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A Lei nº 4.320/64
E o Código Tributário Nacional – Lei nº 5.172, de 1966.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (...)
1.1-) Receitas públicas podem ser divididos em dois grandes grupos: Receitas
originárias e derivadas.
a-) Receita originária: O Estado age como um particular, não havendo o uso do
poder de império. Decorre de um regime de contrato.
Não é todos que pagam. Só paga quem se utilizar do bem ou do serviço
prestado
Ex. Doações, remuneração de tarifas nos serviços públicos, locações.
j-) Decretos
– O seu objetivo é facilitar a fiel aplicação da lei. Deve interpretar a lei dentro de
seus limites.
- Dita como a lei deve ser executada para facilitar a compreensão.
- Atos normativos, de competência exclusiva dos chefes do Poder Executivo.
- Podem criar obrigações acessórias e mudança de alíquota. (art. 153, § 1º,
CF e art. 113, § 2º do CTN)
2.2 – Fontes Formais Secundárias
Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções
internacionais e dos decretos:
I - Os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;
II - As decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição
administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa;
III - As práticas reiteradamente observadas pelas autoridades
administrativas;
IV - Os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios.
d-) convênios
- Celebrados União X Estados X Municípios.
- Tratamento de modo comum.
- Afirmado entre os entes juridicos
DEFINIÇÃO DE TRIBUTO
Artigo 3º do CTN
“Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela
se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada”
Princípio do Pecunia non olet - Uma vez ocorrendo o fato gerador, ainda que
tenham ocorrido fatos ilícitos antes, o tributo será devido.
TERMOS TRIBUTÁRIOS
a-) Sujeito Passivo: Aquele que está obrigado ao pagamento do tributo.
b-) Sujeito Ativo: Aquele que detém capacidade jurídica para instituir e cobrar
tributos. Somente sujeito do polo público.
c-) Fato Gerador: Hipótese legal tipificadora da obrigação tributária. Todo
tributo possui um fator gerador.
d-) Subsunção legal: enquadramento do fato a norma legal. É quando o fator
gerador deixa de ser abstrato, entrando no plano concreto, real.
e-) Lançamento: Ato administrativo tendente a constituição do crédito
tributário. Procedimento que declara formalmente a ocorrência do fato gerador.
f-) Crédito Tributário: Montante devido e já constituído do tributo, sujeito,
portanto, à cobrança.
g-) Autoridade administrativa: Pessoa legalmente autorizada a arrecadar,
cobrar e lançar tributos. Ato formal na qual identifica todos os fatores.
h-) Imposto: Espécie do gênero tributo, assim como a taxa, a contribuição de
melhoria, as contribuições sociais e empréstimos compulsórios. tributo obrigatório
cobrado pelo governo, sendo um valor que você paga e contribui para custear as
despesas administrativas do Estado.
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
- Imposto – Art.16 CTN (Comp. Entes Federados criado por meio de Lei
Ordinária)
- Taxa – Art.77 CTN (Entes Federados – Lei Ordinária)
- Pedágio (Entes Federados)
- Contribuição de melhoria – Art.81 CTN e Art.145 CF (Entes Federados – Lei
Ordinária
- Empréstimo Compulsório – Art.148 CF (União – Lei Complementar)
- Contribuições Especiais – Art.149 CF (União – Lei Ordinária)
- Impostos Extraordinários – Art.76 CTN (União – Lei Complementar)
1-) Impostos
Art. 145. CF - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão
instituir os seguintes tributos:
I - Impostos;
Art. 16 CTN - Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte.
- Tributo comum, sem relação com receitas e despesas. Não vinculados a
qualquer atividade específica do Estado que justifique o pagamento tendo como fator
gerador independentemente de qualquer atividade estatal.
Características: Não há vinculação a qualquer atividade estatal e inexiste
destinação específica.
De acordo com a Constituição Federal, os impostos são de competência
privativa de cada ente tributante, tudo na forma dos artigos, separando os federais; os
estaduais e do Distrito Federal e os municipais
Obs. Diante das peculiaridades do Distrito Federal – que não integra nenhum
estado e nem é dividido em municípios –, ele terá na sua competência todos os
impostos que são previstos aos estados e também aos municípios, cumulando no
âmbito distrital todos os impostos listados no artigo 155 e no artigo 156 CF/88.
