De acordo com a Organização Pan Americana de Saúde/OPAS (2009), cerca de 10% das
populações dos centros urbanos de todo o mundo consomem de forma abusiva
substâncias psicoativas, independentemente de idade, sexo, nível de instrução e poder aquisitivo. No Brasil, pesquisas indicam que 6,8% da população brasileira é dependente de álcool; 3% disseram já ter consumido maconha alguma vez na vida; e 4% da população adulta e 3% dos adolescentes já consumiram cocaína/crack — representando uma parcela significativa da população atingida por essa problemática (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas de Álcool e Outras Drogas – INPAD, 2012).
Nesse contexto, pesquise na internet, formas de atuação do psicólogo. Faça
um relatório sobre o assunto!
O atual consumo de álcool e drogas apresenta um desafio ao trabalho
do psicólogo. Em contextos de dependência química, sua atuação está inserida em políticas e programas que visam a prevenção e acompanhamento assistencial. À vista disso, seus objetivos priorizam enfoques diferentes da patologização e criminalização, historicamente construídos em torno do tema. Para além do acolhimento e humanização do atendimento a este público, alguns métodos de intervenção têm mostrado resultados bastante eficazes, em atenção às diferentes demandas se apresentam.
Ações em Psicoeducação1, por exemplo, possibilitam maior
conhecimento e compreensão sobre as condições individuais e contextuais vivenciadas – base importante para toda e qualquer mudança desejada. Outra estratégia em saúde são programas de Redução de Danos 2 (RD), com vistas a controlar possíveis consequências do consumo de psicoativos. Sem a obrigatoriedade em interromper seu uso, busca promover cidadania e inclusão social a usuários de drogas. Já a Triagem e Internação Breve 3 (TIB), por sua vez, aborda a questão a partir do comprometimento do paciente em sua mudança, reduzindo a ocorrência de danos ocasionados pelo abuso de substâncias.
Diferente das práticas citadas, também é importante ressaltar outros
movimentos deste profissional em situações relacionadas à dependência química. Nesse sentido, se destacam intervenções realizadas no Núcleo de 1 LEMES, Carina Belomé; NETO, Jorge Ondere. Aplicações da psicoeducação no contexto da saúde. Revista Temas em Psicologia, vol 25 nº 1, 2017, p 17-28. 2 BRASIL,.Ministério da Saúde. Redução de Danos, Saúde e Cidadania. Biblioteca Virtual em Saúde [folder online] [s.d.] 3 BRASIL, Ministério da Justiça. Módulo 4 - Internação Breve. Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas, p 1-124, 2014. Saúde da Família4 (NASF), bem como atendimentos individuais em clínicas e consultórios, ou mesmo coletivos em processos grupais, entre outras que objetivam melhor qualidade na atenção psicossocial do sujeito.
4 BRASIL, Ministério da Saúde. Diretrizes do NASF – Núcleo de Apoio a Saúde da Família. Cadernos de Atenção Básica, p 1-164. Brasília, 2009.