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Universidade Estadual da Paraíba

Departamento de Contabilidade
Campus I

TAXAS

Docente: Rayane Félix Silva


Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes
tributos:

I - impostos;

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de


serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição.

CTN:

Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de
polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao
contribuinte ou posto à sua disposição.
O ente competente para instituir e cobrar a taxa é aquele que presta o respectivo serviço ou
que exerce o respectivo poder de polícia.

Os contornos da definição constitucional deixam claro que as taxas são tributos


retributivos ou contraprestacionais, uma vez que não podem ser cobradas sem que o
Estado exerça o poder de polícia ou preste ao contribuinte, ou coloque à sua disposição, um
serviço público específico e divisível.

Assim, a taxa para ser exigida depende de uma atividade estatal específica relativa ao
contribuinte. Exatamente o contrário do conceito de imposto.
O fundamento das taxas é que, se as atividades estatais que ensejam a cobrança da taxa têm
destinatários específicos, estes devem suportar o ônus, e não toda a sociedade.

Podemos perceber que as taxas são tributos vinculados por excelência.


Exercício regular do poder de
Taxa de polícia
polícia

Taxas
Utilização efetiva ou
potencial, de serviços públicos
Taxa de serviço divisíveis e específicos,
prestados ao contribuinte ou
postos à sua disposição
Taxas de serviços
A Constituição Federal dispõe que as taxas têm como um dos possíveis fatos geradores a
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao
contribuinte ou postos à sua disposição.

Específico e
divisível
Taxas de serviço
Utilização
efetiva ou
potencial
Serviços Específicos e Divisíveis
Não basta ser um ou outro. A CF/1988 deixa claro que é necessário apresentar as duas características: ser

específico e divisível.
Específico: Para o serviço ser específico, é necessário que exista um órgão responsável pela sua prestação.

Na esteira desse entendimento, o serviço é específico quando prestado por órgão competente, cuja
atribuição seja a prestação daquele serviço e que seja possível aos contribuintes identificar essa prestação.

O CTN fala em utilidade ou necessidade pública. Por exemplo, a sociedade necessita de um serviço de
coleta de lixo. Assim, o Município deve ter um órgão específico que atenda a essa demanda da população.

Em outras palavras, o serviço é específico quando o contribuinte sabe por qual serviço está pagando e quem
lhe presta o serviço.
Divisível:
O serviço é divisível quando suscetível de utilização, separadamente, por cada um dos
usuários;

Ou seja, para ensejar a cobrança da taxa, é preciso identificar quem são os usuários do
serviço e que, além disso, seja possível aferir qual foi a utilização por parte de cada um
deles.

Isso significa que serviços prestados de forma genérica à coletividade não legitimam o
Estado a exigir a taxa dos seus usuários.

Ex.: a segurança pública.

Esses serviços devem ser custeados pela arrecadação com os impostos.


Taxa de iluminação pública

É
divisível?
Taxa de iluminação pública
A iluminação pública é um serviço prestado pelos Municípios e que foi por algum tempo custeado
Lembrar do pela população mediante a cobrança de taxa.
caso da taxa de
coleta de lixo e O entendimento hoje é que esse tipo de serviço, assim como a segurança pública, é prestado de
taxa de limpeza forma genérica a todos os habitantes do Município e, até mesmo, àqueles que, não sendo
urbana
habitantes, utilizam o serviço, como os turistas, os que estão apenas de passagem pela cidade etc.

É notório que, nesse caso, é praticamente impossível definir o que cada um utilizou do serviço.

Súmula n. 670 do STF

O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa.


Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes
tributos:

I - impostos;

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de


serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição.

CTN:

Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de
polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao
contribuinte ou posto à sua disposição.
Utilização Efetiva ou Potencial
O fato gerador da taxa é a utilização do serviço e não a sua prestação.

Contudo, a Constituição Federal estabelece que a utilização pode ser efetiva ou potencial.

Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:

I – utilizados pelo contribuinte:

a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;

b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição


mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;

Ex.: Segunda via da habilitação e taxa de coleta de lixo

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