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SUMÁRIO
Petição______________________________________________03, 04, 05
Diferença da Descriminalização e Legalização_______________06
Distinção entre drogas lícitas e ilícitas, preconceito e proibição de
Determinadas drogas em detrimento de outras________________06, 07
Pessoas marginalizadas socialmente________________________07, 08
Usuários presos como traficantes___________________________08, 09
Superlotação de presídios e a diminuição da criminalidade com
A descriminalização_____________________________________09, 10, 11, 12
Princípio da intimidade e vida privada_______________________13
Uso de droga como problema de saúde pública e não como natureza
Criminal______________________________________________13, 14, 15
Garantir aos dependentes tratamentos e rede de apoio___________15, 16
Limite para Usuários_____________________________________16, 17
Exemplos de Países que Descriminalizaram as Drogas__________17, 18, 19, 20
Cannabis e seu uso Medicinal_____________________________20, 21
Anexo_______________________________________________22
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Tubarão, Santa Catarina, 88705651
Data: 03/06/2023
Autoridades Competentes: Maurício Zanotelli e Wilson Demo
Assunto: Petição para a Descriminalização das Drogas no Brasil
Prezados (as): Maurício Zanotelli e Wilson Demo
Nós, estudantes de Direito da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), por
meio desta petição, viemos expressar nosso apoio à descriminalização das drogas no Brasil.
Acreditamos que a política atual de criminalização das drogas tem sido bastante ineficaz e
prejudicial à sociedade, e gostaríamos de apresentar argumentos convincentes em favor de
uma mudança neste paradigma para uma melhora na presente sociedade.
Primeiro, é de extremo meritório ressaltar que a criminalização das drogas não tem
sido efetiva na luta contra o tráfico e ao consumo. Apesar das rebarbativas penas e das ações
severas exercidas pelo Estado Brasileiro, o tráfico de drogas continua e continuará
prosperando em todo o território brasileiro, alimentando cada dia mais a violência, a
corrupção e o crime organizado. Os meios de abordagem feita tanto pelo Estado quanto por
órgãos públicos de segurança estão cada dia menos eficientes e mais contraproducentes.
Por conseguinte, a criminalização das drogas está afetando especificamente e em
conseqüências descomunais aos grupos que mais são vulneráveis em nossa sociedade, usando
como um grande exemplar modelo os usuários de baixa renda e minorias sociais, que por sua
vez, são os principais afetados hoje, e com as penas mais severas comparadas á outros grupos
socialmente mais elitistas.
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As penas que ]são colocadas sobre essas pessoas resultam em superlotação nos
ambientes carcerários, violando e estigmatizando seus direitos básicos humanos. A
descriminalização permitiria a inserção de políticas de saúde públicas mais eficazes, focadas
totalmente no tratamento de usuários, na prevenção e redução de danos, ao contrario de
criminalizar e punir os usuários tratando os mesmos como traficantes, quando os principais
culpados são os menos prejudicados socialmente; a elite compra e ajuda a financiar os crimes
nas periferias.
Além disso, ao legalizar e taxar a venda de drogas, o Estado teria a oportunidade de
gerar receitas adicionais, que poderiam ser direcionadas para programas de prevenção,
tratamento e reinserção social. A regulamentação nos proporcionaria um maior e mais eficaz
controle sobre a qualidade dos produtos a serem vendidos, eliminando assim grande maioria
dos riscos mais benéficos a saúde, como é atualmente com substancias adulteradas vendidas
sem qualquer vigilância.
Outro ponto importante a ser considerado é a experiência de outros países que
adotaram políticas de descriminalização das drogas. Países como Portugal, Holanda e Uruguai
programaram medidas mais progressistas nesse sentido, obtendo resultados positivos. Em
Portugal, por exemplo, a descriminalização resultou na diminuição do consumo problemático,
na redução dos índices de HIV relacionados ao uso de drogas e no aumento do número de
pessoas em tratamento.
Fora os pontos e argumentos usados neste documento são de extrema transcendência
ressaltar alguns pontos: a descriminalização das drogas não induz em aprovar ou estimular o
uso e consumo destas substancias, mas sim reconhecer que esta problemática se refere a uma
questão de saúde publica e humanitária dos indivíduos mais afetados, usufruindo de
evidencias cientificas e de meios que possam melhorar a vivencia dessas pessoas como
pacientes, conscientizando e instruindo os mesmos para que possam viver em sociedade.
