Você está na página 1de 3

- CLASSIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS

* Serviços públicos e de utilidade pública


Serviços públicos: propriamente ditos, são os que a Administração presta diretamente
à comunidade, por reconhecer sua essencialidade e necessidade para sobrevivência do
grupo social e do próprio Estado. Ex: defesa nacional, polícia e fiscalização de
atividades.
Serviços de utilidade pública: são os que a Administração, reconhecendo sua
conveniência (não essencialidade, nem necessidade) para os membros da coletividade,
presta-os diretamente ou aquiesce em que sejam prestados por terceiros
(concessionários, permissionários ou autorizatários), nas condições regulamentadas e
sob seu controle, mas por conta e risco dos prestadores, mediante remuneração dos
usuários. Assim, são convenientes, mas não essenciais: Ex: telefonia, transporte...
* Serviços próprios e impróprios do Estado
Serviços próprios do Estado: conforme Dirley da Cunha Jr. São aqueles que,
atendendo a necessidades coletivas, o Estado os assume como seus e os presta
diretamente (por meio de seus órgãos e agentes) ou indiretamente (por meio de
entidades da Administração Indireta e concessionários, permissionários e
autorizatários).
Serviços impróprios do Estado: conforme a lição do mesmo autor, são os que embora
também destinados à satisfação das necessidades coletivas, não são assumidos nem
prestados pelo Estado, seja direta ou indiretamente, mas apenas autorizados,
regulamentados e fiscalizados. Eles correspondem a atividades privadas e recebem
impropriamente o nome de serviços públicos, porque atendem a necessidades de
interesse geral. Por serem atividades privadas, são exercidas por particulares, mas, por
atenderem a necessidades coletivas, dependem de autorização do Poder Público,
estando sujeitas a maior ingerência do poder de polícia do Estado. Maria Sylvia
denomina de serviços autorizados. Hely Lopes Meireles coloca como exemplo de
serviços autorizados o de táxi, despachantes, de pavimentação de ruas por conta dos
moradores, guarda particular de estabelecimento e residências.
OBS! Hely Lopes Meirelles apresenta a seguinte classificação: “os serviços próprios são
aqueles que se relacionam intimamente com as atribuições do Poder Público
(segurança, polícia, higiene e saúde públicas etc.) para a execução dos quais a
Administração usa de sua supremacia sobre os administrados. Por essa razão, só
devem ser prestados por órgãos ou entidades públicas, sem delegação a particulares”.
“os serviços impróprios são os que não afetam necessariamente as necessidades da
comunidade, mas satisfazem interesses comuns de seus membros, e, por isso, a
administração os presta remuneradamente, por seus órgãos ou entidades
descentralizadas, ou delega sua realização a concessionários, permissionários ou
autorizatários.”
Quanto ao objeto: Serviços administrativos e industriais
Serviços administrativos: são os que a Administração executa para atender a suas
necessidades internas ou preparar outros serviços que serão prestados ao público, tais
como o da imprensa oficial, das estações experimentais e outros dessa natureza.
Serviços comerciais ou industriais: são os que produzem renda para quem os presta,
mediante a remuneração da utilidade usada ou consumida, remuneração, esta, que,
tecnicamente, se denomina tarifa ou preço público, por ser sempre fixada pelo Poder
Público, quer quando o serviço é prestado por seus órgãos e entidades, quer quando
por concessionários, autorizatários ou permissionários. Esse tipo de serviço pode ser
prestado direta ou indiretamente pelo Estado (por concessionários, autorizatários ou
permissionários).
* Quanto à maneira como ocorrem para satisfazer o interesse geral: Serviços uti
universi e uti singuli
Serviços uti universi ou gerais: são aqueles que a Administração presta sem ter
usuários determinados, para atender à coletividade no seu todo, como os de polícia,
iluminação pública, calçamento e outros dessa espécie.
Serviços uti singuli ou individuais: são os que têm usuários determinados e utilização
particular ou mensurável para cada destinatário, como ocorre com o telefone, a água e
a energia elétrica domiciliares.

* Quanto ao critério da exclusividade ou não da prestação dos serviços: Serviços


públicos exclusivos e não exclusivos do Estado
Serviços exclusivos: são aqueles que só podem ser prestados pelo Estado, quer
diretamente (por seus órgãos), quer indiretamente (por meio de das entidades da
Administração Indireta, ou pelas concessionárias e permissionárias). Ex: correio aéreo,
serviços postais, radiodifusão, telecomunicações, energia elétrica, navegação aérea
etc.
Serviços não exclusivos: são todos os serviços sociais que também podem ser
prestados pelo particular. Nesse caso, o Estado supervisiona, autoriza ou regulamenta
e acompanha a execução. Ex: saúde, previdência e assistência sociais, educação etc.
OBS! Conforme adverte Maria Sylvia, os serviços não exclusivos do Estado, são
considerados serviços públicos próprios, quando prestados pelo Estado; e podem ser
considerados impróprios, quando prestados por particulares.
Serviços uti universi ou gerais: são aqueles que a Administração presta sem ter
usuários determinados, para atender à coletividade no seu todo, como os de polícia,
iluminação pública, calçamento e outros dessa espécie. (custeio = IMPOSTOS)
Serviços uti singuli ou individuais: são os que têm usuários determinados e utilização
particular ou mensurável para cada destinatário, como ocorre com o telefone, a água e
a energia elétrica domiciliares. (custeio = TAXAS (pode ser tarifa))

Você também pode gostar