Você está na página 1de 7

OPERAÇÃO RECLUSÃO

LEI nº 13.869/19 – ABUSO DE AUTORIDADE

INDÍCE DO MATERIAL

ATENÇÃO............................................................................................................................................................... 2
01. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS .......................................................................................................................... 2
02. ABRANGÊNCIA DA LEI - APLICAÇÃO .................................................................................................................. 2
03. SUJEITOS DO CRIME ......................................................................................................................................... 3
04. AÇÃO PENAL .................................................................................................................................................... 3
05. EFEITOS DA CONDENÇÃO ................................................................................................................................. 4
06. PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS ..................................................................................................................... 5
07. ESFERAS DE RESPONSABILIDADE ...................................................................................................................... 6
08. DOS CRIMES e das PENAS................................................................................................................................. 6
>> DISPOSIÇÕES GERAIS ..................................................................................................................................... 6

1
LEI DO DIREITO AUTORAL – Nº 9.610 de 19 de FEVEREIRO de 1998
PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS OU NÃO, EM
QUALQUER MEIO DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS.
93a42f5efbd648c4ad9b67d9107f13db_933.388.132-87_1749
OPERAÇÃO RECLUSÃO
LEI nº 13.869/19 – ABUSO DE AUTORIDADE

LEI nº 13.869/19 – ABUSO DE AUTORIDADE

PARTE GERAL 02. ABRANGÊNCIA DA LEI - APLICAÇÃO

ATENÇÃO Abrangência da Lei – esta lei se aplica para toda a


Administra Pública, Direta (União, Estados, DF e
Olá, futuros e futuras Policiais! Tudo no mais alto Municípios), bem como para a Indireta (Autarquias,
padrão? Pois bem, iremos estudar a NOVA LEI DE ABUSO Fundações Públicas, Empresas Públicas e Sociedades de
DE AUTORIDADE. Economia Mista), em todas as esferas de poder (Executivo,
Legislativo e Judiciário). É uma lei de abrangência GERAL.
Deve ser um assunto cauteloso, pois, por ser uma
lei recente, não há muitas questões sobre o assunto, como * Militares – essa lei também abrange e é aplicada para os
também, muitas dúvidas que ainda não foram interpretadas militares, quando praticarem os crimes previstos nessa lei
pela doutrina e jurisprudência. Logo, como proceder o em razão da função ou a pretexto de exercê-la.
estudo dessa lei? A banca examinadora não irá querer
entrar em divergências ou posições ainda não solucionadas, * Membros do Poder Legislativo – também são alcançados
ela quer evitar o máximo de recursos contra as questões, por essa lei. (Senadores, Deputados Federais, Deputados
portanto, ela será muito técnica e objetiva – provável que Estaduais e Vereadores).
cobre simplesmente a literalidade do texto de lei. Portanto,
* Membros do Poder Judiciário – também são alcançados
se preocupe tão somente em memorizar o texto de lei, isso por essa lei. (Ministros, Desembargadores e Juízes).
será mais que o suficiente para acertar as questões de
prova. * Membros do Poder Executivo – também são alcançados
por essa lei. (Governadores, Prefeitos, Presidente, Ministros
OBSERVAÇÃO: o material produzido a seguir é a de Estado, Secretários Estaduais e Municipais, etc).
esquematização da lei, dando ênfase nos pontos chaves que
poderão ser objeto de prova. A leitura desse material NÃO * Membros do MP – essa lei também alcança os Ministérios
SUBSTITUI a leitura do texto de lei. Utilize esse material de Públicos. (Promotores e Procuradores).
forma complementar, pois, a leitura fria da lei deve ser o
* Membros dos Tribunais de Conta e Conselhos de Conta –
principal.
essa lei também alcança os auditores dos tribunais de
fiscalização financeira – Tribunais e Conselhos de Conta.

01. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS “Art. 2º. É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade
qualquer agente público, servidor ou não, da administração
* A nova lei de abuso de autoridade prevê: condutas,
direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da
sujeitos, regras processuais e penas aplicadas para aqueles
União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de
que cometam Abuso de Autoridade. Território, compreendendo, mas não se limitando a:
* As condutas previstas nesta lei precisam de uma
finalidade específica (DOLO específico). I - servidores públicos e militares ou pessoas a eles
equiparadas;
* Finalidade Específica (DOLO): prejudicar outrem ou
beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero II - membros do Poder Legislativo;
capricho ou satisfação pessoal.
III - membros do Poder Executivo;
“art. 1º, § 1º. As condutas descritas nesta Lei constituem
crime de abuso de autoridade quando praticadas pelo IV - membros do Poder Judiciário;
agente com a finalidade específica de prejudicar outrem ou
beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero V - membros do Ministério Público;
capricho ou satisfação pessoal.”
VI - membros dos tribunais ou conselhos de contas.
OBSERVAÇÃO: LEVE PARA A PROVA – as condutas dos
(...)”
crimes de Abuso de Autoridade apenas comportam a
modalidade DOLOSA.
Em tese, essa lei pega todo mundo, não escapa
NÃO existe a modalidade CULPOSA para tais crimes. ninguém. (Na lei, a prática é outra realidade, kkkkkk).
Ademais, o art. 2º traz um rol de sujeitos abarcados por essa

2
LEI DO DIREITO AUTORAL – Nº 9.610 de 19 de FEVEREIRO de 1998
PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS OU NÃO, EM
QUALQUER MEIO DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS.
933.388.132-87_1749_93a42f5efbd648c4ad9b67d9107f13db
OPERAÇÃO RECLUSÃO
LEI nº 13.869/19 – ABUSO DE AUTORIDADE

lei, mas, logo em seguida, determina que a aplicação da lei policial) para invadir e entrar na casa também. O amigo não
NÃO SE LIMITA a eles – portanto, tem-se um ROL é um agente público, mas atuou em conjunto/concurso com
EXEMPLIFICAITIVO. um, portanto também pratica o crime de abuso de
autoridade, na condição de COAUTOR.
03. SUJEITOS DO CRIME
Para que o particular responda por abuso de autoridade em
Quando falamos de sujeito, estamos querendo concurso com um agente público é necessário que ele tenha
saber “QUEM PRATICA o crime” e “QUEM SOFRE com o conhecimento da CONDIÇÃO de Agente Público do sujeito.
crime”. Dito isso, temos os Sujeito Ativo e o Sujeito Passivo.
Ademais, o particular que ajudar, de qualquer forma,
> Sujeito Ativo (Específico): deve ser um agente público, agente público a cometer abuso de autoridade, também
em regra. responderá, na condição de PARTÍCIPE.

* Agente Público – o termo agente público utilizado na lei é “Art. 2º Parágrafo único. Reputa-se agente público, para os
AMPLO e abrange todo mundo. Vamos entender. efeitos desta Lei, todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição,
“Art. 1º. Esta Lei define os crimes de abuso de autoridade, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra
cometidos por agente público, servidor ou não, que, no forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego
exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse ou função em órgão ou entidade abrangidos pelo caput
do poder que lhe tenha sido atribuído.” deste artigo.”
- Servidor em exercício: agente público que, Em suma, exerceu FUNÇÃO PÚBLICA? Então está
quando em serviço, abusa de suas funções, com a finalidade apto a responder por Abuso de Autoridade. Não importa se
de prejudicar alguém, beneficiar a si próprio ou terceiro, a função pública é remunerada ou não, se ela é permanente
bem como, abusa de suas funções por mero capricho ou ou temporária, ou, qual a forma de investidura. O que
satisfação pessoal. importa é que é uma função pública, então pode ser sujeito
- A pretexto de exercê-las: é o agente público que, ATIVO.
estando em seu dia de folga, utiliza-se do poder e das > Sujeito Passivo: é aquele que sofre as consequências do
facilidades de suas funções para comer abuso – Abuso. Temos como sujeito passivo a Vítima que sofreu o
prejudicando alguém, beneficiando a si ou a terceiro, ou abuso, bem como o Estado, pois o agente público age em
ainda, buscando satisfação pessoal ou capricho. nome do poder público. Se o agente púbico age com abuso,
Note, nessa situação, o agente não está no ele está manchando e sujando o nome da instituição pública
exercício da função, mas a utiliza, vale-se do poder e das governamental a qual pertence.
facilidades conferidas a ele. Abusa do poder a pretexto de
exercer sua função. EXEMPLO: servidor policial, em dia de
04. AÇÃO PENAL
folga, dá carteirada para entrar em um ambiente privado,
em uma boate. Nessa situação, estará a pretexto de exercer * A Ação Penal nos crimes de abuso de autoridade é
sua função – valendo-se dela – para benefício próprio. PÚBLICA INCONDICIONADA.

