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Judiciário do TJ RO LAI
Sumário
SUMÁRIO .................................................................................................................................................... 2
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................... 3
ABRANGÊNCIA ............................................................................................................................................................4
DIRETRIZES................................................................................................................................................................. 5
ACESSO A INFORMAÇÕES E SUA DIVULGAÇÃO ...................................................................................................................6
RESTRIÇÕES DE ACESSO À INFORMAÇÃO ........................................................................................................................ 11
RECURSOS................................................................................................................................................................ 15
RESPONSABILIDADES ................................................................................................................................................. 16
GABARITO ................................................................................................................................................ 31
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................... 33
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Apresentação
Este livro digital em PDF está organizado da seguinte forma:
1) Teoria permeada com questões, para fixação do conteúdo – estudo OBRIGATÓRIO
2) Bateria de questões comentadas da banca organizadora do concurso, para conhecer a banca e o seu
nível de cobrança – estudo OBRIGATÓRIO
3) Lista de questões da banca sem comentários seguida de gabarito, para quem quiser tentar resolver antes
de ler os comentários – estudo FACULTATIVO
4) Resumo Direcionado, para auxiliar na revisão – estudo FACULTATIVO
5) Jurisprudência, para quem quiser aprofundar no assunto – estudo FACULTATIVO
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Trata-se de uma importante lei que busca aprimorar a transparência administrativa do país, estabelecendo
o princípio de que a publicidade deve ser encarada como regra geral e o sigilo como exceção.
Nesse sentido, dispõe a lei que é dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será
franqueada mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem de fácil
compreensão (art. 5º).
Antes de adentrarmos no estudo da lei propriamente dita, cumpre registrar que a Lei do Processo
Administrativo Federal (Lei 9.784/1999), vista anteriormente, aplica-se subsidiariamente aos procedimentos
previstos na LAI, no que se refere à apresentação, instrução e decisão dos pedidos de acesso a informações e
recursos respectivos.
Abrangência
A LAI é uma lei de normas gerais, de caráter nacional, vale dizer, possui incidência sobre a União, Estados,
DF e Municípios.
Especificamente, subordinam-se ao regime da LAI (art. 1º e 2º):
1
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou
geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado;
2
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando
especialmente:
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X
e XXXIII;
3
§ 2º - Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da documentação governamental e as providências para
franquear sua consulta a quantos dela necessitem.
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Diretrizes
O art. 3º da LAI estabelece diretrizes a serem observadas no intuito de assegurar o direito fundamental de
acesso à informação. São elas:
§ Observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção;
§ Divulgação de informações de interesse público, independentemente de solicitações;
§ Utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da informação;
§ Fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na administração pública;
§ Desenvolvimento do controle social da administração pública.
Tais diretrizes devem ser observadas no dia a dia da Administração Pública, e também servem de base para
as demais regras de transparência previstas na LAI, como veremos adiante.
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§ Informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades, inclusive as relativas à sua política,
organização e serviços;
§ Informação produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade privada decorrente de qualquer
vínculo com seus órgãos ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha cessado;
§ Informação pertinente à administração do patrimônio público, utilização de recursos públicos, licitação,
contratos administrativos.
§ Informação relativa ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas de contas realizadas
pelos órgãos de controle interno e externo, incluindo prestações de contas relativas a exercícios
anteriores.
Detalhe é que, segundo a LAI, toda informação deverá ser disponibilizada de forma primária, íntegra,
autêntica e atualizada.
No sistema estabelecido pela LAI, foram contempladas duas formas de garantir o acesso à informação:
Quanto à transparência ativa, o art. 8º da LAI dispõe que é dever dos órgãos e entidades públicas promover,
independentemente de requerimentos, a divulgação em local de fácil acesso de informações de interesse coletivo
ou geral por eles produzidas ou custodiadas (como registros das competências e estrutura organizacional do
órgão, informações sobre procedimentos licitatórios, dados gerais para o acompanhamento de programas, ações,
projetos e obras, respostas a perguntas mais frequentes da sociedade, etc.), sendo obrigatória a divulgação em
sites oficiais da internet. De fato, depois da LAI, os órgãos públicos em geral criaram links em seus sites (com
nomes do tipo “transparência institucional” ou “acesso à informação”), através dos quais se pode ter acesso aos
dados da gestão do órgão.
É de se ressaltar que os Municípios com população de até 10 mil habitantes ficam dispensados da divulgação
obrigatória na internet (art. 8º, §4º).
