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Temos como base da Tributação os Artigos 145 a 156 da CF.

A Lei nº 4.320/64
E o Código Tributário Nacional – Lei nº 5.172, de 1966.

DIREITO TRIBUTÁRIO – FUNDAMENTOS

Art. 3º CTN - Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou


cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em
lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
- Tributo é obrigatório. A lei determinou.
- Art.5° CF II - Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
senão em virtude de lei;

1-) Financiamento do Estado

Historicamente o Estado sempre fez o possível (angariou) para obter recursos,


seja de forma autoritária e mais dura ou de forma mais branda.
Com o surgimento do Estado democrático de Direito e os Direitos
Fundamentais, decorrentes das Revoluções, o Estado adotou uma política liberal,
permitindo a livre ação do indivíduo que age conforme seus direitos,
consequentemente limitando os poderes absolutos do Estado na medida em que
resguardam a liberdade e a autodeterminação do indivíduo.
Logo, a fim de cumprir com seus deveres é preciso arrecadar de alguma forma
as receitas suficientes para se sustentar. Por isso, foram criados meios para se obter
os tributos, evoluindo ao passar dos anos mediante as necessidades, e se ramificando
entre as diferentes competências do Estado, União, Municípios e DF, se baseando na
multiplicidade de forma de receita.
O Estado é capaz de gerar recursos com sua própria existência (Estado
desenvolvimentista), ou seja, possui um papel ativo no desenvolvimento com meios de
atuação através de empresas estatais, fundações públicas e autarquias atuantes no
domínio público. Algumas vezes, até mesmo visando a lucro.
Nada impede que o Poder Público atue como qualquer pessoa para obter
recursos. mas em muito dos casos é preciso que os recursos sejam transferidos pelos
seus particulares (receitas públicas). Tais tributos são voltadas para a satisfação do
serviço público, manter sua atividade e exercer suas funções e missões
constitucionais.
O pagamento de tributos é o preço que se paga pela não intervenção estatal e
para a satisfação do serviço público.
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração
direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos
imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme
definidos em lei.

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (...)

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a


moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição.

1.1-) Receitas públicas podem ser divididos em dois grandes grupos: Receitas
originárias e derivadas.

Obs. Receitas são todas as transferências que realizamos em prol do Estado.


Entradas não devolutivas.

a-) Receita originária: O Estado age como um particular, não havendo o uso do
poder de império. Decorre de um regime de contrato.
Não é todos que pagam. Só paga quem se utilizar do bem ou do serviço
prestado
Ex. Doações, remuneração de tarifas nos serviços públicos, locações.

b-) Receita derivada: É aquela revestida de compulsoriedade (obrigatoriedade).


Submete-se a um regime legal.
independe de atividades ou serviço diretamente prestado ou de vontade das
pessoas que farão as transferências. Portanto, é aquela auferida em decorrência do
poder de “império”, do poder coercitivo.
Ex. Nossos tributos, multas

Na prática, as receitas derivadas serão as mais presentes por serem de mais


fácil obtenção.
1.2-) Funções Tributários:
Por sua vez, os tributos não possuem a função arrecadatória, mas também
reguladora. Os chamados impostos regulatórios, como o próprio nome está a indicar,
têm função regulatória de atividades econômicas, isto é, existem como instrumento
ordinatório, que regula as atividades econômicas interferindo diretamente na
economia. Não visam simplesmente a arrecadação tributária, função típica de imposto
de natureza fiscal.
São impostos regulatórios aqueles previstos no art. 153, I, II, IV e V da CF (II,
IE, IPI e IOF).
São eles os imposto de importação e o imposto de exportação que têm por
objetivo regular o comércio exterior e influenciando o mercado interno. Logo,
incentivando ou desacreditando em empresas investirem no país.

2-) Fontes do Direito Tributário

As fontes no âmbito jurídico significam o ponto de partida do Direito, isso é,


normas que auxiliam e fundamenta o Direito Tributário.
- As fontes são a origem do DT, onde surgiram todas as regras.
As fontes formais ou reais são aquelas que já estou materializada, positivadas,
gerando, portanto, obrigações tributárias. Mas antes que as fontes sejam
materializadas, elas veem primeira da vontade individual (fonte material) associados
aos fatos sociais relevantes, na qual, por meio a representatividade indireto, elegemos
um representante vinculado com nosso interesse que incorpora nas normas jurídicas.
É importante levar em conta que o Direito Tributário está diretamente ligado
com a economia e por sua vez a economia é um eterno cobertor curto: quando você
cobre um lado, automaticamente descobre o outro.
 Temos como fontes primárias (Legislativas)
- CF / Emendas
- Leis Complementares
- Leis Ordinárias
- Medidas Provisórias
- Lei Delegada
- Decreto Legislativo
- Resoluções
- Tratados e convenções internacionais
 Temos como fontes secundárias (Administrativas)
- Atos Normativos
- Decretos e Instrução
- Decisões Normativos
- Costumes
- Convenio

2.1 – Principais Fontes Formais:

É na lei que encontramos a fundamentação adequada para a tributação, além


da segurança jurídica (evitando abusos).
Art. 96 CTN. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os
tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares
que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles
pertinentes.

- As jurisprudência e doutrina servem apenas para melhor compreensão do


fenômeno tributário.

a-) Constituição e as Leis orgânicas


- Constituição federal –Título VI - Da Tributação e do orçamento– Capitulo I- Do
Sistema tributário Nacional;
- Art. 145 a 162 – Apresenta os Princípios
- Define o poder e competências tributárias (UN. EST. MUN);
- Cria limites e vedações
- Não pode ser contrariada e é responsável pelas demais fontes.
– Discrimina (identifica) as receitas tributárias
- Fixa a repartição ou partilha do produto da arrecadação (direito financeiro)
- A CF dita as competências e limitações tributárias. Afim de orientar o
exercício das repartições entre os entes federativos.
- É a base do sistema tributário.
- Não cria tributo.

b-) Emendas constitucionais – (art. 60 CF.)


- Não é fonte especifica do DT, pois não é atribuído qualquer tributo nela, mas
possui o poder de modificar a CF, surtindo efeito na esfera tributária.
c-) Leis complementares – (CF 146, 146-A, 148 e 154 – I)
- A fonte por excelência do DT é a lei.
- Leis que criam normas gerais sobre determinado assunto
Art. 150. (...) é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
I - Exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

- As leis complementares possuem o quórum de aprovação de maioria


absoluto, regulando as leis mais “especiais”.
- Juntamente com a Constituição Federal, as Leis Complementares também
têm protagonismo no DT, na qual, a Constituição Federal reserva determinadas
funções para as Leis Complementares.
- No Art.146 CF é apresentado todas as competências que a lei complementar
pode estabelecer e matérias que ela pode e deve resolver referente a tributação.
- Às Leis Complementares cabem, basicamente, três tarefas, conforme
disposição do art. 146 da Constituição Federal:
a-) dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre os entes
federativos (Define limites tributários ao legislativo com base em sua competência);
b-) regular as limitações constitucionais ao poder de tributar (Complementar a
CF);
c-) estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária
(Estabelecendo uma distribuição uniforme referente a tributação nacional).

d-) tratados e as convenções internacionais


- Acordo entre 2 ou mais países, com o objetivo de estabelecer relações
jurídicas no âmbito econômico, social, político e evitar conflitos de interesse.

