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Improbidade Administrativa
Lei n. 8.429/1992
Livro Eletrônico
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Lei n. 8.429/1992
Prof. Diogo Surdi
SUMÁRIO
Improbidade Administrativa..........................................................................3
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DIOGO SURDI
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e professor de Direito
Administrativo em concursos públicos, para vários cargos, dentre os
quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (2014),
Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Fe-
deral do Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-
-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.
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Diogo
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atos de improbidade.
Dessa forma, foi com a edição, em 1992, da Lei n. 8.429/1992, conhecida como
improbidade.
do, por isso mesmo, de observância obrigatória por parte da Administração Di-
deral e Municípios).
Todas as regras que iremos ver, a partir de agora, são oriundas do mencionado
diploma legal.
preender quais partes figuram no polo ativo e passivo da relação jurídica instaurada
Ao passo que os sujeitos ativos são aqueles que podem vir a cometer atos de
tos passivos são as pessoas jurídicas vítimas dos atos ímprobos, figurando, quando
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Os sujeitos ativos, como já mencionado, são as pessoas que podem vir a come-
pessoas com vínculo com o Poder Público que podem vir a se tornar sujeito passivo
da ação de improbidade.
Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação
ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função
nas entidades mencionadas no artigo anterior.
mesmo aqueles que exerçam suas atribuições em caráter transitório ou ainda que
sem remuneração são considerados, para efeitos legais, como possíveis sujeitos
ativos.
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Jaime foi escolhido para ser jurado em um Tribunal do Júri, oportunidade em
que desempenhará uma função pública de caráter transitório e sem remuneração.
Caso Jaime pratique alguma das condutas elencadas como atos de improbi-
dade administrativa, deverá, nos termos legais, ser responsabilizado com base
nas disposições da Lei n. 8.429/1992.
que tenham algum tipo de vínculo com o Poder Público, abrangendo também as
pessoas que, ainda que não sejam titulares de cargo, emprego ou função pública,
artigo 3º:
As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo
agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se be-
neficie sob qualquer forma direta ou indireta.
podem figuram como sujeito ativo dos atos de improbidade administrativa: os que
mantenham algum vínculo com o Poder Público, ainda que transitório ou sem remu-
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No entanto, temos que fazer uma importante distinção no que se refere às duas clas-
ses de pessoas que podem vir a figurar como sujeito ativo dos atos de improbidade:
• Para que o agente público venha a figurar como sujeito ativo, basta que
ele tenha agido com dolo (intencionalmente) ou com culpa (por negligência,
imperícia ou imprudência).
de) figurar como sujeito ativo, faz-se necessário, obrigatoriamente, que ele
tenha agido com dolo, ou seja, que tenha havido a intenção do particular em
Trata-se de uma regra que faz todo o sentido, uma vez que a participação do
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2. Não figurando no polo passivo qualquer agente público, não há como o particular figurar
sozinho como réu em Ação de Improbidade Administrativa.
Não poderá responder por ato de improbidade administrativa o agente público que
Errado.
Assim, ao contrário do afirmado pela questão, poderá o agente público, ainda que
não seja servidor público, ser responsabilizado por atos de improbidade adminis-
trativa.
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce,
ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação,
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, empre-
go ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.
soas jurídicas virem a figurar como sujeito ativo dos atos de improbidade adminis-
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STJ, que decidiu que as pessoas jurídicas, tal como ocorre com os agentes públicos,
Considerando que as pessoas jurídicas podem ser beneficiadas e condenadas por atos
ímprobos, é de se concluir que, de forma correlata, podem figurar no polo passivo de uma
demanda de improbidade, ainda que desacompanhada de seus sócios.
virem a ser responsabilizados por dois regimes distintos. No caso em tela, afir-
administrativa, com base nas disposições da Lei n. 8.429/1992, uma vez que já se
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unânime, inverteu a posição que até então defendia, assegurando que os agentes
à dupla responsabilização.
