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Conceito: Serviço Público é todo aquele prestado pela Administração Pública ou por seus
delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou
secundárias da coletividade ou simples conveniência do Estado.
Serviço Público
1- Atividade Material – significa que os serviços públicos devem ser prestados de imediato, ou
seja de pronto.
Ex: atendimento imediato na saúde
Existem 08 princípios que regem todos os serviços públicos ou de utilidade pública, de presença
obrigatória na sua prestação:
1) Princípio da Adequação -que o serviço público tem que ser prestado de forma adequada,
conforme os demais princípios:
4) Princípio da Generalidade: significa que o serviço deve ser prestado ou posto à disposição,
para todos os usuários, indiscriminadamente; com igualdade
8) Princípio da Cortesia: significa bom tratamento ao público, prestado com educação, respeito
e dignidade à pessoa humana.
Classificação:
a) serviços administrativos: são aqueles que a Administração executa para atender suas
necessidades internas ou preparar outros serviços que serão prestados ao público.
Exemplo: imprensa oficial etc.
b) serviços comerciais ou industriais: são os que produzem renda para quem os presta,
mediante remuneração da utilidade usada ou consumida (tarifa ou preço público), sempre fixada
pelo Poder Público, quer quando os serviços são prestados por seus órgãos ou entidades, quer
quando por concessionários, permissionários ou autorizados.
Ex: serviço de energia elétrica
- serviço centralizado: É o que o Poder Público presta por seus próprios órgãos em seu
nome e sob sua exclusiva responsabilidade. O Estado é, ao mesmo tempo, titular e prestador do
serviço.
Ex: União, Estado e Município
- serviço descentralizado: É todo aquele em que o Poder Público transfere sua titularidade ou,
simplesmente, sua execução, por outorga ou delegação, a autarquias, fundações, entidades
paraestatais, empresas privadas ou particulares individualmente. Cumpre diferenciar outorga e
delegação:
a) outorga: ocorre quando o Estado cria uma entidade e a ela transfere, por lei, determinado
serviço público ou de utilidade pública, decorrendo daí que, somente por lei poderá ser
modificado ou retirado. A outorga do serviço traz uma presunção de definitividade, já que
normalmente se dá por tempo indeterminado;
b) delegação: se dá quando o Estado transfere, por contrato (concessão) ou ato unilateral
(permissão ou autorização), unicamente a execução do serviço, para que o delegado o preste ao
público em seu nome e por sua conta e risco, por prazo certo e nas condições regulamentares,
sempre sob controle estatal.
Ex: Água e Esgosto, Energia Elétrica, Transporte Coletivo, Telefonia, Pedágio
-Serviço Desconcentrado:
É aquele que a administração executa centralizadamente (e não concentradamente), mas o
distribui entre vários órgãos da mesma entidade, para facilitar sua realização e obtenção pelos
usuários, visando a simplificação e aceleração do serviço dentro da mesma entidade.
Ex: Cartórios no Fórum, Poupa Tempo
Serviços Descentralizados
Uma das formas de prestação dos serviços públicos, como viu-se anteriormente, é a forma
descentralizada, que pode se dar pela: outorga ou delegação do serviço.
-outorga do serviço público ou de utilidade pública é feita às autarquias, fundações públicas e às
entidades paraestatais
-delegação é utilizada para a transferência da execução do serviço a particulares, mediante
regulamentação e controle do Poder Público.
Outorgados
Autarquias
Conceito: Autarquias são entes administrativos autônomos, criados por lei específica, com
personalidade jurídica de Direito Público Interno, patrimônio próprio e atribuições estatais
específicas, administrando a si própria, segundo as leis editadas pela entidade que a criou. Sem
a conjunção destes elementos, não há autarquia.
A autarquia não age por delegação, mas sim, por direito próprio e com autoridade pública, na
medida do jus imperi que lhe foi outorgado pela lei que a criou. Por ser ente autônomo, não existe
subordinação hierárquica da autarquia para com a entidade estatal a que pertence, somente mera
vinculação à entidade-matriz.
É de se esclarecer, por último, que a autarquia é instrumento de descentralização de serviço
público, podendo ser criada por qualquer entidade estatal - União, Estado-membro e Município –
desde que atenda os requisitos formais e materiais de sua instituição, organização e
funcionamento.
Fundações Públicas
As fundações são entidades de Direito Público, integrantes da Administração indireta,
constituídas pela universalidade de bens públicos personalizada, para a consecução de objetivos
de interesse coletivo (educação, ensino, pesquisa, etc). São instituídas e mantidas pelo Poder
Público.
Entidades Paraestatais.
Conceito:
São pessoas jurídicas de Direito Privado cuja criação é autorizada por lei específica, com
patrimônio público ou misto, para realização de atividades, obras ou serviços de interesse
coletivo, sob normas e controle do Estado.