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:


VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus
representantes diplomáticos;
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo
do Congresso Nacional;
- Celebrados pelo poder executivo, depois precisam ser aprovados pelo
Congresso Nacional.
Art. 98 CTN (somente legislação ordinária) - Os tratados e as convenções
internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna, e serão
observados pela que lhes sobrevenha.
- Evitar a bi-tributação do IR (disciplinar e evitar situações de bitributação na
esfera internacional).
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
I - Resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que
acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;
- Regramento entre as entidades a fim de evitar inflação ou prejuízo ao
mercado interno.
- Devem ser tratados como se lei fossem.

e-) Leis ordinárias


– Quando a CF. não exige Lei Complementar, cabe à Lei ordinária (Possui
caráter residual).
- Cria tributos
– Exigir, extinguir tributos (na CF ela vem referenciada apenas pela palavra lei.)
Leis Ordinária = Fonte base de competência de cada ente federativo, na qual
institui seu tributo por meio das leis ordinárias.
As leis ordinárias são as leis mais comuns, mais utilizadas.
Não há concorrência, hierarquia entre lei complementar e ordinária. Pois a lei é
clara em qual competência cada uma deve regrar.
Cabe a lei ordinária tudo aquilo que não expressa para ser tratada pela lei
complementar.

f-) Leis delegadas (Art. 68 CF)


- Presidente solicita a delegação. Restrições
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que
deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
- O poder executivo (presidente da república) pede ao legislativo (Congresso)
permissão para criar uma lei.
- É idêntica a lei ordinária. A diferença é na origem, enquanto a lei ordinária
nasce no congresso nacional, é votada no congresso e encaminhada para o executivo
para ser sancionada, a lei delegada nasce do poder executivo e encaminhando para o
legislativo.
As Leis Delegadas são atos normativos com força de Lei Ordinária e sua
edição é competência privativa do Presidente da República. O Presidente, por meio de
mensagem, faz uma solicitação ao Congresso Nacional para que lhe seja delegada a
competência para legislar sobre determinada matéria.

g-) Medidas provisórias


– Vigência imediata. força de Lei – art. 62 da CF.
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá
adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao
Congresso Nacional.
- Utilizada pelo poder executivo.
- Possui 60 dias para ser aprovada e ser publicada como lei ordinária. Podendo
ser prorrogada uma única vez com o mesmo prazo.
- Sua eficácia durará apenas após sua aprovação como lei ordinária. Se não
convertida, não terá mais validade.
- Disciplina caráter genérico e abstrato (se tem carro, incide tributação).
- Cria tributação.

h-) Decretos legislativos


– Aprovar os tratados e convenções internacionais
- Competência exclusiva do chefe da república.
O projeto de Decreto Legislativo é uma espécie legislativa que tem muitas
funções importantes. Uma delas, é autorizar o Presidente da República a declarar
guerra ou autorizar a paz.

i-) Resoluções do Senado Federal


– Fixação alíquota de Tributos estaduais
– Transmissão causa mortis e doação (ITCMD) e alíquotas do ICMS
- Forma pela qual a CF estabeleceu para impor limites nas alíquotas (alíquotas
mínimas e máximas).

j-) Decretos
– O seu objetivo é facilitar a fiel aplicação da lei. Deve interpretar a lei dentro de
seus limites.
- Dita como a lei deve ser executada para facilitar a compreensão.
- Atos normativos, de competência exclusiva dos chefes do Poder Executivo.
- Podem criar obrigações acessórias e mudança de alíquota. (art. 153, § 1º,
CF e art. 113, § 2º do CTN)
2.2 – Fontes Formais Secundárias

Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções
internacionais e dos decretos:
I - Os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;
II - As decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição
administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa;
III - As práticas reiteradamente observadas pelas autoridades
administrativas;
IV - Os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios.

- Normas Complementares. Aplicação subsidiária.


- Eficácia limitada, subordinadas as principais fontes e exclui a imposição de
penalidade e cobrança de juros.

a-) Atos Normativos


- Atos dos ministros e secretários
- Expedido pelo poder executivo e administração pública a fim de facilitar a
aplicação correta da lei, orientando.
- Não mexe na lei, mas nos processos administrativos.

b-) Decisões com eficácia normativa


- Soluções de consulta, súmula do Tribunal de Impostos e Taxas de SP.
- Beneficiam todos os contribuintes na mesma situação, são aplicáveis a todos.
- Criação de decisões tributárias de interpretação

c-) Práticas reiteradas das autoridades administrativas.


- Normas referentes aos costumes
- São normas, mesmo que não escritas.

d-) convênios
- Celebrados União X Estados X Municípios.
- Tratamento de modo comum.
- Afirmado entre os entes juridicos

DEFINIÇÃO DE TRIBUTO

- Porque é preciso distinguir o que é tributo?


O Estado possui diversas formas de receitas (obtidas de forma compulsória ou
não compulsoriamente), sendo que o tributo, é uma das fontes de receita pública.
Portanto, é importante distinguir o tributo, pois, além de ser derivados
(compulsório) devem respeitar suas formalidade e regras específicas de cobrança,
determinando quais são as regras e como aplica-las.
 Receitas Compulsórias: Também chamadas de receitas derivadas.
Decorre da obrigatoriedade, descartando a autonomia da vontade.
 Receitas Não Compulsórias: Também chamadas de receitas originárias

Art. 9º - LEI No 4.320 - Tributo é a receita derivada instituída pelas entidades


de direito público, compreendendo os impostos, as taxas e contribuições nos termos
da constituição e das leis vigentes em matéria financeira, destinando-se o seu produto
ao custeio de atividades gerais ou especificas exercidas por essas entidades.

Artigo 3º do CTN
“Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela
se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada”

- Os tributos são obrigatórios, independem da vontade do sujeito.


- Valor pecuniário, ou seja, o devedor deve cumpri-la em dinheiro ou meios que
o código tributário estabelece.
- Todo tributo é positivado e deve seguir os princípios da legalidade estrita. Na
elaboração de um tributo, a lei deve especificar suas atribuições, como fator gerador,
os sujeitos, alíquota etc.
Só pode ser cobrado da forma estabelecida em lei e somente se ela
determinar, seguindo seus critérios. Esta distinção ajuda o agente, visto que, há
variações de competências entre os entes federados.
- Nenhum tributo poderá ser criado por circulares, portarias, decretos etc.
- Tributo não possui caráter punitivo, ato de sanção de ato ilícito.
- A cobrança será por meio de uma atividade administrativa sem qualquer
liberdade, com práticas vinculadas.