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Os Municípios com até 10 mil habitantes Ademais, ainda quanto à transparência ativa, os
ficam dispensados da divulgação na órgãos e entidades do poder público deverão assegurar
internet, mas ainda precisam disponibilizar o acesso a informações públicas mediante a criação de
as informações de interesse coletivo ou geral serviço de informações ao cidadão, assim como pela
realização de audiências ou consultas públicas,
em local de fácil acesso.
incentivo à participação popular ou outras formas de
divulgação (art. 9º).
Preste atenção!
Questão polêmica envolvendo a aplicação da LAI refere-se à divulgação nominal da remuneração de
autoridades e servidores nas páginas da internet de órgãos públicos.
Essa questão foi levada ao STF e, embora houvesse desacordo nas instâncias inferiores, ficou decidido
que a referida divulgação se coaduna com o princípio da publicidade e não afronta os princípios da
intimidade e da vida privada, ressalvando-se, contudo, a necessidade de figurar exclusivamente o nome e a
matrícula funcional do servidor, vedada a divulgação de outros dados pessoais, como CPF, RG e endereço
residencial.
Ressalte-se que a LAI não prevê expressamente semelhante divulgação, mas, ao regulamentar a lei,
no âmbito do Poder Executivo Federal, o Decreto 7.724/2012 impôs a necessidade de se dar publicidade à
remuneração dos servidores e autoridades.
Ademais, o próprio STF, no âmbito administrativo, decidiu divulgar nominalmente salários e
vantagens percebidos pelos seus Ministros e servidores. Outros órgãos fora do Executivo também já fizeram
o mesmo, a exemplo do Tribunal de Contas da União.
No que tange à transparência passiva, reza o art. 10 da LAI que “qualquer interessado” poderá apresentar
pedido de acesso a informações aos órgãos e entidades do Poder Público, por qualquer meio legítimo, vedadas
quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação de informações de interesse público.
Basta que o pedido contenha a identificação do requerente e a especificação da informação requerida.
Perceba que, embora a LAI empregue o termo “interessado”, a pessoa que formula o pedido de acesso a
informação de interesse público não precisa apresentar justificativa alguma, nem demonstrar qualquer interesse
específico que o leve a querer conhecer a informação. A ideia subjacente é que a informação de interesse público,
por sua própria natureza, interessa a todos.
É vedado exigir que o solicitante apresente O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou
os motivos determinantes do pedido de conceder o acesso imediato à informação disponível,
acesso a informação de interesse geral. inclusive oferecendo meios para que o próprio
requerente possa pesquisar a informação de que
necessitar ou informando-lhe onde consultar a informação, caso ela já esteja disponível ao público em meio de
acesso universal, como jornais ou internet (art. 11).
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Destaque-se que o serviço de busca e fornecimento da informação é gratuito (art. 12). Contudo, o órgão ou
a entidade poderá cobrar exclusivamente o valor necessário ao ressarcimento dos custos dos serviços e dos
materiais utilizados, quando o serviço de busca e de fornecimento da informação exigir reprodução de
documentos pelo órgão ou pela entidade pública consultada (art. 12, § 1º). Mas estará isento de ressarcir esses
custos previstos aquele cuja situação econômica não lhe permita fazê-lo sem prejuízo do sustento próprio ou da
família, declarada nos termos da Lei nº 7.115/83 (art. 12, § 2º).
Não sendo possível conceder o acesso imediato, o órgão ou entidade que receber o pedido deverá, em prazo
não superior a 20 dias, prorrogável por mais 10 dias, mediante justificativa expressa:
§ Comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, efetuar a reprodução ou obter a certidão;
§ Indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, do acesso pretendido; ou
§ Comunicar que não possui a informação, indicar, se for do seu conhecimento, o órgão ou a entidade que
a detém, ou, ainda, remeter o requerimento a esse órgão ou entidade, cientificando o interessado da
remessa de seu pedido de informação.
Caso, na resposta ao pedido, seja informado que a informação solicitada extraviou-se, o interessado poderá
requerer à autoridade competente a imediata abertura de sindicância para apurar o desaparecimento da
respectiva documentação. Nessa hipótese, o responsável pela guarda da informação extraviada deverá, no prazo
de 10 dias, justificar o fato e indicar testemunhas que comprovem sua alegação (art. 7º, §§5º e 6º).
O direito de acesso aos documentos utilizados como fundamento da tomada de decisão e da edição de ato
administrativo, bem como às informações contidas nesses documentos, somente será assegurado a partir da
edição do ato decisório respectivo (art. 7º, §3º). É o caso, por exemplo, de um parecer técnico emitido pelo setor
de assessoramento jurídico para subsidiar a prática de determinado ato administrativo. Esse documento
preparatório não será acessível antes da edição do ato principal, até porque ele tem, de regra, caráter meramente
opinativo, ou seja, não representa necessariamente a decisão que o órgão irá tomar. O acesso ao parecer somente
será possível após a edição do ato que ele subsidiou.
