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Direito Administrativo II - Gustavo Chagas

AULA 1 - 23.02.18 - SERVIÇOS PÚBLICOS

1. Noções Gerais
2. Conceito - ​é todo aquele prestado pela Administração Pública, ou por seus entes delegados sob
normas e controles estatais para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da
coletividade ou simples conveniência do Estado.
3. Princípios
- generalidade - ​caráter geral, para todos, universalidade, coletividade, disponibilidade
- modicidade - ​a tarifa a ser cobrada deve ser fixada em montante que todos tenham acesso.
- continuidade ou permanência - ​em relação ao funcionamento o serviço publico deve ser
continuo.
- aperfeiçoamento | eficiência - ​no serviço publico deve-se sempre primar pela qualidade.
- cortesia - ​bom trato aos usuários – art. 6º ,§1º lei 8.987/95

Art. 6​o Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos
usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato.
§ 1​o Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança,
atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.

4. Classificação

4.1 Quanto à essencialidade


- serviço público propriamente dito - serviços de alta relevância para o Estado, por isso prestado
por ele mesmo. Inerente a sua própria existência.
- serviço de utilidade pública​ - essencialidade analisada caso a caso.
4.2 Quanto à adequação
- serviços próprios do Estado - típico, característico. Serviços como saúde, educação, transporte,
segurança pública… são tipicamente estatais. O Estado oferta o necessário para vivermos em
sociedade.
- serviços impróprios do Estado - serviços explorados pelo Estado, ou por alguma entidade. O
Estado não nasceu para lucrar de maneira alguma, mas para viabilizar a vida em sociedade.
Eventualmente, fornece serviços por intermédio de terceiros em troca de remuneração, serviços
que geram renda para quem o está oferecendo. (BINÔMIO: prestação - exploração).
4.3 Quanto à finalidade
- serviços industriais - serviços impróprios do Estado. Geram renda para quem os presta. Também
chamados comerciais.
- serviços administrativos - serviços de rotina interna da administração. Serviços preparatórios.
Para que x serviço seja oferecido, há uma gama de serviços nos “bastidores” que são
executados para viabilizar outros.
4.4 Quanto aos destinatários
- serviços ​uti universi ou gerais - todo serviço marcado pela indivisibilidade, compulsoriedade.
Atende de maneira ampla a sociedade. Não há como abrir mão deste serviço, pois ele visa o
bem estar geral. Geralmente são mantidos por meio de recolhimento de impostos.
- serviços ​uti singuli ou individuais - individualizável, mensurável de forma particularizada, isto é, de
acordo com a utilização. Serviços que se paga na medida do que se consome. (paga-se tarifa)

TRIBUTO é gênero.
- Impostos
- Taxas - paga-se pelo que se recebe em troca.
- Empréstimo Compulsório
- Contribuições de melhoria
- Contribuições sociais

O Imposto é chamado de tributo não vinculado, pois não possui uma receita vinculada; é por
esta razão que os serviços ​“ulti universi”​ são por ele mantidos.
O fato gerador de IPTU e IPVA é a propriedade, e não a manutenção da boa condição das vias
públicas, por exemplo.
“Tudo o que é recolhido de imposto vai para dentro do cofo”. Precisa de dinheiro para remédio,
asfalto, etc? Mete a mão no cofo.
Tarifa e taxa não são a mesma coisa, possuem natureza jurídica totalmente diversa. Tarifa não é
tributo, é preço público, é o valor a ser pago ao concessionário, prefixado pelo Poder Público. Tanto uma
quanto a outra podem ser utilizadas para cobrar serviço ​ulti singuli​, mas dependerá de quem está
prestando o serviço, arrecadando, e, se for particular, não pode ser taxa.
Não é quem você é, mas, sim o que você faz que define você.

5. Formas e meios de prestação

5.1 serviço centralizado - ​é aquele prestado diretamente pelo poder publico, por se tratar de serviço de
muita importância, não sendo possível a transferência a terceiros

5.2 serviço descentralizado - ​quando o Estado passa para terceiros à prestação do serviço publico
- por outorga - (diz respeito a administração indireta) – o Estado cria entes para atuar em seu
nome na prestação de serviços públicos com titularidade secundária, e total autonomia
administrativa.

