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DPE-RS

Técnico Administrativo

Legislação
A Defensoria Pública na Constituição Federal e na Constituição do Estado do Rio Grande do Sul
(do art. 120 ao art. 123)...................................................................................................................01
Lei Complementar Federal nº 80, de 12 de janeiro de 1994, atualizada pela Lei Complementar
Federal nº 132, de 7 de outubro de 2009, que organiza a Defensoria Pública da União, do Distrito
Federal e dos Territórios e prescreve normas gerais para sua organização nos Estados, e dá
outras providências...........................................................................................................................2
Lei Complementar Estadual nº 9.230, de 7 de fevereiro de 1991, atualizada pela Lei Complementar
nº 13.484, de 19 de julho de 2010, que cria a Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do
Sul, na forma do art. 121 da Constituição Estadual, e dispõe sobre sua competência, estrutura e

Legislação
funcionamento, e dá outras providências........................................................................................37
Lei Complementar Estadual nº 11.795, de 22 de maio de 2002, atualizada pela Lei Complementar
nº 14.130, de 19 de novembro de 2012, que dispõe sobre o Estatuto dos Defensores Públicos do
Estado do Rio Grande do Sul..........................................................................................................42
Lei Complementar Estadual nº 13.484, de 19 de julho de 2010, que regulamenta a composição
e a formação do Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado e dá outras providências..66
Lei Complementar Estadual nº 10.098, de 3 de fevereiro de 1994, que dispõe sobre o estatuto e
regime jurídico único dos servidores públicos civis do Estado do Rio Grande do Sul...................68
Lei Estadual nº 13.821 de 25 de outubro de 2011, atualizada pela Lei nº 15.942, de 2 de janeiro
de 2023, que cria o Quadro de Pessoal dos Serviços Auxiliares da Defensoria Pública do Estado,
altera seu Quadro de Cargos em Comissão e Funções Gratificadas e dá outras
providências..................................................................................................................................106
Lei Estadual nº 13.536 de 09 de novembro de 2010, que cria e regulamenta a Ouvidoria-Geral
da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências......................113
Exercícios......................................................................................................................................114
Gabarito ........................................................................................................................................118

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A Defensoria Pública na Constituição Federal e na Constituição do Estado do Rio Gran-
de do Sul (do art. 120 ao art. 123)

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL


PREÂMBULO
Nós, representantes do povo Rio-Grandense, com os poderes constituintes outorgados pela Constituição
da República Federativa do Brasil, voltados para a construção de uma sociedade fundada nos princípios da
soberania popular, da liberdade, da igualdade, da ética e do pleno exercício da cidadania, em que o trabalho
seja fonte de definição das relações sociais e econômicas, e a prática da democracia seja real e constante, em
formas representativas e participativas, afirmando nosso compromisso com a unidade nacional, a autonomia
política e administrativa, a integração dos povos latino-americanos e os elevados valores da tradição gaúcha,
promulgamos, sob a proteção de Deus, esta Constituição do Estado do Rio Grande do Sul.
TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
CAPÍTULO IV
DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
SEÇÃO III
DA DEFENSORIA PÚBLICA
Art. 120. A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a
orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5.º, LXXIV, da Constitui-
ção Federal, estendendo-se os seus serviços por todas as comarcas do Estado, de acordo com as necessida-
des e a forma prescrita em lei complementar estadual. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 50, de
24/08/05)
§ 1.º A Defensoria Pública tem como chefe o Defensor Público-Geral, nomeado pelo Governador do Estado
dentre os integrantes das classes especial e final da carreira de Defensor Público, indicados em lista tríplice,
mediante eleição de todos os membros da carreira da Defensoria Pública, por voto obrigatório e secreto, para
mandato de dois anos, permitida uma recondução por igual período. (Incluído pela Emenda Constitucional n.º
50, de 24/08/05)
§ 2.º Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias do envio da lista tríplice ao Governador do Estado sem a nomea-
ção do Defensor Público-Geral, será investido no cargo o integrante da lista tríplice mais votado. (Incluído pela
Emenda Constitucional n.º 50, de 24/08/05)
§ 3.º O Defensor Público-Geral poderá ser destituído por deliberação da maioria absoluta da Assembléia
Legislativa, nos casos e na forma de lei complementar estadual. (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 50,
de 24/08/05)
§ 4.º O Defensor Público-Geral do Estado comparecerá, anualmente, à Assembléia Legislativa para relatar,
em sessão pública, as atividades e necessidades da Defensoria Pública. (Incluído pela Emenda Constitucional
n.º 50, de 24/08/05)
§ 5.º São princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a indivisibilidade e a independência fun-
cional. (Renumerado pela Emenda Constitucional n.º 50, de 24/08/05)
Art. 121. Lei complementar organizará a Defensoria Pública no Estado, dispondo sobre sua competência,
estrutura e funcionamento, bem como sobre a carreira de seus membros, observando as normas previstas na
legislação federal e nesta Constituição.
§ 1.º À Defensoria Pública é assegurada autonomia funcional, administrativa e orçamentária, cabendo-lhe,
na forma de lei complementar: (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 50, de 24/08/05)
I - praticar atos próprios de gestão; (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 50, de 24/08/05)

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II - praticar atos e decidir sobre a situação funcional do pessoal de carreira e dos serviços auxiliares, organi-
zados em quadros próprios; (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 50, de 24/08/05)
III - propor à Assembléia Legislativa a criação e a extinção de seus cargos e serviços auxiliares, bem como
a fixação dos vencimentos de seus membros e servidores; (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 50, de
24/08/05)
IV - prover os cargos iniciais da carreira e dos serviços auxiliares, bem como nos casos de promoção, remo-
ção e demais formas de provimento derivado; (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 50, de 24/08/05)
V - organizar suas secretarias, núcleos e coordenadorias e os serviços auxiliares das Defensorias Públicas.
(Incluído pela Emenda Constitucional n.º 50, de 24/08/05)
§ 2.º O provimento, a aposentadoria e a concessão das vantagens inerentes aos cargos da carreira e dos
serviços auxiliares, previstos em lei, dar-se-ão por ato do Defensor Público-Geral do Estado. (Incluído pela
Emenda Constitucional n.º 50, de 24/08/05)
§ 3.º A Defensoria Pública elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites da Lei de Diretrizes Or-
çamentárias. (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 50, de 24/08/05)
Art. 122. Os serviços da Defensoria Pública estender-se-ão por todas as Comarcas do Estado, de acordo
com as necessidades e a forma prescrita na lei complementar.
Art. 123. Os membros das carreiras disciplinadas neste Título terão seus vencimentos e vantagens fixados
e pagos segundo o disposto no art. 135 da Constituição Federal.

Lei Complementar Federal nº 80, de 12 de janeiro de 1994, atualizada pela Lei Comple-
mentar Federal nº 132, de 7 de outubro de 2009, que organiza a Defensoria Pública da
União, do Distrito Federal e dos Territórios e prescreve normas gerais para sua organi-
zação nos Estados, e dá outras providências

LEI COMPLEMENTAR Nº 80, DE 12 DE JANEIRO DE 1994


Organiza a Defensoria Pública da União, do Distrito Federal e dos Territórios e prescreve normas
gerais para sua organização nos Estados, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
lei:
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
(REDAÇÃO DADA PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 132, DE 2009).
Art. 1º A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incum-
bindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a
promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e
coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, assim considerados na forma do inciso LXXIV do art.
5º da Constituição Federal. (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
Art. 2º A Defensoria Pública abrange:
I - a Defensoria Pública da União;
II - a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios;
III - as Defensorias Públicas dos Estados.
Art. 3º São princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a indivisibilidade e a independência
funcional.
Parágrafo único. (VETADO).
Art. 3º-A. São objetivos da Defensoria Pública: (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).

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I – a primazia da dignidade da pessoa humana e a redução das desigualdades sociais; (Incluído pela Lei
Complementar nº 132, de 2009).
II – a afirmação do Estado Democrático de Direito; (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
III – a prevalência e efetividade dos direitos humanos; e (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
IV – a garantia dos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório. (Incluído pela Lei Comple-
mentar nº 132, de 2009).
Art. 4º São funções institucionais da Defensoria Pública, dentre outras:
I – prestar orientação jurídica e exercer a defesa dos necessitados, em todos os graus; (Redação dada pela
Lei Complementar nº 132, de 2009).
II – promover, prioritariamente, a solução extrajudicial dos litígios, visando à composição entre as pessoas
em conflito de interesses, por meio de mediação, conciliação, arbitragem e demais técnicas de composição e
administração de conflitos; (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
III – promover a difusão e a conscientização dos direitos humanos, da cidadania e do ordenamento jurídico;
(Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
IV – prestar atendimento interdisciplinar, por meio de órgãos ou de servidores de suas Carreiras de apoio
para o exercício de suas atribuições; (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
V – exercer, mediante o recebimento dos autos com vista, a ampla defesa e o contraditório em favor de
pessoas naturais e jurídicas, em processos administrativos e judiciais, perante todos os órgãos e em todas as
instâncias, ordinárias ou extraordinárias, utilizando todas as medidas capazes de propiciar a adequada e efetiva
defesa de seus interesses; (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
VI – representar aos sistemas internacionais de proteção dos direitos humanos, postulando perante seus
órgãos; (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
VII – promover ação civil pública e todas as espécies de ações capazes de propiciar a adequada tutela dos
direitos difusos, coletivos ou individuais homogêneos quando o resultado da demanda puder beneficiar grupo
de pessoas hipossuficientes; (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
VIII – exercer a defesa dos direitos e interesses individuais, difusos, coletivos e individuais homogêneos e
dos direitos do consumidor, na forma do inciso LXXIV do art. 5º da Constituição Federal; (Redação dada pela
Lei Complementar nº 132, de 2009).
IX – impetrar habeas corpus, mandado de injunção, habeas data e mandado de segurança ou qualquer outra
ação em defesa das funções institucionais e prerrogativas de seus órgãos de execução; (Redação dada pela
Lei Complementar nº 132, de 2009).
X – promover a mais ampla defesa dos direitos fundamentais dos necessitados, abrangendo seus direitos in-
dividuais, coletivos, sociais, econômicos, culturais e ambientais, sendo admissíveis todas as espécies de ações
capazes de propiciar sua adequada e efetiva tutela; (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
XI – exercer a defesa dos interesses individuais e coletivos da criança e do adolescente, do idoso, da pessoa
portadora de necessidades especiais, da mulher vítima de violência doméstica e familiar e de outros grupos
sociais vulneráveis que mereçam proteção especial do Estado; (Redação dada pela Lei Complementar nº 132,
de 2009).
XII - (VETADO);
XIII - (VETADO);
XIV – acompanhar inquérito policial, inclusive com a comunicação imediata da prisão em flagrante pela au-
toridade policial, quando o preso não constituir advogado; (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
XV – patrocinar ação penal privada e a subsidiária da pública; (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de
2009).
XVI – exercer a curadoria especial nos casos previstos em lei; (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de
2009).

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XVII – atuar nos estabelecimentos policiais, penitenciários e de internação de adolescentes, visando a as-
segurar às pessoas, sob quaisquer circunstâncias, o exercício pleno de seus direitos e garantias fundamentais;
(Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
XVIII – atuar na preservação e reparação dos direitos de pessoas vítimas de tortura, abusos sexuais, discri-
minação ou qualquer outra forma de opressão ou violência, propiciando o acompanhamento e o atendimento
interdisciplinar das vítimas; (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
XIX – atuar nos Juizados Especiais; (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
XX – participar, quando tiver assento, dos conselhos federais, estaduais e municipais afetos às funções ins-
titucionais da Defensoria Pública, respeitadas as atribuições de seus ramos; (Incluído pela Lei Complementar
nº 132, de 2009).
XXI – executar e receber as verbas sucumbenciais decorrentes de sua atuação, inclusive quando devidas
por quaisquer entes públicos, destinando-as a fundos geridos pela Defensoria Pública e destinados, exclusiva-
mente, ao aparelhamento da Defensoria Pública e à capacitação profissional de seus membros e servidores;
(Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
XXII – convocar audiências públicas para discutir matérias relacionadas às suas funções institucionais. (In-
cluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
§ 1º (VETADO).
§ 2º As funções institucionais da Defensoria Pública serão exercidas inclusive contra as Pessoas Jurídicas
de Direito Público.
§ 3º (VETADO).
§ 4º O instrumento de transação, mediação ou conciliação referendado pelo Defensor Público valerá como
título executivo extrajudicial, inclusive quando celebrado com a pessoa jurídica de direito público. (Incluído pela
Lei Complementar nº 132, de 2009).
§ 5º A assistência jurídica integral e gratuita custeada ou fornecida pelo Estado será exercida pela Defenso-
ria Pública. (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
§ 6º A capacidade postulatória do Defensor Público decorre exclusivamente de sua nomeação e posse no
cargo público. (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
§ 7º Aos membros da Defensoria Pública é garantido sentar-se no mesmo plano do Ministério Público. (In-
cluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
§ 8º Se o Defensor Público entender inexistir hipótese de atuação institucional, dará imediata ciência ao De-
fensor Público-Geral, que decidirá a controvérsia, indicando, se for o caso, outro Defensor Público para atuar.
(Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
§ 9º O exercício do cargo de Defensor Público é comprovado mediante apresentação de carteira funcional
expedida pela respectiva Defensoria Pública, conforme modelo previsto nesta Lei Complementar, a qual valerá
como documento de identidade e terá fé pública em todo o território nacional. (Incluído pela Lei Complementar
nº 132, de 2009).
§ 10. O exercício do cargo de Defensor Público é indelegável e privativo de membro da Carreira. (Incluído
pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
§ 11. Os estabelecimentos a que se refere o inciso XVII do caput reservarão instalações adequadas ao
atendimento jurídico dos presos e internos por parte dos Defensores Públicos, bem como a esses fornecerão
apoio administrativo, prestarão as informações solicitadas e assegurarão acesso à documentação dos presos
e internos, aos quais é assegurado o direito de entrevista com os Defensores Públicos. (Incluído pela Lei Com-
plementar nº 132, de 2009).
Art. 4º-A. São direitos dos assistidos da Defensoria Pública, além daqueles previstos na legislação estadual
ou em atos normativos internos: (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
I – a informação sobre: (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).

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a) localização e horário de funcionamento dos órgãos da Defensoria Pública; (Incluído pela Lei Complemen-
tar nº 132, de 2009).
b) a tramitação dos processos e os procedimentos para a realização de exames, perícias e outras providên-
cias necessárias à defesa de seus interesses; (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
II – a qualidade e a eficiência do atendimento; (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
III – o direito de ter sua pretensão revista no caso de recusa de atuação pelo Defensor Público; (Incluído pela
Lei Complementar nº 132, de 2009).
IV – o patrocínio de seus direitos e interesses pelo defensor natural; (Incluído pela Lei Complementar nº 132,
de 2009).
V – a atuação de Defensores Públicos distintos, quando verificada a existência de interesses antagônicos ou
colidentes entre destinatários de suas funções. (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
TÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DA DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
CAPÍTULO I
DA ESTRUTURA
Art. 5º A Defensoria Pública da União compreende:
I - órgãos de administração superior:
a) a Defensoria Público-Geral da União;
b) a Subdefensoria Público-Geral da União;
c) o Conselho Superior da Defensoria Pública da União;
d) a Corregedoria-Geral da Defensoria Pública da União;
II - órgãos de atuação:
a) as Defensorias Públicas da União nos Estados, no Distrito Federal e nos Territórios;
b) os Núcleos da Defensoria Pública da União;
III - órgãos de execução:
a) os Defensores Públicos Federais nos Estados, no Distrito Federal e nos Territórios. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 132, de 2009).
SEÇÃO I
DO DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL E DO SUBDEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
(REDAÇÃO DADA PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 132, DE 2009).
Art. 6º A Defensoria Pública da União tem por chefe o Defensor Público-Geral Federal, nomeado pelo Presi-
dente da República, dentre membros estáveis da Carreira e maiores de 35 (trinta e cinco) anos, escolhidos em
lista tríplice formada pelo voto direto, secreto, plurinominal e obrigatório de seus membros, após a aprovação
de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de 2 (dois) anos, permitida
uma recondução, precedida de nova aprovação do Senado Federal. (Redação dada pela Lei Complementar nº
132, de 2009).
§ 1º (VETADO).
§ 2º (VETADO).
Art. 7º O Defensor Público-Geral Federal será substituído, em suas faltas, impedimentos, licenças e férias,
pelo Subdefensor Público-Geral Federal, nomeado pelo Presidente da República, dentre os integrantes da
Categoria Especial da Carreira, escolhidos pelo Conselho Superior, para mandato de 2 (dois) anos. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).

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Parágrafo único. A União poderá, segundo suas necessidades, ter mais de um Subdefensor Público-Geral
Federal. (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
Art. 8º São atribuições do Defensor Publico-Geral, dentre outras:
I - dirigir a Defensoria Pública da União, superintender e coordenar suas atividades e orientar­lhe a atuação;
II - representar a Defensoria Pública da União judicial e extrajudicialmente;
III - velar pelo cumprimento das finalidades da Instituição;
IV - integrar, como membro nato, e presidir o Conselho Superior da Defensoria Pública da União;
V – submeter ao Conselho Superior proposta de criação ou de alteração do Regimento Interno da Defensoria
Pública-Geral da União; (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
VI - autorizar os afastamentos dos membros da Defensoria Pública da União;
VII - estabelecer a lotação e a distribuição dos membros e dos servidores da Defensoria Pública da União;
VIII - dirimir conflitos de atribuições entre membros da Defensoria Pública da União, com recurso para seu
Conselho Superior;
IX - proferir decisões nas sindicâncias e processos administrativos disciplinares promovidos pela Corregedo-
ria-Geral da Defensoria Pública da União;
X - instaurar processo disciplinar contra membros e servidores da Defensoria Pública da União, por reco-
mendação de seu Conselho Superior;
XI - abrir concursos públicos para ingresso na carreira da Defensoria Pública da União;
XII - determinar correições extraordinárias;
XIII - praticar atos de gestão administrativa, financeira e de pessoal;
XIV - convocar o Conselho Superior da Defensoria Pública da União;
XV - designar membro da Defensoria Pública da União para exercício de suas atribuições em órgão de atu-
ação diverso do de sua lotação ou, em caráter excepcional, perante Juízos, Tribunais ou Ofícios diferentes dos
estabelecidos para cada categoria;
XVI - requisitar de qualquer autoridade pública e de seus agentes, certidões, exames, perícias, vistorias, di-
ligências, processos, documentos, informações, esclarecimentos e demais providências necessárias à atuação
da Defensoria Pública;
XVII - aplicar a pena da remoçaõ compulsória, aprovada pelo voto de dois terços do Conselho Superior da
Defensoria Pública da União, assegurada ampla defesa;
XVIII - delegar atribuições a autoridade que lhe seja subordinada, na forma da lei.
XIX – requisitar força policial para assegurar a incolumidade física dos membros da Defensoria Pública da
União, quando estes se encontrarem ameaçados em razão do desempenho de suas atribuições institucionais;
(Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
XX – apresentar plano de atuação da Defensoria Pública da União ao Conselho Superior. (Incluído pela Lei
Complementar nº 132, de 2009).
Parágrafo único. Ao Subdefensor Público-Geral Federal, além da atribuição prevista no art. 7º desta Lei
Complementar, compete: (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
I - auxiliar o Defensor Público-Geral nos assuntos de interesse da Instituição;
II - desincumbir­se das tarefas e delegações que lhe forem determinadas pelo Defensor Público-Geral.

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SEÇÃO II
DO CONSELHO SUPERIOR DA DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
Art. 9º A composição do Conselho Superior da Defensoria Pública da União deve incluir obrigatoriamente
o Defensor Público-Geral Federal, o Subdefensor Público-Geral Federal e o Corregedor-Geral Federal, como
membros natos, e, em sua maioria, representantes estáveis da Carreira, 2 (dois) por categoria, eleitos pelo voto
direto, plurinominal, obrigatório e secreto de todos integrantes da Carreira. (Redação dada pela Lei Comple-
mentar nº 132, de 2009).
§ 1º O Conselho Superior é presidido pelo Defensor Público-Geral, que, além do seu voto de membro, tem
o de qualidade, exceto em matéria de remoção e promoção, sendo as deliberações tomadas por maioria de
votos.
§ 2º As eleições serão realizadas em conformidade com as instruções baixadas pelo Defensor Público-Geral.
§ 3º Os membros do Conselho Superior são eleitos para mandato de dois anos, mediante voto nominal,
direto e secreto.
§ 4º São elegíveis os Defensores Públicos Federais que não estejam afastados da Carreira, para mandato
de 2 (dois) anos, permitida 1 (uma) reeleição. (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
§ 5º São suplentes dos membros eleitos de que trata o caput deste artigo os demais votados, em ordem
decrescente.
§ 6º Qualquer membro, exceto os natos, pode desistir de sua participação no Conselho Superior, assumindo,
imediatamente, o cargo, o respectivo suplente.
Art. 10. Ao Conselho Superior da Defensoria Pública da União compete:
I - exercer o poder normativo no âmbito da Defensoria Pública da União;
II - opinar, por solicitação do Defensor Público-Geral, sobre matéria pertinente à autonomia funcional e ad-
ministrativa da Defensoria Pública da União;
III - elaborar lista tríplice destinada à promoção por merecimento;
IV - aprovar a lista de antigüidade dos membros da Defensoria Pública da União e decidir sobre as reclama-
ções a ela concernentes;
V - recomendar ao Defensor Público-Geral a instauração de processo disciplinar contra membros e servido-
res da Defensoria Pública da União;
VI - conhecer e julgar recurso contra decisão em processo administrativo disciplinar;
VII - decidir sobre pedido de revisão de processo administrativo disciplinar;
VIII - decidir acerca da remoção voluntária dos integrantes da carreira da Defensoria Pública da União;
IX - decidir sobre a avaliação do estágio probatório dos membros da Defensoria Pública da União, subme-
tendo sua decisão à homologação do Defensor Público-Geral;
X - decidir acerca da destituição do Corregedor-Geral, por voto de dois terços de seus membros, assegurada
ampla defesa;
XI - deliberar sobre a organização de concurso para ingresso na carreira e designar os representantes da
Defensoria Pública da União que integrarão a Comissão de Concurso;
XII – organizar os concursos para provimento dos cargos da Carreira de Defensor Público Federal e editar
os respectivos regulamentos; (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
XIII - recomendar correições extraordinárias;
XIV – indicar os 6 (seis) nomes dos membros da classe mais elevada da Carreira para que o Presidente da
República nomeie, dentre esses, o Subdefensor Público-Geral Federal e o Corregedor-Geral Federal da Defen-
soria Pública da União; (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
XV – editar as normas regulamentando a eleição para Defensor Público-Geral Federal. (Incluído pela Lei
Complementar nº 132, de 2009).

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Parágrafo único. As decisões do Conselho Superior serão motivadas e publicadas, salvo as hipóteses legais
de sigilo.
SEÇÃO III
DA CORREGEDORIA-GERAL DA DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
Art. 11. A Corregedoria-Geral da Defensoria Pública da União é órgão de fiscalização da atividade funcional
e da conduta dos membros e dos servidores da Defensoria Pública da União.
Art. 12. A Corregedoria-Geral da Defensoria Pública da União é exercida pelo Corregedor-Geral, indicado
dentre os integrantes da classe mais elevada da carreira pelo Conselho Superior e nomeado pelo Presidente
da República para mandato de dois anos.
Parágrafo único. O Corregedor-Geral poderá ser destituído, antes do término do mandato, por proposta do
Defensor Público-Geral, pelo voto de dois terços dos membros do Conselho Superior, assegurada ampla de-
fesa.
Art. 13. À Corregedoria-Geral da Defensoria Pública da União compete:
I - realizar correições e inspeções funcionais;
II - sugerir ao Defensor Público-Geral o afastamento de Defensor Público que esteja sendo submetido a
correição, sindicância ou processo administrativo disciplinar, quando cabível;
III - propor, fundamentadamente, ao Conselho Superior a suspensão do estágio probatório de membros da
Defensoria Pública da União;
IV - receber e processar as representações contra os membros da Defensoria Pública da União, encaminhando­
as, com parecer, ao Conselho Superior;
V - apresentar ao Defensor Público-Geral, em janeiro de cada ano, relatório das atividades desenvolvidas
no ano anterior;
VI - propor a instauração de processo disciplinar contra membros da Defensoria Pública da União e seus
servidores;
VII - acompanhar o estágio probatório dos membros da Defensoria Pública da União;
VIII - propor a exoneração de membros da Defensoria Pública da União que não cumprirem as condições
do estágio probatório.
SEÇÃO IV
DA DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO NOS ESTADOS, NO DISTRITO FEDERAL E NOS TERRI-
TÓRIOS
Art. 14. A Defensoria Pública da União atuará nos Estados, no Distrito Federal e nos Territórios, junto às Jus-
tiças Federal, do Trabalho, Eleitoral, Militar, Tribunais Superiores e instâncias administrativas da União.
§ 1o A Defensoria Pública da União deverá firmar convênios com as Defensorias Públicas dos Estados e
do Distrito Federal, para que estas, em seu nome, atuem junto aos órgãos de primeiro e segundo graus de
jurisdição referidos no caput, no desempenho das funções que lhe são cometidas por esta Lei Complementar.
(Incluído pela Lei Complementar nº 98, de 1999).
§ 2o Não havendo na unidade federada Defensoria Pública constituída nos moldes desta Lei Complementar,
é autorizado o convênio com a entidade pública que desempenhar essa função, até que seja criado o órgão
próprio. (Incluído pela Lei Complementar nº 98, de 1999).
§ 3o A prestação de assistência judiciária pelos órgãos próprios da Defensoria Pública da União dar-se-á,
preferencialmente, perante o Supremo Tribunal Federal e os Tribunais superiores. (Incluído pela Lei Comple-
mentar nº 98, de 1999).
Art. 15. Os órgãos de atuação da Defensoria Pública da União em cada Estado, no Distrito Federal e nos
Territórios serão dirigidos por Defensor Público-Chefe, designado pelo Defensor Publico-Geral, dentre os inte-
grantes da carreira.

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Parágrafo único. Ao Defensor Publico-Chefe, sem prejuízo de suas funções institucionais, compete, espe-
cialmente:
I – coordenar as atividades desenvolvidas pelos Defensores Públicos Federais que atuem em sua área de
competência; (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
II - sugerir ao Defensor Publico-Geral providências para o aperfeiçoamento das atividades institucionais em
sua área de competência;
III - deferir ao membro da Defensoria Pública da União sob sua coordenação direitos e vantagens legalmente
autorizados, por expressa delegação de competência do Defensor Publico-Geral;
IV - solicitar providências correlacionais ao Defensor Publico-Geral, em sua área de competência;
V - remeter, semestralmente, ao Corregedor-Geral, relatório das atividades na sua área de competência.
Art. 15-A. A organização da Defensoria Pública da União deve primar pela descentralização, e sua atuação
deve incluir atendimento interdisciplinar, bem como a tutela dos interesses individuais, difusos, coletivos e indi-
viduais homogêneos. (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
SEÇÃO V
DOS NÚCLEOS DA DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO NOS ESTADOS, NO DISTRITO FEDERAL
E NOS TERRITÓRIOS
Art. 16. A Defensoria Pública da União nos Estados, no Distrito Federal e nos Territórios poderá atuar por
meio de Núcleos.
Art. 17. Os Núcleos são dirigidos por Defensor Publico-Chefe, nos termos do art. 15 desta Lei Complementar.
SEÇÃO VI
DOS DEFENSORES PÚBLICOS FEDERAIS
(REDAÇÃO DADA PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 132, DE 2009).
Art. 18. Aos Defensores Públicos Federais incumbe o desempenho das funções de orientação, postulação
e defesa dos direitos e interesses dos necessitados, cabendo-lhes, especialmente: (Redação dada pela Lei
Complementar nº 132, de 2009).
I - atender às partes e aos interessados;
II - postular a concessão de gratuidade de justiça para os necessitados;
III - tentar a conciliação das partes, antes de promover a ação cabível;
IV - acompanhar e comparecer aos atos processuais e impulsionar os processos;
V - interpor recurso para qualquer grau de jurisdição e promover revisão criminal, quando cabível;
VI - sustentar, oralmente ou por memorial, os recursos interpostos e as razões apresentadas por intermédio
da Defensoria Pública da União;
VII - defender os acusados em processo disciplinar.
VIII – participar, com direito de voz e voto, do Conselho Penitenciário; (Incluído pela Lei Complementar nº
132, de 2009).
IX – certificar a autenticidade de cópias de documentos necessários à instrução de processo administrativo
ou judicial, à vista da apresentação dos originais; (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
X – atuar nos estabelecimentos penais sob a administração da União, visando ao atendimento jurídico per-
manente dos presos e sentenciados, competindo à administração do sistema penitenciário federal reservar ins-
talações seguras e adequadas aos seus trabalhos, franquear acesso a todas as dependências do estabeleci-
mento independentemente de prévio agendamento, fornecer apoio administrativo, prestar todas as informações
solicitadas, assegurar o acesso à documentação dos presos e internos, aos quais não poderá, sob fundamento
algum, negar o direito de entrevista com os membros da Defensoria Pública da União. (Incluído pela Lei Com-
plementar nº 132, de 2009).

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CAPÍTULO II
DA CARREIRA
Art. 19. A Defensoria Pública da União é integrada pela Carreira de Defensor Público Federal, composta de
3 (três) categorias de cargos efetivos: (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009) (Vide Lei nº
12.763, de 2012)
I – Defensor Público Federal de 2ª Categoria (inicial); (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de
2009).
II – Defensor Público Federal de 1ª Categoria (intermediária); (Redação dada pela Lei Complementar nº 132,
de 2009).
III – Defensor Público Federal de Categoria Especial (final). (Redação dada pela Lei Complementar nº 132,
de 2009).
Art. 20. Os Defensores Públicos Federais de 2ª Categoria atuarão junto aos Juízos Federais, aos Juízos do
Trabalho, às Juntas e aos Juízes Eleitorais, aos Juízes Militares, às Auditorias Militares, ao Tribunal Marítimo e
às instâncias administrativas. (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
Art. 21. Os Defensores Públicos Federais de 1ª Categoria atuarão nos Tribunais Regionais Federais, nas
Turmas dos Juizados Especiais Federais, nos Tribunais Regionais do Trabalho e nos Tribunais Regionais Elei-
torais. (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
Art. 22. Os Defensores Públicos Federais de Categoria Especial atuarão no Superior Tribunal de Justiça, no
Tribunal Superior do Trabalho, no Tribunal Superior Eleitoral, no Superior Tribunal Militar e na Turma Nacional
de Uniformização dos Juizados Especiais Federais. (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
Parágrafo único. (VETADO).
Art. 23. O Defensor Publico-Geral atuará junto ao Supremo Tribunal Federal.
SEÇÃO I
DO INGRESSO NA CARREIRA
Art. 24. O ingresso na Carreira da Defensoria Pública da União far-se-á mediante aprovação prévia em con-
curso público, de âmbito nacional, de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil,
no cargo inicial de Defensor Público Federal de 2ª Categoria. (Redação dada pela Lei Complementar nº 132,
de 2009).
§ 1º Do regulamento do concurso constarão os programas das disciplinas sobre as quais versarão as provas,
bem como outras disposições pertinentes à sua organização e realização.
§ 2º O edital de abertura de inscrições no concurso indicará, obrigatoriamente, o número de cargos vagos
na categoria inicial da carreira.
Art. 25. O concurso de ingresso realizar­se­á, obrigatoriamente, quando o número de vagas exceder a um
quinto dos cargos iniciais da carreira e, facultativamente, quando o exigir o interesse da administração.
Art. 26. O candidato, no momento da inscrição, deve possuir registro na Ordem dos Advogados do Brasil,
ressalvada a situação dos proibidos de obtê­la, e comprovar, no mínimo, dois anos de prática forense, devendo
indicar sua opção por uma das unidades da federação onde houver vaga.
§ 1º Considera-se como atividade jurídica o exercício da advocacia, o cumprimento de estágio de Direito
reconhecido por lei e o desempenho de cargo, emprego ou função, de nível superior, de atividades eminente-
mente jurídicas. (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
§ 2º Os candidatos proibidos de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil comprovarão o registro até a
posse no cargo de Defensor Público.
Art. 26-A. Aos aprovados no concurso deverá ser ministrado curso oficial de preparação à Carreira, objeti-
vando o treinamento específico para o desempenho das funções técnico-jurídicas e noções de outras discipli-
nas necessárias à consecução dos princípios institucionais da Defensoria Pública. (Incluído pela Lei Comple-
mentar nº 132, de 2009).

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Art. 27. O concurso será realizado perante bancas examinadoras constituídas pelo Conselho Superior.
SEÇÃO II
DA NOMEAÇÃO, DA LOTAÇÃO E DA DISTRIBUIÇÃO
Art. 28. O candidato aprovado ao concurso público para ingresso na carreira da Defensoria Pública será
nomeado pelo Presidente da República para cargo inicial da carreira, respeitada a ordem de classificação e o
número de vagas existentes.
Art. 29. Os Defensores Públicos Federais serão lotados e distribuídos pelo Defensor Público-Geral Federal,
assegurado aos nomeados para os cargos iniciais o direito de escolha do órgão de atuação, desde que vago
e obedecida a ordem de classificação no concurso. (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
SEÇÃO III
DA PROMOÇÃO
Art. 30. A promoção consiste no acesso imediato dos membros efetivos da Defensoria Pública da União de
uma categoria para outra da carreira.
Art. 31. As promoções obedecerão aos critérios de antiguidade e merecimento alternadamente.
§ 1º A antigüidade será apurada na categoria e determinada pelo tempo de efetivo exercício na mesma.
§ 2º A promoção por merecimento dependerá de lista tríplice para cada vaga, organizada pelo Conselho
Superior, em sessão secreta, com ocupantes da lista de antigüidade, em seu primeiro terço.
§ 3º Os membros da Defensoria Pública somente poderão ser promovidos após dois anos de efetivo exercí-
cio na categoria, dispensado o interstício se não houver quem preencha tal requisito ou se quem o preencher
recusar a promoção.
§ 4º As promoções serão efetivadas por ato do Defensor Público-Geral Federal. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 132, de 2009).
Art. 32. É facultada a recusa de promoção, sem prejuízo do critério para o preenchimento da vaga recusada.
Art. 33. O Conselho Superior fixará os critérios de ordem objetiva para a aferição de merecimento dos mem-
bros da instituição, considerando­se, entre outros, a eficiência e a presteza demonstradas no desempenho da
função e a aprovação em cursos de aperfeiçoamento, de natureza jurídica, promovidos pela instituição, ou por
estabelecimentos de ensino superior oficialmente reconhecidos.
§ 1º Os cursos de aperfeiçoamento de que trata este artigo compreenderão necessariamente, as seguintes
atividades:
a) apresentação de trabalho escrito sobre assunto de relevância jurídica;
b) defesa oral do trabalho que tenha sido aceito por banca examinadora.
§ 2º Não poderá concorrer à promoção por merecimento quem tenha sofrido penalidade de advertência ou
suspensão, no período de um ano imediatamente anterior à ocorrência da vaga, em caso de advertência, ou de
dois anos, em caso de suspensão.
§ 3º É obrigatória a promoção do Defensor Público que figurar por três vezes consecutivas ou cinco alterna-
das em lista de merecimento, ressalvada a hipótese do § 2º.
CAPÍTULO III
DA INAMOVIBILIDADE E DA REMOÇÃO
Art. 34. Os membros da Defensoria Pública da União são inamovíveis, salvo se apenados com remoção
compulsória, na forma desta Lei Complementar.
Art. 35. A remoção será feita a pedido ou por permuta, sempre entre membros da mesma categoria da car-
reira.
Art. 36. A remoção compulsória somente será aplicada com prévio parecer do Conselho Superior, assegura-
da ampla defesa em processo administrativo disciplinar.

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Art. 37. A remoção a pedido far­se­á mediante requerimento ao Defensor Publico-Geral, nos quinze dias se-
guintes à publicação, no Diário Oficial, do aviso de existência de vaga.
§ 1º Findo o prazo fixado no caput deste artigo e, havendo mais de um candidato à remoção, será removido
o mais antigo na categoria e, ocorrendo empate, sucessivamente, o mais antigo na carreira, no serviço público
da União, no serviço público em geral, o mais idoso e o mais bem classificado no concurso para ingresso na
Defensoria Pública.
§ 2º A remoção precederá o preenchimento da vaga por promoção.
Art. 38. Quando por permuta, a remoção será concedida mediante requerimento do interessado, atendida
a conveniência do serviço e observada a ordem de antiguidade na Carreira. (Redação dada pela Lei Comple-
mentar nº 132, de 2009).
CAPÍTULO IV
DOS DIREITOS, DAS GARANTIAS E DAS PRERROGATIVAS DOS MEMBROS DA DEFENSORIA
PÚBLICA DA UNIÃO
SEÇÃO I
DA REMUNERAÇÃO
Art. 39. À lei cabe fixar a remuneração dos cargos da carreira da Defensoria Pública da União, observado o
disposto no art. 135 da Constituição Federal.
§ 1º (VETADO).
§ 2o Os membros da Defensoria Pública da União têm os direitos assegurados pela Lei no 8.112, de 11 de
dezembro de 1990, e nesta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei Complementar nº 98, de 1999).
I - revogado; (Redação dada pela Lei Complementar nº 98, de 1999).
II - (VETADO);
III - revogado; (Redação dada pela Lei Complementar nº 98, de 1999).
IV - revogado; (Redação dada pela Lei Complementar nº 98, de 1999).
V - revogado; (Redação dada pela Lei Complementar nº 98, de 1999)
VI - revogado; (Redação dada pela Lei Complementar nº 98, de 1999).
VII - (VETADO);
VIII - revogado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 98, de 1999).
SEÇÃO II
DAS FÉRIAS E DO AFASTAMENTO
Art. 40. (Revogado pela Lei Complementar nº 98, de 1999).
Art. 41. As férias dos membros da Defensoria Pública da União serão concedidas pelas chefias a que esti-
verem subordinados.
Art. 42. O afastamento para estudo ou missão no interesse da Defensoria Pública da União será autorizado
pelo Defensor Publico-Geral.
§ 1º O afastamento de que trata este artigo somente será concedido pelo Defensor Publico-Geral, após o
estágio probatório e pelo prazo máximo de dois anos.
§ 2º Quando o interesse público o exigir, o afastamento poderá ser interrompido a juízo do Defensor Publi-
co-Geral.
Art. 42-A. É assegurado o direito de afastamento para exercício de mandato em entidade de classe de âmbi-
to nacional, de maior representatividade, sem prejuízo dos vencimentos, vantagens ou qualquer direito inerente
ao cargo. (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
§ 1º O afastamento será concedido ao presidente da entidade de classe e terá duração igual à do mandato,
devendo ser prorrogado no caso de reeleição. (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).

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§ 2º O afastamento para exercício de mandato será contado como tempo de serviço para todos os efeitos
legais. (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
SEÇÃO III
DAS GARANTIAS E DAS PRERROGATIVAS
Art. 43. São garantias dos membros da Defensoria Pública da União:
I - a independência funcional no desempenho de suas atribuições;
II - a inamovibilidade;
III - a irredutibilidade de vencimentos;
IV - a estabilidade;
Art. 44. São prerrogativas dos membros da Defensoria Pública da União:
I – receber, inclusive quando necessário, mediante entrega dos autos com vista, intimação pessoal em qual-
quer processo e grau de jurisdição ou instância administrativa, contando-se-lhes em dobro todos os prazos;
(Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
II - não ser preso, senão por ordem judicial escrita, salvo em flagrante, caso em que a autoridade fará ime-
diata comunicação ao Defensor Publico-Geral;
III - ser recolhido a prisão especial ou a sala especial de Estado­Maior, com direito a privacidade e, após
sentença condenatória transitada em julgado, ser recolhido em dependência separada, no estabelecimento em
que tiver de ser cumprida a pena;
IV - usar vestes talares e as insígnias privativas da Defensoria Pública;
V - (VETADO);
VI - ter vista pessoal dos processos fora dos cartórios e secretarias, ressalvadas as vedações legais;
VII – comunicar-se, pessoal e reservadamente, com seus assistidos, ainda quando esses se acharem pre-
sos ou detidos, mesmo incomunicáveis, tendo livre ingresso em estabelecimentos policiais, prisionais e de
internação coletiva, independentemente de prévio agendamento; (Redação dada pela Lei Complementar nº
132, de 2009).
VIII – examinar, em qualquer repartição pública, autos de flagrantes, inquéritos e processos, assegurada a
obtenção de cópias e podendo tomar apontamentos; (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
IX - manifestar­se em autos administrativos ou judiciais por meio de cota;
X - requisitar de autoridade pública e de seus agentes exames, certidões, perícias, vistorias, diligências,
processos, documentos, informações, esclarecimentos e providências necessárias ao exercício de suas atri-
buições;
XI - representar a parte, em feito administrativo ou judicial, independentemente de mandato, ressalvados os
casos para os quais a lei exija poderes especiais;
XII - deixar de patrocinar ação, quando ela for manifestamente incabível ou inconveniente aos interesses
da parte sob seu patrocínio, comunicando o fato ao Defensor Publico-Geral, com as razões de seu proceder;
XIII - ter o mesmo tratamento reservado aos magistrados e demais titulares dos cargos das funções essen-
ciais à justiça;
XIV - ser ouvido como testemunha, em qualquer processo ou procedimento, em dia, hora e local previamen-
te ajustados com a autoridade competente;
XV - (VETADO);
XVI - (VETADO);
Parágrafo único. Quando, no curso de investigação policial, houver indício de prática de infração penal por
membro da Defensoria Pública da União, a autoridade policial, civil ou militar, comunicará, imediatamente, o
fato ao Defensor Publico-Geral, que designará membro da Defensoria Pública para acompanhar a apuração.

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CAPÍTULO V
DOS DEVERES, DAS PROIBIÇÕES, DOS IMPEDIMENTOS E DA RESPONSABILIDADE FUNCIO-
NAL
SEÇÃO I
DOS DEVERES
Art. 45. São deveres dos membros da Defensoria Pública da União:
I - residir na localidade onde exercem suas funções;
II - desempenhar, com zelo e presteza, os serviços a seu cargo;
III - representar ao Defensor Publico-Geral sobre as irregularidades de que tiver ciência, em razão do cargo;
IV - prestar informações aos órgãos de administração superior da Defensoria Pública da União, quando
solicitadas;
V - atender ao expediente forense e participar dos atos judiciais, quando for obrigatória a sua presença;
VI - declarar­se suspeito ou impedido, nos termos da lei;
VII - interpor os recursos cabíveis para qualquer instância ou Tribunal e promover revisão criminal, sempre
que encontrar fundamentos na lei, jurisprudência ou prova dos autos, remetendo cópia à Corregedoria-Geral.
SEÇÃO II
DAS PROIBIÇÕES
Art. 46. Além das proibições decorrentes do exercício de cargo público, aos membros da Defensoria Pública
da União é vedado:
I - exercer a advocacia fora das atribuições institucionais;
II - requerer, advogar, ou praticar em Juízo ou fora dele, atos que de qualquer forma colidam com as funções
inerentes ao seu cargo, ou com os preceitos éticos de sua profissão;
III - receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais, em
razão de suas atribuições;
IV - exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, exceto como cotista ou acionista;
V - exercer atividade político­partidária, enquanto atuar junto à justiça eleitoral.
SEÇÃO III
DOS IMPEDIMENTOS
Art. 47. Ao membro da Defensoria Pública da União é defeso exercer suas funções em processo ou proce-
dimento:
I - em que seja parte ou, de qualquer forma, interessado;
II - em que haja atuado como representante da parte, perito, Juiz, membro do Ministério Público, Autoridade
Policial, Escrivão de Polícia, Auxiliar de Justiça ou prestado depoimento como testemunha;
III - em que for interessado cônjuge ou companheiro, parente consangüíneo ou afim em linha reta ou cola-
teral, até o terceiro grau;
IV - no qual haja postulado como advogado de qualquer das pessoas mencionadas no inciso anterior;
V - em que qualquer das pessoas mencionadas no inciso III funcione ou haja funcionado como Magistrado,
membro do Ministério Público, Autoridade Policial, Escrivão de Polícia ou Auxiliar de Justiça;
VI - em que houver dado à parte contrária parecer verbal ou escrito sobre o objeto da demanda;
VII - em outras hipóteses previstas em lei.