Por todas essas razões, solicito que Vossa Excelência considere a proposta de
descriminalização das drogas no Brasil.
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Acreditamos que ao acrescentar políticas mais humanitárias e baseadas em evidências
científicas trará auxílio e benefícios significativos para a sociedade como um todo, e não
apenas para um grupo de indivíduos.
Por fim, peço que seja realizada uma revisão do atual posicionamento legal
relacionado às drogas, com o propósito de cogitar atenciosamente e delicadamente uma
política de descriminalização responsável e embasada em estudos e boas práticas
internacionais.
Agradecemos antecipadamente pela atenção dedicada ao presente assunto e pela honra
de poder debater abertamente sobre o mesmo, e aguardamos ansiosamente uma resposta que
reflita o compromisso do Estado em promover políticas mais justas, humanas e eficazes,
voltadas para a proteção e bem-estar dos cidadãos brasileiros.
Atenciosamente, estudantes de Direito da Universidade do Sul de Santa Catarina
(UNISUL):
Amanda Eufrazio Machado, Gabriela Guedes Nascimento, Kaylane Dourado Scremin
de Oliveira, Kayllane Soterio de Oliveira, Nicole Dias Bernardes e Thayana Lourega de
Souza.
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Diferença da Descriminalização e Legalização
Descriminalização significa que o ato ou conduta deixou de ser crime, ou seja, não há
mais punição no âmbito penal, mas ainda pode ser considerada como ilícito civil ou
administrativo, e pode sofrer sanções como multas, prestação de serviços ou frequência em
cursos de reeducação. Por exemplo, a Lei n. 12.408/11 alterou a redação do artigo 65 da Lei
n. 9.605/98 e acrescentou um novo parágrafo no dispositivo com a expressa intenção de
descriminalizar o ato de grafitar, que era uma conduta considerada como crime.
A distinção entre drogas lícitas e ilícitas geralmente é baseada nas políticas e leis de
cada país. No entanto, as definições podem variar. Em termos gerais, as drogas lícitas são
aquelas que são legalmente produzidas, distribuídas e consumidas sob determinadas
regulamentações, como álcool, tabaco e medicamentos prescritos. Por outro lado, as drogas
ilícitas são substâncias cuja produção, distribuição e consumo são considerados ilegais, como
a maconha, a cocaína e a heroína.
A distinção entre drogas lícitas e ilícitas muitas vezes é arbitrária e pode ser
influenciada por fatores históricos, culturais e políticos. A proibição de certas drogas e a
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permissão de outras nem sempre se baseiam em critérios objetivos de saúde ou segurança
pública. Muitas vezes, as políticas de drogas refletem preconceitos sociais, interesses
econômicos e pressões políticas.
Além disso, as políticas de drogas também podem ser influenciadas por considerações
econômicas. Por exemplo, a indústria do álcool e do tabaco muitas vezes tem um poderoso
lobby e interesses financeiros em jogo, o que pode afetar a regulação e a percepção dessas
substâncias. Ao mesmo tempo, outras drogas consideradas ilícitas podem ter aplicações
medicinais e potencial econômico, mas são proibidas devido a questões políticas e culturais.
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estamos inseridos onde algumas pessoas são mais valorizadas por determinados motivos e
outras são inferiorizadas pelo mesmo motivo entrei outros, como problemas históricos,
nacionais, culturais, econômicos, falta de conhecimento e assim por diante.
A minoria social é uma parcela da população que se encontra marginalizada, muitas
vezes são a maioria em números, mas são excluídos por não se encaixarem no padrão elitista
da sociedade, isso é claramente uma forma de manter a divisão de classe na sociedade.
A falta de informação gera uma discriminação contra os usuários de drogas, que,
muitas vezes, são considerados mau-caráter, perigosos e violentos. Dessa forma, sofrem com
a perda da autoestima e restrição das interações sociais. Esse sistema de preconceitos faz com
que o indivíduo torne essas visões, de fato, sua realidade, tornando-os o que dizem ser.