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que aten-
tem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
V – a probidade na Administração;
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da
Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal
Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de res-
ponsabilidade.
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tituição Federal.
tício, de órgão público, bem como daquelas para cuja criação ou custeio o
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Tais entidades, conforme mencionado, são as que são lesadas com a prática de
É importante salientar, nesse sentido, que o Ministério Público, ainda que não
seja uma das entidades relacionadas expressamente pela Lei n. 8.429/1992, pode
O fundamento para tal atuação é a defesa, por parte do Ministério Público, dos
Federal:
elas: atos que importam em enriquecimento ilícito, atos que causam pre-
Pública.
vas de concursos públicos, sendo bastante comum as bancas apresentarem uma con-
duta ímproba e exigirem do candidato qual a classificação com base na norma legal.
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• Violação aos princípios: situações que não geram, por si só, vantagem in-
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uma vantagem direta ao servidor, uma vez que é ele quem será beneficiado
Caso o agente público apenas permita que os bens da repartição sejam utiliza-
dos, em atividades particulares, por terceiros, nota-se que não é o servidor quem
público. Nesse caso, estamos diante de um ato que causa prejuízo ao erário.
Caso o agente público, notificado pela Administração, não preste suas con-
tas no prazo legal, estaremos diante de uma conduta que não causa, por si só,
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ma forma, podem dar ensejo à lesão ao erário atos dolosos (com intenção) ou
agente estatal).
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer
ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º
desta lei, e notadamente:
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tributário”.
ISS).
anos e multa civil de até 3 (três) vezes o valor do benefício financeiro ou tributário
concedido.
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Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
Administração Pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade,
imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:
I – praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto,
na regra de competência; (Legalidade)
II – retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício; (Poder-Dever de Agir)
III – revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que
deva permanecer em segredo; (Publicidade)
IV – negar publicidade aos atos oficiais; (Publicidade)
V – frustrar a licitude de concurso público; (Impessoalidade)
VI – deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo; (Probidade)
VII – revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva
divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mer-
cadoria, bem ou serviço; (Publicidade)
VIII – descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação de contas
de parcerias firmadas pela Administração Pública com entidades privadas. (Legalida-
de)
IX – deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade previstos na legisla-
ção. (Legalidade)
X – transferir recurso a entidade privada, em razão da prestação de serviços na área
de saúde sem a prévia celebração de contrato, convênio ou instrumento congênere,
nos termos do parágrafo único do art. 24 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990.
(Legalidade)
Dessa forma, sempre que um ato cause enriquecimento ilícito, ainda que possa
3. A conduta prevista no art. 9º da LIA (enriquecimento ilícito) abrange, por sua amplitude,
as demais formas de improbidade estabelecidas nos artigos subsequentes. Desta maneira,
a violação aos princípios pode ser entendida, em comparação ao direito penal, como “sol-
dado de reserva”, sendo, aplicada, subsidiariamente, isto é, quando a conduta ímproba não
se subsume nas demais formas previstas.
para a caracterização de cada uma das hipóteses elencadas nas três espécies de
atos de improbidade.
público. Dessa forma, a simples conduta culposa do agente não enseja a configura-
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Nos casos de prejuízo ao erário, por sua vez, a improbidade estará confi-
gurada tanto nas hipóteses de dolo quanto nas condutas praticadas com
simples culpa do agente público. Tal entendimento está consubstanciado no
Para que seja configurado o ato de improbidade de que trata a Lei n. 8.429/1992, “é
necessária a demonstração do elemento subjetivo, consubstanciado pelo dolo para os
tipos previstos nos artigos 9º e 11 e, ao menos, pela culpa, nas hipóteses do artigo 10”.
Errado.
Dentre as modalidades de atos que causam improbidade administrativa, as condu-
tas ensejadoras de enriquecimento ilícito e de violação aos princípios da Adminis-
tração Pública necessitam da presença de dolo (intenção).
