes interessadas não significa,
necessariamente, violação ao devido processo legal
Direito Constitucional Poder Judiciário Conselho Nacional de Justiça

Origem: STF


Caso concreto: foi instaurado procedimento de controle administrativo (PCA) no


CNJ para apurar a regularidade de 300 serventias judiciais. O impetrante alega a
nulidade do PCA pelo fato de haver um grande número de interessados no mesmo
processo, defendendo a ideia de que deveria ser um procedimento para cada
parte. O STF não concordou com o mandado de segurança impetrado e manteve
a decisão do CNJ. O fato de o PCA instaurado no CNJ contar com um número
elevado de partes interessadas não significa, necessariamente, violação ao devido
processo legal, ao contraditório e à ampla defesa. O prejuízo à defesa deve ser
analisado concretamente, à luz das especificidades do caso. No caso concreto,
tendo em vista que todos os interessados foram intimados para se manifestarem
no processo e o que CNJ enfrentou de maneira detida as teses jurídicas por eles
apresentadas, não há que se falar em anulação do ato impugnado. Como regra
geral, o controle dos atos do CNJ pelo STF somente se justifica nas hipóteses de:
a) inobservância do devido processo legal; b) exorbitância das competências do
Conselho; e c) injuridicidade ou manifesta irrazoabilidade do ato impugnado. No
caso concreto, não se identifica nenhuma dessas três situações. Logo, não há
motivo para a anulação da decisão do CNJ. STF. 1ª Turma. MS 28495/PR, Rel.
Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 13/11/2018 (Info
923).
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CNJ pode determinar que Tribunais de Justiça reduzam o


adicional de férias dos magistrados para 1/3
Direito Constitucional Poder Judiciário Conselho Nacional de Justiça

Origem: STF


O CNJ não pode fazer controle de constitucionalidade de lei ou ato normativo de


forma a substituir a competência do STF. Contudo, o CNJ pode determinar a
correção de ato do Tribunal local que, embora respaldado por legislação estadual,
se distancie do entendimento do STF. Assim, o CNJ pode afirmar que determinada
lei ou ato normativo é inconstitucional se esse entendimento já estiver pacificado
no STF. Isso porque, neste caso, o CNJ estará apenas aplicando uma
jurisprudência, um entendimento já pacífico. As leis estaduais que preveem abono
de férias aos magistrados em percentual superior a 1/3 são inconstitucionais. Isso
porque essa majoração do percentual de férias não encontra respaldo na LOMAN,
que prevê, de forma taxativa, as vantagens conferidas aos magistrados, sendo
essa a Lei que deve tratar do regime jurídico da magistratura, por força do art. 93
da CF/88. Não viola a autonomia dos tribunais locais deliberação do CNJ que
determina aos tribunais de justiça que enviem projeto de lei tendente à adequação
da legislação local ao regramento uniforme de âmbito nacional, pois não há no
caso reserva de iniciativa da matéria aos tribunais locais; ao contrário, os direitos
da magistratura, dentre os quais o direito ao abono de férias, são matéria de
regramento nacional uniforme. Logo, o CNJ agiu corretamente ao determinar aos
Tribunais de Justiça que pagam adicional de férias superior a 1/3 que eles enviem
projetos de lei para as Assembleias Legislativas reduzindo esse percentual. STF.
2ª Turma. MS 31667 AgR/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 11/9/2018 (Info
915).
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Constitucionalidade da verba “auxílio-voto”, paga aos


juízes convocados para atuar nos processos de 2ª
instância do Tribunal
Direito Constitucional Poder Judiciário Estrutura, composição e órgãos

Origem: STF


Foi instituído, no Tribunal de Justiça de São Paulo, o pagamento de uma verba


pela atuação em 2ª instância de magistrados de 1ª instância. Em outras palavras,
o juiz era convocado para atuar nos processos do Tribunal e, em razão disso,
recebia uma verba que ficou conhecida como “auxílio-voto”. O CNJ, em
procedimento de controle administrativo (PCA), considerou a verba irregular, por
suposta ofensa ao teto constitucional, e determinou a devolução dos valores
recebidos pelos juízes. O STF cassou a decisão do CNJ. Argumentos: 1) A decisão
do CNJ violou o devido processo legal administrativo e os princípios do
contraditório e da ampla defesa. Isso porque os magistrados não foram notificados
para apresentação de defesa escrita, além de não terem participado da instrução
processual. A decisão proferida pelo Conselho surpreendeu a todos os envolvidos.
Além disso, o PCA no qual o CNJ decidiu pela irregularidade da verba foi
instaurado para tratar sobre assunto completamente diverso. 2) A verba paga aos
magistrados de 1ª instância que atuaram nos processos do Tribunal de Justiça foi
regular, considerando que baseada no art. 124 da LC 35/79 (LOMAN). Essa
convocação de juízes para atuar no Tribunal é válida e não viola a CF/88. Como
essa convocação de juízes é válida (compatível com a CF/88), é natural que seja
devido o pagamento de um valor como forma de “recomposição patrimonial dos
magistrados, dado o exercício extraordinário de atribuições transitórias
desempenhadas acumuladamente com a jurisdição ordinária”. De igual modo,
como se trata de uma verba prevista em lei, fica afastada qualquer alegação de
má-fé. Como a verba em questão servia para pagar os magistrados por um serviço
extraordinário, elas não estavam abrangidas pelo subsídio. STF. 2ª Turma. MS
29002/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 7/8/2018 (Info 910).
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Inconstitucionalidade de norma da Constituição Estadual


que vincula vencimentos de escrivães aos dos juízes
Direito Constitucional Poder Judiciário Estrutura, composição e órgãos