“Art. 2º. É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade * A ação pública incondicionada determina que, ocorrendo
qualquer agente público, servidor ou não, da administração crime de Abuso de Autoridade, não importa as condições,
direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da deverá ser apurado e processado pelo Estado.
União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de
Mas e se a vítima não quer processar? Não
Território, compreendendo, mas não se limitando a: (...)”
importa, a titularidade do processo é do Estado e não da
Obs: o art. 2º da lei é exemplificativo, aberto, incluindo vítima. Ocorreu abuso? Vai ser processado sim!
como sujeito do abuso de autoridade até mesmo aquele * Por ser Ação Penal PÚBLICA, o titular da ação, ou seja,
não SERVIDOR – particular. Como assim, professor? aquele que irá dar início ao processo com a acusação, será
O particular também pode ser sujeito ativo de Abuso de o MINISTÉRIO PÚBLICO.
Autoridade, desde que em conjunto/concurso com algum
Agente Público. Exemplo: imagine que um policial quer
entrar na casa de seu desafeto, sem mandado judicial para
tanto. Nesse fato, chama seu amigo íntimo (particular – não

3
LEI DO DIREITO AUTORAL – Nº 9.610 de 19 de FEVEREIRO de 1998
PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS OU NÃO, EM
QUALQUER MEIO DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS.
933.388.132-87_93a42f5efbd648c4ad9b67d9107f13db_1749
OPERAÇÃO RECLUSÃO
LEI nº 13.869/19 – ABUSO DE AUTORIDADE

AÇÃO PENAL PRAZO: * Réu Preso – 05 dias


AÇÃO PRIVADA SUBSIDIÁRIA
* Réu Solto – 15 dias

* Mesmo sendo crime de ação penal PÚBLICA REGRA: PÚBLICA INCODICIONADA


INCONDICIONADA, é admitida a Ação Penal PRIVADA
EXCEÇÃO: PRIVADA SUBSIDIÁRIA
SUBISIDIÁRIA.
PRAZO: 06 MESES
* Quando? Quando a ação penal pública não for
intentada/iniciada no prazo legal. O PRAZO É CONTADO DA
NEGLIGÊNCIA/AUSÊNCIA DO MP.
* Qual o prazo para o MP propor a ação penal? O MP tem
um prazo de 05 dias (réu preso) ou 15 dias (réu solto ou MOTIVO: ação pública não
afiançado). Logo, caso o MP não proponha a ação penal intentada no prazo legal.

nesse prazo, é admitida a Ação Penal Privada Subsidiária.

* Qual o prazo para a vítima ingressar com a Ação Privada TITULAR: MP - aditar a queixa; repudiar a queixa; oferecer
denúncia substitutiva; intervir em todos os
Subsidiária? O prazo é de 06 MESES (PRAZO DEDADENCIAL termos do processo; fornecer elementos de
IMPRÓPRIO), que serão contados a partir da prova; interpor recursos; e tomar a ação
negligência/ausência do MP. como parte principal.

* Esgotou o prazo para o MP ingressar com a ação penal


pública? Então a vítima possui 06 meses para ingressar com
a ação privada subsidiária. Passado esse prazo, a vítima
perde o direito de ingressar com a ação subsidiária, por isso
tem-se um prazo decadencial. 05. EFEITOS DA CONDENÇÃO

* Entretanto, mesmo esgotado o prazo da ação subsidiária, Caso o sujeito (agente público e equiparado) seja
o MP pode a qualquer momento ingressar com a ação penal condenado por abuso de autoridade, sua condenação terá
pública. Sendo assim, tem-se que o prazo decadencial da os seguintes efeitos:
ação subsidiária é IMPRÓPRIO, pois não extingue a Obs: é importante frisar que os efeitos da condenação são
punibilidade. EXTRAPENAIS. Caso a questão afirme que tais efeitos são
* Ingressando com a Ação Privada Subsidiária, quem é de natureza PENAL, a questão estará ERRADA.
titular da ação? Continua sendo o MP, podendo, a qualquer
> REPARAÇÃO DO DANO
momento:
* é obrigatório.
- aditar a queixa; - repudiar a queixar; - oferecer denúncia
substitutiva; - intervir em todos os termos do processo; - * é automático.
fornecer elementos de prova; - interpor recursos; e tomar a
ação como parte principal. * NÃO está condicionado à reincidência.

