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GESTÃO TRIBUTÁRIA 2015-1

Prof. Ms.: Pedro Edmundo Boll

1 - IMPORTÂNCIA DA GESTÃO TRIBUTÁRIA:

O Estado como sociedade política tem um fim geral, que é o bem comum, constituindo-se em
meio para que os indivíduos (nós) possam atingir seus objetivos particulares. O Estado tem várias
formas de atividades financeiras para gerir e aplicar os meios próprios para satisfazer suas
necessidades (receitas), sendo a sua receita derivada de tributos e multas. A receita tributária é a
atividade mais comum e mais eficiente.O tributo é o instrumento básico viabilizador de qualquer
sociedade constituída. O Direito Tributário é um ramo autônomo do tributo.

“Só há duas coisas inevitáveis na vida: a morte e os impostos.” Benjamin Franklin um jornalista,
cientista e um dos líderes da revolução americana.

A instituição e constituição do tributo, bem como sua arrecadação e cobrança em terras


brasileiras, podem ser compreendidas, em termos históricos, a partir da arrecadação dos dízimos
realizada pelos funcionários da Coroa Portuguesa, sendo que uma parte da arrecadação era
destinada à cobertura das próprias despesas da Coroa e outra parte era repassada para a
manutenção das atividades da Igreja Católica, a qual era considerada quase um Estado dentro do
Estado absolutista português.

Houve muitos movimentos históricos originados ou motivados por questões tributárias como:

• A Inconfidência Mineira, uma revolta ocorrida em 1789 na então capital Minas Gerais, contra
o domínio português quando a coroa Portuguesa resolveu intensificar o seu controle fiscal
sobre o Brasil;
• A Revolução de 1817 em Pernambuco, onde se verificou a revolta de grupos extremamente
descontentes com a política de favorecimento implantada por Dom João, especialmente com
o aumento do peso dos impostos da Colônia para manter as despesas da Corte e os gastos
das campanhas militares;
• A Guerra dos Farrapos, mais conhecida como Farroupilha, um movimento separatista
iniciado no RS, que durou de 1835 a 1845 e teve como uma de suas causas imediatas o fato
de que o charque Riograndense era tributado mais pesadamente do que o similar oriundo da
Argentina e do Uruguai;

As críticas ao Sistema Tributário Brasileiro permanecem até os dias atuais, uma de suas muitas
criticas é a complexidade. Outra questão importante refere-se ao peso da carga tributária, a qual
atingiu em média 36% do PIB em 2013, segundo estudo da Receita Federal.

Com essa breve descrição da área tributária e frisando a importância de estuda-la podemos
ainda destacar:

- A importância do Administrador e/ou contador nesse cenário;

- A importância de um breve conhecimento sobre o assunto para a gestão de empresas;

- A influência dos tributos no dia a dia das pessoas;

- A ligação entre administração, direito e contabilidade nesta área;


2 - HISTÓRIA DOS TRIBUTOS E LIMITAÇÕES DOS PODERES DO ESTADO DE
DIREITO EM MATÉIA TRIBUTÁRIA:

Para entender o dia a dia na administração de tributos (apuração, recolhimento, atendimento de


obrigações acessórias ligadas aos tributos, etc.), é de grande importância conhecer as funções dos
poderes Executivo, Legislativo e Judiciário em todas as esferas.

A existência dos tributos está relacionada à construção da figura Estado, como centralizador e
organizador dos padrões sociais de convivência de um povo, num determinado território ou até
mesmo entre os povos em territórios diferentes.

O Estado tributa porque precisa de recursos para tratar do que é de interesse comum, mas
também porque tem poder para tanto, o chamado poder coercitivo. A ação de tributar é uma prática
que perdura há séculos.

2.1 - Qual a função dos tributos?

Além da finalidade arrecadatória, pode-se dizer que alguns tributos exercem uma função
regulatória, como um mecanismo utilizado pelos governos para executar a política fiscal e
econômica.

Ao instituir, aumentar e reduzir tributos, assim como ao conceder benefícios fiscais, os


governos estão influenciando a economia como um todo por meio das decisões individuais dos seus
diversos agentes econômicos.

Pode-se dizer, portanto, que os tributos influenciam as decisões das empresas, bancos,
investidores, cidadãos, enfim todas as instituições que interagem num determinado ambiente,
realizando transações entre si ou com outras instituições em nível internacional.

Sob essa ótica, os tributos exercem um papel importante na economia de qualquer país. Se bem
administrados podem contribuir fortemente para o crescimento e o desenvolvimento de uma nação.
Se mal administrados podem sufocá-la, dificultando limitando ou mesmo reduzindo o seu potencial
de crescimento.

2.2 - Os tributos e a organização político-administrativa

A estrutura do sistema tributário nacional segue em linhas gerais, a organização político-


administrativa atual, destacada no quadro abaixo:

Poder/UF União Estados Municípios


Executivo Presidente da República e Governador e Prefeito e Secretarias
Ministérios Secretarias
Legislativo Senado e Câmara dos Assembleia Legislativa Câmara de
Deputados Vereadores
Judiciário STF, STJ, Justiça do Trabalho, Tribunal de Justiça, Utilizam a estrutura do
Justiças Eleitoral e Militar Juízes Judiciário dos Estados
(Comarcas/Varas)

Em cada uma das esferas governamentais (federal, estadual e municipal), o Poder Legislativo é
quem cria e altera os tributos, observadas algumas limitações que veremos a seguir, cabendo, ao
Poder Executivo, a arrecadação dos tributos e a fiscalização dos contribuintes e ao Poder Judiciário,
por sua vez, julgar as questões e conflitos surgidos entre governos e contribuintes.
Cabe destacar que essa estrutura, que se replica em cada uma das esferas governamentais,
representada por meio das diversas entidades públicas, é típica de uma república federativa e,
portanto, demonstra como o país se organiza para tratar de questões não só tributárias, mas também
das questões econômicas, ambientais, sociais, etc...

2.3 - Fontes do Direito Tributário

Fontes são os “modos de expressão do Direito”, isso significa que as fontes do Direito Brasileiro
são as normas jurídicas, uma vez que é por meio delas que o direito se manifesta. Podemos
classificar as fontes do Direito em fontes primárias e fontes secundárias.

As fontes primárias podem inovar em matéria jurídica, ou seja, por meio das fontes principais
podem-se criar, modificar ou extinguir preceitos legais. São fontes primárias:

• Constituição Federal – Estabelece as competências tributárias (poder de tributar) aos entes


políticos e seus limites. É importante frisar que a CF não cria tributos, apenas confere
competência para que as pessoas políticas instituam, por meio de lei, as exações tributárias
(cobrança pontual de tributos e contribuições).

• Emendas Constitucionais – Podem alterar, dentro dos limites estabelecidos pelo poder
constituinte originário, princípios e regras reguladoras de todo o Sistema Tributário Nacional STN.
Exceto as denominadas “cláusulas pétreas” conforme Art. 60 da CF.

• Tratados e Convenções Internacionais – Revogam ou modificam a legislação tributária interna, e


as leis que lhes forem posteriores devem adequar-se a eles. Na área tributária são comuns
tratados destinados a evitar bitributação.