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Art. 48. Os membros da Defensoria Pública da União não podem participar de comissão, banca de concur-
so, ou qualquer decisão, quando o julgamento ou votação disser respeito a seu cônjuge ou companheiro, ou
parente consangüíneo ou afim em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.
SEÇÃO IV
DA RESPONSABILIDADE FUNCIONAL
Art. 49. A atividade funcional dos membros da Defensoria Pública da União está sujeita a:
I - correição ordinária, realizada anualmente pelo Corregedor-Geral e por seus auxiliares, para verificar a
regularidade e eficiência dos serviços;
II - correição extraordinária, realizada pelo Corregedor-Geral e por seus auxiliares, de ofício ou por determi-
nação do Defensor Publico-Geral;
§ 1º Cabe ao Corregedor-Geral, concluída a correição, apresentar ao Defensor Publico-Geral relatório dos
fatos apurados e das providências a serem adotadas.
§ 2º Qualquer pessoa pode representar ao Corregedor-Geral sobre os abusos, erros ou omissões dos mem-
bros da Defensoria Pública da União.
Art. 50. Constituem infrações disciplinares, além de outras definidas em lei complementar, a violação dos
deveres funcionais e vedações contidas nesta Lei Complementar, bem como a prática de crime contra a Admi-
nistração Pública ou ato de improbidade administrativa.
§ 1º Os membros da Defensoria Pública da União são passíveis das seguintes sanções:
I - advertência;
II - suspensão por até noventa dias;
III - remoção compulsória;
IV - demissão;
V - cassação da aposentadoria.
§ 2º A advertência será aplicada por escrito nos casos de violação dos deveres e das proibições funcionais,
quando o fato não justificar a imposição de pena mais grave.
§ 3º A suspensão será aplicada em caso de reincidência em falta punida com advertência ou quando a infra-
ção dos deveres ou das proibições funcionais, pela sua gravidade, justificar a sua imposição.
§ 4º A remoção compulsória será aplicada sempre que a falta praticada, pela sua gravidade e repercussão,
tornar incompatível a permanência do faltoso no órgão de atuação de sua lotação.
§ 5º A pena de demissão será aplicável nas hipóteses previstas em lei, e no caso de reincidência em falta
punida com suspensão ou remoção compulsória.
§ 6º As penas de demissão e cassação da aposentadoria serão aplicadas pelo Presidente da República e as
demais pelo Defensor Publico-Geral, garantida sempre a ampla defesa, sendo obrigatório o inquérito adminis-
trativo nos casos de aplicação de remoção compulsória, suspensão, demissão e cassação da aposentadoria.
§ 7º Prescrevem em dois anos, a contar da data em que foram cometidas, as faltas puníveis com advertên-
cia, suspensão e remoção compulsória, aplicando­se, quanto às demais, os prazos previstos em lei.
Art. 51. A qualquer tempo poderá ser requerida revisão do processo disciplinar, quando se aduzirem fatos
novos ou circunstâncias suscetíveis de provar, a inocência do apenado ou de justificar a imposição de pena
mais branda.
§ 1º Poderá requerer a instauração de processo revisional o próprio interessado ou, se falecido ou interdito,
o seu cônjuge ou companheiro, ascendente, descendente ou irmão.
§ 2º Se for procedente a revisão, será tornado sem efeito o ato punitivo ou aplicada a penalidade adequada
restabelecendo­se os direitos atingidos pela punição, na sua plenitude.

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TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DA DEFENSORIA PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS
CAPÍTULO I
DA ESTRUTURA
Art. 52. A Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios é organizada e mantida pela União.
Art. 53. A Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios compreende:
I - órgãos de administração superior:
a) a Defensoria Pública-Geral do Distrito Federal e dos Territórios;
b) a Subdefensoria Pública-Geral do Distrito Federal e dos Territórios;
c) o Conselho Superior da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios;
d) a Corregedoria-Geral da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios;
II - órgãos de atuação:
a) as Defensorias Públicas do Distrito Federal e dos Territórios;
b) os Núcleos da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios;
III - órgãos de execução: os Defensores Públicos do Distrito Federal e dos Territórios.
SEÇÃO I
DO DEFENSOR PUBLICO-GERAL E DO SUBDEFENSOR PUBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDE-
RAL E DOS TERRITÓRIOS
Art. 54. A Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios tem por Chefe o Defensor Público-Geral,
nomeado pelo Presidente da República, dentre membros estáveis da Carreira e maiores de 35 (trinta e cinco)
anos, escolhidos em lista tríplice formada pelo voto direto, secreto, plurinominal e obrigatório de seus membros,
para mandato de 2 (dois) anos, permitida 1 (uma) recondução. (Redação dada pela Lei Complementar nº 132,
de 2009).
Parágrafo único. (VETADO)
§ 2º (VETADO) (Incluído dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
Art. 55. O Defensor Publico-Geral será substituído, em suas faltas, impedimentos, licenças e férias, pelo
Subdefensor Publico-Geral, nomeado pelo Presidente da República, dentre os integrantes da Categoria Espe-
cial da carreira, escolhidos pelo Conselho Superior, para mandato de dois anos.
Art. 56. São atribuições do Defensor Publico-Geral:
I - dirigir a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios, superintender e coordenar suas atividades
e orientar­lhe a atuação;
II - representar a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios judicial e extrajudicialmente;
III - velar pelo cumprimento das finalidades da Instituição;
IV - integrar, como membro nato, e presidir o Conselho Superior da Defensoria Pública do Distrito Federal e
dos Territórios;
V - baixar o Regimento Interno da Defensoria Pública-Geral do Distrito Federal e dos Territórios;
VI - autorizar os afastamentos dos membros da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios;
VII - estabelecer a lotação e a distribuição dos membros e servidores da Defensoria Pública do Distrito Fe-
deral e dos Territórios;
VIII - dirimir conflitos de atribuições entre membros da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territó-
rios, com recurso para seu Conselho Superior;

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IX - proferir decisões nas sindicâncias e processos administrativos disciplinares promovidos pela Corregedo-
ria-Geral do Distrito Federal e dos Territórios;
X - instaurar processo disciplinar contra membros e servidores da Defensoria Pública do Distrito Federal e
dos Territórios;
XI - abrir concursos públicos para ingresso na carreira da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Ter-
ritórios;
XII - determinar correições extraordinárias;
XIII - praticar atos de gestão administrativa, financeira e de pessoal;
XIV - convocar o Conselho Superior da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios e dar execu-
ção às suas deliberações;
XV - designar membro da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios para exercício de suas atri-
buições em órgão de atuação diverso do de sua lotação ou, em caráter excepcional, perante Juízos, Tribunais
ou Ofícios diferentes dos estabelecidos para cada categoria;
XVI - requisitar de qualquer autoridade pública e de seus agentes, certidões, exames, perícias, vistorias, di-
ligências, processos, documentos, informações, esclarecimentos e demais providências necessárias à atuação
da Defensoria Pública;
XVII - aplicar a pena de remoção compulsória, aprovada pelo voto de dois terços do Conselho Superior, aos
membros da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios;
XVIII - delegar atribuições a autoridade que lhe seja subordinada, na forma da lei.
Parágrafo único. Ao Subdefensor Publico-Geral, além da atribuição prevista no art. 55 desta Lei Complemen-
tar, compete:
a) auxiliar o Defensor Publico-Geral nos assuntos de interesse da Instituição;
b) desincumbir­se das tarefas e delegações que lhe forem determinadas pelo Defensor Publico-Geral.
SEÇÃO II
DO CONSELHO SUPERIOR DA DEFENSORIA PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRI-
TÓRIOS
Art. 57. A composição do Conselho Superior da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios deve
incluir obrigatoriamente o Defensor Público-Geral, o Subdefensor Público-Geral e o Corregedor-Geral, como
membros natos, e, em sua maioria, representantes estáveis da Carreira, 2 (dois) por categoria, eleitos pelo
voto direto, plurinominal, secreto e obrigatório, de todos os integrantes da Carreira. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 132, de 2009).
§ 1º O Conselho Superior é presidido pelo Defensor Público-Geral, que terá voto de qualidade, exceto em
matéria disciplinar. (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
§ 2 As eleições serão realizadas em conformidade com as instruções baixadas pelo Conselho Superior. (Re-
dação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
§ 3º Os membros do Conselho Superior são eleitos para mandato de 2 (dois) anos, permitida 1 (uma) reelei-
ção. (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
§ 4º São elegíveis os Defensores Públicos do Distrito Federal e dos Territórios que não estejam afastados
da carreira.
§ 5º São suplentes dos membros eleitos de que trata o caput deste artigo os demais votados, em ordem
decrescente.
§ 6º Qualquer membro, exceto o nato, pode desistir de sua participação no Conselho Superior, assumindo,
imediatamente, o cargo, o respectivo suplente.
§ 7º O presidente da entidade de classe de âmbito distrital de maior representatividade dos membros da
Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios terá assento e voz nas reuniões do Conselho Superior.
(Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).

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Art. 58. Ao Conselho Superior da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios compete:
I - exercer o poder normativo no âmbito da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios;
II - opinar, por solicitação do Defensor Publico-Geral, sobre matéria pertinente à autonomia funcional e ad-
ministrativa da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios;
III - elaborar lista tríplice destinada à promoção por merecimento;
IV - aprovar a lista de antigüidade dos membros da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios e
decidir sobre as reclamações a ela concernentes;
V - recomendar ao Defensor Publico-Geral a instauração de processo disciplinar contra membros e servido-
res da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios;
VI - conhecer e julgar recurso contra decisão em processo administrativo­disciplinar;
VII - decidir sobre pedido de revisão de processo administrativo­disciplinar;
VIII - decidir acerca da remoção dos integrantes da carreira da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos
Territórios;
IX - decidir sobre a avaliação do estágio probatório dos membros da Defensoria Pública do Distrito Federal
e dos Territórios, submetendo sua decisão à homologação do Defensor Publico-Geral;
X - decidir, por voto de dois terços de seus membros, acerca da destituição do Corregedor-Geral;
XI - deliberar sobre a organização de concurso para ingresso na carreira e designar os representantes da
Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios que integrarão a Comissão de Concurso;
XII - organizar os concursos para provimento dos cargos da carreira de Defensor Público do Distrito Federal
e dos Territórios e os seus respectivos regulamentos;
XIII - recomendar correições extraordinárias;
XIV - indicar os seis nomes dos membros da classe mais elevada da carreira para que o Presidente da Re-
pública nomeie, dentre estes, o Subdefensor Publico-Geral e o Corregedor-Geral.
XV – editar as normas regulamentando a eleição para Defensor Público-Geral. (Incluído pela Lei Comple-
mentar nº 132, de 2009).
Parágrafo único. As decisões do Conselho Superior serão motivadas e publicadas, salvo as hipóteses legais
de sigilo.
SEÇÃO III
DA CORREGEDORIA-GERAL DA DEFENSORIA PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TER-
RITÓRIOS
Art. 59. A Corregedoria-Geral da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios é órgão de fisca-
lização da atividade funcional e da conduta dos membros e dos servidores da Defensoria Pública do Distrito
Federal e dos Territórios.
Art. 60. A Corregedoria-Geral da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios é exercida pelo
Corregedor-Geral, indicado dentre os integrantes da classe mais elevada da carreira pelo Conselho Superior e
nomeado pelo Presidente da República, para mandato de dois anos.
Parágrafo único. O Corregedor-Geral poderá ser destituído por proposta do Defensor Publico-Geral, pelo
voto de dois terços dos membros do Conselho Superior, antes do término do mandato.
Art. 61. À Corregedoria-Geral da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios compete:
I - realizar correições e inspeções funcionais;
II - sugerir ao Defensor Publico-Geral o afastamento de Defensor Público que esteja sendo submetido a
correição, sindicância ou processo administrativo disciplinar, quando cabível;
III - propor, fundamentadamente, ao Conselho Superior a suspensão do estágio probatório de membros da
Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios;

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IV - receber e processar as representações contra os membros da Defensoria Pública do Distrito Federal e
dos Territórios, encaminhado­as, com parecer, ao Conselho Superior;
V - apresentar ao Defensor Publico-Geral, em janeiro de cada ano, relatório das atividades desenvolvidas
no ano anterior;
VI - propor a instauração de processo disciplinar contra membros da Defensoria Pública do Distrito Federal
e dos Territórios e seus servidores;
VII - acompanhar o estágio probatório dos membros da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territó-
rios;
VIII - propor a exoneração de membros da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios que não
cumprirem as condições do estágio probatório.
SEÇÃO IV
DOS NÚCLEOS DA DEFENSORIA PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS
Art. 62. A Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios exercerá suas funções institucionais através
de Núcleos.
Art. 63. Os Núcleos da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios são dirigidos por Defensor
Publico-Chefe, designado pelo Defensor Publico-Geral, dentre integrantes da carreira, competindo­lhe, no exer-
cício de suas funções institucionais:
I - prestar, no Distrito Federal e nos Territórios, assistência jurídica, judicial e extrajudicial, integral e gratuita,
aos necessitados;
II - integrar e orientar as atividades desenvolvidas pelos Defensores Públicos que atuem em sua área de
competência;
III - remeter, semestralmente, ao Corregedor-Geral, relatório de suas atividades;
IV - exercer as funções que lhe forem delegadas pelo Defensor Publico-Geral.
SEÇÃO IV
DOS DEFENSORES PÚBLICOS DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS
Art. 64. Aos Defensores Públicos do Distrito Federal e dos Territórios incumbe o desempenho das funções
de orientação, postulação e defesa dos direitos e interesses dos necessitados, em todos os graus de jurisdição
e instâncias administrativas, cabendo­lhes especialmente:
I - atender às partes e aos interessados;
II - postular a concessão de gratuidade de justiça para os necessitados;
III - tentar a conciliação das partes, antes de promover a ação cabível;
IV - acompanhar e comparecer aos atos processuais e impulsionar os processos;
V - interpor recurso para qualquer grau de jurisdição e promover Revisão Criminal, quando cabível;
VI - sustentar, oralmente ou por memorial, os recursos interpostos e as razões apresentadas por intermédio
da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios;
VII - defender os acusados em processo disciplinar.
VIII – participar, com direito a voz e voto, do Conselho Penitenciário; (Incluído pela Lei Complementar nº 132,
de 2009).
IX – certificar a autenticidade de cópias de documentos necessários à instrução de processo administrativo
ou judicial, à vista da apresentação dos originais; (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
X – atuar nos estabelecimentos penais sob a administração do Distrito Federal, visando ao atendimento
jurídico permanente dos presos e sentenciados, competindo à administração do sistema penitenciário distrital
reservar instalações seguras e adequadas aos seus trabalhos, franquear acesso a todas as dependências do
estabelecimento, independentemente de prévio agendamento, fornecer apoio administrativo, prestar todas as

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informações solicitadas e assegurar o acesso à documentação dos presos e internos, aos quais não poderá,
sob fundamento algum, negar o direito de entrevista com os membros da Defensoria Pública do Distrito Fede-
ral. (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
CAPÍTULO II
DA CARREIRA
Art. 65. A Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios é integrada pela carreira de Defensor Pú-
blico do Distrito Federal e dos Territórios, composta de três categorias de cargos efetivos:
I - Defensor Público do Distrito Federal e dos Territórios de 2ª Categoria (inicial);
II - Defensor Público do Distrito Federal e dos Territórios de 1ª Categoria (intermediária);
III - Defensor Público do Distrito Federal e dos Territórios de Categoria Especial (final).
Art. 66. Os Defensores Públicos do Distrito Federal de 2ª Categoria atuarão nos Núcleos das Cidades Sa-
télites, junto aos Juízes de Direito e às instâncias administrativas do Distrito Federal e dos Territórios, ou em
função de auxílio ou substituição nos Núcleos do Plano Piloto.
Art. 67. Os Defensores Públicos do Distrito Federal e dos Territórios de 1ª Categoria atuarão nos Núcleos do
Plano Piloto, junto aos Juízes de Direito e às instâncias administrativas do Distrito Federal e dos Territórios, ou
em função de auxílio ou substituição junto ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.
Art. 68. Os Defensores Públicos do Distrito Federal e dos Territórios de Categoria Especial atuarão junto ao
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, e aos Tribunais Superiores, quando couber (art. 22, pará-
grafo único).
SEÇÃO I
DO INGRESSO NA CARREIRA
Art. 69. O ingresso na Carreira da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios far­se­á mediante
aprovação prévia em concurso público, de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do
Brasil, no cargo inicial de Defensor Público do Distrito Federal e dos Territórios de 2ª Categoria.
§ 1º Do regulamento do concurso constarão os programas das disciplinas sobre as quais versarão as provas,
bem como outras disposições pertinentes à sua organização e realização.
§ 2º O edital de abertura de inscrições no concurso indicará, obrigatoriamente, o número de cargos vagos
na categoria inicial da carreira.
Art. 70. O concurso de ingresso realizar­se­á, obrigatoriamente, quando o número de vagas exceder a um
quinto dos cargos iniciais da carreira e, facultativamente, quando o exigir o interesse da administração.
Art. 71. O candidato, no momento da inscrição, deve possuir registro na Ordem dos Advogados do Brasil,
ressalvada a situação dos proibidos de obtê­la, e comprovar, no mínimo, dois anos de prática forense.
§ 1º Considera­se como prática forense o exercício profissional de consultoria, assessoria, o cumprimento
de estágio nas Defensorias Públicas e o desempenho de cargo, emprego ou função de nível superior, de ativi-
dades eminentemente jurídicas.
§ 2º Os candidatos proibidos de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil comprovarão o registro até a
posse no cargo de Defensor Público.
Art. 72. O concurso será realizado perante bancas examinadoras constituídas pelo Conselho Superior.
SEÇÃO II
DA NOMEAÇÃO, DA LOTAÇÃO E DA DISTRIBUIÇÃO
Art. 73. O candidato aprovado no concurso público para ingresso na carreira da Defensoria Pública será
nomeado pelo Presidente da República para cargo inicial da carreira, respeitada a ordem de classificação e o
número de vagas existentes.

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Art. 74. Os Defensores Públicos do Distrito Federal e dos Territórios serão lotados e distribuídos pelo Defen-
sor Publico-Geral, assegurado aos nomeados para os cargos iniciais o direito de escolha do órgão de atuação,
desde que vago e obedecida a ordem de classificação no concurso.
SEÇÃO III
DA PROMOÇÃO
Art. 75. A promoção consiste no acesso imediato dos membros efetivos da Defensoria Pública do Distrito
Federal e dos Territórios de uma categoria para outra da carreira.
Art. 76. As promoções obedecerão aos critérios de antigüidade e merecimento alternadamente.
§ 1º A antigüidade será apurada na categoria e determinada pelo tempo de efetivo exercício na mesma.
§ 2º A promoção por merecimento dependerá de lista tríplice para cada vaga, organizada pelo Conselho
Superior, em sessão secreta, com ocupantes da lista de antigüidade, em seu primeiro terço.
§ 3º Os membros da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios somente poderão ser promovi-
dos depois de dois anos de efetivo exercício na categoria, dispensado o interstício se não houver quem preen-
cha tal requisito ou se quem o preencher recusar a promoção.
§ 4º As promoções serão efetivadas por ato do Defensor Publico-Geral.
Art. 77. É facultada a recusa à promoção, sem prejuízo do critério para o preenchimento da vaga recusada.
Art. 78. O Conselho Superior fixará os critérios de ordem objetiva para a aferição de merecimento dos mem-
bros da Instituição, considerando­se, entre outros, a eficiência e a presteza demonstradas no desempenho da
função e aprovação em cursos de aperfeiçoamento, de natureza jurídica, promovidos pela Instituição, ou por
estabelecimentos de ensino superior, oficialmente reconhecidos.
§ 1º Os cursos de aperfeiçoamento de que trata este artigo compreenderão, necessariamente, as seguintes
atividades:
a) apresentação de trabalho escrito sobre assunto de relevância jurídica;
b) defesa oral do trabalho que tenha sido aceito por banca examinadora.
§ 2º Não poderá concorrer à promoção por merecimento quem tenha sofrido penalidade de advertência ou
suspensão; no período de um ano imediatamente anterior à ocorrência da vaga, no caso de advertência; ou de
dois anos, em caso de suspensão.
§ 3º É obrigatória a promoção do Defensor Público que figurar por três vezes consecutivas ou cinco alterna-
das em lista de merecimento, ressalvada a hipótese do § 2º.
CAPÍTULO III
DA INAMOVIBILIDADE E DA REMOÇÃO
Art. 79. Os membros da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios são inamovíveis, salvo se
apenados com remoção compulsória, na forma desta Lei Complementar.
Art. 80. A remoção será feita a pedido ou por permuta, sempre entre membros da mesma categoria da car-
reira.
Art. 81. A remoção compulsória somente será aplicada com prévio parecer do Conselho Superior, assegura-
da ampla defesa em processo administrativo disciplinar.
Art. 82. A remoção a pedido far­se­á mediante requerimento ao Defensor Publico-Geral, nos quinze dias se-
guintes à publicação, no Diário Oficial, do aviso de existência da vaga.
§ 1º Findo o prazo fixado no caput deste artigo e, havendo mais de um candidato à remoção, será removido
o mais antigo na categoria e, ocorrendo empate, sucessivamente, o mais antigo na carreira, no serviço público
da União, no serviço público em geral, o mais idoso e o mais bem classificado no concurso para ingresso na
Defensoria Pública.
§ 2º A remoção precederá o preenchimento de vaga por promoção.

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Art. 83. Quando por permuta, a remoção será concedida mediante requerimento dos interessados, atendida
a conveniência do serviço.
CAPÍTULO IV
DOS DIREITOS, DAS GARANTIAS E DAS PRERROGATIVAS DOS MEMBROS DA DEFENSORIA
PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS
SEÇÃO I
DA REMUNERAÇÃO
Art. 84. À lei cabe fixar a remuneração dos cargos da carreira da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos
Territórios, observado o disposto no artigo 135 da Constituição Federal.
§ 1º (VETADO).
§ 2o Os membros da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios têm os direitos assegurados
pela Lei no 8.112, de 1990, e nesta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei Complementar nº 98, de 1999).
I - revogado; (Redação dada pela Lei Complementar nº 98, de 1999).
II - (VETADO);
III - revogado; (Redação dada pela Lei Complementar nº 98, de 1999).
IV - revogado; (Redação dada pela Lei Complementar nº 98, de 1999).
V - revogado; (Redação dada pela Lei Complementar nº 98, de 1999).
VI - revogado; (Redação dada pela Lei Complementar nº 98, de 1999).
VII - (VETADO);
VIII - revogado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 98, de 1999).
SEÇÃO II
DAS FÉRIAS E DO AFASTAMENTO
Art. 85. (Revogado pela Lei Complementar nº 98, de 1999).
Art. 86. As férias dos membros da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios serão concedidas
pelas chefias a que estiverem subordinados.
Art. 87. O afastamento para estudo ou missão no interesse da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos
Territórios será autorizado pelo Defensor Publico-Geral.
§ 1º O afastamento de que trata este artigo somente será concedido pelo Defensor Publico-Geral, após o
estágio probatório e pelo prazo máximo de dois anos.
§ 2º Quando o interesse público o exigir, o afastamento poderá ser interrompido a juízo do Defensor Publi-
co-Geral.
Art. 87-A. É assegurado o direito de afastamento para exercício de mandato em entidade de classe de âm-
bito nacional e distrital, de maior representatividade, sem prejuízo dos vencimentos, vantagens ou qualquer
direito inerente ao cargo. (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
§ 1º O afastamento será concedido ao presidente da entidade de classe e terá duração igual à do mandato,
devendo ser prorrogado no caso de reeleição. (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
§ 2º O afastamento para exercício de mandato será contado como tempo de serviço para todos os efeitos
legais. (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).

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SEÇÃO III
DAS GARANTIAS E DAS PRERROGATIVAS
Art. 88. São garantias dos membros da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios:
I - a independência funcional no desempenho de suas atribuições;
II - a inamovibilidade;
III - a irredutibilidade de vencimentos;
IV - a estabilidade.
Art. 89. São prerrogativas dos membros da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios:
I – receber, inclusive quando necessário, mediante entrega dos autos com vista, intimação pessoal em qual-
quer processo e grau de jurisdição ou instância administrativa, contando-se-lhes em dobro todos os prazos;
(Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
II - não ser preso, senão por ordem judicial escrita, salvo em flagrante, caso em que a autoridade fará ime-
diata comunicação ao Defensor Publico-Geral;
III - ser recolhido a prisão especial ou a sala especial de Estado­Maior, com direito a privacidade e, após
sentença condenatória transitada em julgado, ser recolhido em dependência separada, no estabelecimento em
que tiver de ser cumprida a pena;
IV - usar vestes talares e as insígnias privativas da Defensoria Pública;
V - (VETADO);
VI - ter vista pessoal dos processos fora dos cartórios e secretarias, ressalvadas as vedações legais;
VII – comunicar-se, pessoal e reservadamente, com seus assistidos, ainda quando esses se acharem pre-
sos ou detidos, mesmo incomunicáveis, tendo livre ingresso em estabelecimentos policiais, prisionais e de
internação coletiva, independentemente de prévio agendamento; (Redação dada pela Lei Complementar nº
132, de 2009).
VIII – examinar, em qualquer repartição pública, autos de flagrante, inquéritos e processos, assegurada a
obtenção de cópias e podendo tomar apontamentos; (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
IX - manifestar­se em autos administrativos ou judiciais por meio de cota;
X - requisitar de autoridade pública ou de seus agentes exames, certidões, perícias, vistorias, diligências,
processos, documentos, informações, esclarecimentos e providências necessárias ao exercício de suas atri-
buições;
XI - representar a parte, em feito administrativo ou judicial, independentemente de mandato, ressalvados os
casos para os quais a lei exija poderes especiais;
XII - deixar de patrocinar ação, quando ela for manifestamente incabível ou inconveniente aos interesses
da parte sob seu patrocínio, comunicando o fato ao Defensor Publico-Geral, com as razões de seu proceder;
XIII - ter o mesmo tratamento reservado aos Magistrados e demais titulares dos cargos das funções essen-
ciais à justiça;
XIV - ser ouvido como testemunha, em qualquer processo ou procedimento, em dia, hora e local previamen-
te ajustados com a autoridade competente;
XV - (VETADO).
XVI – ter acesso a qualquer banco de dados de caráter público, bem como a locais que guardem pertinência
com suas atribuições. (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
Parágrafo único. Quando, no curso de investigação policial, houver indício de prática de infração penal por
membro da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios, a autoridade policial, civil ou militar, comu-
nicará imediatamente o fato ao Defensor Publico-Geral, que designará membro da Defensoria Pública para
acompanhar a apuração.

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CAPÍTULO V
DOS DEVERES, DAS PROIBIÇÕES, DOS IMPEDIMENTOS E DA RESPONSABILIDADE FUNCIO-
NAL
SEÇÃO I
DOS DEVERES
Art. 90. São deveres dos membros da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios:
I - residir na localidade onde exercem suas funções;
II - desempenhar, com zelo e presteza, os serviços a seu cargo;
III - representar ao Defensor Publico-Geral sobre as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo;
IV - prestar informações aos órgãos de administração superior da Defensoria Pública do Distrito Federal e
dos Territórios, quando solicitadas;
V - atender ao expediente forense e participar dos atos judiciais, quando for obrigatória a sua presença;
VI - declarar­-se suspeito, ou impedido, nos termos da lei;
VII - interpor os recursos cabíveis para qualquer instância ou Tribunal e promover revisão criminal, sempre
que encontrar fundamentos na lei, jurisprudência ou prova dos autos, remetendo cópia à Corregedoria-Geral.
SEÇÃO II
DAS PROIBIÇÕES
Art. 91. Além das proibições decorrentes do exercício de cargo público, aos membros da Defensoria Pública
do Distrito Federal e dos Territórios é vedado:
I - exercer a advocacia fora das atribuições institucionais;
II - requerer, advogar, ou praticar em Juízo ou fora dele, atos que de qualquer forma colidam com as funções
inerentes ao seu cargo, ou com os preceitos éticos de sua profissão;
III - receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais, em
razão de suas atribuições;
IV - exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, exceto como cotista ou acionista;
V - exercer atividade político­-partidária, enquanto atuar junto à Justiça Eleitoral.
SEÇÃO III
DOS IMPEDIMENTOS
Art. 92. Ao membro da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios é defeso exercer suas funções
em processo ou procedimento:
I - em que seja parte ou, de qualquer forma, interessado;
II - em que haja atuado como representante da parte, perito, Juiz, membro do Ministério Público, Autoridade
Policial, Escrivão de Polícia, Auxiliar de Justiça ou prestado depoimento como testemunha;
III - em que for interessado cônjuge ou companheiro, parente consangüíneo ou afim em linha reta ou cola-
teral, até o terceiro grau;
IV - no qual haja postulado como advogado de qualquer das pessoas mencionadas no inciso anterior;
V - em que qualquer das pessoas mencionadas no inciso III funcione ou haja funcionado como Magistrado,
membro do Ministério Público, Autoridade Policial, Escrivão de Polícia ou Auxiliar de Justiça;
VI - em que houver dado à parte contrária parecer verbal ou escrito sobre o objeto da demanda;
VII - em outras hipóteses previstas em lei.

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Art. 93. Os membros da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios não podem participar de
comissão, banca de concurso, ou de qualquer decisão, quando o julgamento ou votação disser respeito a seu
cônjuge ou companheiro, ou parente consangüíneo ou afim em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.
SEÇÃO IV
DA RESPONSABILIDADE FUNCIONAL
Art. 94. A atividade funcional dos membros da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios está
sujeita a:
I - correição ordinária, realizada anualmente pelo Corregedor-Geral e por seus auxiliares, para verificar a
regularidade e eficiência dos serviços;
II - correição extraordinária, realizada pelo Corregedor-Geral e por seus auxiliares, de ofício ou por determi-
nação do Defensor Publico-Geral.
§ 1º Cabe ao Corregedor-Geral, concluída a correição, apresentar ao Defensor Publico-Geral relatório dos
fatos apurados e das providências a serem adotadas.
§ 2º Qualquer pessoa pode representar ao Corregedor-Geral sobre os abusos, erros ou omissões dos mem-
bros da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios.
Art. 95. Constituem infrações disciplinares, além de outras definidas em lei, a violação dos deveres funcio-
nais e vedações contidas nesta Lei Complementar, bem como a prática de crime contra a Administração Pública
ou ato de improbidade administrativa.
§ 1º Os membros da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios são passíveis das seguintes
sanções:
I - advertência;
II - suspensão por até noventa dias;
III - remoção compulsória;
IV - demissão;
V - cassação da aposentadoria.
§ 2º A advertência será aplicada por escrito nos casos de violação aos deveres e das proibições funcionais,
quando o fato não justificar a imposição de pena mais grave.
§ 3º A suspensão será aplicada em caso de reincidência em falta punida com advertência ou quando a infra-
ção dos deveres e das proibições funcionais, pela sua gravidade, justificar a sua imposição.
§ 4º A remoção compulsória será aplicada sempre que a falta praticada, pela sua gravidade e repercussão,
tornar incompatível a permanência do faltoso no órgão de atuação de sua lotação.
§ 5º A pena de demissão será aplicável nas hipóteses previstas em lei, e no caso de reincidência em falta
punida com suspensão ou remoção compulsória.
§ 6º As penas de demissão e cassação da aposentadoria serão aplicadas pelo Presidente da República e
as demais pelo Defensor Publico-Geral, garantida sempre ampla defesa, sendo obrigatório o inquérito adminis-
trativo nos casos de aplicação de remoção compulsória, suspensão, demissão e cassação de aposentadoria.
§ 7º Prescrevem em dois anos, a contar da data em que foram cometidas, as faltas puníveis com advertên-
cia, suspensão e remoção compulsória, aplicando­-se, quanto às demais, os prazos previstos em lei.
Art. 96. A qualquer tempo poderá ser requerida revisão do processo disciplinar, quando se aduzirem fatos
novos ou circunstâncias suscetíveis de provar a inocência do apenado ou de justificar a imposição de pena
mais branda.
§ 1º Poderá requerer a instauração de processo revisional o próprio interessado ou, se falecido ou interdito,
o seu cônjuge ou companheiro, ascendente, descendente ou irmão.
§ 2º Se for procedente a revisão, será tornado sem efeito o ato punitivo ou aplicada a penalidade adequada,
restabelecendo­-se os direito atingidos pela punição, na sua plenitude.

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TÍTULO IV
DAS NORMAS GERAIS PARA A ORGANIZAÇÃO DA DEFENSORIA PÚBLICA DOS ESTADOS
CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO
Art. 97. A Defensoria Pública dos Estados organizar­se­á de acordo com as normas gerais estabelecidas nes-
ta Lei Complementar.
Art. 97-A. À Defensoria Pública do Estado é assegurada autonomia funcional, administrativa e iniciativa para
elaboração de sua proposta orçamentária, dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias,
cabendo-lhe, especialmente: (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
I – abrir concurso público e prover os cargos de suas Carreiras e dos serviços auxiliares; (Incluído pela Lei
Complementar nº 132, de 2009).
II – organizar os serviços auxiliares; (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
III – praticar atos próprios de gestão; (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
IV – compor os seus órgãos de administração superior e de atuação; (Incluído pela Lei Complementar nº
132, de 2009).
V – elaborar suas folhas de pagamento e expedir os competentes demonstrativos; (Incluído pela Lei Com-
plementar nº 132, de 2009).
VI – praticar atos e decidir sobre situação funcional e administrativa do pessoal, ativo e inativo da Carreira,
e dos serviços auxiliares, organizados em quadros próprios; (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
VII – exercer outras competências decorrentes de sua autonomia. (Incluído pela Lei Complementar nº 132,
de 2009).
Art. 97-B. A Defensoria Pública do Estado elaborará sua proposta orçamentária atendendo aos seus princí-
pios, às diretrizes e aos limites definidos na lei de diretrizes orçamentárias, encaminhando-a ao Chefe do Poder
Executivo para consolidação e encaminhamento ao Poder Legislativo. (Incluído pela Lei Complementar nº 132,
de 2009).
§ 1º Se a Defensoria Pública do Estado não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo
estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da
proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os
limites estipulados na forma do caput. (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
§ 2º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os limites esti-
pulados no caput, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fim de consolidação da proposta
orçamentária anual. (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
§ 3º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas que extra-
polem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante
a abertura de créditos suplementares ou especiais. (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
§ 4º Os recursos correspondentes às suas dotações orçamentárias próprias e globais, compreendidos os
créditos suplementares e especiais, ser-lhe-ão entregues, até o dia 20 (vinte) de cada mês, na forma do art. 168
da Constituição Federal. (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
§ 5º As decisões da Defensoria Pública do Estado, fundadas em sua autonomia funcional e administrativa,
obedecidas as formalidades legais, têm eficácia plena e executoriedade imediata, ressalvada a competência
constitucional do Poder Judiciário e do Tribunal de Contas. (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
§ 6º A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da Defensoria Pública do Es-
tado, quanto à legalidade, legitimidade, aplicação de dotações e recursos próprios e renúncia de receitas, será
exercida pelo Poder Legislativo, mediante controle externo e pelo sistema de controle interno estabelecido em
lei. (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
Art. 98. A Defensoria Pública dos Estados compreende:

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I - órgãos de administração superior:
a) a Defensoria Pública-Geral do Estado;
b) a Subdefensoria Pública-Geral do Estado;
c) o Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado;
d) a Corregedoria-Geral da Defensoria Pública do Estado;
II - órgãos de atuação:
a) as Defensorias Públicas do Estado;
b) os Núcleos da Defensoria Pública do Estado;
III - órgãos de execução:
a) os Defensores Públicos do Estado.
IV – órgão auxiliar: Ouvidoria-Geral da Defensoria Pública do Estado. (Incluído pela Lei Complementar nº
132, de 2009).
SEÇÃO I
DO DEFENSOR PUBLICO-GERAL E DO SUBDEFENSOR PUBLICO-GERAL DO ESTADO
Art. 99. A Defensoria Pública do Estado tem por chefe o Defensor Públicoas sessões deverão ser públicas,
salvo nas hipóteses legais de sigilo, e realizadas, no mínimo, bimestralmente, podendo ser convocada por qual-
quer conselheiro, caso não realizada dentro desse prazo. (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
SEÇÃO III
DA CORREGEDORIA-GERAL DA DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO
Art. 103. A Corregedoria-Geral é órgão de fiscalização da atividade funcional e da conduta dos membros e
dos servidores da Instituição.
Art. 104. A Corregedoria-Geral é exercida pelo Corregedor-Geral indicado dentre os integrantes da classe
mais elevada da Carreira, em lista tríplice formada pelo Conselho Superior, e nomeado pelo Defensor Público-
-Geral para mandato de 2 (dois) anos, permitida 1 (uma) recondução. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 132, de 2009).
§ 1º O Corregedor-Geral poderá ser destituído por proposta do Defensor Publico-Geral, pelo voto de dois
terços do Conselho Superior, antes do término do mandato. (Renumerado pela Lei Complementar nº 132, de
2009).
§ 2º A lei estadual poderá criar um ou mais cargos de Subcorregedor, fixando as atribuições e especificando
a forma de designação. (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
Art. 105. À Corregedoria-Geral da Defensoria Pública do Estado compete:
I - realizar correições e inspeções funcionais;
II - sugerir ao Defensor Publico-Geral o afastamento de Defensor Público que esteja sendo submetido a
correição, sindicância ou processo administrativo disciplinar, quando cabível;
III - propor, fundamentadamente, ao Conselho Superior a suspensão do estágio probatório de membro da
Defensoria Pública do Estado;
IV - apresentar ao Defensor Publico-Geral, em janeiro de cada ano, relatório das atividades desenvolvidas
no ano anterior;
V - receber e processar as representações contra os membros da Defensoria Pública do Estado, encaminhado­
as, com parecer, ao Conselho Superior;
VI - propor a instauração de processo disciplinar contra membros da Defensoria Pública do Estado e seus
servidores;
VII - acompanhar o estágio probatório dos membros da Defensoria Pública do Estado;

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VIII - propor a exoneração de membros da Defensoria Pública do Estado que não cumprirem as condições
do estágio probatório.
IX – baixar normas, no limite de suas atribuições, visando à regularidade e ao aperfeiçoamento das ativi-
dades da Defensoria Pública, resguardada a independência funcional de seus membros; (Incluído pela Lei
Complementar nº 132, de 2009).
X – manter atualizados os assentamentos funcionais e os dados estatísticos de atuação dos membros da
Defensoria Pública, para efeito de aferição de merecimento; (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
XI – expedir recomendações aos membros da Defensoria Pública sobre matéria afeta à competência da
Corregedoria-Geral da Defensoria Pública; (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
XII – desempenhar outras atribuições previstas em lei ou no regulamento interno da Defensoria Pública.
(Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
SEÇÃO III-A
(INCLUÍDO PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 132, DE 2009).
DA OUVIDORIA-GERAL DA DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO
Art. 105-A. A Ouvidoria-Geral é órgão auxiliar da Defensoria Pública do Estado, de promoção da qualidade
dos serviços prestados pela Instituição. (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
Parágrafo único. A Ouvidoria-Geral contará com servidores da Defensoria Pública do Estado e com a estru-
tura definida pelo Conselho Superior após proposta do Ouvidor-Geral. (Incluído pela Lei Complementar nº 132,
de 2009).
Art. 105-B. O Ouvidor-Geral será escolhido pelo Conselho Superior, dentre cidadãos de reputação ilibada,
não integrante da Carreira, indicados em lista tríplice formada pela sociedade civil, para mandato de 2 (dois)
anos, permitida 1 (uma) recondução. (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
§ 1º O Conselho Superior editará normas regulamentando a forma de elaboração da lista tríplice. (Incluído
pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
§ 2º O Ouvidor-Geral será nomeado pelo Defensor Público-Geral do Estado. (Incluído pela Lei Complemen-
tar nº 132, de 2009).
§ 3º O cargo de Ouvidor-Geral será exercido em regime de dedicação exclusiva. (Incluído pela Lei Comple-
mentar nº 132, de 2009).
Art. 105-C. À Ouvidoria-Geral compete: (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
I – receber e encaminhar ao Corregedor-Geral representação contra membros e servidores da Defensoria
Pública do Estado, assegurada a defesa preliminar; (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
II – propor aos órgãos de administração superior da Defensoria Pública do Estado medidas e ações que
visem à consecução dos princípios institucionais e ao aperfeiçoamento dos serviços prestados; (Incluído pela
Lei Complementar nº 132, de 2009).
III – elaborar e divulgar relatório semestral de suas atividades, que conterá também as medidas propostas
aos órgãos competentes e a descrição dos resultados obtidos; (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de
2009).
IV – participar, com direito a voz, do Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado; (Incluído pela Lei
Complementar nº 132, de 2009).
V – promover atividades de intercâmbio com a sociedade civil; (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de
2009).
VI – estabelecer meios de comunicação direta entre a Defensoria Pública e a sociedade, para receber
sugestões e reclamações, adotando as providências pertinentes e informando o resultado aos interessados;
(Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009)

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VII – contribuir para a disseminação das formas de participação popular no acompanhamento e na fiscali-
zação da prestação dos serviços realizados pela Defensoria Pública; (Incluído pela Lei Complementar nº 132,
de 2009)
VIII – manter contato permanente com os vários órgãos da Defensoria Pública do Estado, estimulando-os a
atuar em permanente sintonia com os direitos dos usuários; (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
IX – coordenar a realização de pesquisas periódicas e produzir estatísticas referentes ao índice de satisfa-
ção dos usuários, divulgando os resultados. (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
Parágrafo único. As representações podem ser apresentadas por qualquer pessoa, inclusive pelos próprios
membros e servidores da Defensoria Pública do Estado, entidade ou órgão público. (Incluído pela Lei Comple-
mentar nº 132, de 2009).
SEÇÃO IV
DA DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO
Art. 106. A Defensoria Pública do Estado prestará assistência jurídica aos necessitados, em todos os graus
de jurisdição e instâncias administrativas do Estado.
Parágrafo único. À Defensoria Pública do Estado caberá interpor recursos aos Tribunais Superiores, quando
cabíveis.
Art. 106-A. A organização da Defensoria Pública do Estado deve primar pela descentralização, e sua atua-
ção deve incluir atendimento interdisciplinar, bem como a tutela dos interesses individuais, difusos, coletivos e
individuais homogêneos. (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
SEÇÃO V
DOS NÚCLEOS DA DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO
Art. 107. A Defensoria Pública do Estado poderá atuar por intermédio de núcleos ou núcleos especializados,
dando-se prioridade, de todo modo, às regiões com maiores índices de exclusão social e adensamento popu-
lacional. (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
SEÇÃO VI
DOS DEFENSORES PÚBLICOS DOS ESTADOS
Art. 108. Aos membros da Defensoria Pública do Estado incumbe, sem prejuízo de outras atribuições esta-
belecidas pelas Constituições Federal e Estadual, pela Lei Orgânica e por demais diplomas legais, a orientação
jurídica e a defesa dos seus assistidos, no âmbito judicial, extrajudicial e administrativo. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 132, de 2009).
Parágrafo único. São, ainda, atribuições dos Defensores Públicos Estaduais: (Incluído pela Lei Complemen-
tar nº 132, de 2009).
I – atender às partes e aos interessados; (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
II – participar, com direito a voz e voto, dos Conselhos Penitenciários; (Incluído pela Lei Complementar nº
132, de 2009).
III – certificar a autenticidade de cópias de documentos necessários à instrução de processo administrativo
ou judicial, à vista da apresentação dos originais; (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
IV – atuar nos estabelecimentos prisionais, policiais, de internação e naqueles reservados a adolescentes,
visando ao atendimento jurídico permanente dos presos provisórios, sentenciados, internados e adolescentes,
competindo à administração estadual reservar instalações seguras e adequadas aos seus trabalhos, franquear
acesso a todas as dependências do estabelecimento independentemente de prévio agendamento, fornecer
apoio administrativo, prestar todas as informações solicitadas e assegurar o acesso à documentação dos as-
sistidos, aos quais não poderá, sob fundamento algum, negar o direito de entrevista com os membros da De-
fensoria Pública do Estado. (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).