No caso de atos que causam prejuízo ao erário, apenas o elemento culposo é sufi-
ciente para que o ato de improbidade administrativa seja configurado.
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Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer
ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropria-
ção, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no
art. 1º desta lei, e notadamente (...)
Tais artigos possuem o claro objetivo de evitar que uma possível omissão legis-
lativa seja alegada, pela parte que está respondendo pela prática de improbidade
administrativa, como forma de evitar o ressarcimento ao Poder Público ou a perda
dos bens acrescidos ao patrimônio quando da prática dos atos em questão.
Ainda como forma de evitar que não haja o correto ressarcimento dos danos
causados ao Poder Público, o artigo 8º da mesma norma estabelece que “o su-
cessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer
ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da
herança”.
Tal regra encontra fundamento na obrigação do Estado em preservar o bem-es-
tar coletivo, garantindo que o interesse público seja preservado ante as práticas
que tentam usufruir indevidamente dos direitos indisponíveis da sociedade.
Certo.
Esclarecendo
enriquecimento ilícito.
Nessa situação, caso tal agente venha a falecer, ocorrerá a transferência do patri-
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E como boa parte dos bens transferidos foi adquirida com base no ato de im-
probidade, uma vez que o Poder Público tome conhecimento da prática, poderá
público autor da improbidade, esse ônus não será extensível aos seus sucessores.
Errado.
uma espécie de sanção, mas sim de medida cautelar que tem por finalidade as-
segurar que o indiciado não dilapide o seu patrimônio antes que o Poder Público
De acordo com a doutrina majoritária, dois são os requisitos que devem estar
periculum in mora.
público serem verossímeis. Isso não significa que o ato ímprobo deve estar cabal-
mente provado, uma vez que tal pressuposto é averiguado por ocasião da sentença.
parável) por sua vez, refere-se à possibilidade daquele que está indiciado dilapidar o
seu patrimônio, impossibilitando a devolução dos valores devidos aos cofres públicos.
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é muito provável que tenha ocorrido a improbidade (fumus boni juris), bem
como que Álvaro está em vias de dilapidar os seus bens (periculum in mora),
que se segue.
Considere que determinado particular que não se qualifique como agente público
Certo.
A indisponibilidade dos bens trata-se de medida que pode ser adotada com a fina-
lidade de garantir que o agente público ou os particulares não dilapidem seu patri-
mônio.
Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre
bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimo-
nial resultante do enriquecimento ilícito.
6. Penas Aplicáveis
Para cada uma das condutas que dão ensejo às três diferentes espécies de im-
probidade administrativa, a Lei n. 8.429/1992 apresenta uma série de sanções de
natureza administrativa, civil e política.
Tais sanções estão hierarquizadas de acordo com a gravidade da conduta, de
forma que as ações que ensejam enriquecimento ilícito possuem como conse-
quência as sanções mais graves, as que ensejam lesão ao patrimônio público
possuem sanções intermediárias e as que atentam contra os princípios da Ad-
ministração Pública, por sua vez, possuem as sanções de menor gravidade.
As sanções de natureza civil são aquelas que implicam na obrigação de pagar
ou devolver algo ao Poder Público. De acordo com as normas da Lei n. 8.429/1992,
são as seguintes:
• ressarcimento ao erário;
• perda dos bens e valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio;
• multa;
cada pelo agente público ou por terceiro, conforme se extrai do artigo 12 da Lei n.
8.429/1992:
Ato de
Sanção Política Sanção Cível Sanção Administrativa
Improbidade
Suspensão dos Pagamento de multa de Proibição de contratar
Enriquecimento
direitos políticos até 3 vezes o valor do ou receber benefícios do
Ilícito
de 8 a 10 anos. acréscimo. Poder Público por 10 anos.