- por delegação - (por contrato) – quando o estado transfere a execução completamente de um


serviço publico via contratual (concess. ou permissão), não tendo titularidade, com caráter
transitório. A execução fica a responsabilidade da empresa, subordinado as regras, não tendo
autonomia administrativa.
-
5.3 serviço desconcentrado - ​consiste na divisão de atribuições dentro da mesma estrutura
administrativa.

AULA 2 - 02.03.18 - SERVIÇOS DELEGADOS A PARTICULARES

1. Serviços concedidos
1.1 Noções Gerais -
Descentralização por delegação. Concessão se materializa no contrato, e não por meio de lei.
Transferência integral ao particular que executa apenas, não define regras, pois não possui autonomia
administrativa. Executa por sua conta em risco, por sua total responsabilidade. Quando assume o
serviço, assume por consequência os seus riscos.

1.2 Regulamentação
O Poder Público precisa regulamentar as concessões, tendo em vista que o particular só irá executar…
As concessões de serviço público estão previstas no art. 175, CF ​➱ Incumbe ao Poder Público, ​na forma
da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação
de serviços públicos. ​- Ao mesmo tempo que o dispositivo atribui ao Poder Público a obrigação de
prestar o serviço público, dá a oportunidade de fazer delegações e permissões.

Trata-se de dispositivo cuja eficácia depende de norma infraconstitucional, qual seja, a lei 8.987/95
regulamenta o art. 175, é o estatuto geral das concessões e permissões - traça diretrizes gerais que
devem ser seguidas por todos… União, Estados e Municípios, podem definir regras conforme suas
necessidades, desde que as mesmas não contrariem a lei. 8.987.

1.3 Licitação
O Poder Executivo pede ao Legislativo uma lei que o autorize a conceder o serviço ⇢ Regulamentar a
concessão ⇢ Licitação. l
As regras da licitação dependem do que foi previamente regulamentado. A licitação utilizada, neste
caso, é na modalidade concorrência. Quando a concessão deriva do processo de privatização, não há
necessidade de fazer concorrência, pois, no próprio leilão já acontece a contratação.

Realizada a licitação na modalidade concorrência, temos um vencedor, então parte-se para a


materialização da concessão, que se dá quando da assinatura do contrato de concessão.

1.4 Contrato
Contrato ​bilateral ​(ambas as partes possuem obrigações), ​comutativo ​(as prestações são previsíveis.
Não aleatório), ​formal ​(de acordo com a lei de licitações), ​intuito personae​, ​cláusulas de privilégio
(possibilidade de alteração unilateral, rescisão unilateral, aplicação de penalidades…)
A vontade da ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, vale mais que a do contratado, por tanto, ela pode
unilateralmente modificar, cabendo ao contratado somente aceitar).

1.5 Fiscalização
A execução do serviço deverá ser fiscalizada pela Administração Pública, poder de fiscalização amplo...
nos aspectos econômico, contábil, técnico…
- Intervenção: dentro do poder de fiscalização, há possibilidade de intervenção... Quando, por exemplo,
a empresa não está prestando um serviço de boa qualidade, ou está prestes a “quebrar”.
A intervenção permite, eventualmente, uma das formas de extinção da concessão.

1.6 Remuneração do concessionário


A remuneração do concessionário é feita por tarifa ou preço público. A tarifa é fixada levando em conta
os seguintes aspectos: ​disponibilidade ​(custo de montagem da estrutura para a execução do serviço),
custo de manutenção, lucro, tempo.

1.7 Prestação do Serviço - 8.987.


Art. 6​o Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos
usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato.
§ 1​o Serviço adequado é o que satisfaz as condições de ​regularidade, continuidade, eficiência, segurança,
atualidade, generalidade, cortesia​ na sua prestação e modicidade das tarifas.
§ 2​o A atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua
conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço.
§ 3​o Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após
prévio aviso, quando:
I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e,
II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.
O concessionário está obrigatoriamente obrigado a prestar o serviço atendendo aos princípios do
serviço público.

1.8 Extinção da Concessão


- Advento do termo contratual ou reversão ​certa - todo contrato administrativo tem prazo, e quando
encerra o prazo, ocorreu o advento do termo contratual. Ou seja, no prazo final do contrato acontecerá
a reversão > o serviço volta para a Administração Pública. Ao acabar o contrato, a estrutura continua
com a Administração Pública.
A cerveja vai e o camarão fica. O concessionário vai e a estrutura fica.