 Sanção de ato ilícito


O tributo representará um dever assumido pelo particular que jamais constitui
sanção de ato ilícito.
Multa por ator ilícito não é tributo.
Neste sentido, deve ser extraída a conclusão de que não se pode dar ao tributo
qualquer sentido punitivo, o que não quer dizer que os atos ilícitos não possam ensejar
resultados tributáveis.
Não pode inserir tributo sobre atos de matriz ilícito.
Art. 118 CTN - A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:
I - Da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes,
responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;

Importante: Se a referida pessoa obteve renda com aquela ilegalidade, essa


renda é tributável pelo Imposto de Renda. Não se confunde o ato criminoso com os
resultados – percepção dos rendimentos – daquele ato.
- Não confundir com a cobrança sobre rendas advindas de atividade ilícita

Princípio do Pecunia non olet - Uma vez ocorrendo o fato gerador, ainda que
tenham ocorrido fatos ilícitos antes, o tributo será devido.

Obs. Princípio da não cumulatividade: Um tributo pode ou não ter incidência


cumulativa. Isso será estabelecido na CF.

 TERMOS TRIBUTÁRIOS
a-) Sujeito Passivo: Aquele que está obrigado ao pagamento do tributo.
b-) Sujeito Ativo: Aquele que detém capacidade jurídica para instituir e cobrar
tributos. Somente sujeito do polo público.
c-) Fato Gerador: Hipótese legal tipificadora da obrigação tributária. Todo
tributo possui um fator gerador.
d-) Subsunção legal: enquadramento do fato a norma legal. É quando o fator
gerador deixa de ser abstrato, entrando no plano concreto, real.
e-) Lançamento: Ato administrativo tendente a constituição do crédito
tributário. Procedimento que declara formalmente a ocorrência do fato gerador.
f-) Crédito Tributário: Montante devido e já constituído do tributo, sujeito,
portanto, à cobrança.
g-) Autoridade administrativa: Pessoa legalmente autorizada a arrecadar,
cobrar e lançar tributos. Ato formal na qual identifica todos os fatores.
h-) Imposto: Espécie do gênero tributo, assim como a taxa, a contribuição de
melhoria, as contribuições sociais e empréstimos compulsórios. tributo obrigatório
cobrado pelo governo, sendo um valor que você paga e contribui para custear as
despesas administrativas do Estado.

 Obs. Alíquota X Alíquota Especifica


a-) Alíquota Especifica: incide sobre uma unidade de medida prevista em lei.
especificada por uma quantia determinada
b-) Alíquota ad valorem: é calculada através de porcentagem incidente sobre
o valor do produto.

ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

Nominadas pelo CTN e CF/88:


https://www.youtube.com/watch?v=QLSuC9d6BiY
https://www.youtube.com/watch?v=ppsmTHrjAjc

- Imposto – Art.16 CTN (Comp. Entes Federados criado por meio de Lei
Ordinária)
- Taxa – Art.77 CTN (Entes Federados – Lei Ordinária)
- Pedágio (Entes Federados)
- Contribuição de melhoria – Art.81 CTN e Art.145 CF (Entes Federados – Lei
Ordinária
- Empréstimo Compulsório – Art.148 CF (União – Lei Complementar)
- Contribuições Especiais – Art.149 CF (União – Lei Ordinária)
- Impostos Extraordinários – Art.76 CTN (União – Lei Complementar)

1-) Impostos
Art. 145. CF - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão
instituir os seguintes tributos:
I - Impostos;
Art. 16 CTN - Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte.
- Tributo comum, sem relação com receitas e despesas. Não vinculados a
qualquer atividade específica do Estado que justifique o pagamento tendo como fator
gerador independentemente de qualquer atividade estatal.
Características: Não há vinculação a qualquer atividade estatal e inexiste
destinação específica.
De acordo com a Constituição Federal, os impostos são de competência
privativa de cada ente tributante, tudo na forma dos artigos, separando os federais; os
estaduais e do Distrito Federal e os municipais

 Impostos da União Art. 153 CF/88


Imposto de Importação (II)
Imposto de Exportação (IE)
Imposto sobre a Renda e os Proventos de qualquer natureza (IR)
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
Imposto sobre Operações de crédito, câmbio, seguro e títulos e valores
mobiliário (IOF)
Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR)
Imposto sobre Grandes Fortunas (JGF)

 Impostos dos Estados Art. 155 CF/88


Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD)
Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e prestação de serviços de
transporte interestadual ou intermunicipal e de comunicações (ICMS)
Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA)

 Impostos dos Municípios Art. 156 CF/88


Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU)
Imposto sobre a transmissão, inter vivos, de bens imóveis (ITBI)
Imposto sobre Serviços de qualquer natureza (ISS ou ISSQN)

Obs. Diante das peculiaridades do Distrito Federal – que não integra nenhum
estado e nem é dividido em municípios –, ele terá na sua competência todos os
impostos que são previstos aos estados e também aos municípios, cumulando no
âmbito distrital todos os impostos listados no artigo 155 e no artigo 156 CF/88.

2-) Taxa
Art. 77 – CTN - As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições (qualquer ente
federado pode cobrar).
Art. 145 CF - II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados
ao contribuinte ou postos a sua disposição;
- Tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a
utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao
contribuinte ou posto à sua disposição.
Há vinculação e destinação específica.
- São justas, pois são tributos vinculados a uma atividade específica do Estado

2.1 Taxa de polícia:


Poder de polícia: Tem como fato gerador o exercício regular do poder de
polícia (não se refere a polícia em si).
Esse poder de polícia é o poder que o Estado exerce para disciplinar ou limitar
a liberdade ou os direitos dos particulares, visando ao interesse público
- Regrar uma atividade.
- Poder que o Estado tem de intervir em alguma atividade privada. Pois podem
afetar o interesse da coletividade e, portanto, sofrem limites e restrições de ordem
pública.
- Não são cobradas em favor do contribuinte, mas da sociedade.
- Atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito,
interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato, em razão de
interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à
disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas
dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública
ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
Ex. lei de zoneamento, normas para instalação de empresas, etc
2.2 Taxa de serviço:
O fato gerador é a atuação do Estado consistente na execução de um serviço
público específico e divisível, efetivamente prestado ou colocado à disposição do
contribuinte.
- São as taxas cobradas pelos serviços públicos já existentes e que estão em
funcionamento.
- Paga a taxa, pois o Estado está realizando um serviço especifico.
Imaginem um bairro da cidade onde exista a coleta de esgoto. Mesmo que um
determinado morador não queira se utilizar, pois tem instalada em sua casa uma
fossa, deverá contribuir com a taxa de esgoto, pois é de justiça que todos os
moradores que têm a sua disposição o serviço, paguem por ele. Não seria justo que
toda a comunidade arcasse com os custos de serviço por meio de impostos, sendo
que somente alguns bairros possuem este serviço. Afinal, ter o serviço a disposição já
representa uma vantagem. Ademais, a cobrança pode ser fator de sua viabilidade
econômica ou de sua e eficiência.