Suspensão dos Pagamento de multa de até Proibição de contratar
Dano causado ao
direitos políticos 2 vezes o valor do dano. ou receber benefícios do
Erário
de 5 a 8 anos. Poder Público por 5 anos.
Suspensão dos Pagamento de Multa civil Proibição de contratar
Não obediência
direitos políticos de até 100 vezes o valor da ou receber benefícios do
aos Princípios
de 3 a 5 anos. remuneração do agente. Poder Público por 3 anos.
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pena de ressarcimento;
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A circunstância das contas de determinado agente público ou do órgão onde
este desempenha suas atribuições terem sido aprovadas pelos tribunais ou
conselhos de contas não impede que, diante de provas, seja o respectivo agente
responsabilizado pela prática de improbidade.
Isso ocorre porque os tribunais e conselhos, em determinadas situações,
não conseguem detectar que houve a prática de improbidade.
Da mesma forma, ainda que não haja dano ao patrimônio público, poderá
o agente público ou terceira pessoa ser responsabilizado pela prática de im-
probidade, situação que ocorre, por exemplo, com a violação dos princípios da
Administração Pública.
A única ressalva, nesta última situação, fica por conta da pena de ressar-
cimento, ou seja, para que o agente seja obrigado a ressarcir o erário, deverá
obrigatoriamente ser comprovado que houve dano ao Poder Público.
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ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo tribunal ou conselho
de contas.
Certo.
7. Declaração de Bens
função pública.
todos os bens que constituem o seu patrimônio, incluindo imóveis, móveis, semo-
ventes, dinheiros, títulos, ações, e qualquer outra espécie de bens e valores patri-
ração, até que ocorra a sua saída do respectivo cargo, mandato, emprego ou função.
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evolução patrimonial do agente público, uma vez que esta, quando incompatível
bidade administrativa.
pública.
Caso o agente não cumpra com a obrigação de apresentar os bens que com-
põem o seu patrimônio, ou então apresente declaração falsa, teremos, nos termos
§ 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de
outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens,
dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.
RA/2014) Com referência aos agentes públicos e ao regime jurídico que regula-
que se segue.
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O agente público está obrigado a declarar bens e valores que componham o seu
pública —, e poderá ser demitido a bem do serviço público caso apresente falsa
declaração.
Certo.
o seu patrimônio privado. Caso o servidor apresente declaração falsa, será ele san-
ba, de antemão, que tais pessoas são inocentes, incorre em crime, devendo res-
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Nesse ponto, merece destaque o fato de a Lei n. 8.429/1992 ser uma norma de
aquelas que não estão tipificadas como crime. Tal característica não inviabiliza a
tiva. Para que isso ocorra, as condutas previstas na norma em estudo devem estar
das eventuais faltas funcionais cometidas pelos servidores públicos, quando a con-
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Elias, servidor público federal, praticou infração disciplinar que restou confi-
gurada como violação dos deveres previstos no estatuto dos servidores e como
improbidade administrativa.
guinte forma:
missão que estiver instruindo o processo comunicará ao Ministério Público sobre tal
fato, de forma que sejam sequestrados os bens suficientes para garantir o provável
valor do dano.
ráter cautelar que buscam impedir que o patrimônio do indiciado seja dilapidado
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Temos que cuidar, no entanto, para não confundirmos tais situações com a im-
1. A Lei de Improbidade Administrativa não pode ser aplicada retroativamente para alcan-
çar fatos anteriores a sua vigência, ainda que ocorridos após a edição da Constituição
Federal de 1988.
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bidade administrativa, mas que foi praticada, por exemplo, no mês de dezem-
bro de 1991, não poderá haver a responsabilização por tal prática, uma vez
há que se falar em responsabilização com base em uma norma legal que ape-
tais situações, ainda que o servidor seja afastado com remuneração, o que é levado
sada de acordo com o rito ordinário, podendo ser proposta, pelo Ministério Público
medida cautelar.
