Jéssyca Ingrid Macedo RGM: 32777001 Nathalia Vitória dos Santos Ferreira RGM: 8712791342
Notoriamente, busca-se através da análise econômica do direito realizar uma leitura-
jurídico econômica do referido sistema face aos altos custos para o Estado a fim de compreender a viabilidade e eficiência do atual sistema brasileiro. Nesse sentido, o principal objetivo da Análise Econômica do Direito, é “levar em consideração conceitos econômicos e utilizá-los ao campo do Direito”. Tais conceitos são frutos na maior parte por meio de Políticas Públicas, sendo em sua maioria, originadas do Poder Legislativo ou Executivo. Essa análise tem como norteadores três princípios básicos: as escolhas que as pessoas fazem de forma racional; os comportamentos coletivos que se deduzem de escolhas individuais e; a eficiência, fundamental para avaliar a ação humana. Através da formulação destes conceitos econômicos em harmonia com os supracitados princípios, através da AED o Direito deve buscar e promover a eficiência, almejando o bem-estar social, bem como a desigualdade social. Dessa forma, os meios de criminalização, decretação e prisão e fixação de pena, política das drogas, poderão ser revistos à luz destes conceitos e argumentos, em um panorama além do jurídico, como também do econômico. Partamos do princípio da definição proposta no texto pela citação dos autores a POSNER, onde podemos abordar que a economia é a ciência social que estuda e propõe a utilização dos bens e recursos escassos na sociedade. Buscando alternativas as esses recursos necessários à distribuição e complementação social. Utilizando essa introdução, o texto está intrinsecamente ligado ao sistema carcerário brasileiro, e como essa gestão econômica dos recursos podem estar afetando o sistema penal. Ou seja, os autores abordam de forma contundente que os recursos disponibilizados pelo Governo não subsidiem o sistema como um todo. Pois a gestão, manutenção, investimentos, sofrem um déficit muito grande para tal ordenamento econômico. A relação proposta é a do binômio econômico: custo/benefício. Trazendo a luz a análise proposta pelos autores, são levantados números alarmantes, onde podemos verificar que o custo individual de cada detento. Em suma, não elevaremos a raiz de cada pena e seu delito, mas tratemos apenas do mal econômico que cada um traz aos cofres públicos por sua detenção. Os números propostos são da base de dados do CNJ do ano de 2014 onde o custo mensal médio de um detento é superior ao custo anual de um estudante do ensino básico. Nos trouxe também que o sistema está superlotado, onde o número de vagas do sistema prisional está muito longe de aportar todos os presos. O cálculo proposto para que todos tenham de fato uma vaga é de um investimento de pelo menos R$ 33.000.000.000,00 (trinta e três bilhões de reais). Algo muito aquém de uma visão, identificação e suporte governamental. Segundo os autores esse número de detentos é muito superior ao número de vagas pela forma de condução do modelo do direito penal ao tratamento de penas correlacionadas as drogas. E esse assunto inicia um dilema que é o do uso abusivo das drogas. Segundo os autores ele é um assunto de saúde pública, mas é tratado como algo de segurança pública. Sendo de segurança está totalmente ligada ao direito penal, e suas condições de punição abaixo do código penal. Tratando seus infratores com detenção e elevando o custo econômico do sistema carcerário. Em nosso ponto de vista concordamos com a correlação descrita pelos autores, pois a economia e o direito são campos que se relacionam diretamente, compreender os conceitos econômicos é de extrema importância para a esfera jurídica, buscando assim reduzir o alto custo gerado ao Estado. A abordagem utilizada tem como objetivo entender como o direito influencia as escolhas individuais, a alocação de recursos e a distribuição de benefícios e custos na sociedade. Ela utiliza ferramentas como a economia comportamental e a análise de custo- benefício para avaliar os impactos das leis e das decisões judiciais sobre o bem-estar social. A origem dos conceitos elencados no texto, em grande parte está nas políticas públicas que em sua maioria são elaboradas pelos poderes legislativo e executivo que nos mostrou imensos obstáculos no campo jurisdicional envolvendo as questões econômicas. Analisamos que através das formas de aplicação de conceitos econômicos no âmbito jurídico que é possível realizar uma avaliação mais objetiva das consequências das decisões jurídicas, bem como compreender as eventuais implicações econômicas e sociais dessas decisões. Além