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*ORIGEM E CONTINUIDADE DE UM CONFLITO*

No século XIX houve uma série de conflitos entre o Partido Social Cristão da
Áustria, que era um partido com apoio do Papa Leão XIII e cujas figuras
destacam o Karl von Vogelsang, um político e reformador social católico e o
Karl Lueger, político católico e prefeito de Viena entre 1897 até 1910 em
oposição à postura política de Georg Ritter von Schönerer. Vamos explicar as
três figuras: Karl von Vogelsang foi um político e reformador social católico,
suas ideias eram inspiradas na encíclica Rerum Novarum do Papa Leão XIII,
identificado pelos seus pontos de vista antiliberais e anticapitalistas
reconhecendo-os como armas dos judeus. Em 1875, Karl von Vogelsang
tornou-se editor no jornal católico Das Vaterland, onde ele fomentou a doutrina
social católica. Karl Lueger foi um político católico também, denunciador da
conspiração da judaico-maçonaria, um propósito de Lueger era libertar as
universidades, propriedades católicas, dos judeus, Karl Lueger foi apoiado pelo
Papa Leão XIII assim como seu partido político, ademais disto, o católico Karl
Lueger era contra a social democracia, considerava os sociais democratas
como “ímpios”, e seu Partido Social Cristão também se dedicou a combater à
social democracia. Vale ressaltar que, embora inimigo dos judeus (que, a sua
vez, são inimigos da nossa fé católica, são incrédulos também) Karl Lueger
reconhecia que um judeu batizado era, na realidade, um cristão, (e muitos
judeus ao longo da história abandonaram sua falsa fé satânica e se
converteram ao catolicismo, por exemplo Paul Drach, Benjamin Freedman,
Marie-Aphonse Ratisbonne, entre outros e, vale ressaltar, o católico Tomás de
Torquemada, inquisidor, era de etnia judaico-sefaradita, por exemplo). Já o
caso de Georg Ritter von Schönerer, nós não podemos considerá-lo
simplesmente antijudeu, ou antisionista, mas antissemita, o seu ódio aos
judeus era étnico, e ele não só odiava aos judeus, ele também odiava aos
católicos, à monarquia, aos eslavos, e era racista e nacionalista, Schönerer era
protestante. Schönerer criticava o catolicismo político e era um forte crítico da
monarquia católica dos Habsburgos. O lema de Schönerer era “Sem Judas,
sem Roma, constrói-se a catedral da Alemanha”. Schönerer explica: “Devemos,
portanto, continuar a luta contra os inimigos negros e vermelhos, no espírito de
Bismark, e a visão germânica do mundo e da vida se reafirmará. Portanto: Los
von Juda! E: Los von Rom!”. Aliás, "Los von Rom" foi também um movimento
religioso fundado por Georg Ritter von Schönerer, este movimento buscava
incentivar aos católicos germânicos a se tornarem luteranos ou veterocatólicos,
que seriam religiões “mais alemãs". Georg Ritter von Schönerer, portanto,
reconhecia judeus e católicos romanos como “a mesma coisa, ou pelo menos
igualmente inimigos dos germânicos”, Georg Schönerer também era precursor
do Anschluss, que era a idéia de unificar a Áustria católica à Alemanha
protestante em uma só nação. O protestante Georg von Schönerer também
celebrava cultos pagãos, isto é, Schönerer criou uma religiosidade política. Pois
bem, explico todos os antecedentes para explicar um contexto, que é a postura
do Adolf Hitler no que diz respeito a estes três personagens. O historiador
Richard J. Evans explica que Adolf Hitler rejeitou a postura de Karl Lueger que,
embora admirava-o por suas críticas aos judeus, suas críticas não apontavam,
porém, ao centro do problema, o problema racial dos judeus, na verdade, Hitler
considerava que o Dr. Lueger era tolerante demais com os judeus, justamente
por não reconhecer o problema racial dos mesmos (ora, afinal, Lueger dizia
que um judeu batizado era um cristão). William L. Shirer, The Rise and Fall of
the Third Reich (1964). O historiador Konrad Heiden também dá a entender
que Hitler rejeitava Lueger por seguir uma "religião italiana”, além de ser devoto
ao Papa Leão XIII a quem o Adolf Hitler desprezava por ser um italiano. Konrad
Heiden , Der Führer – A Ascensão de Hitler ao Poder (1944). Porém, Georg
Ritter von Schönerer foi uma das inspirações de Adolf Hitler para forjar o seu
Terceiro Reich. Adolf Hitler, no seu livro Mein Kampf, elogia Georg Ritter von
Schönerer, dizendo: "(...) já naquele tempo, Schönerer me parecia o melhor e
mais sólido pensador dos problemas básicos. Melhor do que qualquer outro,
ele reconheceu, de modo mais certo e claro, o fim fatal do Estado austríaco. Se
suas advertências tivessem achado eco, sobretudo no Reichstag, no que dizia
a respeito da monarquia dos Habsburgos, a desgraça da guerra da Alemanha
jamais teria acontecido". É assim que vemos o ódio em Adolf Hitler no tocante
à monarquia católica da Dinastia Habsburgo, que era uma família dinástica
católica, e sua admiração pelo filósofo anticatólico. Tudo isto é uma grande
história que se repete, pois a continuidade da rivalidade de Karl Lueger e Karl
von Vogelsang com Georg Ritter von Schönerer dá continuidade à rivalidade do
Adolf Hitler com o governo católico de Engelbert Dollfuss e Kurt Schuschnigg.