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A norma se justifica pela relevância do patrimônio público, seja econômico, seja mo-
ral, protegido pela ação de improbidade. Trata-se de aplicação do princípio da in
disponibilidade do interesse público.
ficação do requerido, para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser
por esta Lei o disposto no art. 221, caput e § 1º, do Código de Processo Penal.
são dos bens, conforme o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada pelo
ilícito.
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9. Competência
tema que não está pacificado na doutrina. O motivo das inúmeras controvérsias
dos tribunais superiores está na possibilidade ou não de aplicação do foro por prer-
das ações de natureza penal, por tribunais e juízes especializados, escapando, as-
no âmbito das ações de natureza penal, dentre as quais não se inclui a ação de
que tal prerrogativa apenas poderia ser exercida enquanto o seu titular estivesse
de Processo Penal foram alterados, de forma que passou a existir, em nosso orde-
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A questão não demorou a chegar no STF, que, por meio da ADIN 2.797, mani-
festou seu entendimento de que não era possível ao legislador ordinário impor um
julgamento da Questão de Ordem 3.211/DF, que caberia a ele próprio (STF) o jul-
1. Compete ao Supremo Tribunal Federal julgar ação de improbidade contra seus mem-
bros.
2. Arquivamento da ação quanto ao Ministro da Suprema Corte e remessa dos autos ao
Juízo de 1º grau de jurisdição no tocante aos demais.
Não obstante a decisão do STF, o entendimento que deve ser levado para as provas
de acordo com a Suprema Corte, cabe ao STF julgar seus membros nas ações
de improbidade.
ou cargo.
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• O STF possui entendimento de que cabe a ele processar e julgar, nas ações
• O foro por prerrogativa de função não é aplicado nas ações de natureza civil,
10. Prescrição
Tal como ocorre com as demais penalidades aplicáveis no âmbito do Direito Ad-
Tal lapso temporal, no âmbito da Lei n. 8.429/1992, está previsto no artigo 23,
As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas:
I – até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou
de função de confiança;
II – dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares pu-
níveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo
ou emprego.
III – até cinco anos da data da apresentação à Administração Pública da prestação de
contas final pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 1º desta Lei.
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Aprendendo na Prática
Afonso foi eleito vereador de um pequeno município. Caso ele venha a co-
meter, no curso do seu mandato, algum ato que configure improbidade admi-
administrativa.
A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente,
servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de
ressarcimento.
Público.
Dessa forma, como a Administração apenas gere a coisa alheia (que pertence
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Com base nesse importante julgado, devemos levar para a prova as seguintes in-
formações:
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c) não há, ainda, uma definição acerca do prazo prescricional para as demais
bidade administrativa.
sarcimento dos danos causados pelo agente público é de cinco anos, a contar do
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Certo.
com a norma, é de 5 anos, como regra geral, o prazo prescricional para tal medida:
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser
propostas:
I – até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou
de função de confiança;
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RESUMO
bidade administrativa.
co. Neste último caso, faz-se necessário a presença de um elo com o serviço
administrativa.
do na Constituição Federal.
em caráter temporário.
n. 8.429/1992. Exemplo disso são alguns dos agentes políticos, tal como
responsabilidade.
• As pessoas jurídicas também podem ser sujeito ativo pela prática de im-
probidade.
da demanda.
va, sendo elas: atos que importam em enriquecimento ilícito, atos que
Administração Pública.
regulamento.
dolo ou culpa.
sim de medida cautelar que tem por finalidade assegurar que o indiciado
não dilapide o seu patrimônio antes que o Poder Público conclua o respec-
tar falsa.
va do Poder Judiciário.
de improbidade administrativa.
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QUESTÕES DE CONCURSO
guinte.
de ainda que a infração praticada pelo agente público não esteja descrita na Lei de
Improbidade Administrativa.
próximo item.