Em muitos casos, usuários de drogas são marginalizados por serem considerados o
principal problema social, o que não é verdade, pois existe um sistema muito mais complexo e
problemático do que aqueles que apenas utilizam substâncias para fins de consumo pessoal.
A discriminação dos usuários de drogas é evidente e necessária para que o tema não
se torne mais uma questão de superstições, mas sim comece a ser discutido de forma correta,
beneficiando assim a sociedade como um todo.
Um exemplo disso, é a Lei Antidrogas (Lei 11.343, de 2006), apesar de não prever a
prisão para quem fuma maconha, permite que a pessoa seja presa pela posse da substância.
Como consequência, milhares de pessoas que são apenas usuárias da droga são presos
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anualmente, ajudando na superlotação do sistema carcerário brasileiro. Mais de 40% dos 730
mil presos no Brasil estão envolvidos em crimes relacionados às drogas.
Para o professor Luís Flavio Sapori, da PUC de Minas Gerais, diante dessa realidade,
a lei precisa mudar.
Superlotação de Presídios
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Entre as diversas mudanças que o sistema prisional brasileiro passou, destacam-se o
Código Penitenciário da República de 1935, Código Penal Brasileiro de 1940, Lei de
Execução Penal (Lei N° 7.210/1984) e a própria Constituição Federal de 1988,
que incorporou aspectos ligados aos direitos humanos. Sempre se adaptando às mudanças da
sociedade com o passar do tempo.
Por mais que exista uma lei, os presídios atualmente proporcionam um ambiente
degradante e desumano ao preso, tendo em vista, a superlotação, a ausência de assistência
médica, a precariedade na alimentação e a falta de higiene que desencadeiam diversas
doenças. Esse descaso com o sistema prisional não atinge somente aos presos encarcerados,
mas também as pessoas ligadas diretamente ou indiretamente aos mesmos. O sistema
prisional, por consequência de sua realidade, acaba acarretando a reincidência dos presos,
porém, se os mesmos fossem tratados com dignidade, ambos iriam se reintegrar de forma
adequada na sociedade com base na garantia constitucional do princípio da dignidade da
pessoa humana.
“Em relação ao princípio da dignidade da pessoa humana, este previsto no artigo 1°,
III, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988*, enfatiza que todos devem
ser tratados de maneira igualitária e de forma digna, conforme dispõe a lei.
Evandro Lins e Silva, um dos juristas mais renomados do país, morto em 2002,
sempre defendeu a descriminalização das drogas. Aos 90 anos, numa entrevista concedida à
revista “Época”, dizia que a droga só gerava violência por ser crime. “Combater [o tráfico] à
força é bobagem. O tráfico se tornou a oportunidade de emprego de muitas pessoas. É
decorrente dos problemas socioeconômicos do país”.
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“Existe um determinado poder que foge ao controle das autoridades e é localizado
nas favelas: a disputa pelo comércio da droga. Com a falta de emprego e oportunidades na
vida, as pessoas acabam aderindo a esse estilo de vida, se tornando parte disso, seja
ativamente, seja por omissão. O traficante, por ganhar muito dinheiro, ganha o poder de
corromper e cria uma teia de força muito grande. “O mais importante é focar no que
realmente interessa, que é educar e dar oportunidade de emprego às pessoas. Isso, sim,
reduziria todo tipo de crime. A solução, a longo prazo, é de natureza social. Mas, por ora,
descriminalizar é um passo importante”, defendia.
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Gráfico - Total de Presos em Celas Físicas de âmbito federal e estadual:
Tal fato se deve, como mencionado, às inovações introduzidas pelo referido diploma
legal, tendo destaque os artigos 28 e 33, os quais dispõem sobre o consumo próprio e crime
de tráfico de drogas, respectivamente. Nesse contexto, Seibel (2012) afirma que não há nessa
legislação objetividade e clareza, de modo que esse fato "está levando à prisão de milhares
de pessoas que não são traficantes, mas sim usuárias", visto que:
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A maioria desses presos nunca cometeu outros delitos, não sendo criminosos a priori,
não tendo relação com o crime assim chamado
"organizado e portava pequenas quantidades da droga no ato da detenção para
consumo próprio.
