SERVIDORES PÚBLICOS

RESUMO

SUMÁRIO

REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DA UNIÃO (LEI nº 8.112/90).........................................1

PARTE INTRODUTÓRIA.......................................................................................................................................1
DIREITOS E VANTAGENS..................................................................................................................................12
REGIME DISCIPLINAR.......................................................................................................................................26
PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR.............................................................................................33
PROCESSO ADMINISTRATIVO............................................................................................................................36
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA.....................................................................................................................44
ORGANIZAÇÃO DA CARREIRA DOS SERVIDORES DO PODER JUDICIÁRIO DA UNIÃO....................52

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 REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES  STF – NÃO há direito adquirido a regime jurídico. Ao
PÚBLICOS DA UNIÃO (LEI nº 8.112/90) migrar para o novo regime (estatutário), o servidor
não levará consigo as vantagens anteriormente
obtidas , exatamente por não haver direito adquirido a
PARTE INTRODUTÓRIA regime jurídico.

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES DIFERENÇAS ENTRE REGIMES

ESTATUTÁRIO CELETISTA TEMPORÁRIO
Art. 1o Esta Lei institui o Regime Jurídico dos
Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, Regido por lei
Regido por lei
inclusive as em regime especial, e das fundações específica
específica- âmbito
públicas federais. (estatuto) – Regido pela CLT
da União (Lei
âmbito federal
Âmbito de aplicação da Lei n. 8.112/90: 8.745/93)
(Lei 8.112/90)
 Lei meramente federal – feita pela União (não é de
âmbito nacional); Assinam contrato
Assinam o termo Assinam contrato
 Aplica-se aos servidores da Adm. Direta (aos Três por tempo
de posse de emprego
Poderes e ao MPU) e Indireta federal (autarquias e determinado
fundações públicas); Podem se tornar
 Aplica-se nas Autarquias de Regime Especial (são as Não há possibilidade de estabilidade
estáveis
que possuem um maior grau de autonomia);
Ex.: Sujeitam-se ao
Sujeitam-se ao RGPS
o Agências Reguladoras; RPPS
o Universidades;
o Agências Executivas; OBS: a obrigatoriedade do regime jurídico único não impõe
o Conselhos Profissionais e de Classe (STF)
a cada ente federativo a edição de um único estatuto a
OBS: OAB não faz parte da Adm. Pública, por isso seu reger todos os servidores públicos a eles vinculados
regime de pessoal é puramente celetista (STF). Não é uma (Estatuto dos Policiais Civis, Estatuto dos Bombeiros, etc.).
autarquia, mas sim uma entidade sui generis. Não precisa
realizar concurso público para a contratação do seu pessoal. Art. 2o Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa
legalmente investida em cargo público.
QUADRO COMPARATIVO DO REGIME DE  Servidor público, para os efeitos da Lei n. 8.112/90
PESSOAL DA ADM. PÚBLICA (servidor em sentido estrito), é o titular de cargo
PERSONALIDADE público, seja ele de provimento efetivo ou em
PESSOA REGIME
JURÍDICA comissão.
Adm. Direta Direito Público Estatutário
Art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e
Autarquias Direito Público Estatutário
responsabilidades previstas na estrutura
Fundações organizacional que devem ser cometidas a um
Públicas de Direito Público Estatutário servidor.
Direito Público Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos
Fundações os brasileiros, são criados por lei, com denominação
Públicas de Direito Privado Celetista própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para
provimento em caráter efetivo ou em comissão.
Direito Privado
Empresas FUNÇÃO DE CARGO EM
Direito Privado Celetista
Públicas CONFIANÇA COMISSÃO
Sociedades de Exige vinculo
Direito Privado Celetista SIM NÃO
Economia Mista efetivo
Pode ser
ocupada por
NÃO SIM
quem não é
Regimes Jurídicos: efetivo
100% efetivos Pelo menos
 Podem ser contratados agentes pelo Estado por meio
(não 50% dos
do regime celetista (emprego público) ou estatutário Composição
necessariamente servidores
(cargo público); do mesmo órgão) efetivos
 As funções típicas de Estado devem ser providas Ato de
Designação Nomeação
exclusivamente pelo regime estatutário. provimento
Ato de Dispensa Exoneração

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desprovimento Sim, é admissível. Mas deixa de ser servidor (agente
administrativo) para se tornar um particular em
 Criação/Extinção dos cargos públicos: colaboração.
 Em regra, a criação e extinção, assim como a
fixação das respectivas remunerações, se dá por
LEI.
 Exceção = Câmara dos Deputados e Senado 1. PROVIMENTO (Art. 5º ao 32)
Federal – criação/extinção por meio de
RESOLUÇÕES (mas a fixação das  Ato administrativo pelo qual o cargo público é
remunerações será por meio de lei).
preenchido, com designação de seu titular.
OBJETO INICIATIVA INSTRUMENTO
 Requisitos básicos para investidura em cargo
Criação de cargos Presidente da
LEI público:
no Executivo República
Criação de cargos Mesa de cada uma 1) A nacionalidade brasileira;
RESOLUÇÃO
no Legislativo das Casas 2) O gozo dos direitos políticos;
Criação de cargos
Tribunais LEI 3) A quitação com as obrigações militares e
no Judiciário
Aumento os eleitorais;
vencimentos dos Presidente da 4) O nível de escolaridade exigido para o
LEI
cargos do República exercício do cargo;
Executivo
5) A idade mínima de 18 anos;
Aumento dos
vencimentos dos Mesa de cada uma 6) Aptidão física e mental.
LEI
cargos do das Casas
Legislativo OBS: As atribuições do cargo podem justificar a exigência
Aumento dos
vencimentos dos Tribunais Superiores
de outros requisitos estabelecidos em lei.
LEI (Rol meramente exemplificativo).
cargos do (âmbito federal)
Judiciário
Revisão geral ATENÇÃO! Momento em que deve ser comprovado o
anual dos Presidente da
LEI cumprimento dos requisitos: é a DATA DA POSSE (e
servidores de República
todos os Poderes não da nomeação, ou do concurso ou do exercício) – STJ
Criação de cargos Súmula n. 226 – o diploma ou habilitação legal para o
no MP e exercício do cargo deve ser exigido na posse e não na
Procurador-Geral da
respectivo LEI
aumento dos
República inscrição para o concurso público.
vencimentos

EXTINÇÃO DE CARGOS DO PODER OBSERVAÇÕES IMPORTANTES!

EXECUTIVO
 Exigência de outros requisitos e princípio
INSTRUMENTO
SITUAÇÃO DELEGABILIDADE constitucional da igualdade:
PARA A
DO CARGO DA ATRIBUIÇÃO Como regra geral, pode-se afirmar que em concursos
EXTINÇÃO
LEI (Iniciativa do públicos podem-se fazer exigências outras, desde que:
É delegável a
Presidente da 1) Esteja prevista em lei e não no edital;
atribuição de extinguir
VAGO República) ou
o cargo vago mediante 2) Seja compatível com as atribuições normais
DECRETO
decreto autônomo. do cargo.
AUTÔNOMO
LEI (Iniciativa do
OCUPADO Presidente da É indelegável  Teste psicotécnico:
República)
STF exige esses requisitos:
1) Ser pautada em critérios objetivos e
Art. 4o É proibida a prestação de serviços gratuitos, científicos;
salvo os casos previstos em lei. 2) Ser compatível com as atribuições normais do
cargo;
 A prestação de serviço voluntário, em regra, atenta 3) Haver direito a recurso na via administrativa.
contra o princípio da eficiência;
 Servidor aposentado compulsoriamente pode  Tatuagem e vedação à participação em concurso:
continuar a prestar serviços, na condução de STF – decidiu que não se pode discriminar o candidato
voluntário?
que possua tatuagem, não se pode estabelecer esse tipo
de restrição, salvo situações excepcionais, em razão

2
 de conteúdo que viole valores constitucionais (ex:
tatuagem com apologia à pratica de delitos, ao
nazismo).

PORTADORES DE DEFICIÊNCIA FÍSICA

Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o
direito de se inscrever em concurso público para
provimento de cargo cujas atribuições sejam
compatíveis com a deficiência de que são portadoras;
Para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por
cento) das vagas oferecidas no concurso.
ATENÇÃO! As universidades e instituições de
pesquisa científica e tecnológica federais poderão
prover seus cargos com professores, técnicos e
cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os
procedimentos desta Lei.
 O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante
ato da autoridade competente de cada Poder.
 A INVESTIDURA em cargo público ocorrerá com a
POSSE.
PROVIMENTO ORIGINÁRIO
 Ocupação inicial do cargo, não decorrente de
vínculo anterior com a Administração.
 Pode ser pessoa estranha ao serviço público ou
pessoa que já exercia função pública.
 Única forma de provimento originário atualmente
compatível com a CF é a NOMEAÇÃO.
NOMEAÇÃO:
 Ato administrativo unilateral de designação inicial
de um indivíduo para ocupar um cargo público.
 Não gera obrigações, e sim direito subjetivo à posse.
 A nomeação far-se-á:
 CARÁTER EFETIVO, quando se tratar de
cargo isolado de provimento efetivo ou de
carreira (prévia aprovação em concurso público);

 Investidura = ato administrativo complexo,  EM COMISSÃO, inclusive na condição de

que só se completa com a manifestação de
vontade da Administração (provimento) e com a
concordância do provido – por meio da posse.
 Só com a posse que alguém se torna servidor
público.
interino, para cargos de confiança vagos (livre
nomeação e exoneração – vínculo precário).
OBS: O servidor ocupante de cargo em comissão ou de
natureza especial poderá ser nomeado para ter exercício,
interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo
das atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que
deverá optar pela remuneração de um deles durante o
período da interinidade.

 São formas de provimento de cargo público:

Nomeação;
Promoção;
Ascensão;
Transferência;
Readaptação;
Reversão;
Aproveitamento;
Reintegração;
Recondução.

MODALIDADES DE PROVIMENTO

ORIGINÁRIO
Nomeação

DERIVADO
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Promoção Readaptação Reversão Aproveitamento Reintegração Recondução

LEMBRAR!
A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de
provimento efetivo depende de PRÉVIA HABILITAÇÃO
EM CONCURSO PÚBLICO de PROVAS OU DE
PROVAS E TÍTULOS, obedecidos a ordem de
classificação e o prazo de sua validade.
Lembre-se!!!
A investidura não ocorre com a nomeação, mas apenas
com a posse.
REINTEGRAÇÃO
 VOLTA AO CARGO por INVALIDAÇÃO DA
DEMISSÃO, por decisão administrativa ou
judicial.
 Apenas servidor estável.
 É a reinvestidura do servidor estável no cargo
anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de
sua transformação, quando invalidada a sua demissão
por decisão administrativa ou judicial, com
ressarcimento de todas as vantagens.
 Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor
ficará em Disponibilidade.
 Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual
ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem
direito à indenização, ou aproveitado em outro cargo,
ou, ainda, posto em disponibilidade.

Será reconduzido ao cargo de origem –

PROVIMENTO DERIVADO sem indenização -, ou aproveitado em
Se estável
outro cargo, ou posto em
 Ocupação do cargo, em razão de vínculo anterior disponibilidade
com a Administração. Se não
O ocupante será exonerado
estável
PROMOÇÃO
Provimento de cargo superior na carreira (provimento
vertical).

READAPTAÇÃO
 TROCA DE CARGO em razão de limitação da
capacidade física e mental do servidor;

Art. 24. É a investidura do servidor em cargo de

atribuições e responsabilidades compatíveis com a
limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou REVERSÃO
mental verificada em inspeção médica.  RETORNO à atividade de servidor
APOSENTADO;
 Se julgado incapaz para o serviço público, o
 Ocorre de duas formas:
readaptando será aposentado.
 A readaptação será efetivada em cargo de Por invalidez, quando junta
atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, REVERSÃO DE médica oficial declarar
nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, OFÍCIO insubsistentes os motivos da
(COMPULSÓRIA) aposentadoria (ato vinculado), a
na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor
qualquer tempo.
exercerá suas atribuições como excedente, até a
REVERSÃO A No interesse da administração,
ocorrência de vaga. PEDIDO desde que: (Ato discricionário)
 Apenas servidores efetivos, estável ou não (VOLUNTÁRIA) a) tenha solicitado a
(comissionados não podem). reversão;
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 b) a aposentadoria tenha sido reorganização ou extinção de órgão ou entidade, caso
voluntária; o servidor não seja redistribuído, será posto em
c) estável quando na disponibilidade) o servidor posto em disponibilidade
atividade; poderá ser mantido sob responsabilidade do órgão
d) a aposentadoria tenha
central do Sistema de Pessoal Civil da Administração
ocorrido nos 5 anos anteriores à
solicitação;
Federal - SIPEC, até o seu adequado aproveitamento
e) haja cargo vago. em outro órgão ou entidade.
 Será tornado sem efeito o aproveitamento e
 A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo cassada a disponibilidade se o servidor não entrar
resultante de sua transformação. em exercício no prazo legal, salvo doença
 O tempo em que o servidor estiver em exercício será comprovada por junta médica oficial.
considerado para concessão da aposentadoria.
 No caso da reversão compulsória, encontrando-se
provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições SOMENTE SERVIDOR SERVIDOR ESTÁVEL E
como excedente, até a ocorrência de vaga. ESTÁVEL NÃO ESTÁVEL
 O servidor que retornar à atividade por interesse da
 Reversão a pedido  Reversão compulsória
administração perceberá, em substituição aos (Voluntária); por invalidez cessada;
proventos da aposentadoria, a remuneração do  Reintegração;  Readaptação;
cargo que voltar a exercer, inclusive com as  Recondução;  Promoção.
vantagens de natureza pessoal que percebia  Aproveitamento.
anteriormente à aposentadoria.
 O servidor de que trata a reversão voluntária somente
terá os proventos calculados com base nas regras PROMOÇÃO READAPTAÇ
atuais se permanecer pelo menos 5 anos no cargo.
Provimento de cargo superior Troca de cargo em
 O Poder Executivo regulamentará o disposto neste na carreira limitação da capacida
artigo. (Provimento vertical) mental do servidor
 Não poderá reverter o aposentado que já tiver
completado 70 (setenta) anos de idade.

Estável e Não estável Estável e Não es

RECONDUÇÃO
 VOLTA AO CARGO ANTERIORMENTE
REINTEGRAÇÃO RECONDUÇ
OCUPADO por NÃO APROVAÇÃO no
ESTÁGIO PROBATÓRIO de outro cargo (o Volta ao cargo por invalidação Volta ao cargo an
servidor também pode pedir para voltar) ou
da demissão, por decisão ocupado por não ap
administrativa ou judicial estágio probatório de
REINTEGRAÇÃO DO ANTERIOR OCUPANTE.
ou reintegração do
 Apenas servidor estável.
ocupante
 Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor
será aproveitado em outro, mediante aproveitamento Estável Estável
obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos
compatíveis com o anteriormente ocupado.

APROVEITAMENTO
 RETORNO do servidor EM DISPONIBILIDADE.
 Apenas servidor estável.
 O retorno à atividade de servidor em disponibilidade
far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em
cargo de atribuições e vencimentos compatíveis
com o anteriormente ocupado.
 O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil
determinará o imediato aproveitamento de servidor
em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos
órgãos ou entidades da Administração Pública
Federal.
 Na hipótese prevista no § 3o do art. 37 (casos de
5
6
 ATENÇÃO!
OAB não se submete à exigência
2. CONCURSO PÚBLICO de concurso público.

 Para ocupar cargos e empregos públicos efetivos é  ALTERAÇÃO DE DISPOSIÇÕES

obrigatória a aprovação prévia em concurso
público:
II – A investidura em cargo ou emprego público
depende de aprovação prévia em concurso público
de provas ou de provas e títulos, de acordo coma a
natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na
forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para
cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração;
 Concretização do princípio da Isonomia.
 O concurso pode ser de:
 Provas ou
 Provas e Títulos
NUNCA – de apenas Títulos
 EXCEÇÕES AO CONCURSO PÚBLICO:
Cargos em comissão (livre nomeação e exoneração)
Contratação de pessoal por tempo determinado
Contratação de agentes comunitários de saúde e
agentes de combate às endemias
Cargos eletivos
Ex-combatentes (Art. 53, I, ADCT)
EDITALÍCIAS:
 Princípio da Vinculação ao Instrumento
Convocatório: uma vez publicado o edital, seus
termos vinculam todos aqueles que pretendem
participar do certame, assim como a própria
ADM.
 Alteração configura afronta aos princípios da
Isonomia e Segurança Jurídica.
 STF – veda a modificação do edital, salvo em
caso de alteração legislativa.
 ORDEM DE CLASSIFICAÇÃO:
 Em relação à necessidade de observância da
ordem de classificação no certame quando
da nomeação dos aprovados, frequentemente
aponta-se como fundamento dessa
obrigatoriedade o art. 37, IV da CF:
IV – Durante o prazo improrrogável previsto no edital
de convocação, aquele aprovado em concurso público
de provas ou de provas e títulos será convocado com
prioridade sobre novos concursados para assumir
cargo ou emprego, na carreira;

 PRAZO DE VIGÊNCIA:  VAGAS RESERVADAS:

 Quanto ao prazo de validade, o inciso III
do art. 37 da CF estabelece o seguinte: 1. Portadores de Deficiência (Art. 37, VIII da
CF).
III – O prazo de validade do concurso público será de  Na esfera federal (Lei 8.112/90)
até dois anos, prorrogável uma vez, por igual Limite Máximo: até 20% das vagas
período; Limite Mínimo: 5% das vagas

 Até 2 anos + Prorrogação (igual período) 2. Negros e Pardos.