Origem: STF


A Constituição do Estado do Ceará previa que os escrivães de entrância especial


teriam seus vencimentos fixados de modo a não exceder a 80% do que fosse
atribuído aos juízes da entrância inferior, aplicando-se o mesmo limite percentual
para os escrivães das demais entrâncias. O STF decidiu que essa regra é
inconstitucional por violar o art. 37, XIII, da CF/88, que proíbe a vinculação ou
equiparação de quaisquer espécies remuneratórias de pessoal do serviço público
e também por violar a iniciativa legislativa do Poder Judiciário (art. 96, II, “b”, da
CF/88). STF. Plenário. ADI 145/CE, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 20/6/2018
(Info 907).
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CNJ pode avocar PAD que tramita no Tribunal se não há


quórum suficiente para se atingir maioria absoluta
Direito Constitucional Poder Judiciário Conselho Nacional de Justiça

Origem: STF


O TRF condenou juiz federal à pena de aposentadoria compulsória. Ocorre que,


em virtude de alguns Desembargadores terem se averbado suspeitos, este juiz foi
condenado com um quórum de maioria simples. O CNJ reconheceu a
irregularidade da proclamação do resultado e anulou o julgamento de mérito
realizado pelo TRF. Isso porque o art. 93, VIII e X, da CF/88 exige quórum de
maioria absoluta do tribunal. Ocorre que o CNJ, após anular o julgamento de
mérito realizado pelo TRF, decidiu avocar o processo administrativo para que o
magistrado fosse julgado diretamente pelo Conselho. O juiz impetrou MS contra
essa avocação, mas o STF afirmou que o CNJ agiu corretamente. A Constituição,
expressamente, confere ao CNJ competência para avocar processos de natureza
disciplinar em curso contra membros do Poder Judiciário. Assim, não há óbice
para que o CNJ anule o julgamento do Tribunal e inicie lá um outro procedimento.
Uma das causas legítimas de avocação de procedimentos administrativos pelo
CNJ é justamente a falta do quórum para proferir decisão administrativa por
maioria absoluta em razão de suspeição, impedimento ou falta de magistrados. O
CNJ poderia ter devolvido o processo ao TRF2, mas optou por exercer sua
competência concorrente, dentro da discricionariedade conferida pela
Constituição, para julgar o processo e evitar novas questões de suspeição e
impedimento. STF. 1ª Turma. MS 35100/DF, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o
acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em 8/5/2018 (Info 901).
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Constitucionalidade do art. 6º, I, da Resolução 146/2012-
CNJ
Direito Constitucional Poder Judiciário Conselho Nacional de Justiça

Origem: STF


A Resolução 146/2012 do CNJ dispõe sobre o instituto da redistribuição de cargos


efetivos dos quadros de pessoal dos órgãos do Poder Judiciário da União. O STF
entendeu que é constitucional o art. 6º, I, da referida Resolução, que prevê o
seguinte: “Art. 6º O cargo ocupado somente poderá ser redistribuído se o servidor
preencher cumulativamente os seguintes requisitos: I – tempo mínimo de 36
meses de exercício no cargo a ser redistribuído;” O instituto da redistribuição de
cargos efetivos tem função de resguardar o interesse da Administração Pública e
não visa a atender às necessidades do servidor. O prazo de 36 meses previsto no
referido dispositivo coincide com o prazo estabelecido no art. 41 da CF/88 relativo
à estabilidade do servidor público, de modo a evidenciar a razoabilidade e a
proporcionalidade da resolução. STF. Plenário. ADI 4938/DF, Rel. Min. Cármen
Lúcia, julgado em 26/4/2018 (Info 899).
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CNJ pode anular decisão do TJ que, em concurso de


cartório, conferiu, na fase de títulos, pontuação com base
em interpretação contrária à Resolução do Conselho
Direito Constitucional Poder Judiciário Conselho Nacional de Justiça

Origem: STF


O CNJ não pode substituir a banca examinadora do concurso na escolha das


questões, na correção de provas e nas atribuições de notas. Assim, ao Conselho é
defeso (proibido) substituir o critério valorativo para escolha e correção das
questões pela Banca Examinadora nos concursos públicos. O CNJ pode, no
entanto, substituir, anular ou reformar decisões da banca do concurso que firam os
princípios da razoabilidade, da igualdade, da legalidade, da impessoalidade, da
moralidade e da publicidade. Isso porque a discricionariedade da banca de
concurso não se confunde com arbitrariedade. Se houver desrespeito aos
princípios constitucionais da administração pública, será possível a plena revisão
da decisão pelo Conselho. Ex: o CNJ pode anular decisão do Tribunal de Justiça
que, em concurso de cartório, deu interpretação equivocada a determinado item do
edital, e conferiu pontuação indevida a certos candidatos na fase de títulos. A
pontuação conferida pela Comissão no TJ violava à Resolução do CNJ que
regulamenta os concursos de cartório. Neste caso, o CNJ atuou dentro dos limites
constitucionais do controle administrativo. STF. 1ª Turma.MS 33527/RJ, rel. orig.
Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Alexandre de Moraes, julgado em
20/3/2018 (Info 895).
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O prazo de 1 ano previsto no art. 103-B, § 4º, V da CF/88


incide apenas para revisões de PADs, não se aplicando
para atuação originária do CNJ
Direito Constitucional Poder Judiciário Conselho Nacional de Justiça