* Juiz deve fixar valor mínimo de reparação, na sentença (a


pedido/requerimento do ofendido).
“Art. 3º. Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal
pública incondicionada.
> INABILITAÇÃO P/ EXERCÍCIO DO CARGO
§ 1º. Será admitida ação privada se a ação penal pública não
for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público * Período da Inabilitação: 01 a 05 anos.
aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva,
intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos * É condicionado à REINCIDÊNCIA ESPECÍFICA.
de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de * O agente primário não sofre tal efeito.
negligência do querelante, retomar a ação como parte
principal. * NÃO é automático.

§ 2º. A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6 * Precisa ser motivado na sentença.
(seis) meses, contado da data em que se esgotar o prazo
para oferecimento da denúncia.”

4
LEI DO DIREITO AUTORAL – Nº 9.610 de 19 de FEVEREIRO de 1998
PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS OU NÃO, EM
QUALQUER MEIO DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS.
1749_933.388.132-87_93a42f5efbd648c4ad9b67d9107f13db
OPERAÇÃO RECLUSÃO
LEI nº 13.869/19 – ABUSO DE AUTORIDADE

> PERDA DO CARGO, MANDATO ou FUNÇÃO PÚBLICA Portanto, os crimes de Abuso de Autoridade são
possíveis a substituição da PPL por PRD. Preenchidos os
* É condicionado à REINCIDÊNCIA ESPECÍFICA. requisitos, substitui a pena.
* O agente primário não sofre tal efeito. Obs: TODOS os crimes de abuso de autoridade podem ter
* NÃO é automático. sua pena privativa de liberdade substituída por pena
restritiva de direito? Muito cuidado com essa questão, caso
* Precisa ser motivado na sentença. venha sendo abordada em prova – É possível a substituição,
mas NÃO para todos os crimes, pois, alguns crimes de abuso
de autoridade preveem em seu tipo penal condutas
“Art. 4º. São efeitos da condenação: baseadas em violência ou grave ameaça, o que elimina a
possibilidade da aplicação de tal instituto.
I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano
causado pelo crime, devendo o juiz, a requerimento do Portanto, grave: NÃO SÃO TODOS OS CRIMES DE ABUSO
ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação DE AUTORIDADE QUE PODERÃO TER SUAS PENAS
dos danos causados pela infração, considerando os SUBSTITUÍDAS POR RESTRITIVAS DE DIREITO.
prejuízos por ele sofridos;
Obs2: as penas restritivas de direitos podem ser aplicadas
II - a inabilitação para o exercício de cargo, mandato de forma ISOLADA ou CUMULATIVA. Como assim? Se o juiz
ou função pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos; entender necessário a aplicação simultânea (cumulativa) de
mais de uma pena restritiva de direitos, poderá fazer.
III - a perda do cargo, do mandato ou da função
pública. A Nova Lei de Abuso de Autoridade, prevê as
seguintes PRD’s:
Parágrafo único. Os efeitos previstos nos incisos II e III do
caput deste artigo são condicionados à ocorrência de > Prestação de serviços à comunidade ou a entidades
reincidência em crime de abuso de autoridade e não são públicas;
automáticos, devendo ser declarados motivadamente na
> Suspensão do exercício do CARGO, MANDATO ou
sentença.”
FUNÇÃO.
EFEITOS DA CONDENAÇÃO - Prazo: 01 a 06 meses.
IDENIZAÇÃO INABILITAÇÃO PERDA DO
DO DANO DO EXERCÍCIO CARGO - Perda dos vencimentos e vantagens.
AUTOMÁTICO SIM NÃO NÃO
MOTIVAÇÃO NÃO SIM SIM
Obs3: cuidado para não confundir a inabilitação para o
REINCIDÊNCIA NÃO SIM SIM
exercício de função pública (EFEITO DA CONDENÇÃO) com
a suspensão do cargo (PENA RESTRITIVA DE DIREITO),
06. PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS principalmente no que tange aos prazos. Portanto, vamos
fazer a diferença dos dois institutos, pois, com certeza, o
As penas restritivas de direitos (PRD) são aquelas examinador tentará fazer essa troca na hora da prova.
que atuam em SUBSTITUIÇÃO às penas privativas de
liberdade (PPL). Em vez de deixar o meliante preso, bora só > INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA:
restringir alguns direitos dele – basicamente é isso.
* O agente público fica impedido de exercer qualquer
Tudo bem, mas quando pode ocorrer tal função pública, ainda que transitoriamente e sem
substituição? Em todos os crimes? NÃO, são necessários remuneração, por um período de 01 a 05 anos.
alguns requisitos, como veremos a seguir:
* É um EFEITO EXTRAPENAL da CONDENAÇÃO.
I – Pena aplicada não superior a 04 anos.
> SUSPENSÃO DO CARGO/MANDATO/FUNÇÃO:
II – Crime sem violência ou grave ameaça.
* O agente público não perde o cargo, mandato ou função,
III – NÃO REINCIDÊNCIA. mas fica suspenso, por um período de 01 a 06 MESES.

