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EXTENSÃO E

APERFEIÇOAMENTO

“LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL


COMENTADA”

GUIA DE ESTUDO

Autora: Adriana Maria Penna

Coordenação Pedagógica
Instituto Prominas

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................................... 3
UNIDADE 1 - ESTADO DE DIREITO, LEIS, DECRETOS E AFINS............................................................ 4
UNIDADE 2 - LEI COMPLEMENTAR Nº. 101/00 – LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL .............. 12
UNIDADE 3 - LEI Nº. 4320/64 – ESTATUI NORMAS GERAIS DE DIREITO FINANCEIRO PARA
ELABORAÇÃO E CONTROLE DOS ORÇAMENTOS E BALANÇOS DA UNIÃO, ESTADOS,
MUNICÍPIOS E DISTRITO FEDERAL .......................................................................................................... 19

UNIDADE 4 - LEI Nº. 9784/99 – REGULA O PROCESSO ADMINISTRATIVO NO ÂMBITO DA


ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL ..................................................................................................... 24

UNIDADE 5 - DECRETO-LEI Nº. 200/67 – DISPÕE SOBRE A ORGANIZAÇÃO FEDERAL,


ESTABELECE DIRETRIZES PARA A REFORMA ADMINISTRATIVA E OUTRAS PROVIDÊNCIAS
............................................................................................................................................................................... 34

UNIDADE 6 - DECRETO Nº. 93.872/86 – DISPÕE SOBRE A UNIFICAÇÃO DOS RECURSOS DE


CAIXA DO TESOURO NACIONAL, ATUALIZA E CONSOLIDA A LEGISLAÇÃO PERTINENTE .. 37

UNIDADE 7 - PORTARIA SOF Nº 42/99 – ATUALIZA A DISCRIMINAÇÃO DA DESPESA POR


FUNÇÃO E ESTABELECE OUTROS CONCEITOS .................................................................................... 39

REFERÊNCIAS .................................................................................................................................................. 47

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INTRODUÇÃO

Na década de 80, o Brasil se encontrava diante de uma grave crise financeira.


Havia grande desequilíbrio entre receitas e despesas. O déficit orçamentário era
visível e acentuado. Reformas a nível institucional e normativo eram necessárias e
foram implantadas.
Dentre as reformas, surgiu a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei
Complementar nº. 101/2000) que traduzia a necessidade de estabelecimento de
regras rígidas em uma tentativa de equilibrar as contas públicas e moralizar a
execução dos investimentos públicos.
Nós sabemos que o objetivo de toda política orçamentária é corrigir as falhas
de mercado e as distorções, visando manter a estabilidade, melhorar a distribuição
de renda, e alocar os recursos com mais eficiência.
A presente apostila vem, então, com o intuito de analisar os objetivos, os
pontos principais e os detalhes que são importantes não só na Lei de
Responsabilidade Fiscal, como em algumas outras que têm relação com as reformas
implantadas. Ao Gestor Público, é necessário o conhecimento e a boa interpretação
de tais leis e decretos para que não seja pego de surpresa em algum momento de
desconhecimento e, principalmente, para que seu tempo à frente de uma instituição
pública seja produtivo e traga contribuições à população em geral.
Esperamos que sejam úteis as informações aqui repassadas, mas
recomendamos que completem os estudos com as referências sugeridas ao final da
apostila, pois na Gestão da Coisa Pública, os caminhos são muitos e bem
ramificados.

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UNIDADE 1 - ESTADO DE DIREITO, LEIS, DECRETOS E


AFINS

Como o objetivo desta apostila é apresentar e enumerar os pontos principais


de algumas das leis que regem o orçamento público e a administração pública, se
faz pertinente entender os conceitos, as formas de interpretar as leis, como elas são
hierarquizadas bem como suas vigências e revogações.

1.1 Conceitos básicos

No dicionário Aurélio encontramos inúmeros significados para lei, desde,


regra de direito ditada pela autoridade estatal e tornada obrigatória para manter,
numa comunidade, a ordem e o desenvolvimento ou norma ou conjunto de normas
elaboradas e votadas pelo poder legislativo, e, ainda, uma obrigação imposta pela
consciência e pela sociedade (FERREIRA, 2004).
Genericamente, lei é força. Força que obriga acontecer algo na natureza, ou
força que obriga seres humanos a procederem desta ou daquela maneira. Grosso
modo, existem duas categorias de leis: as naturais e as humanas. As primeiras,
criadas pela ordem natural das coisas; as últimas, pela inteligência humana. Aquelas
regem o Universo; estas regem as relações de convívio pacífico entre os homens. A
lei, qualquer que seja ela, visa à harmonia (LUSTOSA, 2007).
Para Clóvis Beviláqua, renomado jurista do início do século XX, lei é a ordem
geral obrigatória que, emanando de uma autoridade competente reconhecida, é
imposta coativamente à obediência.
Essa autoridade competente referida é o próprio povo, politicamente
organizado, que se faz representar por meio de alguns indivíduos, aos quais é
incumbida a tarefa de elaborar a lei. Esse legislador, que é o indivíduo humano
escolhido, agirá em nome do povo e elaborará a lei, para buscar e garantir a
harmonia social, a felicidade geral de todos e estas leis, têm de ser feitas e
cumpridas.

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O conjunto de todas essas leis, a que se chama ordenamento jurídico, é que


governa o povo. Governar é guiar; buscar o bom caminho, a satisfação material e a
satisfação espiritual. Deste modo, o povo se auto-governa através das leis. Logo, o
povo se pune a si próprio, de livre e espontânea vontade (LUSTOSA, 2007).
A palavra lei pode ser empregada em 3 sentidos diferentes, conforme a
abrangência que se pretenda dar a ela. Elas abrangem as normas formalmente
produzidas pelo estado, representadas, por exemplo, pela Constituição Federal,
medida provisória, decreto, lei ordinária, lei complementar, etc.
Numa acepção técnica e específica, a palavra lei designa uma modalidade de
regra escrita, que apresenta determinadas características. No direito brasileiro, são
técnicas apenas a lei complementar e a lei ordinária.
A palavra Lei vem do verbo ligare (que significa aquilo que liga) ou legere
(que significa aquilo que se lê) (DE PLÁCIDO E SILVA, 1999).
A lei, em seu processo de formulação, passa por várias etapas, estabelecidas
na Constituição. Neste processo temos a iniciativa da lei, discussão, votação,
aprovação, sanção, promulgação, publicação e vigência da lei.
A iniciativa da lei normalmente compete ao Executivo ou ao Legislativo, mas
há casos em que a própria Constituição determina que a iniciativa cabe ao
Judiciário.
Proposta a lei, se for federal, segue-se a sua discussão no Congresso
Nacional, se for estadual, as discussões acontecem nas Assembléias Legislativas.
Em seguida, vem sua votação, que é a manifestação da opinião dos parlamentares,
favorável ou contrária ao projeto de lei. Se favorável ao projeto for a maioria dos
votos, a lei estará aprovada pelo Legislativo. Então, a lei é encaminhada ao
Presidente da República (lei federal) ou ao Governador de Estado (lei estadual) que
poderá sancioná-la ou vetá-la (DE PLÁCIDO E SILVA, 1999).
Vetada, total ou parcialmente, o veto é submetido ao Congresso ou à
Assembléia, que poderão derrubá-lo. Rejeitado, o Executivo tem que acatar a
decisão do Legislativo.
Enfim, sancionada e promulgada (ato pelo qual o Executivo determina sua
execução), a lei é publicada no Diário Oficial.

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Para finalizar estas conceituações sobre lei, a qual é de extrema importância


no dia-a-dia, no caminhar da vida, pois estão presentes e regem a vida de todo
cidadão, é preciso levar em conta a distinção entre Lei em sentido formal e Lei em
sentido material.
Lei, em sentido formal, representa todo o ato normativo emanado de um
órgão com competência legislativa, quer contenha ou não uma verdadeira regra
jurídica, exigindo-se que se revista das formalidades relativas a essa competência.
Lei, em sentido material, corresponde a todo o ato normativo, emanado por
órgão do Estado, mesmo que não incumbido da função legislativa, desde que
contenha uma verdadeira regra jurídica, exigindo-se que se revista das formalidades
relativas a essa competência.

1.2 O Estado Democrático de Direito

O Estado é a expressão da reunião de um grupo de seres humanos com


vistas a um objetivo comum, onde cada indivíduo, vivendo em sociedade, busca a
realização dos seus interesses, concretizando-os durante a sua convivência com os
demais membros da sociedade.
Para Bastos (1999, p. 29) o Estado é a mais complexa das organizações
criadas pelo homem. Pode-se até mesmo dizer que ele é o sinal de um alto estágio
de civilização.
No entanto, para que o Estado possa existir, não basta somente a ocorrência
de uma sociedade organizada em um determinado território, mas esta organização
deve se dar com a existência de normas reguladoras das relações interpessoais dos
sujeitos que formam esta sociedade e, por conseguinte, o Estado (BASTOS, 1999).
Com respeito às funções do Estado,
Ao legislar, o Estado dita normas de comportamento com vistas à harmonia e
à convivência pacífica de seus integrantes. Outra função do Estado é executar essas
normas, isto é, fazer com que sejam cumpridas em todo o seu território. Além de
legislar e pôr em execução suas normas, cabe ao Estado, julgar as infrações a elas.
O Estado visa manter a todo custo a sua ordem interna e o faz por meio do Poder
Judiciário, que tem como objetivo julgar as infrações às normas, exercendo assim
um poder coercitivo sobre a sociedade (BASTOS, 1999, p.50-51).

