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FICHAMENTO DO LIVRO

Hipócrates: droga é na verdade uma coisa, nem boa e nem ruim – apenas uma coisa da
natureza, em outras palavras, a droga é uma substância que se extrai da natureza e que,
justamente por isso, não pode ter uma qualidade intrínseca, um valor em si mesmo. A
qualificação de uma substância como boa ou ruim decorre, portanto, da relação que temos
com ela, pode ser benéfica ou maléfica. (p. 160).

Final da página 171 – quimera.

Mas não só o modelo bélico-proibicionista traz em si mesmo a contradição, basta que se


tenha em mente que, embora a sua finalidade declarada seja a tutela da saúde pública,
termina por criar maiores riscos e danos à saúde física e mental das pessoas que, apesar
da proibição, ainda se disponham a consumir aqueles psicotrópicos rotulados como
ilícitos. (p. 172).

O incremento das ações violentas por parte das organizações criminosas é, talvez a mais
visível consequência do proibicionismo e isso se afirma porque os participantes dessa
atividade não dispõem, evidentemente, de instrumentos formais para a solução de
conflitos inerentes a um comércio ilícito e, portanto, clandestino. (p.173).

Política de Redução de Danos: a base da nova ação de política de saúde pública é a de


que se a pessoa usa drogas, que o faça com os menores riscos possíveis diminuindo sua
vulnerabilidade aos diversos fatores predisponentes à sua exclusão social e exposição a
morbidades e comorbidades decorrentes da precariedade das cenas de uso. (P. 174).

Contempla ações como: trocas e desinfecção de seringas e agulhas, terapias de


substituição (heroína/metadona, crack/cannabis, cocaína/folha de coca etc.),
locais de uso seguro, tendo como perspectiva a adoção de uma política mais
humanista em contraposição ao belicismo poibicionista.

A análise concreta dos efeitos de algumas experiências de descriminalização do consumo,


ainda que limitadas aos derivados de cannabis nos EUA e na Austrália, mostra que, em
geral, não se verificam alterações significativas nos níveis de consumo das populações
e/ou que as alterações produzidas não podem ser diretamente atribuídas à modificação
legal. (p. 68)

A legislação produzida não define a forma como as autoridades responsáveis (polícia,


tribunais...) aplicam as leis, define apenas as condições legais em que estas podem ser
aplicadas (p.68).

Por este motivo no se debe caer em la fácil discriminación y criminalización del produto
em sí, sino que hay que educar en el consumo entendendo éste como moderado y
responsable (p. 253).

Sin embargo, existe constância de que em determinados contextos culturales, llevan miles
de años consumiendo tanto derivados del cannabis como hoja de coca, de manera
moderada y responsable (p. 254).

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