2-) Taxa
Art. 77 – CTN - As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições (qualquer ente
federado pode cobrar).
Art. 145 CF - II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados
ao contribuinte ou postos a sua disposição;
- Tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a
utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao
contribuinte ou posto à sua disposição.
Há vinculação e destinação específica.
- São justas, pois são tributos vinculados a uma atividade específica do Estado
Importante observar que a atual redação do artigo 149 ainda atribui algumas
características para as contribuições sociais e para a CIDE, tudo na forma do
parágrafo segundo, a saber:
a-) não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação.
b-) incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços.
c-) poderão ter alíquotas, ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita
bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro; ou
específica, tendo por base a unidade de medida adotada.
b-) Especiais: Se referem a fatos ou situações especiais; (art. 145 a 152, CF).
Se referem sempre a uma determinada espécie tributária
Ex. Pessoalidade e respeito à capacidade econômica (Art.145, pg.1° CF)
- Os Impostos terão, sempre que possível, caráter pessoal (graduados em
função de características dos contribuintes, pessoas físicas ou jurídicas, sempre que
possível);
-Princípio que restringe as bases de cálculo das taxas (Art.145 pg. 2° CF)
Principio da Territorialidade
A competência se limita ao território.
- A cobrança de tributo se baseia onde o serviço é prestado e
independentemente onde fica localizada a sede.
Princípio da legalidade
- Princípios Gerais (Art.145 a 150 CP)
Art. 5º II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
senão em virtude de lei;
- Diferente do sistema jurídico Common Law, consuetudinário, por meio da
jurisprudência com pouca norma escrita, o Brasil se baseia no sistema grego, ou seja,
norma escrita. Nesse sentido, não há tributo sem lei que estipule e estabeleça o
tributo.
Princípio da irretroatividade
Art. 150 CF - a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da
vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
Como regra, o princípio determina a impossibilidade de a lei tributária retroagir
para alcançar fatos geradores do passado.
- Trazer segurança jurídica.
- Em regra.
- 2 hipóteses de retroatividade previstas no artigo 106 do Código Tributário
Nacional:
a) A lei tributária retroagirá quando for interpretativa. Lei tributária interpretativa
é aquela promulgada para explicar uma lei anterior. A lei deve ser materialmente
interpretativa.
b) Trata-se de uma norma punitiva (analogia ao Direito Penal). A lei tributária
retroagirá quando for mais benéfica para o contribuinte em matéria de infração, desde
que o ato não tenha sido definitivamente julgado. Neste caso existem duas condições:
lei mais benéfica e matéria de infração, e um pressuposto: ato não definitivamente
julgado. Lei tributária mais benéfica em relação a pagamento de tributos não retroage.
Art. 106. CTN A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
I - Em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a
aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados;
II - Tratando-se de ato não definitivamente julgado:
a) quando deixe de defini-lo como infração;
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou
omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de
pagamento de tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente
ao tempo da sua prática.
- Lei meramente interpretativa: (uma lei anterior explica uma lei posterior)
causa discussões na doutrina, pois há quem determina que não existem. Além de que,
cada um interpreta da forma que mais vantajosa.
Art.74, pg. 12 Lei 9.430 /96 – Compensação não declarada.
- Lei benéfica: Sobre infrações e atos que ainda estejam em discussões. A
retroatividade também opera efeitos quando a lei atribui penalidade mais branda ou
quando se antevê que uma conduta deixou de ser prevista como infração tributária.
Quando ato ainda pendente, não extinta.
Curiosidade:
O principio da noventena já estava instituído no Art.195 pag.6°
§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas
após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou
modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b".