A negativa de acesso às informações deve ser devidamente fundamentada, com motivação específica, sob
pena de sujeitar-se o responsável a medidas disciplinares, previstas na própria LAI (art. 7º, §4º). Ademais, é direito
do requerente obter o inteiro teor de decisão de negativa de acesso, por certidão ou cópia (art. 14).
Registre-se que não poderá ser negado acesso à informação necessária à tutela judicial ou administrativa de
direitos fundamentais, nem às informações ou documentos que versem sobre condutas que impliquem violação
dos direitos humanos praticada por agentes públicos ou a mando de autoridades públicas (art. 21).
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Comentário: De fato, caso a informação solicitada já esteja disponível em meio de acesso universal, a
Administração poderá simplesmente comunicar ao requerente o lugar e a forma pela qual ele poderá fazer a
consulta. O erro é que essa comunicação deve ser feita por escrito, e não oralmente. É o que diz o art. 11, §6º da
LAI:
Gabarito: Errado
Comentário: As informações enumeradas no enunciado estão dentre aquelas previstas no art. 8º, §1º da LAI
que devem ser obrigatoriamente divulgadas pela Administração na internet, independentemente de
requerimento, na chamada transparência ativa. Vale conhecer esse rol, pois é muito cobrado em prova:
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Gabarito: Certo
4) Considere que determinado cidadão tenha apresentado petição no Ministério da Justiça insurgindo-se
contra o fato de não ter sido divulgado no sítio oficial do órgão na Internet programa elaborado com vistas ao
combate às drogas. Nesse caso, tem razão o requerente, haja vista que a divulgação do programa no sítio é
obrigatória.
Comentários: Segundo o art. 8º da LAI, é dever dos órgãos e entidades públicas divulgar em sites oficiais da
internet informações de interesse coletivo ou geral, incluindo, entre outros aspectos, “dados gerais para o
acompanhamento de programas, ações, projetos e obras de órgãos e entidades” (art. 8º, §1º V). Portanto, na
situação do enunciado, o requerente tem razão, pois a divulgação do programa no site é obrigatória. A LAI
dispensa da divulgação obrigatória na internet apenas os Municípios pequenos, com população de até 10 mil
habitantes. Ressalte-se que esses Municípios permanecem obrigados a divulgar as informações de interesse
coletivo e geral em local de fácil acesso; só não estão obrigados a utilizar a internet para tanto (podem usar se
quiser).
Gabarito: Certo
Conforme o art. 10, §3º da LAI, “são vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da
solicitação de informações de interesse público”. Assim, a pessoa que solicita informação de interesse público
não precisa justificar seu pedido, nem demonstrar qualquer interesse específico para requerer a informação.
Gabarito: Errado
6) Considere que tenha sido requerida ao CADE determinada informação que não seja da sua competência.
Considere, ainda, que o conselho tenha conhecimento do órgão que a detém. Nessa situação, o CADE deverá
remeter o requerimento ao órgão competente, bem como avisar o interessado sobre a remessa do seu pedido
de informação.
Comentário:
Conforme o art. 11, §1º, III da LAI, se não for possível conceder o acesso imediato à informação solicitada, o
órgão ou entidade que receber o pedido deverá indicar, se for do seu conhecimento, o órgão ou a entidade que
a detém, ou, ainda, remeter o requerimento a esse órgão ou entidade, cientificando o interessado da remessa
de seu pedido de informação.
Gabarito: Certo
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Na classificação da informação em determinado grau de sigilo deverá ser observado o interesse público da
informação e utilizado o critério menos restritivo possível (art. 24, §5º).
A classificação das informações será reavaliada pela autoridade classificadora ou por autoridade
hierarquicamente superior, mediante provocação ou de ofício, nos termos e prazos previstos em regulamento,
com vistas à sua desclassificação ou à redução do prazo de sigilo. Na hipótese de redução do prazo de sigilo, o
novo prazo de restrição manterá como termo inicial a data da sua produção (art. 29).