Origem: STF


A competência originária do CNJ para a apuração disciplinar, ao contrário da


revisional, não se sujeita ao parâmetro temporal previsto no art. 103-B, § 4º, V da
CF/88. STF. 2ª Turma. MS 34685 AgR/RR, rel. Min. Dias Toffoli, julgado em
28/11/2017 (Info 886).
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CNJ não pode examinar controvérsia que está submetida à


apreciação do Poder Judiciário
Direito Constitucional Poder Judiciário Conselho Nacional de Justiça

Origem: STF


Não cabe ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), cujas atribuições são


exclusivamente administrativas, o controle de controvérsia que está submetida à
apreciação do Poder Judiciário. STF. 1ª Turma.MS 28845/DF, Rel. Min. Marco
Aurélio, julgado em 21/11/2017 (Info 885).
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Limitação do pagamento de diárias a juiz federal


Direito Constitucional Poder Judiciário Estrutura, composição e órgãos

Origem: STJ


É ilegal a limitação de duas diárias e meia semanais, à luz do art. 5º da Resolução


CJF nº 51/2009, quando o deslocamento de juiz federal convocado para
substituição em tribunais regionais for superior a esse lapso. STJ. 2ª Turma.REsp
1536434-SC, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 17/10/2017 (Info 614).
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CNJ, no exercício de controle administrativo, pode deixar


de aplicar lei inconstitucional
Direito Constitucional Poder Judiciário Conselho Nacional de Justiça

Origem: STF


CNJ pode determinar que Tribunal de Justiça exonere servidores nomeados sem
concurso público para cargos em comissão que não se amoldam às atribuições de
direção, chefia e assessoramento, contrariando o art. 37, V, da CF/88. Esta
decisão do CNJ não configura controle de constitucionalidade, sendo exercício de
controle da validade dos atos administrativos do Poder Judiciário. STF. Plenário.
Pet 4656/PB, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 19/12/2016 (Info 851).
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Análise da constitucionalidade de resolução que permite


reeleição para cargos de direção no TJ
Direito Constitucional Poder Judiciário Estrutura, composição e órgãos

Origem: STF


É inconstitucional norma do Tribunal de Justiça que permite a reeleição de


desembargadores para cargos de direção após o intervalo de dois mandatos. Esta
previsão viola o art. 93, caput, da CF/88, segundo o qual a regulamentação da
matéria afeta à elegibilidade para os órgãos diretivos dos tribunais está reservada
a lei complementar de iniciativa do Supremo Tribunal Federal. Além disso, esta
norma afronta o tratamento que foi dado à matéria pelo art. 102 da LOMAN (LC
35/79), que regulamenta o art. 93 da CF/88. STF. Plenário. ADI 5310/RJ, Rel. Min.
Cármen Lúcia, julgado em 14/12/2016 (Info 851).
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Dever do Poder Executivo de efetuar os repasses de


duodécimo na forma do art. 168 da CF/88
Direito Constitucional Poder Judiciário Estrutura, composição e órgãos
Origem: STF


A lei orçamentária anual do Estado do Rio de Janeiro foi aprovada e nela previsto
o orçamento do Poder Judiciário. Ocorre que o Poder Executivo estadual não
estava cumprindo seu dever de repassar os recursos correspondentes às
dotações orçamentárias do Poder Judiciário em duodécimos. Diante disso, o
Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro impetrou mandado de segurança, com
pedido de tutela de urgência, contra o ato omissivo do Governador do Estado do
Rio de Janeiro no atraso do repasse dos referidos recursos. O Governador
argumentou que o Estado passa por uma crise muito grave e que no ano de 2016
houve um déficit orçamentário de 19,6% em relação ao orçamento que foi previsto
na Lei orçamentária anual. O STF deferiu parcialmente a medida liminar,
assegurando-se ao Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro o direito de
receber, até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, os recursos correspondentes
às dotações orçamentárias, sendo, contudo, facultado ao Poder Executivo fazer
um desconto de 19,6% da Receita Corrente Líquida prevista na LOA. A crise do
Estado e a queda na arrecadação não justificam que o Poder Executivo deixe de
repassar o duodécimo ao Poder Judiciário. No entanto, deve ser autorizado que o
Executivo diminua os valores a serem entregues ao TJ de forma proporcional à
redução que houve na arrecadação inicialmente prevista pela Lei Orçamentária
Anual. Não faz sentido que, diante de uma situação de déficit orçamentário (a
realização do orçamento foi muito inferior ao previsto), o Poder Executivo reduza
seu orçamento e o Poder Judiciário continue com seu duodécimo calculado com
base na previsão da receita que não foi a verificada na prática. Havendo frustração
de receita, o ônus deve ser compartilhado de forma isonômica entre todos os
Poderes. Em suma, a base de cálculo dos duodécimos deve observar o valor real
de efetivo desempenho orçamentário e não o valor fictício previsto na lei
orçamentária. STF. 1ª Turma. MS 34483-MC/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em
22/11/2016 (Info 848).
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Mandado de segurança contra decisões negativas do CNJ