As entidades paraestatais prestam-se a executar atividades impróprias do Poder Público, mas de
utilidade pública, de interesse da coletividade. Sujeitam-se a mandado de segurança e a ação
popular.
Como pessoa jurídica de direito privado, a entidade paraestatal exerce direitos e contrai
obrigações em seu próprio nome, respondendo por seus débitos, enquanto tiver recursos para
saldá-los.
Não sendo um desmembramento do Estado, como não é, o ente paraestatal não goza de
privilégios estatais (imunidade tributária, foro privativo, prazos dilatados etc.), salvo quando
concedidos expressamente em lei.
Exemplo do SENAI, SESI, SESC, SENAC etc.
Material link
No nosso país, vige a corrente formalista. Isto quer dizer que, independente
da atividade, será serviço público aquele que a lei assim estabelecer,
vinculando tal prestação às regras do Direito Público.
(...)
(...)”
(...)
Classificação
Aqui também a doutrina não caminha unida. Várias são as classificações
encontradas, mas buscaremos colacionar as mais importantes.
Quanto à Natureza
Aqui seguimos o julgado do STF (RE 89.876, relator Ministro Moreira Alves),
que classifica a natureza do serviço público de seguinte modo:
Serviços públicos propriamente estatais: são aqueles em que há
atuação Estatal baseada na soberania, que não podem ser delegados
e são remunerados mediante taxa lei, em geral, cobrada de quem os
usa efetivamente. Ex.: serviços judiciários.
Serviços públicos essenciais ao interesse público: São de interesse
de todos remunerados mediante taxa por quem os usa ou deveria
usar, neste último caso, se houver previsão legal: é dito uso efetivo
ou potencial. Ex.: coleta domiciliar de lixo.
Serviços públicos não essenciais: como regra, podem ser delegados
e remunerados por preço público (contrato). Ex.: telefonia, energia
elétrica, gás;
Outros Aspectos
Como dito, as classificações são inúmeras. Citemos, brevemente, mais
algumas, de simples compreensão.
Quanto à essencialidade são: essenciais (que não podem faltar, pois são de
necessidade pública, como segurança externa e serviços judiciários) e não
essenciais (considerados, por lei ou por sua própria natureza, apenas de
utilidade pública).
Regulamentação e Controle
A finalidade essencial da Administração Pública é o atendimento às
necessidades coletivas. Como se viu, busca atingir esse objetivo através de
seus próprios meios ou transferindo a ouros entes com personalidade jurídica
própria.
Mas não é só ela que cabe essa tarefa. Além desse controle administrativo,
sujeitam-se também aos controles judicial (art. 5º, XXXV, CF/88) e
legislativo, com o auxílio do Tribunal de Contas (art. 71 e 75, CF/88).
O controle legislativo pode dar-se, entre outras formas, através de Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI), pedido de informação, convocação de
autoridades e fiscalização contábil, financeira e orçamentária.
Concessão
Quando a Administração Pública deseja repassar a execução de determinado
serviço público de sua competência para a iniciativa privada pode fazê-lo
mediante autorização, permissão ou concessão (art. 21, XII, e
art. 175, CF/88).
Segundo a previsão da Lei nº 8.987/95, em seu art. 2º, II, concessão de
serviço público “é a transferência da prestação de serviço público, feita pela
União, Estados, Distrito Federal e Municípios, mediante concorrência, a
pessoa jurídica ou consórcio de empresas, que demonstre capacidade para o
seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado”.
Concessão, então, é a delegação contratual da execução de serviço,
originalmente de competência do Poder Público, através de licitação, na
modalidade concorrência.
Ressalto, uma vez mais, que por essa via se transfere tão somente a execução
do serviço, obra, ou uso de bem público; a titularidade permanece com o
Poder Público. A isso se chama delegação. O caso de transferência de
titularidade denomina-se outorga, e se opera somente mediante lei, como é o
caso das autarquias, por exemplos.
Permissão
Já se disse quando a Administração Pública deseja repassar a execução de
determinado serviço público de sua competência para a iniciativa privada
pode fazê-lo mediante autorização, permissão ou concessão (art. 21, XII, e
art. 175, CF/88).
Diz a Lei nº 8.987/95, em seu art. 2º, IV, que permissão de serviço público é
“a delegação, a título precário, mediante licitação da prestação de serviços
públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que
demonstre capacidade para seu desempenho, para seu desempenho, por sua
conta e risco”.
Há também a permissão de uso de bem público, feita por ato unilateral,
precário.
Autorização
A terceira forma pela qual a Administração Pública pode repassar a execução
de determinado serviço público para a iniciativa privada é a autorização
(art. 21, XI e XII, CF/88).
Ressalto que, neste caso, há maior interesse do particular, tratando-se de um
ato administrativo precário e discricionário. Contudo, noutros casos, há o
repasse, via termo de autorização, para o particular, que prestará o serviço
público em caráter emergencial e transitório, sendo excepcional, pois não se
exige licitação;
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