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EDUCAÇÃO FISCAL:
TRIBUTAÇÃO, ORÇAMENTO
E COESÃO SOCIAL
ORÇAMENTO E
COESÃO SOCIAL
Sumário
Referências.............................................................................................................................. 36
Bibliografia adicional.............................................................................................................. 40
Legislação básica................................................................................................................... 41
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Tanto para fins de eficiência (aspecto técnico) quanto para fins de transparência
(aspecto político), o orçamento, as finanças, as compras e os gastos públicos, em
regimes democráticos, são praticados sob sistemas e mecanismos de controle formais e
rotinizados, mais eficazes ou menos eficazes conforme cada realidade histórica.
Vejamos um exemplo:
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O controle interno recebe este nome porque é praticado por agentes de dentro
do próprio poder que tomam decisões orçamentárias e financeiras que, em seguida,
se materializam em aquisições e contratações e, portanto, em pagamentos feitos com
dinheiro público e no recebimento de bens e serviços necessários à materialização das
políticas públicas e à prestação de serviços públicos.
Ele deve ser solidário ao controle externo no combate a incorreções e desvios. Cabe
a ele, mais especificamente, o controle de natureza gerencial, ou seja, aquele necessário
para que o governo atinja seus objetivos e o faça com o uso mais eficiente possível dos
recursos disponíveis.
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O controle externo, por sua vez, é aquele realizado por outro agente que não o
responsável pelas decisões e ações que precisam ser avaliadas do ponto de vista da
transparência, da lisura e da eficiência. A fiscalização das receitas, despesas, contas
e resultados e licitações e contratos de um poder pelo outro (Legislativo fiscalizando
Executivo) é um exemplo clássico de controle externo (ASSIS, 2010). Geralmente, ele é
realizado com apoio técnico de órgãos como tribunais de contas ou similares, porque
estes oferecem aos parlamentares a expertise necessária ao cumprimento da função
fiscalizadora ou de controle das finanças públicas. A prática mais comum, neste caso,
é a de auditoria e confecção de relatórios periódicos (anuais) ou mediante solicitação,
com suficientes informações e explicações para que possam ser apreciados pelos
parlamentares, não necessariamente especialistas nesses assuntos.
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No caso do controle externo, são cruciais os critérios para nomeação dos dirigentes,
para evitar que estes não cooperem com os controlados em possíveis desvios por
eles cometidos ou comandados. Assim, a indicação de correligionários políticos para
tribunais de contas (comum, por exemplo, no Brasil) deve ser evitada, já que pode
resultar em situações em que relatórios de técnicos reprovando contas terminam sendo
desconsiderados nos pareceres dos conselheiros, que detêm a decisão final: contas
tecnicamente reprovadas são, assim, politicamente aprovadas ou vice-versa.
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Esta é uma questão que deve estar sempre presente em assuntos de controle
social das finanças públicas, ensejando propostas e pressões para que os
sistemas, estruturas, mecanismos, procedimentos e agentes dos controles
estatais internos e externos do orçamento, das contas e das compras e con-
tratações públicas funcionem do modo mais conveniente ao interesse coletivo
e mais eficaz contra a corrução e todo tipo de desvio, descaso ou abuso.
Mesmo que sejam criadas formas de controle direto pelos cidadãos-eleitores-
-contribuintes, os controles interno e externo especializados continuam sendo
necessários devido ao profissionalismo e quotidianidade de sua atuação,
como deixam claro Bugarin; Vieira; Garcia (2007).
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II - comprovar
Unidade a legalidade
5: Controle e avaliar
Institucional os resultados,
e Social quanto
das Finanças à eficácia
públicas e
e do Orçamento
eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e
entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos
públicos por entidades de direito privado;
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A Constituição Federal brasileira acolhe (§ único do artigo 1º.) que todo poder emana
do povo, dando-lhe, ainda, a possibilidade de intervir por meio de plebiscito, referendo
(art. 14) e iniciativa popular (§ 2º. do art. 61). O § 2º de seu artigo 74 diz que “Qualquer
cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei,
denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União”, abrindo
à cidadania a oportunidade de fiscalizar a gestão dos recursos financeiros, aquisições e
contratações. A legislação infraconstitucional, desde então, consagra vários instrumentos
e canais de participação popular.
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Diretas Já
Em 1984-85, o movimento pelas Diretas Já varreu o país de norte a sul,
1984-1985
contra as eleições indiretas impostas pelo regime militar e contra os
casuísmos eleitorais recorrentes.
Congelamento de preços
Em 1986, o povo foi às ruas em defesa do congelamento de preços imposto
1986 para controlar a inflação (“fiscais do Sarney”, no Plano Cruzado).
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nas ruas e praças, lutando, primeiro, contra a ditadura militar e, depois, por
melhorias institucionais e seriedade republicana na gestão pública.
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Congelamento de preços
Em 1986, o povo foi às ruas em defesa do congelamento de preços imposto
1986 para controlar a inflação (“fiscais do Sarney”, no Plano Cruzado).
Constituição Cidadã
Em 1987-88, esteve mobilizado pela Constituinte e no debate das
1987-1988
mudanças constitucionais plasmadas na última Carta Magna, denominada
“Constituição Cidadã”.