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Na realidade os fins do Estado deverão ser a síntese dos fins individuais e


deste modo, Streck (2004, p. 86) afirma que o Estado, chamado “Estado de Direito”,
assim como os seus membros formadores, estão sujeitos aos ditames legais,
salvaguardando, assim, os cidadãos de seus possíveis atos de abusos.
O Estado de Direito, em determinadas situações, funciona como se fosse um
Estado Liberal, em outras, desempenha papel de Estado Social e, não raras vezes,
se posiciona como um Estado Democrático de Direito.
O Estado Democrático de Direito tem um conteúdo transformador da
realidade, não se restringindo, como o Estado Social de Direito, a uma adaptação
melhorada das condições sociais de existência. Assim, o seu conteúdo ultrapassa o
aspecto material de concretização de uma vida digna ao homem e passa a agir
simbolicamente como fomentador da participação pública quando o democrático
qualifica o Estado, o que irradia, também sobre a ordem jurídica (STRECK, 2004, p.
93).
Desta maneira, o Estado Democrático de Direito se baseia em vários
princípios que lhe conferem legitimidade, tais como: da constitucionalidade, da
organização democrática da sociedade; do sistema de direitos fundamentais
(individuais e coletivos); da justiça social; da igualdade; da divisão dos poderes; da
legalidade e da segurança e certeza jurídica.
No Brasil, nossa lei suprema, a Constituição Federal, com todos os seus
requisitos materiais e formais, deu origem ao Estado Constitucional de Direito, no
qual ela (Constituição) encontra-se no topo hierárquico de toda uma legislação,
ditando as premissas para o desenvolvimento do Estado, visando assegurar a
máxima vinculação de todos os poderes do Estado e da sua produção normativa.
Assim, a lei fica vinculada a uma instância jurídica superior, tal como é a Carta
Magna, que se constitui na norma-mãe, a qual deve ser suprema.

1.3 As formas de interpretação das leis

Interpretar a lei é atribuir a ela um significado, determinar seu sentido a fim de


se entender sua correta aplicação em um caso concreto.

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Como muitas vezes a lei não é escrita de forma clara, podendo implicar em
conseqüências para as pessoas, ela precisa ser bem entendida e explicada.
Segundo Diniz (1999) temos várias formas de interpretar a lei, dentre elas:
Literal - buscando o sentido das palavras do legislador;

Histórica - busca reconstruir revelar o estado de espírito dos autores da lei, os


motivos que ensejaram esta, a análise cuidadosa do projeto, com sua exposição de
motivos, mensagens do Executivo, atas e informações, debates etc. A interpretação
histórica verifica a relação da lei com o momento da sua edição (occasio legis);

Sistemática - analisa as leis de acordo com o Direito em sua totalidade


(sistema jurídico), confrontando-as com outras normas, com princípios e com valores
prestigiados pelo Estado;

Finalística - busca o fim social da lei, e é a mais incentivada no Direito


Brasileiro, conforme o artigo 5º da Lei de Introdução ao Código Civil: na aplicação da
lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem
comum;

Gramatical - utiliza as regras da lingüística, é a análise filológica do texto (a


primeira interpretação que se faz).

1.4 As vigências e revogações

No Brasil, a obrigatoriedade da lei surge a partir de sua publicação no Diário


Oficial, mas sua vigência não se inicia no dia da publicação, salvo se ela assim o
determinar. O intervalo entre a data de sua publicação e sua entrada em vigor
chama-se vacatio legis (DINIZ, 1999).
Uma lei deve ser aplicada até que seja revogada ou modificada por outra (no
Brasil, este princípio está positivado no art. 2º da LICC).
A revogação pode ser total ou parcial.
Se total:
ab-rogação: a lei anterior é totalmente revogada pela nova, que não substitui
seu conteúdo;

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sub-rogação: a lei anterior é totalmente revogada pela nova, substituindo o


seu conteúdo),

Se parcial:

derrogação: a lei anterior é parcialmente revogada por uma nova, sem


substituição do conteúdo revogado;

modificação: a lei anterior é parcialmente revogada por uma nova,


substituindo seu conteúdo.

Existe uma condição, a repristinação que ocorre quando uma lei revogada
volta a ter vigência e é um assunto extremamente controverso. No Brasil, é proibida.
Em princípio, as leis começam a vigorar para legislar sobre casos futuros, e
não passados. Assim, a aplicação das leis deve observar três limites:
1. Ato jurídico perfeito;

2. Direito adquirido;

3. Coisa julgada.

Esses limites têm como objetivo aumentar a segurança jurídica da sociedade.


Ou seja, se hoje você realiza um ato legal pelas normas vigentes atualmente, você
tem a garantia de não ser punido mesmo se o seu ato passe a ser ilegal devido a
uma lei que seja promulgada no futuro (DINIZ, 1999).

1.5 A hierarquia das leis

Em todos os Estados, as leis apresentam uma hierarquia (uma ordem de


importância), na qual as de menor grau devem obedecer às de maior grau. A
hierarquia trata-se, portanto, de uma escala de valor, à semelhança de um triângulo.
Embora existam algumas divergências, admite-se a seguinte classificação:
Constituição – A Lei Suprema, nossa Carta Magna. Limita o poder, organiza
o Estado, define os direitos e garantias fundamentais.
Emenda à constituição – é uma modificação no texto da Constituição
Brasileira, que deve ser aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado
Federal, em votação nominal, por três quintos dos votos dos membros de cada casa

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legislativa. Elas estão autorizadas no art. 60 da mesma, e são a forma legítima e


secundária de alterar as disposições constitucionais vigentes.
Lei complementar – é uma lei que tem como propósito primário,
complementar, adicionar algo à Constituição. Ela exige maioria absoluta para ser
aceita. Nem todas as leis complementares, como se pensa erroneamente, destinam-
se a complementar diretamente o texto constitucional, pois o constituinte reserva à
lei complementar, matérias de especial importância ou matérias polêmicas, para cuja
disciplina seja desejável e recomendável a obtenção de um maior consenso entre os
parlamentares. É interessante explicar que Lei votada com o procedimento de Lei
Complementar e denominada como tal, ainda assim, terá efeitos jurídicos de lei
ordinária, podendo ser revogada por lei ordinária posterior, se versar sobre matéria
não reservada constitucionalmente à lei complementar (DINIZ, 1999).
Lei ordinária – Seu campo material é alcançado pela exclusão, ou seja, se a
constituição não exige a elaboração de lei complementar, então a lei competente
para tratar daquela matéria é a lei ordinária. Ela exige apenas maioria simples de
votos para ser aceita.
Medida Provisória – Adotada pelo Presidente da República, mediante ato
unipessoal, sem a participação do Poder Legislativo, que somente será chamado a
discuti-la em momento posterior. Embora tendo força de lei, não é verdadeiramente
uma lei, no sentido técnico estrito do termo, visto que não existiu processo legislativo
prévio à sua formação. Somente em casos de relevância e urgência é que o chefe
do Poder Executivo poderá adotar medidas provisórias, devendo submetê-las,
posteriormente, ao Congresso Nacional. As medidas provisórias vigorarão por 60
dias, prorrogáveis por mais 60. Após este prazo, se o Congresso Nacional não
aprová-la, convertendo-a em lei, a medida provisória perderá sua eficácia.
Lei delegada – um ato normativo elaborado pelo Presidente do Brasil, com a
autorização do Congresso Nacional, para casos de relevância e urgência, quando a
produção de uma lei ordinária levaria muito tempo para dar uma resposta à situação.
Resolução – é norma jurídica destinada a disciplinar assuntos do interesse
interno do Congresso Nacional, Senado ou Câmara dos Deputados. Elaborada e
finalizada no âmbito legislativo. Precisa de quorum absoluto para sua aprovação e a

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sanção, promulgação e publicação ficam a cargo do presidente do respectivo órgão


que a produziu.
Decreto – Os decretos-leis eram uma ferramenta do Presidente da República
para dar imediata efetividade a uma norma da administração, com poder de lei
desde a sua edição. Foram muito utilizados durante o Estado Novo, na Ditadura
Militar, quando o poder executivo tinha um poder supremo sobre os demais poderes
governamentais. A partir da Constituição de 1988, foram substituidos pelas Medidas
Provisórias, que também têm força de lei desde sua edição pelo presidente da
República (DINIZ, 1999).

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UNIDADE 2 - LEI COMPLEMENTAR Nº. 101/00 – LEI DE


RESPONSABILIDADE FISCAL

A Lei Complementar nº. 101 de 04 de maio de 2000 foi criada com o objetivo
de ditar normas de finanças públicas voltadas para uma boa administração e gestão
fiscal dos recursos públicos, isto porque na década de 80, o Brasil se encontrava
numa grave crise, com suas finanças públicas desequilibradas, mostrando
acentuado déficit orçamentário.
Conhecida também como Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF, veio
estabelecer os princípios do equilíbrio fiscal, planejamento e transparência, ou
seja, seus objetivos foram:
1. Instituir uma gestão fiscal responsável, com ênfase no controle do gasto
continuado e no endividamento;

2. Prevenir desvios e estabelecer mecanismos de correção e dessa forma,


punições a administradores pelos desvios graves e por eventual não-adoção
de medidas corretivas;

3. Modificar profundamente o regime fiscal brasileiro, dando um choque de


transparência no setor público, com maior divulgação das contas públicas e,
ao mesmo tempo, tornando-as mais inteligíveis (NÓBREGA, 2002).