disso, a adoção de conceitos econômicos pode contribuir para a elaboração de soluções mais efetivas e justas para os conflitos, visando equilibrar as necessidades e interesses das partes envolvidas. Temos como exemplo a despesa média mensal de cada detento que excede o valor anual gasto com um estudante do ensino fundamental. Essa discrepância demonstra a superlotação do sistema prisional, já que o número de vagas disponíveis está muito abaixo da quantidade de presos. No Brasil para que cada detento possa ter acesso a uma vaga, somado a população já existente aumenta ainda mais o gasto bilionário dos cofres públicos, um valor que claramente vai além da visão do governo. O custo do sistema penitenciário é um problema complexo que envolve questões políticas, sociais e econômicas, por essas razões é tão importante esse relacionamento entre os temas abordados, podendo, portanto, contribuir para reduzir os custos do sistema penitenciário, através das já citadas políticas públicas. É preciso repensar todo o sistema analisando sob o prisma jurídico e econômico bem como a quantidade de presos, a infraestrutura das prisões, o número de funcionários e a qualidade dos serviços oferecidos. De acordo com os autores, o número de detentos excede em muito o número de vagas disponíveis, devido à forma como o modelo do direito penal lida com as penas relacionadas às drogas, e no ponto de vista dos autores a descriminalização das drogas diminuiria a população carcerária. Surge um conflito entre o uso excessivo de drogas que os autores afirmam ser uma questão de saúde pública, mas que é tratado como uma questão de segurança pública, bem como essa descriminalização das drogas na qual discordamos com a opinião dos autores, pois ainda que diminua o gasto com os detentos em razão da diminuição carcerária, novos problemas surgirão talvez ainda maiores para o Estado. A partir dessa mudança pelo nosso entendimento geraria um aumento no consumo dos entorpecentes podendo ocasionar por exemplo transtornos no sistema de saúde pelo aumento da procura de tratamentos para os danos causado ao organismo, um outro contraponto é de que pode enviar uma mensagem equivocada a sociedade principalmente os jovens de que esse consumo é aceitável, e indiretamente influenciar o consumo. Não acreditamos que a descriminalização resolveria o problema das drogas visto que por exemplo com cigarro e o álcool mesmo sendo drogas descriminalizados o problema persiste e crimes como contrabando é comum na esfera criminal e na saúde pública, com as drogas hoje consideradas ilícitas é ainda mais complexo visto a abrangência que envolve a questão. O tráfico de drogas é um ato criminoso, danoso a sociedade e que nunca poderá deixar se ser enfrentado, pois gera violência, corrupção, lavagem de dinheiro e outras atividades ilícitas que afetam diretamente a segurança pública. O que poderia acidente ver seria um fortalecimento ainda maior desse sistema, pois grupos criminosos poderiam exercer suas atividades dentro da lei. Por isso é uma questão de segurança pública implica em ser regido pelo direito penal e suas penas que são muito mais severas do que as previstas pelo código civil, mesmo resultando em uma alta onerosidade para o estado com o sistema carcerário, o melhor controle na nossa visão e através de penalidades impostas, porém quem acaba sendo punido com os imensos gastos é o Estado. E é um problema de saúde pública pois o consumo abusivo e a dependência química, além dos riscos associados ao consumo de substâncias ilícitas, como overdose, ocasiona diversas outras doenças Por isso a grande importância dessa associação dos temas discutidos inicialmente, sendo debatido de forma integrada, com políticas públicas que combinem ações de segurança pública, saúde pública e prevenção, e talvez essas medidas de prevenção possam ser ainda mais eficazes na nossa visão, a conscientização na educação pública bem como para aqueles que já estão inseridos o tratamento e recuperação, o estado precisa compreender melhor os conceitos econômicos pois são de extrema importância para a esfera jurídica bem como seus custos, buscando assim reduzir o ônus gerado ao Estado, trazendo através da relação direta da esfera jurídico econômica, devendo estar em consonância com os princípios mencionados, de forma que a AED busque a eficiência, visando tanto o progresso social quanto a redução da disparidade socioeconômica, a famigerada desigualdade social.
Os engenheiros do caos: Como as fake news, as teorias da conspiração e os algoritmos estão sendo utilizados para disseminar ódio, medo e influenciar eleições