• Leis Complementares – O que diferencia as leis complementares das demais é o seu processo de
votação, para aprovação de uma lei complementar é necessário maioria absoluta de votos,
enquanto que para as demais leis se exige maioria simples. A lei complementar que rege os
assuntos de natureza tributária é o Código Tributário Nacional. A lei complementar em regra não
cria tributos, eles devem ser criados por lei ordinária, medida provisória ou lei delgada.

• Leis Ordinárias–São em regra, o veículo normativo capaz de instituir ou extinguir tributos.

• Leis Delegadas – São elaboradas pelo Presidente da República sobre matérias específicas
quando o Congresso Nacional assim autorizar.

• Medidas Provisórias (MP) – São editadas pelo Presidente da República, nos casos de urgência e
de relevância, e têm força de lei ordinária. Devem ser apreciadas em cada uma das casas do
Congresso Nacional no prazo de 60 dias, prorrogáveis automaticamente uma única vez por mais
60 dias. Têm validade então pelo prazo máximo de 120 dias, sendo o projeto de conversão em lei
considerado aprovado por maioria simples.

• Decretos Legislativos – São atos do Congresso Nacional que se prestam a disciplinar matérias
privativas, entre essas matérias devem ser citados os tratados e convenções internacionais.

• Resoluções do Senado Federal – Estabelecem as alíquotas mínimas e máximas do ICMS nas


operações internas e são utilizadas também para resolver os conflitos específicos que envolvam
interesses dos Estados.

Seguindo-se às leis na hierarquia jurídica temos também as fontes secundárias, que não devem
inovar em relação às leis, mas que podem detalhar ou dar explicações práticas ou ainda reunir e
consolidar num único texto legal a legislação dispersa sobre determinado tributo.

• Decretos – São normas editadas pelo chefe do Poder Executivo para o cumprimento das leis
tributárias.
• Normas Complementares – Têm como objetivo explicitar as leis, os tratados e as convenções
internacionais e os decretos.

A pirâmide das fontes do Direito indica que a hierarquia deve ser observada na interpretação do
conjunto de normas reguladoras dos contratos entre os diversos entes governamentais e a
sociedade:

- Constituição Federal e Emendas Constitucionais


- Leis Complementares (CTN)
- Leis Ordinárias, Medidas Provisórias, Tratados e
Convenções Internacionais
- Decretos, Atos do Poder Executivo e - -
Jurisprudências

Para dirimir as convergências de quando não há previsão legal, os legisladores


brasileiros,construíram o CTN, no qual preocuparam-se em antecipar a possibilidade de surgirem
situações em que não houvesse uma previsão explicita em Lei. Nesses casos o CTN dá a orientação
para a interpretação da legislação tributária. Na ausência de Lei explicita sobre um determinado
assunto, devem ser adotados, sucessivamente na ordem indicada (Arts. 107 a 112 do CTN):
analogia, princípios gerais de direito tributário, princípios gerias de direito público e equidade
(igualdade, disposição para se reconhecer imparcialmente o direito de cada um).

O CTN observa ainda, dentre outros detalhamentos fornecidos para a correta aplicação da regra
de interpretação descrita, que o emprego da analogia não poderá implicar na exigência de tributo não
previsto em lei, e que o emprego da equidade não poderá resultar da dispensa de pagamento do
tributo.

2.3.1 A diferença entre publicação, vigência e aplicação:

Publicação: toda lei uma vez aprovada para que seja de reconhecimento de todos deve ser
publicada. As leis federais, por exemplo, são publicadas no Diário Oficial da União, que é um jornal
editado pela imprensa oficial do governo. No entanto, nem sempre a lei começa a surtir efeito logo
após a sua publicação, o período de tempo no qual a lei surtirá seus efeitos chama-se vigência e é
fixado na própria lei.

Vigência da legislação tributária no tempo: no que diz respeito às leis de natureza tributária,
há normalmente um intervalo de tempo entre a sua publicação e a sua vigência. As leis tributárias
que instituem ou majorem tributos devem obedecer ao Princípio da Anterioridade. Salvo disposição
em contrário, entram em vigor: os atos administrativos na data de sua publicação; as decisões com
eficácia normativa trinta dias após a sua publicação; os convênios nas datas neles previstos.
Vigência da legislação tributária no espaço: a legislação vigora nos limites do território do
ente federativo respectivo. Leis estrangeiras, em regra, não são aplicáveis em nosso país.

Aplicação: é preciso frisar que a lei pode estar em vigor, mas não será aplicável se não
ocorrerem os fatos previstos como causadores da obrigação tributária. A aplicação refere-se,
portanto, a uma situação concreta na qual a lei é ou não aplicável.

2.4 - Poder de Tributar

A Constituição Federal consagrou o princípio do federalismo delimitando e dividindo entre os


entes políticos o poder de tributar, garantindo o equilíbrio entre a União, Estados, Municípios e o
Distrito Federal.

Características intrínsecas da competência tributária:


• Inalterabilidade: as pessoas políticas não podem ampliar suas competências tributárias, somente
emenda constitucional poderá realizar tal intento.

• Facultatividade: o ente federativo pode exercitar ou não sua competência tributária. Ex: imposto
sobre grandes fortunas, pois a União não exerceu sua competência para instituir tal imposto.

• Privatividade: as competências constituídas pela CF a determinado ente federativo implicam


interdição, negação desse mesmo poder a outro ente federativo.

• Indelegabilidade: não é possível ao ente político que recebeu a competência delegá-la a outro
ente ou a outra entidade.

• Irrenunciabilidade: em razão de a competência ser proveniente de uma regra constitucional,


mesmo que o ente político não a queira, ou dela não se valha, essa atitude não lhe emprega o
direito de renunciar á competência.

• Incaducabilidade: essa característica garante ao ente político valer-se desse poder de tributar
quando desejar sem que tenha que se preocupar com seu “prazo de validade”.

O não exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público
diversa daquela que a Constituição a tenha atribuído.

Importante::: A capacidade tributária ativa não se confunde com competência, pois a competência
vem em decorrência de uma regra constitucional, já a capacidade vem delegada em decorrência de
uma Lei Ordinária. O CTN admite a delegação da atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar
tributos. Ressalta-se que a atividade de legislar não pode ser delegada e que não constitui delegação
de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo de arrecadar tributos (Art.
7º).

2.4.1 Modalidades de Competência Tributária:


Competência Comum: diz respeito ás taxas e contribuições de melhoria, as quais podem ser
instituídas tanto pela União quanto pelos Estados, Distrito Federal e Municípios, respeitadas as
competências materiais outorgadas pela Constituição para cada ente político.

Competência Privativa: refere-se à instituição de companhia privativa sobre determinado conteúdo


econômico (propriedade, renda, consumo, patrimônio, etc.).

Competência Especial: refere-se à instituição das contribuições especiais e do empréstimo


compulsório.
Competência Residual: é exclusiva da União para a instituição de novos impostos e novas
contribuições sociais, desde que esta criação atenda as seguintes condições: instituição por lei
complementar, não cumulatividade, fato gerador e base de cálculo diferente dos impostos já
discriminados na Constituição.