A LRF parte do pressuposto de que para uma boa gestão pública, os


governantes não podem gastar mais do que arrecadam e os recursos públicos
precisam ser administrados de forma responsável.
Portanto, para alcançar essa responsabilidade é necessário: ação planejada e
transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o
equilíbrio das contas públicas (Parágrafo 1º do art.1º).
Analisando ponto a ponto, temos os seguintes postulados:

Ação planejada e Transparente – consiste em ações voltadas para a


satisfação de um programa definido por ações ou projetos que tenham
sempre começo, meio e fim;

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Prevenção de riscos e correção de desvios que afetem o equilíbrio das


contas públicas – um dos aspectos mais relevantes da Lei de
responsabilidade fiscal é justamente o acompanhamento das ações, projetos
ou atividades dos administradores públicos pelos controles internos e
externos, a cargo de funcionários dos próprios órgãos e Tribunais de Contas,
respectivamente.

Garantia de equilíbrio nas Contas Públicas – cumprimento de metas e


resultados entre receitas e despesas, com limites e condições para a renúncia
de receita e a geração de despesas com pessoal, seguridade, dívida,
operações de crédito, concessão de garantia e inscrição em restos a pagar;

Transparência – diversos pontos da LRF enfatizam a ação planejada e


transparente na administração pública.

Foi inspirada em outras experiências internacionais, principalmente a da Nova


Zelândia, que implementou uma profunda reforma dos sistemas e relatórios
contábeis, introduzindo a análise gerencial dos dados gerados por eles.
Segundo Toledo Jr. e Rossi (2002) ela foi inspirada no Tratado de Maastrich,
da Comunidade européia, de onde buscou a tolerância com desvios fiscais, desde
que, mantido o efetivo compromisso de ajuste. Os mesmo autores dizem que ainda
se inspirou na experiência americana, especialmente quando exige a compensação
da renúncia de receitas e das novas despesas obrigatórias de reprodução
continuada.
A LRF se apóia em quatro grandes eixos:
1. Planejamento - é aprimorado pela criação de novas informações,
metas, limites e condições para a renúncia de receita, geração de despesas,
despesas com pessoal, despesas da seguridade, dívidas, operações de crédito,
ARO, concessão de garantias.

2. Transparência - é prevista pela divulgação ampla, inclusive pela


internet, de 4 novos relatórios de acompanhamento da gestão fiscal, que permitem
identificar as receitas e despesas e que são:

1. Anexo de Metas Fiscais

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2. Anexo de Riscos Fiscais

3. Relatório de Gestão Fiscal

4. Relatório Resumido da Execução Orçamentária

3. Controle - é aprimorado pela maior transparência e qualidade das


informações, exigindo uma ação fiscalizadora mais efetiva e continua dos Tribunais
de Contas.

4. Responsabilização - deverá ocorrer sempre que houver o


descumprimento das regras, com a suspensão das transferências voluntárias,
garantias e contratação de operações de crédito, inclusive Antecipação da Receita
Orçamentária (ARO).

Como esclareceu Pelicioli (2000, p. 109), a LRF dá suporte à criação de um


sistema de planejamento, execução orçamentária e disciplina fiscal, até então
inexistente no cenário brasileiro. Tem o objetivo de controlar o déficit público, para
estabilizar a dívida em nível compatível com o status de economia emergente. Seu
aspecto inovador, segundo análise de Cruz (2001, p. 8), reside no fato de
responsabilizar o administrador público pela gestão financeira, criando mecanismos
de acompanhamento sistemático (mensal, trimestral, anual e plurianual) do
desempenho.
O fundamento da Lei de Responsabilidade Fiscal está nos artigos 163 a 169
da Constituição Federal, mas especificamente no artigo 165, § 9º, os quais
expressam a intenção do legislador de promover uma administração financeira
eficiente, atendendo ao critério de maior controle da sociedade sobre o Estado.
Castro (2000, p.17) esclarece que o poder executivo federal, ao propor o
projeto que deu origem à Lei Complementar 101/2000, apoiou-se no argumento de
que a medida fazia parte do conjunto de estratégias componentes do Programa de
Estabilidade Fiscal - PEF. Porém, o mesmo autor põe em dúvida essa intenção,
identificando, implicitamente o objetivo de ampliar a arrecadação de recursos e
racionalizar seu emprego, para cumprir compromissos nacionais relativos à dívida
externa e atender às exigências oriundas do FMI, do Banco Mundial e dos Estados
Unidos da América (organismos financeiros internacionais credores de nosso país).

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2.1 Histórico da Elaboração da Proposta

Sua origem é a Constituição de 1988, onde encontramos no Capítulo II – Das


Finanças Públicas, Seção I – Normas Gerais que:
Art. 163 - Lei complementar disporá sobre:

I - finanças públicas;
II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e
demais entidades controladas pelo Poder Público;
III - concessão de garantias pelas entidades públicas;
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública;
V - fiscalização das instituições financeiras;
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da
União, resguardadas as características e condições operacionais plenas das
voltadas ao desenvolvimento regional.

Já a Emenda Constitucional nº. 19/98 – Reforma Administrativa – fixou prazo


de 180 dias, a partir da data da Promulgação da Emenda (04/06/98), para o Poder
Executivo apresentar Projeto de Lei Complementar ao Congresso Nacional
regulamentando o art. 163 da CF/88.

2.2 Estrutura da Lei

I – Disposições Preliminares (arts. 1 a 2)


II – Do Planejamento (arts. 3 a 10)
III – Da Receita Pública (arts. 11 a 14)
IV – Da Despesa Pública (arts. 15 a 24)
V – Das Transferências Voluntárias (art. 25)
VI – Da Destinação de Recursos Públicos para o Setor Privado (arts. 26 a 28)
VII – Da Dívida e do Endividamento (arts. 29 a 42)
VIII – Da Gestão Patrimonial (arts. 43 a 47)
IX – Da Transferência, Controle e Fiscalização (arts. 48 a 59)
X – Disposições Finais e Transitórias (arts.60 a 75)

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2.3 Dos crimes de responsabilidade fiscal

A partir da Lei nº. 10.028/00, que introduziu no sistema jurídico-penal


brasileiro, novas figuras típicas penais – no Código Penal e no Decreto-Lei que trata
dos crimes de responsabilidade dos Prefeitos (nº 201/76), os agentes públicos
ficaram inseguros justamente devido às implicações de caráter penal que poderiam
envolver os chefes do Executivo Municipal tanto quanto outros administradores
públicos. Alcança os três poderes no que couber a cada um deles.
Em relação ao Código Penal encaixou-se no último título, um capítulo
acrescido de oito novas condutas ao artigo que previa o crime de responsabilidade
dos Prefeitos. Enfatiza punição em situações de omissão e não adoção de medidas
corretivas quando da ocorrência de desvios fiscais; má conduta no final de mandato,
como por exemplo, aumento arbitrário de dívida ou folha salarial; pune com multa,
inelegibilidade ou inabilitação para exercício de função, cargo ou empresa pública e
ainda a reclusão. Acrescenta novas infrações ao rol dos crimes tipicamente políticos
e próprios dos Chefes do Executivo como perda de mandato por não prestação de
contas, etc.
Além de sanções aos administradores, o descumprimento das normas implica
sanções para o Município tais como proibição para receber transferências
voluntárias, obter garantias, contratar operações de crédito e outras, conforme o tipo
de desobediência a suas regras.
Em anos eleitorais, a Lei de Responsabilidade Fiscal contém restrições
adicionais para controle das contas públicas, com destaque para o seguinte:
Fica impedida a contratação de operações de crédito por antecipação de
receita orçamentária (ARO);
É proibido ao governante contrair despesa que não possa ser paga no mesmo
ano. A despesa só pode ser transferida para o ano seguinte se houver
disponibilidade de caixa; e,
É proibida qualquer ação que provoque aumento da despesa de pessoal nos
Poderes Legislativo e Executivo nos 180 dias anteriores ao final da legislatura ou
mandato dos chefes do Poder Executivo.

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Na medida em que os administradores de recursos públicos respeitem a LRF,


agindo com responsabilidade, o contribuinte deixa de pagar a conta, seja por meio
do aumento de impostos, redução nos investimentos ou cortes nos programas que
atendam à sociedade (MPOG, 2007).
Essa nova legislação vem em decorrência da LRF que segundo Castro (2000)
tem o objetivo reduzir de forma drástica e veloz o déficit público buscando a
estabilização do montante da dívida em relação ao produto interno bruto da
economia.
Quando o setor público, gasta mais do que pode, o governo tem duas
alternativas para se financiar. Uma delas é permitir a volta de inflação, imprimindo
mais papel-moeda e colocando mais dinheiro em circulação na economia (MPOG,
2007).
Uma outra alternativa é o governo pegar dinheiro emprestado no mercado
financeiro, emitindo títulos públicos. Para isso, vai pagar juros ao mercado, porque,
caso contrário, ninguém vai lhe emprestar dinheiro. Com isso, cada vez que precisar
se financiar, vai oferecer títulos e pagar juros, e, quanto mais se endividar, maior
será o risco de não conseguir pegar o que deve. Resumindo, a taxa de juros sobe,
toda a economia sofre, mas o governo cobre sua conta.
A LRF vem, então, reforçar os alicerces do desenvolvimento econômico
sustentado, sem inflação para financiar o descontrole de gastos do setor público,
sem endividamento excessivo e sem a criação de artifícios para cobrir os buracos de
uma má gestão fiscal.