 Trata-se de discricionariedade administrativa.  Aplicam-se apenas para ingresso no Poder
 Contado a partir da homologação do concurso Executivo Federal (Lei 12.990/14)
pela autoridade competente. 20% das vagas (fixo)
A regra vale apenas para concursos com
 Geralmente o prazo de validade consta de
3 ou mais vagas.
maneira expressa no edital. Caso o edital seja
Lei de vigência por 10 anos.
omisso, considera-se o previsto na CF.

7

 NULIDADE DO CONCURSO.
 Caso o concurso público sofra de alguma
irregularidade, a sua invalidação induz à
invalidação da nomeação efetivada ou da
contratação feita. (Não se pode convalidar
o ato de nomeação decorrente de concurso
ilegal).
 Os atos praticados por esse agente
irregularmente investido por se revestirem
de legalidade aparente, devem ser mantidos
para evitar prejuízos a terceiros que
acreditam na atuação estatal.
 A nulidade do ato de nomeação do servidor,
no entanto, NÃO pode justificar o não
pagamento das remunerações pelos
serviços efetivamente prestados pelo
agente, sob pena de enriquecimento sem
causa do poder público.
 RESTRIÇÕES AO ACESSO:
 Restrições (idade, altura, sexo) só por LEI,
desde que observe proporcionalidade com as
atribuições do cargo.
 MOMENTO PARA COMPROVAR OS
REQUISITOS EM CONCURSOS
PÚBLICOS:
3. DA POSSE E DO EXERCÍCIO
POSSE
 A investidura em cargo público ocorre com a
POSSE.
 A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo
termo, no qual deverão constar as atribuições, os
deveres, as responsabilidades e os direitos
inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser
alterados unilateralmente, por qualquer das
partes, ressalvados os atos de ofício previstos em
lei.
 Requisitos para a posse (a serem entregues no
ato da posse):
1) Nacionalidade brasileira;
2) Gozo dos direitos políticos;
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3) Quitação com as obrigações militares e
eleitorais;
4) Nível de escolaridade exigido para o
exercício do cargo;
5) Idade mínima de 18 anos;
6) Aptidão física e mental;
7) Inspeção médica oficial prévia;
8) Declaração de bens e de não exercício de
outro cargo, emprego ou função pública.
 Só há posse no provimento originário do cargo, ou
seja, na nomeação (em caráter efetivo ou em
comissão);
 Prazo de 30 dias, improrrogáveis, contados da
nomeação (da publicação do ato de provimento);
 Será tornado sem efeito o ato de provimento se a
posse não ocorrer no prazo previsto.
 Em se tratando de servidor, que esteja na data de
publicação do ato de provimento, em licença
prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou
afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII,
alíneas "a", "b", "d", "e" e "f", IX e X do art. 102,
o prazo será contado do término do
impedimento.
 Poderá ser feita mediante PROCURAÇÃO
ESPECIFICA.
EXERCÍCIO
 Efetivo desempenho das atribuições do cargo
público ou da função de confiança;
 Prazo de 15 dias, improrrogáveis, contados da data
da posse;
 Caso o servidor não entre em exercício no prazo, ele
será exonerado do cargo;
 O servidor será exonerado do cargo ou será
tornado sem efeito o ato de sua designação para
função de confiança, se não entrar em exercício
nos prazos previstos.
 A data do exercício caracteriza o início da contagem
dos prazos para os direitos relacionados ao tempo de
serviço.
 O servidor que deva ter exercício em outro município
em razão de ter sido removido, redistribuído,
requisitado, cedido ou posto em exercício provisório
terá, no mínimo, 10 e, no máximo, 30 dias de prazo,
contados da publicação do ato, para a retomada do
efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído
 nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento  Só há estágio probatório nos casos de provimento
para a nova sede. originário (nomeação) para o cargo de provimento
efetivo.

O QUE É? PRAZO CONTAGEM SERVIDOR NÃO ENTROU

Investidura em cargo 30 dias Da nomeação (da
Sem efeito o ato de
POSSE público (assinatura do (Improrrogáveis publicação do ato de
provimento
termo) ) provimento)
Efetivo desempenho das
15 dias
atribuições do cargo
EXERCÍCIO (Improrrogáveis Data da posse Exonerado do cargo
público ou da função de
)
confiança

4. DO ESTÁGIO PROBATÓRIO

 Período em que são examinadas a aptidão e a  O servidor em estágio probatório poderá exercer
capacidade do servidor para o exercício do cargo quaisquer cargos de provimento em comissão ou
efetivo. funções de direção, chefia ou assessoramento no
 Tais fatores serão observados: órgão ou entidade de lotação.
 Somente poderá ser cedido a outro órgão ou
1. ASSIDUIDADE; entidade para ocupar cargos de Natureza
2. DISCIPLINA; Especial, cargos de provimento em comissão
3. CAPACIDADE DE INICIATIVA; do Grupo-Direção e Assessoramento
4. PRODUTIVIDADE; Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou
5. RESPONSABILIDADE. equivalentes.

 MUITA ATENÇÃO! PRAZO DE 3 ANOS (36  O servidor em estágio probatório NÃO tem direito
MESES) igual ao prazo da estabilidade. a:
 A Lei n. 8.112/90 (art. 20) prevê prazo de 24
meses (dois anos). 1. Licença capacitação;
 Porém, a jurisprudência do STF e do STJ 2. Licença para tratar de interesses
entende que o prazo do estágio probatório particulares;
deve coincidir com o prazo de efetivo 3. Licença para desempenho de mandato
exercício necessário para estabilidade no classista;
serviço público. 4. Afastamento para participar de pós-
graduação (seja no Brasil ou no exterior).
 A aprovação em estágio probatório NÃO SE
CONFUNDE com aquisição de estabilidade.
(Estabilidade ≠ Estágio Probatório).  O estágio probatório ficará SUSPENSO:

 Sempre que o servidor tomar posse em outro cargo
efetivo, terá que se submeter a estágio probatório
para confirmação no novo cargo, ainda que já tenha
adquirido estabilidade.
 Servidor não estável: o servidor não
aprovado no estágio probatório será
EXONERADO (garantido o processo
administrativo com possibilidade de
defesa) ou,
 Se estável: reconduzido ao cargo
anteriormente ocupado, observado o
disposto no parágrafo único do art. 29.
1) Licença por doença em pessoa da família;
2) Licença pelo afastamento do cônjuge ou
companheiro;
3) Licença para atividade política;
4) Afastamento para participar de curso de
formação;
5) Afastamento para servir em organismo
internacional.
OBS1: Nesses casos, a contagem do período de estágio
probatório fica parada e só é retomada, do ponto em que
parara, após a cessação do motivo da suspensão ou
afastamento.

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OBS2: Não há interrupção do período, e sim suspensão, I. Quando for extinto cargo ocupado por
pois o tempo já transcorrido é retomado de onde parara. servidor não estável (em estágio
probatório);
OBS3: Nos demais casos o servidor pode tirar a licença e o II. Do servidor não estável que esteja ocupando
afastamento e não se suspende o estágio probatório. cargo que deva ser provido mediante
reintegração de outro servidor anteriormente
 O que acontece com o servidor, em estágio demitido de forma ilegal;
probatório, cujo CARGO É EXTINTO? III. Por insuficiência de desempenho (hipótese
Deve ser exonerado. STF Súmula n 12 (O estágio de exoneração de servidor estável - CF, art.
probatório não protege o servidor contra a extinção 41, §1º, III);
do cargo). IV. Por excesso de despesa com pessoal
(hipótese de exoneração de servidor estável –
 Consequência do termino do período do estágio CF, art. 169, §4º).
probatório com aprovação:
O servidor alcança a estabilidade, e não pode mais DEMISSÃO:
pedir recondução ao cargo de origem (STF).  Ao contrário das demais hipóteses de vacância, a
demissão é uma sanção disciplinar.
 Perda do cargo com caráter punitivo.
 Aplica-se a demissão aos cargos de caráter efetivo,
5. DA VACÂNCIA (Art. 33 a 35) no caso de servidor ocupante exclusivamente de
cargo em comissão, aplica-se a destituição;
 Ocorre quando o cargo público é desocupado, ou  No caso de servidor inativo que quando em
seja, deixado vago. atividade, tenha praticado infração punível com
demissão, terá sua aposentadoria ou
 A vacância do cargo público decorrerá de: disponibilidade cassada.
1) Exoneração;  Demissão ≠ Exoneração
2) Demissão;
3) Promoção; (provimento de novo cargo)
CARGO EFETIVO DEMISSÃO
4) Readaptação; (provimento de novo cargo)
CARGO EM COMISSÃO DESTITUIÇÃO
5) Aposentadoria;
SERVIDOR INATIVO APOSENT. CASSADA
6) Posse em outro cargo inacumulável;
(provimento de novo cargo) PROMOÇÃO e READAPTAÇÃO:
7) Falecimento.  São simultaneamente forma de provimento e de
vacância.
EXONERAÇÃO:
Exoneração não tem caráter punitivo APOSENTADORIA:
 É a passagem do servidor definitivamente para a
CARGO EM inatividade remunerada (passa a receber proventos).
CARGO EFETIVO
COMISSÃO
o A pedido (exceto PAD e o A pedido; POSSE EM OUTRO CARGO INACUMULÁVEL
estudo no exterior); (PEDIDO DE VACÂNCIA):
o A juízo da  A posse em outro cargo inacumulável importa em
o De ofício: autoridade vacância do cargo anterior;
a) Quando não satisfeitas as competente.  Permite ao servidor levar para outro cargo alguns
condições do estágio direitos (ex: aproveitamento do tempo de exercício
probatório; no cargo anterior para o gozo de férias, licença
b) Quando, tendo tomado capacitação e gratificação natalina, assim como
posse, o servidor não eventual VPNI).
entrar em exercício no  APENAS o servidor estável pode se utilizar dessa
prazo estabelecido. modalidade.

 Outras formas de Exoneração:

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 DIFERENÇAS ENTRE PEDIR VACÂNCIA E PEDIR EXONERAÇÃO
VACÂNCIA EXONERAÇÃO
Vínculo com a Adm. É mantido Sofre rompimento
Contado de forma continua no novo
Tempo de serviço É interrompido
cargo
Vantagens (férias, gratificações São mantidas, e podem ser gozadas no São interrompidas, e o servidor as
natalinas, ...) novo cargo recebe em dinheiro
Sim (desde que antes de completado o
Possibilidade de recondução Não (há controvérsias)
novo estágio probatório)

6. DA REMOÇÃO E DA REDISTRIBUIÇÃO
(Art. 36 e 37) REMOÇÃO A PEDIDO
A CRITÉRIO DA
REMOÇÃO Ato Discricionário
ADMINISTRAÇÃO
 É o deslocamento do servidor para outra unidade, a Administração é OBRIGADA A
pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com CONCEDER A REMOÇÃO,
ou sem mudança de sede. nesses casos;
 É o deslocamento do servidor – mantendo-se no Ato Vinculado.
cargo que ocupa – para outro órgão ou entidade, Nos casos:
a) Para acompanhar cônjuge ou
sem mudança de carreira.
companheiro, também servidor
 Não é forma de provimento nem de vacância (o público civil ou militar, de
servidor continua exercendo o mesmo cargo). qualquer dos Poderes da União,
 ATENÇÃO!!! É vedada a remoção para cargo dos Estados, do Distrito Federal
diverso, uma vez que não se trata de forma de e dos Municípios, que foi
provimento deslocado no interesse da
Administração;
 Modalidades de Remoção: PARA OUTRA
LOCALIDADE, b) Por motivo de saúde do
INDEPENDENTE DO servidor, cônjuge,
REMOÇÃO DE OFÍCIO INTERESSE DA
companheiro ou dependente
que viva às suas expensas e
ADMINISTRAÇÃO
 Ocorre exclusivamente no INTERESSE DA conste do seu assentamento
ADMINISTRAÇÃO (independe do interesse do funcional, condicionada à
servidor); comprovação por junta médica
oficial;
 O ato de remoção deve ser MOTIVADO;
 DÁ DIREITO A AJUDA DE CUSTO para custear c) Em virtude de processo
despesas de instalação, desde que haja MUDANÇA DE seletivo promovido (concurso
SEDE; de remoção), na hipótese em
 A Administração arcará, ainda, com as despesas de que o número de interessados
transporte do servidor e de sua família, for superior ao número de
vagas, de acordo com normas
compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais;
preestabelecidas pelo órgão ou
 Gera DIREITO A VAGA (para o servidor e para os entidade em que aqueles
parentes) a ingresso em UNIVERSIDADE estejam lotados.
CONGÊNERE.

OBS: Em nenhuma das duas hipóteses de remoção a

11
 pedido o servidor fará jus à ajuda de custo.

No interesse da
De ofício Administração

REMOÇÃO A critério da
Administração

A pedido
Para outra localidade,
independentemente
do interesse da
Administração

REDISTRIBUIÇÃO
 É o deslocamento de cargo de provimento efetivo,
ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de
pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo
Poder, com prévia apreciação do órgão central do  O servidor que deva ter exercício em outro município
SIPEC. em razão de ter sido removido ou redistribuído terá,
 Ocorre especialmente quando há mudanças na no mínimo, 10 e, no máximo, 30 dias de prazo,
estrutura administrativa (reorganização, extinção ou contados da publicação do ato, para a retomada do
criação de órgão ou entidade); efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído
 Sempre DE OFICIO; nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento
 Deve observar, dentre outros requisitos (preceitos): para a nova sede.
1) Interesse da administração;
2) Equivalência de vencimentos;
3) Manutenção da essência das atribuições do
cargo;
4) Vinculação entre os graus de responsabilidade
e complexidade das atividades;
5) Mesmo nível de escolaridade, especialidade ou
habilitação profissional;
6) Compatibilidade entre as atribuições do cargo
e as finalidades institucionais do órgão ou
entidade.

REMOÇÃO REDISTRIBUIÇÃO
OBJETO DO DESLOCAMENTO Servidor Cargo

Se o cargo estiver ocupado, gera o

CONSEQUENCIA DO Deslocamento do cargo que o servidor
deslocamento do servidor que ocupa o
DESLOCAMENTO ocupa
12 cargo
É FORMA DE PROVIMENTO OU
Não Não
VACÂNCIA
 deve ser feito caso a substituição seja
superior a 30 dias (art. 38, §2º da
Lei 8.112/90).

7. SUBSTITUIÇÃO (Art. 38 e 39)

 Os servidores investidos em cargo ou função de DIREITOS E VANTAGENS
direção ou chefia e os ocupantes de cargo de
Natureza Especial terão SUBSTITUTOS indicados 1. DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO
no regimento interno ou, no caso de omissão,
previamente designados pelo dirigente máximo do
órgão ou entidade.
REMUNERAÇÃO
 Substituição = é a designação de um servidor OU
VENCIMENTO
BÁSICO
VANTAGENS
PERMANENTES
VENCIMENTOS
para exercer interinamente as funções do
superior hierárquico quando este se encontrar
impedido ou afastado ou quando o cargo ou
função ficar vago;
 A substituição se destina aos cargos em  A remuneração é IRREDUTÍVEL (só a global, a
comissão e às funções de confiança. total, pois a real pode ser reduzida).
 A remuneração não pode ser inferior ao salário
 O substituto assumirá AUTOMÁTICA e mínimo.
CUMULATIVAMENTE, SEM PREJUÍZO DO  Em regra, nenhum desconto pode incidir sobre a
CARGO QUE OCUPA, o exercício do cargo ou remuneração, SALVO:
função de direção ou chefia e os de Natureza
Especial, nos afastamentos, impedimentos legais ou  Por Imposição Legal ou Mandado Judicial;
regulamentares do titular e na vacância do cargo, (Ex: desconto para pagamento de pensão
hipóteses em que deverá OPTAR PELA alimentícia)
REMUNERAÇÃO DE UM DELES DURANTE O
RESPECTIVO PERÍODO.
 Empréstimo Consignado, quando autorizado
 Remuneração: o substituto deve assumir pelo servidor.
automaticamente as funções do substituto, sem
 Haverá consignação em folha de
prejuízo das suas atribuições normais. Deverá,
pagamento em favor de terceiros, a
todavia, optar pela remuneração de um deles.
critério da administração e com
reposição de custos, na forma definida em
 O substituto fará jus à retribuição pelo exercício regulamento.
do cargo ou função de direção ou chefia ou de
cargo de Natureza Especial, nos casos dos
 Reposição de pagamentos a maior efetuados
afastamentos ou impedimentos legais do titular,
pela administração.
superiores a 30 dias consecutivos, paga na
proporção dos dias de efetiva substituição, que
 Indenização de danos ao erário causados pelo
excederem o referido período.
servidor, desde que haja o consentimento deste.
 O servidor em débito com o erário, que
ATENÇÃO!! Período mínimo para retribuição:
for demitido, exonerado ou que tiver sua
Divergência!
aposentadoria ou disponibilidade
cassada, terá o prazo de 60 dias para
TCU Retribuição é devida ao servidor
quitar o débito.
(Adotado pelo desde o primeiro dia de
 A não quitação do débito no prazo
CESPE) substituição.
previsto implicará sua inscrição em
STJ O pagamento do substituto somente dívida ativa.
13
  Pagamentos recebidos de boa-fé não precisam ser
devolvidos, haja vista a presunção de legalidade do
ato administrativo e o caráter alimentar das
parcelas salariais.