 Preço público x taxa:


Alguns autores entendem que não existe preço público. Dizem que todo serviço
prestado pelo Estado deve ser remunerado por meio de taxa de serviço. Outros, dizem
existir uma diferença, qual seja: quando o serviço derivar de obrigação legal, será
taxa, quando o serviço derivar de contrato, será preço público.
Importância: A taxa se submete aos princípios tributários e o preço se submete
ao contrato.
3-) Pedágio:
Art.145 CF – III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
Há que entenda ser uma nova espécie tributária, eventualmente uma taxa de
utilização de bem público, defendendo que o pedágio não é pago por serviços
prestados, mas pela utilização da via pública.
Outros entendem ser uma taxa de serviço pois, os recursos arrecadados são
utilizados para a manutenção e adequação das vias, como também para custear
serviços de guincho, telefone e assistências aos usuários.
Não pode ser preço público, pois é obrigatório, instituído por lei e não é regido
por contrato.

4-) Contribuição de Melhoria:


Artigo145, inciso III: Contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
Assim, as contribuições de melhorias decorrem de obras públicas, na medida
em que estas gerarem valorização na propriedade imobiliária de outros, sendo este
fato gerador estabelecido no artigo 81 do CTN.
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo
Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é
instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização
imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o
acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
- Tem que ter o comprovante de valorização.
Requisitos para instituição:
Valorização do imóvel em razão da obra pública;
Instituição da CM pelo ente federativo que efetuou a obra;
Lei ordinária instituidora;
Custo total da obra como limite global de cobrança;
Acréscimo no valor do imóvel como limite individual;
Essência da instituição:
O proprietário do imóvel não contribuiu em nada para a valorização do imóvel.
A CF veda o enriquecimento sem causa.
Por ser tributo está vinculada aos princípios tributários constitucionais.
(legalidade, anterioridade, noventena, etc)

5-) Empréstimo compulsório:


Art. 148 da CF/88 – A União, mediante lei complementar, poderá instituir
empréstimos compulsórios
Os empréstimos compulsórios têm como característica principal a promessa de
restituição dos valores pagos, já que devem ser devolvidos em determinado período.
Somente competência da União.
Restitui o tributo cobrado.
São utilizadas em situações extraordinárias e urgências (calamidade pública ou
guerra iminente)
Devem obedecer ao regime jurídico-tributário, com exceção dos princípios da
anterioridade e da noventena, no caso de calamidade pública, guerra externa ou sua
iminência.
 Na forma da Constituição, temos, portanto, que a criação do empréstimo
compulsório somente pode ocorrer:
a-) no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse
nacional.
b-) para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade
pública, de guerra externa ou sua iminência. Despesas extraordinárias são aquelas
imprevisíveis e urgentes que, por sua imprevisibilidade, não estão contempladas no
orçamento anual da União e, por sua urgência, requerem atendimento imediato.
 Requisitos:
- Instituído somente pela União;
- Em razão de despesa extraordinária decorrente de calamidade pública ou de
guerra externa efetiva ou iminente; ou
- Em razão de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse
nacional;
- Aplicação dos recursos arrecadados devem ser destinados ao pagamento das
despesas que justificaram a sua instituição;
- Instituição mediante lei complementar;

6-) Contribuições especiais:


Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de
intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou
econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o
disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º,
relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
§ 1º-A. Quando houver deficit atuarial, a contribuição ordinária dos
aposentados e pensionistas poderá incidir sobre o valor dos proventos de
aposentadoria e de pensões que supere o salário-mínimo.
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma
direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes
contribuições sociais:
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados,
o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita
resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na
manutenção e desenvolvimento do ensino.
Art. 240. Ficam ressalvadas do disposto no art. 195 as atuais contribuições
compulsórias dos empregadores sobre a folha de salários, destinadas às entidades
privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical.
- Em regra, somente Governo Federal (União) competência e são instituídas
por lei ordinária destinada a uma demanda especifica, mas os Estado, DF e
Municípios, poderão instituir planos previdenciários para seus servidores. É uma
exceção. Tem destinação específica.
 Classificadas como:
- Contribuições sociais (Art.195): São contribuições cobradas para o
financiamento de áreas de interesse social ou para custeio da seguridade social
(Contribuição sobre a folha de pagamento/ seguro acidente do trabalho/ PIS/PASEP,
recaindo sobre o faturamento ou receita bruta etc.)
Objetivo: bem-estar e justiça social, mediante financiamento da seguridade
social.
A seguridade social compreende a assistência social (afastamento por
invalidez, pensão por morte, auxílio funeral e prisão) e aposentadoria.

- Contribuições de intervenção no domínio econômico (CIDE): Em algumas


situações, o Poder Público utiliza o tributo para intervir no domínio econômico com o
objetivo de controlar a produção de certos bens ou para financiar determinadas
setores econômicos por meio de recursos de outros domínios.
De todas estas contribuições, a mais destacada é a CIDE-combustível.
CIDE exportação, a fomenta novos projetos internos.
CIDE – Combustível (incide sobre alguns combustíveis e a arrecadação é
revertida para o
Pagamento subsídios ao transporte do álcool, gás e derivados de petróleo,
financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do
gás e financiamento de programas de infraestrutura de transportes.
- Contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas: São
as contribuições compulsórias instituídas pela União e destinadas a sindicatos,
conselhos ou organizações, tendo atualmente como grande exemplo as contribuições
das anuidades para financiamento dos conselhos profissionais.
Destina-se ao custeio das atividades das instituições fiscalizadoras das
categorias profissionais ou econômicas.
O fato gerador é o exercício da profissão.
Em contrapartida as instituições fiscalizam, representam e defendem os
interesses das categorias respectivas.

 Importante observar que a atual redação do artigo 149 ainda atribui algumas
características para as contribuições sociais e para a CIDE, tudo na forma do
parágrafo segundo, a saber:
a-) não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação.
b-) incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços.
c-) poderão ter alíquotas, ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita
bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro; ou
específica, tendo por base a unidade de medida adotada.

Exceção: Outros entes possuem competência para aposentadoria. De


competência dos municípios e do Distrito Federal, sendo ali facultada a cobrança nas
contas de consumo de energia elétrica.

7-) Impostos Extraordinários


O imposto extraordinário foi criado em razão da premente urgência dos
Estados em conseguir importante fonte de renda para fazer frente aos gastos
decorrentes de conflito armado declarado, cessando a sua cobrança quando posta à
termo a conflagração armada.
Determina a esse respeito o artigo 76 do Código Tributário Nacional.
Art. 76. Na iminência ou no caso de guerra externa, a União pode instituir,
temporariamente, impostos extraordinários compreendidos ou não entre os referidos
nesta Lei, suprimidos, gradativamente, no prazo máximo de cinco anos, contados da
celebração da paz.
Art. 148 CF. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos
compulsórios:
I - Para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade
pública, de guerra externa ou sua iminência;
Art. 15 CF. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir
empréstimos compulsórios:
I - Guerra externa, ou sua iminência;
Em caso de conflito armado, a Constituição Federal, em seu artigo 148, inciso
I, e o Código Tributário Nacional, artigo 15, inciso I, autorizam, além dos impostos
extraordinários, a instituição, por lei complementar, de empréstimo compulsório com o
fim de fazer frente aos gastos decorrentes de guerra externa.
Conclui-se, assim, que os impostos extraordinários são de suma importância
ao Estado em caso de beligerância externa, sendo fonte de receita para o
rearmamento de suas Forças Armadas e reconstrução do país após o fim das
hostilidades.