Obs. Portanto:
- Não se aplica o princ. da anterioridade ao IPI, mas aplica-se a noventena;
- Aplica-se o princ. da anterioridade ao IPVA e IPTU, mas não se aplica a
noventena;
Anterioridade: No mesmo exercício em que haja sido publicada a lei que
instituiu ou aumentou. Exceções: Emp. Compulsório de Calamidade e Guerra, II, IE,
IPI, IOF e Impostos Extraordinário em caso de Guerra.
- As exceções poderão ser aplicadas no mesmo exercício financeiro.
Noventena: Antes de decorridos 90 dias da data em que haja sido publicada a
lei que os instituiu ou aumentou. Exceções: As mesmas acima mais base de cálculo
do IPVA, IPTU, e exclui-se o IPI.
IMUNIDADES
Exemplos:
- ITBI (não incide): Art. 156. § 2º I - não incide sobre a transmissão de bens
ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital,
nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão
ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do
adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou
arrendamento mercantil;
- ITR: Art. 153. § 4º II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em
lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel;
OBS. Também deve ser considerado que as imunidades não irão dispensar o
cumprimento das obrigações acessórias e das multas provenientes de seu
descumprimento.
IMUNIDADE TEMPLOS
Art. 150 VI b) templos de qualquer culto;
Assim como determinado na CF como Direito Fundamental - Art. 5º CF: VI - é
inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício
dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto
e suas liturgias;
- Relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas
mencionadas (imóveis utilizados para moradia dos membros/líderes religiosos estarão
amparados pela imunidade).
O fato de os imóveis estarem sendo utilizados como escritório e residência de
membros da entidade não afasta a imunidade prevista no art. 150, VI, c, § 4º da
Constituição Federal
- A imunidade abraçará todo e qualquer templo, independentemente da
religião, da sua estrutura, se majoritária ou minoritária, bastando que o templo exista
como pessoa jurídica devidamente registrada.
- Bem jurídico tutelado é a prática da fé
- Quanto aos imóveis, ainda que alugados a terceiros, estes estarão sob o
manto da imunidade tributária se os rendimentos provenientes da locação forem
comprovadamente revertidos para a finalidade religiosa.
- O Supremo Tribunal Federal possui entendimento quanto à impossibilidade
de aplicar a imunidade à maçonaria em decorrência da relação associativa e não
religiosa.
IMUNIDADE MUSICAL
Art.150 VI e) Fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil
contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral
interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos
digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de
leitura a laser.
- A imunidade irá alcançar somente a produção das mídias eletrônicas, de
modo que não serão alcançadas as etapas de produção industrial das mídias físicas,
ou seja, a produção do disco para leitura por dispositivo de leitura óptica não estará no
campo de operação da imunidade.
OBRIGAÇÕES
Obs. Devemos observar que, a teor do que dispõe o artigo 113, parágrafo
terceiro do Código Tributário Nacional, o descumprimento da obrigação acessória a
transformará em obrigação principal. Isto ocorre porque o descumprimento da
obrigação acessória dará origem a uma multa que deverá ser paga, ou seja, teremos
ao final a obrigação principal de pagar ao Fisco.
LANÇAMENTO
Conceito:
Lançamento é uma atividade administrativa. Ato formal, responsável em
transformar a obrigação tributária em crédito.
Conclui-se, então, que o lançamento vai unicamente formalizar a obrigação,
isto é, dar as “formas” da respectiva obrigação tributária. A autoridade administrativa
não pode inventar nem criar nada no lançamento.
- Para cobrar, é preciso transformar em crédito, ou seja, apurar, demonstrar
qual é fato gerador, realizar os cálculos, atribuir prazo de pagamento etc.
- O crédito goza de:
a-) Liquidez: Não dúvidas referente ao valor
b-) Certeza: Existência do dever
c-) Exigibilidade: Pode ser exigido
Hipóteses de lançamento
Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo
ou de terceiros, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à
autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua
efetivação.
§ 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando
vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em
que se funde, e antes de notificado o lançamento.
§ 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão
retificados de ofício pela autoridade administrativa a que competir a revisão daquela.
Prazo do Lançamento
- O prazo é fixo;
- 5 Anos contanto do prazo do fato gerador, salvo em caso de fraude, dolo e
simulação, sendo assim, prolongado um ano.