 O vencimento, a remuneração e o provento NÃO

SERÃO OBJETO DE ARRESTO, SEQUESTRO
ou PENHORA, exceto nos casos de prestação de
alimentos resultante de decisão judicial.

 O servidor PERDERÁ:
 A remuneração do dia em que faltar ao 2. DAS VANTAGENS
serviço, sem motivo justificado;
 Vantagens = são valores que o servidor recebe além
 A parcela de remuneração diária,
do vencimento básico.
proporcional aos atrasos, ausências
 São parcelas pecuniárias acrescidas ao
justificadas, ressalvadas as concessões de que vencimento básico do servidor.
trata o art. 97, e saídas antecipadas, salvo na
hipótese de compensação de horário, até o mês  Espécies de Vantagens:
subsequente ao da ocorrência, a ser estabelecida
pela chefia imediata. 1. INDENIZAÇÕES;
2. GRATIFICAÇÕES;
OBS: As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou
3. ADICIONAIS.
de força maior poderão ser compensadas a critério da
chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo
exercício.
OBS1: As indenizações NÃO SE INCORPORAM ao
vencimento ou provento para qualquer efeito.

OBS2: As gratificações e os adicionais INCORPORAM-

SE ao vencimento ou provento, nos casos e condições
indicados em lei.

ATENÇÃO!
As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem
acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer
outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo
título ou idêntico fundamento.

14

DAS INDENIZAÇÕES
 Constituem indenizações ao servidor:
1. AJUDA DE CUSTO;
2. DIÁRIAS;
3. INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE;
4. AUXÍLIO-MORADIA.
OBS: Os valores das indenizações estabelecidas nos
incisos 1 a 3, assim como as condições para a sua
concessão, serão estabelecidos em REGULAMENTO.
DA AJUDA DE CUSTO
 Destina-se a compensar as despesas de instalação do
servidor que, no interesse do serviço (removido de
ofício), passar a ter exercício em nova sede, com
mudança de domicílio em caráter permanente,
 Despesas de instalação = VIAGEM +
MUDANÇA + INSTALAÇÃO.
 Despesas à parte (correm por conta da
administração) = despesas de transporte (do
servidor e sua família) e compreende:
PASSAGEM + BAGAGEM + BENS
PESSOAIS.
 É vedado o duplo pagamento de indenização, a
qualquer tempo, no caso de o cônjuge ou
companheiro que detenha também a condição de
servidor, vier a ter exercício na mesma sede.
LEMBRAR!! NÃO é devida na remoção a pedido.
 Limite da ajuda de custo = 3 MESES de remuneração.
 A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração
do servidor, conforme se dispuser em regulamento,
não podendo exceder a importância
correspondente a 3 (três) meses.
 À família do servidor que falecer na nova sede são
assegurados ajuda de custo e transporte para a
localidade de origem, dentro do prazo de 1 (um) ano,
15
contado do óbito.
 O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo
quando, injustificadamente, não se apresentar na
nova sede no prazo de 30 (trinta) dias.
 Depende de REGULAMENTO.
DAS DIÁRIAS
 Destina-se a indenizar despesas extraordinárias com
pousada, alimentação e locomoção urbana do servidor
que, a serviço, afasta-se da sede em caráter eventual
ou transitório para outro ponto do território nacional
ou para o exterior.
 O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em
caráter eventual ou transitório para outro ponto do
território nacional ou para o exterior, fará jus a
passagens e diárias destinadas a indenizar as
parcelas de despesas extraordinária com pousada,
alimentação e locomoção urbana, conforme
dispuser em regulamento.
 A diária será concedida por dia de afastamento.
 Se não houver pernoite ou se a União custear
despesas, o servidor recebe meia diária.
 Nos casos em que o deslocamento da sede
constituir exigência permanente do cargo, o
servidor não fará jus a diárias.
 Também não fará jus a diárias o servidor que se
deslocar dentro da mesma região metropolitana,
aglomeração urbana ou microrregião,
constituídas por municípios limítrofes e
regularmente instituídas, ou em áreas de controle
integrado mantidas com países limítrofes, cuja
jurisdição e competência dos órgãos, entidades e
servidores brasileiros considera-se estendida, salvo
se houver pernoite fora da sede, hipóteses em que
as diárias pagas serão sempre as fixadas para os
afastamentos dentro do território nacional.
 O servidor que receber diárias e não se afastar da sede,
por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las
integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias.
 Na hipótese de o servidor retornar à sede em
prazo menor do que o previsto para o seu
afastamento, restituirá as diárias recebidas em
excesso, no prazo de 5 (cinco) dias.
 Depende de REGULAMENTO.
 DA INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE
 Devida ao servidor que utilizar meio próprio de
locomoção para executar serviços externos, por força
das atribuições próprias do cargo que ocupa, efetivo
ou comissionado.
 Conceder-se-á indenização de transporte ao
servidor que realizar despesas com a utilização de
meio próprio de locomoção para a execução de
serviços externos, por força das atribuições
próprias do cargo, conforme se dispuser em
regulamento.
 Depende de REGULAMENTO.
DO AUXÍLIO-MORADIA
 Destina-se a ressarcir despesas comprovadamente
realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou
com hotel, no prazo de 1 mês após a comprovação da
despesa pelo servidor.
 Requisitos para se conceder o auxílio-moradia:
1. Não exista imóvel funcional disponível para uso
pelo servidor;
2. O cônjuge ou companheiro do servidor não
ocupe imóvel funcional;
3. O servidor ou seu cônjuge ou companheiro não
seja ou tenha sido proprietário, promitente
comprador, cessionário ou promitente cessionário
de imóvel no município aonde for exercer o
cargo, incluída a hipótese de lote edificado sem
averbação de construção, nos doze meses que
antecederem a sua nomeação;
4. Nenhuma outra pessoa que resida com o
servidor receba auxílio-moradia;
5. O servidor tenha se mudado do local de residência
para ocupar cargo em comissão ou função de
confiança do grupo-direção e assessoramento
superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, de natureza
especial, de Ministro de Estado ou equivalentes;
6. O município no qual assuma o cargo em comissão
ou função de confiança não se enquadre nas
hipóteses do art. 58, § 3o, em relação ao local de
residência ou domicílio do servidor;
7. O servidor não tenha sido domiciliado ou tenha
residido no município, nos últimos doze meses,
aonde for exercer o cargo em comissão ou função
de confiança, desconsiderando-se prazo inferior a
sessenta dias dentro desse período; e
8. O deslocamento não tenha sido por força de
alteração de lotação ou nomeação para cargo
efetivo.
9. O deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho
de 2006.
 O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a 25% do
16
valor do cargo em comissão, função comissionada ou
cargo de Ministro de Estado ocupado.
 O valor do auxílio-moradia não poderá superar 25%
da remuneração de Ministro de Estado.
 Independentemente do valor do cargo em comissão
ou função comissionada, fica garantido a todos os que
preencherem os requisitos o ressarcimento até o valor
de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais).
 No caso de FALECIMENTO, EXONERAÇÃO,
COLOCAÇÃO (OFERECIMENTO) DE IMÓVEL
FUNCIONAL à disposição do servidor ou
AQUISIÇÃO DE IMÓVEL, o auxílio-moradia
continuará sendo pago por 1 mês.
DAS GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS
 Espécies de Gratificações ou Adicionais:
1. RETRIBUIÇÃO PELO EXERCÍCIO DE FUNÇÃO
DE DIREÇÃO, CHEFIA E ASSESSORAMENTO;
2. GRATIFICAÇÃO NATALINA;
3. ADICIONAL PELO EXERCÍCIO DE
ATIVIDADES INSALUBRES, PERIGOSAS OU
PENOSAS;
4. ADICIONAL PELA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
EXTRAORDINÁRIO;
5. ADICIONAL NOTURNO;
6. ADICIONAL DE FÉRIAS;
7. OUTROS, RELATIVOS AO LOCAL OU À
NATUREZA DO TRABALHO.
8. GRATIFICAÇÃO POR ENCARGO DE CURSO OU
CONCURSO.
RETRIBUIÇÃO PELO EXERCÍCIO DE FUNÇÃO DE
DIREÇÃO, CHEFIA E ASSESSORAMENTO
 Devido ao servidor ocupante de cargo efetivo
investido em função de confiança, ou seja, função de
direção, chefia ou assessoramento, cargo de
provimento em comissão ou de Natureza Especial.
GRATIFICAÇÃO NATALINA
 Equivale ao 13º salário dos trabalhadores regidos pela
CLT.
 A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um
doze avos) da remuneração a que o servidor fizer
jus no mês de Dezembro, por mês de exercício
no respectivo ano.
(Cada mês de efetivo exercício corresponde a 1/12
de remuneração a título de gratificação).
 A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será
considerada como mês integral.
 A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do
mês de dezembro de cada ano.
  O servidor exonerado perceberá sua gratificação
natalina, proporcionalmente aos meses de
exercício, calculada sobre a remuneração do mês
da exoneração.
 A gratificação natalina não será considerada para
cálculo de qualquer vantagem pecuniária.
ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE,
PERICULOSIDADE OU ATIVIDADES PENOSAS
 Devido aos servidores que trabalhem com
HABITUALIDADE:
o Em locais insalubres ou em contato permanente
com substâncias tóxicas, radioativas
(insalubridade);
o Ou em circunstancias que os colocam em risco de
vida (periculosidade).
 O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade
e de periculosidade deverá optar por um deles (NÃO
PODEM SER RECEBIDOS
CUMULATIVAMENTE).
 O direito ao adicional de insalubridade ou
periculosidade cessa com a eliminação das condições
ou dos riscos que deram causa a sua concessão.
 A servidora gestante ou lactante será afastada,
enquanto durar a gestação e a lactação, das operações e
locais previstos neste artigo, exercendo suas atividades
em local salubre e em serviço não penoso e não
perigoso.
 O adicional de atividade PENOSA será devido aos
servidores em exercício em zonas de fronteira ou em
localidades cujas condições de vida o justifiquem, nos
termos, condições e limites fixados em regulamento.
 Os locais de trabalho e os servidores que operam com
Raio X ou substâncias radioativas serão mantidos sob
CONTROLE PERMANENTE, de modo que as doses
de radiação ionizante não ultrapassem o nível
máximo previsto na legislação própria.
 Os servidores a que se refere este artigo serão
submetidos a exames médicos a cada 6 (seis)
meses.
17
ADICIONAL POR SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO
 Equivale à chamada hora extra.
 O serviço extraordinário será remunerado com
acréscimo de 50% (cinquenta por cento) em
relação à hora normal de trabalho. (Hora normal
+ acréscimo de 50%)
 Somente será permitido serviço extraordinário para
atender a situações excepcionais e temporárias,
respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas por
jornada.
GRATIFICAÇÃO POR ENCARGO DE CURSO OU
CONCURSO
 Devida ao servidor que, em caráter eventual, exerce
atividades relacionadas a treinamentos, cursos de
formação, vestibulares e concursos públicos
organizados no âmbito da Administração Pública.
 Casos:
I - Atuar como instrutor em curso de formação, de
desenvolvimento ou de treinamento regularmente
instituído no âmbito da administração pública federal;
(2,2%)
II - Participar de banca examinadora ou de comissão
para exames orais, para análise curricular, para
correção de provas discursivas, para elaboração de
questões de provas ou para julgamento de recursos
intentados por candidatos; (2,2%)
III - Participar da logística de preparação e de
realização de concurso público envolvendo
atividades de planejamento, coordenação, supervisão,
execução e avaliação de resultado, quando tais
atividades não estiverem incluídas entre as suas
atribuições permanentes; (1,2%)
IV - Participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar
provas de exame vestibular ou de concurso público
ou supervisionar essas atividades. (1,2%)
 Os critérios de concessão e os limites da gratificação
de que trata este artigo serão fixados em regulamento,
observados os seguintes parâmetros:
1) O valor da gratificação será calculado em horas,
observadas a natureza e a complexidade da
atividade exercida;
2) A retribuição não poderá ser superior ao
equivalente a 120 (cento e vinte) horas de
trabalho anuais, ressalvada situação de
excepcionalidade, devidamente justificada e
previamente aprovada pela autoridade máxima do
órgão ou entidade, que poderá autorizar o
acréscimo de até 120 (cento e vinte) horas de
 trabalho anuais (dobra = 240 horas);
3) O valor máximo da hora trabalhada
corresponderá aos seguintes percentuais, incidentes
sobre o maior vencimento básico da
administração pública federal:
a) 2,2% em se tratando de atividades previstas nos
incisos I e II do caput deste artigo;
b) 1,2% em se tratando de atividade prevista nos
incisos III e IV do caput deste artigo.
OBS: A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso
somente será paga se as atividades referidas nos incisos do
caput deste artigo forem exercidas sem prejuízo das
atribuições do cargo de que o servidor for titular,
devendo ser objeto de compensação de carga horária quando
desempenhadas durante a jornada de trabalho, na forma do §
4o do art. 98 desta Lei.
ATENÇÃO!!
A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso não se
incorpora ao vencimento ou salário do servidor para
qualquer efeito e não poderá ser utilizada como base de
cálculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins
de cálculo dos proventos da aposentadoria e das pensões.
ADICIONAL NOTURNO
 Devido pela prestação de serviço noturno, prestado em
horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de
um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, terá o valor-
hora acrescido de 25%, computando-se cada hora como
cinquenta e dois minutos e trinta segundos (52’30’’).
 A cada 7 horas “de relógio” trabalhadas durante o
período noturno, o servidor tem registrada 8 horas
de trabalho.
 Em caso de serviço extraordinário prestado no
horário noturno, os respectivos adicionais são
calculados CUMULATIVAMENTE.
ADICIONAL DE FÉRIAS
 Independentemente de solicitação, será pago ao
servidor, por ocasião das férias, um adicional
correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do
período das férias.
 No caso de o servidor exercer função de direção,
chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em
comissão, a respectiva vantagem será considerada no
cálculo do adicional de férias.
18
PERÍODO AQUISITIVO PERÍODO DE
1º: 10.10.2005 a 09.10.2006 Nenhum ai
1º: período aquisitiv
(2005/2006) e 2º perí
2º: 10.10.2006 a 09.10.2007
em andamento (2
2º: já completo (2006
3º: 10.10.2007 a 09.10.2008
andamento (200
3º: já completo (2006
4º: 10.10.2008 a 09.10.2009
andamento (200
3. DAS FÉRIAS
 São os períodos de inatividade remunerada, sem
perda do cargo efetivo, a que o servidor faz jus
periodicamente, para repor suas forças e
capacidades mental e física.
 O servidor fará jus a 30 DIAS de férias, que
PODEM SER ACUMULADAS, ATÉ O
MÁXIMO DE 2 PERÍODOS, no caso de
necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em
que haja legislação específica.
 Para o primeiro período aquisitivo de férias
serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.
o Após 1 ano (12 meses) inicia-se o período
de gozo, quando o servidor poderá usufruir
o direito já conquistado;
o Após o primeiro período aquisitivo, os
períodos aquisitivo e de gozo passam a
coincidir, de modo que o servidor pode
gozar do direito antes mesmo de adquiri-lo
por completo;
o LEMBRAR! Podem ser acumulados até o
limite de dois períodos. Após ultrapassado
esse limite, o servidor perde o direito as
férias “excedentes” a dois períodos.
o Em caso de negativa da chefia ao gozo de
férias pelo servidor na data limite para a
perda do direito, cabe até mesmo mandado
de segurança para assegurar o gozo de
férias.
o ATENÇÃO! Não existe indenização para
o servidor que não gozar as férias dentro
do período legalmente estabelecido.
 É vedado levar à conta de férias qualquer
falta ao serviço (ausência injustificada ao
serviço).
  Tanto servidor efetivo como comissionado
fazem jus.  O servidor que opera direta e permanentemente
 As férias poderão ser PARCELADAS EM com Raios X ou substâncias radioativas gozará
ATÉ 3 ETAPAS, desde que assim requeridas 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por
pelo servidor, e no interesse da administração semestre de atividade profissional, proibida em
pública. qualquer hipótese a acumulação.
 Ato discricionário.
 No entanto, o pagamento da  As férias somente poderão ser
remuneração das férias não poderá ser INTERROMPIDAS por:
parcelado.
1) Motivo de calamidade pública;
2) Comoção interna;
3) Convocação para júri;
4) Convocação para serviço militar ou
eleitoral ou
5) Por necessidade do serviço declarada pela
autoridade máxima do órgão ou entidade.