2.4 Os limites impostos pela LRF

Na Lei de responsabilidade Fiscal encontramos limites de gastos com


pessoal, como percentual das receitas, para os três Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos municípios. Eles são assim distribuídos:
Para a União, os limites máximos para gastos com pessoal (50% da Receita
Corrente Líquida) são assim distribuídos:

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2,5 % para o Poder Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas;


6 % para o Judiciário;
0,6 % para o Ministério Público da União;
3 % para custeio de despesas do DF e de ex-territórios;
37,9% para o Poder Executivo.

Nos Estados, os limites máximos para gastos com pessoal (60% da Receita
Corrente Líquida) serão:

3% para o Poder Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas;


6% para o Poder Judiciário;
2% para o Ministério Público;
49% para as demais despesas de pessoal do Executivo.

Nos Municípios, os limites máximos para gastos com pessoal (60% da


Receita Corrente Líquida) serão:

3% para o Poder Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas;


6% para o Poder Judiciário;
2% para o Ministério Público;
49% para as demais despesas de pessoal do Executivo.
6% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas;
54% para o Executivo.

Salientamos que pesquisas adicionais e o aprofundamento dos estudos são


de extrema importância para conhecimento de toda matéria pertinente ao
Orçamento Público e à Lei de Responsabilidade fiscal, uma vez serem assuntos que
não se esgotam.

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UNIDADE 3 - LEI Nº. 4320/64 – ESTATUI NORMAS GERAIS DE


DIREITO FINANCEIRO PARA ELABORAÇÃO E CONTROLE DOS
ORÇAMENTOS E BALANÇOS DA UNIÃO, ESTADOS, MUNICÍPIOS E
DISTRITO FEDERAL

Como visto em Orçamento Público, a partir de várias iniciativas e estudos


procedentes de diversas áreas, dentre elas, a Terceira Conferência de Técnicos em
Contabilidade Pública e Assuntos Fazendários (1949) e o Manual das Nações
Unidas, o Congresso Nacional aprovou, em 17 de março de 1964, a Lei nº. 4.320
que consolidou o modelo orçamentário padrão para os três níveis do governo
brasileiro (FREITAS, 2003).
Essa lei passou a ser um marco na legislação orçamentária brasileira,
disciplinando as práticas orçamentárias através de:
Dispositivos da receita e da despesa;
Elaboração da proposta orçamentária:
Do exercício financeiro;
Dos créditos adicionais;
Da execução orçamentária;
Dos fundos especiais;
Do controle da execução orçamentária;
Da contabilidade nos segmentos orçamentário, financeiro, patrimonial e
industrial;
Dos balanços;
Das autarquias e outras entidade.

Foram apresentados 115 artigos. E pelo previsto no art. 113, são verificadas
as adequações necessárias ao longo dos anos, de acordo com os anexos da lei e
por meio dos atos administrativos.
Em 1967, o Decreto nº. 200 já havia definido que o planejamento seria um
dos princípios fundamentais para orientar as atividades do governo, enfatizando o
orçamento-programa.

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Isso quer dizer que desde 1967, o governo já utilizava a classificação


funcional-programática da despesa, por meio de funções, programas e
subprogramas (subdividido em projetos e atividades).
Em 1974, a Portaria nº.9 ampliou a sua utilização para estados e municípios,
o que nos leva a observar que essa classificação é uma grande iniciativa de
aproximar o planejamento do orçamento, o que foi feito através do fornecimento de
informações mais amplas sobre as programações de governo nas leis orçamentárias
anuais e ainda, uniformizando também, as terminologias entre União, estados,
municípios e Distrito Federal (FREITAS, 2003).
Há que se ressaltar que antes da Lei nº. 4.320/64, o orçamento utilizado no
Brasil era o orçamento tradicional, ou seja, um documento clássico caracterizado
pela previsão de receita e de autorização de despesas, estas classificadas segundo
o objeto de gasto e distribuídas pelos diversos órgãos, para o período de um ano.
Em sua elaboração não se enfatizava, primordialmente, o atendimento das
necessidades da coletividade e da Administração; tampouco se destacavam os
objetivos econômicos e sociais.
No seu artigo 22, encontramos o conteúdo e a forma da proposta
orçamentária enviada anualmente pelo Executivo ao Legislativo.
Comporão obrigatoriamente a proposta orçamentária:
I) Mensagem do Chefe do Executivo, que conterá:
-exposiçãocircunstanciadadasituaçãoeconômico-financeira,
documentada com demonstração da dívida fundada e flutuante, saldo de
créditos especiais, restos a pagar e outros compromissos financeiros
exigíveis;
- exposição e justificação da política econômico-financeiro-social do
Governo;
- justificação de receita e despesa, particularmente no tocante ao orçamento
de capital (receitas e despesas de capital);
II) Projeto de Lei de Orçamento;
III) tabelas explicativas, das quais, além das estimativas de receita e
despesa, constarão, em colunas distintas e para fins de comparação:
a) a receita arrecadada nos três últimos exercícios anteriores àquele em
que se elaborou a proposta;
b) a receita prevista para o exercício em que se elabora a proposta;
c) a receita prevista para o exercício a que se refere a proposta;
d) a despesa realizada no exercício imediatamente anterior;
e) a despesa fixada para o exercício em que se elabora a proposta; e
f) a despesa prevista para o exercício a que se refere a proposta.
IV) Especificação dos programas especiais de trabalho, custeados por
dotações globais, em termos de metas visadas, decompostas em estimativa
dos custos das obras a realizar e dos serviços a prestar, acompanhadas de
justificação econômica, financeira, social e administrativa.

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O art. 2º da Lei nº 4.320/64, estatui que a Lei Orçamentária Anual (LOA)


conterá a discriminação da receita e despesa, de forma a evidenciar a política
econômico-financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os
princípios da unidade, universalidade e anualidade. Determina ainda que LOA será
publicada nos seguintes termos:
§ 1º Integrarão a Lei de Orçamento:
I. Sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções de governo;
II. Quadro demonstrativo de receita e despesa, segundo as Categorias
Econômicas, na forma do Anexo I;
IIII. Quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva legislação;
IV. Quadro das dotações por órgãos do Governo e da Administração.
§ 2º Acompanharão a Lei Orçamentária:
I. Quadro demonstrativo da receita e dos planos de aplicação dos fundos
especiais;
II. Quadro demonstrativo da despesa, na forma dos Anexos 6 a 9; e
III. Quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do Governo, em
termos da realização de obras e de prestação de serviços.

A idéia de mensurar custos na Administração Pública Brasileira não é nova. O


assunto já foi explorado por diversos autores. Para Afonso (1999, p. 513) a
preocupação com a correta aplicação dos recursos públicos tem levado
administradores à busca de formas de se tentar medir custos mais adequadamente,
visando o conhecimento de como foi feito determinado projeto e qual o seu custo-
benefício à população.
Logo após a Lei nº. 4320/64, em 1967, o Decreto-Lei nº 200, dispondo sobre
a organização da Administração Federal e o estabelecimento de diretrizes para a
Reforma Administrativa tornou a enfatizar essa necessidade, que somente veio a
ganhar maior relevância após a edição da Lei de Responsabilidade Fiscal, mais de
três décadas depois.
Pode-se especificar o que as citadas legislações discorrem acerca da
contabilidade de custos, destacando-se o artigo 85, da Lei 4.320/64; artigo 79, do
Decreto-Lei nº 200/67 e artigo 50, parágrafo 3º, da Lei Complementar nº 101/2000,
respectivamente:
Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitir
o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da
composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais,
o levantamento dos balanços gerais, a análise e interpretação dos
resultados econômicos e financeiros(BRASIL, 1964);

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Art. 79. A contabilidade deverá apurar os custos dos serviços de forma a


evidenciar os resultados da gestão (BRASIL, 1967);
Art 50. [...]
§ 3o A Administração Pública manterá sistema de custos que permita a
avaliação e o acompanhamento da gestão orçamentária, financeira e
patrimonial (BRASIL, 2000).

O tema é bastante vasto e pouco discutido, comparativamente aos outros


assuntos ligados à contabilidade, e, por conseguinte, à gestão pública. Slomski
(2001, p. 276) entende que a esse tema até o presente momento, no Brasil,
dispensaram-se poucos esforços; no entanto, a partir da LC nº 101/2000, ele passou
a ter maior ênfase na administração pública brasileira.
Com este enfoque, Cruz e Platt (2001, p.1) dizem que Empresários e
executivos, com visão de futuro, conhecem a importância do controle e gestão de
custos para o sucesso empresarial num ambiente de mudanças e competição. Esta
noção facilmente aceita no setor privado está ainda pouco desenvolvida no âmbito
do setor público brasileiro.
É importante destacar que a administração pública possui a peculiaridade de
realizar serviços com objetivo precípuo de satisfação da sociedade, sem contemplar
a visão de lucro.
Levando-se em consideração que os estudos nessa área ainda são
incipientes, há que se considerar algumas dificuldades para se realizar uma
adequada apuração de custos, surgidas principalmente pelo fato de que a
administração pública não contabiliza a depreciação dos seus ativos permanentes;
considera que todas as aquisições representam despesas no momento da
liquidação, 2º estágio da despesa pública; utiliza um regime misto de contabilização
– competência para a despesa e caixa para as receitas -, contabilizando algumas
despesas no curso do exercício, mas que poderão ser anuladas no exercício
seguinte, como no caso dos restos a pagar não processados, que representam as
despesas empenhadas e não pagas até o encerramento do exercício, de acordo
com o Art. 36 da Lei 4320/64; bem como os custos com pessoal.
Enfim, antes da implementação do orçamento-programa, com o qual o
orçamento passou a ser considerado instrumento de planejamento, os gestores dos
recursos públicos simplesmente elaboravam propostas orçamentárias, na maioria
dos casos, com uma supervalorização da real necessidade, por não existir memória

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de cálculo que expressasse o porquê das solicitações orçamentárias enviadas à


Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão, o que vem mudando gradativamente.