Direito Constitucional Poder Judiciário Conselho Nacional de Justiça

Origem: STF


Não cabe mandado de segurança contra ato de deliberação negativa do Conselho


Nacional de Justiça, por não se tratar de ato que importe a substituição ou a
revisão do ato praticado por outro órgão do Judiciário. Assim, o STF não tem
competência para processar e julgar ações decorrentes de decisões negativas do
CNMP e do CNJ. Como o conteúdo da decisão do CNJ/CNMP foi “negativo”, o
Conselho não decidiu nada. Se não decidiu nada, não praticou nenhum ato. Se
não praticou nenhum ato, não existe ato do CNJ/CNMP a ser atacado no STF. Em
razão do exposto, não compete ao STF julgar MS impetrado contra decisão do
CNJ que julgou improcedente pedido de cassação de um ato normativo editado
por vara judicial. STF. 2ª Turma. MS 33085/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado
em 20/09/2016 (Info 840).

Inexistência de inconstitucionalidade no corte do


orçamento do Poder Judiciário durante a tramitação da Lei
Orçamentária Anual
Direito Constitucional Poder Judiciário Estrutura, composição e órgãos

Origem: STF


Salvo em situações graves e excepcionais, não cabe ao Poder Judiciário, sob


pena de violação ao princípio da separação de Poderes, interferir na função do
Poder Legislativo de definir receitas e despesas da Administração Pública,
emendando projetos de leis orçamentárias, quando atendidas as condições
previstas no art. 166, §§ 3º e 4º, da Constituição Federal. STF. Plenário. ADI 5468/
DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 29 e 30/6/2016 (Info 832).
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Revisão disciplinar e prazo de instauração


Direito Constitucional Poder Judiciário Conselho Nacional de Justiça

Origem: STF


O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pode proceder à revisão disciplinar de


juízes e membros de tribunais desde que observado o requisito temporal:
processos disciplinares julgados há menos de um ano. Essa medida pode ser
instaurada de ofício ou mediante provocação de qualquer interessado e admite
que o CNJ agrave ou abrande a decisão disciplinar revista (art. 103-B, § 4º, V, da
CF/88). STF. 1ª Turma. MS 33565/DF, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em
14/6/2016 (Info 830).
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Lei estadual que concede ressarcimento de despesas de


saúde a magistrados não viola a CF/88 nem a LOMAN
Direito Constitucional Poder Judiciário Regime jurídico

Origem: STF


O art. 65, § 2º da LOMAN (LC 35/1979), ao vedar a concessão de adicionais ou


vantagens pecuniárias nela não previstas, não proíbe que as leis estaduais
prevejam o pagamento de verbas de natureza indenizatória aos magistrados
estaduais. Com base nesse entendimento, o STF considerou válida previsão de lei
estadual que concede aos magistrados o direito de serem ressarcidos pelos cofres
públicos em relação às despesas médicas, cirúrgicas e odontológicas que realizem
e que excedam o custeio coberto pelo Instituto de Previdência do Estado. STF. 1ª
Turma. MS 27463/MT, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 10/5/2016 (Info 825).
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Momento de comprovação dos três anos de atividade


jurídica
Direito Constitucional Poder Judiciário Regime jurídico

Origem: STF


A comprovação do triênio de atividade jurídica exigida para o ingresso no cargo de


juiz substituto, nos termos do art. 93, I, da CF, deve ocorrer no momento da
inscrição definitiva no concurso público. STF. Plenário. RE 655265/DF, rel. orig.
Min. Luiz Fux, red. p/ o acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 13/4/2016
(repercussão geral) (Info 821).
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Férias coletivas de 60 dias para serventuários da Justiça
não são compatíveis com a CF/88
Direito Constitucional Poder Judiciário Regime jurídico

Origem: STF


É correta decisão do CNJ que considera indevida a existência de férias coletivas


para servidores de Tribunal de Justiça, mesmo que estas estejam previstas em lei
ou ato normativo estadual. Isso porque a EC 45/2004 incluiu o inciso XII ao art. 93
da CF/88 proibindo as férias coletivas de juízes e Tribunais de 2º grau. Com a
edição da EC 45/2004, as leis e atos normativos que previam férias coletivas nos
Tribunais de 2º grau foram considerados não recepcionados ("revogados") pela
nova redação do art. 93, XII, da CF/88. STF. 2ª Turma. MS 26739/DF, Rel. Min.
Dias Toffoli, julgado em 1º/3/2016 (Info 816).
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Competências do órgão especial do Tribunal