O particular tem legitimidade para figurar como sujeito ativo de ato de improbidade
O estagiário de órgão público não pode ser sujeito ativo de ato de improbidade
ministração Pública.
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Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir, com base na legisla-
n. 8.429/1992/1992.
necessárias, ainda que, com esse ato, não tenha obtido ganho pessoal nem causa-
vidor público comete ato de improbidade administrativa que atenta contra os prin-
de Improbidade Administrativa.
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subsequente.
Caso o servidor tenha recebido, para a prática do ato, auxílio de pessoa que não
seja agente público, ambos devem responder por improbidade administrativa, es-
vos, aos agentes públicos e à responsabilidade civil do Estado, julgue o item a se-
guir.
A utilização de veículo da Administração Pública para fins particulares pode ser con-
tiva.
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Lei n. 8.429/1992/1992 inclui-se a suspensão dos direitos políticos, que não se en-
das a não servidores e a quem induza ou concorra para a prática de ato de impro-
Suspensão dos direitos políticos de três a seis anos e pagamento de multa civil no
valor de até dez vezes a remuneração percebida pelo agente são sanções que po-
22. (CESPE/PGE-AM/2016) Por ter realizado contratação direta sem suporte legal,
determinado agente público é réu em ação civil pública por improbidade adminis-
Não poderá ser aplicada a medida cautelar de indisponibilidade dos bens, dada a
determinado em lei deverá ser punido com a pena de demissão a bem do serviço
público.
le da Administração Pública.
agente público que ele sabe ser inocente incorrerá em crime e estará sujeito a in-
segue.
que se segue.
trativa o agente público e o terceiro particular que, mesmo não sendo agente pú-
o item seguinte.
nistrativa.
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Considere que o Ministério Público ingressou com uma ação judicial pleiteando o
ça recebida.
avião da Força Aérea Brasileira para fins particulares. Nesse caso, a utilização desse
O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público está sujeito às comina-
item.
tra seu chefe e do qual tenha tomado conhecimento em razão de suas atribuições.
A perda da função pública é sanção aplicável àqueles que pratiquem atos de im-
ao erário, mas não aos que pratiquem atos de improbidade que atentem contra os
mento ilícito a conduta do servidor público que implique o uso, em proveito próprio,
item subsecutivo.
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GABARITO
1. C 26. E
2. E 27. C
3. C 28. C
4. E 29. C
5. E 30. E
6. C 31. E
7. E 32. E
8. C 33. E
9. E 34. C
10. C 35. E
11. C 36. C
12. C 37. C
13. E 38. C
14. E 39. C
15. C 40. E
16. C 41. C
17. C 42. C
18. E
19. E
20. C
21. E
22. E
23. C
24. C
25. C
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GABARITO COMENTADO
guinte.
de ainda que a infração praticada pelo agente público não esteja descrita na Lei de
Improbidade Administrativa.
Certo.
agente público pratique algum ato que seja configurado como enriquecimento ilí-
será ele responsabilizado ainda que a prática não esteja expressa na norma em
questão.
próximo item.
O particular tem legitimidade para figurar como sujeito ativo de ato de improbidade
Errado.
O particular apenas pode figurar como sujeito ativo de uma ação de improbidade se
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Certo.
O estagiário de órgão público não pode ser sujeito ativo de ato de improbidade
ministração Pública.
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Errado.
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce,
ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação,
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, empre-
go ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.
Errado.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir, com base na legisla-
Certo.
Vamos relembrar como é fácil identificar as espécies de improbidade administrativa?
• Nos casos em que a infração causar dano ao erário, quem obterá a van-
tagem será um terceiro que não o agente público (este apenas permitirá
que a infração aconteça). Causa dano ao erário, da mesma forma, a não ob-
exclusão, são aquelas que não acarretam uma vantagem direta ao agen-
te público ou a terceiros.
No caso, como Maria (que é servidora pública) recebeu vantagem indevida, o ato é
n. 8.429/1992/1992.
necessárias, ainda que, com esse ato, não tenha obtido ganho pessoal nem causa-
Errado.