Nenhuma das hipóteses seguintes são ​certas. ​Se acontecer, se diz, por exemplo, que houve a
caducidade, e em detrimento desta, a reversão.

- Encampação ou resgate - acontece quando existe uma situação de interesse público que justifica a
retomada coativa do serviço. Para que haja a encampação precisa de lei que a autorize, bem como
faz-se necessário pagar previamente a indenização do particular, pois este vaza, mas o camarão fica.

- Caducidade - ​deriva do ​inadimplemento contratual do concessionário​, o particular não presta o


serviço adequadamente como prevê a constituição e determina a lei. Por ser forma de aplicação de
penalidade, depende de prévio processo administrativo para apurar a responsabilidade, e,
posteriormente extinguir a concessão por caducidade. Forma anômala.

- Rescisão - ​quando a Administração Pública está inadimplente > declarado pela Justiça.

- Anulação - ​quando há alguma ilegalidade, a anulação pode se dar pela própria Adm Pública que se
vale do seu poder de autotutela, ou pelo Poder Judiciário.

2. Serviços Permitidos
Os contratos de concessão e permissão, podem ter objetos diferentes.
Não há basicamente diferença entre concessão e permissão ​de serviços públicos.

Lei 8.987. Art. 2​o​ Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:
I - poder concedente: a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, em cuja competência se encontre o
serviço público, precedido ou não da execução de obra pública, objeto de concessão ou permissão;
II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação,
na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas ​que demonstre capacidade para seu
desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado;
III - concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total ou parcial,
conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegada pelo poder
concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que
demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da
concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo
determinado;
IV - permissão de serviço público: a delegação, a título precário​, mediante licitação, da prestação de serviços
públicos, feita pelo poder concedente ​à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu
desempenho, por sua conta e risco.

Em suma a única diferença é que a concessão pode ser feita somente a pessoa jurídica ou a consórcio
de empresas, enquanto a permissão pode ser feita a pessoa física ou jurídica (diferença de caráter
substancial

2.1 Características
“a título precário” é remanescente antigo das características da permissão, hoje, praticamente não se
vê mais.
Obs - A autorização é ato unilateral, precário e discricionário. Só é aplicada quando não se pode fazer
concessão, permissão. Autorização é forma de delegação em sentido amplo.
- Quando o serviço for de interesse público instável​, ou situação de ​emergência ​(90 dias prorrogável por
mais 90).

AULA 03 - 09.03.18 - SERVIDORES PÚBLICOS - áudio 5

1. Noções Gerais

Servidores públicos na visão estrita da palavra, representam aqueles servidores, pessoas que vendem
sua força de trabalho para a Adm. Pública. Servidor público é uma das categorias de agentes públicos.

Agora, em sentido amplo, tem-se a categorização de servidores trazida pelo Código Penal, pela Lei de
Improbidade Administrativa que elevam, ou seja, caracterizam servidores públicos, todo indivíduo que
exerce de algum modo uma função pública, independente da maneira de como exerce esta função. -
Em sentido amplo, qualquer pessoa que age em nome do poder público, é servidor público. ​A expressão
servidor público em sentido amplo, equivale à expressão agente público.

Agentes Políticos - ​agente político é diferente de provimento político. Agentes políticos refere-se
aos ​servidores que ocupam cargos estruturais do Estado​. Ou seja, os servidores que ocupam cargos
que representam de maneira imediata os três poderes do Estado.
De maneira imediata, representa o poder executivo: o presidente, o prefeito, o governador. De maneira
imediata representa o poder judiciário: os magistrados. De maneira imediata representa o poder
legislativo: vereador, senador, deputado.

O agente político não é apenas aquele cujo provimento depende de eleição. Os agentes políticos podem
ser eleitos, concursados, comissionados.... Aquelas pessoas, por exemplo, que estão imediatamente
abaixo do chefe do poder executivo, também são agentes políticos.

Cargo representativo do poder - agente políticos - ocupam cargos estruturantes do Estado.


Todos os que são eleitos são agentes políticos, mas nem todos os agente políticos são eleitos.