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UNIDADE 4 - LEI Nº. 9784/99 – REGULA O PROCESSO


ADMINISTRATIVO NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA FEDERAL

Com a publicação da Lei n° 9.784, de 29 de janeiro de 1999, que regula o


processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, é que veio se
dispor sobre preceitos basilares para o processo administrativo na esfera da
Administração Pública Federal, direta e indireta, visando à proteção dos direitos dos
administrados e a melhor execução dos fins da Administração Pública. A sua
vigência foi imediata, seguindo-se à publicação em 1º de fevereiro de 1999.
Até há pouco tempo não existia no Brasil legislação que tratasse do
procedimento administrativo e que regulasse os atos produzidos no âmbito da
Administração Pública (CARVALHO, 2007).

4.1 O seu alcance e os seus objetivos

O Alcance e os objetivos da lei nº. 9784/99 estão muito bem delineados logo
no seu art. 1º, Capítulo I, das Disposições Gerais.

Art. 1º. Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo
no âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial,
à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins
da Administração.
§ 1º. Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes
Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função
administrativa.
§ 2º. Para os fins desta Lei, consideram-se:
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração
direta e da estrutura da Administração indireta;
II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;
III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de poder de decisão.

Como se vê, ao estabelecer normas básicas sobre o processo administrativo


no âmbito da Administração Federal direta e indireta, o seu primordial objetivo é de
oferecer proteção dos direitos dos administrados e o melhor cumprimento dos fins
da Administração. Essa norma contém a previsão de seu aproveitamento, também,
no domínio dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando estes venham a

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desempenhar a função administrativa. Assim é de se prever a considerável


autoridade e repercussão que terá a Lei nº. 9.784/99, consistindo, genuinamente, em
Lei Geral do Processo Administrativo (BARBOSA, 2007).
Como órgão, ela conceitua como sendo a unidade de atuação integrante da
estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta; como
entidade, a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica; e, por fim,
autoridade como sendo o servidor ou agente público dotado de poder de decisão.

4.2 Os princípios e critérios do procedimento administrativo

A doutrina existente até há pouco tempo sobre processo administrativo e


administração pública enumerava, com ligeiras mutações, os seguintes princípios
que lhes são aplicáveis: legalidade, informalidade, moralidade, publicidade e
eficiência, além dos princípios da ampla defesa e contraditório (BARBOSA, 2007).
A Lei nº. 9.784/1999 adicionou ao rol já conhecido outros princípios, a saber:
finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, segurança
jurídica, interesse público e eficiência.
São vários, então, os princípios elencados pela Lei Geral do Processo
Administrativo apresentados no seu art. 2º.
Art. 2º. A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da
legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade,
moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse
público e eficiência.
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre
outros, os critérios de:
I - atuação conforme a lei e o Direito;
II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial
de poderes ou competências, salvo autorização em lei;
III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção
pessoal de agentes ou autoridades;
IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé;
V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de
sigilo previstas na Constituição;
VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações,
restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias
ao atendimento do interesse público;
VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a
decisão;
VIII - observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos
administrados;
IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de
certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados;

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X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações


finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de
que possam resultar sanções e nas situações de litígio;
XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as
previstas em lei;
XII - impulsão, de oficio, do processo administrativo, sem prejuízo da
atuação dos interessados;
XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o
atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de
nova interpretação.

Como se observa no transcrito acima, a Administração Pública obedecerá,


dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade,
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica,
interesse público e eficiência. Embora não expressamente citados na lei, a
administração também deve obediência aos princípios da publicidade, da
oficialidade, do informalismo e da impessoalidade (BARBOSA, 2007).

4.2.1 Princípio da Legalidade

A eficácia de todo desempenho da administração pública tem dependência da


Lei, não há liberdade ou vontade pessoal do administrador, o que importa, é a
obediência aos ditames e regras previstas no direito positivo, por isso que, referir-se
ao princípio da legalidade é mencionar o total condicionamento do administrador à
pretensão da Lei.
A Lei Geral do Processo Administrativo determina que o administrador aja
conforme a Lei e o Direito, devendo a interpretação da norma administrativa ser da
forma que garanta o atendimento ao cidadão, como se observa do preceituado no
seu art. 2º, parágrafo único, I e XIII (BARBOSA, 2007).

4.2.2 Princípio da Finalidade

A finalidade do ato é seu intento finalístico. Todo ato administrativo procura


obter uma finalidade de interesse da administração pública.
O administrador fica impedido de procurar outro fim ou de praticá-lo em seu
próprio interesse ou em interesse de terceiros. Este princípio proíbe que o ato

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administrativo venha a ser praticado sem interesse público ou conveniência para a


administração, mirando exclusivamente a atender interesses privados, por
favoritismo ou acossamento dos agentes da administração pública. O administrador,
ao agir contra este princípio, estará revelando o seu desvio de conduta, o que virá a
constituir-se numa das modalidades de abuso de poder (BARBOSA, 2007).

4.2.3 Princípio da Motivação

Pela apreciação da motivação dos atos emanados da administração pública é


que se tem o controle de legalidade para averiguar se o ato do administrador foi
praticado ressaltando-se os princípios da proporcionalidade e razoabilidade, a partir
da avaliação do nexo de causalidade entre os motivos e o resultado do ato
respectivo.
O princípio da motivação é um direito implícito do cidadão e decorre da
democratização dos valores regulados pela Constituição Federal. Ato administrativo,
sem motivação, afronta o poder discricionário, enveredando nas raias do arbítrio
(BARBOSA, 2007).

4.2.5 Princípio da Moralidade

O princípio da moralidade administrativa está implantada na Carta Magna


como um princípio fundamental a ser acatado pela Administração Pública, não
devendo acolher posicionamentos doutrinários que limitem a sua extensão. Assim,
imoral é o ato administrativo que não respeita o conjunto de solenidades
indispensáveis para a sua exteriorização; quando foge da oportunidade ou da
conveniência de natureza pública; quando abusa no seu proceder e fere direitos
subjetivos públicos ou privados; quando a ação é maliciosa, imprudente, mesmo que
somente no futuro uma dessas feições se tornem reais (BARBOSA, 2007).

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4.2.6 Princípio da Ampla Defesa e do Contraditório

Entende-se como ampla defesa a total possibilidade do cidadão, nos moldes


assegurados por lei, de efetivar a defesa quando venha a ser acusado de qualquer
violação da lei, seja ela penal ou administrativa. Na expressão se contém o direito de
ser assistido por um experto, de contraditar a acusação, de produzir provas, de
exigir a demonstração do fato, dentre outros direitos.
Segundo Diniz (1999):
AMPLA DEFESA é um direito administrativo, concedido a todos os
funcionários e particulares envolvidos em algum inquérito ou processo
administrativo, fundado no princípio constitucional de que ninguém pode ser
condenado sem ser ouvido. Dentro do direito processual, ele admite o contraditório a
todos aqueles que estão implicados num processo, ou seja, dando possibilidade à
produção de provas.
CONTRADITÓRIO, dentro da lógica jurídica, o que contém contradição. No
Direito constitucional e direito processual:
a) depoimento testemunhal que contém contradição;
b) garantia constitucional que assegura a todo aquele que for demandado em
juízo o direito de defesa da acusação e de proteção de seu direito (DINIZ, 1999).
Esse princípio encontra-se presente em diversos dispositivos da Lei Geral do
Processo Administrativo, explicita e implicitamente.

4.2.7 Princípio da Segurança Jurídica

A segurança jurídica exerce o papel que torna viável a efetivação real dos
fundamentos e desígnios permanentes do Estado Democrático de Direito em que se
constitui a nação brasileira, com isso viabilizando a harmonia das relações
cotidianas mediante conhecimento antecipado e reflexivo dos atos e dos fatos e
efeitos deles advindos, bem como propiciando a concepção da consciência
constitucional (BARBOSA, 2007).
No processo administrativo, a segurança jurídica garante a certeza da
aplicação justa da lei, conforme os ditames jurídicos de direito, evitando que sejam

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desconstituídos, sem justificativa plausível, os atos ou situações jurídicas, ainda que


tenha ocorrido alguma inadequação com o texto legal no decorrer de sua
constituição.
Na Lei Geral do Processo Administrativo, o princípio da segurança jurídica é
ressaltado em duas ocasiões: no art. 2° XIII e no art. 55.,

4.2.8 Princípio do Interesse Público

De acordo com Bandeira de Mello citado por Barbosa (2007), o princípio da


supremacia do interesse público sobre o interesse privado, é da essência de
qualquer Estado, de qualquer sociedade juridicamente organizada com fins políticos,
compondo o componente que o qualifica e que lhe dá a identidade própria.
O critério de objetividade no atendimento do interesse público previsto na
aludida lei encontra-se vinculado à vedação da promoção pessoal de agentes ou
autoridades. A objetividade no atendimento do interesse é atributo do princípio do
interesse público dos atos administrativos, enquanto à vedação da promoção
pessoal de agentes ou autoridades públicos respeite ao princípio da impessoalidade
e ao da finalidade dos atos.
O interesse público é o relacionado à sociedade como um todo e somente ele
pode ser legitimamente objetivado, vez que é o interesse que a lei consagra e
entrega à incumbência do Estado como representante da sociedade.

