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ESTADO FORNECEDOR DE SERVIÇO E NA FIGURA DE CONSUMIDOR

Há relação do direito administrativo e consumidor.

Na figura do Estado como consumidor está disposto nas leis de licitação.

O Estado fornecedor de serviços – tomando por base o conceito de executor direito do ato ou
de poder cedente (qdo delega as atividades p/ entidades privadas para realização de algum
serviço). O Estado deve atuar como fiscalizador, como regulador dos serviços públicos.

O Estado como consumidor – tomando por base o conceito de administração pública.

O usuário de serviços públicos após a emenda constitucional 19 permite que usuários desses
serviços ter um tratamento protetivo como consumidor.

O poder o constituinte originário instituiu a proteção do consumidor e o poder constituinte


reformador que introduziu a proteção do consumidor de serviços públicos .

O ESTADO COMO FORNECEDOR DE SERVIÇO:

Art. 175. Incumbe ao poder público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de


concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.

    Parágrafo único. A lei disporá sobre:

        I -  o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o


caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de
caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;

        II -  os direitos dos usuários;

        III -  política tarifária;

        IV -  a obrigação de manter serviço adequado.

A constituição já estava pre definindo os direitos dos usuários dos serviços públicos.

A LAI tbm é uma forma de controle dos serviços públicos.

O direito do consumidor vai alcançar os atributos da cidadania.

O art. 37 §6º da CF, ao mesmo tempo em que trata da possibilidade de concessão de


serviços públicos a outros entes públicos ou privados, prevê a responsabilização dos
mesmos (Estado e concessionárias) pelo fato do serviço ter causado danos aos usuários,
adotando-se a responsabilidade objetiva, fundada na teoria do risco.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da


União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte:

   § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras


de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
casos de dolo ou culpa.

A própria CF assegura o sistema de responsabilidade pública fundada na teoria do risco.

È um dever do Estado, fornecer um serviço publico de qualidade e no caso de danos


causados responde pelos seus atos.

Além da previsão constitucional, as concessões de serviços públicos nacionais, encontram


respaldo na lei 8078/90, que, assim como a CF, abordou o assunto em seus dispositivos,
dispondo normas e preceitos na relação existente entre usuários/consumidores X Estado/
Concessionárias/fornecedores, de serviço públicos, sem, objetivamente fugir ao seu
propósito: a proteção do consumidor.

O sist.. regulatório o estado visa supervisionar o mercado através da agencias


reguladoras. O poder cedente , por questão de expertise, institui um órgão especializado
nos serviços específico. Exe: aneel, anac, anatel. Para fiscalização, controle dos serviços
públicos prestados.

O serviço público de caráter essencial não pode deixar de ser prestado.

O CDC foi promulgado com o lastro nos termos do art. 5º, XXXII, art. 170, V da CF, bem
como no art. 48 de suas disposições transitórias, tornando-se um dos ditames da ordem
econômica, abrangendo praticamente todas as relações de consumo.

Estado assumiu pra proteção, estimular a ordem econômica e fiscalização do serviço


prestado ao consumidor.

Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza


produto ou serviço como destinatário final.

Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda


que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.

Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional


ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem
atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação,
importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou
prestação de serviços.

§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.

§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante


remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e
securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
Se o pagto dos tributos garantem a prestação do serviço público, garantem a
remuneração do serviço de forma direta ou indiretamente. Mesmo aqueles que
estão abaixo da linha do IR.

Porem há discussões sobre o pagamento indireto, não se aplicaria o CDC. Por


exemplo a relação de consumo sobre o uso de hospitais, escolas devido ao
não pagamento direto.

Nos casos das taxas, há o pagamento direito.

Nas concessões e pagamentos de empresas privadas é diferente, há pagto


direto,

Acerca da relação de consumo estabelecida entre o Estado e a sociedade


dispõe o  Art. 22.

Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias


ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer
serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos.

  Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou parcial, das


obrigações referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a
cumpri-las e a reparar os danos causados, na forma prevista neste código.

Nesse artigo e imposto inúmeras obrigações tanto ao poder publico quanto as


concessionárias na prestação de serviços públicos à comunidade, exigindo
adequação, eficiência e segurança, quando da sua execução.

Estado está em caso de responsabilização de forma objetiva aos danos causados.

os organismos de fiscalização dos serviços públicos são transversais para a defesa do


consumidor.

Pelo CDC resta claro que o Poder Público, bem como as suas concessionárias, enquanto
fornecedores de serviços públicos estão sujeitos à reparação dos danos que vierem a
causa aos seus usuários, na execução de seus serviços , independentemente da aferição
de culpa, adotando assim, a teoria do risco administrativo.

Dessa forma, a responsabilidade civil dos entes públicos ou de suas concessionárias,


enquanto prestadoras de serviço público, é objetiva, pois a reparação do dano independe
da aferição de culpa, como forma de proteção à parte considerada inferior na relação de
consumo, ou seja, a coletividade, na sua condição de usuária dos serviços oferecidos.

Lei 8987

A respeito do conceito de concessão de serviço público define celso antonio bandeira de


mello:

“Estende-se por concessão de serviço público, o ato complexo através do qual o Estado
atribui a alguém o exercício de um serviço público e este aceita prestá-lo em nome do
poder público sob condições ficadas e alteráveis unilateralmente pelo Estado, mas por
sua conta, risco e perigos, remunerando-se com a própria exploração do serviço,
geralmente pela cobrança de tarifas diretamente dos usuários do serviço e tendo a
garantia contratual de um equilíbrio econômico – financeiro”.

O poder público não tem a prerrogativa para transferir a terceiros a atividade tida como
privativa do Estado, fazendo-se necessário, para a validade do contrato administrativo
firmado entre Estado e concessionária , a existência de um procedimento licitatório,
válido regido pelas leis 8666/93 e 8883/94 conforme determinação legal

Art. 14 da lei 8987/95

  Art. 14. Toda concessão de serviço público, precedida ou não da execução de obra pública,
será objeto de prévia licitação, nos termos da legislação própria e com observância dos
princípios da legalidade, moralidade, publicidade, igualdade, do julgamento por critérios
objetivos e da vinculação ao instrumento convocatório.

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