PRINCÍPIOS DIREITO TRIBUTÁRIO (LIMITAÇÃO DO PODER)

 Poder de Tributar: É o poder fiscal, a capacidade de criar tributos.


 Competência: Atribuição por lei a prerrogativa a realizar e praticar tal
ato. Comp. Tributária é delegada por meio de lei.
- As competências podem ser delegáveis caso previsto por lei.
 Sistema de Governo: Maneiras de Exercer o poder.
 Poder: Submissão da vontade perante a vontade do outro.
- A CF disciplina como o poder é exercido, dividindo o poder para que cada um
realize a função delegada a ele, afim de evitar abusos. Ademias há uma subdivisão
administrativa para cada um dos poderes (Atribuição).
 Atribuições: Divide-se em 3:
- Legislar (Indelegável)
- Arrecadar (Delegável)
- Fiscalizar (Delegável)
Ex. Art. 158. Pertencem aos Municípios:
II - Cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre
a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a
totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III;
Art. 6º A atribuição constitucional de competência tributária compreende a
competência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na Constituição
Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos
Municípios, e observado o disposto nesta Lei.
Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de
arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões
administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito
público a outra
- As limitações protegem os Direitos Fundamentais previstos no Art.5°CF
- Além de buscar um maior preparo por parte do contribuinte para a
arrecadação.

Os conflitos entre normas regras são resolvidos pela análise da validade e


aplicação ao caso concreto mediante verificação dos critérios cronológicos (segundo
os quais a lei posterior vem a revogar aquela anteriormente ativa) e pelo critério da
especialidade (que determina que a norma especial terá incidência face a uma norma
de conteúdo geral).
Temos aqui um exemplo claro de norma princípio: a necessidade de promover
a cobrança dos tributos de acordo com a capacidade contributiva. Também podemos
observar a proibição de tratamento desigual para aqueles que se encontram em
igualdade de condições. É nessa linha de pensamento que há o desenho da regra que
se constrói a partir da observância dos princípios.
O conflito entre princípios será solucionado a partir da ponderação de
interesses, ou seja, ao se analisar o caso concreto, o princípio que possuir maior peso
será aplicado em detrimento daquele que, dentro da situação hipotética, não se revela
razoável.
Princípio é uma norma que orienta e direciona o operador do Direito.

Obs. Princípios Gerais X Princípios Especiais X Princípios Específicos


a-) Gerais: Se referem a todos os tributos e contribuições; (art. 145 a 150, CF)
Ex. Legalidade, igualdade, anterioridade, irretroatividade, não confisco,
vedação da limitação ao tráfego.

b-) Especiais: Se referem a fatos ou situações especiais; (art. 145 a 152, CF).
Se referem sempre a uma determinada espécie tributária
Ex. Pessoalidade e respeito à capacidade econômica (Art.145, pg.1° CF)
- Os Impostos terão, sempre que possível, caráter pessoal (graduados em
função de características dos contribuintes, pessoas físicas ou jurídicas, sempre que
possível);
-Princípio que restringe as bases de cálculo das taxas (Art.145 pg. 2° CF)

c-) Específicos: Se referem, especificamente, a determinados tributos; (art.


153 a 156, CF)
Ex. Generalidade (se aplica a todos independente do gênero etc),
Universalidade (a lei que instituir o imposto de renda deve abarcar todos os
rendimentos provenientes de atividades lucrativas para fins de cálculo do mesmo) e
Progressividade do IR (a arrecadação aumenta conforme a renda aumenta, paga
proporcional) (art.153, pg.2°.CF).
Não cumulatividade e seletividade (Será estabelecido o quanto será comprado.
Mais essencial menor a carga, menos essência, maior – há uma tabela) do IPI
(art.153, pg. 3º CF) e ICMS.
ITR – progressividade, pequenas propriedades – das improdutivas (Art.153, pg.
4°CF)

 Principio da Territorialidade
A competência se limita ao território.
- A cobrança de tributo se baseia onde o serviço é prestado e
independentemente onde fica localizada a sede.

 Princípio da legalidade
- Princípios Gerais (Art.145 a 150 CP)
Art. 5º II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
senão em virtude de lei;
- Diferente do sistema jurídico Common Law, consuetudinário, por meio da
jurisprudência com pouca norma escrita, o Brasil se baseia no sistema grego, ou seja,
norma escrita. Nesse sentido, não há tributo sem lei que estipule e estabeleça o
tributo.

Art. 150 CF - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é


vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - Exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

- É vedado exigir ou aumentar tributo sem que a lei o estabeleça.


- O tributo deve ser criado por meio da lei. Alíquota, fato gerador, base de
cálculo etc. A legalidade estrita estabelece que a lei deve determinar todas as regras
do tributo.
Pode ser criado também pela medida provisória, com caráter de lei ordinária,
desde que não invada aquilo determinado para lei complementar. Cabível nos casos
de urgência e relevância
- A lei deve individualizar e não pode haver dúvida.
- Só pode ser cobrado aquilo determinado em lei.
- Não pode instituir ou aumentar tributo, sem lei que autorize.
Todo esse contexto visa à atribuição da máxima segurança jurídica nas
relações tributárias

 Exceções ao princípio da legalidade


Trabalhar com o Direito brasileiro é assumir a certeza de que para todo
conjunto de regras há exceções, e o princípio da legalidade não escapará da verdade
dessa afirmação.
De outra maneira, quando o assunto for alíquotas e base de cálculo de algum
tributo, a exceção se fará presente. Sendo o aumento ou diminuição realizado por
meio de decreto (ato infralegal), visto que é uma medida urgente que não poderá
esperar o poder legislativo discutir e autorizar.
Obs. Para aumentar o tributo (alíquota e/ou base de cálculo), deve respeitar os
demais princípios.
Art. 153 CF - § 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os
limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos
I, II, IV e V.
I - Importação de produtos estrangeiros;
II - Exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
IV - Produtos industrializados; (IPI)
V - Operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores
mobiliários; (IOF)
Essa característica extrafiscal permite uma intervenção rápida e ágil para
atendimento dos anseios econômicos do Estado, daí a necessidade dessa flexibilidade
para que, a depender da conveniência, seja possível a alteração das alíquotas a fim
de satisfazer uma necessidade econômica (por isso é exceção).
- Impostos Regulatórios (tem função extrafiscal. Tem arrecadação, mas sua
principal função é regular o mercado)
- CIDE Combustível: Pode diminuir a alíquota para ajudar para que o repasse
seja mais acessível. – Pode ser alterado por meio de Decreto.
- ICMS Combustível.