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SEÇÃO VII
DOS ÓRGÃOS AUXILIARES
Art. 109. Cabe à lei estadual disciplinar os órgãos e serviços auxiliares de apoio administrativo, organizando­-
-o em quadro próprio, com cargos que atendam às peculiaridades e às necessidades da administração e das
atividades funcionais da Instituição.
CAPÍTULO II
DA CARREIRA
Art. 110. A Defensoria Pública do Estado é integrada pela carreira de Defensor Público do Estado, composta
das categorias de cargos efetivos necessárias ao cumprimento das suas funções institucionais, na forma a ser
estabelecida na legislação estadual.
Art. 111. O Defensor Público do Estado atuará, na forma do que dispuser a legislação estadual, junto a todos
os Juízos de 1º grau de jurisdição, núcleos, órgãos judiciários de 2º grau de jurisdição, instâncias administrati-
vas e Tribunais Superiores (art. 22, parágrafo único).
SEÇÃO I
DO INGRESSO NA CARREIRA
Art. 112. O ingresso nos cargos iniciais da carreira far­se­á mediante aprovação prévia em concurso público
de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil.
§ 1º Do regulamento do concurso constarão os programas das disciplinas sobre as quais versarão as provas,
bem como outras disposições pertinentes à sua organização e realização.
§ 2º O edital de abertura de inscrições no concurso indicará, obrigatoriamente, o número de cargos vagos
na categoria inicial da carreira.
Art. 112-A. Aos aprovados no concurso deverá ser ministrado curso oficial de preparação à Carreira, objeti-
vando o treinamento específico para o desempenho das funções técnico-jurídicas e noções de outras discipli-
nas necessárias à consecução dos princípios institucionais da Defensoria Pública. (Incluído pela Lei Comple-
mentar nº 132, de 2009).
SEÇÃO II
DA NOMEAÇÃO E DA ESCOLHA DAS VAGAS
Art. 113. O candidato aprovado no concurso público para ingresso na carreira da Defensoria Pública do Esta-
do será nomeado pelo Governador do Estado para cargo inicial da carreira, respeitada a ordem de classificação
e o número de vagas existentes.
Art. 114. O candidato aprovado poderá renunciar à nomeação correspondente à sua classificação, antecipa-
damente ou até o termo final do prazo de posse, caso em que, optando o renunciante, será deslocado para o
último lugar da lista de classificados.
SEÇÃO III
DA PROMOÇÃO
Art. 115. A promoção consiste no acesso imediato dos membros efetivos da Defensoria Pública do Estado
de uma categoria para outra da carreira.
Art. 116. As promoções serão efetivadas por ato do Defensor Publico-Geral do Estado, obedecidos, alterna-
damente, os critérios de antigüidade e merecimento.
§ 1º É facultada a recusa à promoção, sem prejuízo do critério do preenchimento da vaga recusada.
§ 2º A antigüidade será apurada na categoria e determinada pelo tempo de efetivo exercício na mesma.
§ 3º A promoção por merecimento dependerá de lista tríplice para cada vaga, elaborada pelo Conselho Su-
perior, em sessão secreta, com ocupantes do primeiro terço da lista de antigüidade.

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§ 4º Os membros da Defensoria Pública do Estado somente poderão ser promovidos após dois anos de
efetivo exercício na categoria, dispensado o interstício se não houver quem preencha tal requisito, ou se quem
o preencher recusar a promoção.
§ 5º É obrigatória a promoção do Defensor Público que figurar por três vezes consecutivas ou cinco alterna-
das em lista de merecimento, ressalvada a hipótese do art. 117, § 2º.
Art. 117. O Conselho Superior fixará os critérios de ordem objetiva para a aferição de merecimento dos mem-
bros da Instituição, considerando­se, entre outros, a eficiência e a presteza demonstradas no desempenho da
função e a aprovação em cursos de aperfeiçoamento, de natureza jurídica, promovidos pela Instituição, ou por
estabelecimentos de ensino superior, oficialmente reconhecidos.
§ 1º Os cursos de aperfeiçoamento de que trata este artigo compreenderão, necessariamente, as seguintes
atividades:
a) apresentação de trabalho escrito sobre assunto de relevância jurídica;
b) defesa oral do trabalho que tenha sido aceito por banca examinadora.
§ 2º A lei estadual estabelecerá os prazos durante os quais estará impedido de concorrer à promoção por
merecimento o membro da instituição que tiver sofrido imposição de penalidade em processo administrativo
disciplinar.
CAPÍTULO III
DA INAMOVIBILIDADE E DA REMOÇÃO
Art. 118. Os membros da Defensoria Pública do Estado são inamovíveis, salvo se apenados com remoção
compulsória, na forma da lei estadual.
Art. 119. A remoção será feita a pedido ou por permuta, sempre entre membros da mesma categoria da
carreira.
Art. 120. A remoção compulsória somente será aplicada com prévio parecer do Conselho Superior, assegu-
rada ampla defesa em processo administrativo disciplinar.
Art. 121. A remoção a pedido far­se­á mediante requerimento ao Defensor Publico-Geral, nos quinze dias
seguintes à publicação, no Diário Oficial, do aviso de existência de vaga.
Parágrafo único. Findo o prazo fixado neste artigo e, havendo mais de um candidato à remoção, será re-
movido o mais antigo na categoria e, ocorrendo empate, sucessivamente, o mais antigo na carreira, no serviço
público do Estado, no serviço público em geral, o mais idoso e o mais bem classificado no concurso para in-
gresso na Defensoria Pública.
Art. 122. A remoção precederá o preenchimento da vaga por merecimento.
Art. 123. Quando por permuta, a remoção será concedida mediante requerimento dos interessados, respei-
tada a antiguidade dos demais, na forma da lei estadual. (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de
2009)
Parágrafo único. O Defensor Público-Geral dará ampla divulgação aos pedidos de permuta. (Incluído pela
Lei Complementar nº 132, de 2009).
CAPÍTULO IV
DOS DIREITOS, DAS GARANTIAS E DAS PRERROGATIVAS DOS MEMBROS DA DEFENSORIA
PÚBLICA DOS ESTADOS
SEÇÃO I
DA REMUNERAÇÃO
Art. 124. À lei estadual cabe fixar a remuneração dos cargos da carreira do respectivo Estado, observado o
disposto no art. 135 da Constituição Federal.
§ 1º (VETADO).

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§ 2o Os membros das Defensorias Públicas dos Estados têm os direitos assegurados pela legislação da
respectiva unidade da Federação e nesta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei Complementar nº 98, de
1999).
I - revogado; (Redação dada pela Lei Complementar nº 98, de 1999).
II - (VETADO).
III - revogado; (Redação dada pela Lei Complementar nº 98, de 1999).
IV - revogado; (Redação dada pela Lei Complementar nº 98, de 1999).
V - revogado; (Redação dada pela Lei Complementar nº 98, de 1999).
VI - revogado; (Redação dada pela Lei Complementar nº 98, de 1999).
VII - (VETADO);
VIII - revogado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 98, de 1999).
SEÇÃO II
DAS FÉRIAS E DO AFASTAMENTO
Art. 125. As férias dos membros da Defensoria Pública do Estado serão concedidas de acordo com a lei
estadual.
Art. 126. O afastamento para estudo ou missão, no interesse da Defensoria Pública do Estado, será autori-
zado pelo Defensor Publico-Geral.
§ 1º O afastamento de que trata este artigo somente será concedido pelo Defensor Publico-Geral, após es-
tágio probatório e pelo prazo máximo de dois anos.
§ 2º Quando o interesse público o exigir, o afastamento poderá ser interrompido a juízo do Defensor Publi-
co-Geral.
Art. 126-A. É assegurado o direito de afastamento para exercício de mandato em entidade de classe de âm-
bito estadual ou nacional, de maior representatividade, sem prejuízo dos vencimentos, vantagens ou qualquer
direito inerente ao cargo. (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
§ 1º O afastamento será concedido ao presidente da entidade de classe e terá duração igual à do mandato,
devendo ser prorrogado no caso de reeleição. (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
§ 2º O afastamento para exercício de mandato será contado como tempo de serviço para todos os efeitos
legais. (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
§ 3º Lei estadual poderá estender o afastamento a outros membros da diretoria eleita da entidade. (Incluído
pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
SEÇÃO III
DAS GARANTIAS E DAS PRERROGATIVAS
Art. 127. São garantias dos membros da Defensoria Pública do Estado, sem prejuízo de outras que a lei
estadual estabelecer:
I - a independência funcional no desempenho de suas atribuições;
II - a inamovibilidade;
III - a irredutibilidade de vencimentos;
IV - a estabilidade.
Art. 128. São prerrogativas dos membros da Defensoria Pública do Estado, dentre outras que a lei local
estabelecer:
I – receber, inclusive quando necessário, mediante entrega dos autos com vista, intimação pessoal em qual-
quer processo e grau de jurisdição ou instância administrativa, contando-se-lhes em dobro todos os prazos;
(Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).

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II - não ser preso, senão por ordem judicial escrita, salvo em flagrante, caso em que a autoridade fará ime-
diata comunicação ao Defensor Publico-Geral;
III - ser recolhido à prisão especial ou à sala especial de Estado­Maior, com direito a privacidade e, após
sentença condenatória transitada em julgado, ser recolhido em dependência separada, no estabelecimento em
que tiver de ser cumprida a pena;
IV - usar vestes talares e as insígnias privativas da Defensoria Pública;
V - (VETADO);
VI – comunicar-se, pessoal e reservadamente, com seus assistidos, ainda quando estes se acharem presos
ou detidos, mesmo incomunicáveis, tendo livre ingresso em estabelecimentos policiais, prisionais e de interna-
ção coletiva, independentemente de prévio agendamento; (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de
2009).
VII - ter vista pessoal dos processos fora dos cartórios e secretarias, ressalvadas as vedações legais;
VIII – examinar, em qualquer repartição pública, autos de flagrantes, inquéritos e processos, assegurada a
obtenção de cópias e podendo tomar apontamentos; (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
IX - manifestar­se em autos administrativos ou judiciais por meio de cota;
X - requisitar de autoridade pública ou de seus agentes exames, certidões, perícias, vistorias, diligências,
processos, documentos, informações, esclarecimentos e providências necessárias ao exercício de suas atri-
buições;
XI - representar a parte, em feito administrativo ou judicial, independentemente de mandato, ressalvados os
casos para os quais a lei exija poderes especiais;
XII - deixar de patrocinar ação, quando ela for manifestamente incabível ou inconveniente aos interesses
da parte sob seu patrocínio, comunicando o fato ao Defensor Publico-Geral, com as razões de seu proceder;
XIII - ter o mesmo tratamento reservado aos Magistrados e demais titulares dos cargos das funções essen-
ciais à justiça;
XIV - ser ouvido como testemunha, em qualquer processo ou procedimento, em dia, hora e local previamen-
te ajustados com a autoridade competente;
XV - (VETADO);
XVI - (VETADO).
Parágrafo único. Quando, no curso de investigação policial, houver indício de prática de infração penal por
membro da Defensoria Pública do Estado, a autoridade policial, civil ou militar, comunicará imediatamente o
fato ao Defensor Publico-Geral, que designará membro da Defensoria Pública para acompanhar a apuração.
CAPÍTULO V
DOS DEVERES, DAS PROIBIÇÕES, DOS IMPEDIMENTOS E DA RESPONSABILIDADE FUNCIO-
NAL
SEÇÃO I
DOS DEVERES
Art. 129. São deveres dos membros da Defensoria Pública dos Estados:
I - residir na localidade onde exercem suas funções, na forma do que dispuser a lei estadual;
II - desempenhar com zelo e presteza, dentro dos prazos, os serviços a seu cargo e os que, na forma da lei,
lhes sejam atribuídos pelo Defensor Publico-Geral;
III - representar ao Defensor Publico-Geral sobre as irregularidades de que tiver ciência, em razão do cargo;
IV - prestar informações aos órgãos de administração superior da Defensoria Pública do Estado, quando
solicitadas;
V - atender ao expediente forense e participar dos atos judiciais, quando for obrigatória a sua presença;

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VI - declarar­se suspeito ou impedido, nos termos da lei;
VII - interpor os recursos cabíveis para qualquer instância ou Tribunal e promover revisão criminal, sempre
que encontrar fundamentos na lei, jurisprudência ou prova dos autos, remetendo cópia à Corregedoria-Geral.
SEÇÃO II
DAS PROIBIÇÕES
Art. 130. Além das proibições decorrentes do exercício de cargo público, aos membros da Defensoria Públi-
ca dos Estados é vedado:
I - exercer a advocacia fora das atribuições institucionais;
II - requerer, advogar, ou praticar em Juízo ou fora dele, atos que de qualquer forma colidam com as funções
inerentes ao seu cargo, ou com os preceitos éticos de sua profissão;
III - receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais, em
razão de suas atribuições;
IV - exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, exceto como cotista ou acionista;
V - exercer atividade político­partidária, enquanto atuar junto à Justiça Eleitoral.
SEÇÃO III
DOS IMPEDIMENTOS
Art. 131. É defeso ao membro da Defensoria Pública do Estado exercer suas funções em processo ou pro-
cedimento:
I - em que seja parte ou, de qualquer forma, interessado;
II - em que haja atuado como representante da parte, perito, Juiz, membro do Ministério Público, Autoridade
Policial, Escrivão de Polícia, Auxiliar de Justiça ou prestado depoimento como testemunha;
III - em que for interessado cônjuge ou companheiro, parente consangüíneo ou afim em linha reta ou cola-
teral, até o terceiro grau;
IV - no qual haja postulado como advogado de qualquer das pessoas mencionadas no inciso anterior;
V - em que qualquer das pessoas mencionadas no inciso III funcione ou haja funcionado como Magistrado,
membro do Ministério Público, Autoridade Policial, Escrivão de Polícia ou Auxiliar de Justiça;
VI - em que houver dado à parte contrária parecer verbal ou escrito sobre o objeto da demanda;
VII - em outras hipóteses previstas em lei.
Art. 132. Os membros da Defensoria Pública do Estado não podem participar de comissão, banca de con-
curso, ou de qualquer decisão, quando o julgamento ou votação disser respeito a seu cônjuge ou companheiro,
ou parente consangüíneo ou afim em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.
SEÇÃO IV
DA RESPONSABILIDADE FUNCIONAL
Art. 133. A atividade funcional dos membros da Defensoria Pública dos Estados está sujeita a:
I - correição ordinária, realizada anualmente pelo Corregedor-Geral e por seus auxiliares, para verificar a
regularidade e eficiência dos serviços;
II - correição extraordinária, realizada pelo Corregedor-Geral e por seus auxiliares, para verificar a regulari-
dade e eficiência dos serviços.
§ 1º Cabe ao Corregedor-Geral, concluída a correição, apresentar ao Defensor Publico-Geral relatório dos
fatos apurados e das providências a serem adotadas.
§ 2º Qualquer pessoa pode representar ao Corregedor-Geral sobre os abusos, erros ou omissões dos mem-
bros da Defensoria Pública dos Estados.

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Art. 134. A lei estadual estabelecerá as infrações disciplinares, com as respectivas sanções, procedimentos
cabíveis e prazos prescricionais.
§ 1º A lei estadual preverá a pena de remoção compulsória nas hipóteses que estabelecer, e sempre que a
falta praticada, pela sua gravidade e repercussão, tornar incompatível a permanência do faltoso no órgão de
atuação de sua lotação.
§ 2º Caberá ao Defensor Publico-Geral aplicar as penalidades previstas em lei, exceto no caso de demissão
e cassação de aposentadoria, em que será competente para aplicá­las o Governador do Estado.
§ 3º Nenhuma penalidade será aplicada sem que se garanta ampla defesa, sendo obrigatório o inquérito
administrativo nos casos de aplicação de remoção compulsória.
Art. 135. A lei estadual preverá a revisão disciplinar, estabelecendo as hipóteses de cabimento e as pessoas
habilitadas a requerê­la.
Parágrafo único. Procedente a revisão, será tornado sem efeito o ato punitivo ou aplicada a penalidade ade-
quada, restabelecendo­se os direitos atingidos pela punição, na sua plenitude.
TÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 136. Os Defensores Públicos Federais, bem como os do Distrito Federal, estão sujeitos ao regime jurídi-
co desta Lei Complementar e gozam de independência no exercício de suas funções, aplicando-se-lhes, subsi-
diariamente, o instituído pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 132, de 2009).
Art. 137. Aos Defensores Públicos investidos na função até a data da instalação da Assembléia Nacional
Constituinte é assegurado o direito de opção pela carreira, garantida a inamovibilidade e vedado o exercício da
advocacia fora das atribuições constitucionais.
Parágrafo único. (VETADO)
Art. 138. Os atuais cargos de Advogado de Ofício e de Advogado de Ofício Substituto da Justiça Militar e de
Advogado de Ofício da Procuradoria Especial da Marinha, cujos ocupantes tenham sido aprovados em concur-
so público de provas ou de provas e títulos e optem pela carreira, são transformados em cargos de Defensor
Público da União.
§ 1º Os cargos a que se refere este artigo passam a integrar o Quadro Permanente da Defensoria Pública
da União, nos seguintes termos:
I - os cargos de Advogado de Ofício Substituto da Justiça Militar passam a denominar­se Defensor Público
da União de 1ª Categoria;
II - os cargos de Advogado de Ofício da Justiça Militar passam a denominar­se Defensor Público da União de
Categoria Especial;
III - os cargos de Advogado de Ofício da Procuradoria Especial da Marinha passam a denominar­se Defensor
Público da União de 1ª Categoria.
§ 2º Os cargos de Defensor Público cujos ocupantes optarem pela carreira são transformados em cargos
integrantes do Quadro Permanente da Defensoria Pública da União, respeitadas as diferenças existentes entre
eles, de conformidade com o disposto na Lei nº 7.384, de 18 de outubro de 1985, que reestruturou em carreira
a Defensoria de Ofício da Justiça Militar Federal.
§ 3º São estendidos aos inativos os benefícios e vantagens decorrentes da transformação dos cargos pre-
vistos nesta Lei Complementar, nos termos da Constituição Federal, art. 40, § 4º.
§ 4º O disposto neste artigo somente surtirá efeitos financeiros a partir da vigência da lei a que se refere o
parágrafo único do art. 146, observada a existência de prévia dotação orçamentária.
Art. 139. É assegurado aos ocupantes de cargos efetivos de assistente jurídico, lotados no Centro de Assis-
tência Judiciária da Procuradoria­Geral do Distrito Federal, o ingresso, mediante opção, na carreira de Defensoria
Pública do Distrito Federal e dos Territórios.

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Parágrafo único. Serão estendidos aos inativos em situação idêntica os benefícios e vantagens previstos
nesta Lei Complementar.
Art. 140. Os concursos públicos para preenchimento dos cargos transformados em cargos do Quadro Per-
manente da Defensoria Pública da União, cujo prazo de validade não se tenha expirado, habilitam os aprova-
dos, obedecida a ordem de classificação, a preenchimento das vagas existentes no Quadro Permanente da
Defensoria Pública da União.
Art. 141. As leis estaduais estenderão os benefícios e vantagens decorrentes da aplicação do art. 137 desta
Lei Complementar aos inativos aposentados como titulares dos cargos transformados em cargos do Quadro de
Carreira de Defensor Público.
Art. 142. Os Estados adaptarão a organização de suas Defensorias Públicas aos preceitos desta Lei Com-
plementar, no prazo de cento e oitenta dias.
Art. 143. À Comissão de Concurso incumbe realizar a seleção dos candidatos ao ingresso na Carreira da
Defensoria Pública da União, do Distrito Federal e dos Territórios.
Art. 144. Cabe à lei dispor sobre os órgãos e serviços auxiliares de apoio administrativo, que serão organi-
zados em quadro próprio, composto de cargos que atendam às peculiaridades e às necessidades da adminis-
tração e das atividades funcionais da instituição.
Art. 145. As Defensorias Públicas da União, do Distrito Federal e dos Territórios e dos Estados adotarão
providências no sentido de selecionar, como estagiários, os acadêmicos de Direito que, comprovadamente,
estejam matriculados nos quatro últimos semestres de cursos mantidos por estabelecimentos de ensino oficial-
mente reconhecidos.
§ 1º Os estagiários serão designados pelo Defensor Publico-Geral, pelo período de um ano, podendo este
prazo ser prorrogado por igual período.
§ 2º Os estagiários poderão ser dispensados do estágio, antes de decorrido o prazo de sua duração, nas
seguintes hipóteses:
a) a pedido;
b) por prática de ato que justifique seu desligamento.
§ 3º O tempo de estágio será considerado serviço público relevante e como prática forense.
Art. 146. Os preceitos desta Lei Complementar aplicam­se imediatamente aos membros da Defensoria de
Ofício da Justiça Militar, que continuarão subordinados, administrativamente, ao Superior Tribunal Militar, até a
nomeação e posse do Defensor Publico-Geral da União.
Parágrafo único. Após a aprovação das dotações orçamentárias necessárias para fazer face às despesas
decorrentes desta Lei Complementar, o Poder Executivo enviará projeto de lei dimensionando o Quadro Per-
manente dos agentes das Defensorias Públicas da União, do Distrito Federal e dos Territórios, e de seu pessoal
de apoio.
Art. 147. Ficam criados os cargos, de natureza especial, de Defensor Publico-Geral e de Subdefensor Pu-
blico-Geral da União e de Defensor Publico-Geral e de Subdefensor Publico-Geral do Distrito Federal e dos
Territórios. (Vide Lei Complementar nº 132, de 2009).
Art. 148. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 149. Revogam­-se as disposições em contrário.
Brasília, 12 de janeiro de 1994; 173º da Independência e 106º da República.

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Lei Complementar Estadual nº 9.230, de 7 de fevereiro de 1991, atualizada pela Lei
Complementar nº 13.484, de 19 de julho de 2010, que cria a Defensoria Pública do Esta-
do do Rio Grande do Sul, na forma do art. 121 da Constituição Estadual, e dispõe sobre
sua competência, estrutura e funcionamento, e dá outras providências

LEI COMPLEMENTAR Nº 9.230, DE 06 DE FEVEREIRO DE 1991


Cria a Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul, na forma do art. 121 da Constituição Estadual, e
dispõe sobre sua competência, estrutura e funcionamento, e dá outras providências.
CAPÍTULO I
DA DEFENSORIA PÚBLICA
Art. 1º - A Defensoria Pública é instituição essencial à atuação jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a
orientação jurídica, judicial e extrajudicial e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º,
inciso LXXIV, da Constituição Federal e art. 1º da Lei Complementar nº 80, de 13 de janeiro de 1994. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
Art. 2º - Fica criada a Defensoria Pública do Estado, a qual compete, além de outras atribuições que lhe
forem confiadas, especialmente:
I - promover a conciliação entre as partes, quando conveniente, antes da propositura da ação;
II - atuar na defesa dos interesses do necessitado promovendo, contestando e reconvindo e recorrendo em
ações cíveis;
III - promover ação penal privada e a subsidiária ação penal pública, assim como promover a defesa em
ação penal;
IV - prestar assistência judiciária ao apenado;
V - atuar como Curador Especial, nos casos previsto em lei;
VI - patrocinar os direitos e interesses do consumidor, da criança e do adolescente, do idoso e dos deficien-
tes físicos;
VII - atuar na defesa dos interesses das associações comunitárias cujos associados se enquadrem na con-
dição de necessitados na forma do artigo 5º, inciso LXXIV da Constituição Federal.
CAPÍTULO II
DA ESTRUTURA BÁSICA
Art. 3º - A Defensoria Pública do Estado será integrada pelos seguintes órgãos: (Redação dada pela Lei
Complementar nº 10.194/94)
I - de administração superior: (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
a) a Defensoria Pública-Geral do Estado; (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
b) a Subdefensoria Pública-Geral do Estado; (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
c) o Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado; (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
(Vide Lei Complementar n.º 13.484/10)
d) a Corregedoria-Geral da Defensoria Pública do Estado; (Redação dada pela Lei Complementar nº
10.194/94)
II - de atuação: (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
a) as Defensorias Públicas do Estado; (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
b) os Núcleos da Defensoria Pública do Estado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
III - de execução: (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
a) os defensores públicos. (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)

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CAPÍTULO III
DAS ATRIBUIÇÕES DOS ÓRGÃOS
SEÇÃO I
DA DIREÇÃO SUPERIOR
Art. 4º - O Defensor-Geral da Defensoria Pública, nomeado pelo Governador do Estado, dentre integran-
tes da carreira, maiores de 35 anos, exerce a chefia da Instituição. (Redação dada pela Lei Complementar nº
10.194/94)
Parágrafo único - O Defensor-Geral indicará ao Governador do Estado seu substituto legal, o Subdefensor-
-Geral, dentre os membros da carreira. (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
Art. 5º - Ao Defensor-Geral compete: (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
I - dirigir a Defensoria Pública do Estado, superintender e coordenar suas atividades e orientar-lhe a atuação;
(Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
II - velar pelo cumprimento das finalidades da Instituição; (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
III - integrar, como membro nato, e presidir o Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado; (Redação
dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
IV - baixar o Regimento Interno da Defensoria Pública do Estado; (Redação dada pela Lei Complementar nº
10.194/94)
V - dirimir conflitos de atribuições entre membros da Defensoria Pública do Estado, com recurso para seu
Conselho Superior; (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
VI - proferir decisões nas sindicâncias e processos administrativos disciplinares promovidos pela Corregedo-
ria-Geral da Defensoria Pública; (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
VII - instaurar processo disciplinar contra membros e servidores da Defensoria Pública do Estado; (Redação
dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
VIII - determinar correições extraordinárias; (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
IX - convocar o Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado e dar execução às suas deliberações;
(Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
X - designar membro da Defensoria Pública do Estado para exercício de suas atribuições em órgão de atua-
ção diverso do de sua lotação ou, em caráter excepcional, perante Juízos, Tribunais ou Ofícios diferentes dos
estabelecidos para cada classe; (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
XI - delegar atribuições a autoridade que lhe seja subordinada, na forma da Lei. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 10.194/94)
Parágrafo único - Ao Subdefensor Público-Geral, além da atribuição prevista no parágrafo único do art. 4º
desta Lei Complementar, compete: (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
a) auxiliar o Defensor Público-Geral nos assuntos de interesse da Instituição; (Redação dada pela Lei Com-
plementar nº 10.194/94)
b) desincumbir-se das tarefas e delegações que lhe forem determinadas pelo Defensor Público-Geral. (Re-
dação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
Art. 6º - A Corregedoria-Geral da Defensoria Pública, diretamente subordinada ao Defensor-Geral da Defen-
soria Pública, será exercida por membro da classe final da carreira, indicado em lista sêxtupla, formada pelo
Conselho Superior e nomeado pelo Governador do Estado, para mandato de dois anos. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 10.194/94)
Parágrafo único - O Corregedor-Geral poderá se destituído por proposta do Defensor Público-Geral, pelo
voto de dois terços do Conselho Superior, antes do término do mandato. (Redação dada pela Lei Complemen-
tar nº 10.194/94)
Art. 7º - Ao Corregedor-Geral compete: (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)

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I - realizar correições e inspeções funcionais; (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
II - sugerir ao Defensor Público-Geral o afastamento de Defensor Público que esteja sendo submetido a
correição, sindicância ou processo administrativo disciplinar, quando cabível; (Redação dada pela Lei Comple-
mentar nº 10.194/94)
III - propor, fundamentadamente, ao Conselho Superior a suspensão do estágio probatório de membro da
Defensoria Pública do Estado; (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
IV - apresentar ao Defensor Público-Geral, em janeiro de cada ano, relatório das atividades desenvolvidas
no ano anterior; (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
V - receber e processar as representações contra os membros da Defensoria Pública do Estado, encami-
nhando-as, com parecer, ao Conselho Superior; (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
VI - propor a instauração de processo disciplinar contra membros da Defensoria Pública do Estado e seus
servidores; (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
VII - acompanhar o estágio probatório dos membros da Defensoria Pública do Estado; (Redação dada pela
Lei Complementar nº 10.194/94)
VIII - propor a exoneração de membros da Defensoria Pública do Estado que não cumprirem as condições
do estágio probatório. (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
SEÇÃO II
DOS ÓRGÃOS EXECUTIVOS
Art. 8º - As atribuições da Defensoria Pública do Estado serão exercidas pelos Defensores Públicos, orga-
nizados em carreira e regidos por Estatuto, observado o que dispõe o artigo 134 da Constituição Federal e o
artigo 120 da Constituição do Estado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.725/96)
Art. 9º - A carreira de Defensor Público consta de quatro classes, assim designadas:
I - Defensor Público de classe inicial;
II - Defensor Público de classe intermediária;
III - Defensor Público de classe final;
IV - Defensor Público de classe especial.
Art. 10 - O Estatuto dos Defensores Públicos observará os seguintes princípios:
I - ingresso na carreira, pela classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, organizado e rea-
lizado pela Defensoria Pública do Estado, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil;
II - estabilidade após dois anos no exercício do cargo;
III - irredutibilidade de vencimentos, sujeitos, entretanto, aos impostos gerais, inclusive os de renda e ex-
traordinários;
IV - A promoção consiste no acesso imediato dos membros efetivos da Defensoria Pública do Estado de uma
classe para outra por antigüidade e por merecimento, alternadamente, sendo exigido dois anos de efetivo exer-
cício na classe, dispensado o interstício se não houver quem preencha tal requisito ou se quem o preencher
recusar a promoção. (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
§ 1º - A antigüidade será apurada na classe e determinada pelo tempo de efetivo exercício na mesma. (In-
cluído pela Lei Complementar nº 10.194/94)
§ 2º - A promoção por merecimento dependerá de lista tríplice para cada vaga, elaborada pelo Conselho
Superior, em sessão secreta, com ocupantes do primeiro terço da lista de antigüidade. (Incluído pela Lei Com-
plementar nº 10.194/94)
Art. 11 - Ao Defensor Público estável é garantida a inamobilidade, salvo necessidade de serviço ou por inte-
resse público.
Art. 12 - São prerrogativas dos membros da Defensoria Pública do Estado: (Redação dada pela Lei Comple-
mentar nº 10.194/94)

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I - não ser preso, senão por ordem judicial escrita, salvo em flagrante, caso em que a autoridade fará imedia-
ta comunicação ao Defensor Público-Geral; (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
II - usar vestes talares e as insígnias privativas da Defensoria Pública; (Redação dada pela Lei Complemen-
tar nº 10.194/94)
III - comunicar-se, pessoal e reservadamente, com seus assistidos, ainda quando estes se acharem presos
ou detidos, mesmo incomunicáveis; (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
IV - examinar, em qualquer repartição, autos de flagrante, inquérito e processos; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 10.194/94)
V - deixar de patrocinar ação, quando manifestamente incabível ou inconveniente aos interesses da parte
sob seu patrocínio, comunicando o fato ao Defensor Público-Geral, com as razões de seu proceder; (Redação
dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
VI - ter o mesmo tratamento reservado aos Magistrados e demais titulares de cargos das funções essenciais
à justiça. (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
VII - VETADO (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
VIII - VETADO (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
IX - VETADO (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
X - VETADO (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
XI - VETADO (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
Parágrafo único - Quando, no curso de investigação policial, houver indício de prática de infração penal por
membro da Defensoria Pública do Estado, a autoridade policial, civil ou militar, comunicará, imediatamente, o
fato ao Defensor Público-Geral, que designará membro da Defensoria Pública para acompanhar a apuração.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
Art. 13 - Aos membros da carreira de Defensor Público aplicam-se as seguintes vedações:
I - receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais;
II - exercer a advocacia fora das atribuições institucionais;
III - participar de sociedade comercial, na forma da lei;
IV - exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério.
SEÇÃO III
DO ÓRGÃO COLEGIADO
Art. 14 - Ao Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado compete: (Redação dada pela Lei Comple-
mentar nº 10.194/94)
I - exercer o poder normativo no âmbito da Defensoria Pública do Estado; (Redação dada pela Lei Comple-
mentar nº 10.194/94)
II - opinar, por solicitação do Defensor Público-Geral, sobre matéria pertinente aos princípios que regem a
Defensoria Pública do Estado; (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
III - elaborar lista tríplice destinada à promoção por merecimento; (Redação dada pela Lei Complementar nº
10.194/94)
IV - aprovar a lista de antigüidade dos membros da Defensoria Pública do Estado e decidir sobre as recla-
mações a ela concernentes; (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
V - recomendar ao Defensor Público-Geral a instauração de processo disciplinar contra membros e servido-
res da Defensoria Pública do Estado; (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
VI - decidir acerca da remoção dos integrantes da carreira da Defensoria Pública do Estado; (Redação dada
pela Lei Complementar nº 10.194/94)

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VII - decidir sobre a avaliação do estágio probatório dos membros da Defensoria Pública do Estado, sub-
metendo sua decisão à homologação do Defensor Público-Geral; (Redação dada pela Lei Complementar nº
10.194/94)
VIII - decidir, por voto de dois terços de seus membros, acerca da destituição do Corregedor-Geral; (Reda-
ção dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
IX - deliberar sobre a organização de concurso para ingresso na carreira e designar os representantes da
Defensoria Pública do Estado que integrarão a Comissão de Concurso. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 10.194/94)
X - organizar os concursos para provimento dos cargos da carreira de Defensor Público do Estado e os seus
respectivos regulamentos; (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
XI - recomendar correições extraordinárias; (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
XII - indicar os seis nomes dos membros da classe mais elevada da carreira para que o Governador do Es-
tado nomeie, dentre estes, o Corregedor-Geral. (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
Parágrafo único - As decisões do Conselho Superior serão motivadas e publicadas, salvo as hipóteses legais
de sigilo. (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
Art. 15 - (REVOGADO pela Lei Complementar n.º 13.484/10)
§ 1º - As decisões do Conselho Superior da Defensoria Pública serão tomadas por maioria simples. (Reda-
ção dada pela Lei Complementar nº 10.194/94; parágrafo vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia
Legislativa, conforme DOE nº 156, de 16/08/94)
§ 2º - O mandato, dos membros do Conselho Superior nomeados pelo Governador do Estado é de quatro
anos, facultada a recondução.
§ 3º - O mandato dos membros nomeados do Conselho Superior esgotar-se-á sempre a 30 de julho, ainda
que haja ocorrido retardamento na nomeação ou na posse.
§ 4º - O Defensor Público que for nomeado para vaga de Conselheiro que não terminou mandato, apenas o
completará.
Art. 16 - Os ocupantes do Cargo de Assistente Judiciário de que trata a Lei nº 7.061, de 31 de dezembro
de 1976, passam a integrar, na data da publicação desta Lei, mediante transposição imediata, a carreira da
Defensoria Pública, como Defensores Públicos da classe inicial, podendo optar, no prazo de 30 dias, pela per-
manência no cargo antes titulado.
Parágrafo único - Aplica-se o disposto neste artigo aos Assistentes Judiciários que optaram pelo Cargo de
Assessor, nos termos da Lei nº 7.779, de 10 de janeiro de 1983, que, a data da instalação da Assembléia Na-
cional Constituinte, exerciam as funções de Assistentes Judiciários da Procuradoria-Geral do Estado.
Art. 17 - Os servidores públicos que, a qualquer título, desde a instalação da Assembléia Nacional Consti-
tuinte até a presente data, exerçam atividades próprias de Assistentes Judiciários, permanecerão no exercício
destas atividades, mantida a titularidade do cargo ou função que detêm, sendo-lhes atribuída a remuneração
equivalente a do cargo de Assessor, Classe “R” de que trata a Lei nº 7.779, de 10 de janeiro de 1983.
§ 1º - A remuneração de que trata o “caput” deste artigo é inacumulável com a percepção de vencimentos
do cargo ou função de que são titulares, permitida a opção por um deles, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar
da publicação desta Lei;
§ 2º - Fica assegurado aos servidores de que trata este artigo, o ingresso na carreira de Defensor Público:
I - mediante Concurso Público de Provas e Títulos, observado o disposto no § 1º do art. 47 do Ato das Dis-
posições Constitucionais Transitórias; ou Constituição do Estado;
II - na forma das normas gerais para a organização da Defensoria Pública nos Estados a serem prescritas
por Lei Complementar Federal (Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988, art.
134 e parágrafo único).

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§ 3º - O disposto neste artigo não se aplica aos ocupantes de cargos, funções e empregos de confiança ou
em comissão, nem aos que a Lei declare de livre exoneração nem aos exercentes de Assistência Judiciária por
designação judicial, com base na Lei Federal nº 1.060, de 05 de fevereiro de 1950.
Art. 18 - Enquanto não houver Defensor Público de classe especial a nomeação do Defensor-Geral da De-
fensoria Pública e do Subdefensor-Geral poderá recair em Defensor Público pertencente à última classe provi-
da. (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
Art. 19 - A Procuradoria-Geral da Defensoria Pública poderá celebrar convênios com órgãos e entidades
federais e municipais, para a execução dos seus serviços descentralizados, com vistas a propiciar instalações
junto às populações mais necessitadas.
Art. 20 - Lei disporá sobre os órgãos e serviços auxiliares de apoio administrativo da Defensoria Pública do
Estado organizada em quadro próprio. (Redação dada pela Lei Complementar nº 10.194/94)
Art. 21 - No prazo de 30 (trinta) dias, o Governador do Estado nomeará, dentre os Defensores Públicos, o
Procurador-Geral da Defensoria Pública, desvinculando esse serviço da Procuradoria-Geral do Estado.
Art. 22 - Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 23 - Revogam-se as disposições em contrário.
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 06 de fevereiro de 1991.

Lei Complementar Estadual nº 11.795, de 22 de maio de 2002, atualizada pela Lei Com-
plementar nº 14.130, de 19 de novembro de 2012, que dispõe sobre o Estatuto dos
Defensores Públicos do Estado do Rio Grande do Sul

LEI COMPLEMENTAR Nº 11.795, DE 22 DE MAIO DE 2002


Dispõe sobre o Estatuto dos Defensores Públicos do Estado do Rio Grande do Sul.
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º - Este Estatuto regula a carreira, prerrogativas, garantias, direitos, deveres, proibições e responsabi-
lidades dos membros da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul.
Art. 2º - A Defensoria Pública do Estado é dirigida pelo Defensor Público-Geral do Estado, compondo, ainda,
sua Administração Superior o Subdefensor Público-Geral do Estado, o Conselho Superior da Defensoria Públi-
ca do Estado e o Corregedor-Geral da Defensoria Pública do Estado.
§ 1º - A carreira dos membros da Defensoria Pública do Estado é constituída de quatro classes, assim desig-
nadas: Defensor Público de classe inicial, Defensor Público de classe intermediária, Defensor Público de classe
final e Defensor Público de classe especial.
§ 2º - Os Defensores Públicos de classe especial serão lotados e classificados para atuar junto ao 2º grau
de jurisdição e Tribunais Superiores.
Art. 3º - Aos membros da Defensoria Pública do Estado incumbe a orientação jurídica e a assistência ju-
diciária, integral e gratuita, dos necessitados, assim considerados na forma da lei, incluindo a postulação e a
defesa, em todos os graus e instâncias, dos direitos e interesses individuais e coletivos, além das atribuições
contidas na Lei Orgânica Nacional da Defensoria Pública (Lei Complementar nº 80, de 12 de janeiro de 1994) e
na Lei Complementar Estadual n° 9.230, de 07 de fevereiro de 1991, alterada pela Lei Complementar Estadual
nº 10.194, de 30 de maio de 1994.
Parágrafo único - No exercício de suas atividades os membros da Defensoria Pública do Estado devem:
I - atender e orientar as partes e interessados em locais e horários pré-estabelecidos;
II - postular a concessão da gratuidade de justiça e o patrocínio da Defensoria Pública, mediante comprova-
ção da necessidade do benefício por parte do interessado ao Defensor Público;
III - tentar a conciliação das partes antes de promover a ação quando julgar conveniente;

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IV - comunicar ao Defensor Público-Geral as razões pelas quais deixar de patrocinar ação, por manifesta-
mente incabível ou inconveniente aos interesses da parte assistida, bem como enviar justificativa à Corregedo-
ria-Geral quando entender incabível a interposição de recursos ou revisão criminal;
V - diligenciar as medidas necessárias ao assentamento do registro civil de nascimento, nos termos da Lei
nº 9.534, de 10 de dezembro de 1997;
VI - requerer o arbitramento e o recolhimento ao Fundo de Aparelhamento da Defensoria Pública, instituído
pela Lei n° 10.298, de 16 de novembro de 1994, dos honorários advocatícios, quando devidos;
VII - prestar assistência aos necessitados, assim considerados na forma da lei, que forem encaminhados aos
órgãos de atuação por dirigentes de associações de moradores e de sociedades civis de natureza assistencial,
por detentores de mandato popular, Vereadores, Prefeitos, Deputados, Senadores, bem como por Secretários
de Estado e Municípios, aos quais fornecerão as informações sobre a assistência prestada, quando solicitadas;
VIII - patrocinar defesa dos direitos dos consumidores que se sentirem lesados na aquisição de bens e ser-
viços.
TÍTULO II
DA CARREIRA
CAPÍTULO I
DO CONCURSO PÚBLICO PARA INGRESSO
Art. 4º - Os cargos da classe inicial da carreira de Defensor Público do Estado serão providos por nomeação
do Governador do Estado, mediante concurso público de provas e títulos realizado pela Defensoria Pública do
Estado.
Parágrafo único - É obrigatória a abertura do concurso quando o número de vagas atingir um quinto dos
cargos iniciais da carreira.
Art. 5º - O edital de abertura para ingresso na carreira de Defensor Público do Estado indicará, obrigatoria-
mente, o número de cargos vagos na classe inicial da carreira, os programas sobre os quais versarão as provas,
os critérios para avaliação dos títulos e o prazo para as inscrições, que não poderá ser inferior a 30 (trinta) dias.
§ 1º - O concurso deverá ser divulgado através de aviso publicado pelo menos duas vezes sendo, uma na
íntegra no Diário Oficial do Estado, e outra, por extrato, em jornal diário da capital, de larga circulação.
§ 2º - Não obstante inscrito, e até julgamento final do concurso, qualquer candidato poderá dele ser excluído
se verificado, pela Comissão de Concurso, desentendimento de exigência legal, cabendo pedido de reconside-
ração ao Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado, com efeito suspensivo.
Art. 6º - O Regulamento do Concurso elaborado pelo Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado,
conterá as instruções e requisitos para ingresso na carreira, de conformidade com as disposições constitucio-
nais e legais aplicáveis.
CAPÍTULO II
DA NOMEAÇÃO E DA POSSE
Art. 7º - O Defensor Público-Geral do Estado enviará ao Governador do Estado, lista dos candidatos aprova-
dos para nomeação, observada a ordem de classificação dos candidatos no concurso, contendo tantos nomes
quantos forem as vagas existentes.
Art. 8º - O Defensor Público-Geral do Estado dará posse aos Defensores Públicos nomeados em até 30
(trinta) dias após a publicação do ato de nomeação no Diário Oficial do Estado.
§ 1º - A pedido do interessado, o prazo da posse poderá ser prorrogado por, até mais 30 (trinta) dias, pelo
Defensor Público-Geral do Estado.
§ 2º - A nomeação será tornada sem efeito se a posse não se der dentro dos prazos previstos neste artigo.
Art. 9º - São condições indispensáveis para a posse dos Defensores Públicos nomeados:
I - comprovar aptidão física e psíquica, através de inspeção médica do órgão de perícia oficial do Estado;

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II - comprovar habilitação legal para o exercício da advocacia;
III - apresentar declaração de bens.
Parágrafo único - Em caso de candidato ocupante de cargo incompatível com o exercício da advocacia, a
comprovação de que trata o inciso II deste artigo poderá ser feita no prazo de 60 (sessenta) dias, mediante
apresentação do pedido de inscrição nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil, sob pena de invalidação
da posse.
Art. 10 - No ato de posse, o Defensor Público do Estado prestará o seguinte compromisso: “Prometo servir
ao povo do Estado do Rio Grande do Sul, pela Defensoria Pública, prestando assistência jurídica aos necessi-
tados defendendo os seus direitos e interesses”.
Art. 11 - O candidato aprovado poderá renunciar à nomeação correspondente à sua classificação, antecipa-
damente ou até o termo final do prazo de posse, caso em que, optando o renunciante, será deslocado para o
último lugar da lista de classificados.
Art. 12 - Os membros da Defensoria Pública do Estado são efetivos desde a posse e passam a gozar da
garantia da estabilidade, após três anos de efetivo exercício no cargo e confirmação do estágio probatório, não
podendo ser demitidos senão mediante decisão condenatória, proferida em processo judicial ou administrativo,
em que se lhes assegure ampla defesa.
§ 1º - Aos membros da Defensoria Pública do Estado é assegurada desde a posse a garantia da irredutibili-
dade de vencimentos que, todavia, ficarão sujeitos aos impostos gerais.
§ 2º - Os Defensores Públicos do Estado, uma vez classificados, têm assegurada a garantia da inamovibili-
dade, ressalvada a hipótese de remoção compulsória, nos termos do disposto neste Estatuto.
CAPÍTULO III
DO EXERCÍCIO E DO ESTÁGIO PROBATÓRIO
Art. 13 - O exercício no cargo de Defensor público do Estado, na classe inicial da carreira, dar-se-á no prazo
de até 30 (trinta) dias, contados da data da posse.
Parágrafo único - Será tornada sem efeito a nomeação do Defensor Público do Estado que não entrar em
exercício no prazo estabelecido neste artigo.
Art. 14 - A contar da data de início do exercício no cargo e pelo período de três anos, o Defensor Público do
Estado cumprirá estágio probatório, durante o qual será apurada a conveniência de sua confirmação na carrei-
ra, mediante a verificação dos seguintes requisitos:
I - disciplina;
II - eficiência no desempenho das funções;
III - responsabilidade;
IV - produtividade;
V - assiduidade.
Art. 15 - Ao entrar em exercício, o Defensor Público do Estado iniciará o estágio probatório e poderá, em
sua fase preliminar, ser colocado à disposição da Corregedoria-Geral, a critério do Defensor Público-Geral do
Estado.
§ 1º - O Defensor Público do Estado será lotado nos Núcleos da Defensoria Pública do Estado e classificado
em sede de atuação junto aos Juízos de 1º grau de jurisdição.
§ 2º - O Defensor Público do Estado entrará em período de trânsito de 15 (quinze) dias, antes de iniciar suas
atividades na sede de atuação para a qual for classificado ou designado.
Art. 16 - O Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado avaliará o estágio probatório, elaborando
relatório conclusivo e submetendo sua decisão à homologação do Defensor Público-Geral do Estado.
§ 1º - A Corregedoria-Geral do Estado encaminhará, no prazo de 30 (trinta) dias a contar do término do es-
tágio probatório, relatório ao Conselho Superior da Defensoria Pública, no qual opinará motivadamente pela
confirmação do Defensor Público na carreira, ou em caso contrário, por sua exoneração.