 NATUREZA DO ATO ADMINISTRATIVO

QUE CONCEDE AS FÉRIAS: 4. DAS LICENÇAS
Normalmente, os atos da Administração
relativos à concessão de férias são discricionários,  São direitos de ausência ao serviço ou à
cabendo a chefia verificar a conveniência e repartição. Podem ser remunerados ou não, e ter
oportunidade de o servidor gozar das férias naquele prazo certo ou indeterminado.
período. Assim, o agente não tem o direito  Rol do Art. 81 da Lei 8.112/90 – não é exaustiva, é
subjetivo a gozar de férias quando bem meramente exemplificativa.
entender, por aplicação dos princípios da  Conceder-se-á ao servidor licença:
supremacia do interesse público sobre o privado e
da continuidade do serviço público. 1. POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA
Todavia, o ato de concessão pode tornar-se FAMÍLIA;
vinculado, caso se aproxime do limite para o 2. POR MOTIVO DE AFASTAMENTO DO
gozo das férias (acumulada de 2 períodos), uma CÔNJUGE OU COMPANHEIRO;
vez que nesse caso, a Administração é obrigada a 3. PARA O SERVIÇO MILITAR;
conceder as férias para que o servidor não perca 4. PARA ATIVIDADE POLÍTICA;
o direito. 5. PARA CAPACITAÇÃO;
6. PARA TRATAR DE INTERESSES
 O pagamento da remuneração das férias será PARTICULARES;
efetuado até 2 (dois) dias ANTES do início do 7. PARA DESEMPENHO DE MANDATO
respectivo período (de férias). CLASSISTA.
8. PARA TRATAMENTO DE SAÚDE
 O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em 9. GESTANTE, ADOTANTE E PATERNIDADE
comissão, perceberá indenização relativa ao 10. POR ACIDENTE EM SERVIÇO
período das férias a que tiver direito e ao
incompleto, na proporção de 1/12 (um doze avos)
por mês de efetivo exercício, ou fração superior a ATENÇÃO!
quatorze dias. A licença concedida dentro de 60 DIAS DO TÉRMINO
 A indenização será calculada com base na DE OUTRA DA MESMA ESPÉCIE será considerada
remuneração do mês em que for publicado como PRORROGAÇÃO.
o ato exoneratório.
 Se o servidor for exonerado do cargo, os
períodos de férias ainda não gozados deverão LICENÇA POR MOTIVO DE AFASTAMENTO DO
ser convertidos em dinheiro. CÔNJUGE

19
 Concedida licença ao servidor para acompanhar
cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro
ponto do território nacional, para o exterior ou para o
exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e
Legislativo.
 A licença será por prazo indeterminado e sem
remuneração.
 No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou
companheiro também seja servidor público, civil ou
militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, poderá haver
exercício provisório em órgão ou entidade da
Administração Federal direta, autárquica ou
fundacional, desde que para o exercício de atividade
compatível com o seu cargo. (Não se confunde com a
remoção para acompanhar cônjuge)
LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA
DA FAMÍLIA
 Doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos
filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou
dependente que viva a suas expensas e conste do seu
assentamento funcional, mediante comprovação por
perícia médica oficial.
 A licença somente será deferida se a assistência direta
do servidor for indispensável e não puder ser prestada
simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante
compensação de horário.
 É vedado o exercício de atividade remunerada
durante o período da licença.
 Tanto a concessão, bem como cada uma de suas
prorrogações serão precedidas de exame por perícia
médica oficial.
 Poderá ser concedida a cada período de 12 meses nas
seguintes condições:
o Por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não,
mantida a remuneração do servidor; e, excedido
esse prazo,
o Por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não,
sem remuneração.
OBS: prazo total de 150 dias [30 dias (c/remun.) + 30 dias
(c/remun.) + 90 dias (s/remun.)].
LICENÇA PARA ATIVIDADE POLÍTICA
 Concedida ao servidor que se candidata para
concorrer nas eleições.
20
 SEM remuneração = durante o período que mediar
entre a sua escolha em convenção partidária e a
véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça
Eleitoral.
 COM remuneração = a partir do registro da
candidatura e até o 10º dia seguinte ao da eleição, o
servidor fará jus à licença, assegurados os vencimentos
do cargo efetivo, somente pelo período de 3 (três)
meses.
 O servidor candidato a cargo eletivo na localidade
onde desempenha suas funções e que exerça cargo de
direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou
fiscalização, dele será afastado, a partir do dia
imediato ao do registro de sua candidatura perante a
Justiça Eleitoral, até o 10º dia seguinte ao do pleito.
LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR
 Ao servidor convocado para o serviço militar será
concedida licença, na forma e condições previstas na
legislação específica.
 Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30
(trinta) dias sem remuneração para reassumir o
exercício do cargo.
LICENÇA PARA CAPACITAÇÃO
 Concedida para o servidor participar de curso de
capacitação profissional.
 A cada quinquênio (5 anos) de efetivo exercício, o
servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-
se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva
remuneração, por até 3 (três) meses.
 Ato discricionário da Administração.
 Não pode ser concedida para servidor que esteja em
estágio probatório.
 Os períodos de licença não são acumuláveis.
LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES
PARTICULARES
 Concedida para o servidor cuidar de assuntos
particulares.
 Ato discricionário: a critério da Administração,
poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo
efetivo, desde que não esteja em estágio probatório,
licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo
de até 3 (três) anos consecutivos, sem remuneração.
 Prazo de até 3 (três) anos consecutivos, sem
remuneração.
 A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo,
a pedido do servidor ou no interesse do serviço.
LICENÇA PARA O DESEMPENHO DE MANDATO
CLASSISTA
 Concedida para o servidor desempenhar mandato em
confederação, federação, associação de classe de
âmbito nacional, sindicato representativo da categoria
ou entidade fiscalizadora da profissão ou, ainda, para
participar de gerência ou administração em sociedade
cooperativa constituída por servidores públicos para
prestar serviços a seus membros.
 A licença terá duração igual à do mandato, podendo
ser renovada, no caso de reeleição.
 Não pode ser concedida para o servidor que esteja em
estágio probatório.
 Devem ser observados os seguintes limites:
Para entidades com até 5.000 (cinco 2 (dois)
mil) associados servidores.
Para entidades com 5.001 (cinco mil 4 (quatro)
e um) a 30.000 (trinta mil) servidores.
associados
Para entidades com mais de 30.000 8 (oito)
(trinta mil) associados servidores.
 Somente poderão ser licenciados os servidores eleitos
para cargos de direção ou de representação nas referidas
entidades, desde que cadastradas no órgão
competente.
LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE
21
 Concedida para tratamento de saúde do próprio
servidor. Pode ser a pedido ou de ofício, com base em
perícia médica.
 Será concedida com base em perícia médica oficial
(regra), que poderá ser dispensada para licenças
inferiores a 15 dias, dentro de um ano.
 Licenças maiores que 120 dias no período de 12 meses,
serão concedidas mediante avaliação por junta médica
oficial (mais de um médico).
 PRAZO MÁXIMO DE 24 MESES = APÓS ISSO É
CASO DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.
LICENÇA À GESTANTE
 Será concedida licença à servidora gestante por 120
(cento e vinte) dias consecutivos, podendo ser
prorrogado por mais 60 dias (total de 180 dias), sem
prejuízo da remuneração.
 A licença poderá ter início no 1º dia do 9º mês de
gestação, salvo antecipação por prescrição médica.
 No caso de nascimento prematuro, a licença terá
início a partir do parto.
 No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do
evento, a servidora será submetida a exame médico, e
se julgada apta, reassumirá o exercício.
 No caso de aborto atestado por médico oficial, a
servidora terá direito a 30 (trinta) dias de repouso
remunerado.
 Lei 11.770/08 – Art. 1º É instituído o Programa
Empresa Cidadã, destinado a PRORROGAR:
I - por 60 (sessenta) dias a duração da licença-
maternidade prevista no inciso XVIII do caput do art.
7º da Constituição Federal; (120 + 60 = 180 dias)
LICENÇA À ADOTANTE
 Concedida à servidora que adotar ou obtiver guarda
judicial de criança.
 Com remuneração.

 A Lei 8.112/90 prevê prazos diferenciados entre as

licenças à gestante e à adotante, e prazos distintos
conforme a idade da criança:
o 90 dias, prorrogável por mais 45 dias, se a criança
tiver até 1 ano de idade; ou
o 30 dias, prorrogável por mais 15 dias, se acriança
tiver mais de 1 ano de idade.

 No entanto, o STF entende que essas diferenças são

inconstitucionais, de tal forma que o prazo para as
licenças será o mesmo, independentemente da idade
da criança adotada (RE 778.889).
 STF = mesmo prazo que a licença à gestante (120 +
60).

LICENÇA-PATERNIDADE
LICENÇA POR ACIDENTE EM SERVIÇO
 Concedido ao servidor pelo nascimento ou adoção de  Concedido ao servidor que sofrer, em serviço, dano
filhos. físico ou mental, que se relacione, mediata ou
imediatamente, com as atribuições do cargo
 Com remuneração. exercido.

 Prazo de 5 (cinco) dias consecutivos.  Equipara-se ao acidente em serviço o dano:

1. Decorrente de agressão sofrida e não
 Lei 11.770/08 – Art. 1º É instituído o Programa provocada pelo servidor no exercício do cargo;
Empresa Cidadã, destinado a PRORROGAR: 2. Sofrido no percurso da residência para o
II - por 15 (quinze) dias a duração da licença- trabalho e vice-versa.
paternidade, nos termos desta Lei, além dos 5 (cinco)
dias estabelecidos no § 1o do art. 10 do ADCT. (5 + 15
 Será licenciado, com remuneração integral, o
= 20 dias).
servidor acidentado em serviço.

 O servidor acidentado em serviço que necessite de

tratamento especializado poderá ser tratado em
instituição privada, à conta de recursos públicos.

 A prova do acidente será feita no prazo de 10 (dez)

dias, prorrogável quando as circunstâncias o
exigirem.
QUADRO RESUMO DAS LICENÇAS

DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA

Duração 30 dias + 30 dias + 90 dias (total 150 dias)
Primeiros 30 dias + prorrogação por mais 30 dias = com remuneração
Remuneração
Os mais 90 dias restantes = sem remuneração
Pode ser concedida durante o
Sim
estágio probatório
Suspende o estágio probatório Sim
30 primeiros dias – conta para todos os efeitos.
Contagem do tempo de Prorrogação por mais
22 30 dias – conta apenas para fins de
serviço aposentadoria/disponibilidade.
90 dias restantes – não contam para quaisquer fins.
Ato de concessão Vinculado (condicionado à apreciação por medico ou junta medica oficial)
 DA LICENÇA PARA ATIVIDADE POLÍTICA (para ser candidato)
1º período: vai da escolha na convenção 2º período: vai do dia do registro da
Duração partidária até a véspera do registro da candidatura até o 10º dia depois da eleição.
candidatura.
Remuneração Não Sim, até o máximo de 3 meses
Pode ser concedida durante o Sim
Sim
estágio probatório
Suspende o estágio Sim
Sim
probatório
Contagem do tempo de Conta apenas para efeitos de
Não
serviço aposentadoria/disponibilidade
Ato de concessão Vinculado Vinculado

DA LICENÇA PARA CAPACITAÇÃO

Duração Até 3 meses
Remuneração Sim
Pode ser concedida durante o
Não
estágio probatório
Suspende o estágio probatório Não se aplica
Contagem do tempo de
Sim
serviço
Ato de concessão Discricionário

DA LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES

Duração Até 3 (três) anos consecutivos
Remuneração Não
Pode ser concedida durante o
?
estágio probatório
Suspende o estágio probatório ?
Contagem do tempo de
Não
serviço
Ato de concessão Discricionário 23

DA LICENÇA PARA O DESEMPENHO DE MANDATO CLASSISTA

  A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda
a missão ou estudo, somente decorrido igual
período, será permitida nova ausência.

 Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não

será concedida exoneração ou licença para tratar de
interesse particular antes de decorrido período igual
ao do afastamento, ressalvada a hipótese de
ressarcimento da despesa havida com seu afastamento.

 O disposto neste artigo não se aplica aos servidores da

carreira diplomática.

 As hipóteses, condições e formas para a autorização de

que trata este artigo, inclusive no que se refere à
remuneração do servidor, serão disciplinadas em
REGULAMENTO.

 O afastamento de servidor para servir em organismo

internacional de que o Brasil participe ou com o qual
coopere dar-se-á com perda total da remuneração.

AFASTAMENTO PARA PARTICIPAÇÃO EM

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO
5. DOS AFASTAMENTOS SENSU NO PAÍS
 No interesse da Administração, desde que não possa
 São quatro modalidades de afastamento, na lei ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo ou
8.112/90: mediante compensação de horário.
 O servidor poderá, no interesse da Administração,
1) PARA SERVIR A OUTRO ÓRGÃO OU e desde que a participação não possa ocorrer
ENTIDADE; simultaneamente com o exercício do cargo ou
2) PARA EXERCÍCIO DE MANDATO mediante compensação de horário, afastar-se do
ELETIVO; exercício do cargo efetivo, com a respectiva
3) PARA ESTUDO OU MISSÃO NO remuneração, para participar em programa de pós-
EXTERIOR; graduação stricto sensu em instituição de ensino
4) PARA PARTICIPAR DE PÓS-GRADUAÇÃO superior no País.
STRICTO SENSU NO PAÍS.
 Concedido aos servidores efetivos no respectivo órgão ou
 Afastamentos ≠ Licenças. entidade:
o Há pelo menos 3 (três) anos para Mestrado e 4
AFASTAMENTO PARA ESTUDO OU MISSÃO NO (quatro) anos para Doutorado, incluído o período
EXTERIOR de estágio probatório;
 Depende da autorização do Presidente da República, do o Que não tenham se afastado por licença para
Presidente dos órgãos do Poder Legislativo e do tratar de assuntos particulares para gozo de
Presidente do STF, dependendo de a qual Poder o cargo licença capacitação ou afastamento para
do servidor está vinculado. participar de pós-graduação nos 2 (dois) anos
 O servidor não poderá ausentar-se do País para anteriores à data da solicitação de afastamento.
estudo ou missão oficial, sem autorização do
Presidente da República, Presidente dos Órgãos do  Com remuneração.
Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal
Federal.  Após retornar, o servidor terá que permanecer no
exercício de suas funções por um período igual ao do
 Período de até 4 ANOS: afastamento concedido.

24
 Caso o servidor venha a solicitar exoneração do cargo
ou aposentadoria, antes de cumprido o período de
permanência deverá ressarcir o órgão ou entidade dos
gastos com seu aperfeiçoamento.

 Caso o servidor não obtenha o título ou grau que

justificou seu afastamento no período previsto, deverá
ressarcir o órgão ou entidade dos gastos com seu
aperfeiçoamento, salvo na hipótese comprovada de força
maior ou de caso fortuito, a critério do dirigente máximo
do órgão ou entidade.

AFASTAMENTO PARA SERVIR A OUTRO ÓRGÃO

OU ENTIDADE (cessão)
 O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro
órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados,
do DF, dos Municípios ou em serviço social autônomo
instituído pela União que exerça atividades de
cooperação com a administração pública federal, nas
seguintes hipóteses:
o Para exercício de cargo em comissão, função de
confiança ou, no caso de serviço social autônomo,
para o exercício de cargo de direção ou de
gerência;
o Em casos previstos em leis específicas.
AFASTAMENTO PARA EXERCÍCIO DE MANDATO
ELETIVO
 Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as
seguintes disposições:
 Tratando-se de mandato federal, estadual ou
distrital, ficará AFASTADO DO CARGO;
 Receberá a remuneração do cargo eletivo,
apenas.
 Investido no mandato de Prefeito, será
AFASTADO DO CARGO, sendo-lhe facultado
optar pela sua remuneração;

 Sendo a cessão para órgãos ou entidades dos Estados, do
DF, dos Municípios ou para serviço social autônomo, o
ônus da remuneração será do órgão ou da entidade
cessionária (que recebeu o servidor), mantido o ônus
para o cedente nos demais casos.
 A cessão far-se-á mediante Portaria publicada no DOU.
 Investido no mandato de Vereador:
a) havendo compatibilidade de horário, perceberá
as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da
remuneração do cargo eletivo; (Receberá as duas)
b) não havendo compatibilidade de horário, será
AFASTADO DO CARGO, sendo-lhe facultado
optar pela sua remuneração.

DO AFASTAMENTO PARA MANDATO ELETIVO (depois de já eleito)

Duração Igual ao do mandato, sendo prorrogado caso haja reeleição
Remuneração Depende (casso de prefeito e vereador)
Pode ser concedida durante o
Sim
estágio probatório
Suspende o estágio probatório Não
Contagem do tempo de Conta para todos os efeitos, exceto para promoção por merecimento
serviço
Ato de concessão Vinculado
25
DO AFASTAMENTO PARA ESTUDO OU MISSÃO NO EXTERIOR
Duração Até 4 anos, depende da duração do curso
Remuneração Sim
  Será exigida a compensação de horário no
órgão ou entidade que tiver exercício, respeitada
a duração semanal do trabalho.
 Também será concedido horário especial ao
servidor portador de deficiência, quando
comprovada a necessidade por junta médica
oficial, independentemente de compensação de
horário.
 As disposições constantes do § 2 o são
extensivas ao servidor que tenha cônjuge,
filho ou dependente com deficiência.
 Será igualmente concedido horário especial,
vinculado à compensação de horário a ser
efetivada no prazo de até 1 (um) ano, ao
servidor que desempenhe atividade prevista nos
incisos I e II do caput do art. 76-A desta Lei
(servidor com encargo de curso ou
concurso).