Detalhe interessante é que, ao invés de fixar a restrição de acesso por um determinado prazo, poderá ser
estabelecido que o acesso a determinada informação ficará restrito até que ocorra um certo evento, desde que
este evento aconteça antes do transcurso do prazo máximo correspondente à classificação atribuída à
informação. Assim, por exemplo, se o acesso a uma informação secreta ficar condicionado à ocorrência de certo
evento e, depois de passados 15 anos, este evento ainda não tiver acontecido, o sigilo deixará automaticamente
de existir, já que o evento escolhido não pode ter ocorrência ulterior ao prazo máximo previsto para a classificação
daquela informação. Agora, se o evento ocorrer antes do transcurso dos 15 anos, o sigilo deixará de existir quando
da ocorrência do evento.
Ressalte-se que, uma vez transcorrido o prazo de classificação ou consumado o evento que defina o seu
termo final, a informação tornar-se-á, automaticamente, de acesso público, ou seja, não é necessária a edição de
um ato específico para declarar a queda do sigilo.
Sendo a publicidade a regra e o sigilo a exceção, a informação não classificada como ultrassecreta, secreta
ou reservada será de livre acesso, salvo se estiver resguardada por alguma norma de sigilo estabelecida em
legislação específica (ex: informações que impliquem violação de sigilo fiscal e bancário).
Conforme o art. 7º, §2º da LAI, “quando não for autorizado acesso integral à informação por ser ela
parcialmente sigilosa, é assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de certidão, extrato ou cópia com
ocultação da parte sob sigilo”.
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A LAI instituiu, no âmbito da Administração Pública Federal, a denominada Comissão Mista de Reavaliação
de Informações4, a qual, entre outras atribuições, tem competência para prorrogar por uma única vez, e por
período determinado não superior a 25 anos, o prazo de sigilo de informação classificada no grau ultrassecreto,
enquanto seu acesso ou divulgação puder ocasionar ameaça externa à soberania nacional ou à integridade do
território nacional ou grave risco às relações internacionais do País (art. 35, §1º). Em outras palavras, o limite
teórico máximo de restrição de acesso a informações cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e
do Estado é de 50 anos5.
A referida Comissão Mista também possui competência para rever a classificação de informações
ultrassecretas ou secretas, de ofício ou mediante provocação de pessoa interessada (art. 35, §1º, II).
A revisão de ofício por parte da Comissão Mista deverá ocorrer, no máximo, a cada 4 anos, após a
reavaliação da classificação dos documentos ultrassecretos ou secretos a que os órgãos entidades públicas devem
proceder a cada 2 anos (art. 35, §3º c/c art. 39).
A não realização da reavaliação pelos órgãos e entidades ou da revisão de ofício pela Comissão Mista nos
prazos previstos implicará a desclassificação automática das informações, ou seja, tais informações serão
consideradas, automaticamente, de acesso público (art. 35, §4º c/cc art. 39, §4º).
Bem, tratamos até aqui da restrição de acesso às informações imprescindíveis à segurança da sociedade e
do Estado. Mas a LAI também admite que seja restrito o acesso a informações pessoais, definidas como
4
A composição da Comissão Mista de Reavaliação de Informações está prevista no Decreto 7.724/2012:
Art. 46. A Comissão Mista de Reavaliação de Informações, instituída nos termos do § 1o do art. 35 da Lei no 12.527, de
2011, será integrada pelos titulares dos seguintes órgãos:
I - Casa Civil da Presidência da República, que a presidirá;
II - Ministério da Justiça;
III - Ministério das Relações Exteriores;
IV - Ministério da Defesa;
V - Ministério da Fazenda;
VI - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;
VII - Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República;
VIII - Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República;
IX - Advocacia-Geral da União; e
X - Controladoria Geral da União.
5
Veremos que, para informações pessoais, o limite máximo de restrição de acesso é de 100 anos.
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informações relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem de pessoa natural identificada ou
identificável.
Com efeito, nos termos do art. 31, §1º, I, as informações pessoais terão seu acesso restrito a agentes públicos
legalmente autorizados e à pessoa a que elas se referirem, podendo a restrição durar pelo prazo máximo de 100
anos a contar da data de produção da informação. Ressalte-se que a restrição de acesso a informações pessoais
independe de classificação de sigilo, ou seja, os dados dessa natureza não precisam ser classificados em
ultrassecretos, secretos ou reservados para se tornarem sigilosos.
A divulgação de informações pessoais poderá, ainda, ser autorizada por lei ou mediante consentimento
expresso da pessoa a que elas se referirem. Esse consentimento não será exigido quando as informações pessoais
forem necessárias (art. 31, §3º):
§ à prevenção e diagnóstico médico, quando a pessoa estiver física ou legalmente incapaz, e para utilização
única e exclusivamente para o tratamento médico;
§ à realização de estatísticas e pesquisas científicas de evidente interesse público ou geral, previstos em lei,
sendo vedada a identificação da pessoa a que as informações se referirem;
§ ao cumprimento de ordem judicial;
§ à defesa de direitos humanos; ou
§ à proteção do interesse público e geral preponderante.