A Defensoria Pública argumenta que “o porte de drogas para uso próprio não afronta a
chamada ‘saúde pública’ (objeto jurídico do delito de tráfico de drogas), mas apenas, e
quando muito, a saúde pessoal do próprio usuário
Existem várias razões pelas quais essa perspectiva está ganhando força. Em primeiro
lugar, há evidências crescentes de que a criminalização do uso de drogas não tem sido eficaz
em reduzir o consumo ou os danos associados a ele. Pelo contrário, a abordagem punitiva
muitas vezes leva a consequências negativas, como superlotação de prisões, estigmatização
dos usuários de drogas e um maior envolvimento com o mercado ilegal de drogas.
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Além disso, o enfoque na saúde pública reconhece que o uso de drogas é
frequentemente um sintoma de problemas subjacentes, como questões de saúde mental,
vulnerabilidades sociais, pobreza e exclusão.
No Brasil, embora a legislação ainda criminalize o uso de drogas, tem havido avanços
no sentido de adotar uma abordagem mais centrada na saúde pública. Por exemplo, em 2006,
foi aprovada a Lei de Drogas, que introduziu medidas de redução de danos e permitiu a
substituição da pena de prisão por medidas educativas ou terapêuticas para usuários de drogas
não violentas.
Além disso, em 2019, o Supremo Tribunal Federal decidiu que o porte de drogas para
uso pessoal não pode ser considerado crime, e sim uma questão de saúde individual. Essa
decisão abriu caminho para uma maior discussão sobre a descriminalização do uso de drogas
e uma abordagem mais centrada na saúde.
Apesar desses avanços, ainda há um longo caminho a percorrer para que a abordagem
de saúde pública seja plenamente implementada no Brasil. São necessários investimentos em
programas de prevenção, tratamento e reinserção social, bem como uma mudança cultural que
enfrente o estigma associado ao uso de drogas.
8-No Brasil, existem políticas e programas voltados para garantir tratamentos e uma
rede de apoio aos dependentes de drogas. No entanto, é importante ressaltar que ainda há
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desafios significativos a serem superados para garantir que esses serviços sejam acessíveis e
efetivos para todos que deles necessitam. Algumas das iniciativas existentes incluem:
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Apesar dessas iniciativas, existem desafios significativos na implementação efetiva
desses programas em todo o país. Isso inclui a necessidade de aumentar o financiamento para
ampliar a capacidade de atendimento, melhorar a formação dos profissionais de saúde,
promover campanhas de conscientização e combater o estigma em relação à dependência
química.
Além disso, é importante destacar que o tratamento da dependência química deve ser
abordado de maneira multidisciplinar, considerando a complexidade da questão. Isso significa
combinar abordagens médicas, psicológicas, sociais e de reintegração para fornecer um
suporte completo aos dependentes em sua jornada de recuperação.
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3. Outros indícios de tráfico: Além da quantidade e da forma de acondicionamento, as
autoridades também podem levar em conta outros elementos, como a presença de balanças de
precisão, dinheiro em grande quantidade, embalagens vazias ou qualquer outro elemento que
sugira atividade relacionada ao tráfico.
No Brasil, a quantidade específica de drogas que define o limite entre porte para
consumo e tráfico é estabelecida pela Lei de Drogas (Lei nº 11.343/2006) e pode variar de
acordo com o tipo de substância. É importante ressaltar que essas quantidades podem sofrer
alterações ao longo do tempo devido a mudanças na legislação.
De acordo com a Lei de Drogas brasileira, o porte de drogas para consumo pessoal é
tipicamente tratado como um delito de menor gravidade em comparação ao tráfico. No
entanto, não há uma quantidade específica estabelecida pela lei que defina claramente o limite
entre porte para consumo e tráfico para todas as substâncias.
Em vez disso, o artigo 28 da Lei de Drogas prevê que a posse de drogas para uso
pessoal não será considerada crime se for de pequena quantidade e destinada ao consumo
próprio, levando em consideração a natureza e a quantidade da substância apreendida. Essa
avaliação é feita caso a caso pelas autoridades responsáveis, como policiais e juízes,
considerando elementos como a quantidade de droga, a forma de acondicionamento, a
presença de objetos e indícios que possam indicar tráfico, entre outros.