 Ao SERVIDOR ESTUDANTE que mudar de sede

no interesse da administração é assegurada, na
localidade da nova residência ou na mais próxima,
matrícula em instituição de ensino congênere, em
qualquer época, independentemente de vaga.
 Estende-se ao cônjuge ou companheiro, aos
filhos, ou enteados do servidor que vivam na
sua companhia, bem como aos menores sob
6. DAS CONCESSÕES sua guarda, com autorização judicial.
 São direitos de ausência remunerada (ou, em
alguns casos, de flexibilização da jornada). 7. DIREITO DE PETIÇÃO
 Trata-se de ato de natureza vinculada, de modo que  É assegurado ao servidor o direito de requerer
à Administração não cabe analisar o mérito aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou
(conveniência e oportunidade) da concessão. interesse legítimo.
 Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-  Para o exercício do direito de petição, é
se do serviço: assegurada vista do processo ou documento, na
repartição, ao servidor ou a procurador por ele
Para doação de sangue Por 1 (um) dia. constituído.
Pelo período comprovadamente  A administração deverá rever seus atos, a
necessário para alistamento ou qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade.
Alistamento como
recadastramento eleitoral, (Súmula n. 473, STF)
eleitor
limitado, em qualquer caso, a 2
(dois) dias. PEDIDO DE
REQUERIMENTO
Em razão de casamento RECONSIDERAÇÃO
Em razão de O requerimento será Cabe pedido de
falecimento do cônjuge, dirigido à autoridade reconsideração à
companheiro, pais, competente para decidi-lo e autoridade que houver
Por 8 (oito) dias consecutivos.
madrasta ou padrasto, encaminhado por intermédio expedido o ato ou
filhos, enteados, menor daquela a que estiver proferido a primeira
sob guarda ou tutela e imediatamente subordinado decisão, não podendo ser
irmãos. o requerente. renovado.
DESPACHADOS no prazo de 5 DIAS
 Será CONCEDIDO HORÁRIO ESPECIAL ao DECIDIDOS dentro de 30 DIAS.
servidor estudante, quando comprovada a
incompatibilidade entre o horário escolar e o da
repartição, sem prejuízo do exercício do cargo. PRESCRIÇÃO DO DIREITO DE REQUERER

26
 Quanto aos atos de demissão e de cassação  São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos
de aposentadoria ou disponibilidade, ou neste Capítulo, salvo motivo de força maior.
5 ANOS
que afetem interesse patrimonial e créditos
resultantes das relações de trabalho.
Nos demais casos, salvo quando outro prazo
120 DIAS
for fixado em lei.
O prazo de prescrição será contado da data da publicação
do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado,
quando o ato não for publicado.

RECURSOS
Caberá recurso:
I - do indeferimento do pedido
de reconsideração;
CABIMENTO
II - das decisões sobre os
recursos sucessivamente
interpostos
O recurso será dirigido à autoridade
imediatamente superior à que tiver
expedido o ato ou proferido a
DIRIGIDO
decisão, e, sucessivamente, em
escala ascendente, às demais
autoridades.
Ordem manifestamente ileg
O recurso será encaminhado por
intermédio da autoridade a que SERVIDOR CUMPRE A Servidor responde juntamente
ENCAMINHADO
estiver imediatamente subordinado ORDEM superior hierárquico.
o requerente.

SERVIDOR DESCUMPRE Servidor se exime da responsabil

A ORDEM Só o superior responde.

RECURSOS REGIME DISCIPLINAR

O prazo para interposição de Pedido
de Reconsideração ou de Recurso é
PRAZO PARA de 30 DIAS
INTERPOSIÇÃO A contar da publicação ou da
ciência, pelo interessado, da
decisão recorrida.
É possível!
EFEITO O recurso poderá ser recebido com
SUSPENSIVO efeito suspensivo, a juízo da
autoridade competente.
Em caso de provimento do pedido
PROVIMENTO de reconsideração ou do recurso, os
DO RECURSO efeitos da decisão retroagirão à
data do ato impugnado.
OBSERVAÇÕES!
1. DEVERES
 A Lei 8.112/90 traz um rol aberto, não exaustivo
(meramente exemplificativo).
DEVERES RELATIVOS À EFICIÊNCIA
 Exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
 Zelar pela economia do material e a conservação do
patrimônio público;
 Ser assíduo e pontual ao serviço;
 Atender com presteza:
a) ao público em geral, prestando as informações
requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;
b) à expedição de certidões requeridas para defesa
de direito ou esclarecimento de situações de interesse
pessoal;
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.

 O Pedido de Reconsideração e o Recurso, quando DEVERES RELATIVOS À LEGALIDADE

cabíveis, INTERROMPEM A PRESCRIÇÃO.
 A prescrição é de ordem pública, não podendo ser
relevada pela administração.
27
 Observar as normas legais e regulamentares;
 Levar as irregularidades de que tiver ciência em
razão do cargo ao conhecimento da autoridade
superior ou, quando houver suspeita de envolvimento
 desta, ao conhecimento de outra autoridade
competente para apuração;
 Representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de
poder.
OBS: Essa representação será encaminhada pela via
hierárquica e apreciada pela autoridade superior
àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao
representando ampla defesa.
DEVERES DECORRENTES DA MORALIDADE
 Ser leal às instituições a que servir;
 Manter conduta compatível com a moralidade
administrativa;
 Tratar com urbanidade as pessoas;
DEVERES DECORRENTES DA HIERARQUIA
 Cumprir as ordens superiores, exceto quando
manifestamente ilegais;
DEVERES DECORRENTES DO SIGILO
 Guardar sigilo sobre assunto da repartição;
2. PROIBIÇÕES
 O rol legal é meramente exemplificativo.
 Essas proibições constituem falta funcional, punível
com Advertência, Suspensão, Demissão, Cassação
de Aposentadoria e Disponibilidade, entre outras.
 Ao servidor é proibido:
Ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia
autorização do chefe imediato;
Retirar, sem prévia anuência da autoridade competente,
qualquer documento ou objeto da repartição;
Recusar fé a documentos públicos;
Opor resistência injustificada ao andamento de documento e
processo ou execução de serviço;
Promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto
da repartição;
Cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos
28
previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de
sua responsabilidade ou de seu subordinado;
Coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a
associação profissional ou sindical, ou a partido político;
Manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de
confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o 2º grau
civil;
Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de
outrem, em detrimento da dignidade da função pública;
Participar de gerência ou administração de sociedade
privada, personificada ou não personificada, exercer o
comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou
comanditário;
OBS: Essa vedação não se aplica nos seguintes casos:
1. Participação nos conselhos de administração e
fiscal de empresas ou entidades em que a União
detenha, direta ou indiretamente, participação no
capital social ou em sociedade cooperativa
constituída para prestar serviços a seus membros; e
2. Gozo de licença para o trato de interesses
particulares.
Atuar, como procurador ou intermediário, junto a
repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios
previdenciários ou assistenciais de parentes até o 2º grau, e
de cônjuge ou companheiro;
Receber propina, comissão, presente ou vantagem de
qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
Aceitar comissão, emprego ou pensão de estado
estrangeiro;
Praticar usura sob qualquer de suas formas;
Proceder de forma desidiosa; (falta de zelo ou cuidado)
Utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em
serviços ou atividades particulares;
Cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo
que ocupa, exceto em situações de emergência e
transitórias;
Exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com
o exercício do cargo ou função e com o horário de
trabalho;
Recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando
solicitado.
3. RESPONSABILIDADES
 O servidor responde CIVIL, PENAL e
ADMINISTRATIVAMENTE pelo exercício
irregular de suas atribuições.

Prejuízos causados ao erário ou a

CIVIL
terceiros, por dolo ou culpa.
Prática de infrações funcionais
PENAL definidas em lei como crimes ou
contravenções.
ADMINISTRATIV Prática de infrações funcionais
A definidas em leis administrativas.

 RESPONSABILIDADE CIVIL: decorre da pratica

de ato (comissivo ou omissivo) que provocar
prejuízo patrimonial:
 AO ERÁRIO – desconto na remuneração, se
houver consentimento.
 A TERCEIROS – servidor responde em ação
regressiva (quem responde é o Estado, mas
depois o Estado cobra do servidor público –
Estado vai ter que provar que houve dolo ou
culpa).
 Sempre será subjetiva, ou seja, deve haver dolo
ou culpa.
 As ações de ressarcimento ao erário são
IMPRESCRITÍVEIS.
 A obrigação de reparar o dano estende-se aos
sucessores e contra eles será executada, até o
limite do valor da herança recebida.

 RESPONSABILIDADE PENAL: decorre da

OBSERVAÇÕES:
pratica de crimes e contravenções pelo servidor
quando no desempenho da função pública.
 É apurada pelo Poder Judiciário.
 RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA
(CIVIL-ADM.): Decorre da prática de infrações
funcionais previstas em normas administrativas
(Lei 8.112/90).
 É apurada pela Administração, em processo
administrativo.
 ATENÇÃO!!! Não abrange a pratica de ato de
improbidade administrativa
(= responsabilidade civil)
 COMUNICAÇÃO ENTRE AS INSTÂNCIAS:
As sanções civis, penais e administrativas poderão
cumular-se, sendo independentes entre si.
 REGRA: Independência entre as instâncias.
 EXCEÇÕES:
1) Se tiver havido condenação na instância PENAL, o
servidor será condenado nas instâncias
ADMINISTRATIVA e CIVIL.
2) Se tiver havido absolvição na instância PENAL sob o
fundamento de negativa de fato ou de autoria, o
servidor NÃO poderá, pelos mesmos fatos, ser
responsabilizado nas instâncias ADMINISTRATIVA e
CIVIL.
OBS: Logo, se tiver havido absolvição PENAL sob
qualquer outro fundamento as instâncias
ADMINISTRATIVA e CIVIL não sofrerão qualquer
vinculação e poderão decidir de forma autônoma.

RESP.
RESP. PENAL RESP. CIVIL
ADMINISTRATIVA
Ato ilícito penal (crime ou Ato civil ilícito ou ilícito Ato ilícito administrativo
DECORRE
contravenção) civil (falta funcional)
Sanção penal, 29 Sanção patrimonial Sanção administrativa
EFEITOS principalmente a privativa de (necessidade de ressarcir o disciplinar (relativa ao
liberdade dano causado) cargo)

4. ACUMULAÇÃO
 É vedada a acumulação remunerada de cargos
públicos, ressalvados os casos previstos na CF.
 A proibição de acumular estende-se a cargos,
empregos e funções em autarquias, fundações
públicas, EP, SEM da União, do DF, dos
Estados, dos Territórios e dos Municípios.
 A acumulação de cargos, ainda que lícita,
fica condicionada à comprovação da
compatibilidade de horários.
 Considera-se acumulação proibida a percepção
de vencimento de cargo ou emprego público
efetivo com proventos da inatividade, salvo
quando os cargos de que decorram essas
remunerações forem acumuláveis na atividade.
REQUISITOS PARA ACUMULAÇÃO
1) Compatibilidade de horário;
2) Respeito ao teto geral das remunerações.
 O servidor NÃO poderá exercer mais de um cargo
em comissão, exceto no caso previsto no parágrafo
único do art. 9o, nem ser remunerado pela
participação em órgão de deliberação coletiva.
30
 SOMENTE É POSSÍVEL a acumulação de 2
cargos em comissão, quando o servidor
ocupar um cargo interinamente, ou seja,
transitoriamente (nesse caso, deverá optar pela
remuneração de um deles).
 O servidor vinculado ao regime desta Lei, que
acumular licitamente 2 cargos efetivos, quando
investido em cargo de provimento em comissão,
ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvo
na hipótese em que houver compatibilidade de
horário e local com o exercício de um deles,
declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou
entidades envolvidas.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ART. 37
 É VEDADA A acumulação remunerada de cargos
públicos,
 EXCETO, quando houver compatibilidade de horários,
observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
1) 2 cargos de professor;
2) 1 cargo de professor com outro técnico ou
científico;
3) 2 cargos ou empregos privativos de
profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas.
ESTENDE-SE A EMPREGOS E FUNÇÕES.
5. PENALIDADES
 São penalidades disciplinares (decorre do PODER
DISCIPLINAR):
1. Advertência;
2. Suspensão;
3. Demissão;
4. Cassação de aposentadoria ou
disponibilidade;
5. Destituição de cargo em comissão;
6. Destituição de função comissionada.
ADVERTÊNCIA
A advertência será aplicada por escrito, nos casos de
violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII
e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em
lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique
imposição de penalidade mais grave.
Ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia
autorização do chefe imediato;
Retirar, sem prévia anuência da autoridade competente,
qualquer documento ou objeto da repartição;
 Recusar fé a documentos públicos;
Opor resistência injustificada ao andamento de documento
e processo ou execução de serviço;
Promover manifestação de apreço ou desapreço no
recinto da repartição;
Cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos
previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de
sua responsabilidade ou de seu subordinado;
Coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a
associação profissional ou sindical, ou a partido político;
Manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de
confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o 2º
grau civil;
Recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando
solicitado.
SUSPENSÃO
A suspensão será aplicada em caso de reincidência das
faltas punidas com advertência e de violação das demais
proibições que não tipifiquem infração sujeita a
penalidade de demissão, não podendo exceder de 90
(noventa) dias. (Discricionária)
 Reincidência das faltas punidas com advertência;
 Violação das demais proibições que não tipifiquem
infração sujeita a penalidade de demissão.
Cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo
que ocupa, exceto em situações de emergência e
transitórias;
Exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis
com o exercício do cargo ou função e com o horário de
trabalho;
OBS: será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias
o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser
submetido a inspeção médica determinada pela
autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade
uma vez cumprida a determinação.
31
ATENÇÃO! Quando houver conveniência para o serviço, a
penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa,
na base de 50% por dia de vencimento ou remuneração,
ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.
NÃO EXISTE MULTA COMO PENALIDADE
DISCIPLINAR!!
LEMBRAR! O servidor, em suspensão, fica sem
trabalhar, mas não é remunerado, bem como o período
em que ele ficou em suspensão não conta para efeitos de
tempo de serviço.
CASSAÇÃO DE APOSENTADORIA OU DE
DISPONIBILIDADE
Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo
que houver praticado, na atividade, falta punível com a
demissão.
 Cassação de aposentadoria: infração praticada
quando o servidor estava na atividade.
 Cassação de disponibilidade: infração praticada
antes ou depois da disponibilidade.
DEMISSÃO
A demissão será aplicada nos seguintes casos:
1. Crime contra a administração pública;
2. Abandono de cargo;
 Ausência intencional do servidor ao serviço por
mais de 30 dias consecutivos.
3. Inassiduidade habitual;
 A falta ao serviço, sem causa justificada, por
60 dias, interpoladamente, durante o período
de 12 meses (1 ano).
4. Improbidade administrativa;
5. Incontinência pública e conduta escandalosa, na
repartição;
6. Insubordinação grave em serviço;
7. Ofensa física, em serviço, a servidor ou a
particular, salvo em legítima defesa própria ou de
outrem;
8. Aplicação irregular de dinheiros públicos;
9. Revelação de segredo do qual se apropriou em
razão do cargo;
10. Lesão aos cofres públicos e dilapidação do
patrimônio nacional;
11. Corrupção;
 12. Acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções
públicas;
13. Transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.

Atuar, como procurador ou intermediário, junto a

repartições públicas, salvo quando se tratar de
benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até
o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;
Receber propina, comissão, presente ou vantagem de
qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
Aceitar comissão, emprego ou pensão de estado
estrangeiro;
Praticar usura sob qualquer de suas formas;
Proceder de forma desidiosa; (falta de zelo ou cuidado)
Utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição
em serviços ou atividades particulares;

DESTITUIÇÃO DE CARGO EM COMISSÃO

Aplicada ao servidor não ocupante de cargo efetivo, nos
casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de
demissão.

IMPLICAÇÕES NOS CASOS:

A demissão ou a destituição de cargo em comissão implica
a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário,
sem prejuízo da ação penal cabível.
Proibição de retornar ao serviço público por tempo
determinado
A demissão ou a destituição de cargo em comissão
incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em
cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos.
 Improbidade administrativa;
 Aplicação irregular de dinheiros públicos;
 Lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio
nacional;
 Corrupção;
 Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de
outrem, em detrimento da dignidade da função pública;
 Atuar, como procurador ou intermediário, junto a
repartições públicas.

 Crime contra a administração pública;

Proibição de retornar ao serviço público por tempo
 Improbidade administrativa;
indeterminado
 Aplicação irregular de dinheiros públicos;
Não poderá retornar ao serviço público federal o servidor
 Lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio
que for demitido ou destituído do cargo em comissão.
nacional;
(Nunca mais volta)
 Corrupção.