A restrição de acesso à informação relativa à vida privada, honra e imagem de pessoa não poderá ser
invocada com o intuito de prejudicar processo de apuração de irregularidades em que o titular das informações
estiver envolvido, bem como em ações voltadas para a recuperação de fatos históricos de maior relevância (art.
31, §4º).
Em qualquer caso, aquele que obtiver acesso às informações pessoais de outrem será responsabilizado por
seu uso indevido (art. 31, §2º).
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Recursos
A LAI prevê que, nos casos de negativa de acesso a informações ou de não fornecimento das razões da
negativa do acesso, o interessado poderá interpor recurso contra a decisão.
Para assegurar o exercício do direito de recurso por parte do interessado, a Administração deverá informá-
lo, sempre que indeferir pedido de acesso, sobre a possibilidade de interpor recurso, os prazos e condições para
sua interposição, devendo, ainda, indicar-lhe a autoridade competente para sua apreciação (art. 11, §4º).
O recurso deverá ser interposto pelo interessado no prazo de 10 dias a contar da ciência da decisão
denegatória, e ser dirigido à autoridade hierarquicamente superior à que exarou a decisão impugnada, que
deverá se manifestar no prazo de 5 dias (art. 15).
Em especial, se a negativa de acesso for oriunda de órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, o
requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral da União (CGU), que deve decidir no prazo de 5 dias (art. 16).
Esse recurso à CGU só é cabível depois de ter sido apreciado por pelo menos uma autoridade hierarquicamente
superior àquela que exarou a decisão impugnada (art. 16, §1º). Negado o acesso à informação pela Controladoria-
Geral da União, cabe ainda recurso à Comissão Mista de Reavaliação de Informações.
Já no caso de indeferimento de pedido de desclassificação de informação (atenção, não é pedido de acesso)
protocolado em órgão da Administração Pública Federal, poderá o requerente recorrer ao Ministro de Estado
da área, depois de submetido à apreciação de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior à autoridade
que exarou a decisão impugnada, sem prejuízo das competências da Comissão Mista de Reavaliação de
Informações (art. 17).
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De fato, em caso de negativa de acesso, o interessado poderá recorrer à autoridade hierarquicamente superior
à que negou o pedido. Porém, o recurso à CGU só é possível quando a negativa de acesso partir de órgão ou
entidade do Poder Executivo Federal. Na questão, tratava-se de ente estadual, daí o erro.
Gabarito: Errado
Responsabilidades
A LAI estabelece uma série de infrações e sanções de natureza administrativa (não são crimes) pelo
descumprimento das suas normas.
Nos termos do art. 32, constituem condutas ilícitas que ensejam responsabilidade do agente público ou
militar:
§ Recusar-se a fornecer informação requerida nos termos da LAI, retardar deliberadamente o seu
fornecimento ou fornecê-la intencionalmente de forma incorreta, incompleta ou imprecisa;
§ Utilizar indevidamente, bem como subtrair, destruir, inutilizar, desfigurar, alterar ou ocultar, total ou
parcialmente, informação que se encontre sob sua guarda ou a que tenha acesso ou conhecimento em
razão do exercício das atribuições de cargo, emprego ou função pública;
§ Agir com dolo ou má-fé na análise das solicitações de acesso à informação;
§ Divulgar ou permitir a divulgação ou acessar ou permitir acesso indevido à informação sigilosa ou
informação pessoal;
§ Impor sigilo à informação para obter proveito pessoal ou de terceiro, ou para fins de ocultação de ato
ilegal cometido por si ou por outrem;
§ Ocultar da revisão de autoridade superior competente informação sigilosa para beneficiar a si ou a
outrem, ou em prejuízo de terceiros; e
§ Destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos concernentes a possíveis violações de direitos
humanos por parte de agentes do Estado.
Para os militares, as condutas acima são consideradas transgressões militares médias ou graves, segundo
os critérios estabelecidos nos regulamentos disciplinares das Forças Armadas. Para os servidores regidos pela Lei
8.112/1990, são equiparadas a infrações administrativas sujeitas a, no mínimo, a pena de suspensão (art. 32, §1º,
I e II).
Pelas mesmas condutas, poderão os agentes públicos em geral e os militares responder, também, por
improbidade administrativa (art. 32, §2º).