Direito Constitucional Poder Judiciário Estrutura, composição e órgãos

Origem: STF


Em regra, o órgão interno do Tribunal que decide as questões administrativas é o


Plenário, chamado de "tribunal pleno" e que é formado, como o próprio nome diz,
pela totalidade dos julgadores. Ocorre que nos Tribunais maiores (exs: TJ/SP, TJ/
MG) existem centenas de membros, o que dificulta a reunião para decidirem as
questões administrativas. Diante disso, a fim de facilitar o funcionamento, a CF/88
previu que, se o Tribunal possuir mais que 25 membros, ele poderá criar um
"órgão especial" para exercer algumas atribuições administrativas e jurisdicionais
que seriam originalmente de competência do tribunal pleno (art. 93, XI). Compete
aos Tribunais de Justiça definirem quais as competências que serão delegadas ao
órgão especial, desde que aprovadas pela maioria absoluta de seus membros.
STF. Plenário. MS 26411 MC/DF, rel. orig. Min. Sepúlveda Pertence, red. p/ o
acórdão Min. Teori Zavascki, julgado em 26/11/2015 (Info 809).
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Revisão disciplinar e prazo de instauração


Direito Constitucional Poder Judiciário Conselho Nacional de Justiça

Origem: STF


O CNJ possui a competência para rever, de ofício ou mediante provocação, as


decisões das Corregedorias locais que julgam, a favor ou contra, juízes e
membros de Tribunais. No entanto, essa competência revisora deverá ser exercida
no prazo máximo de 1 ano depois da decisão proferida (art. 103-B, § 4º, V, da CF/
88). STF. 2ª Turma. MS 32724/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 17/11/2015
(Info 808).
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Requisitos para a revisão ou o cancelamento de súmula


vinculante
Direito Constitucional Poder Judiciário Súmula vinculante

Origem: STF


Para admitir-se a revisão ou o cancelamento de súmula vinculante, é necessário


demonstrar que houve: a) evidente superação da jurisprudência do STF no
tratamento da matéria; b) alteração legislativa quanto ao tema; ou c) modificação
substantiva de contexto político, econômico ou social. Vale destacar que o mero
descontentamento ou eventual divergência quanto ao conteúdo da súmula
vinculante não autoriza que o legitimado ingresse com pedido para cancelamento
ou rediscussão da matéria. STF. Plenário. PSV 13/DF, julgado em 24/9/2015. Em
um caso concreto, o STF negou o pedido feito pela Confederação Brasileira dos
Trabalhadores Policiais Civis – Cobrapol para cancelar a SV 11 por entender que a
autora não provou nenhum dos requisitos acima listados.
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Competência para atuação do CNJ não é subsidiária


Direito Constitucional Poder Judiciário Conselho Nacional de Justiça

Origem: STF


A CF conferiu competência originária e concorrente ao CNJ para aplicação de


medidas disciplinares. A competência constitucional do CNJ é autônoma (e não
subsidiária). Assim, o CNJ pode atuar mesmo que não tenha sido dada
oportunidade para que a corregedoria local pudesse investigar o caso. STF. 1ª
Turma. MS 30361 AgR/DF, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 29/8/2017 (Info 875).
STF. 2ª Turma. MS 28513/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 15/9/2015 (Info
799).
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Sindicância e delegação de competência para juiz estadual


Direito Constitucional Poder Judiciário Conselho Nacional de Justiça

Origem: STF


É regular a designação de juiz auxiliar, seja ele originário do Judiciário estadual ou


federal, para a condução de sindicância, por delegação do Corregedor-Nacional de
Justiça, ainda que o investigado seja magistrado federal. A autoridade delegada
atua em nome do CNJ, sendo irrelevante, portanto, se é Juiz Estadual ou Federal.
STF. 2ª Turma. MS 28513/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 15/9/2015 (Info
799).
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PEC da Bengala
Direito Constitucional Poder Judiciário Regime jurídico

Origem: STF


No dia 08/05/2015, foi publicada a EC 88/2015, que ficou jocosamente conhecida


como “PEC da Bengala” em virtude de aumentar o limite de idade da
aposentadoria compulsória dos Ministros de Tribunais Superiores. Foi proposta
uma ADI contra essa EC, tendo o STF julgado a medida liminar. Veja o que foi
decidido: O art. 100 do ADCT afirma que os Ministros do STF, dos Tribunais
Superiores e do TCU irão se aposentar compulsoriamente, aos 75 (setenta e
cinco) anos de idade, “nas condições do art. 52 da Constituição Federal”. O que
quer dizer essa parte final? O objetivo dessa parte final do dispositivo foi o de
exigir que o Ministro que complete 70 anos somente possa continuar no cargo se
for submetido a nova arguição pública (“sabatina”) e votação no Senado Federal.
Em outras palavras, o Ministro, quando completasse 70 anos, poderia continuar no
cargo até os 75 anos, mas, para isso, seu nome precisaria ser novamente
aprovado pelo Senado. Essa exigência é compatível com a CF/88? NÃO. Essa
exigência é INCONSTITUCIONAL. O STF suspendeu a aplicação da expressão
“nas condições do artigo 52 da Constituição Federal”, contida no final do art. 100
do ADCT. Essa exigência de nova sabatina acaba “por vulnerar as condições
materiais necessárias ao exercício imparcial e independente da função
jurisdicional, ultrajando a separação de Poderes, cláusula pétrea inscrita no artigo
60, parágrafo 4º, inciso III, da Constituição Federal”. Em simples palavras, o STF
entendeu que há violação ao princípio da separação dos Poderes. Desse modo, os
Ministros do STF, dos Tribunais Superiores (STJ, TST, TSE, STM) e do TCU
possuem o direito de se aposentar compulsoriamente somente aos 75 anos e,
para isso, não precisam passar por uma nova sabatina e aprovação do Senado
Federal. O STF entendeu que seria possível estender essa regra da aposentadoria
compulsória aos 75 anos para juízes e Desembargadores mesmo sem a edição de
lei complementar? NÃO. O STF afirmou que o art. 100 do ADCT da CF/88 não
poderia ser estendido a outros agentes públicos até que fosse editada a Lei
Complementar Nacional a que se refere o art. 40, § 1º, inciso II, da CF/88. STF.
Plenário. ADI 5316 MC/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 21/5/2015 (Info 786).
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CE não pode criar regras novas para a escolha do