IV - A substituição deve ser suficiente para retribuir o crime * É uma modalidade de PENA RESTRITIVA DE DIREITO,
e prevenir futura reincidência. prevista na nova lei de abuso de autoridade.

5
LEI DO DIREITO AUTORAL – Nº 9.610 de 19 de FEVEREIRO de 1998
PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS OU NÃO, EM
QUALQUER MEIO DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS.
93a42f5efbd648c4ad9b67d9107f13db_933.388.132-87_1749
OPERAÇÃO RECLUSÃO
LEI nº 13.869/19 – ABUSO DE AUTORIDADE

“Art. 5º As penas restritivas de direitos substitutivas das situação, também deverá ser absolvido nas esferas Civil e
privativas de liberdade previstas nesta Lei são: Administrativa.

II – NEGATIVA DE AUTORIA: o indivíduo foi absolvido na


I - prestação de serviços à comunidade ou a entidades
públicas; esfera penal porque foi comprovado que NÃO FOI ELE O
AUTOR do delito. Nessa situação, também deverá ser
II - suspensão do exercício do cargo, da função ou do absolvido nas esferas Civil e Administrativa.
mandato, pelo prazo de 1 (um) a 6 (seis) meses, com a perda III – EXCLUDENTES DE ILICITUDE: se o agente for absolvido
dos vencimentos e das vantagens;
na esfera penal pelos seguintes motivos - Estado de
Necessidade, Legítima Defesa, Estrito Cumprimento do
Parágrafo único. As penas restritivas de direitos podem ser
Dever Legal ou Exercício Regular de um Direito
aplicadas autônoma ou cumulativamente.”
(Excludentes de Ilicitude) - o agente também deverá ser
ABSOLVIDO nas demais esferas (Civil e Administrativa).

Logo, é possível afirmar que a absolvição na esfera penal


07. ESFERAS DE RESPONSABILIDADE
por alguma excludente de ilicitude também realiza trânsito
O servidor que praticar crime de abuso de em julgado na esfera Civil e Administrativa
autoridade estará sujeito a sua responsabilização nas
esferas PENAL, CIVIL e ADMINISTRATIVA. “Art. 7º. As responsabilidades civil e administrativa são
independentes da criminal, não se podendo mais questionar
> ESFERA PENAL – aplicação da pena privativa de liberdade. sobre a existência ou a autoria do fato quando essas
questões tenham sido decididas no juízo criminal.”
> ESFERA CIVIL – aplicação da obrigação de reparar o dano,
indenização.
“Art. 8º. Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no
> ESFERA ADMINISTRATIVA – aplicação da sanção em administrativo-disciplinar, a sentença penal que reconhecer
âmbito disciplinar, como, por exemplo, a suspensão, ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em
demissão, perda do cargo, etc. Logo, qualquer notícia crime legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou
que gere sanção administrativa, por motivos de falta no exercício regular de direito.”
funcional, deverá ser apurada pela autoridade competente. EXCLUDENTE
DE ILICITUDE
“Art. 6º, Parágrafo único. As notícias de crimes previstos INEXISTÊNCIA
nesta Lei que descreverem falta funcional serão informadas DO FATO
à autoridade competente com vistas à apuração.” NEGATIVA DE
AUTORIA

* O mais importante é saber que tais esferas são RESPONSABILIDADE EXCEÇÃO ABSOLVIDO NA
INDEPENDENTES, ou seja, a condenação em uma esfera ESFERA PENAL

NÃO vincula as demais. (REGRA) VINCULA as


PENAL > CIVIL
demais esferas
> ADM
* Se o agente for condenado na esfera administrativa, nada
CIVIL
impede que ele seja absolvido na esfera penal, ou visse e
versa. Do mesmo modo, não há necessidade de uma esfera REGRA: SÃO INDEPENDENTES
ADMINISTRATIVA NÃO VINCULATIVAS
esperar o processo de outra para então realizar o
julgamento.