Honoríficos - ​exercem uma função pública de maneira transitória, não remunerada, sem vínculo,
obrigatória e o fundamento para que isso aconteça é que nós todos temos deveres cíveis para com a
nação brasileira. Ex. mesário, jurado - naquele dia tu é servidor público! <3 - poderá responder por
crimes praticados por servidor público… concussão, corrupção ativa, por ex.

Credenciados - ​atividades executadas por indivíduos que se habilitam junto à Adm. Publica.
Recebem poderes da Adm. para a prática de atos determinados.

Delegados - ​serviços delegados a particulares. Categorias de delegatários que se enquadram:


oficiais dos cartórios, não tem vínculo com a adm pública, vínculo contratual de concessão… particular
participa de concurso público, que será contratado para prestar serviço por sua conta em risco.

Administrativos - ​vinculam-se a Adm Pública por uma relação de trabalho. Trabalham e recebem
seus vencimentos.
4 categorias:
Efetivos ​(aprovados em concurso público)​,
Comissionados​ (nomeados para cargos de livre nomeação e livre exoneração)​,
Empregados Públicos ​(BB, CEF, Correios - celetista: dt do trabalho)​ e
Contratados ​(contratos por tempo determinado, por situação de emergência, por ex - 2
anos prorrogáveis por mais 2 - também celetistas).
Efetivos e comissionados são estatutários.

2. Regime Jurídico dos Servidores

De maneira ampla os servidores estão vinculados a dois regimes 1- estatutário ou 2- celetista.


A relação de direitos e obrigações entre o servidor e a Administração é estabelecida pelo Estatuto do
Servidor Público. Cada ente federado tem autonomia para deliberar sobre o seu Estatuto. A nível
federal: L. 8.112-90, a nível estadual: L. 6.107-94 e municipal: L. 4.615-06.

Regime Jurídico dos Servidores ≠ Regime Previdência dos Servidores

REGIME JURÍDICO DOS REGIME DE PREVIDÊNCIA DOS


SERVIDORES ↓ SERVIDORES ↓

empregados públicos,
ESTATUTÁRIO (efetivos e REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL contratados, comissionados,
comissionados) (gerido pelo INSS) ​→ autônomos, rurais, empresários...

CELETISTA REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA efetivos


SOCIAL (cada ente tem o seu) ​→

Todo mundo que não está no R. Próprio está no GERAL.

O servidor ​comissionado é estatutário junto com os efetivos, mas quando se trata do Regime de
Previdência eles pertencerão ao Regime Geral de Previdência Social e os efetivos pertencerão ao
Regime Próprio de Previdência Social.

No que diz respeito ao Regime Jurídico, ele é igual aos servidores efetivos, mas quando se trata do
Regime de Previdência ele é igual os celetistas.

3. Cargo Público
3.1 Noções Gerais

Cargo Público é um lugar na estrutura administrativa, dotado de nome, atribuições, responsabilidades e


remuneração, a ser titularizado por um agente.

Dois não ocupam o mesmo lugar, mas um pode ocupar dois lugares. A Constituição prevê a
possibilidade de cumular dois cargos públicos, desde que haja compatibilidade de horários.

3.2 Organização
1 - ​Classe ​é o ​agrupamento horizontal de cargos​ idênticos. Ninguém está acima de ninguém.
Agrupamento de 4 cargos em 1a classe.
2 - ​Carreira​ são várias classes, uma sobreposta à outra. Carreira é o ​agrupamento vertical de classes​.
Existe a possibilidade de mudar de cargo? Sim, desde que seja dentro da mesma carreira.
3 - ​Quadro ​é a junção das carreiras e dos cargos isolados. Todos os servidores.

3.3 Espécies
Cargo Efetivo​ - é aquele que depende de aprovação em concurso público.
Efetividade ≠ Estabilidade
A efetividade é no cargo. A estabilidade é no serviço público. São adquiridas ao final do estágio
probatório.

ADCT Art. 19.​ Os servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, da
administração direta, autárquica e das fundações públicas, em exercício na data da promulgação da
Constituição, há pelo menos cinco anos continuados, e que não tenham sido admitidos na forma regulada no art.
37 da Constituição, são considerados estáveis no serviço público.

