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Alunos:

Alfredo Lima Moraes RGM: 34266828


Jéssyca Ingrid Macedo RGM: 32777001
Nathalia Vitória dos Santos Ferreira RGM: 8712791342

Notoriamente, busca-se através da análise econômica do direito realizar uma leitura-


jurídico econômica do referido sistema face aos altos custos para o Estado a fim de
compreender a viabilidade e eficiência do atual sistema brasileiro.
Nesse sentido, o principal objetivo da Análise Econômica do Direito, é “levar em
consideração conceitos econômicos e utilizá-los ao campo do Direito”. Tais conceitos são
frutos na maior parte por meio de Políticas Públicas, sendo em sua maioria, originadas do
Poder Legislativo ou Executivo.
Essa análise tem como norteadores três princípios básicos: as escolhas que as pessoas
fazem de forma racional; os comportamentos coletivos que se deduzem de escolhas
individuais e; a eficiência, fundamental para avaliar a ação humana.
Através da formulação destes conceitos econômicos em harmonia com os
supracitados princípios, através da AED o Direito deve buscar e promover a eficiência,
almejando o bem-estar social, bem como a desigualdade social.
Dessa forma, os meios de criminalização, decretação e prisão e fixação de pena,
política das drogas, poderão ser revistos à luz destes conceitos e argumentos, em um
panorama além do jurídico, como também do econômico.
Partamos do princípio da definição proposta no texto pela citação dos autores a
POSNER, onde podemos abordar que a economia é a ciência social que estuda e propõe a
utilização dos bens e recursos escassos na sociedade. Buscando alternativas as esses recursos
necessários à distribuição e complementação social. Utilizando essa introdução, o texto está
intrinsecamente ligado ao sistema carcerário brasileiro, e como essa gestão econômica dos
recursos podem estar afetando o sistema penal. Ou seja, os autores abordam de forma
contundente que os recursos disponibilizados pelo Governo não subsidiem o sistema como
um todo. Pois a gestão, manutenção, investimentos, sofrem um déficit muito grande para tal
ordenamento econômico.
A relação proposta é a do binômio econômico: custo/benefício. Trazendo a luz a
análise proposta pelos autores, são levantados números alarmantes, onde podemos verificar
que o custo individual de cada detento. Em suma, não elevaremos a raiz de cada pena e seu
delito, mas tratemos apenas do mal econômico que cada um traz aos cofres públicos por sua
detenção.
Os números propostos são da base de dados do CNJ do ano de 2014 onde o custo
mensal médio de um detento é superior ao custo anual de um estudante do ensino básico. Nos
trouxe também que o sistema está superlotado, onde o número de vagas do sistema prisional
está muito longe de aportar todos os presos. O cálculo proposto para que todos tenham de
fato uma vaga é de um investimento de pelo menos R$ 33.000.000.000,00 (trinta e três
bilhões de reais). Algo muito aquém de uma visão, identificação e suporte governamental.
Segundo os autores esse número de detentos é muito superior ao número de vagas
pela forma de condução do modelo do direito penal ao tratamento de penas correlacionadas
as drogas. E esse assunto inicia um dilema que é o do uso abusivo das drogas. Segundo os
autores ele é um assunto de saúde pública, mas é tratado como algo de segurança pública.
Sendo de segurança está totalmente ligada ao direito penal, e suas condições de punição
abaixo do código penal. Tratando seus infratores com detenção e elevando o custo econômico
do sistema carcerário.
Em nosso ponto de vista concordamos com a correlação descrita pelos autores, pois a
economia e o direito são campos que se relacionam diretamente, compreender os conceitos
econômicos é de extrema importância para a esfera jurídica, buscando assim reduzir o alto
custo gerado ao Estado.
A abordagem utilizada tem como objetivo entender como o direito influencia as
escolhas individuais, a alocação de recursos e a distribuição de benefícios e custos na
sociedade.
Ela utiliza ferramentas como a economia comportamental e a análise de custo-
benefício para avaliar os impactos das leis e das decisões judiciais sobre o bem-estar social.
A origem dos conceitos elencados no texto, em grande parte está nas políticas públicas
que em sua maioria são elaboradas pelos poderes legislativo e executivo que nos mostrou
imensos obstáculos no campo jurisdicional envolvendo as questões econômicas.
Analisamos que através das formas de aplicação de conceitos econômicos no âmbito
jurídico que é possível realizar uma avaliação mais objetiva das consequências das decisões