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Já a pessoa física ou entidade privada que detiver informações em virtude de vínculo de qualquer natureza
com o Poder Público e cometer algumas das infrações relacionadas acima, estará sujeita às seguintes sanções
(art. 33):
§ Advertência;
§ Multa;
§ Rescisão do vínculo com o poder público;
§ Suspensão temporária de participar em licitação e impedimento de contratar com a administração
pública por prazo não superior a 2 anos; e
§ Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração pública, até que seja
promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade.
A reabilitação da pessoa declarada inidônea será autorizada somente quando o interessado efetivar o
ressarcimento dos prejuízos resultantes ao órgão ou entidade e após decorrido o prazo de 2 anos.
A LAI prevê que a multa poderá ser aplicada juntamente com a advertência, a rescisão do vínculo e a
suspensão temporária para licitar e contratar (mas não com a declaração de inidoneidade).
Em qualquer caso, deverá ser sempre observado o direito ao contraditório e à ampla defesa na aplicação da
sanção. No caso das pessoas físicas ou entidades com vínculo com o Poder Público, o prazo para defesa do
interessado é de 10 dias.
Por fim, a LAI estabelece a responsabilidade civil objetiva do Estado ao definir que “os órgãos e entidades
públicas respondem diretamente pelos danos causados em decorrência da divulgação não autorizada ou
utilização indevida de informações sigilosas ou informações pessoais, cabendo a apuração de responsabilidade
funcional nos casos de dolo ou culpa, assegurado o respectivo direito de regresso”. Também incorre na mesma
responsabilidade a pessoa física ou entidade privada que, em virtude de vínculo de qualquer natureza com órgãos
ou entidades, tenha acesso a informação sigilosa ou pessoal e a submeta a tratamento indevido (art. 34).
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9) Considere que um servidor público tenha, intencionalmente, fornecido informação incorreta a respeito
do relatório de monitoramento de determinada unidade de conservação. Nessa situação, se for apurada
infração administrativa na conduta do agente, a ele será aplicada a sanção de advertência.
Comentário:
Fornecer informação incorreta de forma intencional constitui infração administrativa prevista na LAI (art. 32,
I). O erro é que, segundo o art. 32, §1º, II da Lei, o servidor público regido pela Lei 8.112/1990 que cometer alguma
infração prevista na LAI deverá ser apenado, no mínimo, com suspensão.
Gabarito: Errado
*****
Bem pessoal, essas foram as linhas gerais da Lei de Acesso à Informação, em que abordamos os seus
principais pontos. Para aprofundar o assunto, recomendo a leitura completa da Lei 12.527/2011 e também do
Decreto 7.724/2012, que regulamenta a LAI no âmbito do Executivo Federal.
Com isso terminamos a parte teórica da aula de hoje. Como já é de praxe, vamos resolver mais algumas
questões de prova J
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No que se refere ao acesso a informações, assinale a opção correta conforme a Lei n.º 12.527/2011.
a) É vedada a exigência ao cidadão de explicitação de motivos para solicitar acesso a dados públicos.
b) O órgão deve conceder acesso à informação disponível em até quinze dias.
c) Caso o órgão se negue a conceder acesso a uma informação solicitada, o interessado estará impedido de
interpor recurso.
d) Em caso de uma informação parcialmente sigilosa, será vedado ao interessado o acesso à parte não sigilosa da
informação.
e) É facultado ao órgão fornecer ao requerente o inteiro teor de decisão negativa de acesso.
Comentário:
a) CERTA. São vedadas exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação de informação de interesse
público (art. 10, §3º, Lei 12.527/2011).
b) ERRADA. O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o acesso imediato à informação disponível
(art. 11, caput, Lei 12.257/2011).
c) ERRADA. No caso de indeferimento de acesso a informações ou às razões da negativa de acesso, o interessado
poderá interpor recurso contra a decisão no prazo de 10 (dez) dias (art. 15, caput, Lei 12.257/2011).
d) ERRADA. Quando não for autorizado acesso integral à informação, por ser parcialmente sigilosa, é assegurado
o acesso à parte não sigilosa por meio de certidão, extrato ou cópia, com ocultação da parte sob sigilo (art. 7º,
§2º, Lei 12.257/2011).
e) ERRADA. É direito do requerente obter o inteiro teor de decisão de negativa de acesso, por certidão ou cópia,
não se tratando de mera faculdade do órgão (art. 14, Lei 12.257/2011).
Art. 7º O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre outros, os direitos de obter:
I - orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso, bem como sobre o local onde poderá ser
encontrada ou obtida a informação almejada;
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II - informação contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados por seus órgãos ou entidades,
recolhidos ou não a arquivos públicos;
III - informação produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade privada decorrente de qualquer vínculo
com seus órgãos ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha cessado;
V - informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades, inclusive as relativas à sua política,
organização e serviços;
b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas de contas realizadas pelos órgãos de controle
interno e externo, incluindo prestações de contas relativas a exercícios anteriores.