Desembargador pelo quinto constitucional
Direito Constitucional Poder Judiciário Estrutura, composição e órgãos

Origem: STF


A Assembleia Legislativa de determinado Estado aprovou emenda constitucional


afirmando que, após o Governador escolher um dos candidatos da lista tríplice
para ser Desembargador pelo quinto constitucional, ele deveria ainda submeter
esse nome à apreciação da ALE. Assim, o candidato escolhido pelo chefe do
Poder Executivo somente seria nomeado se a Assembleia aprovasse a indicação
pelo voto da maioria absoluta dos Deputados. Dessa forma, foi criada mais uma
etapa na escolha dos Desembargadores pelo quinto constitucional, que não está
prevista no art. 94 da CF/88. O STF julgou essa emenda inconstitucional. A
exigência de submissão do nome escolhido pelo governador à Casa Legislativa,
para preenchimento de vaga destinada ao quinto constitucional, invade a atuação
do Poder Executivo. O procedimento para a escolha dos Desembargadores foi
tratado de forma exaustiva pelo art. 94 da CF/88, não podendo o constituinte
estadual inovar e estabelecer novas etapas que não estejam expressamente
previstas na Carta Federal. STF. Plenário. ADI 4150/SP, Rel. Min. Marco Aurélio,
julgado em 25/2/2015 (Info 775).
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Limites à fundamentação per relationem


Direito Constitucional Poder Judiciário Motivação das decisões judiciais

Origem: STJ


É nulo o acórdão que se limita a ratificar a sentença e a adotar o parecer


ministerial, sem sequer transcrevê-los, deixando de afastar as teses defensivas ou
de apresentar fundamento próprio. Isso porque, nessa hipótese, está caracterizada
a nulidade absoluta do acórdão por falta de fundamentação. A jurisprudência
admite a chamada fundamentação per relationem, mas desde que o julgado faça
referência concreta às peças que pretende encampar, transcrevendo delas partes
que julgar interessantes para legitimar o raciocínio lógico que embasa a conclusão
a que se quer chegar. STJ. 6ª Turma. HC 214049-SP, Rel. originário Min. Nefi
Cordeiro, Rel. para acórdão Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em
5/2/2015 (Info 557).
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Processo disciplinar e afastamento cautelar de magistrado
para apurar sua parcialidade
Direito Constitucional Poder Judiciário Conselho Nacional de Justiça

Origem: STF


O CNJ, ao iniciar um processo disciplinar contra o magistrado, pode determinar o


seu afastamento cautelar das funções por ele desempenhadas, caso a
continuidade do exercício do ofício judicante possa interferir no curso da apuração
ou comprometer a legitimidade de sua atuação e a higidez dos atos judiciais. O
CNJ pode instaurar processo disciplinar contra juiz para apurar eventual
parcialidade de suas decisões. A prerrogativa da intangibilidade dos atos de
conteúdo jurisdicional não é absoluta e não autoriza a prática de ilegalidades.
Ademais, a análise dos fatos a serem apurados pelo CNJ não avança sobre o
mérito das decisões judiciais prolatadas pelo magistrado, mas sobre sua conduta,
supostamente parcial. Embora os atos judiciais e a parcialidade de magistrado na
condução do processo estejam sujeitos a medidas processuais específicas, como
recursos, a atuação do juiz pode e deve ser objeto de exame disciplinar quando
houver indícios de violação dos deveres funcionais impostos pela lei e pela
Constituição. STF. 2ª Turma. MS 32721/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em
11/11/2014 (Info 767).
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Processo de revisão disciplinar


Direito Constitucional Poder Judiciário Conselho Nacional de Justiça

Origem: STF


É desnecessário esgotar as vias ordinárias para que o CNJ instaure processo de


revisão disciplinar. STF. 1ª Turma. MS 28918 AgR/DF, Rel. Min. Dias Tofoli, julgado
em 4/11/2014 (Info 766).
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Não se admite a prescrição punitiva em perspectiva de


infrações disciplinares
Direito Constitucional Poder Judiciário Conselho Nacional de Justiça