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§ 2º - Quando o relatório concluir pela exoneração, dele terá conhecimento o Defensor Público, que poderá
oferecer alegações no prazo de 10 (dez) dias.
§ 3º - Com ou sem as alegações a que se refere o parágrafo anterior, o Conselho Superior da Defensoria
Pública do Estado, por maioria absoluta de seus membros, confirmará ou não o Defensor Público na carreira,
em decisão fundamentada.
Art. 17 - Se o Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado decidir pela confirmação, o Defensor Pú-
blico-Geral do Estado expedirá o competente ato declaratório.
Parágrafo único - Se o Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado decidir pela exoneração, o De-
fensor Público-Geral do Estado, assim que receber cópia integral da decisão, providenciará no imediato afasta-
mento do Defensor Público, encaminhando expediente ao Governador do Estado para decisão.
Art. 18 - Na apuração da antigüidade dos Defensores Públicos que iniciarem o exercício na mesma data,
será observada como critério de desempate a ordem de classificação no concurso.
CAPÍTULO IV
DA PROMOÇÃO
Art. 19 - As promoções dos membros da Defensoria Pública do Estado far-se-ão de classe para classe, por
antigüidade e por merecimento, alternadamente.
Art. 20 - A antigüidade será apurada na classe e determinada pelo tempo de efetivo exercício na mesma.
§ 1º - Em caso de empate na classificação por antigüidade dentro da mesma classe, será considerado mais
antigo o Defensor Público que contar com maior tempo de serviço na carreira de Defensor Público e, se neces-
sário, sucessivamente, contar com maior tempo de serviço público no Estado, maior tempo de serviço público
em geral, maior idade e melhor classificação no concurso para ingresso na Defensoria Pública do Estado.
§ 2º - Em janeiro de cada ano, o Defensor Público-Geral do Estado mandará publicar, no órgão oficial, a lista
de antigüidade dos membros da Defensoria Pública do Estado em cada classe, a qual conterá, em anos, meses
e dias, o tempo de serviço na classe, na carreira, no serviço público estadual e no serviço público em geral, bem
como aquele computado para efeito de aposentadoria e disponibilidade.
§ 3º - As reclamações contra a lista deverão ser apresentadas no prazo de 10 (dez) dias, contados da res-
pectiva publicação, cabendo ao Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado o seu julgamento.
Art. 21 - A aferição do merecimento, para efeitos de promoção dentro de cada classe, será procedida pelo
Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado, que levará em conta os seguintes critérios de ordem ob-
jetiva, dentre outros a serem por ele fixados:
I - pontualidade, dedicação e presteza no cumprimento de deveres e obrigações funcionais, aquilatados
pelos relatórios de atividades e pelas observações feitas nas correições; a atenção às instruções da Defensoria
Pública-Geral, da Corregedoria-Geral e das Coordenadorias de Núcleo;
II - apresentação de petições e peças processuais em geral, e defesas orais e escritas que demonstrem
pesquisa doutrinária e/ou jurisprudencial;
III - aprovação em cursos de aperfeiçoamento, de natureza jurídica, promovidos pela Defensoria Pública do
Estado ou por estabelecimento de ensino superior oficialmente reconhecido, desde que compreendam, neces-
sariamente, a apresentação ou publicação de trabalho escrito sobre assunto de relevância jurídica e a defesa
oral do trabalho que tenha sido aceito por banca examinadora;
IV - aprovação em concurso público para provimento de cargos de natureza jurídica;
V - exercício do magistério na área jurídica.
Art. 22 - A promoção por merecimento dependerá de lista tríplice para cada vaga, elaborada pelo Conselho
Superior da Defensoria Pública do Estado, em sessão secreta, com ocupantes do primeiro terço da lista de
antigüidade.
§ 1º - Serão incluídos na lista tríplice os nomes dos que obtiverem os votos da maioria absoluta dos votantes,
procedendo-se a tantas votações quantas sejam necessárias para a composição da lista.

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§ 2º - A lista de promoção por merecimento poderá conter menos de 3 (três) nomes, se os remanescentes
da classe com o requisito do interstício forem em número inferior a 3 (três).
§ 3º - Não poderá integrar a lista de promoções por merecimento o Defensor Público que estiver afastado do
exercício de suas funções na Defensoria Pública.
Art. 23 - Os membros da Defensoria Pública do Estado somente poderão ser promovidos após dois anos de
efetivo exercício na classe.
Parágrafo único - O Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado poderá dispensar o prazo de in-
terstício previsto neste artigo se não houver quem preencha tal requisito ou se quem o preencher recusar a
promoção.
Art. 24 - As promoções serão efetivadas por ato do Defensor Público-Geral do Estado, observadas as deli-
berações do Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado.
Art. 25 - Em caso de promoção, por antigüidade ou merecimento, será publicado edital de vacância do cargo
a ser preenchido no Diário Oficial do Estado, e o Defensor Público promovido terá o prazo de 15 (quinze) dias
para manifestar sua recusa à promoção, sem o que será tido como aceitante.
§ 1º - Os membros da Defensoria Pública do Estado poderão manifestar, por escrito, sua recusa permanente
à promoção por antigüidade ou merecimento, que produzirá efeitos até declaração em contrário.
§ 2º - Quando a promoção implicar em transferência de residência, o Defensor Público promovido terá direito
a 15 (quinze) dias de trânsito, prorrogável por mais 15 (quinze), a critério do Defensor Público-Geral do Estado.
Art. 26 - É obrigatória a promoção do Defensor Público que figurar por três vezes consecutivas ou cinco ve-
zes alternadas em lista de merecimento.
Art. 27 - O Defensor Público do Estado a quem tiver sido aplicada penalidade em processo administrativo
disciplinar, estará impedido de concorrer à promoção por merecimento pelo prazo de no prazo de 2 (dois) anos,
a contar do seu cumprimento.
CAPÍTULO V
DA REMOÇÃO
Art. 28 - Ao Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado compete decidir acerca da remoção dos
membros da Defensoria Pública do Estado.
Art. 29 - A remoção é voluntária ou compulsória.
§ 1º - A remoção voluntária será feita por pedido do Defensor Público já classificado ou por permuta entre
membros da mesma classe da carreira. (Redação dada pela Lei Complementar n° 11.988/03)
§ 2º - A remoção a pedido far-se-á mediante requerimento ao Defensor Público-Geral do Estado, no prazo
de 15 (quinze) dias, contado da data em que for publicado na Imprensa Oficial o ato declaratório da vacância,
somente sendo deferido a quem já tenha completado um ano de exercício na Comarca de atuação, excetuan-
do-se os casos de remoção dentro da mesma Comarca, ocasião em que fica dispensado o prazo mínimo de
atuação referido. (Redação dada pela Lei Complementar n° 11.988/03)
§ 3º - O prazo mínimo de permanência poderá ser reduzido em função da conveniência do serviço, ouvido o
Conselho Superior. (Incluído pela Lei Complementar n° 11.988/03)
§ 4° - Findo o prazo fixado no parágrafo anterior e, havendo mais de um candidato à remoção, será removido
o mais antigo na classe e, ocorrendo empate, sucessivamente, o mais antigo na carreira, no serviço público do
Estado, no serviço público em geral, o mais idoso e o melhor classificado no concurso para ingresso na Defen-
soria Pública do Estado. (Renumerado pela Lei Complementar n° 11.988/03)
§ 5º - A remoção por permuta, mediante requerimento dos interessados, dependerá de decisão favorável
do Conselho Superior da Defensoria Pública que apreciará o pedido em função da conveniência do serviço e
da posição ocupada pelos interessados no quadro de antigüidade. (Renumerado pela Lei Complementar n°
11.988/03)
Art. 30 - A remoção precederá o preenchimento da vaga por merecimento

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Art. 31 - No caso de remoção voluntária de uma para outra comarca, o Defensor Público terá direito a 15
(quinze) dias de trânsito.
Art. 32 - A remoção compulsória somente poderá ser aplicada mediante representação motivada do De-
fensor Público-Geral do Estado, com fundamento na conveniência do serviço, ouvido o Conselho Superior da
Defensoria Pública do Estado e assegurada ampla defesa em processo administrativo disciplinar.
CAPÍTULO VI
DA REINTEGRAÇÃO
Art. 33 - A reintegração do Defensor Público demitido, que decorrerá de decisão administrativa ou judicial
transitada em julgado, consiste no seu retorno à carreira da Defensoria Pública do Estado, com ressarcimento
dos vencimentos e vantagens deixados de perceber em razão do afastamento, computado o tempo de serviço
e observadas as seguintes normas:
I - Achando-se ocupado o cargo no qual for reintegrado, o respectivo ocupante passará à disposição do De-
fensor Público-Geral do Estado;
II - Se o cargo estiver extinto, o reintegrado será posto em disponibilidade remunerada ou aproveitado nos
termos desta Lei, facultando-se-lhe a escolha da comarca onde aguardará aproveitamento;
III - O reintegrado será submetido a inspeção médica e, verificando-se sua incapacidade para o exercício do
cargo, será aposentado com as vantagens a que teria direito, se efetivada a reintegração.
CAPÍTULO VII
DA REVERSÃO
Art. 34 - A reversão consiste no retorno à atividade do Defensor Público, aposentado por invalidez, quando
verificada, por junta médica oficial, a insubsistência dos motivos determinantes da aposentadoria.
§ 1º - A reversão far-se-á, a pedido ou de ofício pelo Defensor Público-Geral do Estado, em vaga preenchível
por merecimento, na classe a que pertencia o aposentado.
§ 2º - A reversão dependerá de parecer favorável do Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado e
não se aplicará a interessado com mais de 60 (sessenta) anos.
Art. 35 - O tempo de afastamento, por motivo de aposentadoria, só será computado para efeito de nova
aposentadoria.
Art. 36 - O Defensor Público que tenha obtido sua reversão não poderá ser aposentado novamente sem que
tenham decorridos três anos de exercício, salvo se a aposentadoria for por motivo de saúde.
CAPÍTULO VIII
DO APROVEITAMENTO
Art. 37 - O aproveitamento consiste no retorno ao efetivo exercício do cargo, do Defensor Público colocado
em disponibilidade, em exercício de função gratificada, cargo de provimento em comissão ou função eletiva.
§ 1º - O aproveitamento dar-se-á, obrigatoriamente, na primeira vaga da classe a que pertencer o Defensor
Público.
§ 2º - O aproveitamento terá precedência sobre as demais formas de provimento.
§ 3º - Havendo mais de um concorrente à mesma vaga, terá preferência o Defensor Público que contar com
maior tempo de disponibilidade e, em caso de empate, maior tempo de serviço na carreira da Defensoria Pú-
blica do Estado.
Art. 38 - Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o Defensor Público, cien-
tificado expressamente do ato que o determinar, não tomar posse no prazo pertinente, salvo justo motivo.
Art. 39 - Em caso de extinção de cargo da carreira da Defensoria Pública do Estado, seu titular, se estável,
será colocado em disponibilidade remunerada, aguardando seu aproveitamento na sede que escolher.

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CAPÍTULO IX
DO AFASTAMENTO DO CARGO
Art. 40 - O Defensor Público somente poderá afastar-se do cargo para:
I - exercer cargo eletivo ou a ele concorrer;
II - exercer outro cargo, emprego ou função, na Administração Direta ou Indireta, na forma da lei;
III - estudo ou missão, no interesse da Defensoria Pública do Estado no País ou no exterior, após cumprido o
estágio probatório, com prévia autorização do Defensor Público-Geral do Estado e ouvido o Conselho Superior
da Defensoria Pública, pelo prazo máximo de dois anos.
§ 1º - O Defensor Público afastado do cargo, nos casos do inciso I, primeira parte, e II, perderá a sua classi-
ficação, e somente será promovido por antigüidade.
§ 2º - A vaga resultante será provida na forma deste Estatuto.
Art. 41 - A promoção por antigüidade, nos termos do artigo anterior, não prejudicará o provimento, pelo mes-
mo critério, da vaga ocorrida.
Parágrafo único - Se aquele que sucede na antigüidade o Defensor Público afastado do cargo for o próximo
a ser promovido por merecimento, a vaga resultante poderá ser provida por este critério, observada a disposi-
ção contida no art. 19 deste Estatuto.
CAPÍTULO X
DA VACÂNCIA
Art. 42 - A vacância de cargos da carreira da Defensoria Pública poderá ocorrer em razão de:
I - aposentadoria;
II - demissão;
III - promoção;
IV - remoção;
V - exoneração, a pedido ou de ofício;
VI - falecimento.
Art. 43 - Verificada a existência de vaga na classe, o Defensor Público-Geral do Estado expedirá, em até 60
(sessenta) dias edital para preenchimento do cargo, nos termos do artigo 121, parágrafo único da Lei Orgânica
Nacional da Defensoria Pública nº 80, de 12 de janeiro de 1994.
CAPÍTULO XI
DA APOSENTADORIA
Art. 44 - Os membros da Defensoria Pública serão aposentados:
I - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade;
II - a pedido, quando contarem com o tempo de serviço exigido pela legislação em vigor;
III - a pedido ou compulsoriamente, por invalidez comprovada.
§ 1º - Na hipótese do inciso I, ao completar a idade limite para a permanência no serviço, o Defensor Público
afastar-se-á do exercício, comunicando seu afastamento ao Defensor Público-Geral do Estado, para formaliza-
ção da aposentadoria.
§ 2º - A aposentadoria de que trata o item III será concedida mediante comprovação da incapacidade física
ou mental do membro da Defensoria Pública, e precedida de licença para tratamento de saúde, em período não
superior a 24 (vinte e quatro) meses, salvo se o laudo médico concluir, desde logo, pela incapacidade definitiva
para o exercício do cargo.
Art. 45 - Os proventos da aposentadoria serão integrais quando o Defensor Público for aposentado por:
I - tempo de serviço;

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II - invalidez decorrente de:
a) acidente em serviço;
b) doença adquirida com relação de causa e efeito com as condições inerentes ao serviço;
c) agressão não provocada, sofrida em serviço ou em decorrência dele;
d) lepra, síndrome da imunodeficiência adquirida - AIDS -, neoplasia maligna, Mal de Addison ou de Parkin-
son, paralisia, psicose, neurose, epilepsia, toxicomania, cardiopatia grave, afecções pulmonares, cardiovas-
culares, do sistema nervoso central ou periférico, cegueira, artrite reumatóide, espondiloartrose anquilosante,
pênfigo, nefropatia grave ou, ainda, grave deformidade física superveniente a seu ingresso no serviço público
estadual;
III - por outras causas previstas em lei.
§ 1º - Nos demais casos, os proventos da aposentadoria serão proporcionais ao tempo de serviço
§ 2º - Os proventos da aposentadoria serão revistos, com base em idênticos critérios sempre que se mo-
dificarem os vencimentos e vantagens do Defensor Público da mesma classe, mantida a proporcionalidade
quando ocorrer a hipótese prevista no § 1º.
Art. 46 - Para efeito de aposentadoria, será computado integralmente o tempo de serviço de qualquer natu-
reza, inclusive o militar, prestado à União, ao Estado, a outra unidade da federação ou a Município, e às respec-
tivas organizações autárquicas, empresas públicas e sociedades de economia mista de que sejam controlado-
res, bem como em empresas, instituições, estabelecimentos e outras organizações ou serviços que tenham tido
ou venham a passar ao controle do Estado.
§ 1º - O tempo de serviço prestado em atividade privada será computado para efeito de aposentadoria na
forma do que dispõe a lei.
§ 2º - O tempo de exercício efetivo da advocacia prestado antes da nomeação computar-se-á também para
efeitos de aposentadoria, até o máximo de dez anos, desde que não coincida com qualquer outro tempo de
serviço computável para os efeitos deste Estatuto.
CAPÍTULO XII
DA EXONERAÇÃO
Art. 47 - A exoneração do Defensor Público dar-se-á:
I - a pedido;
II - de ofício, por não satisfazer os requisitos do estágio probatório.
§ 1º - Ao Defensor Público sujeito a processo administrativo ou judicial somente se concederá exoneração,
a pedido, depois de julgado o processo e cumprida a pena disciplinar imposta.
§ 2º - Na hipótese do parágrafo anterior, não sendo decidido o processo administrativo nos prazos da lei, a
exoneração será automática.
CAPÍTULO XIII
DO TEMPO DE SERVIÇO
Art. 48 - A apuração do tempo de serviço, tanto na classe como na carreira, para efeitos de promoção, remo-
ção, aposentadoria e gratificações, será feita em dias convertidos em anos, considerado como ano o período
de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias e como mês o período de 30 (trinta) dias.
Art. 49 - Serão considerados de efetivo exercício, para efeito do artigo anterior, os períodos em que o Defen-
sor Público estiver afastado do serviço em virtude de:
I - férias;
II - licença-prêmio;
III - casamento, até 8 (oito) dias;
IV - luto, até 8 (oito) dias, por falecimento de cônjuge, companheiro, ascendente, descendente, sogros, pa-
drasto, madrasta, enteado, menor sob guarda ou tutela ou irmãos;

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V - exercício de função gratificada ou cargo em comissão;
VI - desempenho de mandato eletivo, inclusive classista;
VII - licenças para tratamento saúde;
VIII - licença à gestante, adotante e à paternidade;
IX - licença por motivo de doença em pessoa da família;
X - convocação para serviço militar, ou outros serviços considerados obrigatórios por lei;
XI - afastamento para estudo ou missão no interesse da Defensoria Pública do Estado;
XII - prestação de concurso ou prova de habilitação para concorrer a cargo público ou de magistério superior
ou secundário;
XIII - licença para concorrer a mandato público eletivo;
XIV - disponibilidade remunerada;
XV - trânsito;
XVI - licença por acidente em serviço;
XVII - licença especial para fins de aposentadoria;
XVIII - outras causas previstas em lei.
Art. 50 - No cômputo do tempo de serviço, para efeitos deste Capítulo, é vedada a acumulação de período
prestado simultaneamente ao serviço público.
TÍTULO III
DOS DIREITOS, DAS GARANTIAS E DAS PRERROGATIVAS
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS
Art. 51 - Aos membros da Defensoria Pública do Estado são assegurados os seguintes direitos, além de
outros conferidos por esta Lei Complementar e pelos artigos 124 e 125 da Lei Orgânica Nacional da Defensoria
Pública nº 80, de 12 de janeiro de 1994:
I - uso da carteira de identidade funcional, expedida pelo Defensor Público-Geral do Estado, valendo como
autorização para porte de arma, mesmo na inatividade;
II - ressarcimento de despesa relativa à contribuição anual à Ordem dos Advogados do Brasil, como órgão
de fiscalização do exercício profissional;
III - sujeição a regime jurídico especial estabelecido na legislação de regência da Defensoria Pública, inclu-
sive neste Estatuto.
Art. 52 - A carteira funcional do membro da Defensoria Pública aposentado por invalidez decorrente de doen-
ça mental, não valerá como licença para porte de arma e a constatação de doença mental posterior à expedi-
ção, implicará o cancelamento da autorização.
CAPÍTULO II
DAS GARANTIAS
Art. 53 - Aos membros da Defensoria Pública do Estado são asseguradas as seguintes garantias:
I - independência funcional no desempenho de suas atribuições;
II - estabilidade, após três anos no exercício do cargo e confirmação no estágio probatório, perdendo-a so-
mente em virtude de decisão condenatória transitada em julgado, proferida em processo judicial ou administra-
tivo, em que se lhes assegure ampla defesa;
III - inamovibilidade, ressalvada a hipótese de remoção compulsória, imposta nos termos deste Estatuto;
IV - irredutibilidade de vencimentos, sujeitos, entretanto, aos impostos gerais.

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CAPÍTULO III
DAS PRERROGATIVAS
Art. 54 - Os membros da Defensoria Pública do Estado gozam das seguintes prerrogativas, além daquelas
asseguradas pela Lei Orgânica Nacional da Defensoria Pública (Lei Complementar nº 80, de 12 de janeiro de
1994):
I - receber o mesmo tratamento jurídico e protocolar dispensado aos membros do Poder Judiciário junto aos
quais oficiem;
II - dispor e utilizar livremente de instalações próprias e condignas, nos prédios dos fóruns nas comarcas em
que atuarem;
III - gozar de inviolabilidade pelas opiniões que externarem ou pelo teor de suas manifestações processuais
ou procedimentos, nos limites de sua independência funcional;
IV - ingressar e transitar livremente:
a) nas salas de sessões de Tribunais, mesmo além dos limites que separam a parte reservada aos magis-
trados;
b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, tabelionatos, ofícios da Justiça e edifícios
dos fóruns;
V - examinar, em qualquer juízo ou Tribunal, autos de processos findos ou em andamento;
VI - examinar, em qualquer repartição policial, autos de flagrante ou inquérito, findos ou em andamento,
podendo copiar peças e tomar apontamentos, inclusive em relação a termos circunstanciados, livros de ocor-
rência e quaisquer registros policiais;
VII - ter assegurado o direito de acesso, retificação e complementação dos dados e informações relativos à
sua pessoa, existentes nos órgãos públicos;
VIII - usar as vestes talares e as insígnias privativas da Defensoria Pública;
IX - comunicar-se, pessoal e reservadamente, com seus assistidos, ainda quando estes se acharem presos
ou detidos, mesmo incomunicáveis;
X - deixar de patrocinar ação, quando manifestamente incabível ou inconveniente aos interesses da parte
sob seu patrocínio, comunicando o fato ao Defensor Público-Geral, com as razões de seu proceder.
§ 1º - Em caso de infração penal imputada a membro da Defensoria Pública do Estado, a autoridade judicial,
policial ou do Ministério Público, tomando dela conhecimento, comunicará o fato ao Defensor Público-Geral do
Estado ou a seu substituto legal, que designará Defensor Público para acompanhar a apuração.
§ 2º - A prisão ou detenção de membro da Defensoria Pública, em qualquer circunstância, será imediata-
mente comunicada ao Defensor Público-Geral, sob pena de responsabilidade de quem não o fizer, e só será
efetuada em quartel ou prisão especial, à disposição das autoridades competentes.
CAPÍTULO IV
DOS VENCIMENTOS
Art. 55 - O subsídio mensal dos membros da Defensoria Pública guardará diferença de 10% (dez por cento)
de uma para outra classe da carreira, a partir do fixado para o Defensor Público de Classe Especial, não poden-
do exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, nos termos do disposto
nos arts. 37, inciso XI; 39, § 4.º; e 135, todos da Constituição Federal, observada a estruturação definida pelo §
1.º do art. 2.º desta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei Complementar n° 13.398/10)
CAPÍTULO V
DAS VANTAGENS PECUNIÁRIAS
Art. 56 - É assegurada aos membros da Defensoria Pública a percepção das seguintes vantagens pecuniá-
rias:
a) avanços;

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b) adicional por tempo de serviço;
c) gratificação por exercício de encargo em comissão especial;
d) gratificação natalina;
e) gratificação de direção, chefia e assessoramento; (Redação dada pela Lei Complementar n.º 14.130/12)
f) gratificações de acumulação e substituição;
g) abono familiar;
h) outras gratificações estabelecidas em lei.
CAPÍTULO VI
DAS VANTAGENS PECUNIÁRIAS EM ESPÉCIE
SEÇÃO I
DOS AVANÇOS
Art. 57 - O Defensor Público terá concedido automaticamente um acréscimo de 5% (cinco por cento), deno-
minado avanço, correspondente a cada qüinqüênio de efetivo exercício no serviço público, calculado na forma
da lei, até o limite de 35% (trinta e cinco por cento), equivalente a 7 (sete) qüinqüênios.
SEÇÃO II
DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO
Art. 58 - O Defensor Público que completar 15 (quinze) anos e 25 (vinte e cinco) anos de serviço público,
passará a perceber, respectivamente, o adicional de 15% (quinze por cento) ou 25% (vinte e cinco por cento)
calculados na forma da lei.
Parágrafo único - A concessão do adicional de 25% (vinte e cinco por cento) fará cessar o de 15% (quinze
por cento), anteriormente concedido.
SEÇÃO III
DA GRATIFICAÇÃO POR EXERCÍCIO DE ENCARGO EM COMISSÃO ESPECIAL
Art. 59 - O Defensor Público que participar de banca de concurso realizado pela Defensoria Pública do
Estado, fora do horário de expediente, perceberá gratificação, em importância igual a 5% (cinco por cento) do
vencimento básico de seu cargo, enquanto perdurar o certame.
SEÇÃO IV
DA GRATIFICAÇÃO NATALINA
Art. 60 - O Defensor Público em efetivo exercício perceberá anualmente uma gratificação natalina, corres-
pondente a sua remuneração integral devida no mês de dezembro.
§ 1º - A gratificação de que trata este artigo corresponderá a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que
fizer jus o Defensor Público, no mês de dezembro, por mês de exercício, considerando-se as frações iguais ou
superiores a 15 (quinze) dias como mês integral.
§ 2º - O pagamento da gratificação natalina será efetuado até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de cada
exercício.
§ 3º - A gratificação natalina é devida ao Defensor Público afastado de suas funções, sem prejuízo da remu-
neração e demais vantagens.
§ 4º - A percepção da gratificação natalina é extensiva ao Defensor Público inativo, devendo seu cálculo
incidir sobre as parcelas que compõem seu provento.

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SEÇÃO V
DA GRATIFICAÇÃO DE DIREÇÃO
Art. 61. Na Defensoria Pública, terão direito à gratificação de direção, chefia e assessoramento, o Defensor
Público-Geral, o Corregedor-Geral, os Subdefensores Públicos Gerais, o Subcorregedor-Geral, o Defensor
Público Chefe de Gabinete, os Defensores PúblicosAssessores, os Defensores Públicos-Corregedores, os
Defensores Públicos Dirigentes de Núcleo Especializado e os Diretores de Defensoria Pública Regional, nos
percentuais a seguir, incidentes sobre o subsídio do respectivo titular: (Redação dada pela Lei Complementar
n.º 14.130/12)
I - o Defensor Público-Geral e o Corregedor-Geral da Defensoria Pública - 25% (vinte e cinco por cento);
(Redação dada pela Lei Complementar n.º 14.130/12)
II - os Subdefensores Públicos-Gerais e o Subcorregedor-Geral da Defensoria Pública - 22% (vinte e dois por
cento); (Redação dada pela Lei Complementar n.º 14.130/12)
III - o Defensor Público Chefe de Gabinete, os Defensores Públicos-Assessores, os Defensores Públicos-
-Corregedores e os Defensores Públicos Dirigentes de Núcleo Especializado - 15% (quinze por cento); e(Reda-
ção dada pela Lei Complementar n.º 14.130/12)
IV - os Diretores de Defensoria Pública Regional, como segue: (Redação dada pela Lei Complementar n.º
14.130/12)
a) 2% (dois por cento) quando houver de 2 (duas) a 4 (quatro) Defensorias Públicas sob sua direção; (Reda-
ção dada pela Lei Complementar n.º 14.130/12)
b) 3% (três por cento) quando houver de 5 (cinco) a 8 (oito) Defensorias Públicas sob sua direção; e(Reda-
ção dada pela Lei Complementar n.º 14.130/12)
c) 4% (quatro por cento) quando houver 9 (nove) ou mais Defensorias Públicas sob sua direção. (Redação
dada pela Lei Complementar n.º 14.130/12)
Parágrafo único. A quantidade de gratificações de direção, chefia e assessoramento de Defensores Públi-
cos-Assessores, de Defensores Públicos-Corregedores e de Defensores Públicos Dirigentes de Núcleo Espe-
cializado será definida em lei. (Redação dada pela Lei Complementar n.º 14.130/12)
SEÇÃO VI
DAS GRATIFICAÇÕES DE ACUMULAÇÃO E DE SUBSTITUIÇÃO
Art. 62 - O Defensor Público que exercer, cumulativamente com o exercício pleno de suas funções, outro
cargo da carreira da Defensoria Pública do Estado, perceberá a gratificação de acumulação, equivalente a 1/3
(um terço) do vencimento básico de seu cargo, na proporção do período exercido.
§ 1º - O Defensor Público que substituir titular em razão de férias e licenças previstas nesse Estatuto, per-
ceberá a gratificação de substituição, equivalente a 1/3 (um terço) do vencimento básico do cargo que vier a
ocupar, na proporção do período exercido.
§ 2º - As gratificações de acumulação ou de substituição só serão devidas em caso de designação por ato
do Defensor Público-Geral do Estado, para período não inferior a 10 (dez) dias.
§ 3º - Não será admitida a concessão simultânea das gratificações previstas neste artigo, salvo uma de
cumulação e uma de substituição.
§ 4.º O Defensor Público que substituir titular em razão do exercício das funções de que trata a alínea “e”
do art. 56 perceberá a gratificação de substituição nos termos do § 1.º deste artigo. (Incluído pela Lei Comple-
mentar n.º 14.130/12)

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SEÇÃO VII
DO ABONO FAMILIAR
Art. 63 - Ao Defensor Público será concedido abono familiar, nos termos estabelecidos na legislação esta-
dual.
CAPÍTULO VII
DAS INDENIZAÇÕES
SEÇÃO I
DA AJUDA DE CUSTO
Art. 64 - Ao Defensor Público removido ou promovido será paga uma ajuda de custo correspondente a um
mês de vencimentos do cargo que deva assumir.
§ 1º - Deverá ser apresentada à Defensoria Pública do Estado, a comprovação da transferência de comarca
no prazo de 60 (sessenta) dias contados do recebimento da ajuda de custo, sob pena de ser tornado sem efeito
seu pagamento, mediante estorno.
§ 2º - Na hipótese em que a remoção ou a promoção não implique mudança na sede de atuação do Defensor
Público removido ou promovido, não será devida ajuda de custo.
§ 3º - A ajuda de custo será paga independentemente de o Defensor Público, haver assumido o novo cargo
e restituída, devidamente corrigida, caso a assunção não se efetive.
SEÇÃO II
DAS DIÁRIAS
Art. 65 - O Defensor Público que se deslocar temporariamente de sua sede em objeto de serviço terá direito
a diárias, destinadas à indenização de alimentação e pousada, a serem antecipadamente pagas pelo órgão
competente, mediante requisição.
§ 1º - A diária será igual a 1/40 (um quarenta avos) dos vencimentos da classe especial da carreira de De-
fensor Público.
§ 2º - Quando se tratar de deslocamento para fora do Estado, o valor da diária corresponderá ao quádruplo
do previsto no parágrafo anterior.
§ 3º - Na hipótese de que, por qualquer motivo, o Defensor Público não se afastar da sede de sua atuação,
deverá restituir as diárias recebidas integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias, bem como deverá no mesmo
prazo devolver as diárias recebidas em excesso, no caso de retornar à sede antes do fim do período previsto
para o afastamento.
Art. 66 - Não serão devidas diárias nas hipóteses de remoção a pedido, nem nas hipóteses em que o deslo-
camento da sede se constituir em exigência permanente do serviço.
SEÇÃO III
DA INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE
Art. 67 - O Defensor Público que realizar despesas com a utilização de meio próprio de locomoção, para
desempenho das atribuições do cargo fora de sua sede de atuação, receberá indenização nos termos previstos
na legislação estadual.
SEÇÃO IV
DO AUXÍLIO FUNERAL
Art. 68 - Será pago auxílio funeral ao cônjuge sobrevivente e, em sua falta, aos herdeiros ou dependentes de
Defensor Público, ainda que aposentado ou em disponibilidade, em importância igual a um mês de vencimento
ou proventos percebidos pelo falecido, na data do óbito.
Art. 69 - O processo de concessão da indenização prevista nesta Seção obedecerá a rito sumário, concluído
no prazo de 48 (quarenta e oito) horas da prova do óbito, subordinando-se o pagamento à apresentação dos
comprovantes das despesas efetuadas com o funeral do Defensor Público.

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Art. 70 - Na hipótese de que o Defensor Público venha a falecer no desempenho de suas funções fora de sua
sede de atuação, inclusive em outro Estado ou no exterior, as despesas efetuadas com o transporte do corpo
serão indenizadas aos seus herdeiros ou dependentes. Seção V
Art. 71 - Para efeitos do disposto neste Capítulo, entende-se por sede a localidade onde o Defensor Público
estiver em exercício, em caráter permanente.
CAPÍTULO VIII
DA PENSÃO
Art. 72 - A pensão por morte, igual à totalidade dos vencimentos ou proventos percebidos pelos membros
em atividade e inativos da Defensoria Pública do Estado, será reajustada na mesma data e proporção em que
aqueles o forem.
CAPÍTULO IX
DAS VANTAGENS NÃO PECUNIÁRIAS
Art. 73 - São asseguradas aos membros da Defensoria Pública do Estado as seguintes vantagens não pe-
cuniárias:
I - férias;
II - licença para tratamento de saúde;
III - licença por doença em pessoa da família;
IV - licença para casamento ou por luto;
V - licenças à gestante e à adotante e licença-paternidade;
VI - licença-prêmio por assiduidade;
VII - licença para tratar de interesses particulares;
VIII - licença para acompanhar o cônjuge ou companheiro;
IX - licença para concorrer a cargo eletivo e exercê-lo;
X - licença para o desempenho de mandato classista;
XI - licença para afastamento para estudo ou missão;
XII - licença especial para fins de aposentadoria;
XIII - licença para assistência ao filho excepcional.
CAPÍTULO X
DAS VANTAGENS NÃO PECUNIÁRIAS EM ESPÉCIE
SEÇÃO I
DAS FÉRIAS
Art. 74 - Os membros da Defensoria Pública do Estado gozarão férias individuais por 30 (trinta) dias em cada
ano, após completarem 01 (um) ano de efetivo exercício na carreira, sendo facultado o gozo de férias em 2
(dois) períodos, não inferiores a 10 (dez) dias consecutivos.
§ 1º - As férias dos Defensores Públicos serão deferidas pelo Defensor Público-Geral do Estado e as deste,
pelo Governador do Estado.
§ 2º - O Defensor Público comunicará ao Defensor Público-Geral do Estado, antes de entrar em férias, o
endereço onde poderá ser encontrado, caso se afaste de seu domicílio, e o retorno ao exercício de suas fun-
ções, comunicando, ainda, a seu substituto e ao CorregedorGeral da Defensoria Pública do Estado a pauta de
audiências, os prazos abertos para os recursos e razões, remetendo-lhes também a relação dos processos a
seu encargo.

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§ 3º - O Defensor Público-Geral do Estado poderá, por necessidade do serviço, interromper as férias de
membro da Defensoria Pública, hipótese em que as férias interrompidas poderão ser gozadas em outra oportu-
nidade, ou ainda serem adicionadas às do exercício seguinte, vedada a acumulação por mais de um período.
§ 4º - Na hipótese de que o Defensor Público venha a ser promovido ou removido durante o gozo de férias,
o prazo para assumir suas novas funções passará a fluir a contar de seu retorno às atividades.
Art. 75 - Será pago ao Defensor Público, por ocasião das férias, independentemente de solicitação, o acrés-
cimo constitucional de 1/3 (um terço) da remuneração do período de férias, pago antecipadamente.
SEÇÃO II
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE
Art. 76 - Será concedida aos membros da Defensoria Pública do Estado licença para tratamento de saúde,
precedida de laudo de inspeção expedido pelo órgão de perícia oficial do Estado.
Parágrafo único - Aplicam-se no que couber as normas da legislação estadual relativa à licença de que trata
este artigo, bem como as normas estabelecidas no que concerne à licença por acidente de serviço.
SEÇÃO III
DA LICENÇA POR DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA
Art. 77 - Será concedida aos membros da Defensoria Pública do Estado licença por doença em pessoa da
família, desde que comprovem ser indispensável sua assistência pessoal ao enfermo, e esta não possa ser
prestada concomitantemente com o exercício de suas funções.
Parágrafo único - Consideram-se pessoas da família para efeitos deste artigo:
I - ascendente;
II - descendente;
III - cônjuge ou companheiro;
IV - irmãos;
V - enteado e colateral consangüíneo, até 2º grau.
Art. 78 - A licença de que trata o artigo anterior será concedida:
I - com a remuneração total, em período até 90 (noventa) dias;
II - com 2/3 (dois terços) da remuneração, no período em que exceder a 90 (noventa) e não ultrapassar 180
(cento e oitenta) dias;
III - com 1/3 (um terço) da remuneração, no período que exceder a 180 (cento e oitenta) e não ultrapassar a
365 (trezentos e sessenta e cinco) dias;
IV - sem remuneração, no período que exceder a 365 (trezentos e sessenta e cinco) até o máximo de 730
(setecentos e trinta) dias.
Parágrafo único - Para os efeitos deste artigo, as licenças, pela mesma moléstia, com intervalos inferiores a
30 (trinta) dias, serão consideradas como prorrogação.
SEÇÃO IV
DAS LICENÇAS PARA CASAMENTO OU POR LUTO
Art. 79 - Será concedida licença para afastamento por oito dias consecutivos, sem prejuízo às demais van-
tagens, ao membro da Defensoria Pública do Estado que:
I - contrair matrimônio;
II - perder, por falecimento, o cônjuge ou companheiro, ascendente, descendente, sogros, irmãos, padrasto,
madrasta, enteado, menor sob sua guarda ou tutela, ou pessoas a eles equiparadas pela legislação previden-
ciária estadual.
Parágrafo único - As licenças de que tratam este artigo independem de requerimento escrito e serão conce-
didas pela Defensoria Pública do Estado à vista da respectiva certidão.

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SEÇÃO V
DA LICENÇA À GESTANTE E À ADOTANTE E DA LICENÇA-PATERNIDADE
Art. 80 - À Defensora Pública gestante será concedida, mediante inspeção médica, licença de 180 (cento e
oitenta) dias, sem prejuízo da remuneração. (Redação dada pela Lei Complementar nº 13.173/09)
Parágrafo único - Salvo prescrição médica em contrário, a licença será concedida a partir do início do 8º
(oitavo) mês da gestação.
Art. 81 -(REVOGADO pela Lei Complementar nº 13.173/09)
Art. 82 - Será concedida à Defensora Pública do Estado adotante licença, a partir da concessão do termo de
guarda ou da adoção, licença para afastamento em período que obedecerá a seguinte proporção em relação
à idade do adotado:
I - de zero a dois anos, 180 (cento e oitenta) dias; (Redação dada pela Lei Complementar nº 13.173/09)
II - de mais de dois até quatro anos, 150 (cento e cinquenta) dias; (Redação dada pela Lei Complementar
nº 13.173/09)
III - de mais de quatro até seis anos, 120 (cento e vinte) dias; e (Redação dada pela Lei Complementar nº
13.173/09)
IV - de mais de seis anos - desde que menor -, 90 (noventa) dias. (Redação dada pela Lei Complementar nº
13.173/09)
Art. 83 - Pelo nascimento ou adoção de filho, o Defensor Público terá direito à licençapaternidade de 15
(quinze) dias consecutivos. (Redação dada pela Lei Complementar nº 13.173/09)
SEÇÃO VI
DA LICENÇA-PRÊMIO POR ASSIDUIDADE
Art. 84 - Será concedida aos membros da Defensoria Pública do Estado, após cada qüinqüênio ininterrupto
de efetivo exercício no serviço público estadual, licença-prêmio por assiduidade, pelo prazo de 03 (três) meses,
com todos os direitos e vantagens de seu cargo efetivo, observadas as disposições da legislação estadual
aplicável.
§ 1º - Os períodos de afastamento legalmente previstos neste Estatuto e na legislação estadual serão consi-
derados como de efetivo exercício para os efeitos da concessão da licença prevista neste artigo.
§ 2º - Nos casos dos afastamentos previstos nos incisos II e III do artigo 73 deste Estatuto, bem como de mo-
léstia devidamente comprovada por atestado médico, até 3 (três) dias por mês, mediante pronta comunicação
à Defensoria Pública do Estado, somente serão computados, como de efetivo exercício, para os efeitos deste
artigo, um período máximo de 4 (quatro) meses, para tratamento de saúde do Defensor Público, de 2 (dois) me-
ses, por motivo de doença em pessoa da família, e de 20 (vinte) dias, no caso de moléstia do Defensor Público,
tudo por qüinqüênio de serviço público prestado ao Estado.
§ 3º - O período de licença-prêmio não gozado contar-se-á em dobro para efeito de aposentadoria, gratifica-
ções e disponibilidade.
§ 4º - O período de licença-prêmio poderá ser gozado integral ou parceladamente em períodos não inferiores
a 30 (trinta) dias, atendendo à conveniência do serviço.
SEÇÃO VII
DA LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES
Art. 85 - Poderá ser concedida ao Defensor Público do Estado que contar com pelo menos 03 (três) anos de
efetivo exercício licença para tratar de interesses particulares, sem vencimentos.
§ 1º - A licença não poderá ultrapassar 24 (vinte e quatro) meses, nem ser repetida antes de 02 (dois) anos
de seu término, podendo o Defensor Público afastado reassumir o exercício do cargo a qualquer tempo, facul-
tado o gozo do tempo restante, desde que não haja prejuízo ao serviço público.
§ 2º - A licença poderá ser negada, quando o afastamento for inconveniente ao interesse do serviço.

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§ 3º - O Defensor Público que requerer o afastamento deverá aguardar em exercício a concessão da licença,
salvo motivo de imperiosa necessidade, a juízo do Defensor Público-Geral do Estado.
Art. 86 - Sempre que a licença for por prazo superior a 06 (seis) meses, o Defensor Público será declarado
em disponibilidade não remunerada, provendo-se na forma deste Estatuto a vaga que ocorrer.
Art. 87 - O período de afastamento do Defensor Público a quem for concedida a licença prevista nesta Seção
não será computável como tempo de serviço para qualquer efeito.
SEÇÃO VIII
DA LICENÇA PARA ACOMPANHAR O CÔNJUGE OU COMPANHEIRO
Art. 88 - Será concedida ao Defensor Público do Estado que contar com pelo menos 03 (três) anos de efetivo
exercício licença, sem vencimentos, para acompanhar o cônjuge, quando este for transferido, independente-
mente de solicitação própria, para fora do Estado ou para Município onde não seja possível exercer o seu cargo.
§ 1º - A licença será concedida mediante pedido do Defensor Público, devidamente instruído, devendo ser
renovada a cada 02 (dois) anos, não podendo ultrapassar 10 (dez) anos.
§ 2º - O período de licença de que trata este artigo não será computável como tempo de serviço para qual-
quer efeito.
§ 3º - Cessado o motivo da licença ou concluído o período desta, sem que tenha sido requerida sua renova-
ção, o Defensor Público deverá reassumir o exercício no prazo máximo de 30 (trinta) dias.
SEÇÃO IX
DA LICENÇA PARA CONCORRER A CARGO ELETIVO E EXERCÊ-LO
Art. 89 - Será concedida ao Defensor Público do Estado licença para concorrer a mandato público eletivo
bem como para exercê-lo, nos termos das disposições da legislação eleitoral e das normas da legislação esta-
dual aplicável aos servidores públicos em geral.
Art. 90 - O Defensor Público do Estado eleito para exercer mandato público federal, estadual ou distrital,
ficará afastado do cargo a partir da posse.
§ 1º - O Defensor Público do Estado investido no mandato de Prefeito Municipal, será afastado do cargo,
desde a posse, sendo-lhe facultado optar por sua remuneração.
§ 2º - O Defensor Público do Estado investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horário,
perceberá as vantagens do seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e não havendo compati-
bilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.
§ 3º - No caso de afastamento do cargo, nas hipóteses previstas neste artigo, o Defensor Público do Estado
continuará contribuindo para o órgão da previdência e assistência do Estado, como se em exercício estivesse,
contando o tempo de serviço para todos os efeitos legais, exceto para a promoção por merecimento.
SEÇÃO X
DA LICENÇA PARA DESEMPENHO DE MANDATO CLASSISTA
Art. 91 - É assegurado ao Defensor Público do Estado o direito à licença para o desempenho de mandato
classista na direção de central sindical, confederação, federação, sindicato, núcleos ou delegacias, associa-
ções de classe ou entidade fiscalizadora da profissão de âmbito estadual ou nacional, com a remuneração do
cargo efetivo.
Parágrafo único - A licença de que trata este artigo será concedida nos termos do disposto na Lei Comple-
mentar n° 10.098, de 3 de fevereiro de 1994, e na Lei n° 9.073, de 15 de maio de 1990.
SEÇÃO XI
DO AFASTAMENTO PARA ESTUDO OU MISSÃO
Art. 92 - Ao Defensor Público que contar com mais de 03 (três) anos de efetivo exercício poderá ser conce-
dida licença, sem prejuízo da remuneração, para afastamento pelo prazo máximo de 02 (dois) anos, para fins
de estudo ou missão, no interesse da Defensoria Pública do Estado, inclusive para freqüentar, no País ou no
exterior, cursos ou seminários de aperfeiçoamento jurídico.