O governo católico de Engelbert Dollfuss e Kurt Schuschnigg dá continuidade
ao conflito entre católicos austríacos e pangermanistas (nos quais se
distinguiam anti-católicos ferrenhos como Guido von List e Lanz von
Sonnenfels) protagonizado pelo pangermanista Adolf Hitler. Engelbert Dollfuss
e Kurt Schuschnigg implantaram um governo católico que tinha influência nas
encíclicas Quadragesimo anno e Rerum Novarum dos Papas Pio XI e Leão
XIII. Dollfuss rejeitou tanto o individualismo liberal quanto a absorção do
indivíduo pelo estado. A visão católica que ele promoveu não é um
compromisso enjoado entre os dois, mas algo bem diferente: um modo de vida
baseado na dignidade da pessoa humana feita à imagem de Deus e orientado
para uma vida de amor entre outros. Ele via a vida social ideal em termos de
"corporações" — podemos pensar na universidade medieval, reunindo mestres
e alunos. Dollfuss acreditava que proprietários e *Pio XII (1939-1958)
condenando: a invasão nazista na Polônia, o regime totalitário que era usado
pelos nazistas, e seu paganismo* "22 (...) A tão decantada laicização da
sociedade, que tem feito progressos cada vez mais rápidos, subtraindo o
homem, a família e o Estado ao benéfico e regenerador influxo da idéia de
Deus e do ensino da Igreja, fez ressurgir, em regiões onde por espaço de
tantos séculos brilharam os fulgores da civilização cristã, indícios, cada vez
mais claros, mais distintos e angustiosos de um paganismo corrompido e
corruptor: "Quando crucificaram Jesus obscureceu-se toda a terra" (...). 52. A
concepção que atribui ao Estado uma autoridade ilimitada, veneráveis irmãos,
não é somente um erro pernicioso à vida interna das nações, à sua
prosperidade e ao maior incremento do seu bem-estar, mas prejudica também
as relações entre os povos, rompendo a unidade da sociedade supernacional,
tirando a base e o valor ao direito das gentes, abrindo caminho à violação dos
direitos alheios e tornando difícil o acordo para a convivência pacífica (...). 72.
(...) Os povos arrastados para essa trágica voragem, que é a guerra, estão
ainda, por assim dizer, no "princípio das dores" (Mt 24, 8), mas reinam já, em
milhares de famílias, morte e desolação, pranto e miséria. Do sangue de
inúmeros seres humanos, mesmo de não combatentes, desprende-se
lancinante brado, especialmente nessa dileta nação como a Polônia que, pela
sua fidelidade à Igreja, pelos seus grandes méritos na defesa da civilização
cristã, gravados em caracteres indeléveis nos fatos da história, tem direito à
simpatia humana e fraterna do mundo (...)"*RESPONDENDO MENTIRAS
SOBRE AJUDA DE PIO XII AOS NAZISTAS”* O Papa Pio XII, quando Cardeal
Eugenio Pacelli, e secretário de Estado, nunca o contradisse, antes colaborava
junto de Pio XI. No tempo de sua eleição, já era conhecido pelos mesmos
esforços contra o nazismo e o fascismo. Em 1937, quando Pio XI foi felicitado
na publicação de sua Encíclica denunciando o Nazismo, "Mit brennender
Sorge", sua resposta foi apontar para o seu Secretário de Estado e dizer
desajeitadamente: "O crédito é dele" [2]. Dimitri Cavalli, escrevendo para o
"Inside the Vatican" [3], nos conta como os próprios judeus ficaram felizes com
a eleição de Pio XII, quando a Itália estava implementando as leis raciais
nazistas. Esses mesmos judeus agradeceram os esforços do Papa contra
estas ideologias no fim da guerra: "Aplaudindo a eleição do Cardeal Pacelli, o
"Jewish Chronicle" (Crônica Judaica) de Londres, 10 de Março, citou um
discruso anti-Nazista que ele fez em Lourdes, em Abril de 1935, e também citu
as hostis declarações contra ele na imprensa Nazista. "É interessante lembrar
(...) no dia 22 de Janeiro [1939], o "Voelkischer Beobachter" publicou fotos do
Cardeal Pacelli e outros dignatários da Igreja sob o título de "Agitadores no
Vaticano contra o Fascismo e o Nacional Socialismo"', citou o "Jewish
Chronicle". Também no dia 10 de Março, o "Canadian Jewish Chronicle"
