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Flesler, Alba. A criança em análise e as intervenções do analista. São Leopoldo: editora Discurso, 2021.
Flesler, Alba. A psicanálise de crianças e o lugar dos pais. Rio de Janeiro: Zahar, 2012.
Fink, Bruce. O sujeito Lacaniano: entre a linguagem e o gozo. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.
Capanema, Carla Almeida, & Vorcaro, Ângela Maria Resende. (2017). A condição do ser falante no nó borromeano. Estilos da
Clinica, 22(2), 388-405. https://dx.doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v22i2p388-405
Nominé, Bernard. (2019). Conferências de Bernard Nominé. Stylus (Rio de Janeiro), (39), 13-35. Recuperado em 04 de junho de 2023,
de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-157X2019000200002&lng=pt&tlng=pt.
Na clínica psicanalítica com crianças e adolescentes se recebe os pais mas se aponta
para o sujeito. Recebemos os pais para sabermos sobre o lugar da criança no campo do
Outro que permitirá a essa criança assumir-se como sujeito e conquistar um lugar no
mundo. Esse lugar a ser conquistado depende da amarração entre três elementos:
amor, desejo e gozo. O propósito de receber os pais é orientar o nó borromeano
composto, justamente, por esses três elementos. Podemos tomar o amor como
imaginário, Desejo como simbólico e o gozo como real. Na intersecção entre os três
elementos, encontramos o objeto a.
Fundamental localizar de que modo esses três elementos se amarram em cada tempo
do sujeito numa engrenagem sempre dinâmica, sempre em constante movimento e que
exige diferentes orientações a cada tempo. Por isso perguntamos na primeira entrevista
com os pais o por que os pais decidiram trazer seu filho à um analista. Escutamos o
motivo dos pais para termos as coordenadas necessárias para conduzir o tratamento,
para o estabelecimento da transferência, para localização da criança no desejo do
Outro, para orientação do nó borromeano… (Flesler, 2021, p. 54).
O nó borromeano descreve a clínica da vida amorosa -, esses três verbos só podem se
articular sob a condição de que assim se coloque:
“o que eu te demando, não é isso que eu quero; o que eu te ofereço, também não é isso
que tu queres; e é, portanto, ao título do 'não é isso' que tu tens todas as razões para
recusá-lo a mim”.