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Parágrafo único - A licença de que trata este artigo será concedida por ato do Defensor Público-Geral do
Estado, ouvido o Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado.
SEÇÃO XII
DA LICENÇA ESPECIAL PARA FINS DE APOSENTADORIA
Art. 93 - Decorridos 30 (trinta) dias da data em que tiver sido protocolado o requerimento da aposentadoria,
o Defensor Público do Estado será considerado em licença especial remunerada, podendo afastar-se do exer-
cício de suas atividades, salvo se antes tiver sido cientificado do indeferimento do pedido.
§ 1º - O pedido de aposentadoria de que trata este artigo somente será considerado após terem sido aver-
bados todos os tempos computáveis para esse fim.
§ 2º - O período de duração desta licença será considerado como tempo de efetivo exercício para todos os
efeitos legais.
SEÇÃO XIII
DA ASSISTÊNCIA AO FILHO EXCEPCIONAL
Art. 94 - O Defensor Público do Estado, pai, mãe ou responsável legal por portador de necessidades espe-
cial, físicas ou mentais, em tratamento, fica autorizado a se afastar do exercício do cargo, quando necessário,
por período de até 50% (cinqüenta por cento) de sua carga de trabalho normal cotidiana, na forma da lei, ob-
servadas as disposições da legislação de regência da Defensoria Pública.
TÍTULO IV
DOS DEVERES, PROIBIÇÕES E IMPEDIMENTOS
CAPÍTULO I
DOS DEVERES
Art. 95 - São deveres dos membros da Defensoria Pública do Estado, além de outros previstos na legislação
de regência da Defensoria Pública e neste Estatuto:
I - residir na localidade onde exercem suas funções, ou excepcionalmente, em outra Comarca, por autoriza-
ção do Defensor Público-Geral do Estado, ouvindo o Conselho Superior da Defensoria Pública;
II - desempenhar com zelo e presteza, dentro dos prazos, os serviços a seu cargo e os que, na forma da lei,
lhes sejam atribuídos pelo Defensor Público-Geral;
III - representar ao Defensor Público-Geral sobre as irregularidades de que tiver ciência, em razão do cargo;
IV - prestar informações aos órgãos de administração superior da Defensoria Pública do Estado, quando
solicitadas;
V - atender ao expediente forense e participar dos atos judiciais, quando for obrigatória a sua presença;
VI - declarar-se suspeito ou impedido, nos termos da lei;
VII - interpor os recursos cabíveis para qualquer instância ou Tribunal e promover revisão criminal, sempre
que encontrar fundamentos na lei, jurisprudência ou prova dos autos, remetendo cópia à Corregedoria-Geral.
CAPÍTULO II
DAS PROIBIÇÕES
Art. 96 - Aplicam-se aos Defensores Públicos do Estado as proibições estabelecidas na Lei Orgânica Nacio-
nal da Defensoria Pública (Lei Complementar nº 80, de 12 de janeiro de 1994), em especial as seguintes:
I - exercer a advocacia fora das atribuições institucionais;
II - requerer, advogar, ou praticar, em Juízo ou fora dele, atos que de qualquer forma colidam com as funções
inerentes ao cargo, ou com os preceitos éticos de sua profissão;
III - receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais;
IV - exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, exceto como cotista ou acionista;

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V - exercer atividade político-partidária, enquanto atuar junto à Justiça Eleitoral;
VI - demais vedações decorrentes do exercício de cargo público, conforme dispuser a lei.
CAPÍTULO III
DOS IMPEDIMENTOS
Art. 97 - Aos Defensores Públicos do Estado é defeso exercer suas funções em processo ou procedimento
em que ocorrerem as hipóteses previstas nos artigos 131 e 132 da Lei Orgânica Nacional da Defensoria Públi-
ca (Lei Complementar nº 80, de 12 de janeiro de 1994), bem como nos demais casos previstos na legislação
processual.
§ 1º - É defeso aos membros da Defensoria Pública do Estado deixar de patrocinar ação, sob invocação de
impedimento não previsto em lei.
§ 2º - Na hipótese em que, por razões de fôro íntimo, o Defensor Público do Estado pretenda deixar de atuar
em processo a seu encargo, deverá dirigir requerimento ao Defensor Público-Geral do Estado, que, ouvido o
Corregedor-Geral, decidirá sobre seu deferimento.
TÍTULO V
DA RESPONSABILIDADE FUNCIONAL
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 98 - Pelo exercício irregular de sua função, o Defensor Público do Estado responde penal, civil e admi-
nistrativamente.
Art. 99 - A responsabilização administrativa de Defensor Público do Estado dar-se-á sempre através de pro-
cedimento promovido pela Defensoria Pública do Estado.
Art. 100 - A atividade do Defensor Público do Estado estará sujeita à inspeção permanente, mediante correi-
ções ordinárias e extraordinárias.
§ 1º - A correição ordinária será feita pelo Corregedor-Geral, em caráter de rotina, para verificar a eficiência
e assiduidade do Defensor Público, bem como a regularidade dos serviços que lhes sejam afetos.
§ 2º - A correição extraordinária será realizada pelo Corregedor-Geral, de ofício ou por determinação do De-
fensor Público-Geral do Estado, sempre que conveniente.
Art. 101 - Concluída a correição, o Corregedor-Geral comunicará ao Defensor PúblicoGeral do Estado, em
expediente reservado, a ocorrência de violação de deveres funcionais acaso verificada, por parte do Defensor
Público, para as providências cabíveis.
Art. 102 - Qualquer pessoa ou autoridade poderá reclamar a apuração de responsabilidade de Defensor
Público do Estado, pessoalmente ou mediante representação escrita dirigida ao Corregedor-Geral.
CAPÍTULO II
DAS INFRAÇÕES DISCIPLINARES
Art. 103 - Constituem infrações disciplinares a violação, pelo Defensor Público do Estado, dos deveres e
vedações funcionais previstos na Lei Complementar nº 10.194, de 30 de maio de 1994, bem como a prática de
crime contra a administração pública ou ato de improbidade administrava.
CAPÍTULO III
DAS SANÇÕES DISCIPLINARES
Art. 104 - São aplicáveis aos Defensores Públicos do Estado as seguintes sanções disciplinares:
I - advertência;
II - suspensão por até 90 (noventa) dias;
III - remoção compulsória;
IV - demissão;

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V - cassação da aposentadoria.
§ 1º - Na aplicação das penas disciplinares, serão consideradas a natureza e a gravidade da infração e os
danos dela resultantes para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes
funcionais.
§ 2º - Serão consideradas circunstâncias agravantes a negligência reiterada para com os deveres, proibi-
ções e impedimentos funcionais, e a reincidência.
§ 3º - Serão consideradas circunstâncias atenuantes a ausência de antecedentes disciplinares, a prestação
de relevantes serviços prestados à Defensoria Pública do Estado, bem como ter sido cometida a infração na
defesa de garantia ou prerrogativa funcional.
§ 4º - Quando se tratar de falta funcional que, por sua natureza e reduzida gravidade, não demande aplica-
ção das penas previstas neste artigo, será o Defensor Público recomendado a abster-se da conduta praticada.
Art. 105 - A pena de advertência será aplicada, por escrito, de forma reservada, nos casos de violação dos
deveres e vedações funcionais, quando o fato não justificar imposição de pena mais grave, incidindo nas se-
guintes hipóteses:
I - negligência no exercício da função;
II - desobediência às determinações e às instruções dos Órgãos da Administração Superior da Defensoria
Pública do Estado;
III - descumprimento injustificado de designações oriundas dos Órgãos da Administração Superior da Defen-
soria Pública do Estado;
IV - inobservância dos deveres inerentes ao cargo, quando o fato não se enquadrar nos incisos anteriores.
Art. 106 - A suspensão será aplicada em caso de reincidência em falta punida com advertência, ou quando
a infração dos deveres e vedações funcionais, pela gravidade, justificar a sua imposição.
§ 1º - A suspensão também será aplicada nas hipóteses de prática, pelo Defensor Público do Estado, de
infração que constitua crime contra a administração pública ou ato de improbidade administrativa, que não im-
plique na perda da função pública.
§ 2º - A suspensão acarretará a perda dos direitos e vantagens decorrentes do exercício do cargo, não po-
dendo ter início durante o período de férias ou de licença.
§ 3º - Quando houver conveniência para o serviço, o Defensor Público-Geral poderá converter a suspensão
em multa, no valor de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento, permanecendo o Defensor Público no
exercício de suas funções.
Art. 107 - A remoção compulsória será aplicada sempre que a infração praticada, pela sua gravidade e reper-
cussão tornar incompatível, a permanência do faltoso no órgão de atuação de sua lotação.
Art. 108 - Aplicar-se-á a pena de demissão nos casos de infração aos deveres e vedações funcionais graves,
tais como:
I - abandono de cargo, pela interrupção injustificada do exercício das funções por mais de 30 (trinta) dias
consecutivos ou 60 (sessenta) dias intercalados durante o ano civil;
II - conduta incompatível com o exercício do cargo;
III - ineficiência comprovada com caráter de habitualidade, no desempenho dos encargos de sua competên-
cia;
IV - reincidência em infração punida com suspensão ou remoção compulsória.
Parágrafo único - A demissão será também aplicada na hipótese de prática, pelo Defensor Público do Esta-
do, de infração que constitua crime contra a administração pública ou ato de improbidade administrativa punível
com a perda da função pública, na forma do disposto na lei penal.
Art. 109 - A cassação da aposentadoria terá lugar se ficar comprovado que o Defensor Público praticou,
quando ainda em exercício do cargo, falta suscetível de determinar demissão.

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Art. 110 - Caracteriza a reincidência, para os efeitos previstos neste Capítulo, com o cometimento pelo De-
fensor Público do Estado, de infração disciplinar após a aplicação de penalidade definitiva por outra infração
administrativa.
Parágrafo único - Na hipótese em que haja transcorridos período igual ou superior a 2 (dois) anos, contados
do cumprimento da penalidade pela infração anterior, a reincidência deixa de operar os efeitos previstos neste
Capítulo.
Art. 111 - Deverão constar do assentamento individual do Defensor Público as penas de advertência, sus-
pensão, remoção compulsória, demissão e cassação de aposentadoria, vedada a publicação, exceto naqueles
casos que a lei exigir.
Art. 112 - Ocorrerá a prescrição:
I - em 2 (dois) anos quando a falta for sujeita às penas de advertência, suspensão e remoção compulsória;
II - em 3 (três) anos nos demais casos.
Parágrafo único - Quando a infração constituir também crime contra a administração pública, a prescrição
regular-se-á pelas disposições da lei penal.
Art. 113 - O curso da prescrição começa a fluir da data em que for cometida a falta e interrompe-se pela
instauração do processo administrativo disciplinar.
Parágrafo único - O curso da prescrição suspende-se, continuando a correr no prazo restante, enquanto não
resolvida em outro processo de qualquer natureza, questão de que dependa o reconhecimento da infração.
Art. 114 - São competentes para aplicar as penas disciplinares:
I - o Governador do Estado, no caso de demissão e cassação da aposentadoria;
II - o Defensor Público-Geral do Estado, nos demais casos.
CAPÍTULO IV
DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR
Art. 115 - Nenhuma sanção será aplicada a Defensor Público sem que seja ele antes ouvido, sendo sempre
motivada a decisão que a impuser, obedecido o devido processo legal, na forma disciplinada neste Capítulo.
SEÇÃO I
DA SINDICÂNCIA
Art. 116 - A Sindicância, sempre de caráter sigiloso, será promovida pela Corregedoria Geral da Defensoria
Pública do Estado nos seguintes casos:
I - para apuração de falta funcional punida com advertência;
II - como preliminar do processo administrativo disciplinar, quando for necessário.
Art. 117 - A Sindicância será instaurada e promovida pelo Corregedor-Geral da Defensoria Pública do Esta-
do, através de despacho motivado, devendo estar concluída no prazo de 60 (sessenta) dias, prorrogável por
igual período, salvo motivo de força maior.
Parágrafo único - No despacho em que determinar abertura de Sindicância, o Corregedor-Geral poderá so-
licitar ao Defensor Público-Geral que designe Defensor Público para procedê-la.
Art. 118 - O Sindicante deverá colher todas as informações necessárias, ouvido o sindicado, as testemunhas
e informantes, se houver, bem como proceder a juntada de quaisquer documentos capazes de esclarecer o
ocorrido.
Parágrafo único - As declarações do sindicado serão consideradas também como meio de defesa.
Art. 119 - Encerrada a fase cognitiva, o Corregedor-Geral determinará diligências que entender cabíveis ou
fará relatório conclusivo, facultando ao sindicado o prazo de 05 (cinco) dias para se pronunciar.
Parágrafo único - Encerrada a Sindicância, o Corregedor-Geral encaminhará os autos ao Defensor Público-
-Geral do Estado, propondo as medidas cabíveis.

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Art. 120 - Ao Defensor Público-Geral do Estado, entendendo suficientemente esclarecidos os fatos, caberá
então a adoção de uma das seguintes medidas:
I - determinar o arquivamento da Sindicância na Corregedoria-Geral, se julgar improcedente a imputação
feita ao sindicado;
II - aplicar a sanção pertinente, caso entenda caracterizada infração;
III - determinar a instauração de processo administrativo disciplinar, nas hipóteses de infração disciplinar que
cuja apuração o exigirem.
Art. 121 - Da decisão proferida pelo Defensor Público-Geral caberá recurso ao Conselho Superior da Defen-
soria Pública, no prazo de 15 (quinze) dias, por uma única vez.
SEÇÃO II
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
Art. 122 - Compete ao Defensor Público-Geral do Estado a instauração de Processo Administrativo Discipli-
nar contra Defensor Público do Estado, por proposição da CorregedoriaGeral ou de ofício, ouvido o Conselho
Superior da Defensoria Pública, na forma do disposto no artigo 14, inciso V, da Lei Complementar n° 9.230, de
07 de fevereiro de 1991, alterada pela Lei Complementar nº 10.194, de 30 de maio de 1994, para a apuração
das faltas punidas com suspensão, remoção compulsória, demissão ou cassação da aposentadoria.
Art. 123 - A portaria de instauração do processo administrativo disciplinar conterá exposição sucinta dos fa-
tos imputados, sua capitulação legal e a indicação dos componentes da Comissão Processante.
Art. 124 - A Comissão Processante a que se refere o artigo anterior será composta pelo Corregedor-Geral
da Defensoria Pública, que a presidirá e por mais 2 (dois) Defensores Públicos de classe igual ou superior à do
indiciado, os quais, quando necessário, poderão ser dispensados do exercício de suas funções na Defensoria
Pública até entrega do relatório.
Art. 125 - A Comissão Processante deverá iniciar seus trabalhos dentro de 05 (cinco) dias a contar de sua
constituição, devendo concluí-los em 60 (sessenta) dias, a partir da citação do indiciado, os quais poderão ser
prorrogados por igual prazo por solicitação do Corregedor Geral da Defensoria Pública, a critério do Defensor
Público-Geral.
Art. 126 - À Comissão Processante serão assegurados todos os meios necessários ao desempenho de suas
funções.
Parágrafo único - Os órgãos estaduais e municipais deverão atender com a máxima presteza as solicitações
da Comissão, inclusive requisição de técnicos e peritos.
Art. 127 - O presidente da Comissão Processante designará dia e hora para a audiência de interrogatório,
determinando a citação do indiciado.
§ 1º - A citação será feita pessoalmente, com a antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas, devendo
o mandado ser acompanhado de cópia da portaria inicial.
§ 2º - Achando-se ausente do lugar em que se encontrar a Comissão Processante, o indiciado será citado
por via postal, em carta registrada com aviso de recebimento, cujo comprovante se juntará ao processo.
§ 3º - Não encontrado o indiciado, e ignorado o seu paradeiro, a citação far-se-á, com o prazo de 15 (quinze)
dias, inserto por 03 (três) vezes no Diário Oficial do Estado.
§ 4º - O prazo a que se refere o parágrafo anterior será contado da publicação do último edital, certificando
o secretário da Comissão Processante a data da publicação e juntando exemplar do Diário Oficial do Estado.
Art. 128 - O indiciado ao mudar de residência, deverá comunicar à Comissão Processante o local onde po-
derá ser encontrado.
Art. 129 - Na audiência de interrogatório, o indiciado indicará seu defensor, e, se não o quiser ou não puder
fazê-lo, o Presidente da Comissão Processante solicitará ao Defensor Público-Geral que designe Defensor
Público para promover sua defesa.
§ 1º - Não comparecendo o indiciado, apesar de regularmente citado, prosseguirá o processo à revelia, com
a presença do defensor constituído ou nomeado na forma deste artigo.

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§ 2º - A qualquer tempo, a Comissão Processante poderá proceder ao interrogatório do indiciado.
§ 3º - O defensor do indiciado não poderá intervir ou influir de qualquer modo no interrogatório.
Art. 130 - O indiciado, ou seu defensor, no prazo de 05 (cinco) dias, contado da audiência designada para o
interrogatório, poderá apresentar defesa prévia, juntar prova documental, requerer diligências e arrolar teste-
munhas, até o máximo de 08 (oito).
Parágrafo único - Será assegurado ao indiciado o direito de participar, pessoalmente ou por seu defensor,
dos atos procedimentais, podendo inclusive, requerer provas, contraditar e reinquirir testemunhas, oferecer
quesitos e indicar assistentes técnicos.
Art. 131 - Findo o prazo do artigo anterior, o Presidente da Comissão Processante, dentro de 48 (quarenta
e oito) horas, designará audiência para inquirição da vítima, se houver, e das testemunhas e informantes arro-
lados.
§ 1º - Se as testemunhas de defesa não forem encontradas, e o indiciado, no prazo de 03 (três) dias, não
indicar outras em substituição, prosseguir-se-á nos demais termos do processo.
§ 2º - No caso de mais de um indiciado, cada um deles será ouvido separadamente, podendo ser promovida
acareação, sempre que divergirem em suas declarações.
Art. 132 - As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo presidente da Comis-
são Processante, devendo apor seus cientes na segunda via, a qual será anexada ao processo.
Parágrafo único - Se a testemunha for servidor público, a expedição do mandado será acompanhada de
requisição ao chefe da repartição onde servir, com a indicação do dia, hora e local em que se procederá à in-
quirição.
Art. 133 - Serão assegurados transporte e diárias:
I - ao Defensor Público e ao servidor convocados para prestarem depoimentos, fora da sede de sua reparti-
ção, na condição de indiciado, informante ou testemunha;
II - aos membros da Comissão Processante e ao secretário da mesma, quando obrigados a se deslocarem
da sede dos trabalhos para a realização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos.
Art. 134 - O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo
por escrito, sendo-lhe, porém, facultada breve consulta a apontamentos.
Art. 135 - Ao ser inquirida uma testemunha, as demais não poderão estar presentes, a fim de evitar-se que
uma ouça o depoimento da outra.
Art. 136 - A testemunha somente poderá eximir-se de depor nos casos previstos na lei penal.
§ 1º - No caso de serem arrolados como testemunhas o Governador do Estado, o Vice Governador do Es-
tado, os Secretários de Estado, o Procurador-Geral do Estado, os Chefes das Casas Civil e Militar, bem como
os Presidentes ou Diretores-Presidente das entidades da Administração Pública Estadual Direta e Indireta, e
as autoridades federais, estaduais ou municipais de níveis hierárquicos a eles assemelhados, o depoimento
será colhido em dia, hora e local previamente ajustado entre o Presidente da comissão e a autoridade arrolada.
§ 2º - No caso em que pessoas estranhas ao serviço público se recusarem a depor perante a Comissão Pro-
cessante, seu Presidente poderá solicitar à autoridade policial competente providências no sentido de serem
elas ouvidas na polícia, encaminhando, para tanto, à autoridade policial solicitada, a matéria reduzida a itens,
sobre o qual devam ser ouvidas.
Art. 137 - Não sendo possível concluir a instrução na mesma audiência, o presidente marcará a continuação
para outra data, intimando o indiciado e as testemunhas e informantes que devam depor.
Art. 138 - Durante o processo, poderá o Presidente, ouvidos os demais membros da Comissão Processante,
ordenar qualquer diligência que seja requerida ou que julgue necessária ao esclarecimento do fato.
Parágrafo único - Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do indiciado, a Comissão proporá ao
Defensor Público-Geral do Estado que ele seja submetido a exame por junta médica, da qual participe, pelo
menos, um médico psiquiatra, preferencialmente do quadro do órgão de perícia oficial do Estado.

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Art. 139 - A Comissão poderá conhecer de acusações novas contra o indiciado ou de denúncia contra outro
Defensor Público do Estado que não figure na portaria.
Parágrafo único - Neste caso, a Comissão Processante representará ao Defensor Público-Geral do Estado,
sobre a necessidade de expedir aditamento à portaria.
Art. 140 - Constará dos autos a folha de serviço do indiciado.
Art. 141 - Encerrada a instrução, o indiciado, dentro de 02 (dois) dias, terá vista dos autos para oferecer
alegações escritas, no prazo de 10 (dez) dias.
Parágrafo único - Havendo mais de um indiciado, os prazos de defesa serão distintos e sucessivos.
Art. 142 - Decorrido o prazo estabelecido no artigo anterior, a Comissão Processante, em 15 (quinze) dias,
remeterá os autos do Processo Administrativo Disciplinar ao Defensor Público-Geral do Estado, com relatório
conclusivo, o qual especificará, se for o caso, as disposições legais transgredidas e as sanções aplicáveis.
Parágrafo único - Se houver divergência entre os membros da Comissão Processante, no relatório deverão
constar as suas razões.
Art. 143 - Ao Defensor Público-Geral, ao receber o processo, caberá então uma das seguintes medidas:
I - julgar improcedente a imputação feita ao Defensor Público, determinando o arquivamento do processo;
II - devolver o processo à Comissão para a realização de diligências que entender indispensáveis à decisão;
III - aplicar ao acusado a penalidade que entender cabível, quando de sua competência;
IV - sendo a sanção cabível a de remoção compulsória, encaminhar ao Conselho Superior da Defensoria
Pública para prévio parecer;
V - sendo a sanção cabível a de demissão ou a de cassação de aposentadoria, encaminhar o processo ao
Governador do Estado.
Parágrafo único - Da decisão proferida caberá recurso ao Conselho Superior da Defensoria Pública do Es-
tado no prazo de 15 (quinze) dias, por única vez.
Art. 144 - Ao determinar a instauração do Procedimento Administrativo Disciplinar ou no curso deste, o
Defensor Público-Geral poderá ordenar o afastamento provisório do indiciado de suas funções, com decisão
fundamentada, desde que necessária a medida para a garantia de regular apuração dos fatos.
§ 1º - O afastamento será determinado pelo prazo de trinta dias, prorrogável, no mínimo, por igual período.
§ 2º - O afastamento dar-se-á sem prejuízo dos direitos e vantagens do indiciado, constituindo medida acau-
telatória, sem caráter de sanção.
Art. 145 - Aplicam-se supletivamente ao procedimento disciplinar de que cuida este Capítulo, no que couber,
as normas da legislação processual penal e as da legislação aplicável aos servidores civis do Estado.
SEÇÃO III
DA REVISÃO E CANCELAMENTO
Art. 146 - Admitir-se-á, a qualquer tempo, a revisão de processo disciplinar de que tenha resultado imposição
de sanção, sempre que forem alegados vícios insanáveis no procedimento ou fatos e provas, ainda não apre-
ciados, que possam justificar nova decisão.
§ 1º - Não constitui fundamento para a revisão a simples alegação de injustiça da penalidade imposta.
§ 2º - Não será admitida a reiteração do pedido de revisão pelo mesmo motivo.
Art. 147 - A revisão poderá ser requerida pelo Defensor Público do Estado punido ou, em caso de sua morte,
desaparecimento ou interdição, pelo cônjuge ou companheiro, filho, pai ou irmão.
Art. 148 - O pedido de revisão, devidamente instruído, inclusive com o rol das testemunhas, será dirigido à
autoridade que impôs a penalidade, a quem caberá decidir sobre sua admissibilidade.
§ 1º - No caso de indeferimento liminar de parte do Defensor Público-Geral do Estado, caberá recurso ou
pedido de reconsideração ao Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado.

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§ 2º - Na hipótese de admissão da revisão, será apensado ao pedido o processo original e o Defensor Públi-
co-Geral do Estado constituirá a respectiva Comissão de Revisão, composta por 3 (três) membros da Defenso-
ria Pública de classe superior ou igual a punido, que não tenham participado do processo disciplinar, a qual, no
prazo improrrogável de 90 (noventa) dias, apresentará relatório ao Conselho Superior da Defensoria Pública.
§ 3º - O Conselho Superior da Defensoria Pública, no prazo de 30 (trinta) dias, se pronunciará, encaminhan-
do o processo ao Defensor Público-Geral do Estado para ser proferida decisão, no prazo de 10 (dez) dias.
Art. 149 - Julgada procedente a revisão, poderá ser cancelada ou modificada a pena imposta ou anulado o
processo.
§ 1º - Procedente a revisão, o requerente será ressarcido dos prejuízos que tiver sofrido e terá restabelecidos
todos os direitos atingidos pela sanção imposta.
§ 2º - Julgada improcedente a revisão, caberá recurso ao Conselho Superior da Defensoria Pública, no prazo
de 15 (quinze) dias, por uma única vez.
§ 3º - Nas hipóteses de pedido de revisão de sanção imposta pelo Governador do Estado, o Defensor Públi-
co-Geral do Estado, ao receber a manifestação do Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado enca-
minhará ao mesmo o processo para decisão.
Art. 150 - O Defensor Público do Estado a que tiver sido aplicada sanção de advertência, poderá requerer ao
Defensor Público-Geral o cancelamento da respectiva nota em seus assentamentos, decorridos 03 (três) anos
de seu cumprimento.
Parágrafo único - O cancelamento será deferido se o procedimento do requerente, no triênio que anteceder
ao pedido, autorizar a convicção de que não reincidirá na falta.
TÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 151 - Nos casos omissos neste Estatuto, aplicar-se-á, no que couber, a Lei Complementar n° 10.098,
de 03 de fevereiro de 1994 (Estatuto e Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Rio
Grande do Sul) e a legislação complementar aplicável.
Art. 152 - As despesas decorrentes da aplicação desta Lei Complementar correrão à conta de dotação or-
çamentária própria.
Art. 153 - Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 22 de maio de 2002.

Lei Complementar Estadual nº 13.484, de 19 de julho de 2010, que regulamenta a com-


posição e a formação do Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado e dá
outras providências

LEI COMPLEMENTAR Nº 13.484, DE 19 DE JULHO DE 2010


Regulamenta a composição e a formação do Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado e dá ou-
tras providências.
A GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.
Faço saber, em cumprimento ao disposto no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que a Assem-
bléia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei seguinte:
Art. 1º - O Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado será composto pelo Defensor Público-Geral,
Subdefensor Público-Geral, Corregedor-Geral e Ouvidor-Geral, como membros natos, e por 6 (seis) Defenso-
res Públicos ativos e estáveis na carreira, a serem eleitos pelo voto direto, plurinominal, obrigatório e secreto de
todos os membros ativos da carreira.
§ 1.º - O Ouvidor-Geral participará do Conselho Superior exclusivamente com direito à voz.

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§ 2.º - O presidente da entidade de classe de maior representatividade dos membros da Defensoria Pública
do Estado terá assento e voz nas reuniões do Conselho Superior.
§ 3.º - Os membros do Conselho Superior são eleitos para mandato de 2 (dois) anos, permitida 1 (uma)
reeleição.
Art. 2.º - O Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado é presidido pelo Defensor Público-Geral, que
terá voto de qualidade, exceto em matéria disciplinar.
Art. 3.º - São elegíveis ao Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado os membros ativos e estáveis
da Defensoria Pública que não estejam afastados da carreira.
Parágrafo único - Para investidura como membro do Conselho Superior, não poderão ocorrer as hipóteses
previstas para perda e suspensão do mandato, conforme disciplinadas por esta Lei Complementar e pelo Re-
gimento Interno do Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado.
Art. 4.º - As eleições serão realizadas em conformidade com resolução editada pelo Conselho Superior da
Defensoria Pública do Estado, observadas as seguintes disposições, além daquelas estabelecidas por esta Lei
Complementar:
I - a Comissão Eleitoral, composta por no mínimo 3 (três) Defensores Públicos e igual número de suplentes,
será escolhida pelo Conselho Superior dentre os membros ativos, estáveis e não afastados, sendo presidida,
dentre estes, pelo Defensor Público mais antigo na carreira;
II - serão considerados candidatos à formação do Conselho Superior os Defensores Públicos elegíveis que
se habilitarem na forma e no prazo previstos na resolução a que alude o “caput” deste artigo;
III - não havendo, em alguma das classes da carreira, candidatos habilitados para formação do Conselho
Superior e para a respectiva suplência, serão considerados elegíveis todos os Defensores Públicos componen-
tes daquela classe;
IV - para fins de organização do pleito, a nominata dos Defensores Públicos candidatos observará a ordem
alfabética, dentro da respectiva classe, na cédula eleitoral ou na urna eletrônica;
V - na votação para formação do Conselho Superior, cada Defensor Público terá direito a até 6 (seis) votos,
dispondo o eleitor de 1 (um) voto para cada uma das classes, e de 2 (dois) votos livres dentre todas as classes,
em candidatos obrigatoriamente distintos, sob pena de nulidade total do voto.
Art. 5.º - Serão considerados eleitos os Defensores Públicos candidatos mais votados, na seguinte ordem:
I – os 2 (dois) Defensores Públicos mais votados no cômputo geral dos votos válidos, independentemente
da classe da carreira a que pertençam;
II – o Defensor Público mais votado de cada uma das classes da carreira, após a apuração dos mais votados
no cômputo geral dos votos, conforme dispõe o inciso I.
§ 1.º - A classe do Defensor Público eleito será considerada tão somente para fins de ingresso no Conselho
Superior da Defensoria Pública do Estado, não havendo perda de mandato em razão de eventual promoção ou
qualquer ato que importe em mudança de classe do Defensor Público Conselheiro.
§ 2.º - Serão considerados membros suplentes do Conselho Superior, a serem convocados para atuarem
nas hipóteses previstas no Regimento Interno do Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado:
I – os 2 (dois) Defensores Públicos mais votados no cômputo geral dos votos válidos, não eleitos conforme
os termos dos incisos I e II do “caput” deste artigo;
II – o Defensor Público mais votado de cada uma das classes da carreira, excluídos os eleitos conforme os
incisos I e II do “caput” deste artigo e os suplentes dos Defensores Públicos Conselheiros mais votados, nos
termos do inciso I, deste parágrafo.
Art. 6.º - O Defensor Público Conselheiro eleito perderá o mandato:
I - quando, durante o seu mandato faltar, injustificadamente, a 3 (três) sessões consecutivas ou a 5 (cinco)
alternadas, independente da natureza da reunião, implicando a imediata assunção do membro suplente à titu-
laridade, respeitado o procedimento disposto no Regimento Interno previsto no “caput” deste artigo;

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II - em decorrência dos afastamentos previstos no art. 49, incisos V, VI, XIV e XVIII, da Lei Complementar n.º
11.795, de 22 de maio de 2002, que dispõe sobre o Estatuto dos Defensores Públicos do Estado do Rio Grande
do Sul, bem como do afastamento para prestação de concurso ou prova de habilitação para concorrer a cargo
público, conforme previsto na primeira parte do inciso XII do art. 49, da referida Lei Complementar;
III - exercer mandatos, cargos ou funções de direção, coordenação e assessoramento na Administração da
Defensoria Pública do Estado ou na entidade de classe de maior representatividade dos Defensores Públicos;
IV - em caso de aposentadoria;
V - em caso de renúncia.
Parágrafo único - As hipóteses de suspensão do mandato e de atuação dos suplentes serão disciplinadas no
Regimento Interno do Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado.
Art. 7.º - Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 8.º - Revogam-se as disposições em contrário, em especial o art. 15 da Lei Complementar n.º 9.230, de
6 de fevereiro de 1991.
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 19 de julho de 2010.

Lei Complementar Estadual nº 10.098, de 3 de fevereiro de 1994, que dispõe sobre o


estatuto e regime jurídico único dos servidores públicos civis do Estado do Rio Grande
do Sul

LEI COMPLEMENTAR Nº 10.098, DE 03 DE FEVEREIRO DE 1994.


Dispõe sobre o estatuto e regime jurídico único dos servidores públicos civis do Estado do Rio Grande do
Sul.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.
Faço saber, em cumprimento ao disposto no artigo 82, inciso IV da Constituição do Estado, que a Assem-
bléia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei seguinte:
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º - Esta lei dispõe sobre o estatuto e o regime jurídico dos servidores públicos civis do Estado do Rio
Grande do Sul, excetuadas as categorias que, por disposição constitucional, devam reger-se por estatuto pró-
prio.
Art. 2º - Para os efeitos desta lei, servidor público é a pessoa legalmente investida em cargo público.
Art. 3º - Cargo público é o criado por lei, em número certo, com denominação própria, consistindo em con-
junto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor, mediante retribuição pecuniária paga pelos
cofres públicos.
Art. 4º - Os cargos públicos estaduais, acessíveis a todos os brasileiros que preencham os requisitos legais
para a investidura, são de provimento efetivo e em comissão.
§ 1º - Os cargos em comissão, de livre nomeação e exoneração, não serão organizados em carreira.
§ 2º - Os cargos em comissão, preferencialmente, e as funções gratificadas, com atribuições definidas de
chefia, assistência e assessoramento, serão exercidos por servidores do quadro permanente, ocupantes de
cargos técnicos ou profissionais, nos casos e condições previstos em lei.
Art. 5º - Os cargos de provimento efetivo serão organizados em carreira, com promoções de grau a grau,
mediante aplicação de critérios alternados de merecimento e antigüidade.
Parágrafo único - Poderão ser criados cargos isolados quando o número não comportar a organização em
carreira.

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Art. 6º - A investidura em cargo público de provimento efetivo dependerá de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos.
Parágrafo único - VETADO
Art. 7º - São requisitos para ingresso no serviço público:
I - possuir a nacionalidade brasileira;
II - estar quite com as obrigações militares e eleitorais;
III - ter idade mínima de dezoito anos;
IV - possuir aptidão física e mental;
V - estar em gozo dos direitos políticos;
VI - ter atendido às condições prescritas para o cargo.
§ 1º - De acordo com as atribuições peculiares do cargo, poderão ser exigidos outros requisitos a serem
estabelecidos em lei.
§ 2º - VETADO
Art. 8º - Precederá sempre, ao ingresso no serviço público estadual, a inspeção médica realizada pelo órgão
de perícia oficial.
§ 1º - Poderão ser exigidos exames suplementares de acordo com a natureza de cada cargo, nos termos da
lei.
§ 2º - Os candidatos julgados temporariamente inaptos poderão requerer nova inspeção médica, no prazo
de 30 (trinta) dias, a contar da data que dela tiverem ciência.
Art. 9º - VETADO
TÍTULO II
DO PROVIMENTO, PROMOÇÃO, VACÂNCIA, REMOÇÃO E REDISTRIBUIÇÃO
CAPÍTULO I
DO PROVIMENTO
Art. 10 - São formas de provimento de cargo público:
I - nomeação;
II - readaptação;
III - reintegração;
IV - reversão;
V - aproveitamento;
VI - recondução.
CAPÍTULO II
DO RECRUTAMENTO E SELEÇÃO
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 11 - O recrutamento é geral e destina-se a selecionar candidatos, através de concurso público para
preenchimento de vagas existentes no quadro de lotação de cargos dos órgãos integrantes da estrutura orga-
nizacional do Estado.

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SEÇÃO II
DO CONCURSO PÚBLICO
Art. 12 - O concurso público tem como objetivo selecionar candidatos à nomeação em cargos de provimento
efetivo, podendo ser de provas ou de provas e títulos, na forma do regulamento.
§ 1º - As condições para a realização do concurso serão fixadas em edital, que será publicado no Diário
Oficial do Estado e em jornal de grande circulação.
§ 2º - VETADO
§ 3º - As provas deverão aferir, com caráter eliminatório, os conhecimentos específicos exigidos para o exer-
cício do cargo.
§ 4º - Serão considerados como títulos somente os cursos ou atividades desempenhadas pelos candidatos,
se tiverem relação direta com as atribuições do cargo pleiteado, sendo que os pontos a eles correspondentes
não poderão somar mais de vinte e cinco por cento do total dos pontos do concurso.
§ 5º - Os componentes da banca examinadora deverão ter qualificação, no mínimo, igual à exigida dos can-
didatos, e sua composição deverá ser publicada no Diário Oficial do Estado.
Art. 13 - O desempate entre candidatos aprovados no concurso em igualdade de condições, obedecerá aos
seguintes critérios:
I - maior nota nas provas de caráter eliminatório, considerando o peso respectivo;
II - maior nota nas provas de caráter classificatório, se houver, prevalecendo a que tiver maior peso;
III - sorteio público, que será divulgado através de edital publicado na imprensa, com antecedência mínima
de 3 (três) dias úteis da sua realização.
Art. 14 - O prazo de validade do concurso será de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado, uma única vez,
por igual período, no interesse da Administração.
Parágrafo único - VETADO
Art. 15 - Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de concorrer nos concursos públicos
para provimento de cargos, cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras.
Parágrafo único - A lei reservará percentual de cargos e definirá critérios de admissão das pessoas nas con-
dições deste artigo.
CAPÍTULO III
DA NOMEAÇÃO
Art. 16 - A nomeação far-se-á:
I - em caráter efetivo, quando se tratar de candidato aprovado em concurso público para provimento em
cargo efetivo de carreira ou isolado;
II - em comissão, quando se tratar de cargo de confiança de livre exoneração.
Parágrafo único - A nomeação em caráter efetivo obedecerá rigorosamente à ordem de classificação dos
aprovados, ressalvada a hipótese de opção do candidato por última chamada.
CAPÍTULO IV
DA LOTAÇÃO
Art. 17 - Lotação é a força de trabalho qualitativa e quantitativa de cargos nos órgãos em que, efetivamente,
devam ter exercício os servidores, observados os limites fixados para cada repartição ou unidade de trabalho.
§ 1º - A indicação do órgão, sempre que possível, observará a relação entre as atribuições do cargo, as ati-
vidades específicas da repartição e as características individuais apresentadas pelo servidor.
§ 2º - Tanto a lotação como a relotação poderão ser efetivadas a pedido ou “ex-officio”, atendendo ao inte-
resse da Administração.

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§ 3º - Nos casos de nomeação para cargos em comissão ou designação para funções gratificadas, a lotação
será compreendida no próprio ato.
CAPÍTULO V
DA POSSE
Art. 18 - Posse é a aceitação expressa do cargo, formalizada com a assinatura do termo no prazo de 15
(quinze) dias, a contar da nomeação, prorrogável por igual período a pedido do interessado.
§ 1º - Quando se tratar de servidor legalmente afastado do exercício do cargo, o prazo para a posse come-
çará a fluir a partir do término do afastamento.
§ 2º - A posse poderá dar-se mediante procuração específica.
§ 3º - No ato da posse, o servidor deverá apresentar declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo,
emprego ou função pública.
Art. 19 - A autoridade a quem couber dar posse verificará, sob pena de responsabilidade, se foram cumpridas
as formalidades legais prescritas para o provimento do cargo.
Art. 20 - Se a posse não se der no prazo referido no artigo 18, será tornada sem efeito a nomeação.
Art. 21 - São competentes para dar posse:
I - o Governador do Estado, aos titulares de cargos de sua imediata confiança;
II - os Secretários de Estado e os dirigentes de órgão diretamente ligados ao chefe do Poder Executivo, aos
seus subordinados hierárquicos.
CAPÍTULO VI
DO EXERCÍCIO
Art. 22 - Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo e dar-se-á no prazo de até 30 (trinta)
dias contados da data da posse.
§ 1º - Será tornada sem efeito a nomeação do servidor que não entrar em exercício no prazo estabelecido
neste artigo.
§ 2º - Compete à chefia imediata da unidade administrativa onde for lotado o servidor, dar-lhe exercício e
providenciar nos elementos necessários à complementação de seus assentamentos individuais.
§ 3º - A readaptação e a recondução, bem como a nomeação em outro cargo, com a conseqüente exonera-
ção do anterior, não interrompem o exercício.
§ 4º - O prazo de que trata este artigo, para os casos de reintegração, reversão e aproveitamento, será con-
tado a partir da publicação do ato no Diário Oficial do Estado.
Art. 23 - O servidor removido ou redistribuído “ex-officio”, que deva ter exercício em outra localidade, terá 15
(quinze) dias para entrar em exercício, incluído neste prazo, o tempo necessário ao deslocamento para a nova
sede.
Parágrafo único - Na hipótese de o servidor encontrar-se afastado do exercício do cargo, o prazo a que se
refere este artigo será contado a partir do término do afastamento.
Art. 24 - A efetividade do servidor será comunicada ao órgão competente mensalmente, por escrito, na forma
do regulamento.
Parágrafo único - A aferição da freqüência do servidor, para todos os efeitos, será apurada através do ponto,
nos termos do regulamento.
Art. 25 - O servidor poderá afastar-se do exercício das atribuições do seu cargo no serviço público estadual,
mediante autorização do Governador, nos seguintes casos:
I - colocação à disposição;
II - estudo ou missão científica, cultural ou artística;
III - estudo ou missão especial de interesse do Estado.

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§ 1º - O servidor somente poderá ser posto à disposição de outros órgãos da administração direta, autar-
quias ou fundações de direito público do Estado, para exercer função de confiança.
§ 2º - O servidor somente poderá ser posto à disposição de outras entidades da administração indireta do
Estado ou de outras esferas governamentais, para o exercício de cargo ou função de confiança.
§ 3º - Do pedido de afastamento do servidor deverá constar expressamente o objeto do mesmo, o prazo de
sua duração e, conforme o caso, se é com ou sem ônus para a origem.
Art. 26 - Salvo nos casos previstos nesta lei, o servidor que interromper o exercício por mais de 30 (trinta)
dias consecutivos será demitido por abandono de cargo, com base em resultado apurado em inquérito admi-
nistrativo.
Art. 27 - O servidor preso para perquirição de sua responsabilidade em crime comum ou funcional será con-
siderado afastado do exercício do cargo, observado o disposto no inciso IV do artigo 80.
§ 1º - Absolvido, terá considerado este tempo como de efetivo exercício, sendo-lhe ressarcidas as diferenças
pecuniárias a que fizer jus.
§ 2º - No caso de condenação, e se esta não for de natureza que determine a demissão, continuará afastado
até o cumprimento total da pena.
CAPÍTULO VII
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO
Art. 28 - Estágio probatório é o período de 2 (dois) anos em que o servidor, nomeado em caráter efetivo,
ficará em observação e durante o qual será verificada a conveniência ou não de sua confirmação no cargo,
mediante a apuração dos seguintes requisitos:
I - disciplina;
II - eficiência;
III - responsabilidade;
IV - produtividade;
V - assiduidade.
Parágrafo único - Os requisitos estabelecidos neste artigo, os quais poderão ser desdobrados em outros,
serão apurados na forma do regulamento.
Art. 29 - A aferição dos requisitos do estágio probatório processar-se-á no período máximo de até 20 (vinte)
meses, a qual será submetida à avaliação da autoridade competente, servindo o período restante para aferição
final, nos termos do regulamento.
§ 1º - VETADO
§ 2º - VETADO
§ 3º - VETADO
CAPÍTULO VIII
DA ESTABILIDADE
Art. 30 - O servidor nomeado em virtude de concurso, na forma do artigo 12, adquire estabilidade no serviço
público, após dois anos de efetivo exercício, cumprido o estágio probatório.
Art. 31 - O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado,
ou mediante processo administrativo em que lhe tenha sido assegurada ampla defesa.
CAPÍTULO IX
DO REGIME DE TRABALHO
Art. 32 - O Governador do Estado determinará, quando não discriminado em lei ou regulamento, o horário de
trabalho dos órgãos públicos estaduais.