4.2.9 Princípio da Eficiência

Os princípios constitucionais que norteiam a Administração Pública foram


acolhidos pela Emenda Constitucional n° 19/1998, co m o acrescentamento do
princípio da eficiência, pelo qual se busca reduzir os gastos públicos, acolhendo, em
mais larga medida, aos princípios da economicidade e legitimidade dos gastos
públicos.
Pelo princípio da eficiência, nos termos da Constituição Federal, fica o
administrador público obrigado a operar como dirigente, como empresário,
objetivando retirar de seus recursos que sejam disponíveis, o máximo do que deles

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pode ser alcançado, implicando, necessariamente, na formação de um novo cenário


para os gestores da coisa pública.

4.3 Os impedimentos e suspeição

Os artigos 18 a 21 trazem normas sobre impedimentos e suspeição do


servidor ou autoridade e o rito processual para suscitar tais situações.
Vale salientar, contudo, que o art. 20 permite a argüição da suspeição da
autoridade ou servidor, sendo admissível a interposição de recurso contra o
indeferimento, recurso esse em que não é emprestado o efeito suspensivo. Em face
da inexistência de normas em que seja preceituado a quem deva ser dirigido a
exceção de suspeição, a doutrina tem se posicionado no sentido de que deva ser
suscitada diretamente à autoridade que se considera suspeita, que a acolherá, se
declarando suspeita, ou não (BARBOSA, 2007).

4.4 As etapas previstas no Procedimento Administrativo

São elencados em número de cinco os passos do procedimento


administrativo, quais sejam: instauração, instrução, defesa, relatório e julgamento.

4.4.1 Instauração

O procedimento administrativo é iniciado de ofício pelo administrado público


ou mediante provocação de qualquer interessado. Sendo por provocação do
interessado, o pedido deverá conter, salvo na admissibilidade de proposição verbal,
diversos dados, imprescindíveis à formação do processo. Havendo alguma falha na
proposição de abertura do processo, é dever da administração pública orientar o
interessado visando o seu suprimento.

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4.4.2 Comunicação dos Atos

A Comunicação dos atos processuais no processo administrativo deverá ser


efetivada, nos termos do art. 26 caput, por intermédio de intimação do interessado,
para ciência de decisão, ou para a realização de diligências.
Acerca das intimações, nos termos da Lei Geral do Processo Administrativo,
alguns aspectos devem observados:
a) a forma escrita, em vernáculo, contendo a assinatura da autoridade
responsável;
b) efetuada por via postal com aviso de recebimento, ou por telegrama ou
outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado (artigo 26, §3º.);
c) efetuada mediante aposição do ciente da parte ou do procurador habilitado
no processo;
d) intimação mediante publicação oficial, quando haja interessados
indeterminados, desconhecidos ou com domicílio indefinido;
e) antecedência mínima de três dias úteis, quanto à data de comparecimento;
f) contagem do prazo a partir da data da cientificação oficial, com exclusão do
dia do começo e inclusão do dia de vencimento, importando dizer, assim, que, na
realização da intimação pela via postal ou telegráfica, o prazo inicia-se quando
verificada a recepção da intimação pela pessoa a quem se destinava.
A intimação, obrigatoriamente, deverá conter, nos termos do art. 26, §1,
incisos I a VI, os seguintes dados:
a) identificação do intimado, nome do órgão ou entidade administrativa,
endereço e local de sua sede ou da unidade onde o processo tenha curso;
b) finalidade da intimação ou do ato que se deva praticar;
c) data, hora e local em que se deve comparecer;
d) se obrigatório o comparecimento pessoal da parte intimada, ou se esta
poderá fazer-se representar por procurador;
e) notícia de que o processo terá continuidade, independentemente do seu
comparecimento;
f) indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes.

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Preceitua o art. 28, que serão objeto de intimação os atos do processo de que
resultem, para o interessado, a imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao
exercício de direitos e atividades, além de outros atos, de qualquer natureza, que
lhes digam respeito (BARBOSA, 2007).
Um aspecto que merece ser ressaltado é o de que as intimações serão
passíveis de nulidade quando realizadas sem a criteriosa observância das
recomendações legais.
Serão considerados prorrogados os prazos até o primeiro dia útil seguinte ao
dia em que deveriam vencer, se este cair em dia em que não haja expediente ou
este se encerrar antes da hora normal.
Os prazos processuais administrativos não se suspendem, salvo motivo
comprovado de força maior (BARBOSA, 2007).

4.4.3 Instrução Processual e Defesa

Denomina-se de instrução processual-administrativa a etapa do processo


administrativo em que é realizada a elucidação dos fatos narrados na peça inaugural
de sua instauração.
Na instrução pode o administrado fazer o exercício todo do seu de direito de
defesa de maneira ampla, inclusive produzindo e contestando provas de natureza
documental, pericial e testemunhal. Como é cedido, a defesa é garantia
constitucional de todo litigante em todo processo, inclusive o do âmbito
administrativo.
Por ocasião dessa fase, a qualquer tempo antes da decisão, pode o
administrado fazer a juntada de documentos e aduzir alegações que dizem respeito
à matéria objeto do processo.
Quando o administrado tiver de produzir provas e se estas estiverem ao
alcance da administração pública, em arquivos existentes nesta, o administrador
deverá prover, inclusive de ofício, a obtenção dos documentos ou das respectivas
cópias. Acrescente-se, ainda, o contido no parágrafo único do art. 6º que veda a
recusa imotivada de documentos, pela administração pública (BARBOSA, 2007).

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4.4.4 Relatório

O relatório é a narração de toda a apuração da instrução. Nele deverá se


fazer menção a todo o apurado, compreendido aí depoimentos, perícias e
documentos constantes dos autos, com recomendação da decisão a ser proferida
pela autoridade competente.
É uma peça meramente de opinião e de informação, não vinculativa. A
autoridade julgadora não está vinculada às conclusões da comissão de inquérito
expostas no relatório final, podendo dar aos fatos enquadramento jurídico diverso,
desde que, no entanto, o faça de forma fundamentada, sobretudo se a pena
efetivamente cominada for mais grave do que aquela recomendada no relatório.

4.4.5 Julgamento

A Lei Geral do Processo Administrativo estabeleceu expressamente a regra


do dever de decidir a que está submetida a Administração Pública. É no julgamento
que se soluciona a demanda administrativa.
O julgamento é importante lembrar, deve ser obrigatória e devidamente
fundamentado na provas colhidas na instrução e sob o abrigo da lei, sob pena de
nulidade.
Depois de concluída a instrução, a autoridade julgadora dispõe de trinta dias,
prorrogável por igual período, desde que haja motivação para tanto, para proferir a
sua decisão, nos termos do art. 49, da aludida lei.
Enfim, pelo exposto acima, realmente a administração pública necessitava de
uma lei que preenchesse o vácuo existente na administração pública e regulasse de
maneira objetiva as relações entre esta e o administrado, com vistas a evitar os
favoritismos e as facilidades, não permitindo que usem da coisa pública sem o
devido respeito que lhe é devido, dando-lhes amplo direito de defesa.

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UNIDADE 5 - DECRETO-LEI Nº. 200/67 – DISPÕE SOBRE A


ORGANIZAÇÃO FEDERAL, ESTABELECE DIRETRIZES
PARA A REFORMA ADMINISTRATIVA E OUTRAS
PROVIDÊNCIAS

Em 1967, com o Decreto nº. 200, descentralizando a administração pública


federal, dando maior autonomia às empresas estatais e fundações, acabou por
definir conjuntamente que o planejamento seria um dos princípios fundamentais para
orientar as atividades do governo, enfatizando o orçamento-programa.
Na realidade, o Decreto-lei nº 200/67 foi a primeira tentativa de uma reforma
gerencial no Brasil, mesmo embora tenha sido um ato do governo Militar no período
da exceção.
Na área federal e por conseqüência, nas outras esferas da administração
pública, Estados e Municípios, a estrutura organizacional se caracterizava:

Por excessiva concentração de atribuições nos órgãos de cúpula;

Por falta de racionalização dos trabalhos;

Por serviços ineficientes e morosos, em decorrência da burocracia inútil e


custosa;

Pela demora na tramitação dos processos e atraso nas decisões


governamentais;

Pela subordinação das atividades-fins às atividades-meios.

Como se observa, nesse quadro realmente era difícil estabelecer limites de


responsabilidade dos agentes.
Este foi o diagnóstico obtido pelos estudiosos da administração chamados a
resolver o problema e estabeleceram como meta, descontração administrativa,
distinguindo atividades de direção das de execução, atividades-meios de atividades-
fins.