Gabarito: Certo
Conforme visto na questão anterior, o acesso à informação abrange inclusive as prestações de contas relativas a
exercícios anteriores (art. 7º, VII, b, Lei 12.527/11). Assim, está incorreto o item.
Gabarito: Errado
Comentário:
O item está em conformidade com o art. 24 da Lei de Acesso à Informação:
Art. 24. A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o seu teor e em razão de sua
imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado, poderá ser classificada como ultrassecreta,
secreta ou reservada.
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Gabarito: Certo
Comentário: O fornecimento de informações públicas não está condicionado à solicitação da pessoa interessada.
No sistema estabelecido pela LAI, foram contempladas duas formas de garantir o acesso à informação:
Gabarito: Errado
Gabarito: Errado
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A Lei de Acesso à Informação se aplica aos órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes
Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público.
Também abrange as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia
mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios,
assim como as entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para realização de ações de interesse público,
recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de
parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres.
Gabarito: Errado
Art. 7º (...)
Gabarito: Certo
Comentário:
Vamos ver o que a LAI nos diz sobre o assunto:
Art. 31. O tratamento das informações pessoais deve ser feito de forma transparente e com respeito à
intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais.
§ 1o As informações pessoais, a que se refere este artigo, relativas à intimidade, vida privada, honra e
imagem:
I - terão seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo prazo máximo de 100
(cem) anos a contar da sua data de produção, a agentes públicos legalmente autorizados e à pessoa a que
elas se referirem; e
II - poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso por terceiros diante de previsão legal ou consentimento
expresso da pessoa a que elas se referirem.
Logo, a restrição de acesso por 100 anos assegurada a informações pessoais relativas à intimidade, vida privada,
honra e imagem independe de classificação de sigilo, daí o erro.
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Gabarito: Errado
No requerimento devem constar os motivos pelos quais o cidadão pretende obter as informações, para que seja
feita a devida verificação de seus interesses.
Comentário:
Segundo o art. 10 da LAI, “qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos e
entidades referidos no art. 1o desta Lei, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a identificação do
requerente e a especificação da informação requerida”. Perceba que a lei exige que o requerimento apresente,
apenas, a identificação do requerente e a especificação da informação requerida, mas não os motivos pelos quais
o cidadão pretende obter as informações.
Aliás, para não deixar dúvidas a respeito da desnecessidade de apresentação dos motivos da solicitação, o art. 10,
§3º da LAI prescreve que “são vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação
de informações de interesse público”.
Gabarito: Errado
I - genéricos;
II - desproporcionais ou desarrazoados; ou
III - que exijam trabalhos adicionais de análise, interpretação ou consolidação de dados e informações,
ou serviço de produção ou tratamento de dados que não seja de competência do órgão ou entidade.
Parágrafo único. Na hipótese do inciso III do caput, o órgão ou entidade deverá, caso tenha conhecimento,
indicar o local onde se encontram as informações a partir das quais o requerente poderá realizar a
interpretação, consolidação ou tratamento de dados.
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Gabarito: Certo
Segundo o art. 10, §3º da LAI, “são vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da
solicitação de informações de interesse público”. Em outras palavras, a Administração não pode exigir que o
interessado apresente os motivos que o levaram a efetuar o pedido de acesso à informação.
Gabarito: Certo
Art. 2o Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, às entidades privadas sem fins lucrativos que
recebam, para realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou
mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros
instrumentos congêneres.
Gabarito: Certo
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A própria LAI define quais projetos de pesquisa são considerados imprescindíveis à segurança da sociedade ou do
Estado e, portanto, passíveis de sofrerem restrição de acesso:
Art. 23. São consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis
de classificação as informações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam:
VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico ou tecnológico, assim como
a sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse estratégico nacional;
VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras e seus
familiares; ou
Logo, a restrição de acesso a projetos de pesquisa não é “independentemente de seu conteúdo”, daí o erro.
Gabarito: Errado
Comentário:
A assertiva está de acordo com o previsto no art. 5º, XXXIII da Constituição Federal:
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
Ressalte-se que a Lei de Acesso à Informação foi editada justamente para regulamentar esse comando
constitucional.