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Art. 33 - Por necessidade imperiosa de serviço, o servidor poderá ser convocado para cumprir serviço ex-
traordinário, desde que devidamente autorizado pelo Governador.
§ 1º - Consideram-se extraordinárias as horas de trabalho realizadas além das normais estabelecidas por
jornada diária para o respectivo cargo.
§ 2º - O horário extraordinário de que trata este artigo não poderá exceder a 25% (vinte e cinco por cento)
da carga horária diária a que estiver sujeito o servidor.
§ 3º - Pelo serviço prestado em horário extraordinário, o servidor terá direito a remuneração, facultada a
opção em pecúnia ou folga, nos termos da lei.
Art. 34 - Considera-se serviço noturno o realizado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco)
horas do dia seguinte, observado o previsto no artigo 113.
Parágrafo único - A hora de trabalho noturno será computada como de cinqüenta e dois minutos e trinta
segundos.
CAPÍTULO X
DA PROMOÇÃO
Art. 35 - Promoção é a passagem do servidor de um grau para o imediatamente superior, dentro da respec-
tiva categoria funcional.
Art. 36 - As promoções de grau a grau, nos cargos organizados em carreira, obedecerão aos critérios de
merecimento e antigüidade, alternadamente, na forma da lei, que deverá assegurar critérios objetivos na ava-
liação do merecimento.
Art. 37 - Somente poderá concorrer à promoção o servidor que:
I - preencher os requisitos estabelecidos em lei;
II - não tiver sido punido nos últimos 12 (doze) meses com pena de suspensão, convertida, ou não em multa.
Art. 38 - Será anulado, em benefício do servidor a quem cabia por direito, o ato que formalizou indevidamen-
te a promoção.
Parágrafo único - O servidor a quem cabia a promoção receberá a diferença de retribuição a que tiver direito.
CAPÍTULO XI
DA READAPTAÇÃO
Art. 39 - Readaptação é a forma de investidura do servidor estável em cargo de atribuições e responsabili-
dades mais compatíveis com sua vocação ou com as limitações que tenha sofrido em sua capacidade física ou
mental, podendo ser processada a pedido ou “exofficio”.
§ 1º - A readaptação será efetivada, sempre que possível, em cargo compatível com a aptidão do servidor,
observada a habilitação e a carga horária exigidas para o novo cargo.
§ 2º - A verificação de que o servidor tornou-se inapto para o exercício do cargo ocupado, em virtude de
modificações em sua aptidão vocacional ou no seu estado físico ou psíquico, será realizada pelo órgão central
de recursos humanos do Estado que à vista de laudo médico, estudo social e psicológico, indicará o cargo em
que julgar possível a readaptação.
§ 3º - Definido o cargo, serão cometidas as respectivas atribuições ao servidor em estágio experimental, pelo
órgão competente, por prazo não inferior a 90 (noventa) dias, o que poderá ser realizado na mesma repartição
ou em outra, atendendo, sempre que possível, às peculiaridades do caso, mediante acompanhamento siste-
mático.
§ 4º - No caso de inexistência de vaga, serão cometidas ao servidor as atribuições do cargo indicado, até
que se disponha deste para o regular provimento.
Art. 40 - Se o resultado da inspeção médica concluir pela incapacidade para o serviço público, será determi-
nada a aposentadoria do readaptando.

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Art. 41 - Em nenhuma hipótese poderá a readaptação acarretar aumento ou diminuição da remuneração do
servidor, exceto quando se tratar da percepção de vantagens cuja natureza é inerente ao exercício do novo
cargo.
Parágrafo único - Realizando-se a readaptação em cargo de padrão de vencimento inferior, ficará assegura-
da ao servidor a remuneração correspondente à do cargo que ocupava anteriormente.
Art. 42 - Verificada a adaptabilidade do servidor no cargo e comprovada sua habilitação será formalizada sua
readaptação, por ato de autoridade competente.
Parágrafo único - O órgão competente poderá indicar a delimitação de atribuições no novo cargo ou no cargo
anterior, apontando aquelas que não podem ser exercidas pelo servidor e, se necessário, a mudança de local
de trabalho.
CAPÍTULO XII
DA REINTEGRAÇÃO
Art. 43 - Reintegração é o retorno do servidor demitido ao cargo anteriormente ocupado, ou ao resultante
de sua transformação, em conseqüência de decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de prejuízos
decorrentes do afastamento.
§ 1º - Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem
direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade.
§ 2º - Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, observado o disposto nos
artigos 51 a 53.
§ 3º - O servidor reintegrado será submetido à inspeção médica e, verificada a incapacidade para o serviço
público, será aposentado.
CAPÍTULO XIII
DA REVERSÃO
Art. 44 - Reversão é o retorno à atividade do servidor aposentado por invalidez, quando verificada, por junta
médica oficial, a insubsistência dos motivos determinantes da aposentadoria.
§ 1º - O servidor que reverter terá assegurada a retribuição correspondente à situação funcional que detinha
anteriormente à aposentadoria.
§ 2º - Ao servidor que reverter, aplicam-se as disposições dos artigos 18 e 22, relativas à posse e ao exercí-
cio, respectivamente.
Art. 45 - A reversão far-se-á, a pedido ou “ex-officio”, no mesmo cargo ou no resultante de sua transformação.
Art. 46 - O servidor com mais de 60 (sessenta) anos não poderá ter processada a sua reversão.
Art. 47 - O servidor que reverter não poderá ser aposentado antes de decorridos 5 (cinco) anos de efetivo
exercício, salvo se sobrevier outra moléstia que o incapacite definitivamente ou for invalidado em conseqüência
de acidente ou de agressão não-provocada no exercício de suas atribuições.
Parágrafo único - Para efeito deste artigo, não será computado o tempo em que o servidor, após a reversão,
tenha se licenciado em razão da mesma moléstia.
Art. 48 - O tempo em que o servidor esteve aposentado será computado, na hipótese de reversão, exclusi-
vamente para fins de nova aposentadoria.
CAPÍTULO XIV
DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO
SEÇÃO I
DA DISPONIBILIDADE
Art. 49 - A disponibilidade decorrerá da extinção do cargo ou da declaração da sua desnecessidade.
Parágrafo único - O servidor estável ficará em disponibilidade até seu aproveitamento em outro cargo.

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Art. 50 - O provento da disponibilidade será igual ao vencimento do cargo, acrescido das vantagens perma-
nentes.
Parágrafo único - O servidor em disponibilidade será aposentado se, submetido à inspeção médica, for de-
clarado inválido para o serviço público.
SEÇÃO II
DO APROVEITAMENTO
Art. 51 - Aproveitamento é o retorno à atividade do servidor em disponibilidade e far-se-á, obrigatoriamente,
em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.
Art. 52 - O órgão central de recursos humanos poderá indicar o aproveitamento do servidor em disponibi-
lidade, em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração Pública estadual, na forma do
regulamento.
Art. 53 - Salvo doença comprovada por junta médica oficial, será tornado sem efeito o aproveitamento e
cassada a disponibilidade, se o servidor não entrar em exercício no prazo de 30 (trinta) dias.
CAPÍTULO XV
DA RECONDUÇÃO
Art. 54 - Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:
I - obtenção de resultado insatisfatório em estágio probatório relativo a outro cargo;
II - reintegração do anterior ocupante do cargo.
Parágrafo único - VETADO
CAPÍTULO XVI
DA VACÂNCIA
Art. 55 - A vacância do cargo decorrerá de:
I - exoneração;
II - demissão;
III - readaptação;
IV - aposentadoria;
V - recondução;
VI - falecimento.
Parágrafo único - A abertura da vaga ocorrerá na data da publicação da lei que criar o cargo ou do ato que
formalizar qualquer das hipóteses previstas neste artigo.
Art. 56 - A exoneração dar-se-á:
I - a pedido do servidor;
II - “ex-officio”, quando:
a) se tratar de cargo em comissão, a critério da autoridade competente;
b) não forem satisfeitas as condições do estágio probatório.
Art. 57 - A demissão decorrerá de aplicação de pena disciplinar na forma prevista em lei.

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CAPÍTULO XVII
DA REMOÇÃO E DA REDISTRIBUIÇÃO
SEÇÃO I
DA REMOÇÃO
Art. 58 - Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou “ex-officio”, com ou sem mudança de sede:
I - de uma repartição para outra;
II - de uma unidade de trabalho para outra, dentro da mesma repartição.
§ 1º - Deverá ser sempre comprovada por junta médica, a remoção, a pedido, por motivo de saúde do servi-
dor, do cônjuge deste ou dependente, mediante prévia verificação da existência de vaga.
§ 2º - Sendo o servidor removido da sede, dar-se-á, sempre que possível, a remoção do cônjuge, que for
também servidor estadual; não sendo possível, observar-se-á o disposto no artigo 147.
Art. 59 - A remoção por permuta será processada a pedido de ambos os interessados, ouvidas, previamente,
as chefias envolvidas.
SEÇÃO II
DA REDISTRIBUIÇÃO
Art. 60 - Redistribuição é o deslocamento do servidor com o respectivo cargo, de um quadro de pessoal ou
entidade para outro do mesmo Poder, cujos planos de cargos e vencimentos sejam idênticos.
§ 1º - Dar-se-á, exclusivamente, a redistribuição, para ajustamento de quadros de pessoal às necessidades
dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade, na forma da lei.
§ 2º - Nos casos de extinção de órgão ou entidade, os servidores estáveis que não puderem ser redistribuí-
dos, nos termos deste artigo, serão colocados em disponibilidade, até seu aproveitamento na forma do artigo
51.
§ 3º - VETADO
CAPÍTULO XVIII
DA SUBSTITUIÇÃO
Art. 61 - Os servidores investidos em cargos em comissão ou funções gratificadas terão substitutos, durante
seus afastamentos ou impedimentos eventuais, previamente designados pela autoridade competente.
Parágrafo único - O substituto fará jus ao vencimento do cargo ou função na proporção dos dias de efetiva
substituição iguais ou superiores a 10 (dez) dias consecutivos, computáveis para os efeitos dos artigos 102 e
103 desta lei.
TÍTULO III
DOS DIREITOS E VANTAGENS
CAPÍTULO I
DO TEMPO DE SERVIÇO
Art. 62 - A apuração do tempo de serviço será feita em dias, os quais serão convertidos em anos, considera-
dos estes como período de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.
Art. 63 - Os dias de efetivo exercício serão computados à vista dos comprovantes de pagamento, ou dos
registros funcionais.
Art. 64 - São considerados de efetivo exercício os afastamentos do serviço em virtude de:
I - férias;
II - casamento, até 8 (oito) dias consecutivos;
III - falecimento de cônjuge, ascendente, descendente, sogros, irmãos, companheiro ou companheira, ma-
drasta ou padrasto, enteado e menor sob guarda ou tutela, até 8 (oito) dias;

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IV - doação de sangue, 1 (um) dia por mês, mediante comprovação;
V - exercício pelo servidor efetivo, de outro cargo, de provimento em comissão, exceto para efeito de promo-
ção por merecimento;
VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;
VII - desempenho de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, exceto para promoção por merecimen-
to;
VIII - missão ou estudo noutros pontos do território nacional ou no exterior, quando o afastamento houver
sido expressamente autorizado pelo Governador do Estado e sem prejuízo da retribuição pecuniária;
IX - deslocamento para nova sede na forma do artigo 58;
X - realização de provas, na forma do artigo 123;
XI - assistência a filho excepcional, na forma do artigo 127;
XII - prestação de prova em concurso público;
XIII - participação em programas de treinamento regularmente instituído, correlacionado às atribuições do
cargo;
XIV - licença:
a) à gestante, à adotante e à paternidade;
b) para tratamento da própria saúde ou de pessoa da família, com remuneração;
c) prêmio por assiduidade;
d) por motivo de acidente em serviço, agressão não-provocada ou doença profissional;
e) para concorrer a mandato eletivo federal, estadual ou municipal;
f) para desempenho de mandato classista, exceto para efeito de promoção por merecimento;
g) para participar de cursos, congressos e similares, sem prejuízo da retribuição;
XV - moléstia, devidamente comprovada por atestado médico, até 3 (três) dias por mês, mediante pronta
comunicação à chefia imediata;
XVI - participação de assembléias e atividades sindicais.
Parágrafo único - Constitui tempo de serviço, para todos os efeitos legais, o anteriormente prestado ao Es-
tado pelo servidor que tenha ingressado sob a forma de contratação, admissão, nomeação, ou qualquer outra,
desde que comprovado o vínculo regular.
Art. 65 - Computar-se-á integralmente, para efeito de aposentadoria e disponibilidade o tempo:
I - de serviço prestado pelo servidor em função ou cargo público federal, estadual ou municipal;
II - de serviço ativo nas forças armadas e auxiliares prestado durante a paz, computando-se em dobro o
tempo em operação de guerra, na forma da lei;
III - correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, anterior ao ingresso
no serviço público estadual;
IV - de serviço prestado em atividade privada, vinculada à previdência social, observada a compensação
financeira entre os diversos sistemas previdenciários segundo os critérios estabelecidos em lei;
V - em que o servidor:
a) esteve em disponibilidade;
b) já esteve aposentado, quando se tratar de reversão.
Art. 66 - É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de
um cargo ou função em órgão ou entidade dos Poderes da União, estados, municípios, autarquias, fundações,
sociedades de economia mista e empresas públicas.

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CAPÍTULO II
DAS FÉRIAS
Art. 67 - O servidor gozará, anualmente, 30 (trinta) dias de férias.
§ 1º - Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.
§ 2º - É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.
§ 3º - É facultado o gozo de férias em dois períodos, não inferiores a 10 (dez) dias consecutivos.
Art. 68 - Será pago ao servidor, por ocasião das férias, independentemente de solicitação, o acréscimo cons-
titucional de 1/3 (um terço) da remuneração do período de férias, pago antecipadamente.
§ 1º - O pagamento da remuneração de férias será efetuado antecipadamente ao servidor que o requerer,
juntamente com o acréscimo constitucional de 1/3 (um terço), antes do início do referido período.
§ 2º - Na hipótese de férias parceladas poderá o servidor indicar em qual dos períodos utilizará a faculdade
de que trata este artigo.
Art. 69 - Durante as férias, o servidor terá direito a todas as vantagens inerentes ao cargo como se estivesse
em exercício.
Art. 70 - O servidor que opere direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas, próximas
a fontes de irradiação, terá direito, quando no efetivo exercício de suas atribuições, a 20 (vinte) dias consecuti-
vos de férias por semestre, não acumuláveis e intransferíveis.
Art. 71 - Por absoluta necessidade de serviço e ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica,
as férias poderão ser acumuladas até o máximo de dois períodos anuais.
Art. 72 - As férias somente poderão ser interrompidas por motivos de calamidade pública, comoção interna,
convocação para júri, serviço militar ou eleitoral ou por superior interesse público.
Art. 73 - Se o servidor vier a falecer, quando já implementado o período de um ano, que lhe assegure o direito
a férias, a retribuição relativa ao período, descontadas eventuais parcelas correspondentes à antecipação, será
paga aos dependentes legalmente constituídos.
Art. 74 - O servidor exonerado fará jus ao pagamento da remuneração de férias proporcionalmente aos me-
ses de efetivo exercício, descontadas eventuais parcelas já fruídas.
Parágrafo único - O pagamento de que trata este artigo corresponderá a 1/12 (um doze avos) da remune-
ração a que fizer jus o servidor na forma prevista no artigo 69, desta lei, relativa ao mês em que a exoneração
for efetivada.
Art. 75 - O servidor que tiver gozado mais de 30 (trinta) dias de licença para tratar de interesses particulares
ou para acompanhar o cônjuge, somente após um ano de efetivo exercício contado da data da apresentação
fará jus a férias.
Art. 76 - Perderá o direito às férias o servidor que, no ano antecedente àquele em que deveria gozá-las, tiver
mais de 30 (trinta) dias de faltas não justificadas ao serviço.
Art. 77 - O servidor readaptado, relotado, removido ou reconduzido, quando em gozo de férias, não é obri-
gado a apresentar-se antes de concluí-las.
CAPÍTULO III
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO
Art. 78 - Vencimento é a retribuição pecuniária devida ao servidor pelo efetivo exercício do cargo, correspon-
dente ao padrão fixado em lei.
Parágrafo único - VETADO
Art. 79 - Remuneração é o vencimento do cargo acrescido das vantagens pecuniárias estabelecidas em lei.
§ 1º - O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é irredutível, sendo
vedada vinculação ou equiparação para efeitos de remuneração de pessoal.

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§ 2º - Não integram a remuneração, para os efeitos do art. 37, inciso XI, da Constituição Federal, as vanta-
gens de que tratam o inciso II do artigo 85 e o inciso VIII do artigo 100.
Art. 80 - O servidor perderá:
I - a remuneração relativa aos dias em que faltar ao serviço;
II - a parcela da remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências e saídas antecipadas, iguais ou
superiores a 60 (sessenta) minutos;
III - a metade da remuneração, na hipótese de conversão da pena de suspensão em multa;
IV - um terço de sua remuneração durante o afastamento do exercício do cargo, nas hipóteses previstas no
artigo 27.
Parágrafo único - No caso de faltas sucessivas, serão computados para efeito de desconto os períodos de
repouso intercalados.
Art. 81 - Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou
provento.
Parágrafo único - Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de pagamento a
favor de terceiros, a critério da administração e com reposição de custos, na forma definida em regulamento.
Art. 82 - As reposições e indenizações ao erário serão descontadas em parcelas mensais não excedentes à
quinta parte da remuneração ou provento.
Art. 83 - Terá o prazo de 60 (sessenta) dias para quitar eventuais débitos com o erário, o servidor que for
demitido ou exonerado.
Parágrafo único - A não-quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição na dívida ativa.
Art. 84 - O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, seqüestro ou penhora,
exceto nos casos de prestação de alimentos resultantes de decisão judicial.
CAPÍTULO IV
DAS VANTAGENS
Art. 85 - Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:
I - indenizações;
II - avanços;
III - gratificações e adicionais;
IV - honorários e jetons.
Art. 86 - As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas, para efeito de concessão de
quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.
Art. 87 - Salvo os casos previstos nesta lei, o servidor não poderá receber a qualquer título, seja qual for o
motivo ou a forma de pagamento, nenhuma outra vantagem pecuniária dos órgãos da Administração Direta ou
Indireta, ou outras organizações públicas, em razão de seu cargo, nas quais tenha sido mandado servir.
Art. 88 - As vantagens de que trata o artigo 85 não serão incorporadas ao vencimento, em atividade, exce-
tuando-se os avanços, o adicional por tempo de serviço, a gratificação por exercício de função e seus acessó-
rios e a gratificação de permanência em serviço, nos termos desta lei.
SEÇÃO I
DAS INDENIZAÇÕES
Art. 89 - Constituem indenizações ao servidor:
I - ajuda de custo;
II - diárias;
III - transporte.

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SUBSEÇÃO I
DA AJUDA DE CUSTO
Art. 90 - A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalações do servidor que, no interesse
do serviço, passe a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter permanente.
Parágrafo único - Correm por conta da Administração as despesas de transporte do servidor e de sua família,
compreendendo passagens, bagagens e bens pessoais.
Art. 91 - A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do servidor, conforme se dispuser em regulamen-
to, não podendo exceder a importância correspondente a 3 (três) meses de remuneração.
Art. 92 - Não será concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude
de mandato eletivo.
Art. 93 - Será concedida ajuda de custo ao servidor efetivo do Estado que for nomeado para cargo em co-
missão ou designado para função gratificada, com mudança de domicílio.
Parágrafo único - No afastamento para exercício de cargo em comissão, em outro órgão ou entidade da
União, do Distrito Federal, dos estados ou dos municípios, o servidor não receberá ajuda de custo do Estado.
Art. 94 - O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo quando, injustificadamente, não se apresentar
na nova sede, no prazo de 30 (trinta) dias.
SUBSEÇÃO II
DAS DIÁRIAS
Art. 95 - O servidor que se afastar temporariamente da sede, em objeto de serviço, fará jus, além das pas-
sagens de transporte, também a diárias destinadas à indenização das despesas de alimentação e pousada.
§ 1º - Entende-se por sede a localidade onde o servidor estiver em exercício em caráter permanente.
§ 2º - A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento
não exigir pernoite fora da sede.
§ 3º - Não serão devidas diárias nos casos de remoção a pedido, nem nas hipóteses em que o deslocamento
da sede se constituir em exigência permanente do serviço.
Art. 96 - O servidor que receber diárias e, por qualquer motivo não se afastar da sede, fica obrigado a resti-
tuí-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias.
Parágrafo único - Na hipótese de o servidor retornar à sede, em prazo menor do que o previsto para o seu
afastamento, deverá restituir as diárias recebidas em excesso, no período previsto no “caput”.
Art. 97 – As diárias, que deverão ser pagas antes do deslocamento, serão calculadas sobre o vencimento,
acrescido das vantagens permanentes, percebido pelo servidor que a elas fizer jus, na forma do regulamento.
SUBSEÇÃO III
DA INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE
Art. 98 - Será concedida indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilização de
meio próprio de locomoção, para execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo,
conforme previsto em regulamento.
SEÇÃO II
DOS AVANÇOS
Art. 99 - Por triênio de efetivo exercício no serviço público, o servidor terá concedido automaticamente um
acréscimo de 5% (cinco por cento), denominado avanço, calculado na forma da lei.
Parágrafo único - O servidor fará jus a tantos avanços quanto for o tempo de serviço público em que perma-
necer em atividade, computado na forma dos artigos 116 e 117.

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SEÇÃO III
DAS GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS
Art. 100 - Serão deferidos ao servidor as seguintes gratificações e adicionais por tempo de serviço e outras
por condições especiais de trabalho:
I - gratificação por exercício de função;
II - gratificação natalina;
III - gratificação por regime especial de trabalho, na forma da lei;
IV - gratificação por exercício de atividades insalubres, penosas ou perigosas;
V - gratificação por exercício de serviço extraordinário;
VI - gratificação de representação, na forma da lei;
VII - gratificação por serviço noturno;
VIII - adicional por tempo de serviço;
IX - gratificação de permanência em serviço;
X - abono familiar;
XI - outras gratificações, relativas ao local ou à natureza do trabalho, na forma da lei.
SUBSEÇÃO I
DA GRATIFICAÇÃO POR EXERCÍCIO DE FUNÇÃO
Art. 101 - A função gratificada será percebida pelo exercício de chefia, assistência ou assessoramento,
cumulativamente ao vencimento do cargo de provimento efetivo.
Art. 102 - VETADO
§ 1º - Quando mais de uma função gratificada ou cargo em comissão houver sido exercido no período, será
incorporado aquele de maior valor, desde que desempenhado, no mínimo, por 1 (um) ano, ou quando não ocor-
rer tal hipótese, o valor da função que tenha desempenhado por mais tempo.
§ 2º - VETADO
Art. 103 - A função gratificada será incorporada integralmente ao provento do servidor que a tiver exercido,
mesmo sob forma de cargo em comissão, por um período mínimo de 5 (cinco) anos consecutivos ou 10 (dez)
intercalados, anteriormente à aposentadoria, observado o disposto no § 1º do artigo anterior.
SUBSEÇÃO II
DA GRATIFICAÇÃO NATALINA
Art. 104 - Será concedida ao servidor que esteja no desempenho de suas funções uma gratificação natalina
correspondente a sua remuneração integral devida no mês de dezembro.
§ 1º - A gratificação de que trata este artigo corresponderá a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que
fizer jus o servidor, no mês de dezembro, por mês de efetivo exercício, considerando-se as frações iguais ou
superiores a 15 (quinze) dias como mês integral.
§ 2º - O pagamento da gratificação natalina será efetuado até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de cada
exercício.
§ 3º - A gratificação natalina é devida ao servidor afastado de suas funções, sem prejuízo da remuneração
e demais vantagens.
Art. 105 - O servidor exonerado terá direito à gratificação natalina, proporcionalmente aos meses de exercí-
cio, calculada na forma do § 1º do artigo anterior, sobre a remuneração do mês da exoneração.
Art. 106 - É extensiva aos inativos a percepção da gratificação natalina, cujo cálculo incidirá sobre as parce-
las que compõem seu provento.

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SUBSEÇÃO III
DA GRATIFICAÇÃO POR EXERCÍCIO DE ATIVIDADES INSALUBRES, PERIGOSAS OU PENO-
SAS
Art. 107 - VETADO
§ 1º - O servidor que fizer jus às gratificações de insalubridade, periculosidade ou penosidade deverá optar
por uma delas nas condições previstas na lei.
§ 2º - O direito às gratificações previstas neste artigo cessa com a eliminação das condições ou dos riscos
que deram causa a sua concessão.
Art. 108 - Haverá permanente controle da atividade de servidores em operações ou locais considerados
penosos, insalubres ou perigosos.
Parágrafo único - A servidora gestante ou lactante será afastada, enquanto durarem a gestação e a lactação,
das operações e locais previstos neste artigo, passando a exercer suas atividades em local salubre e em servi-
ço compatível com suas condições.
Art. 109 - Os locais de trabalho e os servidores que operem com Raios X ou substâncias radioativas serão
mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiação ionizante não ultrapassem o nível má-
ximo previsto na legislação própria.
Parágrafo único - Os servidores a que se refere este artigo serão submetidos a exames médicos a cada 6
(seis) meses de exercício.
SUBSEÇÃO IV
DA GRATIFICAÇÃO POR EXERCÍCIO DE SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO
Art. 110 - O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) em relação
à hora normal de trabalho.
Art. 111 - A gratificação de que trata o artigo anterior somente será atribuída ao servidor para atender às
situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo previsto no § 2º do artigo 33.
Art. 112 - O valor da hora de serviço extraordinário, prestado em horário noturno, será acrescido de mais
20% (vinte por cento).
SUBSEÇÃO V
DA GRATIFICAÇÃO POR SERVIÇO NOTURNO
Art. 113 - O serviço noturno terá o valor-hora acrescido de 20% (vinte por cento), observado o disposto no
artigo 34.
Parágrafo único - As disposições deste artigo não se aplicam quando o serviço noturno corresponder ao
horário normal de trabalho.
SUBSEÇÃO VI
DA GRATIFICAÇÃO DE PERMANÊNCIA EM SERVIÇO
Art. 114 - Ao servidor que adquirir direito à aposentadoria voluntária, na forma do artigo 158, inciso III, alíneas
“a” e “b”, e cuja permanência no desempenho de suas funções for julgada conveniente para o serviço público,
poderá ser deferida, por ato do Governador, uma gratificação especial de 20% (vinte por cento) das impor-
tâncias que integrariam o provento da inatividade, na data de implementação do requisito temporal, enquanto
permanecer em exercício.
§ 1º - A gratificação de que trata este artigo será incorporada aos vencimentos após decorridos 5 (cinco)
anos de sua percepção.
§ 2º - A cada novo ano de exercício, após decorrido o prazo de que trata o parágrafo anterior, e mantidas
as condições previstas no “caput”, deste artigo, o servidor fará jus à incorporação de 4% (quatro por cento) da
importância que integraria o provento da inatividade.
SUBSEÇÃO VII

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DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO
Art. 115 - O servidor, ao completar 15 (quinze) e 25 (vinte e cinco) anos de serviço público, contados na forma
desta lei, passará a perceber, respectivamente, o adicional de 15% (quinze por cento) ou 25% (vinte e cinco por
cento) calculados na forma da lei.
Parágrafo único - A concessão do adicional de 25% (vinte e cinco porcento) fará cessar o de 15% (quinze por
cento), anteriormente concedido.
Art. 116 - Para efeito de concessão dos adicionais será computado o tempo de serviço federal, estadual ou
municipal, prestado à administração direta, autarquias e fundações de direito público.
Parágrafo único - Compreende-se, também, como serviço estadual o tempo em que o servidor tiver exercido
serviços transferidos para o Estado.
Art. 117 - Na acumulação remunerada, será considerado, para efeito de adicional, o tempo de serviço pres-
tado a cada cargo isoladamente.
SUBSEÇÃO VIII
DO ABONO FAMILIAr
Art. 118 - Ao servidor ativo ou ao inativo será concedido abono familiar na razão de 10% (dez por cento) do
menor vencimento básico inicial do Estado, pelos seguintes dependentes:
I - filho menor de 18 (dezoito) anos;
II - filho inválido ou excepcional de qualquer idade, que seja comprovadamente incapaz;
III - filho estudante, desde que não exerça atividade remunerada, até a idade de 24 (vinte e quatro) anos;
IV - cônjuge inválido, comprovadamente incapaz, que não perceba remuneração.
§ 1º - Quando se tratar de dependente inválido ou excepcional, o abono será pago pelo triplo.
§ 2º - Estendem-se os benefícios deste artigo aos enteados, aos tutelados e aos menores que, mediante
autorização judicial, estejam submetidos a sua guarda.
§ 3º - São condições para percepção do abono familiar que:
I - os dependentes relacionados neste artigo vivam efetivamente às expensas do servidor ou inativo;
II - a invalidez de que tratam os incisos II e IV do “caput” deste artigo seja comprovada mediante inspeção
médica, pelo órgão competente do Estado.
§ 4º - No caso de ambos os cônjuges serem servidores públicos, o direito de um não exclui o do outro.
Art. 119 - Por cargo exercido em acúmulo no Estado, não será devido o abono familiar.
Art. 120 - A concessão do abono terá por base as declarações do servidor, sob as penas da lei.
Parágrafo único - As alterações que resultem em exclusão de abono deverão ser comunicadas no prazo de
15 (quinze) dias da data da ocorrência.
SEÇÃO IV
DOS HONORÁRIOS E JETONS
Art. 121 - O servidor fará jus a honorários quando designado para exercer, fora do horário do expediente a
que estiver sujeito, as funções de:
I - membro de banca de concurso;
II - gerência, planejamento, execução ou atividade auxiliar de concurso;
III - treinamento de pessoal;
IV - professor, em cursos legalmente instituídos.
Art. 122 - O servidor, no desempenho do encargo de membro de órgão de deliberação coletiva legalmente
instituído, receberá jeton, a título de representação na forma da lei.

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CAPÍTULO V
DAS CONCESSÕES
SEÇÃO I
DAS VANTAGENS AO SERVIDOR ESTUDANTE OU PARTICIPANTE DE CURSOS, CONGRESSOS
E SIMILARES
Art. 123 - É assegurado o afastamento do servidor efetivo, sem prejuízo de sua remuneração, nos seguintes
casos:
I - durante os dias de provas finais do ano ou semestre letivo, para os estudantes de ensino superior, 1º e
2º graus;
II - durante os dias de provas em exames supletivos e de habilitação a curso superior.
Parágrafo único - O servidor, sob pena de ser considerado faltoso ao serviço, deverá comprovar perante a
chefia imediata as datas em que se realizarão as diversas provas e seu comparecimento.
Art. 124 - O servidor somente será indicado para participar de cursos de especialização ou capacitação téc-
nica profissional no Estado, no País ou no exterior, com ônus para o Estado, quando houver correlação direta e
imediata entre o conteúdo programático de tais cursos e as atribuições do cargo ou função exercidos.
Art. 125 - Ao servidor poderá ser concedida licença para freqüência a cursos, seminários, congressos, en-
contros e similares, inclusive fora do Estado e no exterior, sem prejuízo da remuneração e demais vantagens,
desde que o conteúdo programático esteja correlacionado às atribuições do cargo que ocupar, na forma a ser
regulamentada.
Parágrafo único - Fica vedada a concessão de exoneração ou licença para tratamento de interesses parti-
culares ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo, ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesa
havida antes de decorrido período igual ao do afastamento.
Art. 126 - Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da Administração, é assegurada, na locali-
dade da nova residência ou mais próxima, matrícula em instituição congênere do Estado, em qualquer época,
independentemente de vaga.
Parágrafo único - O disposto neste artigo estende-se ao cônjuge, aos filhos ou enteados do servidor, que
vivam na sua companhia, bem como aos menores sob sua guarda, com autorização judicial.
SEÇÃO II
DA ASSISTÊNCIA A FILHO EXCEPCIONAL
Art. 127 - O servidor, pai, mãe ou responsável por excepcional, físico ou mental, em tratamento, fica autori-
zado a se afastar do exercício do cargo, quando necessário, por período de até 50% (cinqüenta por cento) de
sua carga horária normal cotidiana, na forma da lei.
CAPÍTULO VI
DAS LICENÇAS
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 128 - Será concedida, ao servidor, licença:
I - para tratamento de saúde;
II - por acidente em serviço;
III - por motivo de doença em pessoa da família;
IV - à gestante, à adotante e à paternidade;
V - para prestação de serviço militar;
VI - para tratar de interesses particulares;
VII - para acompanhar o cônjuge;

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VIII - para o desempenho de mandato classista;
IX - prêmio por assiduidade;
X - para concorrer a mandato público eletivo;
XI - para o exercício de mandato eletivo;
XII - especial, para fins de aposentadoria.
§ 1º - O servidor não poderá permanecer em licença por prazo superior a 24 (vinte e quatro) meses, salvo
nos casos dos incisos VII, VIII e XI deste artigo.
§ 2º - Ao servidor nomeado em comissão somente será concedida licença para tratamento de saúde, desde
que haja sido submetido à inspeção médica para ingresso e julgado apto e nos casos dos incisos II, III, IV, IX
e XII.
Art. 129 - A inspeção será feita por médicos do órgão competente, nas hipóteses de licença para tratamento
de saúde, por motivo de doença em pessoa da família e à gestante, e por junta oficial, constituída de 3 (três)
médicos nos demais casos.
SEÇÃO II
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE
Art. 130 - Será concedida, ao servidor, licença para tratamento de saúde, a pedido ou “ex-officio”, precedida
de inspeção médica realizada pelo órgão de perícia oficial do Estado, sediada na Capital ou no interior, sem
prejuízo da remuneração a que fizer jus.
§ 1º - Sempre que necessário, a inspeção médica poderá ser realizada na residência do servidor ou no es-
tabelecimento hospitalar onde se encontrar internado.
§ 2º - Poderá, excepcionalmente, ser admitido atestado médico particular, quando ficar comprovada a impos-
sibilidade absoluta de realização de exame por órgão oficial da localidade.
§ 3º - O atestado referido no parágrafo anterior somente surtirá efeito após devidamente examinado e vali-
dado pelo órgão de perícia médica competente.
§ 4º - O servidor não poderá recusar-se à inspeção médica, sob pena de ser sustado o pagamento de sua
remuneração até que seja cumprida essa formalidade.
§ 5º - No caso de o laudo registrar pareceres contrários à concessão da licença, as faltas ao serviço correrão
sob a responsabilidade exclusiva do servidor.
§ 6º - O resultado da inspeção será comunicado imediatamente ao servidor, logo após a sua realização, sal-
vo se houver necessidade de exames complementares, quando, então, ficará à disposição do órgão de perícia
médica.
Art. 131 - Findo o período de licença, o servidor deverá reassumir imediatamente o exercício do cargo, sob
pena de ser considerado faltoso, salvo prorrogação ou determinação constante do laudo.
Parágrafo único - A infringência ao disposto neste artigo implicará perda da remuneração, sujeitando o ser-
vidor à demissão, se a ausência exceder a 30 (trinta) dias, observado o disposto no artigo 26.
Art. 132 - Nas licenças por períodos prolongados, antes de se completarem 365 (trezentos e sessenta e cin-
co) dias, deverá o órgão de perícia médica pronunciar-se sobre a natureza da doença, indicando se o caso é de:
I - concessão de nova licença ou de prorrogação;
II - retorno ao exercício do cargo, com ou sem limitação de tarefas;
III - readaptação, com ou sem limitação de tarefas.
Parágrafo único - As licenças, pela mesma moléstia, com intervalos inferiores a 30 (trinta) dias, serão consi-
deradas como prorrogação.
Art. 133 - O atestado e o laudo da junta médica não se referirão ao nome ou à natureza da doença, devendo,
porém, esta ser especificada através do respectivo código (CID).

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Parágrafo único - Para a concessão de licença a servidor acometido de moléstia profissional, o laudo médico
deverá estabelecer sua rigorosa caracterização.
Art. 134 - O servidor em licença para tratamento de saúde deverá abster-se do exercício de atividade remu-
nerada ou incompatível com seu estado, sob pena de imediata suspensão da mesma.
SEÇÃO III
DA LICENÇA POR ACIDENTE EM SERVIÇO
Art. 135 - O servidor acidentado em serviço será licenciado com remuneração integral até seu total restabe-
lecimento.
Art. 136 - Configura-se acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo servidor, desde que relacio-
nado, mediata ou imediatamente, com as atribuições do cargo.
Parágrafo único - Equipara-se a acidente em serviço o dano:
I - decorrente de agressão sofrida e não-provocada pelo servidor no exercício das atribuições do cargo;
II - sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa.
Art. 137 - O servidor acidentado em serviço terá tratamento integral custeado pelo Estado.
Art. 138 - Para concessão de licença e tratamento ao servidor, em razão de acidente em serviço ou agressão
não-provocada no exercício de suas atribuições, é indispensável a comprovação detalhada do fato, no prazo de
10 (dez) dias da ocorrência, mediante processo “exofficio”.
Parágrafo único - O tratamento recomendado por junta médica não oficial constitui medida de exceção e
somente será admissível quando inexistirem meios e recursos necessários adequados, em instituições públicas
ou por ela conveniadas.
SEÇÃO IV
DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA
Art. 139 - O servidor poderá obter licença por motivo de doença do cônjuge, de ascendente, descendente,
enteado e colateral consangüíneo, até o 2º grau, desde que comprove ser indispensável a sua assistência e
esta não possa ser prestada, simultaneamente, com o exercício do cargo.
Parágrafo único - A doença será comprovada através de inspeção de saúde, a ser procedida pelo órgão de perí-
cia médica competente.
Art. 140 - A licença de que trata o artigo anterior será concedida:
I - com a remuneração total até 90 (noventa) dias;
II - com 2/3 (dois terços) da remuneração, no período que exceder a 90 (noventa) e não ultrapassar 180
(cento e oitenta) dias;
III - com 1/3 (um terço) da remuneração, no período que exceder a 180 (cento e oitenta) e não ultrapassar a
365 (trezentos e sessenta e cinco) dias;
IV - sem remuneração, no período que exceder a 365 (trezentos e sessenta e cinco) até o máximo de 730
(setecentos e trinta) dias.
Parágrafo único - Para os efeitos deste artigo, as licenças, pela mesma moléstia, com intervalos inferiores a
30 (trinta) dias, serão consideradas como prorrogação.
SEÇÃO V
DA LICENÇA À GESTANTE, À ADOTANTE E À PATERNIDADE
Art. 141 - À servidora gestante será concedida, mediante inspeção médica, licença de 120 (cento e vinte)
dias, sem prejuízo da remuneração.
Parágrafo único - No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora será submetida a
inspeção médica e, se julgada apta, reassumirá o exercício do cargo.

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Art. 142 - Ao término da licença a que se refere o artigo anterior, é assegurado à servidora lactante, durante
o período de 2 (dois) meses, o direito de comparecer ao serviço em um turno, quando seu regime de trabalho
obedecer a dois turnos, ou a três horas consecutivas por dia, quando seu regime de trabalho obedecer a turno
único.
Art. 143 - À servidora adotante será concedida licença a partir da concessão do termo de guarda ou da ado-
ção, proporcional à idade do adotado:
I - de zero a dois anos, 120 (cento e vinte) dias;
II - de mais de dois até quatro anos, 90 (noventa) dias;
III - de mais de quatro até seis anos, 60 (sessenta) dias;
IV - de mais de seis anos, desde que menor, 30 (trinta) dias.
Art. 144 - Pelo nascimento ou adoção de filho, o servidor terá direito à licença paternidade de 8 (oito) dias
consecutivos.
SEÇÃO VI
DA LICENÇA PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO MILITAR
Art. 145 - Ao servidor convocado para a prestação de serviço militar será concedida licença, nos termos da
legislação específica.
§ 1º - Concluído o serviço militar, o servidor reassumirá imediatamente, sob pena da perda de vencimento e,
se a ausência exceder a 30 (trinta) dias, de demissão por abandono do cargo, observado o disposto no artigo
26.
§ 2º - Quando a desincorporação se verificar em lugar diverso do da sede, o prazo para apresentação será
de 10 (dez) dias.
SEÇÃO VII
DA LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES
Art. 146 - Ao servidor detentor de cargo de provimento efetivo, estável, poderá ser concedida licença para
tratar de interesses particulares, pelo prazo de até 2 (dois) anos consecutivos, sem remuneração.
§ 1º - A licença poderá ser negada, quando o afastamento for inconveniente ao interesse do serviço.
§ 2º - O servidor deverá aguardar em exercício a concessão da licença, salvo hipótese de imperiosa neces-
sidade, devidamente comprovada à autoridade a que estiver subordinado, considerando-se como faltas os dias
de ausência ao serviço, caso a licença seja negada.
§ 3º - O servidor poderá, a qualquer tempo, reassumir o exercício do cargo.
§ 4º - Não se concederá nova licença antes de decorridos 2 (dois) anos do término da anterior, contados
desde a data em que tenha reassumido o exercício do cargo.
SEÇÃO VIII
DA LICENÇA PARA ACOMPANHAR O CÔNJUGE
Art. 147 - O servidor detentor de cargo de provimento efetivo, estável, terá direito à licença, sem remunera-
ção, para acompanhar o cônjuge, quando este for transferido, independentemente de solicitação própria, para
outro ponto do Estado ou do Território Nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos
Poderes Executivo e Legislativo Federal, estadual ou municipal.
§ 1º - A licença será concedida mediante pedido do servidor, devidamente instruído, devendo ser renovada
a cada 2 (dois) anos.
§ 2º - O período de licença, de que trata este artigo, não será computável como tempo de serviço para qual-
quer efeito.
§ 3º - À mesma licença terá direito o servidor removido que preferir permanecer no domicílio do cônjuge.

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Art. 148 - O servidor poderá ser lotado, provisoriamente, na hipótese da transferência de que trata o artigo
anterior, em repartição da Administração Estadual Direta, Autárquica ou Fundacional, desde que para o exercí-
cio de atividade compatível com seu cargo.
SEÇÃO IX
DA LICENÇA PARA O DESEMPENHO DE MANDATO CLASSISTA
Art. 149 - É assegurado ao servidor o direito à licença para o desempenho de mandato classista em central
sindical, em confederação, federação, sindicato, núcleos ou delegacias, associação de classe ou entidade
fiscalizadora da profissão, de âmbito estadual ou nacional, com a remuneração do cargo efetivo, observado o
disposto no artigo 64, inciso XIV, alínea “f”.
Parágrafo único - A licença de que trata este artigo será concedida nos termos da lei.
SEÇÃO X
DA LICENÇA-PRÊMIO POR ASSIDUIDADE
Art. 150 - O servidor que, por um qüinqüênio ininterrupto, não se houver afastado do exercício de suas fun-
ções terá direito à concessão automática de 3 (três) meses de licença-prêmio por assiduidade, com todas as
vantagens do cargo, como se nele estivesse em exercício.
§ 1º - Para os efeitos deste artigo, não serão considerados interrupção da prestação de serviço os afasta-
mentos previstos no artigo 64, incisos I a XV, desta lei.
§ 2º - Nos casos dos afastamentos previstos nos incisos XIV, alínea “b” e XV do artigo 64, somente poderão
ser computados, como de efetivo exercício, para os efeitos deste artigo, um período máximo de até 4 (quatro)
meses, para tratamento de saúde do servidor e de até 2 (dois) meses por motivo de doença em pessoa de sua
família, tudo por qüinqüênio de serviço público prestado ao Estado.
Art. 151 - A pedido do servidor, a licença-prêmio poderá ser:
I - gozada, no todo ou em parcelas não inferiores a 1 (um) mês, com a aprovação da chefia, considerada a
necessidade do serviço;
II - contada em dobro, como tempo de serviço para os efeitos de aposentadoria, avanços e adicionais, ve-
dada a desconversão.
Parágrafo único - Ao entrar em gozo de licença-prêmio, o servidor terá direito, a pedido, a receber a sua
remuneração do mês de fruição antecipadamente.
Art. 152 - A apuração do tempo de serviço normal, para efeito da formação do qüinqüênio, gerador do direito
da licença-prêmio, será feita na forma do artigo 62 desta lei.
Art. 153 - O número de servidores em gozo simultâneo de licença-prêmio não poderá ser superior a 1/3 (um
terço) da lotação da respectiva unidade administrativa de trabalho.
SEÇÃO XI
DA LICENÇA PARA CONCORRER A MANDATO PÚBLICO ELETIVO E EXERCÊ-LO
Art. 154 - O servidor que concorrer a mandato público eletivo será licenciado na forma da legislação eleitoral.
Art. 155 - Eleito, o servidor ficará afastado do exercício do cargo a partir da posse.
Art. 156 - Ao servidor investido em mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo;
II - investido no mandato de prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remunera-
ção;
III - investido no mandato de vereador:
a) havendo compatibilidade de horário perceberá as vantagens do seu cargo, sem prejuízo da remuneração
do cargo eletivo;
b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua re-
muneração.