Caras pintadas
1992
Em 1992, impôs impeachment ao Presidente Collor (“caras pintadas”)
Consocial
Mais recentemente (2011-2012), ocorreu, no Brasil, um processo de
mobilização e debate que culminou com a 1ª. Conferência Nacional sobre
Transparência e Controle Social (Consocial). Foram tratados os seguintes
2011-2012 temas: Promoção da transparência pública e acesso à informação e dados
públicos; Mecanismos de controle social, engajamento e capacitação da
sociedade para o controle da gestão pública; A atuação dos conselhos de
políticas públicas como instâncias de controle; Diretrizes para a prevenção
e o combate à corrupção.
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De acordo com estudos recentes (diversos capítulos de Avritzer, 2010, por exemplo),
o funcionamento e a influência efetiva dos conselhos gestores de políticas públicas variam
muito de área para área de atuação governamental, assim como de governo para governo,
alterando-se para melhor ou pior ao sabor da conjuntura.
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1 Porto Alegre RS 4 44
2 Belo Horizonte MG 3 20
3 Recife PE 3 7
4 Belém - PA 3 6
5 Santo André SP 3 6
6 Vila Velha ES 3 3
7 Ipatinga MG 4 3
8 Vitória da Conquista BA 3 3
9 Icapuí CE 4 2
10 Piracicaba SP 3 2
11 Barra Mansa RJ 3 2
12 Vitória ES 4 2
13 Franca SP 3 1
15 Caxias do Sul RS 3 1
16 Viamão RS 3 1
17 Jaboticabal SP 3 1
18 Gravataí RS 3 1
19 Teresina PI 4 1
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Seja por uma razão, seja por outra – de cunho mais social, em países pobres; mais
político-ideológica em países ricos – a defesa da democracia participativa aponta na
direção da insuficiência da democracia representativa tradicional (PNUD, 2004), embora,
na maioria das vezes, sem propor a substituição de uma pela outra, pela aceitação de
que a democracia direta é impraticável em sociedades de massas e complexas como as
atuais.
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Observe
A resposta será tanto melhor quanto maior for a capacidade das sociedades de
promover e praticar o protagonismo cidadão, combinado com um ethos republicano. Será,
pois, uma resposta de natureza valorativa, tecnopolítica, impossível de ser formulada e,
depois, urdida, na prática, por meio simplesmente da técnica ou da ciência.
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Importante
O orçamento participativo, uma das IPs mais promissoras, em que pese sua
validade como tentativa de aprofundamento democrático e o potencial que
carrega para isso, precisa ser avaliado a partir de uma variedade de critérios,
conforme argumentam Pires e PinedaNebot (2011), devendo ser defrontado
com a pergunta formulada por Montecinos (2009): consiste o OP num com-
plemento à democracia representativa ou se subordina a ela? Se for um com-
plemento, há que se verificar com que efeitos concretos para o aprofunda-
mento democrático; e se for subordinado ao que já existe enquanto prática
democrática, será necessário entender porque persistem as tentativas de
implementá-lo.
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Referências
AVRITZER, L. (Org.). A dinâmica da participação local no Brasil. São Paulo: Ed. Cortez,
2010.
BUGARIN, M. S.; VIEIRA, L. M.; GARCIA, L. M. Controle dos gastos públicos no Brasil:
instituições oficiais, controle social e um mecanismo para ampliar o envolvimentoda
sociedade. Rio de Janeiro: Konrad-Adenauer-Stiftung, 2003.
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MACHADO, N.; HOLANDA, V. B. de. Diretrizes e modelo conceitual de custos para o setor
público a partir da experiência no governofederal do Brasil. Revista de Administração
Pública, v. 44, n. 4, p. 791-820, jul.-ago. 2010.
PIRES, V. Orçamento Participativo: o que é, para que serve, como se faz. Barueri SP: Ed.
Manole, 2001.
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___ . Orçamento Participativo em Porto Alegre: para uma democracia redistributiva. In:
SOUZA SANTOS, B. de (Org.). Democratizar a democracia: os caminhos da democracia
participativa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, p. 455-560, 2002.
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Bibliografia adicional
DAHL, Robert. Democracy and its Critics.New Haven/London, Yale University Press, 1989.
FARIA, H.; MOREIRA, A.; VERSOLATO, F. (Orgs.). Você quer um bom conselho? Conselhos
municipais de cultura e cidadania cultural.São Paulo: Instituto Pólis, 2005. 128p.
(Publicações Pólis, 48). Disponível em: <http://www.polis.org.br/uploads/1007/1007.
pdf>. Acesso em 01 fev. 2014.
OLIVIERI, C. A lógica política do controle interno. São Paulo: Ed. Anablume, 2010.
SOUTO, A. L.; PAZ, R. (Org.). Novas lentes sobre a participação: utopias, agendas e
desafios. São Paulo: Instituto Pólis, 2012.
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Legislação básica
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Biblioteca Virtual sobre Orçamento Participativo (BVOP), com livros, artigos, links, vídeos
e notícias: http://brazilianparticipatorybudgeting.wordpress.com/
Instituto Pólis, tradicional ONG que atua na área de políticas públicas, cidadania e
urbanismo: http://www.polis.org.br/
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