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SUMÁRIO
ADVOCACIA PÚBLICA......................................................................................................................................... 2
1- INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 2
2- o advogado geral da união ........................................................................................................................ 2
3- Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal .................................................................................. 3
Referências bibliográficas:............................................................................................................................. 4
Exercícios ........................................................................................................................................................... 4
Gabarito ......................................................................................................................................................... 5

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ADVOCACIA PÚBLICA
1- INTRODUÇÃO
Até a promulgação da atual Constituição, a representação judicial da União era efetivada
pelos Procuradores da República que, além de cumprirem as atribuições concernentes ao
Ministério Público Federal, também defendiam os interesses estatais.

A atual Constituição inovou significativamente ao instituir a Advocacia-Geral da União,


atribuindo-lhe a representação da União, judicial e extrajudicialmente, e, nos termos da lei
complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de
consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo (art. 131, CF/88/ Lei Complementar
73/1993).

Vale frisar, no entanto, que:

➢ A representação da União, em se tratando da execução das dívidas ativas de


natureza tributária, já era feita pela Procuradoria da Fazenda Nacional
(atualmente a previsão encontra-se no art. 131, § 3º, CF/88);

➢ O poder constituinte originário garantiu, no art. 29, § 2º, ADCT, a possibilidade aos
Procuradores da República de optarem, de forma irretratável, entre as carreiras do
Ministério Público Federal e da Advocacia-Geral da União;

➢ A representação judicial dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios desde


antes da Constituição de 1988 já não era feita pelos integrantes do Ministério
Público, mas sim por procuradores próprios.

2- O ADVOGADO GERAL DA UNIÃO


Em conformidade com o que prevê o texto constitucional (art. 131, § 1º), a Advocacia-
Geral da União é chefiada pelo Advogado-Geral da União (AGU). Este é livremente nomeado
pelo Presidente da República (ou seja, a escolha não há de ser confirmada pelo Senado Federal),
dentre advogados maiores de trinta e cinco anos, possuidores de notável saber jurídico e de
reputação ilibada. Nota-se, pois, que o AGU não precisa integrar os quadros da Advocacia-Geral
da União para ser nomeado para a função.

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Nada obstante o AGU ser nomeado livremente pelo chefe do Poder Executivo Federal, vale
o alerta feito pela doutrina de que é inadequado considerá-lo um mero "advogado do
Presidente", haja vista a representação judicial e extrajudicial da União não se limitar à
representação do Poder Executivo, alcançando também os demais Poderes.

Possuidor do status de Ministro de Estado, o AGU é processado e julgado, nos crimes de


responsabilidade, no Senado Federal (art. 52, II, CF/88), e nos crimes comuns no STF (art. 102,
I, "c", CF/88).

3- OS PROCURADORES DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL


Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal,
organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso
público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos
Advogados do Brasil em todas as suas fases, exercerão a
representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas
unidades federadas.
Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal integram a respectiva Procuradoria-
Geral, órgão ao qual a Constituição confiou a representação da entidade federada (judicial e
extrajudicialmente) e a prestação da atividade de consultoria e assessoramento. Nesse
contexto, dispõe o texto constitucional que os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal
exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades federadas.

Como essas atividades, de representação judicial e assessoramento jurídico, devem ser


prestadas, no âmbito do Poder Executivo, de modo exclusivo pela Procuradoria, são
inconstitucionais os dispositivos das Constituições estaduais que facultem a realização de
representação judicial a assessor jurídico, de cargo efetivo ou de provimento em comissão. Esta
posição está em consonância com o entendimento do STF, que assim pode ser sintetizado:

O desempenho das atividades de assessoramento jurídico no âmbito do Poder


Executivo estadual traduz prerrogativa de índole constitucional outorgada aos
Procuradores do Estado pela Carta Federal. A Constituição da República, em seu art.
132, operou uma inderrogável imputação de especifica e exclusiva atividade funcional
aos membros integrantes da Advocacia Pública do Estado, cujo processo de investidura
no cargo que exercem depende, sempre, de prévia aprovação em concurso público de
provas e títulos.

A chefia da Procuradoria-Geral é desempenhada pelo Procurador-Geral, cuja nomeação e


destituição são efetivadas livremente pelo Governador, que pode escolher dentre membros que

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integrem (ou não) a carreira. É possível, todavia, que o poder derivado decorrente, quando da
elaboração do texto constitucional estadual, opte por exigir que o Procurador-Geral do Estado
seja escolhido necessariamente dentre componentes da própria carreira. Conforme se
pronunciou o STF: "Mostra-se harmônico com a Constituição Federal preceito da Carta estadual
prevendo a escolha do Procurador-Geral do Estado entre os integrantes da carreira". (ADI 291-
MT, relatada pelo Min. Joaquim Barbosa.)

Por último, insta destacar que para a esfera municipal não há qualquer determinação de
estruturação de carreiras próprias de Procurador nos Municípios, mas nada impede que
referidas entidades federadas criem cargos com essa finalidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

➢ LENZA, Pedro. Direito Constitucional esquematizado 23ª Ed.. São Paulo, Saraiva,
2019;

➢ MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 4ª Ed. JusPodivm, Salvador,


2016;

➢ MORAIS, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2006;

PAULO, Vicente; Alexandrino, Marcelo. Direito Constitucional descomplicado. 17ª


Ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2018;

➢ SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional positivo. 331 ed. atual. São
Paulo. Malheiros, 2010, p. 286-287.

➢ NOVELINO, Marcelo. Curso de Direito Constitucional. 13ª Ed. JusPodivm, Salvador,


2018;

EXERCÍCIOS

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1. Acerca do Poder Judiciário e das funções essenciais à justiça, julgue o item que se
segue.

A Advocacia-Geral da União é responsável por promover inquérito civil e ação civil


pública para proteção do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos.
Certo

Errado

2. Ao tratar das denominadas funções essenciais à justiça, a Constituição Federal de


1988 (CF) exige que a representação judicial dos entes da federação deva ser feita
por órgão ou instituição composta por advogados públicos

a) da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

b) da União, dos estados e do Distrito Federal apenas.

c) dos estados, do Distrito Federal e dos municípios apenas.

d) dos municípios apenas.

e) da União apenas.

3. A respeito das funções essenciais à justiça, julgue o próximo item.

Compete à Advocacia-Geral da União exercer as atividades de consultoria jurídica e


representação judicial dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário federais.
Certo

Errado

4. Ainda à luz da Constituição Federal de 1988, julgue o item subsecutivo.

A representação judicial e a consultoria jurídica dos estados são exercidas pelos


procuradores estaduais, que são membros da advocacia pública.
Certo

Errado

GABARITO
1. ERRADO

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2. B
3. ERRADO
4. CERTO

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