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§ 1º - No caso de afastamento do cargo, o servidor continuará contribuindo para o órgão da previdência e
assistência do Estado, como se em exercício estivesse.
§ 2º - O servidor investido em mandato eletivo ou classista não poderá ser removido ou redistribuído “ex-of-
ficio” para localidade diversa daquela onde exerce o mandato.
SEÇÃO XII
DA LICENÇA ESPECIAL PARA FINS DE APOSENTADORIA
Art. 157 - Decorridos 30 (trinta) dias da data em que tiver sido protocolado o requerimento da aposentadoria,
o servidor será considerado em licença especial remunerada, podendo afastar-se do exercício de suas ativida-
des, salvo se antes tiver sido cientificado do indeferimento do pedido.
§ 1º - O pedido de aposentadoria de que trata este artigo somente será considerado após terem sido aver-
bados todos os tempos computáveis para esse fim.
§ 2º - O período de duração desta licença será considerado como tempo de efetivo exercício para todos os
efeitos legais.
CAPÍTULO VII
DA APOSENTADORIA
Art. 158 - O servidor será aposentado:
I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais, quando decorrente de acidente em serviço, mo-
léstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei, e proporcionais nos demais
casos;
II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;
III - voluntariamente:
a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30 (trinta), se mulher, com proventos integrais;
b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor, e 25 (vinte e cinco), se
professora, com proventos integrais;
c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e cinco), se mulher, com proventos proporcio-
nais a esse tempo;
d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem e aos 60 (sessenta), se mulher, com proventos pro-
porcionais ao tempo de serviço.
§ 1º - Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis, a que se refere o inciso I deste artigo,
se incapacitantes para o exercício da função pública, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla,
neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço público, hanseníase, cardiopatia grave, doença
de Parkison, paralisia irreversível e incapacitante, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados
avançados do mal de Paget (osteíte deformante), Síndrome de Imunodeficiência Adquirida - AIDS, e outros que
a lei indicar, com base na medicina especializada.
§ 2º - Ao servidor aposentado em decorrência de qualquer das moléstias tipificadas no parágrafo anterior,
fica vedado o exercício de outra atividade pública remunerada, sob pena de cassação de sua aposentadoria.
§ 3º - Nos casos de exercício de atividades previstas no artigo 107, a aposentadoria de que trata o inciso III,
alíneas “a” e “c”, observará o disposto em lei específica.
§ 4º - Se o servidor for aposentado com menos de 25 (vinte e cinco) anos de serviço e menos de 60 (ses-
senta) anos de idade, a aposentadoria estará sujeita a confirmação mediante nova inspeção de saúde, após o
decurso de 24 (vinte e quatro) meses contados da data do ato de aposentadoria.
Art. 159 - A aposentadoria de que trata o inciso II do artigo anterior, será automática e declarada por ato, com
vigência a partir do dia em que o servidor atingir a idade limite de permanência no serviço ativo.
Art. 160 - A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da data da publicação do respectivo
ato.

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§ 1º - A aposentadoria por invalidez será precedida por licença para tratamento de saúde, num período não
superior a 24 (vinte e quatro) meses.
§ 2º - Expirado o período de licença e não estando em condições de reassumir o exercício do cargo, ou de
se proceder à sua readaptação, será o servidor aposentado.
§ 3º - O lapso de tempo compreendido entre o término da licença e a publicação do ato da aposentadoria
será considerado como de prorrogação da licença.
Art. 161 - O provento da aposentadoria será revisto na mesma proporção e na mesma data em que se mo-
dificar a remuneração dos servidores em atividade.
Parágrafo único - São estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedi-
dos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrente da transformação ou reclassificação do cargo ou
função em que se deu a aposentadoria.
Art. 162 - O servidor aposentado com provento proporcional ao tempo de serviço, se acometido de qualquer
das moléstias especificadas no § 1º do artigo 158, passará a perceber provento integral.
Art. 163 - Com prevalência do que conferir maior vantagem, quando proporcional ao tempo de serviço, o
provento não será inferior:
I - ao salário mínimo, observada a redução da jornada de trabalho a que estava sujeito o servidor;
II - a 1/3 (um terço) da remuneração da atividade nos demais casos.
Art. 164 - O servidor em estágio probatório somente terá direito à aposentadoria quando invalidado por aci-
dente em serviço, agressão não-provocada no exercício de suas atribuições, acometido de moléstia profissio-
nal ou nos casos especificados no § 1º do artigo 158 desta lei.
Art. 165 - As disposições relativas à aposentadoria aplicam-se ao servidor nomeado em comissão, o qual
contar com mais de 5 (cinco) anos de efetivo e ininterrupto exercício em cargos de provimento dessa natureza.
Parágrafo único - Aplicam-se as disposições deste artigo, independentemente de tempo de serviço, ao ser-
vidor provido em comissão, quer titular de cargo de provimento efetivo, quer não, quando invalidado em conse-
qüência das moléstias enumeradas no § 1º do artigo 158, desde que tenha se submetido, antes do seu ingresso
ou retorno ao serviço público, à inspeção médica prevista nesta lei, para provimento de cargos públicos em
geral.
Art. 166 - O servidor, vinculado à previdência social federal, que não tiver nesta feito jus ao benefício da
aposentadoria, será aposentado pelo Estado, na forma garantida por esta lei, permanecendo como segurado
obrigatório daquele órgão previdenciário, até a implementação das condições de aposentadoria, caso em que
caberá ao Estado pagar somente a diferença, se houver.
CAPÍTULO VIII
DO DIREITO DE PETIÇÃO
Art. 167 - É assegurado ao servidor o direito de requerer, pedir reconsideração, recorrer e de representar, em
defesa de direito ou legítimo interesse próprio.
Art. 168 - O requerimento será dirigido à autoridade competente para decidi-lo e encaminhado por intermédio
daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente.
Art. 169 - Cabe pedido de reconsideração, que não poderá ser renovado, à autoridade que houver prolatado
o despacho, proferido a primeira decisão ou praticado o ato.
§ 1º - O pedido de reconsideração deverá conter novos argumentos ou provas suscetíveis de reformar o
despacho, a decisão ou o ato.
§ 2º - O pedido de reconsideração deverá ser decidido dentro de 30 (trinta) dias.
Art. 170 - Caberá recurso, como última instância administrativa, do indeferimento do pedido de reconsidera-
ção.
§ 1º - O recurso será dirigido à autoridade que tiver proferido a decisão ou expedido o ato.

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§ 2º - O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a que estiver imediatamente subordinado
o requerente.
§ 3º - Terá caráter de recurso, o pedido de reconsideração, quando o prolator do despacho, decisão ou ato,
houver sido o Governador.
§ 4º - A decisão sobre qualquer recurso será dada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias.
Art. 171 - O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, con-
tados a partir da data da publicação da decisão recorrida ou da data da ciência, pelo interessado, quando o
despacho não for publicado.
Parágrafo único - Em caso de provimento de pedido de reconsideração ou de recurso, o efeito da decisão
retroagirá à data do ato impugnado.
Art. 172 - O direito de requerer prescreve em:
I - 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e cassação de aposentadoria ou de disponibilidade, ou que
afetem interesses patrimoniais e créditos resultantes das relações de trabalho;
II - 120 (cento e vinte) dias nos demais casos, salvo quando, por prescrição legal, for fixado outro prazo.
§ 1º - O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência
pelo interessado, quando o ato não for publicado.
§ 2º - O pedido de reconsideração e o de recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição administrativa.
Art. 173 - A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela Administração.
Art. 174 - A representação será dirigida ao chefe imediato do servidor que, se a solução não for de sua alça-
da, a encaminhará a quem de direito.
§ 1º - Se não for dado andamento à representação, dentro do prazo de 5 (cinco) dias, poderá o servidor
dirigi-la direta e sucessivamente às chefias superiores.
§ 2º - A representação está isenta de pagamento de taxa de expediente.
Art. 175 - Para o exercício do direito de petição é assegurada vista do processo ou documento, na repartição,
ao servidor ou a procurador por ele constituído.
Art. 176 - São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste capítulo, salvo motivo de força maior,
devidamente comprovado.
Parágrafo único - Entende-se por força maior, para efeitos do artigo, a ocorrência de fatos impeditivos da
vontade do interessado ou da autoridade competente para decidir.
TÍTULO IV
DO REGIME DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DOS DEVERES DO SERVIDOR
Art. 177 - São deveres do servidor:
I - ser assíduo e pontual ao serviço;
II - tratar com urbanidade as partes, atendendo-as sem preferências pessoais;
III - desempenhar com zelo e presteza os encargos que lhe forem incumbidos, dentro de suas atribuições;
IV - ser leal às instituições a que servir;
V - observar as normas legais e regulamentares;
VI - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
VII - manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
VIII - atender com presteza:

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a) o público em geral, prestando as informações requeridas que estiverem a seu alcance, ressalvadas as
protegidas por sigilo;
b) à expedição de certidões requeridas, para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse
pessoal;
c) às requisições para defesa da Fazenda Pública;
IX - representar ou levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver conheci-
mento, no órgão em que servir, em razão das atribuições do seu cargo;
X - zelar pela economia do material que lhe for confiado e pela conservação do patrimônio público;
XI - observar as normas de segurança e medicina do trabalho estabelecidas, bem como o uso obrigatório
dos equipamentos de proteção individual (EPI) que lhe forem confiados;
XII - providenciar para que esteja sempre em dia no seu assentamento individual, seu endereço residencial
e sua declaração de família;
XIII - manter espírito de cooperação com os colegas de trabalho;
XIV - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.
§ 1º - A representação de que trata o inciso XIV será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela
autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa.
§ 2º - Será considerado como co-autor o superior hierárquico que, recebendo denúncia ou representação a
respeito de irregularidades no serviço ou de falta cometida por servidor, seu subordinado, deixar de tomar as
providências necessárias a sua apuração.
CAPÍTULO II
DAS PROIBIÇÕES
Art. 178 - Ao servidor é proibido:
I - referir-se, de modo depreciativo, em informação, parecer ou despacho, às autoridades e a atos da admi-
nistração pública estadual, podendo, porém, em trabalho assinado, criticá-los do ponto de vista doutrinário ou
da organização do serviço;
II - retirar, modificar ou substituir, sem prévia permissão da autoridade competente, qualquer documento ou
objeto existente na repartição;
III - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;
IV - ingerir bebidas alcoólicas durante o horário de trabalho ou drogar-se, bem como apresentar-se em esta-
do de embriaguez ou drogado ao serviço;
V - atender pessoas na repartição para tratar de interesses particulares, em prejuízo de suas atividades;
VI - participar de atos de sabotagem contra o serviço público;
VII - entregar-se a atividades político-partidárias nas horas e locais de trabalho;
VIII - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço;
IX - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;
X - exercer ou permitir que subordinado seu exerça atribuições diferentes das definidas em lei ou regulamen-
to como próprias do cargo ou função, ressalvados os encargos de chefia e as comissões legais;
XI - celebrar contrato de natureza comercial, industrial ou civil de caráter oneroso, com o Estado, por si ou
como representante de outrem;
XII - participar de gerência ou administração de empresa privada, de sociedade civil ou exercer comércio,
exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário, salvo quando se tratar de função de confiança de
empresa, da qual participe o Estado, caso em que o servidor será considerado como exercendo cargo em co-
missão;

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XIII - exercer, mesmo fora do horário de expediente, emprego ou função em empresa, estabelecimento ou
instituição que tenha relações industriais com o Estado em matéria que se relacione com a finalidade da repar-
tição em que esteja lotado;
XIV - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge ou parente até o segundo
grau civil, ressalvado o disposto no artigo 267;
XV - cometer, a pessoas estranhas à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de encargos
que competirem a si ou a seus subordinados;
XVI - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se à associação profissional ou sindical, ou com
objetivos político-partidários;
XVII - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em atividades particulares ou políticas;
XVIII - praticar usura, sob qualquer das suas formas;
XIX - aceitar representação, comissão, emprego ou pensão de país estrangeiro;
XX - valer-se do cargo ou função para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade do
serviço público;
XXI - atuar, como procurador, ou intermediário junto a repartição pública, salvo quando se tratar de benefí-
cios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau e do cônjuge;
XXII - receber propinas, comissões, presentes ou vantagens de qualquer espécie, em razão de suas atribui-
ções;
XXIII - valer-se da condição de servidor para desempenhar atividades estranhas às suas funções ou para
lograr, direta ou indiretamente, qualquer proveito;
XXIV - proceder de forma desidiosa;
XXV - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o
horário de trabalho.
§ 1º - Não está compreendida na proibição dos incisos XII e XIII deste artigo a participação do servidor na
presidência de associação, na direção ou gerência de cooperativas e entidades de classe, ou como sócio.
§ 2º - Na hipótese de violação do disposto no inciso IV, por comprovado motivo de dependência, o servidor
deverá, obrigatoriamente, ser encaminhado a tratamento médico especializado.
CAPÍTULO III
DA ACUMULAÇÃO
Art. 179 - É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, excetuadas as hipóteses previstas em
dispositivo constitucional.
Art. 180 - A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, empresas públi-
cas, sociedades de economia mista e fundações mantidas pelo Poder Público.
Art. 181 - VETADO
Art. 182 - VETADO
Parágrafo único - VETADO
CAPÍTULO IV
DAS RESPONSABILIDADES
Art. 183 - Pelo exercício irregular de suas atribuições, o servidor responde civil, penal e administrativamente.
Art. 184 - A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que importe em
prejuízo à Fazenda Estadual ou a terceiros.
§ 1º - A indenização de prejuízo causado ao erário somente será liquidada na forma prevista no artigo 82, na
falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial.

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§ 2º - Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação
regressiva.
§ 3º - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor nesta qualidade.
Art. 185 - A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desem-
penho do cargo ou função.
Art. 186 - As sanções civis, penais e administrativas poderão acumular-se, sendo umas e outras independen-
tes entre si, assim como as instâncias civil, penal e administrativa.
CAPÍTULO V
DAS PENALIDADES
Art. 187 - São penas disciplinares:
I - repreensão;
II - suspensão e multa;
III - demissão;
IV - cassação de disponibilidade;
V - cassação de aposentadoria;
§ 1º - Na aplicação das penas disciplinares, serão consideradas a natureza e a gravidade da infração e os
danos delas resultantes para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes
funcionais.
§ 2º - Quando se tratar de falta funcional que, por sua natureza e reduzida gravidade, não demande aplica-
ção das penas previstas neste artigo, será o servidor advertido particular e verbalmente.
Art. 188 - A repreensão será aplicada por escrito, na falta do cumprimento do dever funcional ou quando
ocorrer procedimento público inconveniente.
Art. 189 - A suspensão, que não poderá exceder a 90 (noventa) dias, implicará a perda de todas as vanta-
gens e direitos decorrentes do exercício do cargo e aplicar-se-á ao servidor:
I - na violação das proibições consignadas nesta lei;
II - nos casos de reincidência em infração já punida com repreensão;
III - quando a infração for intencional ou se revestir de gravidade;
IV - como gradação de penalidade mais grave, tendo em vista circunstância atenuante;
V - que atestar falsamente a prestação de serviço, bem como propuser, permitir, ou receber a retribuição
correspondente a trabalho não realizado;
VI - que se recusar, sem justo motivo, à prestação de serviço extraordinário;
VII - responsável pelo retardamento em processo sumário;
VIII - que deixar de atender notificação para prestar depoimento em processo disciplinar;
IX - que, injustificadamente, se recusar a ser submetido à inspeção médica determinada pela autoridade
competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.
§ 1º - A suspensão não será aplicada enquanto o servidor estiver afastado por motivo de gozo de férias re-
gulamentares ou em licença por qualquer dos motivos previstos no artigo 128.
§ 2º - Quando houver conveniência para o serviço, a pena de suspensão poderá ser convertida em multa na
base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de remuneração, obrigando-se o servidor a permanecer em exercí-
cio durante o cumprimento da pena.
§ 3º - Os efeitos da conversão da suspensão em multa não serão alterados, mesmo que ao servidor seja
assegurado afastamento legal remunerado durante o respectivo período.

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§ 4º - A multa não acarretará prejuízo na contagem do tempo de serviço, exceto para fins de concessão de
avanços, gratificações adicionais de 15% (quinze por cento) e 25% (vinte e cinco por cento) e licença-prêmio.
Art. 190 - Os registros funcionais de advertência, repreensão, suspensão e multa serão automaticamente
cancelados após 10 (dez) anos, desde que, neste período, o servidor não tenha praticado nenhuma nova in-
fração.
Parágrafo único - O cancelamento do registro, na forma deste artigo, não gerará nenhum direito para fins de
concessão ou revisão de vantagens.
Art. 191 - O servidor será punido com pena de demissão nas hipóteses de:
I - ineficiência ou falta de aptidão para o serviço, quando verificada a impossibilidade de readaptação;
II - indisciplina ou insubordinação grave ou reiterada;
III - ofensa física contra qualquer pessoa, cometida em serviço, salvo em legítima defesa própria ou de ter-
ceiros;
IV - abandono de cargo em decorrência de mais de 30 (trinta) faltas consecutivas;
V - ausências excessivas ao serviço em número superior a 60 (sessenta) dias, intercalados, durante um ano;
VI - improbidade administrativa;
VII - transgressão de quaisquer proibições dos incisos XVII a XXIV do artigo 178, considerada a sua gravi-
dade, efeito ou reincidência;
VIII - falta de exação no desempenho das atribuições, de tal gravidade que resulte em lesões pessoais ou
danos de monta;
IX - incontinência pública e conduta escandalosa na repartição;
X - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
XI - aplicação irregular de dinheiro público;
XII - reincidência na transgressão prevista no inciso V do artigo 189;
XIII - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio estadual;
XIV - revelação de segredo, do qual se apropriou em razão do cargo, ou de fato ou informação de natureza
sigilosa de que tenha conhecimento, salvo quando se tratar de depoimento em processo judicial, policial ou
administrativo-disciplinar;
XV - corrupção passiva nos termos da lei penal;
XVI - exercer advocacia administrativa;
XVII - prática de outros crimes contra a administração pública.
Parágrafo único - A demissão será aplicada, também, ao servidor que, condenado por decisão judicial tran-
sitada em julgado, incorrer na perda da função pública na forma da lei penal.
Art. 192 - O ato que demitir o servidor mencionará sempre o dispositivo legal em que se fundamentar.
Art. 193 - Atendendo à gravidade da falta, a demissão poderá ser aplicada com a nota “a bem do serviço
público”, a qual constará sempre no ato de demissão fundamentado nos incisos X a XIV do artigo 191.
Art. 194 - Uma vez submetido a inquérito administrativo, o servidor só poderá ser exonerado, a pedido, ou
aposentado voluntariamente, depois da conclusão do processo, no qual tenha sido reconhecida sua inocência.
Parágrafo único - Excetua-se do disposto neste artigo o servidor estável processado por abandono de cargo
ou por ausências excessivas ao serviço.
Art. 195 - Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do servidor que:
I - houver praticado, na atividade, falta punível com a pena de demissão;
II - infringir a vedação prevista no § 2º do artigo 158;
III - incorrer na hipótese do artigo 53.

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Art. 196 - Para a aplicação das penas disciplinares são competentes:
I - o Governador do Estado em qualquer caso;
II - os Secretários de Estado, dirigentes de autarquias e de fundações de direito público e
os titulares de órgãos diretamente subordinados ao Governador, até a de suspensão e multa limitada ao
máximo de 30 (trinta) dias;
III - os titulares de órgãos diretamente subordinados aos Secretários de Estado, dirigentes de autarquias e
de fundações de direito público até suspensão por 10 (dez) dias;
IV - os titulares de órgãos em nível de supervisão e coordenação, até suspensão por 5 (cinco) dias;
V - as demais chefias, em caso de repreensão.
Art. 197 - A ação disciplinar prescreverá em:
I - 6 (seis) meses, quanto à repreensão;
II - 12 (doze) meses, nos casos de suspensão ou multa;
III - 18 (dezoito) meses, por abandono de cargo ou faltas sucessivas ao serviço;
IV - 24 (vinte e quatro) meses, quanto às infrações puníveis com cassação de aposentadoria ou disponibili-
dade, e demissão.
§ 1º - O prazo de prescrição começa a fluir a partir da data do conhecimento do ato por superior hierárquico.
§ 2º - Quando as faltas constituírem, também, crime ou contravenção, a prescrição será regulada pela lei
penal.
TÍTULO V
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 198 - A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público estadual ou prática de infração
funcional é obrigada a promover sua apuração imediata, mediante meios sumários ou processo administrativo dis-
ciplinar, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de se tornar co-responsável, assegurada ampla defesa ao acusado.
Art. 199 - As denúncias sobre irregularidades serão objeto de averiguação, desde que contenham a identida-
de do denunciante e sejam formuladas por escrito, para fins de confirmação da autenticidade.
Parágrafo único - Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denún-
cia deverá ser arquivada por falta de objeto material passível de ensejar qualquer punição consignada nesta lei.
Art. 200 - As irregularidades e as infrações funcionais serão apuradas por meio de:
I - sindicância, quando os dados forem insuficientes para sua determinação ou para apontar o servidor fal-
toso ou, sendo este determinado, não for a falta confessada, documentalmente provada ou manifestamente
evidente;
II - inquérito administrativo, quando a gravidade da ação ou omissão torne o autor passível das penas disci-
plinares de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, demissão, cassação de aposentadoria ou de disponibilida-
de, ou ainda, quando na sindicância ficar comprovada a ocorrência de irregularidades ou falta funcional grave,
mesmo sem indicação de autoria.
CAPÍTULO II
DA SINDICÂNCIA
Art. 201 - Toda autoridade estadual é competente para, no âmbito da jurisdição do órgão sob sua chefia,
determinar a realização de sindicância, de forma sumária, a qual deverá ser concluída no prazo máximo de 30
(trinta) dias úteis, podendo ser prorrogado por até igual período.
§ 1º - A sindicância será sempre cometida a servidor de hierarquia igual ou superior à do implicado, se hou-
ver.

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§ 2º - O sindicante desenvolverá o encargo em tempo integral, ficando dispensado de suas atribuições nor-
mais até a apresentação do relatório final, no prazo estabelecido neste artigo.
Art. 202 - O sindicante efetuará diligências necessárias ao esclarecimento da ocorrência e indicação do res-
ponsável, ouvido, preliminarmente, o autor da representação e o servidor implicado, se houver.
§ 1º - Reunidos os elementos coletados, o sindicante traduzirá no relatório as suas conclusões gerais, indi-
cando, se possível, o provável culpado, qual a irregularidade ou transgressão praticada e o seu enquadramento
nas disposições da lei reguladora da matéria
§ 2º - Somente poderá ser sugerida a instauração de inquérito administrativo quando, comprovadamente, os
fatos apurados na sindicância a tal conduzirem, na forma do inciso II do artigo 200.
§ 3º - Se a sindicância concluir pela culpabilidade do servidor, será este notificado para apresentar defesa,
querendo, no prazo de 3 (três) dias úteis.
Art. 203 - A autoridade, de posse do relatório do sindicante, acompanhado dos elementos que instruírem o
processo, decidirá pelo arquivamento do processo, pela aplicação da penalidade cabível de sua competência,
ou pela instauração de inquérito administrativo, se estiver na sua alçada.
Parágrafo único - Quando a aplicação da penalidade ou a instauração de inquérito for de autoridade de outra
alçada ou competência, a esta deverá ser encaminhada a sindicância para apreciação das medidas propostas.
CAPÍTULO III
DO AFASTAMENTO PREVENTIVO
Art. 204 - Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da irregularidade
ou infração funcional, a autoridade instauradora do processo administrativo disciplinar poderá determinar o
afastamento preventivo do exercício das atividades do seu cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem
prejuízo da remuneração.
Parágrafo único - O afastamento poderá ser prorrogado por igual período, findo o qual cessarão definitiva-
mente os seus efeitos, mesmo que o processo administrativo disciplinar ainda não tenha sido concluído.
CAPÍTULO IV
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR EM ESPÉCIE
Art. 205 - O processo administrativo disciplinar é o instrumento utilizado no Estado para apurar responsabili-
dade de servidor por irregularidade ou infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação
direta com o exercício do cargo em que se encontre efetivamente investido.
Art. 206 - O processo administrativo disciplinar será conduzido por comissão composta de 3 (três) servidores
estáveis, com formação superior, sendo pelo menos um com titulação em Ciências Jurídicas e Sociais, desig-
nados pela autoridade competente, que indicará, dentre eles, o seu presidente.
§ 1º - O presidente da comissão designará, para secretariá-la, um servidor que não poderá ser escolhido
entre os componentes da mesma.
§ 2º - VETADO
§ 3º - Não poderá integrar a comissão, nem exercer a função de secretário, o servidor que tenha feito a de-
núncia de que resultar o processo disciplinar, bem como o cônjuge ou parente do acusado, consangüíneo ou
afim, em linha reta ou colateral, até 3º grau.
Art. 207 - A comissão exercerá suas atividades com independência e imparcialidade, assegurando o sigilo
absoluto e necessário à elucidação do fato, ou exigido pelo interesse da Administração.
Parágrafo único - As reuniões e as audiências das comissões terão caráter reservado.
Art. 208 - O servidor poderá fazer parte, simultaneamente, de mais de uma comissão, podendo esta ser
incumbida de mais de um processo disciplinar.
Art. 209 - O membro da comissão ou o servidor designado para secretariá-la não poderá fazer parte do pro-
cesso na qualidade de testemunha, tanto da acusação como da defesa.
Art. 210 - A comissão somente poderá deliberar com a presença absoluta de todos os seus membros.

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Parágrafo único - A ausência, sem motivo justificado, por mais de duas sessões, de qualquer dos membros
da comissão ou de seu secretário, determinará, de imediato, a substituição do faltoso, sem prejuízo de ser pas-
sível de punição disciplinar por falta de cumprimento do dever funcional.
Art. 211 - O processo administrativo disciplinar se desenvolverá, necessariamente, nas seguintes fases:
I - instauração, ocorrendo a partir do ato que constituir a comissão;
II - processo administrativo disciplinar, propriamente dito, compreendendo a instrução, defesa e relatório;
III - julgamento.
Art. 212 - O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar não poderá exceder a 60 (sessen-
ta) dias, contados da data da publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual
período, quando as circunstâncias de cunho excepcional assim o exigirem.
§ 1º - Sempre que necessário, a comissão desenvolverá seus trabalhos em tempo integral, ficando seus
membros e respectivo secretário, dispensados de suas atividades normais, até a entrega do relatório final.
§ 2º - As reuniões da comissão serão registradas em atas, detalhando as deliberações adotadas.
Art. 213 - O processo administrativo disciplinar, instaurado pela autoridade competente para aplicar a pena
disciplinar, deverá ser iniciado no prazo de 5 (cinco) dias úteis, contados da data em que for publicada a desig-
nação dos membros da comissão.
Art. 214 - Todos os termos lavrados pelo secretário da comissão, tais como, autuação, juntada, intimação,
conclusão, data, vista, recebimento de certidões, compromissos, terão formas processuais, resumindo-se tanto
quanto possível.
Art. 215 - Será feita por ordem cronológica de apresentação toda e qualquer juntada aos autos, devendo o
presidente rubricar as folhas acrescidas.
Art. 216 - Figurará sempre, nos autos do processo, a folha de antecedentes do indiciado.
Art. 217 - No processo administrativo disciplinar, poderá ser argüida suspeição, que se regerá pelas normas
da legislação comum.
Art. 218 - Quando ao servidor se imputar crime praticado na esfera administrativa, a autoridade que determi-
nar a instauração do processo administrativo disciplinar providenciará para que se instaure, simultaneamente,
o inquérito policial.
Parágrafo único - Idêntico procedimento compete à autoridade policial quando se tratar de crime praticado
fora da esfera administrativa.
Art. 219 - As autoridades administrativas e policiais se auxiliarão, mutuamente, para que ambos os inquéritos
se concluam dentro dos prazos fixados nesta lei.
Art. 220 - A absolvição do processo crime, a que for submetido o servidor, não implicará na permanência ou
retorno do mesmo ao serviço público se, em processo administrativo disciplinar regular, tiver sido demitido em
virtude de prática de atos que o inabilitem moralmente para aquele serviço.
Art. 221 - Acarretarão a nulidade do processo:
a) a determinação de instauração por autoridade incompetente;
b) a falta de citação ou notificação, na forma determinada nesta lei;
c) qualquer restrição à defesa do indiciado;
d) a recusa injustificada de promover a realização de perícias ou quaisquer outras diligências convenientes
ao esclarecimento do processo;
e) os atos da comissão praticados apenas por um dos seus membros;
f) acréscimos ao processo depois de elaborado o relatório da comissão sem nova vista ao indiciado;
g) rasuras e emendas não ressalvadas em parte substancial do processo.
Art. 222 - As irregularidades processuais que não constituírem vícios substanciais insanáveis, suscetíveis de
influírem na apuração da verdade ou decisão do processo, não determinarão a sua nulidade.

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Art. 223 - A nulidade poderá ser argüida durante ou após a formação da culpa, devendo fundar-se a sua
argüição em texto legal, sob pena de ser considerada inexistente.
CAPÍTULO V
DO INQUÉRITO ADMINISTRATIVO
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 224 - O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do contraditório, assegurada ao acusado ampla
defesa, com a utilização de todos os meios de prova em direito admitidos, podendo as mesmas serem produ-
zidas “ex-officio”, pelo denunciante ou pelo acusado, se houver, ou a requerimento da parte com legitimidade
para tanto.
Art. 225 - Quando o inquérito administrativo for precedido de sindicância, o relatório desta integrará a instru-
ção do processo como peça informativa.
Parágrafo único - Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a infração praticada consta capi-
tulada como ilícito penal, a autoridade competente providenciará no encaminhamento de cópias dos autos ao
Ministério Público, independentemente da imediata instauração do processo disciplinar.
Art. 226 - Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações
e diligências cabíveis, objetivando a coleta de provas, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de
modo a permitir a completa elucidação dos fatos.
§ 1º - A designação dos peritos deverá obedecer ao critério da capacidade técnica especializada, observa-
das as provas de habilitação estabelecidas em lei, e só poderá recair em pessoas estranhas ao serviço público
estadual, na falta de servidores aptos a prestarem assessoramento técnico.
§ 2º - Para os exames de laboratório, porventura necessários, recorrer-se-á aos estabelecimentos particula-
res somente quando inexistirem oficiais ou quando os laudos forem insatisfatórios ou incompletos.
Art. 227 - É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo pessoalmente ou por intermédio
de procurador habilitado, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos,
quando se tratar de provas periciais.
§ 1º - Só será admitida a intervenção de procurador, no processo disciplinar, após a apresentação do respec-
tivo mandato, revestido das formalidades legais.
§ 2º - O presidente da comissão poderá denegar pedidos considerados impertinentes, meramente protelató-
rios, ou de nenhum interesse para os esclarecimentos dos fatos.
§ 3º - Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de conhecimen-
tos especializados de peritos.
SEÇÃO II
DOS ATOS E TERMOS PROCESSUAIS
Art. 228 - O presidente da comissão, ao instalar os trabalhos, autuará portaria e demais peças existentes e
designará dia, hora e local para a audiência inicial, citando o indiciado, se houver, para interrogatório e acom-
panhamento do processo.
§ 1º - A citação do indiciado será feita, pessoalmente ou por via postal, com antecedência mínima de 5 (cin-
co) dias úteis da data marcada para audiência, e conterá dia, hora, local, sua qualificação e a tipificação da
infração que lhe é imputada.
§ 2º - Caso o indiciado se recuse a receber a citação, deverá o fato ser certificado, à vista de, no mínimo, 2
(duas) testemunhas.
§ 3º - Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, a citação será feita por edital, publicada no
órgão oficial por 3 (três) vezes, com prazo de 15 (quinze) dias úteis, contados a partir da primeira publicação,
juntando-se comprovante ao processo.

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§ 4º - Quando houver fundada suspeita de ocultação do indiciado, proceder-se-á à citação por hora certa, na
forma dos arts. 227 a 229 do Código de Processo Civil.
§ 5º - Estando o indiciado afastado do seu domicílio e conhecido o seu endereço em outra localidade, a cita-
ção será feita por via postal, em carta registrada, juntando-se ao processo o comprovante do registro e o aviso
de recebimento.
§ 6º - A citação pessoal, as intimações e as notificações serão feitas pelo secretário da comissão, apresen-
tando ao destinatário o instrumento correspondente em duas vias para que, retendo uma delas, passe recibo
devidamente datado na outra.
§ 7º - Quando o indiciado comparecer voluntariamente junto à comissão, será dado como citado.
§ 8º - Não havendo indiciado, a comissão intimará as pessoas, servidores, ou não, que, presumivelmente,
possam esclarecer a ocorrência, objeto do inquérito.
Art. 229 - Na hipótese de a comissão entender que os elementos do processo são insuficientes para bem
caracterizar a ocorrência, poderá ouvir previamente a vítima ou o denunciante da irregularidade ou infração
funcional.
Art. 230 - Feita a citação e não comparecendo o indiciado, o processo prosseguirá à revelia, com defensor
dativo designado pelo presidente da comissão, procedendo-se da mesma forma com relação ao que se encon-
tre em lugar incerto e não sabido ou afastado da localidade de seu domicílio.
Art. 231 - O indiciado tem o direito, pessoalmente ou por intermédio de defensor, a assistir aos atos probató-
rios que se realizarem perante a comissão, requerendo medidas que julgar convenientes.
Parágrafo único - O indiciado poderá requerer ao presidente da comissão a designação de defensor dativo,
caso não o possuir.
Art. 232 - O indiciado, dentro do prazo de 5 (cinco) dias úteis após o interrogatório, poderá requerer diligên-
cia, produzir prova documental e arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito).
§ 1º - Se as testemunhas de defesa não forem encontradas e o indiciado, dentro do prazo de 3 (três) dias
úteis, não indicar outras em substituição, prosseguir-se-á nos demais termos do processo.
§ 2º - No caso de mais de um indiciado, cada um deles será ouvido separadamente, podendo ser promovida
acareação, sempre que divergirem em suas declarações.
Art. 233 - As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo presidente da comis-
são, devendo apor seus cientes na segunda via, a qual será anexada ao processo.
Parágrafo único - Se a testemunha for servidor público, a expedição do mandado será remetida ao chefe da
repartição onde servir, com a indicação do dia, hora e local em que procederá à inquirição.
Art. 234 - Serão assegurados transporte e diárias:
I - ao servidor convocado para prestar depoimento, fora da sede de sua repartição, na condição de denun-
ciante, indiciado ou testemunha;
II - aos membros da comissão e ao secretário da mesma, quando obrigados a se deslocarem da sede dos
trabalhos para a realização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos.
Art. 235 - O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo
por escrito, sendo-lhe, porém, facultada breve consulta a apontamentos.
§ 1º - As testemunhas serão inquiridas separadamente, se possível no mesmo dia, ouvindo-se previamente,
as apresentadas pelo denunciante; a seguir, as indicadas pela comissão e, por último, as arroladas pelo indi-
ciado.
§ 2º - Na hipótese de depoimentos contraditórios ou divergentes entre si, proceder-se-á à acareação dos
depoentes.
§ 3º - Antes de depor, a testemunha será qualificada, declarando o nome, estado civil, profissão, se é paren-
te, e em que grau, de alguma das partes, ou quais suas relações com qualquer delas.

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Art. 236 - Ao ser inquirida uma testemunha, as demais não poderão estar presentes, a fim de evitar-se que
uma ouça o depoimento da outra.
Art. 237 - O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem como à inquirição das testemu-
nhas, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, facultando-selhe, porém, reinquiri-las, por inter-
médio do presidente da comissão.
Art. 238 - A testemunha somente poderá eximir-se de depor nos casos previstos em lei penal.
§ 1º - Se arrolados como testemunha, o Governador do Estado, os Secretários, os dirigentes máximos
de autarquias, bem como outras autoridades federais, estaduais ou municipais de níveis hierárquicos a eles
assemelhados, o depoimento será colhido em dia, hora e local previamente ajustados entre o presidente da
comissão e a autoridade.
§ 2º - Os servidores estaduais arrolados como testemunhas serão requisitados junto às respectivas chefias
e, os federais e os municipais, bem como os militares, serão notificados por intermédio das repartições ou uni-
dades a que servirem.
§ 3º - No caso em que as pessoas estranhas ao serviço público se recusem a depor perante a comissão, o
presidente poderá solicitar à autoridade policial competente, providências no sentido de serem elas ouvidas na
polícia, encaminhando, para tanto, àquela autoridade, a matéria reduzida a itens, sobre a qual devam ser ouvidas.
Art. 239 - Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissão proporá à autoridade
competente que ele seja submetido a exame por junta médica oficial, da qual participe, pelo menos, um médico
psiquiatra.
Parágrafo único - O incidente de sanidade mental será processado em autos apartados e apensos ao pro-
cesso principal, após expedição do laudo pericial.
Art. 240 - O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à comissão o local onde será en-
contrado.
Art. 241 - Durante o curso do processo, a comissão promoverá as diligências que se fizerem necessárias à
elucidação do objeto do inquérito, podendo, inclusive, recorrer a técnicos e peritos.
Parágrafo único - Os órgãos estaduais atenderão com prioridade às solicitações da comissão.
Art. 242 - Compete à comissão tomar conhecimento de novas imputações que surgirem, durante o curso do
processo, contra o indiciado, caso em que este poderá produzir novas provas objetivando sua defesa.
Art. 243 - Na formação material do processo, todos os termos lavrados pelo secretário terão forma sucinta e,
quando possível, padronizada.
§ 1º - A juntada de documentos será feita pela ordem cronológica de apresentação mediante despacho do
presidente da comissão.
§ 2º - A cópia da ficha funcional deverá integrar o processo desde a indiciação do servidor, bem como, após
despacho do presidente, o mandato, revestido das formalidades legais que permita a intervenção de procura-
dor, se for o caso.
Art. 244 - Ultimada a instrução do processo, intimar-se-á o indiciado, ou seu defensor legalmente constituí-
do, para, no prazo de 10 (dez) dias, contados da data da intimação, apresentar defesa por escrito, sendo-lhe
facultada vista aos autos na forma da lei.
§ 1º - Havendo 2 (dois) ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 (vinte) dias.
§ 2º - O prazo de defesa, excepcionalmente, poderá ser suprimido, a critério da comissão, quando esta a
julgar desnecessária, face à inconteste comprovação da inocência do indiciado.
Art. 245 - Esgotado o prazo de defesa, a comissão apresentará, dentro de 10 (dez) dias, minucioso relatório,
resumindo as peças essenciais dos autos e mencionando as provas principais em que se baseou para formular
sua convicção.
§ 1º - O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do sindicado.
§ 2º - Se a defesa tiver sido dispensada ou apresentada antes da fluência do prazo, contar-se-á o destinado
à feitura do relatório a partir do dia seguinte ao da dispensa da apresentação.

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§ 3º - No relatório, a comissão apreciará em relação a cada indiciado, separadamente, as irregularidades,
objeto de acusação, as provas que instruírem o processo e as razões de defesa, propondo, justificadamente, a
absolvição ou a punição, sugerindo, nesse caso, a pena que couber.
§ 4º - Deverá, também, a comissão, em seu relatório, sugerir providências tendentes a evitar a reprodução
de fatos semelhantes ao que originou o processo, bem como quaisquer outras que lhe pareçam de interesse
do serviço público estadual.
Art. 246 - O relatório da comissão será encaminhado à autoridade que determinou a sua instauração para
apreciação final no prazo de 30 (trinta) dias.
§ 1º - Apresentado o relatório, a comissão ficará à disposição da autoridade que houver instaurado o inqué-
rito para qualquer esclarecimento ou providência julgada necessária.
§ 2º - Quando não for da alçada da autoridade a aplicação das penalidades e das providências indicadas,
estas serão propostas a quem de direito competir, no prazo marcado para julgamento.
§ 3º - Na hipótese do parágrafo anterior, o prazo para julgamento final será de 20 (vinte) dias.
§ 4º - A autoridade julgadora promoverá a publicação em órgão oficial, no prazo de 8 (oito) dias, da decisão
que proferir, expedirá os atos decorrentes do julgamento e determinará as providências necessárias a sua exe-
cução.
§ 5º - Cumprido o disposto no parágrafo anterior, dar-se-á ciência da solução do processo ao autor da repre-
sentação e à comissão, procedendo-se, após, ao seu arquivamento.
§ 6º - Se o processo não for encaminhado à autoridade competente no prazo de 30 (trinta) dias, ou julgado
no prazo determinado no § 3º, o indiciado poderá reassumir, automaticamente, o exercício do seu cargo, onde
aguardará o julgamento.
CAPÍTULO VI
DO PROCESSO POR ABANDONO DE CARGO OU POR AUSÊNCIAS EXCESSIVAS AO SERVIÇO
Art. 247 - É dever do chefe imediato conhecer os motivos que levam o servidor a faltar consecutiva e fre-
qüentemente ao serviço.
Parágrafo único - Constatadas as primeiras faltas, deverá o chefe imediato, sob pena de se tornar co-res-
ponsável, comunicar o fato ao órgão de apoio administrativo da repartição que promoverá as diligências neces-
sárias à apuração da ocorrência.
Art. 248 - Quando o número de faltas não justificadas ultrapassar a 30 (trinta) consecutivas ou 60 (sessenta)
intercaladas durante um ano, a repartição onde o servidor estiver em exercício promoverá sindicância e, à vista
do resultado nela colhido, proporá:
I - a solução, se ficar provada a existência de força maior, coação ilegal ou circunstância ligada ao estado
físico ou psíquico do servidor, que contribua para não caracterizar o abandono do cargo ou que possa determi-
nar a justificabilidade das faltas;
II - a instauração de inquérito administrativo se inexistirem provas das situações mencionadas no inciso an-
terior, ou existindo, forem julgadas insatisfatórias.
§ 1º - No caso de ser proposta a demissão, o servidor terá o prazo de 5 (cinco) dias para apresentar defesa.
§ 2º - Para aferição do número de faltas, as horas serão convertidas em dias, quando o servidor estiver su-
jeito a regime de plantões.
§ 3º - Salvo em caso de ficar caracterizada, desde logo, a intenção do faltoso em abandonar o cargo, ser-lhe-
-á permitido continuar em exercício, a título precário, sem prejuízo da conclusão do processo.
§ 4º - É facultado ao indiciado, por abandono de cargo ou por ausências excessivas ao serviço, no decurso
do correspondente processo administrativo disciplinar, requerer sua exoneração, a juízo da autoridade compe-
tente.

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CAPÍTULO VII
DA REVISÃO DO PROCESSO
Art. 249 - O processo administrativo disciplinar poderá ser revisto, uma única vez, a qualquer tempo ou “ex-
-officio”, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência ou inadequação
da penalidade aplicada.
§ 1º - O pedido da revisão não tem efeito suspensivo e nem permite agravação da pena.
§ 2º - Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa de sua família
poderá requerer revisão do processo.
§ 3º - No caso de incapacidade mental, a revisão poderá ser requerida pelo respectivo curador.
Art. 250 - No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente.
Art. 251 - O requerimento de revisão do processo será dirigido ao Secretário de Estado ou autoridade equi-
valente que, se a autorizar, encaminhará o pedido ao órgão ou entidade onde se originou o processo disciplinar.
Art. 252 - A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias de prazo para a conclusão dos trabalhos.
Art. 253 - O julgamento caberá à autoridade que aplicou a penalidade nos termos do artigo 246, no prazo
de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, durante o qual poderá determinar as diligências que
julgar necessárias.
Art. 254 - Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se
todos os direitos do servidor.
TÍTULO VI
DA PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA AO SERVIDOR
Art. 255 - O Estado manterá órgão ou entidade de previdência e assistência médica, odontológica e hospita-
lar para seus servidores e dependentes, mediante contribuição, nos termos da lei.
Art. 256 - Caberá, especialmente ao Estado, a concessão dos seguintes benefícios, na forma prevista nesta
lei:
I - abono familiar;
II - licença para tratamento de saúde;
III - licença-gestante, à adotante e licença-paternidade;
IV - licença por acidente em serviço;
V - aposentadoria;
VI - auxílio-funeral;
VII - complementação de pensão.
§ 1° - Além das concessões de que trata este artigo, será devido o auxílio-transporte, correspondente à ne-
cessidade de deslocamento do servidor em atividade para seu local de trabalho e vice-versa, nos termos da lei.
§ 2º - VETADO
§ 3º - A lei regulará o atendimento gratuito de filhos e dependentes de servidores, de zero a seis anos, em
creches e pré-escola.
Art. 257 - O auxílio-funeral é a importância devida à família do servidor falecido, ativo ou inativo, em valor
equivalente:
I - a um mês de remuneração ou provento que perceberia na data do óbito, considerados eventuais acúmu-
los legais;
II - ao montante das despesas realizadas, respeitando o limite fixado no inciso anterior, quando promovido
por terceiros.