 Princípio da isonomia e capacidade contributiva


Art. 150 CF - II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se
encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de
ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;

- Igualdade material = Já a igualdade material representará, na verdade, um


tratamento desigual à medida que, devido às suas individualidades, os sujeitos se
desigualam.
Tratar os iguais de forma igual e os desiguais com desigualdades. Analisando
seu caráter subjetivos. Vedando o tratamento diferenciado em razão de cargo ou
função exercida pelo contribuinte. Logo, não é possível beneficiar um indivíduo em
razão de uma função ou um cargo.
Art. 145. § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à
administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos,
identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os
rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
- Capacidade contributiva é diferente da capacidade financeira.
- Nesse princípio, a contribuição não afetará totalmente a capacidade financeira
do indivíduo, porém será proporcional a sua renda.

 Princípio da irretroatividade
Art. 150 CF - a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da
vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
Como regra, o princípio determina a impossibilidade de a lei tributária retroagir
para alcançar fatos geradores do passado.
- Trazer segurança jurídica.
- Em regra.
- 2 hipóteses de retroatividade previstas no artigo 106 do Código Tributário
Nacional:
a) A lei tributária retroagirá quando for interpretativa. Lei tributária interpretativa
é aquela promulgada para explicar uma lei anterior. A lei deve ser materialmente
interpretativa.
b) Trata-se de uma norma punitiva (analogia ao Direito Penal). A lei tributária
retroagirá quando for mais benéfica para o contribuinte em matéria de infração, desde
que o ato não tenha sido definitivamente julgado. Neste caso existem duas condições:
lei mais benéfica e matéria de infração, e um pressuposto: ato não definitivamente
julgado. Lei tributária mais benéfica em relação a pagamento de tributos não retroage.
Art. 106. CTN A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
I - Em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a
aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados;
II - Tratando-se de ato não definitivamente julgado:
a) quando deixe de defini-lo como infração;
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou
omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de
pagamento de tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente
ao tempo da sua prática.

- Lei meramente interpretativa: (uma lei anterior explica uma lei posterior)
causa discussões na doutrina, pois há quem determina que não existem. Além de que,
cada um interpreta da forma que mais vantajosa.
Art.74, pg. 12 Lei 9.430 /96 – Compensação não declarada.
- Lei benéfica: Sobre infrações e atos que ainda estejam em discussões. A
retroatividade também opera efeitos quando a lei atribui penalidade mais branda ou
quando se antevê que uma conduta deixou de ser prevista como infração tributária.
Quando ato ainda pendente, não extinta.

Obs. Caso já tenha pago o valor, não há do que se falar em irretroatividade.

 Princípio da anterioridade de exercício


Art.150 - b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei
que os instituiu ou aumentou;
- Não pode aumentar tributo no mesmo exercício financeiro.
- Pode diminuir a qualquer momento.
A fim de possuir estabilidade e previsibilidade (segurança jurídica)
A criação ou majoração de um tributo somente poderá ser exigido no próximo
exercício financeiro (01/01 – 31/12).
Dessa forma, haverá segurança para o contribuinte e perfeita adequação ao
princípio da não surpresa, evitando a imposição de uma carga tributária acima daquilo
que se havia preparado para suportar.
- Visa proibir o arbítrio, a surpresa, possibilitando ao contribuinte, planejar a sua
atividade (programar sua vida para pagar tributo).
 Exceções Anterioridade:
- Empréstimo compulsório em caso de guerra ou calamidade pública (Art 148
I),
- Imposto sobre Importação (153, I),
- Imposto sobre Exportação Importação (153, II),
- Operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores
mobiliários (153, V);
- Produtos industrializados (IPI – 153, IV);
- Empréstimo compulsório em Estado de defesa ou o estado de sítio, guerra
(se foi empréstimo para desenvolvimento então se aplica).
Art. 154 - II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos
extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão
suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.

 Princípio da noventena (ANTERIORIDADE NONAGESIMAL)


Reflexo do princípio da anterioridade.
- Foi adicionado por Emenda Constitucional 42 em resposta do princípio da
anterioridade
Imagine se a hipótese da criação ou da majoração do tributo ocorresse em
dezembro. Aplicando tão somente a anterioridade de exercício, o contribuinte deveria
proceder o recolhimento do tributo imediatamente em janeiro, ou seja, no próximo
mês, sem nenhuma previsibilidade e preparo para que suportasse o encargo tributário.
Nesse contexto, surge a noventena, que tem como objetivo estabelecer uma
anterioridade mínima para exigibilidade no novo tributo ou daquele que sofreu a
majoração.
Art.150 - c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido
publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;
- Mediante a decreto
 Exceções Noventena (pode aplicar no mesmo no mesmo exercício
financeiro):
Tais exceções existem dada a característica extrafiscal para intervenção rápida
na economia a fim de solucionar distorções.
- 148 – A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos
compulsórios - I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade
pública, de guerra externa ou sua iminência;
- Imposto sobre Importação (153, I),
- Imposto sobre Exportação Importação (153, II),
- Imposto de Renda (153, III),
- Operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores
mobiliários (IOF - 153, V);
- Art. 154 - II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos
extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão
suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
- Art. 155 – III - propriedade de veículos automotores (base de cálculo IPVA).
- Art. 156 - I - propriedade predial e territorial urbana (base de cálculo IPTU).
Obs. A Alíquota de IPVA e IPTU deve ser respeitada a Noventena.

Curiosidade:
O principio da noventena já estava instituído no Art.195 pag.6°
§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas
após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou
modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b".

Obs. Portanto:
- Não se aplica o princ. da anterioridade ao IPI, mas aplica-se a noventena;
- Aplica-se o princ. da anterioridade ao IPVA e IPTU, mas não se aplica a
noventena;
Anterioridade: No mesmo exercício em que haja sido publicada a lei que
instituiu ou aumentou. Exceções: Emp. Compulsório de Calamidade e Guerra, II, IE,
IPI, IOF e Impostos Extraordinário em caso de Guerra.
- As exceções poderão ser aplicadas no mesmo exercício financeiro.
Noventena: Antes de decorridos 90 dias da data em que haja sido publicada a
lei que os instituiu ou aumentou. Exceções: As mesmas acima mais base de cálculo
do IPVA, IPTU, e exclui-se o IPI.

 Princípio da Non Olet


- “Tributo não tem cheiro”
- Não pode criar tributo em cima de fato gerador ilícito, somente em fato
gerador licito.
- Não importa se a renda veio de atividades ilícitas, será cobrado caso a matriz
seja licito.
- Imposto de Renda.

 Princípio do não confisco


Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
IV - Utilizar tributo com efeito de confisco;”
Este princípio é de difícil constatação. As raras jurisprudências encontradas
tratam de cobrança de multa, que chegavam a 5 vezes o valor do tributo.
- Avaliar a carga tributária individual
- Não pode tributar a ponto de ultrapassar ou equivaler a capacidade financeira
do indivíduo.

 Princípio Não Limitação


Art.150. V - Estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de
tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela
utilização de vias conservadas pelo Poder Público;
- Não pode aplicar tributo que limita sua locomoção, salvo pedágio.

 PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DO IPI


Não cumulatividade (pode descontar impostos pagos do pagamento anterior),
compensa-se o montante devido do IPI na venda, com o crédito proveniente da
compra.
- Tem como pressuposto evitar a cumulação das contribuições sobre o
faturamento dos contribuintes que operam ao longo de um ciclo econômico.
- O tributo recolhido na etapa anterior da cadeia produtiva é compensado na
etapa subsequente
Seletividade - em função da essencialidade do produto.

 PRINCÍPIO ESFECÍFICO DO ITR


Progressividade em razão da utilização da terra. Alíquotas variáveis de 0,03%
a 20%.

IMUNIDADES

- Limitação constitucional ao poder de tributar


- Delimita o campo tributável posto à disposição do ente tributante
- Está prevista na Constituição, mesmo quando o texto se refere a isenção
- Impede a incidência da lei sobre determinado fato ou pessoa. Não se realiza a
hipótese de incidência (tudo que impede a cobrança e está na CF é imunidade).
A título de exemplo, o art. 195, § 7º, da Constituição Federal aduz: “São isentas
de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência
social que atendam às exigências estabelecidas em lei.” Observe que embora seja
usada no texto a palavra isenção, a técnica leva a concluir que se trata de hipótese de
não incidência (imunidade).
É preciso individualizar, mostrar quem é o indivíduo.

Art. 150 VI – (é vedado) instituir impostos sobre:


a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas
fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e
de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo
obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral
interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos
digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de
leitura a laser.

 Exemplos:
- ITBI (não incide): Art. 156. § 2º I - não incide sobre a transmissão de bens
ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital,
nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão
ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do
adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou
arrendamento mercantil;
- ITR: Art. 153. § 4º II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em
lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel;

OBS. Não é possível revogar uma imunidade, pois é cláusula pétrea.

OBS. Também deve ser considerado que as imunidades não irão dispensar o
cumprimento das obrigações acessórias e das multas provenientes de seu
descumprimento.

- Alíquota Zero: Há incidência, mas não há cobrança de tributo.


Valor multiplicado por 0 é 0
Para a alteração é por meio de Decreto
Hipóteses: Impostos Regulatórios e CIDE Combustível

- Isenção: Bloqueia o lançamento do crédito


Benefício fiscal
Concedida por lei especifica
- A isenção estará prevista na ordem infraconstitucional (fora da CF)
Art.150 § 6º - Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo,
concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou
contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou
municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o
correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII,
g.
- A isenção é por tempo indeterminado (pode ser revogado) e tempo
determinado (gera direito adquirido/ interesse econômico/ deve respeitar todos os
requisitos)
- Pode ser estabelecido por lei ordinária

 IMUNIDADE PATRIMONIO, RENDA E SERVIÇOS PÚBLICOS


Art. 150 VI a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
Impede a incidência de impostos sobre patrimônio, renda e serviços entre os
entes da Federação.
- Protege o pacto federativo
- IPTU e IPVA/ OAB

 IMUNIDADE TEMPLOS
Art. 150 VI b) templos de qualquer culto;
Assim como determinado na CF como Direito Fundamental - Art. 5º CF: VI - é
inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício
dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto
e suas liturgias;
- Relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas
mencionadas (imóveis utilizados para moradia dos membros/líderes religiosos estarão
amparados pela imunidade).
O fato de os imóveis estarem sendo utilizados como escritório e residência de
membros da entidade não afasta a imunidade prevista no art. 150, VI, c, § 4º da
Constituição Federal
- A imunidade abraçará todo e qualquer templo, independentemente da
religião, da sua estrutura, se majoritária ou minoritária, bastando que o templo exista
como pessoa jurídica devidamente registrada.
- Bem jurídico tutelado é a prática da fé
- Quanto aos imóveis, ainda que alugados a terceiros, estes estarão sob o
manto da imunidade tributária se os rendimentos provenientes da locação forem
comprovadamente revertidos para a finalidade religiosa.
- O Supremo Tribunal Federal possui entendimento quanto à impossibilidade
de aplicar a imunidade à maçonaria em decorrência da relação associativa e não
religiosa.

 IMUNIDADE PATRIMONIO, RENDA E SERVIÇOS DE PARTIDOS


POLITICOS
Art. 150 VI c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive
suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de
educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
- Relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas
mencionadas.
- O motivo de o constituinte originário eleger essas entidades para gozar da
imunidade reside na contribuição que elas dão ao Estado, produzindo aquilo que é tido
como parte do mínimo existencial.
- É necessário dizer que a sua atividade não precisa ser gratuita. Logo, a
repartição dos resultados entre os membros é o que irá descaracterizar aquilo que
chamamos de “sem fins lucrativos”.
O art. 14 do Código Tributário Nacional aduz que, para a manutenção da
imunidade, é necessário impossibilitar a divisão do patrimônio ou renda a qualquer
título entre os dirigentes e a aplicação das receitas deve ser realizada no Brasil, bem
como devem as instituições se manter em dia com as obrigações acessórias.

 IMUNIDADE DOS LIVROS, JORNAIS E PERIODÍCOS


Art.150 VI d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão.
- Serão afastados impostos como II, IE e ICMS.
- Destaca-se que o livro eletrônico estará alcançado pela imunidade estudada e
o fundamento se encontra na própria razão da imunidade. Desde que o aparelho tenha
como finalidade única possibilitar a leitura dos livros digitais. Assim, se o aparelho é
multifunções, estará excluído da imunidade, como dispõe a Súmula Vinculante 57 do
STF.
- Bem jurídico tutelado é Informação e Conhecimento

 IMUNIDADE MUSICAL
Art.150 VI e) Fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil
contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral
interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos
digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de
leitura a laser.
- A imunidade irá alcançar somente a produção das mídias eletrônicas, de
modo que não serão alcançadas as etapas de produção industrial das mídias físicas,
ou seja, a produção do disco para leitura por dispositivo de leitura óptica não estará no
campo de operação da imunidade.
OBRIGAÇÕES

A obrigação tributária independe da vontade do indivíduo.


Há um vínculo entre as duas partes (polo ativo e polo passivo)
Tudo gira em torno do objetivo.
A compreensão acerca da formação da obrigação tributária é fundamental para
o desenvolvimento e o avanço nos temas de Direito Tributário, visto que essa relação
obrigacional existe para todo indivíduo de acordo com a sua capacidade de
contribuição.
Dentro desse conteúdo, será possível compreender que a partir da prática de
um fato gerador nasce para o Estado o direito de exigir o tributo, e para o particular se
revela o dever de contribuir com a respectiva prestação pecuniária, que será o motor
da máquina estatal.
- Fato Gerador: materialização da hipótese de incidência. Quando
concretizada gera a obrigação de pagar o tributo.
- Geral e Abstrato: Se aplica a todos e a todos os fatos
- Aspecto Espacial: Local de vigência da lei. A lei municipal de sertãozinho só
vale em seu território.
- Aspecto Quantitativo: Alíquotas especificas.
- Aspecto Temporal: A lei que rege o fato o gerador é aquele vigente no
momento.
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da
obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou
revogada.
- Fato Jurídico: Ocorrência relevante judicialmente.
Sempre haverá uma orientação jurídica, visto que, tudo que deve ser feito está
formalizado.
- Obrigação Principal: Quando o contribuinte tem por prestação (por dever) o
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária (multa em dinheiro).
- Obrigação Acessória: Tem o objetivo de auxiliar a fiscalização e
arrecadação dos tributos pelo Estado. Prestação a ser cumprida é a de fazer ou não
fazer alguma coisa (Ex. Estruturação de Nota Fiscal)

Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.