Competência Extraordinária: na iminência ou no caso de guerra, a União poderá instituir o Imposto


Extraordinário de Guerra, sobre conteúdos econômicos compreendidos ou não em sua competência
tributária, os quais serão supridos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.

2.5 - Limitações ao Poder de Tributar

As limitações ao poder de tributar devem ser observadas sob dois aspectos: o primeiro diz
respeito aos princípios, os quais regulam, norteiam a competência dos entes políticos; o segundo as
imunidades, regras que proíbem a tributação sobre certos bens, pessoas ou fatos a fim de proteger
determinados conteúdos axiológicos (é o ramo da filosofia que estuda os valores) contidos na
Constituição.Além de estabelecer quais são os tributos que a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios podem instituir e cobrar, a Constituição Federal estabelece limites, que funcionam
como princípios gerais, as quais devem se subordinar todas as normas de natureza tributária.

Os Princípios Constitucionais, que funcionam como limitações ao poder coercitivo (obrigatório)


dos governos em suas diversas esferas, são os seguintes:

• Princípio da Legalidade: este princípio estabelece que os entes federativos não possam exigir
(instituir e cobrar) ou aumentar tributos sem que isto tenha sido estabelecido por Lei. Para alguns
tributos que além da função de arrecadação cumprem função de regulação da economia, o poder
de aumentar os tributos é concedido ao Poder Executivo, dentro das condições e limites
estabelecidos em Lei. São eles: Impostos de Importação; Impostos de Exportação; Impostos
sobre Produtos Industrializados; Impostos sobre Operações Financeiras de Crédito, Câmbio e
Seguro ou relativas a títulos ou relativas a valores mobiliários;

O Princípio da Legalidade traz uma proteção para o cidadão, uma vez que o processo de
tramitação de uma lei é público e segue um ritual específico de legitimação. Assim o contribuinte
pode tomar conhecimento do que está sendo discutido antes mesmo da publicação da Lei. Se a
Constituição não criasse essa limitação, o cidadão ficaria totalmente exposto às vontades do
Poder Executivo.

• Princípio da Igualdade (Isonomia): este princípio estabelece que o agente arrecadador deva
tratar de forma igual os contribuintes com uma situação econômica semelhante. A situação
econômica equivalente é chamada no âmbito tributário de capacidade contributiva. Segundo o
princípio da igualdade, quem tem maior poder aquisitivo deve pagar mais tributos. Esta é a lógica
que orienta, por exemplo, a progressividade da tabela do imposto de renda das pessoas físicas.

• Princípio da Irretroatividade: ele proíbe os entes federativos de retroagir os efeitos da lei,


cobrando tributos sobre fatos ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído
ou aumentados. O objetivo deste princípio é proteger o contribuinte em relação aos efeitos
tributários dos atos praticados, e decorre de um princípio mais amplo do direito, que diz respeito à
lei não poder retroagir para prejudicar o direito adquirido, ato jurídico perfeito e a coisa julgada.

• Principio da Anterioridade: foi promulgado na Constituição Federal com intuito de proibir a


cobrança de um tributo no mesmo exercício financeiro da lei que o houvesse instituído ou
aumentado. Como esse texto gerou alguns problemas já que se a Lei fosse alterada no dia 31 de
dezembro o tributo poderia ser cobrado a partir de 01 de janeiro, a Emenda Constitucional N.42
de 19/12/2003, corrigiu tal distorção ao acrescentar a alínea “c”, estabelecendo que a cobrança do
tributo não possa ocorrer antes de decorridos 90 (noventa) dias da data da publicação de
antecedência (anterioridade nonagesimal) deve ser observado de forma paralela e cumulativa à
anterioridade de exercício. Com isso o contribuinte tem, portanto uma segurança de no mínimo 90
dias entre a data da publicação da lei e sua vigência.
Exemplificando: Uma lei municipal que aumente a alíquota do ISSQN, em julho de 2012, só será
aplicável aos eventos ocorridos a partir de janeiro de 2013. Se observada apenas a anterioridade
nonagesimal, alíquota maior poderia ser cobrada já em novembro de 2012, mas, em atendimento
à anterioridade de exercício a cobrança só poderá ser feita no exercício seguinte, ou seja, a partir
do início de 2013.

Já se a mesma lei fosse publicada em 31 de dezembro de 2012 a nova alíquota só alcançaria os


eventos ocorridos a partir de 01 de abril de 2013, pois, embora pelo princípio da anterioridade de
exercício pudesse ser exigida já em janeiro de 2013, pelo principio da anterioridade nonagesimal
seria necessário esperar 90 dias da publicação da lei.

• Princípio da Vedação ao Confisco: (significa a tomada de propriedade de uma determinada


pessoa ou organização sem compensação por parte do ente político): este princípio estabelece
que o tributo não possa ter caráter confiscatório, ou seja, não pode destruir o patrimônio daquele
que esta sendo tributado, ou inviabilizar as atividades econômicas produtoras de riqueza.

• Princípio da Liberdade de Tráfego: a Constituição estabelece que os entes da Federação não


possam limitar o tráfego de pessoas e mercadorias por meio de tributos interestaduais ou
intermunicipais. Tal princípio não significa que operações interestaduais ou intermunicipais
estejam isentas de tributação, e sim que não pode haver elevação de tributos pelo simples fato de
serem interestaduais ou intermunicipais.

• Princípio da Uniformidade Geográfica: trata-se de regra constitucional a ser observada pela


União, impedindo-a que institua tributo que não seja uniforme em todo território nacional ou que
implique distinção ou preferência em relação a Estados, Distrito Federal e Municípios.

• Princípio da Não Diferenciação Tributária: esse princípio veda que exista diferença tributária
em razão da procedência ou destino dos bens ou serviços.

• Princípio da Capacidade Contributiva: tem o intuito de alcançar a chamada Justiça Fiscal,


sempre que possível os impostos terão caráter pessoal e serão graduados conforme a
capacidade econômica do contribuinte.

• Princípio da Progressividade: a progressividade determina que quanto maior a base de cálculo


maior será a alíquota.

• Princípio da Não Cumulatividade: visa evitar o famoso efeito cascata dos tributos,
compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou
prestação de serviços com o montante já cobrado.

• Princípio da Seletividade: tem o poder de selecionar os bens tributários, aplicando-lhes


alíquotas diferentes de acordo com seu grau de essencialidade. Quanto mais essencial for um
produto, menor será a alíquota aplicável.

3 – SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

Direito e Contabilidade são ciências que caminham juntas e complementam-se, desde longa data,
acompanhando a natural evolução das diversas sociedades.

Direito é a ciência das normas obrigatórias que disciplinam as relações dos homens em sociedade,
existindo para isso as diversas jurisprudências. É o conjunto das normas jurídicas vigentes no país.

Entre essas, destacam-se as normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios, constituindo o Sistema Tributário nacional, que disciplina a
arrecadação e distribuição de rendas.
A Contabilidade, por sua vez, é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, controle e
registro dos fatos contábeis, servindo como ferramenta para o gerenciamento da evolução do
patrimônio de uma entidade e, principalmente, para a prestação de contas os sócios e demais
usuários, entre os quais se destacam as autoridades responsáveis pela arrecadação dos tributos de
uma nação ou região.