• Nos casos em que a infração causar dano ao erário, quem obterá a van-
tagem será um terceiro que não o agente público (este apenas permiti-
exclusão, são aquelas que não acarretam uma vantagem direta ao agen-
te público ou a terceiros.
Na situação narrada pela questão, como as formalidades essenciais não foram ob-
erário.
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário
qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio,
apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referi-
das no art. 1º desta lei, e notadamente:
II – permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas,
verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art.
1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicá-
veis à espécie;
vidor público comete ato de improbidade administrativa que atenta contra os prin-
Certo.
Trata-se de previsão do artigo 11, IV, da Lei n. 8.429/1992, conduta que configura
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os prin-
cípios da Administração Pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de
honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:
IV – negar publicidade aos atos oficiais;
de Improbidade Administrativa.
Errado.
uma das condutas que acarreta improbidade administrativa por atentar contra os
De acordo com o entendimento do STJ, tal classe de condutas, assim como aquelas
Nas condutas que causam prejuízo ao erário, por sua vez, apenas o elemento cul-
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subsequente.
Certo.
Ainda que a ação de improbidade possa ser proposta contra pessoas que não sejam
sença de algum agente estatal no polo passivo da demanda. Logo, não pode o
Caso o servidor tenha recebido, para a prática do ato, auxílio de pessoa que não
seja agente público, ambos devem responder por improbidade administrativa, es-
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Certo.
Tal como mencionado na questão anterior, tanto os agentes públicos quanto os par-
particular.
No caso narrado, temos que o particular foi beneficiado com o ato de improbidade
(tanto o é que pagou para que o servidor assim procedesse). Logo, ambos devem
Certo.
juízo ao erário, uma vez que Mauro, agente público, dispensou indevidamente a
vos, aos agentes públicos e à responsabilidade civil do Estado, julgue o item a se-
guir.
Errado.
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce,
ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação,
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, empre-
go ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.
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Errado.
tração Pública;
Além disso, é importante salientar que a Lei Complementar n. 157 acrescentou uma
Certo.
to ilícito, uma vez que o agente faz uso do trabalho de servidores terceirizados.
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer
ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º
desta lei, e notadamente:
VI – realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares
ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
Administração Pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade,
imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:
IX – deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade previstos na legislação.
Certo.
mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empre-
gados ou terceiros contratados por essas entidades;
Certo.
nistração Pública.
É importante salientar que a Lei Complementar n. 157 instituiu uma quarta modali-
rariamente pela União para atuar na rede de saúde do Rio de Janeiro, de modo a
2016. Durante o expediente, ao atender um paciente que fazia uma consulta de ro-
tina, não emergencial, Carlos, sem conhecimento técnico nem capacitação prévia,
ética, ao analisar a conduta de Carlos, concluiu que ela seria passível de punição
temporário.
Errado.
improbidade administrativa:
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer
ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º
desta lei, e notadamente (...)
Logo, ainda que Carlos não tenha agido com dolo, mas apenas com culpa, o ato em
Errado.
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das a não servidores e a quem induza ou concorra para a prática de ato de impro-
Certo.
podem ser aplicadas tanto aos agentes públicos quanto aos particulares que, mes-
improbidade.
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não
sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele
se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.
Suspensão dos direitos políticos de três a seis anos e pagamento de multa civil no
valor de até dez vezes a remuneração percebida pelo agente são sanções que po-
Errado.