§ 1º​ O tempo de serviço dos servidores referidos neste artigo será contado como título quando se submeterem a
concurso para fins de efetivação, na forma da lei.
§ 2º​ O disposto neste artigo não se aplica aos ocupantes de cargos, funções e empregos de confiança ou em
comissão, nem aos que a lei declare de livre exoneração, cujo tempo de serviço não será computado para os fins
do caput deste artigo, exceto se se tratar de servidor.
§ 3º​ O disposto neste artigo não se aplica aos professores de nível superior, nos termos da lei.

Nem todo servidor estável é efetivo. Mas todo servidor efetivo é estável.

Quando a CF entrou em vigor o art. 19 declarou como estáveis quem tenha 5 anos de serviço público
mesmo sem concurso público. Quem entrou até outubro de 83 sem concurso público, garantiu sua
estabilidade.

Duas formas de adquirir estabilidade: 1- aprovação no estágio probatório e 2- estabilidade


constitucional (do art. 19).
Os que entraram até 1983 são estáveis, isto é, a Adm Pública não pode tirar eles, mas eles não são
efetivos no cargo, pode-se, portanto, dar a eles outra função. Isto porque a efetividade é atributo que
decorre do concurso público.

Em comissão - ​Cargos ad nutum são aqueles preenchidos com base em confiança, sendo,
portanto, chamados de ​cargos​ em comissão, de livre preenchimento e exoneração.
Vitalício - ​cargo que confere grau de perpetuidade ao servidor que o ocupa. O efetivo pode sofrer
processo administrativo e, por meio deste pode vir a deixar o cargo, o vitalício não pode deixar o cargo
por processo administrativo, mas o poderá por meio de processo judicial.
De carreira - ​aqueles em que o servidor vai sendo promovido.
Isolado - ​característica dos cargos em comissão.
Técnico - ​exige habilidade, formação, treinamento específico para execução das tarefas.
Técnico em enfermagem é cargo técnico. Contudo, não é a palavra ​técnico no nome do cargo que
define se o cargo é técnico ou não. ​Não é o que você é e sim o que você faz que define você.

Todo cargo que exigir a formação em nível superior em qualquer que seja a área, este cargo será
científico.

A CF veda a cumulação de cargos, mas permite quando da seguinte forma: - no máximo dois cargos: 1
de professor com 1 científico ou 1 professor com 1 técnico ou 2 de professor ou 2 da área da saúde com
profissões regulamentadas.

4. Função Pública

Atribuição ou conjunto de atribuições que a lei confere aos agentes por ocasião do cargo público a que
venham ocupar. É o afazer que se terá.
Todo cargo público tem que ter função, mas nem toda função exige um cargo. Exemplo são os agentes
honoríficos que exercem função pública que não exige cargo.

Ex. Cargo de delegado, atribuição: presidir inquérito, por ex. Secretariar reunião não é atribuição do
cargo de delegado, mas pode consistir em uma função que determinado delegado tenha se
disponibilizado a exercer (exemplo da aula, favor lembrar de cabeça).
A remuneração é equivalente às atribuições do cargo. Atribuições que não às do cargo: ​função
gratificada​. Nem relógio trabalha de graça, não custa nada né nego.

5. Provimento ou investidura nos cargos

Ato por meio do qual a Administração Pública preenche o cargo público designando o seu titular.
OBS- O provimento só se efetiva com a posse no cargo, depende da nomeação, mas se efetiva com a
posse.
5.1 Originário
É aquele que pressupõe a inexistência de vínculo anterior do servidor com o cargo público. A doutrina
coloca nomeação como forma de provimento originário → ​ESTÁ ERRADO! Nomeação não é forma de
provimento, é ato que antecede qualquer provimento originário. Se há nomeação e não há em seguida
a posse, a nomeação é desconsiderada.

Estabilidade é para a permanência no serviço, o estágio probatório é para ganhar efetividade no cargo.

5.2 Derivado
Pressupõe a existência de vínculo anterior do servidor com o cargo. Só poderá ser reintegrado ou
promovido, por exemplo, quem tenha estado no cargo antes.
1. Reintegração ​- retorno do servidor demitido ilegalmente, cuja ilegalidade foi reconhecida
judicialmente. - Retorno do servidor ao cargo anteriormente ocupado, por ter sido conhecida a
ilegalidade da sua demissão. Duas formas de reconhecimento da ilegalidade: pelo poder da
autotutela (prerrogativa que a Administração Pública tem de rever seus próprios atos, anulando
os atos ilegais; ou revogando por conveniência e oportunidade) e judicialmente. Neste sentido, a
reintegração pode se dar pela via judicial ou administrativa.