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Parágrafo único - O processo de concessão de auxílio-funeral obedecerá a rito sumário e concluir-se-á no
prazo de 48 (quarenta e oito) horas da prova do óbito, subordinando-se o pagamento à apresentação dos com-
provantes da despesa.
Art. 258 - Em caso de falecimento de servidor ocorrido quando no desempenho de suas funções, fora do
local de trabalho, inclusive em outro Estado ou no exterior, as despesas de transporte do corpo correrão à conta
de recursos do Estado, autarquia ou fundação de direito público.
Art. 259 - Ao cônjuge ou dependente do servidor falecido em conseqüência de acidente em serviço ou
agressão não-provocada, no exercício de suas atribuições, será concedida complementação da pensão que,
somada à que perceber do órgão de Previdência do Estado, perfaça a totalidade da remuneração percebida
pelo servidor, quando em atividade.
Art. 260 - Caberá ao Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul a concessão de benefícios e
serviços, na forma prevista em lei específica.
Parágrafo único - Todo servidor abrangido por esta lei deverá, obrigatoriamente, ser contribuinte do órgão
previdenciário de que trata este artigo.
TÍTULO VII
DA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO
Art. 261 - Para atender necessidade temporária de excepcional interesse público, a Administração estadual
poderá efetuar contratações de pessoal, por prazo determinado, na forma da lei.
Parágrafo único - Para os fins previstos neste artigo, consideram-se como necessidade temporária de ex-
cepcional interesse público as contratações destinadas a:
I - combater surtos epidêmicos;
II - atender situações de calamidade pública;
III - atender a outras situações de urgência que vierem a ser definidas em lei.
TÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS, TRANSITÓRIAS E FINAIS
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 262 - O dia 28 de outubro é consagrado ao servidor público estadual.
Art. 263 - Poderão ser conferidos, no âmbito da administração estadual, autarquia e fundações de direito
público, prêmios pela apresentação de idéias, inventos ou trabalhos que possibilitem o aumento da produtivi-
dade e a redução de custos operacionais, bem como concessão de medalhas, diploma de honra ao mérito,
condecoração e louvor, na forma do regulamento.
Art. 264 - Os prazos previstos nesta lei serão contados em dias corridos, excluindo-se o dia do começo e
incluindo-se o do vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte, o prazo vencido em dia em
que não haja expediente.
Parágrafo único - Os avanços e os adicionais de 15% (quinze por cento) e 25% (vinte e cinco por cento)
serão pagos a partir do primeiro dia do mês em que for completado o período de concessão.
Art. 265 - Por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, o servidor não poderá ser pri-
vado de quaisquer dos seus direitos, sofrer discriminação em sua vida funcional, nem eximir-se do cumprimento
de seus deveres.
Art. 266 - Do exercício de encargos ou serviços diferentes dos definidos em lei ou regulamento, como próprio
do seu cargo ou função, não decorre nenhum direito ao servidor, ressalvadas as comissões legais.
Art. 267 - É vedado às chefias manterem sob suas ordens cônjuges e parentes até segundo grau, salvo
quando se tratar de função de imediata confiança e livre escolha, não podendo, porém, exceder de dois o nú-
mero de auxiliares nessas condições.

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Art. 268 - Serão assegurados ao servidor público civil os direitos de associação profissional ou sindical.
Art. 269 - Consideram-se da família do servidor, além do cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam às
suas expensas e constem no seu assentamento individual.
Parágrafo único - Equipara-se ao cônjuge, a companheira ou companheiro que comprove união estável
como entidade familiar.
Art. 270 - A atribuição de qualquer direito e vantagem, cuja concessão dependa de ato ou portaria do Gover-
nador do Estado, ou de outra autoridade com competência para tal, somente produzirá efeito a partir da data
da publicação no órgão oficial.
Art. 271 - Os servidores estaduais, no exercício de suas atribuições, não estão sujeitos a sanções disciplina-
res por crítica irrogada em quaisquer escritos de natureza administrativa.
Parágrafo único - A requerimento do interessado, poderá a autoridade suprimir as críticas irrogadas.
Art. 272 - O servidor que esteja sujeito à fiscalização de órgão profissional e for suspenso do exercício da
profissão, enquanto durar a medida, não poderá desempenhar atividade que envolva responsabilidade técni-
co-profissional.
Art. 273 - O Poder Executivo regulará as condições necessárias à perfeita execução desta lei, observados
os princípios gerais nela consignados.
Art. 274 - O disposto nesta lei é extensivo às autarquias e às fundações de direito público, respeitada, quanto
à prática de atos administrativos, a competência dos respectivos titulares.
Art. 275 - Os dirigentes máximos das autarquias e fundações de direito público poderão praticar atos ad-
ministrativos de competência do Governador, salvo os indelegáveis, nas áreas de suas respectivas atuações.
CAPÍTULO II
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS
Art. 276 - VETADO
§ 1º - VETADO
§ 2º - VETADO
§ 3º - VETADO
§ 4º - VETADO
§ 5º - VETADO
§ 6º - VETADO
Art. 277 - VETADO
§ 1º - VETADO
§ 2º - VETADO
Art. 278 - VETADO
Parágrafo único - VETADO
Art. 279 - Aplicam-se as disposições desta lei aos integrantes do Plano de Carreira do Magistério Público
Estadual, na forma prevista no art. 154 da Lei nº 6.672, de 22 de abril de 1974.
Art. 280 - As disposições da Lei nº 7.366, de 29 de março de 1980, que não conflitarem com os princípios
estabelecidos por esta lei, permanecerão em vigor até a edição de lei complementar, prevista no art. 134 da
Constituição do Estado do Rio Grande do Sul.
Art. 281 - A exceção de que trata o artigo 1º se estende aos empregados portuários e hidroviários, vincula-
dos à entidade responsável pela administração de portos de qualquer natureza, hidrovias e obras de proteção
e regularização, que continuarão a adotar o regime da Lei nº 4.860/65, a legislação trabalhista, a legislação
portuária federal e a política nacional de salários, observado o quadro de pessoal próprio.
Art. 282 - VETADO

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Parágrafo único - VETADO
Art. 283 - VETADO
Art. 284 - VETADO
Art. 285 - VETADO
Art. 286 - As despesas decorrentes da aplicação desta lei correrão à conta de dotações orçamentárias pró-
prias.
Art. 287 - Fica o Executivo autorizado a abrir créditos suplementares necessários à cobertura das despesas
geradas por esta lei.
Art. 288 - VETADO
Art. 289 - Ressalvados os direitos adquiridos, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, são revogadas as
disposições em contrário.
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 03 de fevereiro de 1994.

Lei Estadual nº 13.821 de 25 de outubro de 2011, atualizada pela Lei nº 15.942, de 2 de


janeiro de 2023, que cria o Quadro de Pessoal dos Serviços Auxiliares da Defensoria
Pública do Estado, altera seu Quadro de Cargos em Comissão e Funções Gratificadas e
dá outras providências

LEI N.º 13.821 DE 25 DE OUTUBRO DE 2011


Cria o Quadro de Pessoal dos Serviços Auxiliares da Defensoria Pública do Estado, altera seu Quadro de
Cargos em Comissão e Funções Gratificadas e dá outras providências.
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1.º Ficam criados, no Quadro de Pessoal dos Serviços Auxiliares da Defensoria Pública do Estado, os
seguintes cargos de provimento efetivo:
I - 250 (duzentos e cinquenta) cargos de Analista; e
II - 450 (quatrocentos e cinquenta) cargos de Técnico.
Art. 2.º Os cargos criados no art. 1.º serão distribuídos conforme as seguintes áreas de atividade:
I - Área Jurídica – abrangendo, em termos gerais, processamento dos feitos, análise e pesquisa de legisla-
ção, doutrina e jurisprudência, elaboração de textos jurídicos e demais atribuições previstas em regulamento;
II - Área Administrativa – atividades relacionadas com recursos humanos, material e patrimônio, orçamento
e finanças, contratos e licitações, transporte e segurança e demais funções complementares de apoio adminis-
trativo previstas em regulamento; e
III - Área de Apoio Especializado – atividades a demandar dos titulares, registro no órgão fiscalizador do
exercício da profissão ou que exijam o domínio de habilidades específicas, a critério da administração, tais
como: saúde, contadoria, arquitetura, engenharia, comunicação social, biblioteconomia, informática, programa-
ção visual, taquigrafia, assistência social, administração e economia, dentre outras previstas em regulamento.
Art. 3.º As atribuições dos cargos serão descritas em regulamento, considerado o seguinte:
I - Analista – Área Administrativa: atividades de planejamento, organização, coordenação, supervisão técni-
ca, assessoramento, estudo, pesquisa, elaboração de textos, certidões, laudos, pareceres ou informações, me-
diação, conciliação, acompanhamento e execução de atividade de atendimento ao cidadão, atuação como ins-
trutor e monitor em cursos de treinamento e aperfeiçoamento de servidores da Defensoria Pública do Estado e
execução de tarefas de elevado grau de complexidade, dentre as demais atribuições definidas em regulamento;

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II - Analista – Área Jurídica: planejamento, organização, coordenação, supervisão técnica, elaboração de
textos, certidões, informações, atividades de apoio a sessões e audiências, mediação, conciliação, acompa-
nhamento e execução de atividade de atendimento ao cidadão, atuação como instrutor e monitor em cursos
de treinamento e aperfeiçoamento de servidores da Defensoria Pública do Estado e execução de tarefas de
elevado grau de complexidade, dentre as demais atribuições definidas em regulamento;
III - Analista – Área de Apoio Especializado: tarefas de suporte técnico de elevado grau de complexidade,
dentre as demais atribuições definidas em regulamento;
IV - Técnico – atividades de cumprimento e formalização dos atos processuais e respectiva certificação,
elaboração de documentos, atendimento ao público, efetuar juntada de documentos; proceder à baixa e ar-
quivamento dos processos; executar atividades de apoio administrativo, mediação, conciliação, atuação como
instrutor e monitor em cursos de treinamento e aperfeiçoamento de servidores da Defensoria Pública do Estado
e outras tarefas de grau médio de complexidade, dentre as demais atribuições definidas em regulamento.
CAPÍTULO II
DO INGRESSO NA CARREIRA
Art. 4.º O ingresso nos cargos criados por esta Lei dar-se-á sempre no primeiro padrão da Classe “A” do
respectivo cargo, após prévia aprovação em concurso público de provas ou de provas e de títulos.
Parágrafo único. Poderá ser incluído, como etapa do concurso público, programa de formação de caráter
eliminatório, classificatório ou eliminatório e classificatório.
Art. 5.º São requisitos de escolaridade para o ingresso nos cargos de que trata o art. 2.º:
I - para o cargo de Analista, curso de graduação, correlacionado com a especialidade, se for o caso; e
II - para o cargo de Técnico, curso de Ensino Médio ou curso técnico equivalente, correlacionado com a
especialidade, se for o caso.
Parágrafo único. Além dos requisitos previstos no “caput” deste artigo, poderão ser exigidos formação es-
pecializada, experiência e registro profissional a serem definidos em regulamento e especificados em edital de
concurso.
Art. 6.º Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio
probatório pelo período de três anos, durante o qual sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação, inclu-
sive psicológica e psiquiátrica, servindo como referência para a efetivação ou não no cargo.
§ 1.º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por
comissão instituída para essa finalidade.
§ 2.º O estágio probatório ficará suspenso durante os períodos de licenças e demais afastamentos, exce-
to quanto aos previstos constitucionalmente, na forma do regulamento próprio. (Redação dada pela Lei n.º
15.942/23)
Art. 7.º É atribuição do Defensor Público-Geral a alocação dos cargos por área, atendidas a necessidade e
a conveniência dos serviços.
Parágrafo único. O exercício dos cargos poderá exigir a prestação de serviço fora do horário normal de ex-
pediente, respeitado o regime normal de horas semanais do respectivo cargo. (Incluído pela Lei n.º 15.942/23)
CAPÍTULO III
DO PROCEDIMENTO DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Art. 8.º O processo de avaliação de desempenho, a ser estabelecido em regulamento próprio, será referen-
cial para aprovação em estágio probatório, progressão e promoção por merecimento e objetivará:
I - estimular a motivação e o compromisso dos servidores;
II - melhorar o desempenho;
III - estimular a comunicação interna;
IV - identificar as necessidades de treinamento;

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V - reconhecer êxitos e estimular o aperfeiçoamento; e
VI - promover a eficiência, a eficácia e a efetividade dos serviços.
VII - possibilitar o planejamento e a elaboração de programas e políticas de gestão de pessoas. (Incluído
pela Lei n.º 15.942/23)
Art. 9.º O processo de avaliação de desempenho será baseado em critérios de competências, nos prazos e
na forma estabelecidos em regulamento.
Art. 10. Será responsável pelo processo de avaliação a chefia a quem o servidor estiver subordinado, na
forma do regulamento.
Art. 11. A implantação do processo de avaliação de desempenho para fins de progressão e promoção por
merecimento será precedida de programa de treinamento, de caráter obrigatório, destinado à preparação e à
capacitação dos servidores e agentes responsáveis pelo processo de avaliação.
Art. 12. Caberá à Defensoria Pública do Estado instituir programa de capacitação, presencial ou à distância,
destinado à formação e ao aperfeiçoamento profissional, visando à preparação dos servidores para o exercício
de atribuições de maior complexidade e responsabilidade. (Redação dada pela Lei n.º 15.942/23)
CAPÍTULO IV
DO DESENVOLVIMENTO NA CARREIRA
Art. 13. Fica estabelecida a estrutura dos cargos de Analista e de Técnico, composta por 3 (três) classes, A,
B e C, e 5 (cinco) padrões de vencimento para cada classe, nos termos do Anexo I.
§ 1.º As classes A, B e C representam os estágios na carreira, atingidos por meio de promoção.
§ 2.º Os padrões representam as progressões atingidas por meio de avaliação de desempenho.
Art. 14. A progressão é a elevação do padrão para o seguinte, dentro da mesma classe, e está condicionada
à aprovação na avaliação de desempenho funcional
§ 1.º Os processos de progressão correrão no mês de maio de cada ano e produzirão efeitos a contar da
respectiva publicação no Diário Eletrônico da Defensoria. (Redação dada pela Lei n.º 15.942/23)
§ 2.º É vedada a progressão durante o estágio probatório. (Incluído pela Lei n.º 15.942/23)
Art. 15. A promoção é a movimentação do servidor do último padrão de uma classe para o primeiro padrão
da classe seguinte. (Redação dada pela Lei n.º 15.942/23)
§ 1.º A promoção será alternada, segundo os critérios de merecimento e de antiguidade, conforme definição
em regulamento.
§ 2.º A promoção no cargo será realizada observado o juízo de conveniência e oportunidade da Defensoria
Pública do Estado, bem como consideradas as limitações das leis orçamentárias e de Responsabilidade Fiscal.
(Redação dada pela Lei n.º 15.942/23)
§ 3.º A antiguidade será apurada, sucessivamente, conforme os seguintes critérios: (Redação dada pela Lei
n.º 15.942/23)
I - tempo de serviço na classe; (Redação dada pela Lei n.º 15.942/23)
II - tempo de exercício no cargo; (Redação dada pela Lei n.º 15.942/23)
III - tempo de serviço público prestado na Defensoria Pública do Estado; (Redação dada pela Lei n.º 15.942/23)
IV - tempo de serviço público estadual; (Redação dada pela Lei n.º 15.942/23)
V - tempo de serviço público em geral; (Redação dada pela Lei n.º 15.942/23)
VI - maior idade. (Redação dada pela Lei n.º 15.942/23)
§ 4.º Após a aprovação no estágio probatório, o servidor será submetido ao processo de avaliação de de-
sempenho de que trata o Capítulo III desta Lei, na forma do regulamento próprio, para fins de progressão e
promoção por merecimento. (Redação dada pela Lei n.º 15.942/23)

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Art. 16. A progressão e a promoção por merecimento dependerão, cumulativamente, do resultado de avalia-
ção formal de desempenho e da participação e aproveitamento em curso de aperfeiçoamento oferecido, prefe-
rencialmente, pela Defensoria Pública do Estado, na forma prevista em regulamento.
Art. 17. O interstício para a progressão e a promoção será computado em períodos mínimos de 1 (um)
ano, contados da data em que o servidor completou o último interstício aquisitivo, ficando suspenso nas faltas
injustificadas ao serviço e durante os períodos de licença e demais afastamentos, na forma do regulamento.
(Redação dada pela Lei n.º 15.942/23)
CAPÍTULO V
DA REMUNERAÇÃO
Art. 18. A remuneração dos cargos de Analista e de Técnico fica constituída pelo vencimento básico corres-
pondente à respectiva classe e padrão, podendo ser acrescida das eventuais gratificações pecuniárias estabe-
lecidas em lei.
Art. 19. Os servidores ocupantes dos cargos da carreira ora criada, quando investidos em função de con-
fiança, perceberão a remuneração do cargo efetivo acrescida do valor da função para a qual forem designados.
Art. 20. As tabelas de vencimentos básicos são as previstas no Anexo I desta Lei
Art. 21. Aos servidores da Defensoria Pública do Estado fica assegurada a percepção de auxílio-refeição, na
forma e termos estabelecidos na Lei nº 14.845, de 22 de março de 2016. (Redação dada pela Lei n.º 15.942/23)
Parágrafo único. A partir de 1º de janeiro de 2022, os reajustamentos dos valores a que se refere o “caput”
serão determinados por ato do Defensor Público-Geral do Estado, conforme disponibilidade orçamentária. (In-
cluído pela Lei n.º 15.942/23)
Art. 22. Aos servidores lotados em Defensorias Públicas de difícil provimento poderá ser atribuída uma grati-
ficação de até 20% (vinte por cento) do vencimento básico da respectiva classe e padrão. (Redação dada pela
Lei n.º 15.942/23)
Parágrafo único. As Defensorias Públicas de difícil provimento serão definidas em tabela organizada anual-
mente pelo Defensor Público-Geral do Estado. (Incluído pela Lei n.º 15.942/23)
Art. 22-A. Aos servidores que prestarem serviço no horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de
um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, poderá ser atribuída gratificação de trabalho noturno, não incorporá-
vel, de 20% (vinte por cento) sobre o vencimento básico da respectiva classe e padrão. (Incluído pela Lei n.º
15.942/23)
Art. 22-B. Aos servidores ativos da Defensoria Pública do Estado e aos colocados à sua disposição, que
tenham filhos ou dependentes com idade igual ou inferior a 6 (seis) anos, fica assegurada a percepção do au-
xílio-creche, na forma de regulamento e observados os dispositivos desta Lei. (Incluído pela Lei n.º 15.942/23)
§ 1.º O servidor, para fazer jus ao auxílio-creche, deverá comprovar junto à Diretoria de Recursos Humanos:
(Incluído pela Lei n.º 15.942/23)
I - anualmente, que a criança foi matriculada em creche ou em escola de educação infantil, por meio do
comprovante de pagamento da matrícula; (Incluído pela Lei n.º 15.942/23)
II - semestralmente, até o 5º (quinto) dia útil do mês subsequente ao da fixação da semestralidade, que a
criança frequentou a creche ou a escola de educação infantil no semestre anterior, por meio de atestado expe-
dido pelo estabelecimento. (Incluído pela Lei n.º 15.942/23)
§ 2.º Os atestados de matrícula e os comprovantes de pagamento das mensalidades conterão o nome, o
endereço, o número do CNPJ e a inscrição municipal do estabelecimento. (Incluído pela Lei n.º 15.942/23)
§ 3.º Tratando-se de escola de educação infantil, o comprovante de pagamento substituirá os atestados de
frequência, durante os meses de férias escolares. (Incluído pela Lei n.º 15.942/23)
§ 4.º O descumprimento de qualquer uma das disposições anteriores importará a suspensão de pagamento
do auxílio-creche e o desconto, em folha de pagamento, das importâncias indevidamente percebidas, com o
acréscimo da correção monetária. (Incluído pela Lei n.º 15.942/23)
§ 5.º Não terá direito ao auxílio-creche o servidor: (Incluído pela Lei n.º 15.942/23)

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I - à disposição dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário ou de outro órgão público; (Incluído pela Lei
n.º 15.942/23)
II - em gozo de licença não remunerada; (Incluído pela Lei n.º 15.942/23)
III - afastado do serviço em razão do disposto no art. 64, incisos VII, VIII e XIV, alínea “e”, e nos arts. 146 e
147 da Lei Complementar nº 10.098/94; (Incluído pela Lei n.º 15.942/23)
IV - cujos filhos e/ou dependentes estejam matriculados em creche ou escola de educação infantil mantidas
integralmente pelo Poder Público; (Incluído pela Lei n.º 15.942/23)
V - cujo cônjuge ou companheiro perceba benefício igual ou similar de outro órgão ou entidade do Estado.
(Incluído pela Lei n.º 15.942/23)
§ 6.º Na hipótese de ambos os pais pertencerem ao quadro funcional de servidores da Defensoria Pública,
apenas um deles fará jus ao auxílio-creche. (Incluído pela Lei n.º 15.942/23)
§ 7.º A matrícula no primeiro ano do ensino fundamental fará cessar a percepção do benefício, ainda que a
criança não tenha 6 (seis) anos completos. (Incluído pela Lei n.º 15.942/23)
§ 8.º Deverá o servidor declarar, para receber o auxílio-creche, em formulário padrão, não estar enquadrado
em nenhuma das hipóteses dos incisos IV e V do § 5º deste artigo. (Incluído pela Lei n.º 15.942/23)
§ 9.º É dever funcional do servidor comunicar, por escrito, ao respectivo órgão de pessoal, a ocorrência de
quaisquer alterações referentes ao disposto no “caput” deste artigo. (Incluído pela Lei n.º 15.942/23)
§ 10. O auxílio-creche será constituído de 12 (doze) parcelas e será concedido mensalmente, por filho ou
dependente, no valor correspondente ao percentual de 15% (quinze por cento) do vencimento do cargo de
Técnico, Classe A, Padrão 01, do Quadro de Pessoal dos Serviços Auxiliares da Defensoria Pública do Estado,
para frequência em turno integral, e de 10% (dez por cento) do vencimento do cargo de Técnico, Classe A, Pa-
drão 01, do Quadro de Pessoal dos Serviços Auxiliares da Defensoria Pública do Estado, para frequência em
meio turno. (Incluído pela Lei n.º 15.942/23)
§ 11. Será considerado regime de turno integral a frequência em período igual ou superior a 8 (oito) horas
diárias. (Incluído pela Lei n.º 15.942/23)
§ 12. Na hipótese de pagamento mensal comprovado em valores inferiores aos limites estabelecidos no § 11
deste artigo, o auxílio-creche será concedido nas exatas importâncias efetivamente despendidas pelo servidor.
(Incluído pela Lei n.º 15.942/23)
§ 13. O início da percepção do benefício dar-se-á no mês em que for protocolado o requerimento na Dire-
toria de Recursos Humanos, desde que preenchidos os requisitos previstos neste artigo. (Incluído pela Lei n.º
15.942/23)
§ 14. O auxílio-creche não será incorporado ao vencimento para quaisquer efeitos, nem servirá de base de
cálculo para quaisquer vantagens ou benefícios, funcionais ou previdenciários. (Incluído pela Lei n.º 15.942/23)
CAPÍTULO VII
DO QUADRO DE CARGOS EM COMISSÃO E FUNÇÕES GRATIFICADAS
Art. 23. O Quadro de Cargos em Comissão e Funções Gratificadas da Defensoria Pública do Estado fica
constituído da seguinte forma:

Nº Cargo/Função Padrão
1 Diretor-Geral CC-DP/FG-DP
13
5 Assessor Superior CC-DP/FG-DP
12
1 Coordenador da Auditoria e Controle Interno CC-DP/FG-DP
11
6 Diretor CC-DP/FG-DP
11

110
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5 Assessor Especial CC-DP/FG-DP
10
1 Coordenador da Assessoria de Segurança CC-DP/FG-DP
Institucional 10
1 Coordenador da Assessoria de Comunicação CC-DP/FG-DP
10
1 Coordenador do Cerimonial CC-DP/FG-DP
10
1 Coordenador de Secretaria do Defensor Público-Geral CC-DP/FG-DP
09
3 Coordenador de Secretaria de Subdefensor Público- CC-DP/FG-DP
Geral 09
1 Coordenador de Secretaria do Conselho Superior CC-DP/FG-DP
09
1 Coordenador de Secretaria da Corregedoria-Geral CC-DP/FG-DP
09
2 Assessor da Corregedoria-Geral CC-DP/FG-DP
09
8 Assessor I CC-DP/FG-DP
09
1 Gerente de Projetos CC-DP/FG-DP
09
25 Coordenador de Unidade CC-DP/FG-DP
09
1 Coordenador da Assessoria de Jurisprudência e CC-DP/FG-DP
Informação 08
3 Assessor da Direção-Geral CC-DP/FG-DP
08
9 Coordenador Administrativo CC-DP/FG-DP
08
4 Coordenador de Seção CC-DP/FG-DP
07
2 Coordenador de Secretaria CC-DP/FG-DP
06
3 Assessor II CC-DP/FG-DP
05
2 Assessor III CC-DP/FG-DP
03

(Quadro com redação dada pela Lei n.º 15.942/23)


§ 1.º Os cargos criados serão ocupados, preferencialmente, por servidores públicos, caso em que percebe-
rão a função gratificada correspondente.
§ 2.º A designação de servidor público para o exercício de função gratificada bloqueará o cargo em comissão
correspondente.
§ 3.º Os padrões remuneratórios são os constantes no Anexo II.
§ 4.º Os cargos em comissão ou funções gratificadas poderão, a critério do Defensor Público-Geral, ser pro-
vidos em regime especial, tendo o vencimento ou gratificação do respectivo padrão multiplicado por 2,3 (dois
inteiros e três décimos).
§ 5.º A escolaridade e as atribuições para o provimento dos cargos em comissão e funções gratificadas de
que trata o “caput” deste artigo são os constantes do Anexo IV.

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Art. 24. Os titulares dos cargos em comissão ou funções gratificadas perceberão gratificação de representação,
exerça o servidor cargo em comissão ou função gratificada, calculada sobre o valor do cargo em comissão corres-
pondente, nos percentuais constantes no Anexo III.
Parágrafo único. A gratificação de representação poderá, a critério do Defensor Público-Geral, ser fixada em
percentual diverso da correspondência estabelecida no Anexo III, limitada em 75% (setenta e cinco por cento).
Art. 25. Os cargos em comissão e as funções gratificadas criados pela Lei n.º 10.306, de 5 de dezembro de
1994, e alterações, que cria o Quadro de Cargos em Comissão e Funções Gratificadas na Defensoria Pública
do Estado e dá outras providências, serão extintos na medida em que houver provimento para os cargos em
comissão e funções gratificadas criados no art. 23 desta Lei.
CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 26. Os quantitativos de cargos efetivos desta Lei não são vinculados às localidades de nomeação ou de
lotação e podem ser livremente remanejados conforme a necessidade de serviço, por ato do Defensor Públi-
co-Geral do Estado.
Art. 27. No âmbito da Defensoria Pública do Estado é vedada a nomeação ou designação, para os cargos
em comissão e funções gratificadas, de cônjuge, companheiro, parente natural, civil ou afim, em linha reta ou
colateral, até o terceiro grau, inclusive, de qualquer Defensor Público vinculado e de servidor investido em cargo
de direção, de chefia ou de assessoramento.
Art. 28. Ficam excepcionadas, nas hipóteses do art. 27, as nomeações ou designações de servidores ocu-
pantes de cargo de provimento efetivo do Quadro de Pessoal da Defensoria Pública do Estado, admitidos por
concurso público, observadas a compatibilidade do grau de escolaridade do cargo de origem, a qualificação
profissional do servidor e a complexidade inerentes ao cargo em comissão ou à função gratificada a ser exer-
cida, vedada, em qualquer caso, a nomeação ou designação para servir subordinado ao membro ou servidor
determinante da incompatibilidade.
Art. 29. As vedações previstas no art. 27 compreendem o ajuste mediante designações recíprocas envolven-
do outros órgãos da Administração Pública Direta e Indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios.
Art. 30. As vedações previstas no art. 27 não se aplicam quando a nomeação ou designação do servidor
para ocupar cargo comissionado ou função gratificada for anterior ao ingresso do agente ou do servidor gerador
da incompatibilidade, bem como quando o início da união estável ou o casamento for posterior ao tempo em
que ambos os cônjuges ou conviventes já estavam no exercício dos cargos ou funções, em situação que não
caracterize ajuste prévio para burlar a proibição legal, vedada, em qualquer caso, a nomeação ou designação
para servir subordinado ao membro ou servidor que determinaria a incompatibilidade.
Art. 31. O vínculo de parentesco com membro ou servidor investido em cargo de direção, de chefia ou de
assessoramento já falecido ou aposentado não é considerado situação geradora de incompatibilidade para
efeito da vedação do art. 27, bem como os antigos vínculos por casamento ou por união estável com agente
ou com servidor investido em cargo de direção, de chefia ou de assessoramento, desde que a dissolução da
referida sociedade conjugal ou de fato não tenha sido levada a efeito em situação que caracterize ajuste para
burlar a proibição legal.
Art. 32. O servidor nomeado ou designado deverá, antes da posse, declarar por escrito se tem ou não rela-
ção familiar ou de parentesco que importe a prática de alguma das condutas vedadas nos arts. 27 e 29 desta
Lei.
Art. 33. Aplica-se ao Quadro de Pessoal dos Serviços Auxiliares da Defensoria Pública do Estado o Esta-
tuto e Regime Jurídico Único dos Servidores Civis do Estado do Rio Grande do Sul (Lei Complementar n.º
10.098/1994 e alterações) e a legislação estatutária complementar pertinente, nas disposições, direitos, vanta-
gens e obrigações omissas nesta Lei, no que couberem.
Art. 34. Os servidores aposentados e os que, em atividade, tiverem incorporado vantagens relativas aos
cargos em comissão ou funções gratificadas da Defensoria Pública do Estado, cujos padrões e denominação
foram modificados por esta Lei, terão seus proventos ou vencimentos mantidos inalterados no que se refere ao
padrão da CC/FG DP e à gratificação de representação incorporada.

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Art. 35. As despesas decorrentes desta Lei correrão à conta de dotações orçamentárias próprias da Defen-
soria Pública do Estado.
Art. 36. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 37. Revogam-se as disposições em contrário.
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 25 de outubro de 2011.

Lei Estadual nº 13.536 de 09 de novembro de 2010, que cria e regulamenta a Ouvidoria-


-Geral da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências

LEI Nº 13.536, DE 09 DE NOVEMBRO DE 2010


Cria e regulamenta a Ouvidoria-Geral da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul e dá outras
providências
Art. 1º - Fica criada a Ouvidoria-Geral, órgão auxiliar da Defensoria Pública do Estado de promoção da qua-
lidade dos serviços prestados pela Instituição.
Parágrafo único. - A Ouvidoria-Geral contará com servidores da Defensoria Pública do Estado e com a es-
trutura definida pelo Conselho Superior após proposta do Ouvidor-Geral.
Art. 2º - O Ouvidor-Geral será escolhido pelo Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado, dentre ci-
dadãos de reputação ilibada, não integrante das carreiras jurídicas de Estado e de Governo, indicados em lista
tríplice formada pela sociedade civil, para mandato de 2 (dois) anos, permitida 1 (uma) recondução.
§ 1º - O Conselho Superior editará norma regulamentando a elaboração da lista tríplice.
§ 2º - O Ouvidor-Geral será nomeado pelo Defensor Público-Geral do Estado.
§ 3º - O cargo de Ouvidor-Geral será exercido em regime de dedicação exclusiva e será remunerado por
subsídio correspondente ao de Defensor Público do Estado do Rio Grande do Sul da classe inicial.
Art. 3º - À Ouvidoria-Geral compete:
I - receber e encaminhar ao Corregedor-Geral representação contra membros e servidores da Defensoria
Pública do Estado, assegurada a defesa preliminar;
II - propor aos órgãos de administração superior da Defensoria Pública do Estado medidas e ações que vi-
sem à consecução dos princípios institucionais e ao aperfeiçoamento dos serviços prestados;
III - elaborar e divulgar relatório semestral de suas atividades, que conterá também as medidas propostas
aos órgãos competentes e a descrição dos resultados obtidos;
IV - participar, com direito a voz, do Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado;
V - promover atividades de intercâmbio com a sociedade civil;
VI - estabelecer meios de comunicação direta entre a Defensoria Pública e a sociedade, para receber suges-
tões e reclamações, adotando as providências pertinentes e informando o resultado aos interessados;
VII - contribuir para a disseminação das formas de participação popular no acompanhamento e na fiscaliza-
ção da prestação dos serviços realizados pela Defensoria Pública;
VIII - manter contato permanente com os vários órgãos da Defensoria Pública do Estado, estimulando-os a
atuar em permanente sintonia com os direitos dos usuários;
IX - coordenar a realização de pesquisas periódicas e produzir estatísticas referentes ao índice de satisfação
dos usuários, divulgando os resultados.
Parágrafo único - As representações podem ser apresentadas por qualquer pessoa, inclusive pelos próprios
membros e servidores da Defensoria Pública do Estado, entidade ou órgão público.

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Art. 4º - A destituição do Ouvidor-Geral será precedida de prévia iniciativa do Conselho Superior da Defenso-
ria Pública, mediante votação de 2/3 (dois terços) de seus membros, em decisão motivada, em caso de abuso
de poder ou ato de improbidade, assegurandose o contraditório e a ampla defesa.
Art. 4º-A O Ouvidor-Geral em efetivo exercício perceberá anualmente uma gratificação natalina, correspon-
dente ao subsídio mensal devido no mês de dezembro, a ser paga até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de
cada exercício. (Incluído pela Lei n.º 13.766/11)
§ 1º A gratificação de que trata este artigo corresponderá a 1/12 (um doze avos) do subsídio a que fizer jus
o Ouvidor-Geral, no mês de dezembro, por mês de efetivo exercício, considerando-se as frações iguais ou su-
periores a 15 (quinze) dias como mês integral. (Incluído pela Lei n.º 13.766/11)
§ 2º O Ouvidor-Geral, que tenha seu mandato interrompido antes do prazo ou seja destituído de seu manda-
to, terá direito à gratificação natalina proporcionalmente aos meses de exercício, calculada na forma do § 1.º,
sobre o valor do subsídio do mês de desligamento. (Incluído pela Lei n.º 13.766/11)
Art. 4º-B O Ouvidor-Geral gozará, anualmente, 30 (trinta) dias de férias. (Incluído pela Lei n.º 13.766/11)
§ 1º Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício. (Incluído pela
Lei n.º 13.766/11)
§ 2º Será pago ao Ouvidor-Geral, por ocasião das férias, independentemente de solicitação, o acréscimo de
1/3 (um terço) do valor do subsídio do período de férias. (Incluído pela Lei n.º 13.766/11)
§ 3º Ao concluir o mandato, não tendo o Ouvidor-Geral gozado férias, fará jus ao pagamento do valor do
subsídio mensal acrescido de 1/3 (um terço), por período de férias adquiridas e não gozadas. (Incluído pela Lei
n.º 13.766/11)
Art. 4º-C Para o pagamento de diárias indenizatórias ao Ouvidor-Geral, aplica-se o disposto no art. 65 da Lei
Complementar n.º 11.795, de 22 de maio de 2002. (Incluído pela Lei n.º 13.766/11)
Art. 5º - As despesas decorrentes desta Lei serão atendidas pelas dotações orçamentárias próprias.
Art. 6º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 09 de novembro de 2010

Exercícios

1-A Constituição Estadual arrola como instituição essencial à função jurisdicional do Estado do Rio Grande
do Sul
(A) a Defensoria Pública.
(B) a Secretaria da Justiça e da Segurança.
(C) o Movimento de Justiça e Direitos Humanos.
(D) os Conselhos Tutelares.
(E) o Instituto dos Advogados.

2-Conforme a Lei Complementar Federal n.º 80/1994, com as alterações introduzidas pela Lei Complemen-
tar Federal n.º 132/2009, compete à Ouvidoria-Geral da Defensoria Pública dos estados
(A) participar, com direito a voto, do Conselho Superior da Defensoria Pública.
(B) coordenar a realização de pesquisas periódicas sobre o índice de satisfação dos usuários do serviço da
Defensoria Pública.
(C) instaurar representação contra membros da Defensoria Pública.

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(D) auditar a prestação dos serviços realizados pela Defensoria Pública.
(E)receber, apurar e processar representação feita contra servidores da Defensoria Pública.

3-De acordo com a Lei Complementar Federal n.º 80/1994, com as alterações introduzidas pela Lei Comple-
mentar Federal n.º 132/2009, e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o defensor público poderá atuar
(A) como curador especial quando a parte em uma ação cível for citada por mandado.
(B) em favor de pessoas jurídicas, desde que estas sejam economicamente necessitadas.
(C) somente se estiver inscrito nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a partir do que terá
capacidade postulatória.
(D) em favor do assistido, desde que este outorgue instrumento de mandato ao Defensor Público para a
representação judicial ou extrajudicial.
(E) somente em favor de pessoas físicas que sejam economicamente necessitadas.

4-Otávio, defensor público no Estado do Mato Grosso do Sul, no desempenho de suas atribuições cíveis, é
intimado para dizer a respeito da proposta de acordo lançada nos autos do processo em que atua a Defensoria
Pública. Sem conseguir contato com a parte assistida, apõe sua manifestação nos seguintes termos: “Ciente
da proposta de acordo. Sem oposição. Pelo prosseguimento”.
Diante da situação narrada, é correto afirmar que:
(A) o defensor público atua sem a necessidade de apresentar instrumento de procuração, razão pela qual
não há limites em suas manifestações processuais em favor do assistido;
(B) embora realmente o defensor público atue no processo sem a necessidade de instrumento de procura-
ção, para o caso de aceitação de transação, sua formação é indispensável para a validade do ato;
(C) ao defensor público, diante da ausência de contato com o assistido, não é dado consentir com os termos
do acordo em seu nome;
(D) como propriamente normatizado no Art. 128, XI, da Lei Complementar nº 80/1994, haveria necessidade
de instrumento de procuração na hipótese de atuação do defensor público na esfera administrativa, já que au-
sente o controle jurisdicional dos atos, ao menos em primeira via.

5-Uma pessoa física necessitada solicitou à DP o patrocínio da instituição para o ajuizamento de uma ação
penal privada subsidiária da pública. Nessa situação hipotética, se entender inexistir hipótese de atuação insti-
tucional, o DP responsável pelo atendimento à referida pessoa deverá
(A) solicitar a redistribuição do pedido, que será sorteado entre os DPs da mesma comarca ou, na falta deles,
entre os DPs da capital.
(B) arquivar o pedido, cabendo recurso ao defensor-chefe da respectiva comarca.
(C) dar imediata ciência ao DPG, que decidirá a controvérsia, indicando, se for o caso, outro DP para atuar.
(D) arquivar o pedido e encaminhar cópia dele ao núcleo de defensores dativos da OAB, pois a DP não tem
competência para atuar no polo ativo de ações penais.
(E) solicitar que seu chefe imediato indique outro DP. Havendo negativa de todos os DPs da respectiva sec-
cional, caberá recurso ao DPG.

6-Os membros da DP devem agir com presteza e zelo podendo ser responsabilizados pelas infrações dis-
ciplinares que cometerem. No que se refere às penalidades e ao procedimento disciplinar, assinale a opção
correta.
(A) A remoção compulsória é possível quando o DP pratica infração disciplinar que torna incompatível a sua
permanência no órgão de sua lotação original.

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(B) Dispensa-se o inquérito administrativo na aplicação de penalidades, desde que se observe rigorosamen-
te o princípio da ampla defesa no processo administrativo disciplinar.
(C) Em razão da independência entre as instâncias, a existência de sentença penal transitada em julgado
que negue materialidade ou autoria não impede a aplicação de penalidade no bojo do processo administrativo
disciplinar.
(D) Em obediência ao princípio da ampla defesa, os prazos no processo administrativo disciplinar devem ser
rigorosamente observados, sendo o prejuízo à defesa presumido caso haja violação dos prazos previstos em
lei.
(E) Caso a penalidade administrativa seja revista e o ato punitivo tornado sem efeito, os direitos atingidos
pela punição serão restabelecidos, com exceção de eventual cessação de pagamento ocorrida pela aplicação
de suspensão disciplinar.

7-De acordo com a Lei Complementar n.º 80/1994, as funções institucionais da Defensoria Pública incluem
I convocar audiências públicas para discutir matérias relacionadas às suas funções institucionais.
II executar e receber as verbas sucumbenciais decorrentes de sua atuação, exceto quando devidas pelo
ente público ao qual pertença, direcionando-as a fundos geridos pela Defensoria Pública e destinados, exclusi-
vamente, ao aparelhamento da Defensoria Pública e à capacitação profissional de seus membros e servidores.
III acompanhar inquérito policial, inclusive com a comunicação imediata da prisão em flagrante pela autori-
dade policial, quando o preso não constituir advogado.
IV prestar orientação jurídica e exercer a defesa apenas dos reconhecidos como necessitados financeira-
mente, em todos os graus.
V promover a difusão e a conscientização dos direitos humanos, da cidadania e do ordenamento jurídico.

Estão certos apenas os itens


(A) II e V.
(B) III e IV.
(C) I, III e V.
(D) I, II, III e IV.
(E) I, II, IV e V.

8-De acordo com a Lei Complementar nº 10.098/1994, que dispõe sobre o estatuto dos servidores públicos
civis do estado do Rio Grande do Sul, são requisitos para ingresso no serviço público, EXCETO:
(A) Ser brasileiro nato.
(B) Ter idade mínima de dezoito anos.
(C) Estar quite com as obrigações eleitorais e militares.
(D) Possuir aptidão física.
(E) Estar em gozo dos direitos políticos.

9-De acordo com o Estatuto e o Regime Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Rio Grande do
Sul, a comprovação de preenchimento dos requisitos para ingresso no serviço público dar-se-á por ocasião
(A) da inscrição para o concurso.
(B) da nomeação.
(C) da posse.

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(D) da avaliação psicológica.
(E) do estágio probatório.

10-A lei estabelece requisitos para ingresso no serviço público. Assinale a alternativa abaixo que contempla
requisito em DESACORDO com os estabelecidos no Estatuto e no Regime Único dos Servidores Públicos Civis
do Estado do Rio Grande do Sul.
(A) Estar quite com as obrigações militares e eleitorais.
(B) Possuir aptidão física e mental.
(C) Estar em gozo dos direitos políticos.
(D) Ter idade mínima de 21 anos.
(E) Ter atendido as condições prescritas para o cargo.

11-Conforme o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Rio Grande do Sul, em razão da excelência dos
serviços prestados, pode ser promovido servidor investido em
(A) cargo em comissão, uma vez que tal categoria é organizada em carreira.
(B) cargo em comissão, desde que devidamente aprovado em concurso público para esse cargo.
(C) cargo de provimento efetivo, porque tal categoria é organizada em carreira.
(D) cargo de provimento efetivo, que é uma categoria de livre nomeação.
(E) cargo sem organização de carreira, por isso sua promoção é possível.

12-Considere as afirmações abaixo, relativas ao cargo público, tendo em vista a Lei Complementar nº
10.098/1994 – Estatuto e Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Rio Grande do Sul.
I - Cargo público é aquele em que a pessoa servidora pública está legalmente investida.
II - O cargo público pode ser criado por decreto, mediante justificativa do Chefe do Poder Executivo.
III - Dada a natureza do cargo, só pode provê-lo em comissão o brasileiro nato.
IV - O cargo público, se de provimento efetivo, poderá ser criado de forma isolada quando o número não
comportar a organização em carreira.
Quais estão corretas?
(A) Apenas I e II.
(B) Apenas I e IV.
(C) Apenas II e III.
(D) Apenas III e IV.
(E) I, II, III e IV.

13-Considerando o que dispõe a Lei Complementar Estadual n.º 10.098/94 – Estatuto e Regime Jurídico
dos Servidores Públicos Civis do Estado do Rio Grande do Sul, assinale o que NÃO é requisito para ingresso
no serviço público.
(A) Estar em gozo dos direitos políticos.
(B) Possuir aptidão física e mental.
(C) Ter idade mínima de dezoito anos.
(D) Ter atendido às condições prescritas para o cargo.

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(E) Ser brasileiro nato.

14-Considerando o constante na Lei Complementar Estadual n.º 10.098/94, que dispõe sobre o estatuto e
regime jurídico único dos servidores públicos civis do Estado do Rio Grande do Sul, assinale a afirmação IN-
CORRETA.
(A) Os cargos públicos são de provimento efetivo ou em comissão.
(B) A investidura em cargo público de provimento efetivo dependerá de aprovação prévia em concurso pú-
blico.
(C) A nomeação far-se-á em comissão quando se tratar de cargo de confiança de livre exoneração.
(D) Os cargos em comissão serão organizados em carreira, com promoções de grau a grau, mediante apli-
cação de critérios alternados de merecimento e antiguidade.
(E) Tanto a lotação como a relotação poderão ser efetivadas a pedido ou “ex-officio”, atendendo ao interesse
da Administração.

15-São requisitos para ingresso no serviço público, nos termos da Lei n.º 10.098/94, EXCETO
(A) possuir nacionalidade brasileira.
(B) estar quite com as obrigações militares e eleitorais.
(C) possuir aptidão física e mental.
(D) estar em gozo dos direitos políticos.
(E) prestar concurso público de provas e títulos.

Gabarito

1 A
2 B
3 B
4 C
5 C
6 A
7 C
8 A
9 C
10 D
11 C
12 B
13 E
14 D
15 E

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