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Sanção Administra-
Ato de Improbidade Sanção Política Sanção Cível
tiva
Proibição de contratar
Pagamento de multa de
Enriquecimento Suspensão dos direitos ou receber benefícios
até 3 vezes o valor do
Ilícito políticos de 8 a 10 anos do Poder Público por 10
acréscimo
anos
Proibição de contratar
Pagamento de multa de
Dano causado ao Suspensão dos direitos ou receber benefícios
até 2 vezes o valor do
Erário políticos de 5 a 8 anos do Poder Público por 5
dano
anos
Pagamento de Multa Proibição de contratar
Não obediência aos Suspensão dos direitos civil de até 100 vezes ou receber benefícios
Princípios políticos de 3 a 5 anos o valor da remuneração do Poder Público por 3
do agente anos
22. (CESPE/AM/2016) Por ter realizado contratação direta sem suporte legal, de-
terminado agente público é réu em ação civil pública por improbidade administra-
Não poderá ser aplicada a medida cautelar de indisponibilidade dos bens, dada a
Errado.
Certo.
recebida.
Agente público que se recusar a prestar a declaração de bens dentro do prazo deter-
minado em lei deverá ser punido com a pena de demissão a bem do serviço público.
Certo.
Será punido com a sanção de demissão, a bem do serviço público, o agente que se
recusar a prestar declaração dos bens dentro do prazo determinado por lei.
Art. 13, § 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem pre-
juízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração
dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.
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le da Administração Pública.
agente público que ele sabe ser inocente incorrerá em crime e estará sujeito a in-
Certo.
Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público
ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.
Pena: detenção de seis a dez meses e multa.
Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denun-
ciado pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado.
Errado.
27. (CESPE/IBAMA/2013) Acerca de ética no serviço público, julgue o item que se segue.
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Certo.
Caso fosse o agente quem tivesse recebido a vantagem indevida, o ato seria carac-
Contudo, como o agente apenas permite que terceiro enriqueça de forma ilícita, o
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer
ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º
desta lei, e notadamente:
XII – permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente;
Certo.
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que se segue.
trativa o agente público e o terceiro particular que, mesmo não sendo agente pú-
Certo.
Trata-se de regra estabelecida na Lei n. 8.429/1992. Dessa forma, além dos agen-
tes públicos, terceiros também podem vir a figurar como sujeitos ativos nas ações
de improbidade administrativa.
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não
sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele
se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.
o item seguinte.
Errado.
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Errado.
Além dos agentes públicos, terceiros também podem vir a figurar como sujeitos
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não
sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele
se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.
nistrativa.
Errado.
Para fins de prova, temos que memorizar que o conceito de agente público, para fins
ou sem remuneração.
Direta e Indireta.
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Considere que o Ministério Público ingressou com uma ação judicial pleiteando o
Errado.
ça recebida.
Certo.
valor da herança.
avião da Força Aérea Brasileira para fins particulares. Nesse caso, a utilização desse
Errado.
Ainda que o agente público esteja trabalhando em caráter transitório e sem remu-
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce,
ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação,
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, empre-
go ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.
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Certo.
Para que um particular sem vínculo com o Poder Público possa ser responsabilizado
com base nas disposições da Lei n. 8.429/1992, deve, necessariamente, ter um elo
passivo da ação.
O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público está sujeito às comina-
Certo.
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item.
Certo.
Art. 13, § 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem pre-
juízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração
dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.
tra seu chefe e do qual tenha tomado conhecimento em razão de suas atribuições.
Certo.
Na situação apresentada, estamos diante de um ato de improbidade administrativa
que atenta contra os princípios da Administração Pública, conforme previsão da Lei
n. 8.429/1992:
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
Administração Pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade,
imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:
III – revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que
deva permanecer em segredo;
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Errado.
A perda da função pública trata-se de sanção aplicável a todas as modalidades de
improbidade administrativa (inclusive no caso de atos que atentem contra os prin-
cípios da Administração Pública).
Certo.
No caso, como o agente utilizou bens, rendas, verbas ou valores da Administração
Pública em proveito próprio, o ato será considerado improbidade por enriquecimen-
to ilícito.
item subsecutivo.
Certo.
Como o beneficiado com a infração foi o próprio agente público (que foi quem re-
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