(Crônica Judaica Canadense) elogiou o Colégio de Cardeais por resistirem às
tentativas nazistas de influenciar a eleição e impedir o Cardeal Pacelli de se
tornar Papa. "O plano para abafar o anel do pescador foi embora com a fumaça
branca" o editorial brincou. Muitas organizações judaicas também expressaram
seu entusiasmo pela novo Papa. De acordo com "Jewish Chronicle", de
Londres (10 de Março), o Vaticano recebeu mensagens parabenizadoras da
"Comunidade Anglo-Judaica, da "Sinagogue Council of America", do
Congresso Judaico Canadense, e do Conselho Rabínico Polonês." A decisão
de Pio XII de nomear Luigi Cardeal Maglione como o novo Secretário de
Estado do Vaticano também trouxe reações favoráveis. O "Zionist Review" no
dia 16 de Março de 1939 em Londres disse que a nomeação do Cardeal
"confirma a visão que o novo Papa pretende conduzir uma política anti-Nazista
e anti-Fascista (...). No dia 11 de Outubro, o "World Jewish Congress"
(Congresso Mundial Judaico) doou $20,000 para os centros de caridade do
Vaticano. De acordo com o "New York Times" (12 de Outubro de 1945), o
presente foi "feito em reconhecimento do trabalho da Santa Sé em salvar
judeus das perseguições dos nazistas e fascistas".*A Igreja condenou o
nacionalismo* É tema de discussão entre os católicos se o nacionalismo foi ou
não foi condenado pela Igreja Católica. A maioria das pessoas que fazem
objeções à essa condenação do nacionalismo, e dão um significado deturpado
do mesmo, este pessoal principalmente usam a definição de um "ortodoxo" da
ala republicana da Guarda Ferro, Horia Sima, e acham que isso em alguma
coisa muda a condenação por ele e outros proclamados "cristãos" e "católicos"
darem ao nacionalismo. Isto é absolutamente anticatólico e anticristão, os
tortodoxos não são católicos e nem cristãos, são cismáticos que caso não se
convertam vão arder para sempre no fogo do inferno (Papa Eugênio IV,
Concílio de Florência).  Portanto, a definição que um nacionalista cismático dá
sobre o nacionalismo não significa nada se a Igreja Católica mesma sempre
utilizou o termo "nacionalismo" para definir uma idolatria negativa e pejorativa à
pátria terrenal e que não deve ser confundida com a virtude verdadeiramente
católica, o patriotismo, que é o amor à pátria que é consequente do amor à
Deus que lhe deu a vida e é onde você nasceu. Agora vamos ver alguns dos
Papas ao respeito deste tema: Papa Pio XI: Papa Pio XI disse ao ateu Joseph
Goebbels, "Católico significa universal, não racista, nacionalista, separatista.
Essas ideologias não são nem humanas". https://www-uccronline-
it.translate.goog/2017/03/31/goebbels-il-braccio-destro-di-hitler-voleva-
annientare-il-vaticano/?_x_tr_sl=it&_x_tr_tl=pt&_x_tr_hl=pt-BR&_x_tr_pto=nui
%2Csc "19 (...) Até o amor da pátria e da nação, fonte poderosa de múltiplas
virtudes e inúmeros atos de heroísmo quando regulado pela lei cristã, torna-se
um germe de injustiças e muitas indignidades, quando, transgredindo as regras
da justiça e do direito, degeneram em nacionalismo imoderado. Os que caem
nesses excessos esquecem-se, seguramente, não só de que todos os povos,
como membros da família humana universal, estão unidos entre si por relações
de fraternidade e de que todos os países têm direito à vida e à prosperidade,
mas ainda de que não é permitido nem útil separar o interesse da honestidade;
'pois a justiça eleva as nações; e o pecado desgraça os povos". Papa Pio XI,
Ubi arcano Dei consilio. Certa vez eu vi um nacionalista dizendo, "eu não
concordo com a definição de Orlando Fedeli sobre o nacionalismo". Professor
Orlando Fedeli deu a definição própria da Igreja Católica sobre o nacionalismo,
professor Orlando assim também narra como o nacionalismo é uma arma
maçónica e anticatólica. O nacionalista maçónico, carbonário, anticatólico e
deísta Giuseppe Mazzini falou: "O nacionalismo é um meio pelo qual se chegar
à um fim: o internacionalismo". 