Gabarito: Certo
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a) cabe recurso a ser interposto no prazo de 05 (cinco) dias e dirigido diretamente à Controladoria-Geral da União
do indeferimento a pedido de acesso a informações classificadas como sigilosas contidas em Ministérios
integrantes do Poder Executivo Federal.
b) são classificadas como ultrassecretas, cujo prazo de restrição de acesso à informação é de 25 (vinte e cinco)
anos, as informações que coloquem em risco a segurança do Presidente da República e respectivos cônjuge e filhos
(as).
c) compete ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República rever a classificação de
informações ultrassecretas ou secretas, de ofício, a cada 04 (quatro) anos, ou mediante provocação de pessoa
interessada.
d) é assegurado, por lei, o sigilo da identificação do requerente que apresentar pedido de acesso a informações de
interesse particular contidas nas Cortes de Contas.
e) mediante anuência do requerente é que a informação armazenada em formato digital será fornecida no referido
formato.
Comentários:
Art. 11. O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o acesso imediato à informação disponível.
(...)
§ 5o A informação armazenada em formato digital será fornecida nesse formato, caso haja anuência do
requerente.
*****
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Lista de questões
c) Caso o órgão se negue a conceder acesso a uma informação solicitada, o interessado estará impedido de
interpor recurso.
d) Em caso de uma informação parcialmente sigilosa, será vedado ao interessado o acesso à parte não sigilosa da
informação.
e) É facultado ao órgão fornecer ao requerente o inteiro teor de decisão negativa de acesso.
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Os documentos de arquivo que contenham informações pessoais relativas a intimidade, vida privada, honra e
imagem terão seu acesso restrito de acordo com a classificação de sigilo.
Um cidadão requereu por escrito, ao ente estadual encarregado do fornecimento de licenciamento ambiental,
informações a respeito da possibilidade de construção de um hotel em local próximo às margens de um rio que
corta sua cidade. Com base nessa situação, julgue o próximo item.
No requerimento devem constar os motivos pelos quais o cidadão pretende obter as informações, para que seja
feita a devida verificação de seus interesses.
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O cidadão tem direito de receber dos órgãos públicos informações de seu interesse ou de interesse coletivo.
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Gabarito
1. C 7. C 13. E
2. E 8. E 14. C
3. C 9. E 15. e
4. E 10. C
5. E 11. C
6. E 12. C
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RESUMO DIRECIONADO
LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO – LEI 12.527/2011
Abrangência § Órgãos públicos da administração direta de todos os Poderes, incluindo Tribunal de Contas e MP;
da LAI § Entidades da administração indireta, incluindo empresas públicas e sociedades de economia mista.
(norma geral) § Entidades privadas sem fins lucrativos, quanto aos recursos públicos recebidos.
Principais diretrizes:
§ Publicidade é a regra e o sigilo a exceção;
§ Divulgação de informações de interesse público, independentemente de solicitações;
§ Fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na administração pública.
Ü Transparência ativa:
§ As informações são disponibilizadas pela Administração, independentemente de solicitação.
§ É obrigatória a divulgação na internet de informações de interesse geral e coletivo, exceto para Municípios com até
10 mil habitantes.
Ü Transparência passiva:
§ As informações são transmitidas em resposta a requerimento do interessado.
§ É vedado exigir que o solicitante apresente os motivos determinantes do pedido.
§ Se disponível, a informação deve ser dada de imediato; caso contrário, o órgão terá 20 dias, prorrogável por mais 10,
para disponibiliza-la, nega-la, comunicar que a não possui ou indicar quem possui.
§ A negativa de acesso às informações deve ser fundamentada, sob pena de sujeitar-se o responsável a medidas
disciplinares.
§ É direito do requerente obter o inteiro teor de decisão de negativa de acesso, por certidão ou cópia.
Ø Informações pessoais: até 100 anos; independe de classificação. O acesso pode ser autorizado por lei ou
consentimento expresso.
Ü Recursos: perante a autoridade superior, no prazo de 10 dias. No Executivo Federal, pode recorrer à CGU.
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Referências
Alexandrino, M. Paulo, V. Direito Administrativo Descomplicado. 22ª ed. São Paulo: Método, 2014.
Bandeira de Mello, C. A. Curso de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo: Malheiros, 2010.
Borges, C. Curso de Direito Administrativo para AFRB 2014: teoria e questões comentadas. Estratégia Concursos,
2014.
Carvalho Filho, J. S. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo: Atlas, 2014.
Di Pietro, M. S. Z. Direito Administrativo. 22ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2009.
Furtado, L. R. Curso de Direito Administrativo. 4ª ed. Belo Horizonte: Fórum, 2013.
Knoplock, G. M. Manual de Direito Administrativo: teoria e questões. 7ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
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