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Assim, foram adotadas diretrizes determinando que as funções de direção,


fossem distinguidas com clareza dos atos de execução; serviços que centralizam
atividades de direção, devem estar liberados das rotinas de execução e de tarefas
formalizadoras de atos meramente administrativas. Dessa forma a direção concentra
suas ações no planejamento, supervisão, coordenação e controle. Foi sábia a
providência adotada por aquele Governo.
O Decreto não propõe uma estrutura administrativa, mas fixa diretrizes e
princípios com objetivo de proporcionar funcionalidade e dinamismo à Administração
Federal.
A estruturação ou reestruturação administrativa foi desenvolvida por etapas
conforme os novos princípios e diretrizes estabelecidos. Implica em definir
competências, revisar o funcionamento dos órgãos, estabelece outras providências
necessárias à implantação da reforma.
Essa reorganização foi procedida por decreto.
Foi com o evento do Decreto-Lei nº. 200/67 que surgiu a classificação da
Administração Pública Direta e Indireta. Embora sofra críticas, principalmente dos
autores de Direito Administrativo, relativamente à conceituação, sistemática e norma
jurídica incorreta, todos são unânimes quanto à sua contribuição para o
aperfeiçoamento e simplificação da Administração Pública, seja pela modernidade
dos princípios e diretrizes adotados, pelas técnicas administrativas adotadas de
acordo com a doutrina contemporânea (BRASIL, 2007).
Este Decreto representou passo decisivo no aperfeiçoamento da
Administração Pública, e é denominado “Estatuto da Reforma Administrativa”, e a
sua aplicação logo se estendeu aos Estados e Municípios.
Seguiram-se outros instrumentos legais que vêm proporcionando atualização
do Decreto-Lei 200/67, dos quais citamos aqueles que surgiram após a Constituição
Federal de 1988.
Decreto nº. 99.179/90, institui o Programa Federal de Desregulamentação,

cujo objetivo é fortalecer a iniciativa privada, reduzir a interferência do Estado


na vida e atividades dos indivíduos; contribuir para a eficiência e menor custo
dos serviços prestados pela Administração Pública; proporcionar que os
contribuintes sejam melhor atendidos.

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Lei nº. 8.490/92, estabelece modificações na estrutura da Administração

Federal;

Medida Provisória nº. 813/95, estabelece normas sobre a organização da

Presidência da República e dos Ministérios;

Decreto nº. 1039/94, estabelece o Sistema de Organização e Modernização

Administrativa – SOMAD;

Decreto nº. 1046/ 1994, estabelece o Sistema de Administração dos Recursos

de Informação e Informática – SISP.

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UNIDADE 6 - DECRETO Nº. 93.872/86 – DISPÕE SOBRE A


UNIFICAÇÃO DOS RECURSOS DE CAIXA DO TESOURO
NACIONAL, ATUALIZA E CONSOLIDA A LEGISLAÇÃO
PERTINENTE

Trata-se de considerações acerca dos procedimentos quanto à utilização de


suprimento de fundos (adiantamentos) para despesas de pequeno vulto, no âmbito
da Administração Pública.
Em face da necessidade de se haver um efetivo planejamento quanto à
gestão pública dos recursos diante das demandas surgidas, planejar é preciso.
Porém, como em muitas vezes não se pode imaginar todas as possibilidades dessas
demandas, poderá ocorrer eventualidades (excepcionalidades) que terão de ser
atendidas, uma vez que o seu não-atendimento poderá ocasionar prejuízos ou
conseqüências desastrosas à Administração (SILVA, 2007).
Ao ocorrer uma eventualidade, e houver a necessidade de atendê-la, de
maneira rápida, não podendo aguardar o processo normal (procedimento licitatório),
uma das possibilidades é atendê-la através de um procedimento denominado
concessão de suprimento de fundos.
A finalidade do suprimento de fundos é de atender a despesas que não
possam aguardar o processo normal, ou seja, é exceção quanto à não-realização de
procedimento licitatório.
O suprimento de fundos (adiantamento) está pautado na seguinte legislação:
- arts. 68 e 69, da Lei nº 4.320/64;
- art. 74, § 3º, do Decreto-Lei nº 200/67;
- arts. 45 a 47 do Decreto nº 93.872/86 com as alterações do Decreto nº
95.804/88; e
- Portaria nº 492/93 do Ministério da Fazenda.
Conforme estabelece o Decreto nº 93.872, de 23 de dezembro de 1986,
Capítulo III, Seção V, o suprimento de fundos é um instrumento de exceção que, a
critério do ordenador de despesas e sob sua inteira responsabilidade, poderá ser
concedido suprimento de fundos (adiantamento) a servidor, sempre precedido de

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empenho, na dotação própria às despesas a realizar, e que não possam subordinar-


se ao processo normal de aplicação.
Poderá ser concedido nos seguintes casos:

Para atender despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços


especiais, que exijam pronto pagamento em espécie;

Quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar


em regulamento; e;

Para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujos


valores, em cada caso, não ultrapassar os limites estabelecidos em Portaria
do Ministério da Fazenda.

Os limites acima referidos estão vinculados à legislação que rege as licitações


no âmbito do serviço público, e referem-se, quanto à concessão:

5% (cinco por cento) do valor estabelecido na alínea “a” do inciso “II” do art.º
23, da Lei nº 8.666/93, para outros serviços e compras em geral;

O limite máximo de cada despesa de pequeno vulto deve obedecer ao


percentual de 0,25% do valor máximo para outros serviços e compras em
geral estabelecido na alínea “a” do inciso “II” do art. 23, da Lei nº 8.666/93
(SILVA, 2007).

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UNIDADE 7 - PORTARIA SOF Nº 42/99 – ATUALIZA A


DISCRIMINAÇÃO DA DESPESA POR FUNÇÃO E
ESTABELECE OUTROS CONCEITOS

De grande importância para a compreensão do orçamento são os critérios de


classificação das contas públicas. As classificações são utilizadas para facilitar e
padronizar as informações que se deseja obter.
Pela classificação é possível visualizar o orçamento por Poder, por função de
governo, por subfunção, por programa, por categoria econômica.
A classificação funcional-programática representou um grande avanço na
técnica de apresentação orçamentária. Ela permitiu a vinculação das dotações
orçamentárias a objetivos de governo que, por sua vez, eram viabilizados pelos
programas de governo. Esse enfoque permitiu uma visão do “que o governo faz”, o
que tinha significado bastante diferente do critério anterior que visualizava o “que o
governo comprava”.
De acordo então com art. 1º da Portaria SOF nº 42/99: As funções a que se
refere o art. 2º, inciso I, da Lei nº. 4.320, de 17 de março de 1964, discriminadas no
Anexo 5 da mesma Lei, e alterações posteriores, passam a ser as constantes do
Anexo que encontra-se ao final deste capítulo.
Na realidade, a classificação funcional responde à indagação: “em que área”
de ação governamental a despesa será realizada?
A finalidade principal da classificação funcional é fornecer as bases para a
apresentação de dados estatísticos sobre os gastos públicos nos principais
segmentos em que atuam as organizações do Estado.
A classificação funcional é composta por funções e subfunções pré-fixadas
para os três entes da federação. “A classificação funcional pode ser chamada
classificação para os cidadãos, uma vez que proporciona informações gerais sobre
as operações de Governo que podem ser apresentadas em uma espécie de
orçamento resumido”.
Abaixo temos as conceituações pertinentes ao exposto na portaria SOF nº.
42/99:

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FUNÇÃO

A função é entendida como “o maior nível de agregação das diversas áreas


de despesas que competem ao setor público”. As funções são constituídas pela
divisão, em grandes linhas, das áreas de atuação do governo. Há 28 funções
listadas.
Ex: Função Educação, Função Saúde, Função Segurança.

SUBFUNÇÃO

O órgão, além de atender à finalidade precípua para a qual fora criado,


também desenvolve outras atividades necessárias para que possa melhor
desempenhar suas incumbências. Desta forma, a subfunção é um elenco de macro-
atividades fixadas que procura refletir as outras ações que o órgão desenvolve.
As subfunções (em nº de 102) poderão ser combinadas com funções
diferentes daquelas a que estão vinculadas (em nº de 28).
Ex.: A área de atuação da Secretaria de Saúde é a saúde. Porém, se os
servidores necessitarem de capacitação, e a secretaria tenha uma ação com esse
objetivo, esta ação será classificada na função saúde e subfunção formação de
recursos humanos, que está vinculada à função Administração.

CLASSIFICAÇÃO POR PROGRAMAS

Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a


realização dos objetivos estratégicos definidos para o período do Plano Plurianual. A
organização das ações do Governo sob a forma de programas visa proporcionar
maior racionalidade e eficiência à administração pública e ampliar a visibilidade dos
resultados e benefícios gerados para a sociedade.
Os três entes da federação são livres para estruturarem os programas,
visando ao alcance dos objetivos pretendidos por suas administrações.

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PROGRAMA

O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que


articula um conjunto de ações que concorrem para um objetivo comum
preestabelecido, visando a solução de um problema ou o atendimento de
determinada necessidade ou ainda visa atender a uma demanda da sociedade.
Cada programa contém objetivo, indicador que quantifica a situação que o
programa tenha por fim modificar e os produtos ou serviços necessários para atingir
o objetivo.
Como exemplos de enquadramento de programas podemos citar:
Programa Finalístico – os que destinam à manutenção, ampliação ou
melhoria de bens ou serviços públicos, afetando diretamente à sociedade.
Programa de Gestão de Políticas Públicas – os que abrangem ações de
Gestão de Governo relacionadas com a formulação, coordenação, supervisão,
avaliação e divulgação de políticas públicas.
Programa de Apoio Administrativo – englobam ações de natureza tipicamente
administrativa que, embora colaborem para a consecução dos objetivos dos
programas finalísticos e demais programas, não têm as suas despesas apropriadas
aos mesmos.
A partir do programa são identificadas as ações sob a forma de atividades,
projetos ou operações especiais, especificando os respectivos valores, metas e as
unidades orçamentárias responsáveis pela realização da ação. Cada projeto ou
atividade está associado a um produto ou serviço que dará origem à meta física,
quantificada por sua unidade de medida, à exceção das atividades cuja natureza
não permita mensurá-las, como por exemplo, aquelas vinculada ao programa de
apoio administrativo.
PROJETO
É o instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa,
envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um
produto que concorre para a expansão ou ao aperfeiçoamento da ação do Governo.