No exercício de suas funções, claro está que o contador deve obedecer, além das normas e dos
princípios de contabilidade, também à legislação tributária concernente à correta apuração, registro,
divulgação e arrecadação dos diversos tributos que incidem nas diversas fases de atividade das
empresas e, principalmente, sobre a obtenção de renda e lucro em determinado período.

Dentro da Lei Máxima do País (Constituição Federal) está definido que cabe ao governo gerar
mecanismo de proteção ao cidadão, bem como valores destinados ao trabalho e valores da livre
iniciativa, para que isto se torne realidade se faz necessário que haja por dos governantes a geração
de receitas para cobrir estes custos, assim como da própria maquina administrativa, ou seja, das
obrigações do Estado para com seus cidadãos.

Tais disposições delineiam os instrumentos da tributação: impostos, taxas e contribuição de


melhoria.

3.1 - Administração Tributária

Discutidos os principais aspectos relativos ao ambiente em que se dá a tributação no que diz


respeito ao Poder Legislativo, para melhor conhecer o ambiente, é necessário verificar também as
atribuições ao Poder Executivo, com relação a cobrança e fiscalização de tributos.Como já
mencionado, cabe ao Poder Executivo comandar a máquina da arrecadação, o que significa:

• Apurar o valor dos tributos devidos, ou conferir o valor apurado pelo contribuinte
dependendo do tipo de tributo;
• Instituir obrigações relacionadas ao processo de arrecadação/fiscalização/cobrança, tais
como: remessa periódica de informações, escrituração de livros específicos para apuração
de imposto, emissão de notas fiscais;
• Fiscalizar as pessoas e atividades relacionadas ao tributo;
• Cobrar os tributos, inclusive buscando a via judicial, quando necessário (divida ativa);
• Fornecer documentos comprobatórios de quitação do contribuinte (certidões negativas);
• Responder às consultas feitas pelo contribuinte em matéria tributária;

Cada ente da federação fiscaliza os tributos a seu cargo, em nível federal a fiscalização não
esta restrita a um só órgão: o Ministério do Trabalho e Emprego fiscaliza o FGTS (Fundo de Garantia
por Tempo de Serviço) e a Receita Federal fiscaliza as contribuições previdenciárias e o restante dos
tributos. Já nos âmbitos estadual e municipal existem normalmente Secretarias de Fazenda ou de
Finanças que efetuam a arrecadação e fiscalização dos tributos.

4 – TRIBUTOS

4.1. Definição: É toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada”.(Código Tributário Nacional Art. 3°)

Para melhor entendimento sobre a definição de tributo, é possível decompor sua definição nas
seguintes características:

- Prestação Pecuniária: Significa que o tributo deve ser pago em unidades de moeda corrente,
inexistindo o pagamento “in natura” ou “in labore”, ou seja, o que é pago em bens ou em trabalho ou
prestação de serviços.

- Compulsória: Obrigação independente da vontade do contribuinte.


- Em Moeda ou cujo valor possa exprimir: Os tributos são expressos em moeda corrente nacional
(reais) ou por meio de indexadores (UPF, etc).

- Que não constitua sanção de ato ilícito: As penalidades pecuniárias ou multas não se incluem no
conceito de tributo; assim, o pagamento de tributo não decorre de infração de determinada norma ou
descumprimento da lei.

- Instituída em lei: Só existe a obrigação de pagar o tributo se uma norma jurídica com força de lei
estabelecer essa obrigação.

- Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada: A autoridade não possui


liberdade para escolher a melhor oportunidade de cobrar o tributo; a lei já estabelece todos os
passos a serem seguidos.

Assim, de maneira simplificada, tributo é um valor instituído por lei, pago pelos cidadãos ao Poder
Público para viabilizar as atividades do Estado e aplicado em benefício da coletividade.

3. CLASSIFICAÇÂODOS TRIBUTOS:

Os tributos podem ser classificados:

a) Em relação a sua Função: Podem ser: Fiscais, Extrafiscais ou parafiscais:

- Tributos Fiscais: São aqueles cujo objeto é principalmente o de arrecadação de


recursos financeiros para o Estado.

- Tributos Extrafiscais: São aqueles cujo principal objetivo é o de interferência do


Estado, ou seja, busca controlar os preços internos ou incentivar a produção de
determinados produtos, através da variação de alíquotas dos impostos sobre o comércio
exterioR.

- Tributos Parafiscais: As contribuições parafiscais vêm previstas no artigo 149 da


Constituição Federal, dizendo que: "Compete exclusivamente à União instituir
contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das
categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas
respectivas áreas.

Assim, em sentido amplo, é um tributo criado e fiscalizado pelo Estado, para a


manutenção de uma entidade, órgão ou fundo, que não o Estado. Ex.: INSS, FGTS, PIS,
COFINS, SESC, SENAC, SESI, SENAI SAT, SEBRAE, ETC..

b) Em relação ao Vínculo: Podem ser vinculados ou não vinculados:

- Tributos Não Vinculados: São aqueles em que a pessoa que efetua o seu pagamento
não recebe diretamente uma contraprestação, um serviço do Estado. O produto da
arrecadação se destina a custear despesas gerais do Estado, como a segurança pública, a
saúde, a educação, etc.

- Tributos Vinculados: São aqueles que a receita decorrente da sua arrecadação tem
destinação certa e determinada, em benefício direto daquela pessoa que efetua o
pagamento. Ex.: Taxas, Contribuições de Melhoria, Contribuições Especiais e os
Empréstimos Compulsórios.

4. ESPÉCIES DE TRIBUTOS:

Os tributos são instituídos pelos Governos Federal, Estadual ou Municipal e se destinam ao custeio
das necessidades públicas como educação, saúde, segurança e à manutenção da máquina
administrativa.

No Art. 145 da Constituição Federal de 1988 são instituídos os seguintes tributos:

I – Impostos;

II - Taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização efetiva ou potencial, de


serviços públicos e específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;

III - Contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

§1º Sempre que possível os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a
capacidade econômica do contribuinte, facultando a administração tributária, especialmente para
conferir efetividade a esses objetivos, identificando e respeitando os direitos individuais e nos termos
da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

Assim, temos:

a) IMPOSTOS: Decorrem de situação geradora independente de qualquer contraprestação do


Estado em favor do contribuinte.

Os impostos dividem-se em:


- Impostos sobre o Comércio Exterior;
- Impostos sobre o Patrimônio e a Renda;
- Impostos sobre a Produção e a Circulação.

b) TAXAS: Estão vinculadas à utilização efetiva ou potencial por parte do contribuinte, de serviços
públicos específicos e divisíveis.

c) CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA: São cobradas quando do benefício trazido aos contribuintes


por obras públicas, tendo como limite a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de
valor que a obra resultar para cada imóvel beneficiado.

d) CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS: Tem finalidade específica de sustentar atividades que o Estado


tem interesse em desenvolver, fazendo-os através de entidades autônomas específicas (sindicatos,
conselhos, etc.).

e) CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS: Financiam a seguridade social, através das seguintes contribuições:


I - Do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada, incidentes sobre:
- Folha de salários e demais rendimentos do trabalhador pagos ou creditados, a qualquer
título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;

- A receita ou o faturamento;

- O lucro.