AUTORIDADE COMPETENTE PARA APLICAR AS SANÇÕES

SANÇÃO AUTORIDADE COMPETENTE
Chefe da 32repartição e outras autoridades na forma dos respectivos
ADVERTÊNCIA
regimentos ou regulamentos.
Chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos
SUSPENSÃO (ATÉ 30 DIAS)
PRAZO PRESCRICIONAL:
 O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido.
 Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também como crime.
(Valem os prazos da lei penal)
 A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar (PAD) interrompe a prescrição, até a decisão
final proferida por autoridade competente (ou após o prazo de 140 dias).
 Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em que cessar a interrupção.

 Na APLICAÇÃO das PENALIDADES serão consideradas:

1. A natureza e a gravidade da infração cometida;
2. Os danos que dela provierem para o serviço público;
3. As circunstâncias agravantes ou atenuantes; e
4. Os antecedentes funcionais.

ATENÇÃO!!
O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar.

33
PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR INSTAURAÇÃO
INQUÉRITO
Publicação do ato que
1. PROCESSO DISCIPLINAR constituir a comissão. JULGAMENTO
Instrução
 O processo disciplinar é o instrumento destinado a Defesa Decisão sobre aplicar
Relatório ou não a penalidade
apurar responsabilidade de servidor por infração proposta pela
praticada no exercício de suas atribuições, ou que comissão.
Assegurada a ampla
tenha relação com as atribuições do cargo em que se defesa e o
contraditorio.
encontre investido.

APURAÇÃO DE RESPONSABILIDADES
 Prazo de 60 dias, prorrogável uma vez pelo
 Infrações leves. mesmo período + 20 dias para julgamento. Total
SINDICÂNCIA  Advertência e suspensão por até de 140 dias.
30 dias. O prazo para a conclusão do processo disciplinar
 Infrações graves. não excederá 60 (sessenta) dias, contados da data
PAD  Suspensão superior a 30 dias; de publicação do ato que constituir a comissão,
demissão; cassação; destituição. admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando
as circunstâncias o exigirem.
No prazo de 20 (vinte) dias, contados do
SINDICÂNCIA recebimento do processo, a autoridade julgadora
Procedimento mais célere, para apurar infrações leves. proferirá a sua decisão.
Prazo de 30 dias, prorrogável uma vez por igual período.
O prazo para conclusão da sindicância não excederá 30  Comissão de 3 servidores estáveis, presidida por um
(trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual período, a deles.
critério da autoridade superior. O processo disciplinar será conduzido por
Pode ter como resultado: comissão composta de três servidores estáveis
1) Arquivamento do processo; designados pela autoridade competente, que
2) Aplicação de penalidade de advertência ou indicará, dentre eles, o seu presidente, que deverá
suspensão de até 30 (trinta) dias; ser ocupante de cargo efetivo superior ou de
(Após a garantia do contraditório e ampla defesa) mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual
3) Instauração de processo disciplinar ou superior ao do indiciado. (Apenas ao
(Sem necessidade de contraditório e ampla defesa Presidente da Comissão).
nessa fase - meramente preparatória).  Não poderá participar de comissão de
A sindicância pode ser: sindicância ou de inquérito, cônjuge,
o INQUISITORIAL (não requer ampla defesa) – companheiro ou parente do acusado,
meramente preparatória; consanguíneo ou afim, em linha reta ou
o PUNITIVA (requer ampla defesa, pois pode gerar colateral, até o 3º grau.
punição)  A Comissão exercerá suas atividades com
independência e imparcialidade,
A sindicância pode resultar na instauração de PAD (em
assegurado o sigilo necessário à elucidação
casos de infrações graves), MAS NÃO É UMA ETAPA
do fato ou exigido pelo interesse da
DESTE.
administração.
(Pode a Administração instaurar PAD sem a necessidade de
sindicância prévia).  As reuniões e as audiências das comissões
terão caráter reservado.
A sindicância integra o PAD como peça informativa de
instrução.
DO AFASTAMENTO PREVENTIVO
 Como medida cautelar e a fim de que o servidor não
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO venha a influir na apuração da irregularidade, a
DISCIPLINAR (PAD) autoridade instauradora do processo disciplinar
poderá determinar o seu afastamento do exercício do
O PAD se desenvolve nas seguintes fases:
cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem
1) Instauração, com a publicação do ato que constituir a
prejuízo da remuneração.
comissão;
2) Inquérito administrativo, que compreende instrução,
defesa e relatório;  O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo,
3) Julgamento. findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que não

34
 concluído o processo.
OBS:
Servidor que estiver respondendo a PAD só poderá ser
exonerado a pedido ou aposentado voluntariamente após
a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade,
acaso aplicada.
 Servidor pode acompanhar o PAD, pessoalmente ou
por procurador (não precisa ser advogado).
MEGA ATENÇÃO!!!!
STF – Súmula Vinculante nº 5: “A falta de defesa
técnica por advogado no PAD não ofende a CF”.
 Confirmada a infração, o servidor é indiciado e citado
(por mandado) para apresentar defesa escrita, no prazo
de 10 dias, prorrogável.
 Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será
comum e de 20 (vinte) dias.
 O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo
dobro, para diligências reputadas indispensáveis.
 Achando-se o indiciado em lugar incerto e não
sabido, será citado por edital, publicado no
Diário Oficial da União (DOU) e em jornal de
grande circulação na localidade do último
domicílio conhecido, para apresentar defesa. O
prazo para defesa será de 15 (quinze) dias a
partir da última publicação do edital.
 Em caso de revelia, é nomeado um defensor dativo.
(OBS: A revelia não significa a confissão do
indiciado)
 Considerar-se-á revel o indiciado que,
regularmente citado, não apresentar defesa no
prazo legal.
 O defensor dativo deverá ser ocupante de cargo
efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível
de escolaridade igual ou superior ao do
indiciado.
 Apreciada a defesa, a comissão elaborará
RELATÓRIO MINUCIOSO, onde resumirá as peças
principais dos autos e mencionará as provas em que
se baseou para formar a sua convicção.
 O relatório será sempre CONCLUSIVO quanto
à inocência ou à responsabilidade do servidor.
 O processo disciplinar, com o relatório da
comissão, será remetido à autoridade que
determinou a sua instauração, para
julgamento.
35
 Julgamento: o julgamento acatará o relatório da
comissão, salvo quando contrário às provas dos autos.
 Quando o relatório da comissão contrariar as
provas dos autos, a autoridade julgadora poderá,
motivadamente:
1) Agravar a penalidade proposta;
2) Abrandá-la; ou
3) Isentar o servidor de responsabilidade.
 Em caso de vício insanável: ANULA o processo e
constitui outra comissão para um novo PAD.
 Verificada a ocorrência de vício insanável, a
autoridade que determinou a instauração do
processo ou outra de hierarquia superior
declarará a sua nulidade, total ou parcial, e
ordenará, no mesmo ato, a constituição de
outra comissão para instauração de novo
processo.
 O julgamento fora do prazo legal não implica
nulidade do processo.
 No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento
do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua
decisão.
 Quando a infração estiver capitulada como crime, o
processo disciplinar será remetido ao
MINISTÉRIO PÚBLICO para instauração da ação
penal, ficando trasladado na repartição.
 DA REVISÃO DO PROCESSO: revisão, de ofício
ou a pedido, a qualquer tempo, em caso de
elementos novos: NÃO PODE AGRAVAR A
PENALIDADE APLICADA.
 Da revisão do processo não poderá resultar
agravamento de penalidade.
 O processo disciplinar poderá ser revisto, a
qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando
se aduzirem fatos novos ou circunstâncias
suscetíveis de justificar a inocência do punido
ou a inadequação da penalidade aplicada.
 Em caso de falecimento, ausência ou
desaparecimento do servidor, qualquer pessoa
da família poderá requerer a revisão do processo.
 No caso de incapacidade mental do servidor, a
revisão será requerida pelo respectivo curador.
 A simples alegação de injustiça da penalidade não
constitui fundamento para a revisão, que requer
elementos novos, ainda não apreciados no
processo originário.
 Será novo processo – A revisão correrá em
apenso ao processo originário.
  A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias para interpoladamente, durante o período de 12
a conclusão dos trabalhos, prorrogáveis uma vez meses (1 ano).
por igual período.
 O prazo para julgamento será de 20 (vinte)
dias, contados do recebimento do processo, no
curso do qual a autoridade julgadora poderá
determinar diligências.
 O requerimento de revisão do processo será
dirigido ao Ministro de Estado ou autoridade
equivalente.

DIFERENÇAS ENTRE PAD E SINDICÂNCIA

SINDICÂNCIA PAD
Início (tipo de ato) Abertura Instauração
Pode haver aplicação de
Sim Sim
penalidade
Quais penalidades podem ser
aplicadas Advertência e Suspensão até 30 dias Qualquer uma

Sim, podendo ser dispensada quando for

Ampla defesa Sempre
haver a instauração de PAD
Prazo 30 dias prorrogáveis por mais 30 60 dias prorrogáveis por mais 60
Condução Servidor ou Comissão Comissão

2. RITO SUMÁRIO

 Rito mais célere, mais simples.

 Possui as fases de instauração, instrução e
julgamento;
 Comissão: composta por 2 (dois) servidores
estáveis.
 Prazos:
o Instauração e instrução: 30 dias, prorrogáveis
por mais 15 dias (Total de 45 dias);
o Defesa: 5 dias.
o Julgamento: 5 dias. (A!!!!)

 Aplicável para apurar as seguintes infrações, todas

puníveis com demissão:

1. POSSE EM CARGO INACUMULÁVEL;

No caso de acumulação ilegal, o servidor é
notificado para optar por um dos cargos, no
prazo improrrogável de 10 dias.

2. ABANDONO DE CARGO;
Configura abandono de cargo a ausência
intencional do servidor ao serviço por mais de
30 dias consecutivos.

3. INASSIDUIDADE HABITUAL.
Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao
serviço, sem causa justificada, por 60 dias,
36
 PROCESSO ADMINISTRATIVO administrativo, e aos acusados em geral são
(LEI nº 9.784/99) assegurados o contraditório e ampla defesa, com os
meios e recursos a ela inerentes.
DEVIDO PROCESSO LEGAL
1. CONCEITO Garantia de transparência na condução do processo
 O processo administrativo é uma sucessão lógica administrativo.
de atos praticados pela administração pública com  Art. 5o, LIV, CF - ninguém será privado da liberdade
a intenção de se alcançar um objetivo final, seja a ou de seus bens sem o devido processo legal;
punição de determinado servidor, seja a contratação INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS
ou até mesmo a anulação atos anteriormente Todas as vezes que o texto legal prevê uma determinada
praticados. forma para a prática de um ato administrativo, tem a
 Regulamentada, em ÂMBITO FEDERAL, pela lei intenção de garantir a busca pelo interesse público que é
n. 9.784/99. finalidade do ato.
 Aplicação subsidiária/supletiva. A forma é o instrumento para alcance dos objetivos do ato
(vício de forma é sanável quando não gerar prejuízo, desde
que mantido o interesse público).
2. FINALIDADE
INFORMALISMO OU FORMALISMO NECESSÁRIO
 A realização de processos administrativos possui 4
finalidades básicas: Como regra geral, os atos praticados pelos particulares em
processos administrativos não dependem de forma
CONTROLE DA prescrita em lei.
Instrumento de controle da atividade
ATUAÇÃO Contudo, o processo administrativo precisa respeitar um
ESTATAL
pública.
“formalismo necessário”, tendo em vista que em alguns atos
Garantia da democracia como ou processos a forma é indispensável para a segurança
REALIZAÇÃO DA instrumento hábil a impedir jurídica do cidadão.
DEMOCRACIA condutas arbitrarias pelo Poder  Art. 22. Os atos do processo administrativo não
Público. dependem de forma determinada senão quando a
REDUÇÃO DOS lei expressamente a exigir.
ENCARGOS DO Diminuição dos encargos do Poder § 1o Os atos do processo devem ser produzidos por
PODER Judiciário, reduzindo a litigiosidade. escrito, em vernáculo, com a data e o local de sua
JUDICIÁRIO
realização e a assinatura da autoridade responsável
GARANTIA DE
ATUAÇÃO Destina-se a aperfeiçoar a atuação VERDADE REAL
EFICIENTE E estatal, na eterna busca por uma Busca da verdade material.
MENOS atividade eficiente. Admitem todos os tipos lícitos de provas, apresentados em
DEFEITUOSA qualquer fase do processo, ainda que após o encerramento da
instrução, bem como admite a produção de provas
realizadas de oficio, pela Administração.
3. PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS APLICÁVEIS
É admitida, em sede de recursos a reformatio in pejus
AO PROCESSO ADMINISTRATIVO (decisão de um recurso pode gerar agravamento da situação
do recorrente).
OFICIALIDADE A busca pela verdade real não pode violar o dever de
(IMPULSO OFICIAL) celeridade do processo.
Os processos administrativos podem ser instaurados sem a
GRATUIDADE
necessidade de provocação de qualquer particular
Os processos administrativos são gratuitos, não havendo
interessado.
cobrança de custas, emolumentos ou ônus sucumbenciais
O início do processo, na esfera administrativa, pode decorrer
aos particulares envolvidos.
de vontade originária do Poder Público, no exercício de
suas atividades.  Art. 2º, P.U., XI - proibição de cobrança de despesas
processuais, ressalvadas as previstas em lei;
 Art. 5o, Lei 9.784 - O processo administrativo pode
iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado. LEGALIDADE
CONTRADITÓRIO E O agente público somente pode atuar conforme determinação
AMPLA DEFESA legal. Vigora, no direito administrativo, o princípio da
Direito de saber o que acontece no processo administrativo subordinação à lei.
de seu interesse, bem como o direito de se manifestar na Todos os atos do processo estão previamente estipulados em
relação processual. lei e são de observância obrigatória do administrador
 Art. 5o, LV, CF - aos litigantes, em processo judicial ou público.

37
 apenas subsidiariamente os preceitos desta Lei.

MOTIVAÇÃO
Dever imposto ao ente estatal de indicar os pressupostos de
6. PRINCÍPIOS E CRITÉRIOS DA LEI
fato e de direito que determinaram a prática dos atos
Art. 2o
administrativos.
A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos
A motivação é indispensável ao controle dos atos
princípios da legalidade, finalidade, motivação,
administrativos pela sociedade.
razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla
 Art. 50. Os atos administrativos deverão ser
defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse
motivados, com indicação dos fatos e dos
público e eficiência.
fundamentos jurídicos (...)
§ 1o A motivação deve ser explícita, clara e
LEGALIDADE
congruente, podendo consistir em declaração de
FINALIDADE
concordância com fundamentos de anteriores
pareceres (motivação aliunde), informações, decisões MOTIVAÇÃO
ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE
ato. MORALIDADE
AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO
SEGURANÇA JURÍDICA
4. PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL INTERESSE PÚBLICO
(LEI 9.784/99) EFICIÊNCIA

Art. 1o Parágrafo único.

Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo
administrativo no âmbito da Administração Federal direta
e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos
administrados e ao melhor cumprimento dos fins da
Administração.
§ 1o
Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos
Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no
desempenho de função administrativa.
§ 2o
Para os fins desta Lei, consideram-se:
A unidade de atuação integrante da
ÓRGÃO estrutura da Administração direta e da
estrutura da Administração indireta
A unidade de atuação dotada de
ENTIDADE
personalidade jurídica
AUTORIDAD O servidor ou agente público dotado
E de poder de decisão
5. APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA
 A própria lei determina expressamente sua aplicação
subsidiaria.
Art. 69. Os processos administrativos específicos
continuarão a reger-se por lei própria, aplicando-se-lhes
38
Nos processos administrativos serão observados, entre
outros, os CRITÉRIOS de: (Rol exemplificativo)
I - Atuação conforme a lei e o Direito; (Legalidade)
II - Atendimento a fins de interesse geral, vedada a
renúncia total ou parcial de poderes ou competências,
salvo autorização em lei; (Finalidade e
Impessoalidade)
III - Objetividade no atendimento do interesse
público, vedada a promoção pessoal de agentes ou
autoridades; (Impessoalidade)
IV - Atuação segundo padrões éticos de probidade,
decoro e boa-fé; (Moralidade)
V - Divulgação oficial dos atos administrativos,
ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na
Constituição; (Publicidade)
VI - Adequação entre meios e fins, vedada a imposição
de obrigações, restrições e sanções em medida superior
àquelas estritamente necessárias ao atendimento do
interesse público; (Razoabilidade e Proporcionalidade)
VII - Indicação dos pressupostos de fato e de direito
que determinarem a decisão; (Motivação)
VIII – Observância das formalidades essenciais à
garantia dos direitos dos administrados;
(Formalidade necessária)
IX - Adoção de formas simples, suficientes para
propiciar adequado grau de certeza, segurança e
respeito aos direitos dos administrados; (Informalidade
ou formalidade necessária)
X - Garantia dos direitos à comunicação, à
apresentação de alegações finais, à produção de
provas e à interposição de recursos, nos processos de
 que possam resultar sanções e nas situações de litígio;
(Contraditório e ampla defesa)
XI - Proibição de cobrança de despesas processuais,
ressalvadas as previstas em lei; (Gratuidade)
XII - Impulsão, de ofício, do processo administrativo,
sem prejuízo da atuação dos interessados; (Impulso
Oficial)
XIII - Interpretação da norma administrativa da
forma que melhor garanta o atendimento do fim
público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de
nova interpretação. (Finalidade Pública e Segurança
Jurídica)
7. DIREITOS DOS ADMINISTRADOS (ART. 3º)
 O administrado tem os seguintes Direitos perante a
Administração, sem prejuízo de outros que lhe
sejam assegurados:
DIREITOS DOS ADMINISTRADOS
Rol Exemplificativo
Ser tratado com respeito pelas
autoridades e servidores, que
URBANIDADE deverão facilitar o exercício de seus
direitos e o cumprimento de suas
obrigações;
Ter ciência da tramitação dos
processos administrativos em que
tenha a condição de interessado, ter
vista dos autos, obter cópias de
CONTRADITÓRIO documentos neles contidos e conhecer
E AMPLA DEFESA as decisões proferidas;
Formular alegações e apresentar
documentos antes da decisão, os
quais serão objeto de consideração
pelo órgão competente;
Fazer-se assistir, facultativamente,
DEFESA
por advogado, salvo quando
TÉCNICA
(FACULTATIVA)
obrigatória a representação, por
força de lei.
Não agir de modo temerário;
Prestar as informações que lhe forem solicitadas e
colaborar para o esclarecimento dos fatos.
9. DO INÍCIO DO PROCESSO (Art. 5º ao 8º)
INÍCIO DO PROCESSO
O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a
pedido de interessado.
REQUERIMENTO INICIAL
O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que
for admitida solicitação oral, deve ser formulado por
escrito e conter os seguintes dados:
1) Órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;
2) Identificação do interessado ou de quem o
represente;
3) Domicílio do requerente ou local para recebimento
de comunicações;
4) Formulação do pedido, com exposição dos fatos e de
seus fundamentos;
5) Data e assinatura do requerente ou de seu
representante.
VEDADA A RECUSA IMOTIVADA DE
RECEBIMENTO DE DOCUMENTOS
É vedada à Administração a recusa imotivada de
recebimento de documentos, devendo o servidor orientar o
interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas.
MODELOS PADRONIZADOS
Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar
modelos ou formulários padronizados para assuntos que
importem pretensões equivalentes.
ÚNICO REQUERIMENTO
Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados
tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser
formulados em um único requerimento, salvo preceito
legal em contrário.

SÚMULA VINCULANTE Nº 5
A falta de defesa técnica por advogado no PAD não
ofende a Constituição.

8. DEVERES DOS ADMINITRADOS (ART. 4º)

 São Deveres do administrado perante a
Administração, sem prejuízo de outros previstos
em ato normativo:

DEVERES DOS ADMINISTRADOS

Rol Exemplificativo
Expor os fatos conforme a verdade;
Proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;
39

10. DOS INTERESSADOS (Art. 9º ao 10)
INTERESSADOS (LEGITIMADOS)
São legitimados como interessados no processo
administrativo:
1) Pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como
titulares de direitos ou interesses individuais ou no
exercício do direito de representação;
2) Aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm
direitos ou interesses que possam ser afetados pela
decisão a ser adotada;
3) As organizações e associações representativas, no
tocante a direitos e interesses coletivos;
4) As pessoas ou as associações legalmente
constituídas quanto a direitos ou interesses difusos.
CAPAZES
São capazes, para fins de processo administrativo, os
maiores de 18 anos, ressalvada previsão especial em ato
normativo próprio.
11. COMPETÊNCIA (ART. 11 ao 17)
 A competência é IRRENUNCIÁVEL e se exerce
pelos órgãos administrativos a que foi atribuída
como própria, salvo os casos de delegação e
avocação legalmente admitidos.
DELEGAÇÃO
 Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não
houver impedimento legal, DELEGAR parte da sua
competência a outros órgãos ou titulares, ainda que
estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados,
quando for conveniente, em razão de circunstâncias de
índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
 O ato de delegação e sua revogação deverão ser
publicados no meio oficial.
 O ato de delegação especificará as matérias e poderes
transferidos, os limites da atuação do delegado, a
duração e os objetivos da delegação e o recurso
cabível, podendo conter ressalva de exercício da
atribuição delegada.
 O ato de delegação é revogável a qualquer tempo
pela autoridade delegante.
NÃO PODEM SER OBJETO DE DELEGAÇÃO
1) Edição de atos de caráter normativo;
2) Decisão de recursos administrativos;
3) Matérias de competência exclusiva do órgão ou
autoridade.
40
AVOCAÇÃO
Será permitida, em caráter excepcional e por motivos
relevantes devidamente justificados, a AVOCAÇÃO
temporária de competência atribuída a órgão
hierarquicamente inferior.
 Os órgãos e entidades administrativas divulgarão
publicamente os locais das respectivas sedes e,
quando conveniente, a unidade fundacional
competente em matéria de interesse especial.
 Inexistindo competência legal específica, o
processo administrativo deverá ser iniciado perante
a autoridade de menor grau hierárquico para
decidir.
12. DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO
(Art. 18 ao 21)
IMPEDIMENTOS
É IMPEDIDO de atuar em processo administrativo o
servidor ou autoridade que:
1) Tenha interesse direto ou indireto na matéria;
2) Tenha participado ou venha a participar como
perito, testemunha ou representante, ou se tais
situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro
ou parente e afins até o 3º GRAU;
3) Esteja litigando judicial ou administrativamente
com o interessado ou respectivo cônjuge ou
companheiro.
ABSTER-SE DE ATUAR
A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento
deve comunicar o fato à autoridade competente,
abstendo-se de atuar.
FALTA GRAVE
A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui
falta grave, para efeitos disciplinares.
SUSPEIÇÃO
Pode ser arguida a suspeição de autoridade ou servidor que
tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum
dos interessados ou com os respectivos cônjuges,
companheiros, parentes e afins até o 3º grau.
 O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser
objeto de recurso, sem efeito suspensivo.
 Não existe obrigação de declarar!
 de diligências.
Devem ser objeto de intimação os atos
QUANDO do processo que resultem para o
(OBJETO DA interessado em imposição de deveres,
INTIMAÇÃO ônus, sanções ou restrição ao exercício
) de direitos e atividades e os atos de
13. DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS outra natureza, de seu interesse.
DO PROCESSO (Art. 22 ao 25)  A intimação observará a
antecedência mínima de 3 dias úteis
PRINCÍPIO DO INFORMALISMO ou do quanto à data de comparecimento.
FORMALISMO NECESSÁRIO (MODERADO)
Os atos do processo administrativo não dependem de  A intimação pode ser efetuada por:
forma determinada senão quando a lei expressamente a 1. Ciência no processo,
exigir. 2. Via postal com aviso de
 Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, recebimento (AR),
em vernáculo, com a data e o local de sua realização e 3. Telegrama, ou
a assinatura da autoridade responsável. 4. Outro meio que assegure a
 Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma certeza da ciência do
somente será exigido quando houver dúvida de interessado.
FORMA DA
autenticidade. INTIMAÇÃO
 A autenticação de documentos exigidos em cópia  No caso de interessados
poderá ser feita pelo órgão administrativo. indeterminados, desconhecidos ou
 O processo deverá ter suas páginas numeradas com domicílio indefinido, a
sequencialmente e rubricadas. intimação deve ser efetuada por meio
REALIZAÇÃO DOS ATOS de publicação oficial (Edital).

Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no

 Nulidade – As intimações serão
horário normal de funcionamento da repartição na qual
nulas quando feitas sem observância
tramitar o processo.
das prescrições legais, mas o
comparecimento do administrado
ATENÇÃO! Serão concluídos depois do horário normal
supre sua falta ou irregularidade
os atos já iniciados, cujo adiamento prejudique o curso
(instrumentalidade das formas).
regular do procedimento ou cause dano ao interessado ou
à Administração.

Os atos do processo devem realizar-se preferencialmente 15. DA INSTRUÇÃO (Art. 29 ao 47)

na sede do órgão, cientificando-se o interessado se outro
for o local de realização.
PRAZO PARA PRATICAR OS ATOS
 Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou
autoridade responsável pelo processo e dos
administrados que dele participem devem ser
praticados no PRAZO DE 5 DIAS, salvo motivo de
força maior.
 O prazo previsto neste artigo pode ser dilatado até o
dobro (10 DIAS), mediante comprovada justificação.
14. DAS COMUNICAÇÕES DOS ATOS (Art. 26
ao 28)
INTIMAÇÃO
PARA O órgão competente perante o qual
tramita o processo administrativo
determinará a intimação do interessado
para ciência de decisão ou a efetivação
INSTRUÇÃO
As atividades de instrução destinadas a averiguar e
comprovar os dados necessários à tomada de decisão
realizam-se de ofício ou mediante impulsão do órgão
responsável pelo processo (OFICIALIDADE), sem
prejuízo do direito dos interessados de propor atuações
probatórias.
O INTERESSADO PODE JUNTAR PROVAS
O interessado poderá, na fase instrutória e ANTES da
tomada da decisão, juntar documentos e pareceres,
requerer diligências e perícias, bem como aduzir
alegações referentes à matéria objeto do processo.
 Os elementos probatórios deverão ser considerados na
motivação do relatório e da decisão.
 Somente poderão ser recusadas, mediante decisão
fundamentada, as provas propostas pelos interessados
quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou
protelatórias.
VEDAÇÃO ÀS PROVAS ILÍCITAS

41
São inadmissíveis no processo administrativo as provas
obtidas por meios ilícitos.

MEIOS DE MANIFESTAÇÃO DE TERCEIRO

PARECERES
CONSULTA PÚBLICA – Quando a matéria do processo
(MANIFESTAÇÃO DOS ÓRGÃOS CONSULTIVOS)
envolver assunto de interesse geral, o órgão competente
Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão
poderá, mediante despacho motivado, abrir período de
consultivo, o PARECER deverá ser emitido no prazo
consulta pública para manifestação de terceiros, antes da
máximo de 15 DIAS, salvo NORMA ESPECIAL ou
decisão do pedido, se não houver prejuízo para a parte
COMPROVADA NECESSIDADE DE MAIOR PRAZO.
interessada.
 Se um parecer OBRIGATÓRIO e VINCULANTE
 A abertura da consulta pública será objeto de
deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo
divulgação pelos meios oficiais, a fim de que pessoas
não terá seguimento até a respectiva apresentação,
físicas ou jurídicas possam examinar os autos,
responsabilizando-se quem der causa ao atraso.
fixando-se prazo para oferecimento de alegações
 Se um parecer OBRIGATÓRIO e NÃO VINCULANTE
escritas.
deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo
 O comparecimento à consulta pública não confere,
poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua
por si, a condição de interessado do processo, mas
dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem
confere o direito de obter da Administração
se omitiu no atendimento.
resposta fundamentada, que poderá ser comum a
todas as alegações substancialmente iguais.

AUDIÊNCIA PÚBLICA – Antes da tomada de decisão, a

juízo da autoridade, diante da relevância da questão,
poderá ser realizada audiência pública para debates sobre
a matéria do processo.
OUTROS MEIOS DE PARTICIPAÇÃO
Os órgãos e entidades administrativas, em matéria
relevante, poderão estabelecer outros meios de
participação de administrados, diretamente ou por meio
de organizações e associações legalmente reconhecidas.
DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS
Os resultados da consulta e audiência pública e de outros
meios de participação de administrados deverão ser
apresentados com a indicação do procedimento adotado.

CONSULTA PÚBLICA AUDIÊNCIA PÚBLICA

 Assunto de interesse geral;  Relevância da questão;
 Despacho motivado;  Debates sobre a matéria;
 Procedimento “documental” (internet, formulários);  Procedimento “presencial”.
 Não pode gerar prejuízo para parte interessada;
 Não confere, por si, condição de interessado;
 Confere direito de obter resposta (pode ser comum).

16. DO DEVER DE DECIDIR (Art. 48 ao 49)

A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos

DEVER DE
processos administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria
DECISÃO
de sua competência.
Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o
PRAZO PARA prazo de até 30 dias para decidir, salvo prorrogação por igual período
DECISÃO
42
expressamente motivada.
30 dias + 30 dias (Prorrogação motivada) = 60 dias (Total)

17. DA MOTIVAÇÃO (Art. 50)
Os atos administrativos deverão ser MOTIVADOS, com
indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
1) Neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
2) Imponham ou agravem deveres, encargos ou
sanções;
3) Decidam processos administrativos de concurso ou
seleção pública;
4) Dispensem ou declarem a inexigibilidade de
processo licitatório;
5) Decidam recursos administrativos;
6) Decorram de reexame de ofício;
7) Deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a
questão ou discrepem de pareceres, laudos,
propostas e relatórios oficiais;
8) Importem anulação, revogação, suspensão ou
convalidação de ato administrativo.
o
§1
A MOTIVAÇÃO deve ser EXPLÍCITA, CLARA e
CONGRUENTE, podendo consistir em declaração de
concordância com fundamentos de anteriores pareceres,
informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão
parte integrante do ato. (MOTIVAÇÃO ALIUNDE)
§ 2o
Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode
ser utilizado MEIO MECÂNICO que reproduza os
fundamentos das decisões, desde que não prejudique
direito ou garantia dos interessados.
18. DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DE
EXTINÇÃO DO PROCESSO (Art. 51 ao 52)
DESISTÊNCIA DO INTERESSADO
O interessado poderá, mediante manifestação escrita,
desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou,
ainda, renunciar a direitos disponíveis.
VÁRIOS INTERESSADOS
Havendo vários interessados, a desistência ou renúncia
atinge somente quem a tenha formulado.
NÃO PREJUDICIALIDADE
A desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso,
não prejudica o prosseguimento do processo, se a
Administração considerar que o interesse público assim
o exige.
43
EXTINÇÃO DO PROCESSO PELO ÓRGÃO
COMPETENTE
O órgão competente poderá declarar extinto o processo
quando:
1) Exaurida sua finalidade; ou
2) O Objeto da decisão se tornar impossível, inútil ou
prejudicado por fato superveniente.
19. ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E
CONVALIDAÇÃO (ART. 53 ao 55)
ANULAÇAO E REVOGAÇÃO
A Administração deve anular seus próprios atos, quando
eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos.
Súmula nº 473, STF
PRAZO DECADENCIAL
O direito da Administração de anular os atos
administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os
destinatários decai em 5 ANOS, contados da data em que
foram praticados, salvo comprovada má-fé.
No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de
decadência contar-se-á da percepção do 1º pagamento.
CONVALIDAÇÃO
Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao
interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que
apresentarem defeitos sanáveis poderão ser
CONVALIDADOS pela própria Administração.
ANULAÇÃO Vício de LEGALIDADE
Por MOTIVO DE CONVENIÊNCIA ou
REVOGAÇÃO
OPORTUNIDADE
20. DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA
REVISÃO (Art. 56 ao 65)
RECURSO ADMINISTRATIVO
 Das decisões administrativas cabe RECURSO, em face
de razões de legalidade e de mérito.
 O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a
decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de 5
dias, o encaminhará à autoridade superior.
 Salvo exigência legal, a interposição de recurso
administrativo INDEPENDE DE CAUÇÃO.
 Se o recorrente alegar que a decisão administrativa
contraria enunciado da súmula vinculante, caberá à
autoridade prolatora da decisão impugnada, se não a
reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar o
 recurso à autoridade superior, as razões da
aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula,
conforme o caso.
 O recurso interpõe-se por meio de requerimento no
qual o recorrente deverá expor os fundamentos do
pedido de reexame, podendo juntar os documentos que
julgar convenientes.
MÁXIMO DE TRAMITAÇÃO DO RECURSO
O recurso administrativo tramitará no máximo por 3
instâncias administrativas, salvo disposição legal diversa.
LEGITIMIDADE
 Têm legitimidade para interpor recurso
administrativo:
1) Os titulares de direitos e interesses que forem
parte no processo;
2) Aqueles cujos direitos ou interesses forem
indiretamente afetados pela decisão recorrida;
3) As organizações e associações representativas,
no tocante a direitos e interesses coletivos;
4) Os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou
interesses difusos.
PRAZO PARA INTERPOR RECURSO
 Salvo disposição legal específica, é de 10 DIAS o
prazo para interposição de recurso administrativo,
contado a partir da ciência ou divulgação oficial da
decisão recorrida.
PRAZO PARA DECIDIR SOBRE RECURSO
 Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso
administrativo deverá ser decidido no prazo máximo
de 30 DIAS, a partir do recebimento dos autos pelo
órgão competente.
 O prazo poderá ser prorrogado por igual período, ante
justificativa explícita.
NÃO TEM EFEITO SUSPENSIVO
 Salvo disposição legal em contrário, o recurso não
tem efeito suspensivo.
 Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta
reparação decorrente da execução, a autoridade
recorrida ou a imediatamente superior poderá, de
ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso.
APRESENTAÇÃO DE ALEGAÇÕES
 Interposto o recurso, o órgão competente para dele
conhecer deverá intimar os demais interessados para
que, no prazo de 5 dias úteis, apresentem alegações.
NÃO SERÁ RECONHECIDO
 O RECURSO não será conhecido quando interposto:
1) Fora do prazo;
2) Perante órgão incompetente (Nesta hipótese será
indicada ao recorrente a autoridade competente,
sendo-lhe devolvido o prazo para recurso);
3) Por quem não seja legitimado;
4) Após exaurida a esfera administrativa.
ATENÇÃO!
44
O não conhecimento do recurso não impede a
Administração de rever de ofício o ato ilegal, desde que
não ocorrida preclusão administrativa.
ÓRGÃO COMPETENTE
 O órgão competente para decidir o recurso poderá
confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou
parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de
sua competência.
 Se da aplicação do disposto neste artigo puder decorrer
gravame à situação do recorrente, este deverá ser
cientificado para que formule suas alegações antes da
decisão.
 Se o recorrente alegar violação de enunciado da
súmula vinculante, o órgão competente para decidir o
recurso explicitará as razões da aplicabilidade ou
inaplicabilidade da súmula, conforme o caso.
RECLAMAÇÃO ACOLHIDA PELO STF
Acolhida pelo STF a reclamação fundada em violação de
enunciado da SÚMULA VINCULANTE, dar-se-á
ciência à autoridade prolatora e ao órgão competente
para o julgamento do recurso, que deverão adequar as
futuras decisões administrativas em casos semelhantes,
sob pena de responsabilização pessoal nas esferas cível,
administrativa e penal.
REVISÃO
 Os processos administrativos de que resultem
sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a
pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou
circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a
inadequação da sanção aplicada.
 Da revisão do processo não poderá resultar
agravamento da sanção.
21. DOS PRAZOS (Art. 66 e 67)
 Os prazos começam a correr a partir da data da
cientificação oficial, excluindo-se da contagem o
dia do começo e incluindo-se o do vencimento.
 Considera-se prorrogado o prazo até o 1º dia
útil seguinte se o vencimento cair em dia em
que não houver expediente ou este for
encerrado antes da hora normal.
 Os prazos expressos em dias contam-se de
modo contínuo.
 Os prazos fixados em meses ou anos
contam-se de data a data. Se no mês do
vencimento não houver o dia equivalente
 àquele do início do prazo, tem-se como termo
o último dia do mês.

