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De acordo com entendimento já sumulado pelo STJ, qual seja a Súmula, 297, tem-se que “O Código
de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras”. Ainda, o art. 3º, § 2º do CDC prevê
expressamente que as atividades bancárias podem ser consideradas enquanto serviço.
10. Com base no que dispõe o Código de Defesa do Consumidor, julgue o item seguinte.
As pessoas jurídicas de direito público podem ser consideradas consumidores, desde que presente a
vulnerabilidade na relação jurídica. Certo ou Errado?
certo.
Errado.
14. Assinale a alternativa correta de acordo com o Código de Defesa do Consumidor e a
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça:
a) Para os fins de proteção consumerista define-se produto como qualquer bem, móvel ou imóvel,
desde que material.
b) Considera-se consumidor toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço
como destinatário final, não podendo um condomínio de adquirentes de edifício em construção
equiparar-se a consumidor.
c) A hipossuficiência para o direito consumerista é um conceito jurídico, fundado em uma
disparidade ou discrepância notada no caso concreto. Assim sendo, todo consumidor é vulnerável e
hipossuficiente.
d) Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob
qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados,
eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos.
e) Nas relações jurídicas internas, de natureza dominial, estabelecidas entre condomínio e
condôminos, incide o Código de Defesa do Consumidor.
15. Tício, costureiro renomado, celebra, em dezembro de 1998, contrato de compra e venda
para a aquisição de equipamento importado, de alta tecnologia, destinado à confecção. O
valor avençado com o vendedor do equipamento foi de US$ 50.000,00 (cinquenta mil dólares
americanos), parcelado em 5 (cinco) prestações de US$ 10.000,00 (dez mil dólares americanos)
cada uma. A primeira, com vencimento 2 (dois) meses após a assinatura do contrato, e a
última, a 10 (dez) meses desta. Diante da maxidesvalorização do real em face do dólar,
ocorrida a partir de janeiro de 1999, Tício paga apenas a primeira parcela, ingressando em
seguida com ação judicial pleiteando a revisão do contrato mediante a aplicação da teoria da
imprevisão, para a alteração das cláusulas de modo a converter as parcelas para moeda
nacional, com observância do Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC.
Seguindo a orientação consolidada no Superior Tribunal de Justiça, quanto à pretensão de
Tício, é correto afirmar que:
a) deve ser negado o pedido revisional, considerando que a possibilidade de revisão dos contratos
assume, no direito brasileiro, caráter excepcional, por representar restrição ao princípio da
autonomia da vontade, o qual deve orientar axiologicamente a interpretação do Código Civil;
b) deve ser privilegiado o conteúdo originalmente ajustado, negando-se a revisão contratual, já
que, não obstante o fato imprevisível que alterou a base do contrato de compra
e venda, a função social do contrato impõe a manutenção dos contratos firmados em moeda
estrangeira, privilegiando o interesse coletivo de garantir eficiência máxima às trocas econômicas;
c) deve ser aplicado o princípio do equilíbrio contratual, de modo que a superveniência de fato,
imprevisível ou não, que determine desequilíbrio na relação contratual diferida ou continuada,
afigura-se suficiente para que se reconheça a possibilidade de revisão do contrato;
d) embora inaplicável o Código de Defesa do Consumidor, deve ser aplicada a teoria da
imprevisão, conforme previsto no artigo 317 do Código Civil, tendo em vista a ocorrência de
mudança superveniente das circunstâncias iniciais vigentes à época da realização do negócio,
oriunda de evento imprevisível, que comprometeu o valor da prestação;
e) a teoria da imprevisão não deve ser aplicada ao caso, já que a variação cambial integra, nos
contratos firmados com base na cotação da moeda norte-americana, o risco objetivo da
contratação, especialmente ao se considerar o histórico inflacionário do país na década de
1990.
16. A inversão do ônus da prova, no processo civil, quando a matéria estiver incluída no
âmbito do Código de Defesa do Consumidor, é cabível
a) a favor do consumidor, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for
ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiência.
b) a favor do consumidor, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou for ele
vulnerável, segundo as regras ordinárias de experiência.
c) sempre a favor do consumidor, mas também a favor do fornecedor, se o juiz entender que o
consumidor é litigante de má-fé.
d) mediante simples requerimento do consumidor que invocar sua vulnerabilidade.
e) sempre que ao consumidor forem concedidos os benefícios da assistência judiciária gratuita.
19. Segundo o inteiro e exato teor das súmulas vigentes editadas pelo Superior Tribunal de
Justiça acerca das relações de consumo, é correto afirmar que
a) se aplica o Código de Defesa do Consumidor a todos os contratos de plano de saúde.
b) o Código de Defesa do Consumidor é aplicável a todas as espécies de contratos de cartão de
crédito.
c) o Código de Defesa do Consumidor é aplicável aos empreendimentos habitacionais
promovidos pelas sociedades cooperativas.
d) o Código de Defesa do Consumidor é aplicável a quaisquer relações jurídicas entabuladas entre
entidade de previdência privada e seus participantes.
e) é vedado ao banco mutuante reter, em qualquer extensão, os salários, vencimentos e/ou
proventos de correntista para adimplir o mútuo (comum) contraído, ainda que haja cláusula
contratual autorizativa.
20. A Política Nacional das Relações de Consumo é regida pelo seguinte princípio, dentre
outros:
a) coibição e repressão de abusos praticados no mercado de consumo que possam causar prejuízo
aos consumidores e fornecedores.
b) educação e informação de consumidores e fornecedores quanto aos seus direitos e deveres,
com vistas à melhoria do mercado de consumo.
c) racionalização e melhoria dos serviços públicos e privados.
d) harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da
proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento socioeconômico do Brasil.