Obs: Readmissão - Existia antes da Constituição. Não existe mais, exceto para ​Hely Lopes
Meireles​, pois ele entende que quando a Administração Pública reconhece seu próprio erro,
trata-se de readmissão. Assim sendo, ​Reintegração quando o reconhecimento da ilegalidade da
demissão se dá por via judicial, e ​Readmissão quando o reconhecimento da ilegalidade da
demissão se dá por via administrativa.

2. Promoção - ​assim como a readaptação são ​figuras dúplices​. Gera ao mesmo tempo ​provimento
e vacância. Quando ​A for promovido para ​cargo X​, haverá provimento deste cargo e vacância
do cargo anteriormente ocupado.

3. Recondução - ​é o retorno do servidor ao cargo anteriormente ocupado, por conta da


reintegração do ocupante anterior do cargo em que ele está. Existem duas formas de
recondução. A primeira delas está diretamente ligada à reintegração.

➔ 1 forma - ​E é demitido, ​F ​é promovido para o cargo de ​E. ​Contudo, ​E ​pleiteou a


reintegração e consegue ser reintegrado, então ​F ​será reconduzido ao cargo anterior.
(Se, hipoteticamente o cargo anterior de F já estivesse ocupado, ele será posto em
disponibilidade remunerada, até aparecer um cargo para prover.)
➔ 2 forma - se o servidor for inabilitado no estágio probatório no novo cargo, pode pedir
recondução para o cargo anterior. (Ex. era investigador, passa no concurso para
delegado, mas é inabilitado no estágio probatório deste segundo). ​Pede vacância no
primeiro cargo, para que se precisar, volte.

Aqui no Maranhão, o Estatuto tem a previsão de recondução, contudo foi revogado a


previsão do pedido de vacância. Para ser reconduzido precisa do pedido de vacância,
mas como este foi revogado, terá de pedir a exoneração. Entretanto, tem-se entendido
que para efeito de recondução, se ele pediu exoneração por ausência de previsão legal
do pedido de vacância, ainda assim poderá retornar.

4. Reversão - ​também possui duas formas. Em regra, a reversão se dá quando o servidor é


aposentado por invalidez (problema que o impede de exercer qualquer cargo na Adm Pública).
Contudo, existem moléstias que são curáveis… doenças que não necessariamente levam a uma
invalidez definitiva.

1- Reversão de ofício (art. 25, I, L. 8.112) - O aposentado por invalidez é chamado para
fazer perícia médica e se esta constatar que o servidor recompôs a sua capacidade
laborativa, acontecerá a reversão da aposentadoria (compulsória). “​Quando a junta
médica constata que deixaram de existir os motivos que levaram o servidor a
aposentar-se por ​invalidez permanente”.

2- Reversão à pedido (art. 25, II, L. 8.112) - o servidor se aposenta, mas pede o retorno,
pede a reversão. Esta reversão facultativa exige a observação de 5 requisitos, quais
sejam:

1 - Não pode ter idade da compulsória


2 - Requerimento específico
3 - Tem que haver cargo vago para o retorno
4 - Interesse da Administração
5 - Não ter 5 anos de aposentadoria.

5. Aproveitamento - ​servidor em disponibilidade. ​“Trata-se do retorno do servidor que havia sido


posto em disponibilidade (estável, portanto) a um cargo de atribuições e vencimentos
compatíveis com o anteriormente ocupado (o qual foi extinto, ou teve declarada sua
desnecessidade).”
OBS - Aproveitado é o servidor que está posto em disponibilidade. Servidor em disponibilidade é
diferente de servidor que está à disposição. Servidor à disposição corresponder a cessão de servidores,
isto é, um órgão empresta seu servidor para trabalhar em outro.

AULA 04 - 16.03.18 - SERVIDORES PÚBLICOS

6. Vacância ou desinvestidura ​ȗ

Vacância é o posto de provimento.