Cabe ressaltar que a interpretação e aplicação da lei podem variar entre diferentes
jurisdições e também dependem da apreciação dos fatos e das circunstâncias específicas de
cada caso pelas autoridades competentes.
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Portugal há 22 anos descriminalizou as drogas no seu país. Ao fim da ditadura,
Portugal sofreu com uma entrada de drogas no país muito forte, de acordo com o diretor do
Serviço de Intervenção de Comportamentos Aditivos e Dependências (SICAD), não havia
uma família sem algum viciado. Após o início dessa crise social, a solução dos portugueses
foi rebater com tolerância zero com traficantes e os consumidores, acarretando um sistema
prisional superlotado e o consumo dos entorpecentes só aumentava. Em decorrência dos
problemas citados, Portugal vendo que seus métodos não estavam surtindo uma melhora na
crise, resolveu implementar uma nova estratégia, depois de dois anos de debates com a
sociedade civil e o Parlamento, o Governo do país implantou a descriminalização do consumo
daqueles que portassem no máximo 10 doses de uma determinada substância ilícita. O
objetivo era fazer com que viciados deixassem de serem tratados como criminosos e serem
inseridos em sistemas de saúde para tratarem suas doenças.
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Drogas - morte induzida
O maior ponto de drogas a céu aberto da Alemanha, no fim da década de 1980, ficava
em Frankfurt em um parque e próximo à uma estação ferroviária, no local viviam cerca de 1,5
mil dependentes. Aos alemães, isto era um problema de saúde pública, visto que, cerca de 150
viciados morriam de overdose por ano, e também, havia grandes concentrações de usuários
em locais públicos, sem falar na contaminação por HIV com grandes taxas no país.
Em decorrência dos problemas citados, Frankfurt iniciou em 1988 buscar por uma
solução para o consumo exacerbado de heroína no país, após várias reuniões com
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especialistas e organizações, uma revolução política foi adotada, com o objetivo de perceber o
vício como uma doença, possibilitando a descriminalização do dependente químico. Essa
mudança gerou diversos impactos, entre eles, as ações policiais passaram a se concentrar em
combater o tráfico e não o usuário, e medidas de saúde pública foram implantadas oferecendo
alternativas para tirar os dependentes das ruas.
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2. Segurança comprovada: Quando usada adequadamente e sob supervisão médica, a
Cannabis medicinal é considerada segura para a maioria dos pacientes. Comparada a outros
medicamentos, como opioides, a Cannabis medicinal apresenta menos efeitos colaterais e
menor potencial de dependência. Além disso, a planta possui um perfil de toxicidade baixo
em comparação com muitos medicamentos farmacêuticos convencionais.
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ANEXO
https://www.conectas.org/noticias/5-motivos-descriminalizar-drogas-uso-
pessoal/#:~:text=A%20ideia%20%C3%A9%20deixar%20de,de%20ir
%20para%20ª20cadeia.
https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/
direito-facil/edicao-semanal/descriminalizacao-x-legalizacao
https://canalcienciascriminais.com.br/teses-defesa-usuario-parte-2/
https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/ttc-brasil/ministro-de-lula-
reitera-defesa-da-descriminalizacao-das-drogas
https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaoaudiencia?id=2161
https://www.conjur.com.br/2021-out-13/dario-descriminalizacao-porte-
drogas-consumo-pessoal
https://www.conjur.com.br/2011-dez-30/lei-drogas-viola-intimidade-vida-
privada-dependente-quimico
https://www1.folha.uol.com.br/asmais/2015/09/1671352-conheca-os-paises-
onde-o-porte-de-drogas-e-liberado-para-uso-pessoal.shtml
22
https://www.poder360.com.br/governo/silvio-almeida-defende-tratar-
drogas-como-questao-de-saude-publica/#:~:text=%E2%80%9CA
%20quest%C3%A3o%20das%20drogas%20%C3%A9,e%20Combate
%20ao%20Crime%20Organizado.&text=concordo%20com%20os
%20termos%20da%20LGPD%20
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