II - Do trabalhador e dos demais segurados da previdência social.

f) EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS: A União através de lei complementar pode instituir


empréstimos compulsórios para atender despesas extraordinárias, ou de caráter urgente e
relevante interesse nacional.

4.1 IMPOSTOS:

4.1.1 Definição: Os Impostos estão definidos art. 16 do CTN, vide transcrição: “ Art. 16. Imposto é o
tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independentemente de qualquer atividade
específica, relativa ao contribuinte.”

Uma vez instituído por Lei, é devido, independentemente de qualquer atividade estatal em relação ao
contribuinte. Portanto, não está vinculado a nenhuma prestação específica do Estado ao sujeito
passivo.

O imposto é de competência privativa, instituído pela CF, ou seja, é exclusivamente da União, dos
Estados ou dos Municípios ou do Distrito Federal (art. 153 a 155 da CF).

Os impostos são pagamentos obrigatórios feitos aos governos federal, estadual ou municipal, pelas
pessoas físicas ou jurídicas, sem contrapartida direta e que se destinam a cobrir as despesas e os
investimentos públicos As pessoas jurídicas, de uma forma ou de outra, acabam repassando os
impostos que pagam, de modo que o consumidor final é quem, sempre, paga os impostos.

4.1.2 Classificação dos Impostos: Os impostos são classificados como Diretos e Indiretos,
Progressivos e Regressivos, Seletivos, Cumulativos, Declaratórios e Proporcionais.

4.1.2.1 Impostos Diretos: Os impostos diretos são aqueles que incidem diretamente sobre a renda
das pessoas e seu patrimônio, isto é, incidem diretamente sobre o contribuinte, assim, a mesma
pessoa é o contribuinte de fato e de direito.

Os impostos Diretos Incidem sobre o patrimônio e sobre a renda. Exemplo IPTU, IRPJ, IRPF E
CSLL.

Pela Lei, essas obrigações não podem ser objeto de repercussão, ou seja, não podem ser
repassadas para o preço ou para outra pessoa.

Contudo, é praxe nos contratos de locação imobiliária incluir cláusula obrigando o locatário ao
pagamento do IPTU, ou seja, repassando um imposto sobre a propriedade para quem não é
proprietário. Mas, esta cláusula só tem validade entre as partes e não pode ser oposta ao Fisco.
Ex.: Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA);
Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU);
Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR);
Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doações de Qualquer Bem ou Direito (ITCD).
Imposto sobre a Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis e de Direitos Reais sobre Imóveis,
bem como cessão de direitos a sua aquisição (ITBI);
Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF); e
Impostos sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR).

4.1.2.2 Impostos Indiretos: São aqueles que a cada etapa econômica, são repassados para o
preço do produto/mercadoria/serviço, ou seja, é a transferência do ônus tributário para o consumidor,
embutindo-o no preço de venda ou do serviço.

Em resumo: A Indústria transfere os tributos incidentes sobre o processo de industrialização para o


preço de venda do produto. A empresa Comercial adquire-o para a revenda, passando a denominá-
lo, tecnicamente, mercadoria. Acrescenta ao valor pago na compra suas despesas operacionais,
margem de lucro e os tributos incidentes sobre o processo de comercialização e os repassa para o
preço de venda da mercadoria. O consumidor Final, último elo da cadeia produção-circulação-
consumo, ao pagar o preço da mercadoria, paga todos os tributos embutidos nesse preço. Não tendo
a quem repassá-los, arca com todo o ônus tributário.

As empresas que produziram e comercializaram os produtos são os contribuintes de direito, ou seja,


responderão pelo pagamento desses tributos perante o Fisco. Entretanto, o contribuinte de fato é o
consumidor, que arcou com todo o ônus tributário.

Assim, os Impostos Indiretos são aqueles que incidem, por exemplo, sobre as transações comerciais,
sobre o preço de bens e serviços ou valores agregados pela empresa, os quais, indiretamente,
incidem sobre o contribuinte.

Ex.: Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);


Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores
Mobiliários (IOF);
Imposto sobre as Importações (II);
Imposto sobre as Exportações (IE);
Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços
de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS);
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS/ISSQN).

4.1.2.3 Impostos Progressivos: São aqueles cujo percentual vai aumentando conforme a
capacidade econômica do contribuinte. O Imposto de Renda é o típico imposto direto e progressivo:
existe uma faixa de rendimentos isentos, acima da qual as alíquotas aumentam à medida que os
rendimentos ficam maiores.

4.1.2.4 Impostos Regressivos: São aqueles que não consideram o poder aquisitivo nem a
capacidade econômica do contribuinte. Com isso, quem gasta praticamente tudo o que ganha no
consumo de produtos, como é o caso de muitos assalariados, proporcionalmente contribui mais do
que aqueles que têm possibilidade de poupar ou de investir.

O ICMS e o IPI são tributos indiretos e regressivos. Isso significa que, proporcionalmente, quem
ganha menos paga mais. Independentemente da capacidade contributiva, todos pagam o mesmo
imposto, que está embutido no preço de um produto.
4.1.2.5 Impostos Seletivos: São aqueles que incidem somente sobre determinados produtos,
mercadorias ou serviços, que se destacam dos outros pela sua qualidade.

No sistema tributário atual os impostos sobre bebidas alcoólicas, fumo, perfumes/cosméticos e carros
(automóveis), dentre outros, são seletivos, porquanto têm alíquotas diferenciadas. Por sinal, no
sistema tributário nacional vigente, a seletividade tributária praticamente tornou-se uma regra, ao
invés de exceção.

4.1.2.6 Impostos Cumulativos: São aqueles que incidem em cada operação tributável, em que não
é revista compensação, dedução ou abatimento, em relação à operação anterior., ou seja, é a
incidência em todas as etapas intermediárias do processo produtivo e/ou de comercialização de
determinado bem, inclusive sobre o próprio imposto, anteriormente pago, da origem até o
consumidor final, influindo na composição de seu custo e, em conseqüência, na fixação de seu preço
de venda.
Ex.: PIS e COFINS cumulativos.

4.1.2.7 Impostos Não-Cumulativos: São aqueles que a norma prevê compensação, abatimento ou
dedução do vlaor do tributo pago ou devido na operação anterior, de conformidade com o disposto
no sistema constitucional tributário.
Ex: ICMS, IPI, PIS e COFINS.

4.1.2.8 Impostos Proporcionais: São aqueles em que a alíquota é constante (igual/uniforme/fixa) e


cujo resultado só aumenta à proporção em que aumenta o valor sobre o qual incide. É um tributo de
alíquota inalterável, qualquer que seja o montante tributável ou a base tributária.

4.2.1.9 Imposto Adicional: É aquele imposto que se adiciona ao mesmo imposto, constituindo um
bis in idem permitido, desde que não ofenda princípios constitucionais, tais como o da legalidade,
igualdade e capacidade contributiva.