https://www.montfort.org.br/bra/veritas/historia/vocbrasil/
https://www.montfort.org.br/bra/cartas/politica/20040726085224/ Mazzini estava
igualmente ligado ao satanista Albert Pike, fundador da organização
protestante, maçônica e nacionalista Ku Klux Klan, e que planejou três guerras
mundiais. Andrés García-Carro falou claramente, e fez uma boa definição ao
respeito quando diz que o nacionalista só vê o catolicismo como uma religião
nacional e que por tanto é importante segui-la como uma tradição, no entanto,
países não católicos, um nacionalista pode até ser contra sua evangelização,
isso é antiproselitista, é perenialista e anticatólico.  O perenialismo também foi
usado por pérfidos nacionalistas como Julius Evola. Evola era um panteísta,
cristofóbico e superfascista. Papa Bento XV também diz na sua carta
apostólica Maximum Illud claramente EVITAR NACIONALISMOS. 43.
Convencidos en el alma de que a cada uno de vosotros se dirigía el Señor
cuando dijo: «Olvida tu pueblo y la casa de tu padre»(Sal 44,11), recordad que
no es vuestra vocación para dilatar fronteras de imperios humanos, sino las de
Cristo; ni para agregar ciudadanos a ninguna patria de aquí abajo, sino a la
patria de arriba. 44. Sería ciertamente de lamentar que hubiera misioneros tan
olvidados de la dignidad de su ministerio que, con el ideal y el corazón puestos
más en patrias terrenas que en la celestial, dirigiesen sus esfuerzos con
preferencia a la dilatación y exaltación de su patria. 45. Sería ésa la más
infecciosa *peste* para la vida de un apóstol, que, además de relajar en el
misionero del Evangelio los nervios mismos de la caridad, pondría en peligro
ante los ojos de los evangelizados su propia reputación, ya que los hombres,
por incultos y degradados que sean, entienden muy bien lo que significa y lo
que pretende de ellos el misionero, y disciernen con sagacísimo olfato si busca
otra cosa que su propio bien espiritual. Papa Bento XV condena o
nacionalismo, paralelamente ao comunismo, racismo e liberalismo na sua
encíclica Ad beatissimi apostolorum: "O ódio racial chegou ao seu ponto
culminante, os povos estão mais divididos pelos ciúmes do que pelas fronteiras
dentro de uma mesma nação, dentro de uma cidade ruge à inveja que queima
clase contra clase; e entre as pessoas está o amor próprio, que é a lei suprema
que governa sobre tudo". Papa Pio IX: Seguindo as descrições dos dois Papas
anteriores, já vemos que eles, ambos dão definições negativas do
nacionalismo, e assim podemos entender que, igualmente que os dois
primeiros Papas, os Papas Pio IX e Leão XIII também condenam o
nacionalismo intrinsecamente, mesmo que não citem diretamente seu nome.