Origem: STF


Não se aplica a prescrição punitiva em perspectiva, sendo imprescindível a


instauração do competente processo administrativo disciplinar, no qual serão
apurados os fatos e indicada a infração para a qual teria concorrido o magistrado
para, só então, verificar se houve a prescrição. STF. 1ª Turma. MS 28918 AgR/DF,
Rel. Min. Dias Tofoli, julgado em 4/11/2014 (Info 766).
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Provimento da corregedoria determinando a permanência


de magistrado na comarca
Direito Constitucional Poder Judiciário Regime jurídico

Origem: STF


É inconstitucional provimento editado pela Corregedoria do Tribunal de Justiça


dispondo sobre o expediente dos magistrados estaduais e exigindo autorização do
Presidente da Corte para que o juiz possa se ausentar da comarca. Esse ato
normativo padece de inconstitucionalidade formal já que tal matéria é reservada à
lei complementar de iniciativa do STF (art. 93, VII, da CF/88). STF. Plenário. ADI
2880/MA, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 30/10/2014 (Info 765).
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Critério de desempate na promoção por antiguidade de


magistrados
Direito Constitucional Poder Judiciário Regime jurídico

Origem: STF


A antiguidade entre magistrados deve ser aferida em razão do tempo no cargo e,


no caso de posse no mesmo dia, deve ser respeitada a ordem de classificação no
concurso como critério de desempate. A CF/88 determina que uma Lei
Complementar, de caráter nacional, deverá reger a magistratura (art. 93 da CF/88).
Logo, a norma local não pode dispor de forma diferente do que disciplinado pela
LOMAN. Justamente por isso, o STF tem declarado a inconstitucionalidade de leis
estaduais que, a pretexto de esmiuçarem questões referentes à magistratura,
modificam o critério de desempate escolhido pela LOMAN. STF. 1ª Turma. MS
28494/MT, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 2/9/2014 (Info 757).
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Recurso contra a prova oral nos concursos da


magistratura
Direito Constitucional Poder Judiciário Regime jurídico

Origem: STF


Cabe recurso administrativo contra a prova oral nos concursos da magistratura?


Depende: • Se o recurso tiver por objetivo impugnar os critérios de correção
aplicados pelo examinador para as respostas dadas (discutir o acerto das
respostas): NÃO • Se o recurso tiver por objetivo impugnar alguma questão que
esteja fora do conteúdo programático ou suscitar outras violações formais ao edital
ou à Resolução: SIM. STF. 2ª Turma. MS 32042/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia,
julgado em 26/8/2014 (Info 756).
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Existência de inquérito contra candidato ao quinto


constitucional e presunção de inocência
Direito Constitucional Poder Judiciário Estrutura, composição e órgãos

Origem: STF


O princípio constitucional da presunção de inocência veda o tratamento


diferenciado a qualquer pessoa, ou a restrição de seus direitos, pelo simples fato
de responder a inquérito. Assim, um advogado escolhido para ser nomeado
Desembargador pelo quinto constitucional não pode ser impedido de tomar posse
sob o argumento de que ele responde a um inquérito. STF. 2ª Turma. MS 32491/
DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 19/8/2014 (Info 755).

Ajuda de custo para transporte e mudança de magistrados


Direito Constitucional Poder Judiciário Regime jurídico

Origem: STF


A LC 35/1979 (LOMAN) prevê, em seu art. 65, I, o pagamento de indenização para


custeio de despesas com transporte e mudança: Apesar de a LOMAN estabelecer
que a matéria será regulada em lei, esse diploma legal nunca foi editado. Por
conta disso, o STF afirmou que é possível aplicar, de forma subsidiária, a norma
que rege os servidores públicos federais (Lei 8.112/1990) que, em seu arts. 53 e
54, disciplina a ajuda de custo para transporte e mudança. STF. 2ª Turma. AO
1656/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 5/8/2014 (Info 753).
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Quórum para recusar a promoção por antiguidade de


magistrado
Direito Constitucional Poder Judiciário Regime jurídico

Origem: STF


A CF/88 prevê que a promoção por antiguidade do juiz mais antigo somente pode
ser negada se ele for recusado pelo voto fundamentado de 2/3 (dois terços) dos
membros do respectivo Tribunal, assegurada a ampla defesa (art. 93, II, “d”).
Segundo o STF, o quórum de votos para um tribunal recusar a promoção do juiz
mais antigo não deve computar os cargos vagos ou os desembargadores
afastados. A vontade de um tribunal é manifestada por seus membros
juridicamente aptos. Desfalcado o tribunal, deve-se computar apenas os
magistrados em atividade, a não ser que afastados em caráter meramente
eventual. Assim, os cargos vagos, bem como os cargos providos, mas cujos
ocupantes estejam afastados cautelarmente do exercício da função jurisdicional,
não devem ser computados para o fim de determinação do referido quórum. STF.
1ª Turma. MS 31357/DF e MS 31361/MT, Rel. Min. Marco Aurélio, julgados em
5/8/2014 (Info 753)
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CNJ não pode interferir em matéria de competência


jurisdicional
Direito Constitucional Poder Judiciário Conselho Nacional de Justiça