jurídicas, bem como compreender as eventuais implicações econômicas e sociais dessas
decisões.
Além disso, a adoção de conceitos econômicos pode contribuir para a elaboração de
soluções mais efetivas e justas para os conflitos, visando equilibrar as necessidades e
interesses das partes envolvidas.
Temos como exemplo a despesa média mensal de cada detento que excede o valor
anual gasto com um estudante do ensino fundamental.
Essa discrepância demonstra a superlotação do sistema prisional, já que o número de
vagas disponíveis está muito abaixo da quantidade de presos.
No Brasil para que cada detento possa ter acesso a uma vaga, somado a população já
existente aumenta ainda mais o gasto bilionário dos cofres públicos, um valor que claramente
vai além da visão do governo.
O custo do sistema penitenciário é um problema complexo que envolve questões
políticas, sociais e econômicas, por essas razões é tão importante esse relacionamento entre
os temas abordados, podendo, portanto, contribuir para reduzir os custos do sistema
penitenciário, através das já citadas políticas públicas.
É preciso repensar todo o sistema analisando sob o prisma jurídico e econômico bem
como a quantidade de presos, a infraestrutura das prisões, o número de funcionários e a
qualidade dos serviços oferecidos.
De acordo com os autores, o número de detentos excede em muito o número de vagas
disponíveis, devido à forma como o modelo do direito penal lida com as penas relacionadas
às drogas, e no ponto de vista dos autores a descriminalização das drogas diminuiria a
população carcerária.
Surge um conflito entre o uso excessivo de drogas que os autores afirmam ser uma
questão de saúde pública, mas que é tratado como uma questão de segurança pública, bem
como essa descriminalização das drogas na qual discordamos com a opinião dos autores, pois
ainda que diminua o gasto com os detentos em razão da diminuição carcerária, novos
problemas surgirão talvez ainda maiores para o Estado.
A partir dessa mudança pelo nosso entendimento geraria um aumento no consumo dos
entorpecentes podendo ocasionar por exemplo transtornos no sistema de saúde pelo aumento
da procura de tratamentos para os danos causado ao organismo, um outro contraponto é de
que pode enviar uma mensagem equivocada a sociedade principalmente os jovens de que
esse consumo é aceitável, e indiretamente influenciar o consumo.
Não acreditamos que a descriminalização resolveria o problema das drogas visto que
por exemplo com cigarro e o álcool mesmo sendo drogas descriminalizados o problema
persiste e crimes como contrabando é comum na esfera criminal e na saúde pública, com as
drogas hoje consideradas ilícitas é ainda mais complexo visto a abrangência que envolve a
questão.
O tráfico de drogas é um ato criminoso, danoso a sociedade e que nunca poderá deixar
se ser enfrentado, pois gera violência, corrupção, lavagem de dinheiro e outras atividades
ilícitas que afetam diretamente a segurança pública. O que poderia acidente ver seria um
fortalecimento ainda maior desse sistema, pois grupos criminosos poderiam exercer suas
atividades dentro da lei.
Por isso é uma questão de segurança pública implica em ser regido pelo direito penal e
suas penas que são muito mais severas do que as previstas pelo código civil, mesmo
resultando em uma alta onerosidade para o estado com o sistema carcerário, o melhor
controle na nossa visão e através de penalidades impostas, porém quem acaba sendo punido
com os imensos gastos é o Estado.
E é um problema de saúde pública pois o consumo abusivo e a dependência química,
além dos riscos associados ao consumo de substâncias ilícitas, como overdose, ocasiona
diversas outras doenças
Por isso a grande importância dessa associação dos temas discutidos inicialmente,
sendo debatido de forma integrada, com políticas públicas que combinem ações de segurança
pública, saúde pública e prevenção, e talvez essas medidas de prevenção possam ser ainda
mais eficazes na nossa visão, a conscientização na educação pública bem como para aqueles
que já estão inseridos o tratamento e recuperação, o estado precisa compreender melhor os
conceitos econômicos pois são de extrema importância para a esfera jurídica bem como seus
custos, buscando assim reduzir o ônus gerado ao Estado, trazendo através da relação direta
da esfera jurídico econômica, devendo estar em consonância com os princípios
mencionados, de forma que a AED busque a eficiência, visando tanto o progresso social
quanto a redução da disparidade socioeconômica, a famigerada desigualdade social.

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