ALEXANDRINO 1“​A Lei 8.112 denomina vacância as hipóteses em que o servidor desocupa o seu cargo,
tornando-o passível de ser preenchido por outra pessoa.” As hipóteses de vacância são: ​exoneração​, ​demissão​,
promoção​, ​readaptação​, ​aposentadoria​, posse em outro cargo inacumulável, ​falecimento. [...] Ocorrem
simultaneamente vacância e provimento nos casos de ​promoção​, ​readaptação e ​posse em outro cargo
inacumulável.​ Nas demais hipóteses ocorre apenas vacância.”

6.1 Exoneração - não decorre do cometimento de falta.

- A pedido - ​pede pra sair - pedido de exoneração.


- De ofício - ​cargos de provimento em comissão - livre nomeação e exoneração. Se dá de
ofício, desnecessidade de dar satisfação.
- Motivada - ​motivada pois é necessário demonstrar os fundamentos de fato e de direito
que levam a Administração a exonerar o servidor.​ ​Possui 3 hipóteses:
- 1) Inabilitação no estágio probatório
- 2) Contenção de limites de gastos com o pessoal - folha de pagamento
- 3) Servidor estável e efetivo por insuficiência de rendimentos.

6.2 Demissão - decorre do cometimento de falta grave. Deve acontecer mediante processo
administrativo. ​→ SERVIDOR EFETIVO

6.3 Destituição - também decorre do cometimento de falta grave - mediante processo


administrativo ​→ SERVIDOR QUE OCUPA CARGO EM COMISSÃO

A destituição ocorre quando o servidor for APENAS comissionado. Se ele for efetivo e comissionado,
será apurado no processo e feita a demissão. A demissão e destituição juntas seriam como que uma
punição dupla pelo mesmo fato.

1
CUIDADO COM ESSAS HIPÓTESES BEM AÍ… :D
6.4 Readaptação - ​o servidor que for acometido de alguma moléstia que o incapacite para o
cargo, será readaptado. Se a moléstia o incapacita para o serviço, o servidor é aposentado por invalidez
(precedida de 24 meses de licença médica); se o incapacita para o cargo, ele será readaptado a um
cargo compatível com sua limitação.

6.5 Falecimento - ​ɤ

6.6 Aposentadoria - ​quando o servidor passa para a inatividade remunerada. A CF exige que o
servidor tenha TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO + IDADE.

TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO IDADE

HOMEM 35 60

MULHER 30 55

A aposentadoria pode ser voluntária, compulsória ou por invalidez.


- voluntária - quando o servidor pede para aposentar.
- compulsória - quando o servidor atinge a idade.
- por invalidez - já explicou

A voluntária pode ser com proventos integrais ou com proventos proporcionais. Integral quando
preenche os requisitos de contribuição e idade.
A compulsória pode ser com proventos integrais ou com proventos proporcionais. Serão proporcionais
quando atingida a idade máxima, porém ainda não a contribuição necessária.
Por invalidez com proventos integrais - doenças consideradas incapacitantes de acordo com a lei;
proventos proporcionais - doenças de outra natureza/origem.

OBS - antes de 98 o requisito era 35 anos de serviço para o homem e a mulher 30.

7. Responsabilização dos servidores


O servidor é responsável pela execução das atribuições, e quando ele as tiver executando, deverá
fazê-lo com perfeição, pois se assim não o fizer, está sujeito a ser responsabilizado civil, administrativa e
penalmente, ou ainda configurar ato de improbidade administrativa.

Estas quatro esferas de responsabilização dos servidores são independentes entre si. Cada uma delas
tem uma origem e um resultado a ser alcançado específicos.
7.1 Responsabilização civil - ʙ ​refere-se à questão patrimonial. Quando o servidor ao executar
sua atribuição, o faz de maneira errada, esse erro pode gerar reflexos na ordem patrimonial da
Administração, da conduta dele houve um prejuízo.

Se a conduta gerou prejuízo para um terceiro, a Administração Pública responde objetivamente perante
terceiro, mas depois que ela pagar o prejuízo, irá cobrar do servidor. Recomposição do patrimônio da
Administração que foi lesado pela conduta do servidor público. O objetivo da responsabilidade civil é
fazer com que o servidor repare o prejuízo que causou, o caminho a ser percorrido é o processo civil, por
meio de uma ação de cobrança/regressiva, por exemplo.

obs - quando o servidor causa prejuízo a um terceiro, quem responde é a Administração,


regra do art. 37, 6º, CF:

Art. 37. ​A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte: ​§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
casos de dolo ou culpa.