4.2.1.10 Impostos Declaratórios: Os impostos para serem pagos e/ou recolhidos aos cofres
públicos, depende da vontade ou de providências (preenchimento de declaração, formulário, DARF,
carnê etc.) por parte do Contribuinte ou do Responsável pelo recolhimento, tais como IPI, ICMS, ISS,
IPTU, ITR, IR, INSS, FGTS, etc.
4.1.3 Competência dos Impostos: União, Estados e Municípios:

Esfera Imposto Monograma CF

Imposto sobre a Transmissão, causa Artigo 155, I


mortis, e Doações de quaisquer bens ou ITCD
direitos
Imposto sobre Operações relativas à
Estados Circulação de Mercadorias e sobre
Prestações de Serviços de Transporte ICMS Artigo 155, II
Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação
Imposto sobre Propriedade de Veículos
IPVA Artigo 155, III
Automotores;

Imposto sobre a Propriedade Predial e IPTU


Artigo 156, I
Territorial Urbana;

Municípios
Imposto sobre a Transmissão Inter Vivos
de Bens Imóveis e de Direitos Reais sobre
ITBI Artigo 156, II
Imóveis,bem como cessão de direitos a sua
aquisição
Artigo 156, III
Imposto Sobre Serviços de Qualquer
ISS / ISSQN
Natureza

Imposto sobre Importação de produtos


II Artigo 153, I
estrangeiros;
Imposto sobre Exportação de produtos
IE Artigo 153, II
nacionais ou nacionalizados;
Imposto sobre a Renda e proventos de
IR Artigo 153, III
qualquer natureza;

Imposto sobre Produtos Industrializados; IPI Artigo 153, IV

União
Imposto sobre Operações de créditos,
câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou IOF Artigo 153, V
valores imobiliários;

Imposto Territorial Rural; ITR Artigo 153, VI

Imposto sobre Grandes fortunas nos termos


IGF Artigo 153, VII
de Lei Complementar.
4.2 TAXAS:

Está definida nos arts. 77 e 78 do CTN e tem como fato gerador o exercício regular do poder de
polícia ou a utilização efetiva ou potencial de serviço público, específico e divisível, prestado ou
colocado à disposição do contribuinte.

Pelo serviço prestado pela administração pública, são exigidas “Taxas” por exemplo, pela Prefeitura
Municipal, para a fiscalização do local para instalação de uma empresa - “Alvará de Localização”.

Assim, as Taxas são cobradas em razão do poder de polícia ou de serviços públicos prestados ou
colocados à disposição do contribuinte, ou seja, há uma relação entre o que é cobrado e o serviço
público prestado.

Poder de Polícia é a atividade da administração pública que limita e disciplina direito, interesse ou
liberdade em razão do interesse público, concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos
costumes, à disciplina da produção, do mercado, à tranqüilidade pública ou a respeito à propriedade
e aos direitos individuais ou coletivos (art. 78).

As Taxas são cobradas em razão dos serviços públicos prestados ao contribuinte ou postos à sua
disposição, para seu uso particular ou por interesse individual específico.

As Taxas não podem ter a mesma base de cálculo ou fato gerador idênticos ao imposto, nem ser
calculada em função do capital das pessoas (físicas ou jurídicas) – parágrafo único do art. 77.

Ainda, as taxas para serem cobradas, dependem da atuação do Estado, dirigida especificamente ao
Contribuinte. Trata-se de prestação unilateral. O destino da arrecadação será para atender à
atividade estatal dirigida ao contribuinte. Esta atividade só poderá ser prestada pelo Poder Público,
ou por delegação a particular, mas não diretamente por este.

As Taxas são tributos vinculados, pois suas receitas serão destinadas ao custeio da atividade
prestada pelo Estado. Não pode o produto da Taxa ser transferido para outros fins, mesmo para
obras públicas, pois é vinculado ao serviço ou ao poder de polícia.

Ex.: Taxa de Coleta de Lixo;


Taxa de Conservação e Limpeza Pública;
Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (Lei 10.165/00);
Taxa de Controle e Fiscalização de produtos Químicos (Lei 10.357/01);
Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária (Lei 9.782/99);
Taxa de Licenciamento Anual de Veículo;
Taxa de Licenciamento pa Funcionamento e Alvará Municipal;
Taxas do Registro do Comércio (Juntas Comericais); etc.

4.3 CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA:

É o tributo que visa custear obra pública, decorrente de valorização imobiliária. Inexistindo
valorização imobiliária, não há como cobrar a contribuição de melhoria. É um tributo vinculado, pois
está relacionado à atividade estatal prestada ao contribuinte.

Pode ser cobrado, pelo ente federativo (União, Estado, Município ou Distrito Federal) que realizar
obra pública da qual decorra valorização imobiliária. Os contribuintes ou sujeitos passivos são os
proprietários dos imóveis valorizados pela obra pública.
A Contribuição de Melhoria tem como base o custo total da obra, que será rateado entre os
beneficiários na proporção da propriedade, em relação ao total da área objeto da obra pública.

Conforme previsto no art. 2º do Decreto-Lei 195, as obras que implicam valorização imobiliária são
as seguintes:

a) Abertura, alargamento, pavimentação, iluminação, arborização, esgotos pluviais e outros


melhoramentos de praças e vias públicas;
b) Construção e ampliação de parques, campos de desportos, pontes, túneis e vidautos;
c) Construção ou ampliação de sistemas de trânsito rápido, inclusive todas as obras e
edificações necessárias ao funcionamento do sistema;
d) Serviços de obras de abastecimento de água potável, esgotos, instalações de redes
elétricas, telefônicas, transportes e comunicações em geral ou de suprimento de gás;
e) Proteção contra secas, inundações, erosão, ressacas, e de saneamento e drenagem em
geral, diques, cais, portos, canais e irigação;
f) Construção de estradas de ferro e construção, pavimentação e melhoramentos de estradas
de rodagem;
g) Construção de aeródromos e aeroportos e seus acessos;
h) Aterros e realizações de embelezamento em geral, inclusive desapropriações em
desenvolvimento de plano de aspecto paisagístico.

As hipóteses acima são taxativas e não meramente exemplificativas. Assim, se uma obra não está
incluída nos itens acima, não poderá ser cobrada a contribuição de melhoria.

Ainda, O CTN, nos art. 81 e 82, dispõe o seguinte:

“Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para
fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como
limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra
resultar para cada imóvel beneficiado.”

“Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos


mínimos:
I – publicação prévia dos seguintes elementos:
a) memorial descritivo do projeto;
b) orçamento do custo da obra;
c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;
d) delimitação da zona beneficiada;
e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para
cada uma das áreas diferenciadas, nelas contidas;

II – fixação de prazo não inferior a 3 (trinta) dias, para impugnação, pelos interessados
de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior;
III – regulamentação do processo a
administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior,
sem prejuízo da sua apreciação judicial”.

Em face deste art. 82, (que se refere a publicação prévia do memorial descritivo do projeto,
orçamento do custo da obra, etc.) e pela possibilidade de impugnação pelos interessados (inciso II)
de qualquer dos elementos previamente publicados (inciso I), a contribuição de melhoria, na prática,
raramente é cobrada.
4.4 CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS GERAIS:

Contribuição Social é um tributo destinado a custear atividades específicas, que não são inerentes à
função do Estado.

A Constituição Federal destacou três espécies de contribuições sociais: as de intervenção do


domínio econômico, as de interesse de categorias profissionais e econômicas (art. 149, CF), e as
contribuições da seguridade social (art. 195, CF):

Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de interesse no


domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de
sua atuação nas respectivas áreas.
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir contribuição, cobrada de
seus servidores, para o custeio, em benefício destes, de sistemas de previdência e assistência
social.
§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez.