“Art. 6º. As penas previstas nesta Lei serão aplicadas


independentemente das sanções de natureza civil ou
administrativa cabíveis.” 08. DOS CRIMES e das PENAS

* Entretanto, possuímos algumas EXCEÇÕES a essa >> DISPOSIÇÕES GERAIS


independência, situações em que a esfera PENAL irá
Antes de entrarmos no estudo dos crimes de abuso
vincular as demais (Civil e Administrativa). Vejamos tais
situações: de autoridade em espécie, precisamos ter atenção para
algumas características sobre eles, que podem ser objeto
I – INEXISTÊNCIA DO FATO: o indivíduo foi absolvido na em sua prova. Vamos lá!
esfera penal porque o fato investigado NÃO EXISTIU. Nessa

6
LEI DO DIREITO AUTORAL – Nº 9.610 de 19 de FEVEREIRO de 1998
PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS OU NÃO, EM
QUALQUER MEIO DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS.
1749_93a42f5efbd648c4ad9b67d9107f13db_933.388.132-87
OPERAÇÃO RECLUSÃO
LEI nº 13.869/19 – ABUSO DE AUTORIDADE

* TODOS os crimes de abuso de autoridade possuem a pena ATENÇÃO!! Antes de estudarmos de fé e fato os crimes de
mínima até 01 ANO. Portanto, TODOS os crimes de abuso abuso de autoridade, iremos resolver alguns exercícios
de autoridade são cabíveis a aplicação do instituto da práticos acerca da PARTE GERAL da lei.
SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO (SURSI
PROCESSUAL).

SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO

A suspensão condicional do processo é uma forma de


solução alternativa para problemas penais, que busca evitar
o início do processo em crimes cuja pena mínima não
ultrapassa 1 ano.

Ocorrendo a suspensão, o processo fica suspenso entre 02


a 04 anos. Durante esse período o réu fica em estado de
“aprovação”. Ele deverá cumprir determinados requisitos,
como, por exemplo, reparação do dano, não frequentar
determinados lugares, comparecimento periódico ao juiz,
etc.

Após esse período de provação, se o réu tiver cumprido


todos os requisitos, o Juiz declarará extinta a sua
punibilidade, ou seja, o indivíduo não responde por nada.

* Os crimes de abuso de autoridade comportam condutas


COMISSIVAS (ação/fazer) e OMISSIVAS (omissão/deixar de
fazer).

* Todas as condutas são DOLOSAS. NÃO existe abuso de


autoridade na modalidade culposa.

* JUIZADOS ESPECIAIS CRIMIAIS (JECRIM – LEI 9.099/95):


para alguns crimes de abuso de autoridade é possível a
aplicação dos institutos despenalizadores da Lei de Juizados
Especiais Criminais.

Quais crimes? Aqueles cuja pena máxima não seja


SUPERIOR a 02 anos.

Obs: os crimes de abuso de autoridade possuem pena


máxima de 02 anos ou pena máxima de 04 anos. Aqueles
cuja pena seja máxima seja de 02 anos, é possível a
aplicação dos Juizados Especiais Criminais.

Obs2: atentem-se que, a SUSPENSÃO CONDICIONAL DO


PROCESSO é cabível para TODOS os crimes de abuso de
autoridade.

Já aplicação da lei de Juizados Especiais Criminais aplica-se


apenas para ALGUNS dos crimes da lei de Abuso de
Autoridade – aqueles cuja pena máxima não ultrapasse 02
anos.

7
LEI DO DIREITO AUTORAL – Nº 9.610 de 19 de FEVEREIRO de 1998
PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS OU NÃO, EM
QUALQUER MEIO DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO INSANUS CONCURSOS.
933.388.132-87_93a42f5efbd648c4ad9b67d9107f13db_1749

Você também pode gostar