O Estado paga e esta responsabilidade do Estado em relação ao terceiro prejudicado, é ​responsabilidade


objetiva​, independe de culpa. Contudo, quando a Adm tiver de cobrar do servidor por este prejuízo suportado
perante terceiro, ​a responsabilidade do servidor é subjetiva​, isto é, deverá ser comprovada a culpabilidade deste,
se agiu dolosa ou culposamente.

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda
que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. ​Aquele que, por ato ilícito (​arts. 186 e 187​), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

7.2 Responsabilização administrativa - ​se o servidor executa mal sua atribuição gera um prejuízo
à Administração - quando o servidor viola a rotina administrativa, está sujeito a punições na ordem
administrativa. Punições a que ficam sujeitos os servidores que executam mal sua atribuição,
ocasionando desequilíbrio na rotina administrativa: Advertência, suspensão, demissão, destituição,
estes objetivos são buscados por meio de um processo administrativo.

7.3 Responsabilidade penal - ​objetiva privar o indivíduo da liberdade, por meio do processo
penal. O indivíduo pode, hipoteticamente pagar o prejuízo, ser demitido e ainda ir preso - são esferas de
responsabilização independentes, o que há de comum é o fato. Excepcionalmente o que for apurado
no processo penal interferirá no processo civil e administrativo.
O que se produz no processo penal pode ​gerar ​(interferência positiva) ou ​excluir ​(interferência negativa)
responsabilidade na esfera administrativa e civil.

Interferência positiva - Existem determinados crimes que ao sair a sentença penal condenatória já
prevê o pagamento do prejuízo, se manda pagar o prejuízo, verifica-se a desnecessidade do processo
civil. Ou então sentenças que condenam à perda do cargo, ou seja, condenou administrativamente.

Interferência negativa - 2 hipóteses - ficar constatado no processo penal que o indivíduo não foi o autor
do fato a ele atribuído, mas tiver sido condenado no processo administrativo, isto é, foi demitido,
acontecerá a reintegração (pois presume-se que a demissão foi ilegal) - se não foi ele no processo
penal, não foi ele em lugar nenhum.

Será absolvido por ​negativa de autoria​, e esta absolvição por negativa de autoria exclui as demais, ou
Se penalmente comprovado que o​ fato não existiu​.

Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou
sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal.

7.4 Responsabilidade por atos de improbidade administrativa - ​art. 12 da Lei de Improbidade.


Independente das sanções de natureza administrativa, civil e penal o servidor responderá por
improbidade administrativa.

- condutas que causam enriquecimento ilícito ao agente - não geram prejuízo à


Administração.
- condutas que causam prejuízo ao erário - não necessariamente o agente estará
auferindo vantagem, mas sua conduta gera prejuízo à Adm.
- condutas que violam princípios da administração

Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem
patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no
art. 1° desta lei, e notadamente:
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa,
que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades
referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou
omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:

AULA 05 - 23.03.18 - SERVIDORES PÚBLICOS (Cont)


8. Deveres
8.1 Dever de lealdade ou fidelidade - o servidor público deve respeitar a CF, as normas, as leis…
executar com perfeição e prazer suas atribuições. Dever de respeito às instituições.

8.2 Dever de conduta ética - ​ligado diretamente ao princípio da moralidade. Não se refere à ética
do servidor, pois ética é conceito subjetivo. Aqui a ética é analisada sob a perspectiva da Administração
- ética administrativa.

8.3 Dever de obediência - ​em última análise, obediência à lei. 1) obrigação de cumprir ordens
legais e 2) obrigação de não cumprir ordens claramente ilegais.

9. Direitos - ​art. 7º, CF - os que estão elencados no 37, aplicam-se aos servidores.

9.1 Remuneração ou sistema remuneratório -

9.1.1 Subsídios - ​O subsídio é o sistema remuneratório obrigatório para os agente políticos.


Verbas de caráter remuneratório (parcela única). Verbas de caráter indenizatório (em tese para
recompor o patrimônio).

9.1.2 Vencimentos - ​A parcela remuneratória comporta o pagamento de outras verbas.


vencimen​to base + gratificação de natureza técnica + gratificação x - Remuneração R$3.000,00
(venciment​os​)

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte: X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou
alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma
data e sem distinção de índices;

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