As Contribuições Sociais podem ser:

4.4.1 Contribuições de Intervenção do Domínio Econômico: São exigidas como contraprestação


à atuação estatal exercida em favor de determinado grupo ou coletividade. Tem natureza extrafiscal,
ex.: Salário-Educação, FGTS, CIDE s/Combustíveis, etc.

O § 5º, do art. 212 da CF é expresso no sentido de que a educação básica pública terá como fonte
adicional de custeio a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas, na forma
da lei.

Art. 212....

§ 5º - O ensino fundamental público terá como fonte adicional de financiamento a


contribuição social do salário-educação recolhida, pelas empresas, na forma da lei.

O FGTS também natureza de contribuição de intervenção do domínio econômico, para efeito de


arrecadar recursos para o Sistema Financeiro da Habitação. (Lei 8.036/90)

4.4.2 Contribuições de Interesse de Categorias Profissionais ou Econômicas: O art. 149, da CF,


estabelece conjunção alternativa: tanto podem ser contribuições apenas de interesse de categoria
profissional, como ao mesmo tempo de categorias profissionais e econômicas.

a) Contribuições de Interesse das Categorias Profissionais: Destinam-se ao fornecimento de


recursos aos órgãos representativos de categorias profissionais legalmente regulamentadas, aos
órgãos fiscalizadores do exercício da profissão. Exemplo: Anuidades cobradas pelos Conselhos que
registram, regulam e fiscalizam o exercício profissional, Ex.: (médicos (CRM), advogados (OAB),
engenheiros (CREA), contadores (CRC), etc.)

b) Contribuições de Interesse de Categorias Econômicas: São contribuições compulsórias


retiradas de empregadores e de empregados para serem entregues a órgãos de defesa de seus
interesses (sindicatos, entidades de ensino, de serviço social, etc.). Exemplos: contribuições ao
SESI, SENAI, SESC, SENAC, SENAT, SEBRAE.

A Contribuição Sindical, descrita nos art. 578 a 610 da CLT tem interesse, tanto da categoria
econômica (dos empregadores) quanto da categoria profissional (dos trabalhadores).
4.4.3 Contribuições Sociais destinadas à Seguridade Social: As Contribuições destinadas à
Seguridade Social estão previstas no § 6º do art. 195 da CF. A seguridade Social compreende a
Previdência Social, a Assistência Social e a Saúde.

Estabelece o art. 195 da CF que as contribuições destinadas ao custeio da seguridade social são:

1. Dos empregadores, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:

a) A folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título,


à pessoa física que lhe presta serviço, mesmo sem vínculo empregatício. (A contribuição da
empresa incidente sobre a folha de salários é de 20% sobre a remuneração, além da
contribuição para custeio das prestações e acidente de trabalho, que também tem por base a
remuneração).
b) A receita ou o faturamento (Sobre a receita ou faturamento incide o Pis e a Cofins)
c) O lucro. (Sobre o Lucro incide a CSLL, prevista na Lei 7.689/98).

2. Do trabalhador e dos demais segurados da previdência social. (Compreende a contribuição dos


segurados empregados, domésticos, temporários, avulsos, autônomos, eventuais, equiparados a
autônomo, empresário e facultativo).

3. Sobre a receita de concursos de prognósticos. (São contribuições que incidem sobre concursos de
loto, sena, mega-sena, loteria esportiva, loteria federal, etc).

4. Do importador de bens, ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar (Lei 10.865/04).

4.5 EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO:

A Constituição Federal, art. 148, estabelece:

Art. 148. A União, mediante Lei Complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:

I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra


externa ou sua iminência;
II – no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.

Parágrafo único: A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será


vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.

O Empréstimo compulsório nada mais é do que “empréstimo” que deve ser feito obrigatoriamente
pelos contribuintes eleitos pela norma impositiva.

Empréstimo, por definição, é um contrato que, para ser celebrado, depende da vontade das
partes. Já o empréstimo compulsório pressupõe exclusão de vontade, pois a compulsoriedade
contém em sua estrutura intrínseca e extrínseca a idéia de força, coatividade, ou seja, prestação
pecuniária compulsória, representando verdadeiro tributo restituível.

Se é empréstimo, mesmo que compulsório, deve ser restituído na forma, prazo e espécie
previstos na lei que o instituiu.
4.6 OS TRIBUTOS NO BRASIL:

Abaixo apresenta a Lista de tributos (impostos, contribuições, taxas, contribuições de melhoria)


existentes, atualmente, no Brasil:

1. Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante – AFRMM - Lei 10.893/2004