Papa Pio IX, encíclica Quanta cura: "E, quando na sociedade civil é desterrada
a religião repudiada a doutrina e autoridade da mesma revelação, também se
obscurece e até se perde a verdadeira idéia da justiça e do direito, em qual
lugar triunfam a força e a violência, claramente, se vê por que certos homens,
depreciando em absoluto e desejando a um lado os princípios mais firmes da
sã razão, se atrevem a proclamar que "a vontade do povo manifestada pela
chamada opinião pública ou de outro modo, constitui uma suprema lei, livre de
todo direito humano; e que na ordem política os fatos consumados, pelo
mesmo que são consumoA Igreja Católica contra o nazismo e o fascismo: a
encíclica Mit brennender Sorge do Papa Pio XI Nos círculos católicos
tradicionais, a questão de se foi condenado ou não o nazismo e o fascismo
tornou-se um tema de discussão. Pretendo escrever uma série de textos que
demonstrem não apenas a condenação de ambas as doutrinas, mas os pontos
contraditórios e opostos à fé, tanto na vida pessoal quanto na prática dos
ditadores fascistas Adolf Hitler, Benito Mussolini e outros dos quais pretendo
falar no futuro, tanto nos aspectos doutrinários quanto nos aspectos ideológicos
das falsas doutrinas já mencionadas. Começarei com a condenação da Igreja
Católica ao nazismo, especificamente a condenação do Papa Pio XI ao
nazismo em sua encíclica Mit brennender Sorge: O Papa Pio XI em 10 de
março de 1937 escreveu a encíclica Mit brennender Sorge onde ele condena o
nazismo. Contextualizar, no início do Terceiro Reich, o Cardeal Eugenio
Pacelli, futuro Papa Pio XII, assinou o Reichskonkordat, uma concordata que
assinou com o protestante Paul von Hindemburg, para conceder liberdade
religiosa à Igreja Católica. O Pontífice inicia a encíclica condenando a ruptura
da base no referido acordo, bem como a perseguição dos católicos em que
resultou. “3 (…) no verão de 1933, a pedidos do Governo do Reich, aceitamos
a retomar os esforços para uma concordata, tomando por base um projeto
elaborado já vários anos antes, e chegamos assim a um acordo solene que
satisfaz a todos vós, moviso pela obrigada solicitude de guardar a liberdade da
missão salvadora da Igreja na Alemanha e de assegurar a salvação das almas
a ela confiadas, e, ao mesmo tempo, o sincero desejo de prestar um serviço
capital ao pacífico desenvolvimento e ao bem-estar do povo alemão. 7 (…)
Todavia hoje, quando a luta aberta contra as escolas confessionais, tuteladas
pela Concordata, e a supressão da liberdade de voto para aqueles que tem
direito à educação católica, manifestam, em um campo particularmente vital
para a Igreja, a trágica gravidade da situação e a angústia, sem exemplo, das
consciências cristãs, a solicitude paternal pelo bem das almas nos aconselha
não deixar de considerar as possibilidades, por escassas que sejam, que ainda
podem subsistir, de uma volta à fidelidade dos pactos (…). 8 (…) nos dirigimos
a vós [bispos], e por vossa conduta, aos fiéis católicos da Alemanha, os quais,
como todos os filhos que sofrem e são perseguidos, estão muito próximo do
coração do Padre comum. Nesta hora em que sua fé está sendo provada,
como ouro, no fogo da tribulação e da perseguição, insidiosa ou manifesta, e
em que estão rodeados por mil formas de uma opressão organizada da
liberdade religiosa, vivendo angustiados pela impossibilidade de ter notícias
fidedignas e de poder defender-se com meios normais (…)”. Doutrina nazista
condenada: paganismo germánico, racismo, culto de personalidade, etc: “10.
Quem, com uma confusão panteísta, identifica a Deus com o universo,
materializando a Deus no mundo ou deificando o mundo em Deus, não
pertence aos verdaderos crentes. 11. Nem tampouco o é quem, seguindo uma
pretensa concepção precristã do antigo germanismo, põe em lugar de Deus
pessoal o destino sombrio e impessoal, negando a sabedoria divina e sua
providência, a qual se estende poderosa de um a outro extremo (Sab 8,1) e o
dirige a um bom fim. Esse homem não pode pretender que seja contado entre
os verdadeiros crentes. 12. Se a raça ou o povo, se o Estado ou uma forma
determinada do mesmo, se os representantes do poder estatal ou outros
elementos fundamentais da sociedade humana tem na ordem natural um posto
essencial e digno de respeito, contudo, quem os arranca desta escala de
valores terrenos elevando-lhes a suprema norma de tudo, ainda dos valores
religiosos, e, divinizando-lhes com culto idolátrico, perverte e falsifica a ordem
criada e imposta por Deus, está longe da verdadeira fé e de uma concepção da
vida conforme a esta. 13. Vigiai, veneráveis irmãos, com cuidado contra o
abuso crescente, que se manifesta em palavras e por escrito, de empregar o
nome três vezes santo de Deus como uma etiqueta vazia de sentido para um
produto mais ou menos arbitrário de uma especulação ou aspiração humana
(…). 20 (…) Em consequência, aquele que com sacrílego desconhecimento da
diferença essencial entre Deus e a criatura, entre o Homem-Deus e o simples
homem, ousasse por ao nível de Cristo, ou pior ainda, sobre Ele ou contra Ele,
a um simples mortal, ainda que fosse o mais grande de todos os tempos, saiba
que é um profeta de fantasias (…)”. REFERÉNCIAS: Concordat between the
Holy See and the German Reich (July 20, 1933). Mit Brennender Sorge (14 de
marzo de 1937). O Nazismo é de esquerda e Papas o condenaram. Refutação
do suposto apoio de Pio XII ao nazismo — O Príncipe dos Cruzados

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