§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por
objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com
o crédito dela decorrente.
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por
objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da
arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância,
converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.

Obs. Devemos observar que, a teor do que dispõe o artigo 113, parágrafo
terceiro do Código Tributário Nacional, o descumprimento da obrigação acessória a
transformará em obrigação principal. Isto ocorre porque o descumprimento da
obrigação acessória dará origem a uma multa que deverá ser paga, ou seja, teremos
ao final a obrigação principal de pagar ao Fisco.

- Polo Ativo: Ente federado detentor do poder de tributar, o titular do crédito


devido.
Podemos extrair essa informação do artigo 119 do Código Tributário Nacional,
que dispõe: “sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da
competência para exigir o seu cumprimento.”
Precisamos atentar que o referido artigo fala sobre a competência que está
relacionada à instituição do tributo e que não poderá ser confundida com a capacidade
tributária, diretamente ligada à possibilidade de exercer os poderes de fiscalizar e
arrecadar, estas últimas passíveis de delegação a teor do que dispõe o artigo sétimo
do Código Tributário Nacional que diz:
A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de
arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões
administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito
público a outra, nos termos do parágrafo terceiro do artigo 18 da Constituição.
(Artigo 7º do Código Tributário Nacional)
- No Direito Tributário, não há admissão da solidariedade ativa

- Polo Passivo: É a pessoa natural ou jurídica, que tem o dever fundamental


de adimplir com as obrigações tributárias, seja ela principal ou acessória.
- A solidariedade passiva, esta é perfeitamente cabível, em que haverá mais de
um sujeito passivo obrigado na mesma relação tributária, sem que haja a incidência do
benefício de ordem.
a-) Contribuinte: Sujeito com relação direta com o fato gerador.
É aquele que tem relação direta e pessoal com o fato gerador da obrigação
tributária. É ele quem irá praticar a conduta descrita como necessária e suficiente para
emergir a obrigação principal.
- Contribuinte Direto: É aquele que tem elo efetivo com o sujeito ativo da
relação tributária, é quem realmente pratica o fato gerador e possui a obrigação de
realizar o recolhimento do tributo.
- Contribuinte Indireto/consumidor/contribuinte de fato: é aquele que não
praticou o fato gerador, mas fica obrigado a recolher o tributo por disposição de lei, no
lugar do contribuinte direto

b-) Responsável: Possui posição legal. Determinado por lei.


É aquele que, embora não tenha relação direta com o fato gerador, nem
mesmo pratique a conduta descrita em lei, é, por força da lei, enquadrado como
indicado a figurar no polo passivo da relação tributária.

LANÇAMENTO

 Formação do dever tributário:


Lei: define, abstrata e genericamente, a obrigação tributária.
Fato gerador: que concretiza a situação definida em lei. Vinculação entre o
sujeito ativo (ente federado) e sujeito passivo (contribuinte).
Lançamento: medida adotada pela autoridade estatal buscando verificar a
ocorrência do fato gerador, formalizando o ocorrido e traduzindo o valor devido.

 Conceito:
Lançamento é uma atividade administrativa. Ato formal, responsável em
transformar a obrigação tributária em crédito.
Conclui-se, então, que o lançamento vai unicamente formalizar a obrigação,
isto é, dar as “formas” da respectiva obrigação tributária. A autoridade administrativa
não pode inventar nem criar nada no lançamento.
- Para cobrar, é preciso transformar em crédito, ou seja, apurar, demonstrar
qual é fato gerador, realizar os cálculos, atribuir prazo de pagamento etc.
- O crédito goza de:
a-) Liquidez: Não dúvidas referente ao valor
b-) Certeza: Existência do dever
c-) Exigibilidade: Pode ser exigido

Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o


crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo
tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente,
determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o
sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.

 Hipóteses de lançamento
Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo
ou de terceiros, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à
autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua
efetivação.
§ 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando
vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em
que se funde, e antes de notificado o lançamento.
§ 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão
retificados de ofício pela autoridade administrativa a que competir a revisão daquela.

a-) Por Ofício: Realizado pela autoridade administrativa, sem qualquer


participação do contribuinte.
- Há possibilidade de contestação.
- Realizado quando a lei determinar ou pela falta de lançamento, seja por
fraude, erro ou negligencia.
- Nesta modalidade, o lançamento é feito diretamente pela autoridade
administrativa, independentemente de qualquer atitude do sujeito passivo, ou de
terceiros, tal qual ocorre, em geral, no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), no
Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e em algumas taxas.
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade
administrativa nos seguintes casos:
I - Quando a lei assim o determine;
II - Quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na
forma da legislação tributária;
III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração
nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação
tributária, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa,
recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade;
IV - Quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer
elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória;
V - Quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa
legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se refere o artigo seguinte;
VI - Quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro
legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária;
VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício
daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação;
VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por
ocasião do lançamento anterior;
IX - Quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta
funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou
formalidade especial.

b-) Por Homologação: O próprio contribuinte realiza o lançamento.


- Não há possibilidade de contestação, visto que ele mesmo realizou o ato.
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja
legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio
exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade,
tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a
homologa.
- A Fazenda Pública tem, então, que verificar o valor a antecipar e homologar
ou não o depósito antecipado em cinco anos, a contar do fato gerador, sob pena de
decadência
Art.150 § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a
contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública
se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente
extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.
- O não pagamento do débito, legitima a recusa de expedição de certidão
negativa ou positiva com efeito de negativa.

c-) Por Declaração: Quando o próprio contribuinte ou terceiros em seu nome,


informa as autoridades tributárias competentes. Lançamento misto.
Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo
ou de terceiros, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à
autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua
efetivação.
O fato de essa modalidade basear-se nas declarações prestadas não quer
necessariamente dizer que tais informações serão obrigatoriamente aceitas pela
autoridade administrativa, que deverá, ao empreender a atividade, verificar a
plausibilidade dos dados informados e concluir a apuração dos valores.
- Ex. O contribuinte informa o fato gerador, o fisco calcula e manda novamente
para o contribuinte pagar.
- Imposto de Importação, Exportação, ITBI

 Prazo do Lançamento
- O prazo é fixo;
- 5 Anos contanto do prazo do fato gerador, salvo em caso de fraude, dolo e
simulação, sendo assim, prolongado um ano.

Em regra: Por Declaração ou Oficio


Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-
se após 5 (cinco) anos, contados:
I - Do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia
ter sido efetuado;

Exceção: Por Homologação


Art.150 § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a
contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública
se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente
extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.

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