2. Adicional de Tarifa Aeroportuária - ATA - Lei 7.920/1989
3. Contribuição á Direção de Portos e Costas (DPC) - Lei 5.461/1968
4. Contribuição à Comissão Coordenadora da Criação do Cavalo Nacional - CCCCN - art. 11 da
Lei 7.291/1984
5. Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FNDCT - Lei
10.168/2000
6. Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), também
chamado "Salário Educação" - Decreto 6.003/2006
7. Contribuição ao Funrural - Lei 8.540/1992
8. Contribuição ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) - Lei
2.613/1955
9. Contribuição ao Seguro Acidente de Trabalho (SAT), atualmente com a denominação de
Contribuição do Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa decorrente dos Riscos
Ambientais do Trabalho (GIIL-RAT)
10. Contribuição ao Serviço Brasileiro de Apoio a Pequena Empresa (Sebrae) - Lei 8.029/1990
11. Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Comercial (SENAC) - Decreto-Lei
8.621/1946
12. Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado dos Transportes (SENAT) - Lei 8.706/1993
13. Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (SENAI) - Lei 4.048/1942
14. Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Rural (SENAR) - Lei 8.315/1991
15. Contribuição ao Serviço Social da Indústria (SESI) - Lei 9.403/1946
16. Contribuição ao Serviço Social do Comércio (SESC) - Lei 9.853/1946
17. Contribuição ao Serviço Social do Cooperativismo (SESCOOP) - art. 9, I, da MP 1.715-
2/1998
18. Contribuição ao Serviço Social dos Transportes (SEST) - Lei 8.706/1993
19. Contribuição Confederativa Laboral (dos empregados)
20. Contribuição Confederativa Patronal (das empresas)
21. Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico – CIDE Combustíveis - Lei 10.336/2001
22. Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico – CIDE Remessas Exterior - Lei
10.168/2000
23. Contribuição para a Assistência Social e Educacional aos Atletas Profissionais - FAAP -
Decreto 6.297/2007
24. Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública - Emenda Constitucional
39/2002
25. Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional – CONDECINE
- art. 32 da Medida Provisória 2228-1/2001 e Lei 10.454/2002
26. Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública - art. 32 da Lei 11.652/2008
27. Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB) - art. 8º da Lei 12.546/2011
28. Contribuição Sindical Laboral (não se confunde com a Contribuição Confederativa Laboral,
vide comentários sobre a Contribuição Sindical Patronal)
29. Contribuição Sindical Patronal (não se confunde com a Contribuição Confederativa Patronal,
já que a Contribuição Sindical Patronal é obrigatória, pelo artigo 578 da CLT, e a
Confederativa foi instituída pelo art. 8, inciso IV, da Constituição Federal e é obrigatória
em função da assembleia do Sindicato que a instituir para seus associados,
independentemente da contribuição prevista na CLT)
30. Contribuição Social Adicional para Reposição das Perdas Inflacionárias do FGTS - Lei
Complementar 110/2001
31. Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS)
32. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
33. Contribuições aos Órgãos de Fiscalização Profissional (OAB, CRC, CREA, CRECI, CORE,
etc.)
34. Contribuições de Melhoria: asfalto, calçamento, esgoto, rede de água, rede de esgoto, etc.
35. Fundo Aeroviário (FAER) - Decreto Lei 1.305/1974
36. Fundo de Combate à Pobreza - art. 82 da EC 31/2000
37. Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (FISTEL) - Lei 5.070/1966 com novas
disposições da Lei 9.472/1997
38. Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) - Lei 5.107/1966
39. Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) - art. 6 da Lei
9.998/2000
40. Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização
(Fundaf) - art.6 do Decreto-Lei 1.437/1975 e art. 10 da IN SRF 180/2002
41. Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) - Lei
10.052/2000
42. Imposto s/Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
43. Imposto sobre a Exportação (IE)
44. Imposto sobre a Importação (II)
45. Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA)
46. Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU)
47. Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR)
48. Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR - pessoa física e jurídica)
49. Imposto sobre Operações de Crédito (IOF)
50. Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS)
51. Imposto sobre Transmissão Bens Inter-Vivos (ITBI)
52. Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD)
53. INSS Autônomos e Empresários
54. INSS Empregados
55. INSS Patronal (sobre a Folha de Pagamento e sobre a Receita Bruta - Substitutiva)
56. IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)
57. Programa de Integração Social (PIS) e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor
Público (PASEP)
58. Taxa de Autorização do Trabalho Estrangeiro
59. Taxa de Avaliação in loco das Instituições de Educação e Cursos de Graduação - Lei
10.870/2004
60. Taxa de Avaliação da Conformidade - Lei 12.545/2011 - art. 13
61. Taxa de Classificação, Inspeção e Fiscalização de produtos animais e vegetais ou de
consumo nas atividades agropecuárias - Decreto-Lei 1.899/1981
62. Taxa de Coleta de Lixo
63. Taxa de Combate a Incêndios
64. Taxa de Conservação e Limpeza Pública
65. Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA - Lei 10.165/2000
66. Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos - Lei 10.357/2001, art. 16
67. Taxa de Emissão de Documentos (níveis municipais, estaduais e federais)
68. Taxa de Fiscalização da Aviação Civil - TFAC - Lei 11.292/2006
69. Taxa de Fiscalização da Agência Nacional de Águas – ANA - art. 13 e 14 da MP 437/2008
70. Taxa de Fiscalização CVM (Comissão de Valores Mobiliários) - Lei 7.940/1989
71. Taxa de Fiscalização de Sorteios, Brindes ou Concursos - art. 50 da MP 2.158-35/2001
72. Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária Lei 9.782/1999, art. 23
73. Taxa de Fiscalização dos Produtos Controlados pelo Exército Brasileiro - TFPC - Lei
10.834/2003
74. Taxa de Fiscalização dos Mercados de Seguro e Resseguro, de Capitalização e de
Previdência Complementar Aberta - art. 48 a 59 da Lei 12.249/2010
75. Taxa de Fiscalização e Controle da Previdência Complementar - TAFIC - Entidades
Fechadas de Previdência Complementar - art. 12 da Lei 12.154/2009
76. Taxa de Licenciamento Anual de Veículo - art. 130 da Lei 9.503/1997
77. Taxa de Licenciamento, Controle e Fiscalização de Materiais Nucleares e Radioativos e suas
instalações - Lei 9.765/1998
78. Taxa de Licenciamento para Funcionamento e Alvará Municipal
79. Taxa de Pesquisa Mineral DNPM - Portaria Ministerial 503/1999
80. Taxa de Serviços Administrativos – TSA – Zona Franca de Manaus - Lei 9.960/2000
81. Taxa de Serviços Metrológicos - art. 11 da Lei 9.933/1999
82. Taxa de Utilização de Selo de Controle - art. 13 da Lei 12.995/2014
83. Taxas ao Conselho Nacional de Petróleo (CNP)
84. Taxa de Outorga e Fiscalização - Energia Elétrica - art. 11, inciso I, e artigos 12 e 13, da Lei
9.427/1996
85. Taxa de Outorga - Rádios Comunitárias - art. 24 da Lei 9.612/1998 e nos art. 7 e 42 do
Decreto 2.615/1998
86. Taxa de Outorga - Serviços de Transportes Terrestres e Aquaviários - art. 77, incisos II e III,
a art. 97, IV, da Lei 10.233/2001
87. Taxas de Saúde Suplementar - ANS - Lei 9.961/2000, art. 18
88. Taxa de Utilização do SISCOMEX - art. 13 da IN 680/2006
89. Taxa de Utilização do MERCANTE - Decreto 5.324/2004
90. Taxas do Registro do Comércio (Juntas Comerciais)
91. Taxas Judiciárias
92. Taxas Processuais do Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE - art. 23 da Lei
12.529/2011

Art. 7 da Lei 12546/11


Lei nº 12.546 de 14 de Dezembro de 2011

Art. 7o Até 31 de dezembro de 2014, a contribuição devida pelas empresas que prestam
exclusivamente os serviços de Tecnologia da Informação (TI) e de Tecnologia da Informação e
Comunicação (TIC), referidos no § 4o do art. 14 da Lei no 11.774 , de 17 de setembro de 2008,
incidirá sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos
incondicionais concedidos, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do
art. 22 da Lei no 8.212 , de 24 de julho de 1991, à alíquota de 2,5% (dois inteiros e cinco
décimos por cento).

§ 1o Durante a vigência deste artigo, as empresas abrangidas pelo caput e pelos §§ 3o e 4o deste
artigo não farão jus às reduções previstas no caput do art. 14 da Lei no 11.774 , de 2008.

§ 2o O disposto neste artigo não se aplica a empresas que exerçam exclusivamente as atividades de
representante, distribuidor ou revendedor de programas de computador.

§ 3o No caso de empresas de TI e de TIC que se dediquem a outras atividades, além das previstas
no caput, até 31 de dezembro de 2014, o cálculo da contribuição obedecerá:

Art. 13 da Lei 12545/11


Lei nº 12.545 de 14 de Dezembro de 2011

Art. 13. A Lei no 9.933 , de 1999, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 3o-A , 9o-A , 11-
A e 11-B :

"Art. 3o-A. É instituída a Taxa de Avaliação da Conformidade, que tem como fato gerador o exercício
do poder de polícia administrativa na área da avaliação da conformidade compulsória, nos termos
dos regulamentos emitidos pelo Conmetro e pelo Inmetro.

§ 1o A Taxa de Avaliação da Conformidade, cujos valores constam do Anexo II desta Lei, tem como
base de cálculo a apropriação dos custos diretos e indiretos inerentes ao exercício do poder de
polícia administrativa da atividade.

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