Origem: STF


CNJ não pode declarar inválido artigo do Regimento Interno do Tribunal de Justiça
que trate sobre competência jurisdicional. Isso porque o CNJ tem a competência
de exercer o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e
do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. No caso em análise, o
Conselho interferiu em matéria de competência jurisdicional do TJ, matéria que é
estranha às suas funções. STF. 2ª Turma. MS 30793/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia,
julgado em 5/8/2014 (Info 753).
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Elevação de entrância da comarca e situação do juiz que lá


era titular
Direito Constitucional Poder Judiciário Regime jurídico

Origem: STF


Se a lei eleva a comarca para outra instância superior (ex.: de entrância


intermediária para final), o juiz que lá é titular não pode ser removido
compulsoriamente em virtude dessa transformação. Aplica-se, no caso, a Súmula
40 do STF: A elevação da entrância da comarca não promove automaticamente o
Juiz, mas não interrompe o exercício de suas funções na mesma comarca. Logo,
mesmo tendo havido essa transformação, o TJ não pode abrir edital para remoção
ou promoção dessa comarca. Deve-se aguardar o magistrado decidir deixar a
vaga. STF. 1ª Turma. MS 26366/PI, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 24/6/2014
(Info 752).
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CNJ não pode decidir matéria que já foi judicializada


Direito Constitucional Poder Judiciário Conselho Nacional de Justiça

Origem: STF


O Conselho Nacional de Justiça não pode decidir, em procedimento administrativo,


matéria que já foi judicializada, ou seja, que está sendo discutida em uma ação
judicial. O CNJ tem atribuições de natureza exclusivamente administrativa, razão
pela qual não lhe é permitido decidir questões que estejam submetidas à análise
judicial. Se a questão já está sendo discutida em ação judicial, não cabe ao CNJ
conhecer e apreciar a matéria, sob pena de ele estar assumindo funções
jurisdicionais. Se a parte interessada não concorda com a decisão judicial, ela
dispõe de recursos para impugná-la, não podendo provocar o CNJ para interferir
no assunto. STF. 2ª Turma. MS 27650/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em
24/6/2014 (Info 752).
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Período aquisitivo de férias de juiz federal


Direito Constitucional Poder Judiciário Regime jurídico

Origem: STJ


Para o primeiro período aquisitivo de férias de juiz federal substituto serão exigidos
doze meses de exercício. STJ. 2ª Turma. REsp 1421612-PB, Rel. Min. Herman
Benjamin, julgado em 3/6/2014 (Info 543).
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Motivação per relationem


Direito Constitucional Poder Judiciário Motivação das decisões judiciais

Origem: STJ


Não existe óbice a que o julgador, ao proferir sua decisão, acolha os argumentos
de uma das partes ou de outras decisões proferidas nos autos, adotando
fundamentação que lhe pareceu adequada. O que importa em nulidade é a
absoluta ausência de fundamentação. A adoção dos fundamentos da sentença de
1ª instância ou das alegações de uma das partes como razões de decidir, embora
não seja uma prática recomendável, não traduz, por si só, afronta ao art. 93, IX, da
CF/88. A reprodução dos fundamentos declinados pelas partes ou pelo órgão do
Ministério Público ou mesmo de outras decisões proferidas nos autos da demanda
(ex: sentença de 1ª instância) atende ao art. 93, IX, da CF/88. A motivação por
meio da qual se faz remissão ou referência às alegações de uma das partes, a
precedente ou a decisão anterior nos autos do mesmo processo é chamada pela
doutrina e jurisprudência de motivação ou fundamentação per relationem ou
aliunde. Também é denominada de motivação referenciada, por referência ou por
remissão. STJ. Corte Especial. EREsp 1021851-SP, Rel. Min. Laurita Vaz, julgados
em 28/6/2012. STJ. 2ª Turma. EDcl no AgRg no AREsp 94942-MG, Rel. Min.
Mauro Campbell Marques, julgado em 5/2/2013 (Info 517).
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Promoção de juiz federal para o TRF


Direito Constitucional Poder Judiciário Regime jurídico
Origem: STF


É obrigatória a promoção do Juiz Federal ao cargo de Juiz Federal do TRF


(“Desembargador Federal”) se ele figurar por três vezes consecutivas ou cinco
alternadas em lista de merecimento (art. 93, II, a, da CF). STF. Plenário. MS
30585/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, jugado em 12/9/2012 (Info 679).
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Juízes substitutos possuem a garantia da inamovibilidade


Direito Constitucional Poder Judiciário Regime jurídico

Origem: STF


O juiz substituto também goza da garantia da inamovibilidade, mesmo que ainda


não seja vitalício. Vale ressaltar que a inamovibilidade não é absoluta, podendo ser
afastada por motivo de interesse público segundo decisão motivada da maioria
absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada
ampla defesa. STF. Plenário. MS 25747/SC, rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em
17/5/2012 (Info 666).
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Decisões administrativas dos tribunais devem ser


motivadas
Direito Constitucional Poder Judiciário Motivação das decisões judiciais

Origem: STF


O inciso X do art. 93 da CF é AUTOAPLICÁVEL, sendo desnecessária lei


complementar para dar eficácia ao seu comando. STF. Plenário. MS 25747/SC,
Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 17/5/2012 (Info 666).
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CNJ não pode fazer controle de constitucionalidade


Direito Constitucional Poder Judiciário Conselho Nacional de Justiça

Origem: STF


O Conselho Nacional de Justiça, embora seja órgão do Poder Judiciário, nos


termos do art. 103-B, § 4º, II, da Constituição Federal, possui, tão somente,
atribuições de natureza administrativa e, nesse sentido, não lhe é permitido
apreciar a constitucionalidade dos atos administrativos, mas somente sua
legalidade. STF. Plenário. MS 28872 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado
em 24/02/2011.

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