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ATIVIDADE

É o instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um


programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo
e permanente, das quais resulta um produto ou um serviço necessário à
manutenção da ação de Governo.

OPERAÇÃO ESPECIAL

São despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou


aperfeiçoamento das ações de Governo, das quais não resulta um produto e não
geram contraprestação direta em bens ou serviços. São despesas passíveis de
enquadramento como operação especial: amortização e encargos, aquisição de
títulos, pagamento de sentenças judiciais, transferências a qualquer título (não
confundir com descentralização), fundos de participação, operações de
financiamento (concessão de empréstimos), ressarcimentos, indenizações,
pagamento de inativos, participações acionárias, contribuição a organismos
nacionais e internacionais, compensações financeiras.
As ações possuem características técnicas que as definem, chamadas
atributos. Os atributos das ações são: tipo de ação, descrição, unidade responsável,
meta física (a meta física é formada por 3 itens: produto, unidade de medida e
quantidade), objetivo específico, função, subfunção, dados financeiros e
regionalização.

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PORTARIA Nº 42, DE 14 DE ABRIL DE 1999


(Publicada no D.O.U. de 15.04.99)
Atualiza a discriminação da despesa por funções de que tratam o inciso I do § 1o do art. 2o e § 2o do
art. 8o, ambos da Lei no 4.320, de 17 de março de 1964, estabelece os conceitos de função,
subfunção, programa, projeto, atividade, operações especiais, e dá outras providências.
O MINISTRO DE ESTADO DO ORÇAMENTO E GESTÃO, no uso de suas atribuições, observado o
art. 113 da Lei no 4.320, de 17 de março de 1964, combinado com o art. 14, inciso XV, alínea "a", da
Lei no 9.649, de 27 de maio de 1998, com a redação dada pela Medida Provisória no 1.799-3, de 18
de março de 1999, resolve:
Art. 1o As funções a que se refere o art. 2o, inciso I, da Lei no 4.320, de 17 de março de 1964,
discriminadas no Anexo 5 da mesma Lei, e alterações posteriores, passam a ser as constantes do
Anexo que acompanha esta Portaria.
§ 1o Como função, deve entender-se o maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que
competem ao setor público.
§ 2o A função "Encargos Especiais" engloba as despesas em relação às quais não se possa associar
um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas, ressarcimentos,
indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra.
§ 3o A subfunção representa uma partição da função, visando a agregar determinado subconjunto de
despesa do setor público.
§ 4o As subfunções poderão ser combinadas com funções diferentes daquelas a que estejam
vinculadas, na forma do Anexo a esta Portaria.
Art. 2o Para os efeitos da presente Portaria, entendem-se por:
a) Programa, o instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos
objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual;
b) Projeto, um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um
conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a
expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo;
c) Atividade, um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo
um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um
produto necessário à manutenção da ação de governo;
d) Operações Especiais, as despesas que não contribuem para a manutenção das ações de governo,
das quais não resulta um produto, e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou
serviços.
Art. 3o A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estabelecerão, em atos próprios, suas
estruturas de programas, códigos e identificação, respeitados os conceitos e determinações desta
Portaria.
Art. 4o Nas leis orçamentárias e nos balanços, as ações serão identificadas em termos de funções,
subfunções, programas, projetos, atividades e operações especiais.
Parágrafo único. No caso da função "Encargos Especiais", os programas corresponderão a um
código vazio, do tipo "0000".
Art. 5o A dotação global denominada "Reserva de Contingência", permitida para a União no art.91 do
Decreto-Lei no 200, de 25 de fevereiro de 1967, ou em atos das demais esferas de Governo, a ser
utilizada como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais e sob coordenação do órgão
responsável pela sua destinação, será identificada por código definido pelos diversos níveis de
governo.

Art. 6o O disposto nesta Portaria se aplica aos orçamentos da União, dos Estados e do Distrito
Federal para o exercício financeiro de 2000 e seguintes, e aos Municípios a partir do exercício
financeiro de 2002, revogando-se a Portaria no 117, de 12 de novembro de 1998, do ex-Ministro do
PlanejamentoeOrçamento,edemaisdisposiçõesemcontrário.

Art. 7o Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

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44

FUNÇÕES E SUBFUNÇÕES DE GOVERNO


FUNÇÕES SUBFUNÇÕES
031 - Ação Legislativa
01 - Legislativa 032 - Controle Externo
061 - Ação Judiciária
062 - Defesa do Interesse Público no Processo
02 - Judiciária Judiciário
091 - Defesa da Ordem Jurídica
092 - Representação Judicial e Extrajudicial
03 - Essencial à Justiça 121 - Planejamento e Orçamento
122 - Administração Geral
123 - Administração Financeira
124 - Controle Interno
125 - Normatização e Fiscalização
126 - Tecnologia da Informação
127 - Ordenamento Territorial
04 - Administração 128 - Formação de Recursos Humanos
129 - Administração de Receitas
130 - Administração de Concessões
131 - Comunicação Social
151 - Defesa Área
152 - Defesa Naval
153 - Defesa Terrestre
181 - Policiamento
182 - Defesa Civil
05 - Defesa Nacional
183 - Informação e Inteligência
211 - Relações Diplomáticas
212 - Cooperação Internacional
06 - Segurança Pública 241 - Assistência ao Idoso
242 - Assistência ao Portador de Deficiência
243 - Assistência à Criança e ao Adolescente
07 - Relações Exteriores 244 - Assistência Comunitária
271 - Previdência Básica
272 - Previdência do Regime Estatutário
273 - Previdência Complementar
08 - Assistência Social 274 - Previdência Especial
301 - Atenção Básica
302 - Assistência Hospitalar e Ambulatorial
303 - Suporte Profilático e Terapêutico
09 - Previdência Social 304 - Vigilância Sanitária
305 - Vigilância Epidemiológica
306 - Alimentação e Nutrição
331 - Proteção e Benefícios ao Trabalhador
332 - Relações de Trabalho
333 - Empregabilidade
10 - Saúde 334 - Fomento ao Trabalho

11 - Trabalho

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45

361 - Ensino Fundamental


362 - Ensino Médio
363 - Ensino Profissional
12 - Educação364 - Ensino Superior
365 - Educação Infantil
366 - Educação de Jovens e Adultos
367 - Educação Especial
391 - Patrimônio Histórico, Artístico e
13 - CulturaArqueológico
392 - Difusão Cultural
421 - Custódia e Reintegração Social
14 - Direitos da Cidadania 422 - Direitos Individuais, Coletivos e Difusos
423 - Assistência aos Povos Indígenas
451 - Infra-Estrutura Urbana
15 - Urbanismo452 - Serviços Urbanos
453 - Transportes Coletivos Urbanos
481 - Habitação Rural
16 - Habitação
482 - Habitação Urbana
511 - Saneamento Básico Rural
17 - Saneamento
512 - Saneamento Básico Urbano
541 - Preservação e Conservação Ambiental
542 - Controle Ambiental
18 - Gestão Ambiental543 - Recuperação de Áreas Degradadas
544 - Recursos Hídricos
545 - Meteorologia
571 - Desenvolvimento Científico
572 - Desenvolvimento Tecnológico e
19 - Ciência e Tecnologia Engenharia
573 - Difusão do Conhecimento Científico e
Tecnológico
601 - Promoção da Produção Vegetal
602 - Promoção da Produção Animal
603 - Defesa Sanitária Vegetal
20 - Agricultura604 - Defesa Sanitária Animal
605 - Abastecimento
606 - Extensão Rural
607 - Irrigação
631 - Reforma Agrária
21 - Organização Agrária
632 - Colonização
661 - Promoção Industrial
662 - Produção Industrial
22 - Indústria663 - Mineração
664 - Propriedade Industrial
665 - Normalização e Qualidade
691 - Promoção Comercial
23 - Comércio e Serviços 692 - Comercialização
693 - Comércio Exterior

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694 - Serviços Financeiros


695 - Turismo
721 - Comunicações Postais
24 - Comunicações 722 - Telecomunicações
751 - Conservação de Energia
752 - Energia Elétrica
753 - Petróleo
25 - Energia
754 - Álcool
781 - Transporte Áreo
782 - Transporte Rodoviário
783 - Transporte Ferroviário
784 - Transporte Hidroviário
26 - Transporte 785 - Transportes Especiais
811 - Desporto de Rendimento
812 - Desporto Comunitário
813 - Lazer
841 - Refinanciamento da Dívida Interna
27 - Desporto e Lazer
842 - Refinanciamento da Dívida Externa
843 - Serviço da Dívida Interna
844 - Serviço da Dívida Externa
845 - Transferências
846 - Outros Encargos Especiais
28 - Encargos Especiais

Fonte: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (2007).

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REFERÊNCIAS

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