 Salvo motivo de força maior devidamente

comprovado, OS PRAZOS PROCESSUAIS NÃO
SE SUSPENDEM.

22. DAS SANÇÕES (Art. 68) IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

 As sanções, a serem aplicadas por autoridade (LEI nº 8.429/92)
competente, terão NATUREZA PECUNIÁRIA ou
consistirão em OBRIGAÇÃO DE FAZER ou de
NÃO FAZER, assegurado sempre o direito de 1. INTRODUÇÃO
defesa.  Tem base no Art. 37, § 4º da CF/88, estabelecendo
que a lei sancionará atos de improbidade.

23. PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO (ART. 69- Art. 37, § 4º - Os atos de improbidade administrativa
A) importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da
 Terão PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO, em função pública, a indisponibilidade dos bens e o
qualquer órgão ou instância, os procedimentos ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas
administrativos em que figure como parte ou em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
interessado:
 Esses atos enumerados na Lei fazem parte de um
rol meramente exemplificativo.
PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO
PESSOA COM IDADE = ou > a 60 ANOS; OBSERVAÇÕES
PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA, FÍSICA ou
MENTAL  A natureza da Ação de Improbidade
Administrativa é CÍVEL.
PESSOA PORTADORA DE ALGUMAS DOENÇAS
GRAVES, como tuberculose ativa, esclerose múltipla,  As sanções serão aplicadas mediante a propositura da
neoplasia maligna, hanseníase, paralisia irreversível e AÇÃO CIVIL PÚBLICA (mas não é regulada pela
incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, Lei de ACP, mas sim pela própria Lei de
espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia Improbidade).
grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte
deformante), contaminação por radiação, síndrome de
imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
em conclusão da medicina especializada, mesmo que a  Agente Público, ainda que
doença tenha sido contraída após o início do processo. transitoriamente ou sem remuneração.
Inclui agentes políticos (exceto o
SUJEITOS
 A pessoa interessada na obtenção do benefício, Presidente da República).
ATIVOS
juntando prova de sua condição, deverá requerê-lo à  Terceiro, que induza ou concorra para a
autoridade administrativa competente, que prática de ato de improbidade (deve
determinará as providências a serem cumpridas. haver participação de agente público).
 Deferida a prioridade, os autos receberão SUJEITOS  Administração direta, indireta ou
identificação própria que evidencie o regime de PASSIVOS fundacional;
tramitação prioritária  Empresa incorporada ao patrimônio
público;
 Entidade privada da qual o erário
participe com mais de 50% do
patrimônio ou da receita anual;
 Entidade privada da qual o erário
participe com menos de 50% do
patrimônio ou da receita anual (sanção
limita-se à contribuição do poder
45
 público);
 Empresa privada que receba subvenção,
benefício ou incentivo, fiscal ou
creditício, de órgão público (sanção
limita-se à contribuição do poder
público).
SANÇÕES
 A improbidade administrativa não é, por si só, um
crime. É um ilícito!
 Natureza administrativa, civil e política:
o Administrativa: perda da função pública,
proibição de contratar com o Poder Público;
o Civil: indisponibilidade de bens, ressarcimento ao
erário, multa civil;
o Política: suspensão dos direitos políticos.
 NÃO PREVÊ SANÇÕES PENAIS (exceto àquele que
apresenta denúncia sabidamente infundada).
 Independe da ocorrência de dano ao erário (exceto
quanto à pena de ressarcimento) ou da aprovação ou
rejeição das contas pelo Tribunal de Contas.
 Exige comprovação de DOLO (enriquecimento ilícito
e violação dos princípios) e DOLO ou CULPA
(prejuízo ao erário).
Art. 19, LIA - Constitui CRIME a representação por ato
de improbidade contra agente público ou terceiro
beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.
Pena: DETENÇÃO de 6 a 10 meses e multa.
Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante
está sujeito a indenizar o denunciado pelos danos
materiais, morais ou à imagem que houver provocado.
SANÇÃO EXIGE
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO DOLO
PREJUÍZO AO ERÁRIO DOLO OU CULPA
VIOLAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DOLO
2. DISPOSIÇÕES GERAIS (ART. 1º ao 8º)
SUJEITOS DA LIA (PASSIVO E ATIVO)
(Art. 1º)
Os atos de improbidade praticados por qualquer agente
público, servidor ou não, contra a administração direta,
46
indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do DF, dos Municípios, de Território, de empresa
incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja
criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com
mais de 50% do patrimônio ou da receita anual, serão
punidos na forma desta lei.
PU - Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de
improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que
receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou
creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja
criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com
menos de 50% do patrimônio ou da receita anual,
limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à
repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres
públicos.
CONCEITO DE AGENTE PÚBLICO
(Art. 2º)
Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele
que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação,
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades
mencionadas no artigo anterior.
APLICAÇÃO DA LEI À TERCEIROS
(Art. 3º)
As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele
que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra
para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie
sob qualquer forma direta ou indireta.
VELAR PELOS PRINCÍPIOS
(Art. 4º)
Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são
obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no
trato dos assuntos que lhe são afetos.
RESSARCIMENTO DO DANO
(Art. 5º)
Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão,
dolosa ou culposa, do agente ou de terceiros, dar-se-á o
INTEGRAL ressarcimento do dano.
PERDA DOS BENS OU VALORES ACRESCIDOS
(Art. 6º)
No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público
ou terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu
patrimônio.
INQUERITO AO MP (Art. 7º)
Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio
público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a
autoridade administrativa responsável pelo inquérito
representar ao Ministério Público, para a
INDISPONIBILIDADE DOS BENS do indiciado.
SANÇÕES PECUNIÁRIAS SE ESTENDEM AOS
HERDEIROS
(Art. 8º)
O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público
ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações
desta lei ATÉ O LIMITE DO VALOR DA HERANÇA.
 ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE
3. ESPÉCIES DE ATOS DE IMPROBIDADE IMPORTAM ENRIQUECIMENTO ILÍCITO
Constitui ato de improbidade importando enriquecimento
ESPÉCIES DE ATOS DE IMPROBIDADE ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial
ADMINISTRATIVA indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função,
Atos de improbidade que ensejam emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1°
ART. 9º
enriquecimento ilícito do agente desta lei.
Atos de improbidade que causam danos ao 1. Receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou
ART. 10 imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou
erário público
indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou
Atos de improbidade decorrentes de concessão
presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa
ART. 10-A ou aplicação indevida de benefício financeiro
ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das
ou tributário (único taxativo) atribuições do agente público;
Atos de improbidade que atentem contra 2. Perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para
ART. 11
princípios da administração facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou
imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas
no art. 1° por preço superior ao valor de mercado;
SANÇÃO EXIGE 3. Perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO DOLO facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o
fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao
PREJUÍZO AO ERÁRIO DOLO OU CULPA
valor de mercado;
VIOLAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DOLO 4. Utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas,
equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade
ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1°
desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos,
empregados ou terceiros contratados por essas entidades;
5. Receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta
ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de
azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura
ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de
tal vantagem;
6. Receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta
ou indireta, para fazer declaração falsa sobre medição ou
avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre
quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de
mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades
mencionadas no art. 1º desta lei;
7. Adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato,
cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer natureza
cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à
renda do agente público;
8. Aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de
consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica
que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por
ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público,
durante a atividade;
9. Perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou
47
 aplicação de verba pública de qualquer natureza;
10. Receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta
ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou
declaração a que esteja obrigado;
11. Incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens,
rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial
das entidades mencionadas no art. 1° desta lei;
12. Usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores
integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no
art. 1° desta lei.
ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE
CAUSAM PREJUÍZO AO ERÁRIO
Constitui ato de improbidade que causa lesão ao erário
qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje
perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento
ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas
no art. 1º desta lei.
1. Facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação
ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens,
rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial
das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;
2. Permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica
privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do
acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta
lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares
aplicáveis à espécie;
3. Doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente
despersonalizado, ainda que de fins educativos ou assistências,
bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das
entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das
formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie;
4. Permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem
integrante do patrimônio de qualquer das entidades referidas no
art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por parte delas,
por preço inferior ao de mercado;
5. Permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem
ou serviço por preço superior ao de mercado;
6. Realizar operação financeira sem observância das normas
legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou
inidônea;
7. Conceder benefício administrativo ou fiscal sem a
observância das formalidades legais ou regulamentares
aplicáveis à espécie;
8. Frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo
seletivo para celebração de parcerias com entidades sem fins
lucrativos, ou dispensá-los indevidamente;
9. Ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas
em lei ou regulamento;
10. Agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda,
bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio
público;
11. Liberar verba pública sem a estrita observância das normas
pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação
irregular;
12. Permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça
ilicitamente;
13. Permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos,
máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de
48
propriedade ou à disposição de qualquer das entidades
mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de
servidor público, empregados ou terceiros contratados por essas
entidades.
14. Celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto
a prestação de serviços públicos por meio da gestão associada
sem observar as formalidades previstas na lei;
15. Celebrar contrato de rateio de consórcio público sem
suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as
formalidades previstas na lei.
16. Facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a
incorporação, ao patrimônio particular de pessoa física ou
jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos
pela administração pública a entidades privadas mediante
celebração de parcerias, sem a observância das formalidades
legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
17. Permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica
privada utilize bens, rendas, verbas ou valores públicos
transferidos pela administração pública a entidade privada
mediante celebração de parcerias, sem a observância das
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à
espécie;
18. Celebrar parcerias da administração pública com entidades
privadas sem a observância das formalidades legais ou
regulamentares aplicáveis à espécie;
19. Agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise das
prestações de contas de parcerias firmadas pela administração
pública com entidades privadas;
20. Liberar recursos de parcerias firmadas pela administração
pública com entidades privadas sem a estrita observância das
normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua
aplicação irregular.
21. Liberar recursos de parcerias firmadas pela administração
pública com entidades privadas sem a estrita observância das
normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua
aplicação irregular.
ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
DECORRENTES DE CONCESSÃO OU APLICAÇÃO
INDEVIDA DE BENEFÍCIO FINANCEIRO OU
TRIBUTÁRIO
Constitui ato de improbidade qualquer ação ou omissão para
conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou
tributário contrário ao que dispõem o caput e o § 1º do art.
8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003.
ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE
ATENTAM CONTRA OS PRINCÍPIOS DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Constitui ato de improbidade que atenta contra os princípios
da administração pública qualquer ação ou omissão que
viole os deveres de honestidade, imparcialidade,
legalidade, e lealdade às instituições
1. Praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou
diverso daquele previsto, na regra de competência;
2. Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;
3. Revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das
atribuições e que deva permanecer em segredo;
4. Negar publicidade aos atos oficiais;  Aprovação ou rejeição das contas pelo TC.
5. Frustrar a licitude de concurso público;
6. Deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo; ENRIQUECIMENTO PREJU
7. Revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, ILÍCITO ERÁ
antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida política
Ressarcimento ao
ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou Aplicável Apli
erário
serviço.
Perda de função
8. Descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e Aplicável Apli
pública
aprovação de contas de parcerias firmadas pela administração
Suspensão dos direitos
pública com entidades privadas. De 8 a 10 anos De 5 a
políticos
9. Deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade
Perda dos bens
previstos na legislação. Deve ser aplicada Pode ser
acrescidos ilicitamente
10. Transferir recurso a entidade privada, em razão da prestação
de serviços na área de saúde sem a prévia celebração de Até 3x o valor do Até 2x o
contrato, convênio ou instrumento congênere, nos termos do Multa civil
acréscimo patrimonial da
parágrafo único do art. 24 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de
1990. Proibição de contratar
com o Poder Público
Por 10 anos Por 5
ou receber benefícios
fiscais
MACETE
CONTRA OS PRINCÍPIOS DA
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO PREJUÍZO AO ERÁRIO
ADM. PÚB.
Receber, para si ou para outrem Facilitar ou concorrer Praticar ato visando fim proibido
Perceber vantagem econômica Permitir ou concorrer Retardar ou deixar de praticar
Utilizar, em obra ou serviço particular Doar à pessoa física ou jurídica Revelar
Receber vantagem econômica de Permitir ou facilitar Negar publicidade
qualquer natureza Realizar operação financeira Frustrar a licitude de concurso público
Adquirir, para si ou para outrem Conceder benefício administrativo ou Deixar de prestar contas
Aceitar emprego, comissão ou exercer fiscal Revelar ou permitir
atividade de consultoria Frustrar a licitude de processo licitatório Descumprir
Incorporar, por qualquer forma, ao seu ou de processo seletivo Deixar de cumprir
patrimônio Ordenar ou permitir Transferir recurso a entidade privada
Usar, em proveito próprio Agir negligentemente (área da saúde) sem a prévia celebração
Liberar verba pública de contrato
Permitir, facilitar ou concorrer
Permitir que se utilize
Celebrar contrato ou outro instrumento
Celebrar contrato de rateio de consórcio
público
Celebrar parcerias
Liberar recursos de parcerias firmadas

4. PENAS (SANÇÕES)
 A aplicação das sanções é de responsabilidade
judicial. E o Poder Judiciário deve levar em
consideração:
 A extensão do dano causado;
 Proveito patrimonial obtido pelo agente.
 As sanções podem ser aplicadas de forma isolada
ou cumulativa.
 Independência das instâncias (Penais, civis e
administrativas).
 Exceto a penal – negativa de fato/autoria
(Vincula as demais instâncias).

ÀS SANÇÕES DA LIA, INDEPENDEM:

 Dano ao erário (exceto quanto à pena de
ressarcimento); * Se o agente que praticou o ato de improbidade não for
remunerado pelo exercício de suas funções, conforme
49
entendimento do STJ, a multa será de 100x o valor do EXERCÍCIO
SM.  Anualmente
ATUALIZAÇÃO  Quando deixar o mandato,
cargo, emprego ou função.
 Todos os bens (país e exterior)
 Exceto objetos e utensílios de
uso doméstico.
COMPOSIÇÃO
 Cônjuge/companheiro, filhos e
outras pessoas com dependência
econômica.
A bem do serviço público, quando:
DEMISSÃO  Não apresentar;
 Apresentar falsa.

5. DECLARAÇÃO DE BENS 6. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO E

 Obrigatória para a POSSE ou EXERCÍCIO. PROCESSO JUDICIAL
Quem deixar de entregar ou falsificar fica sujeito à
pena de demissão, a bem do serviço público, sem  Qualquer pessoa pode representar à autoridade
prejuízo de outras sanções cabíveis. administrativa competente ou ao MP;

Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam REPRESENTAÇÃO

condicionados à apresentação de declaração dos bens e
A representação deverá ter os seguintes
valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de
requisitos:
ser arquivada no Serviço de Pessoal competente.
 Ser escrita ou reduzida a termo;
§ 1° A declaração compreenderá imóveis, móveis,
REQUISITOS  Possuir a qualificação do
semoventes, dinheiro, títulos, ações, e qualquer outra
representante;
espécie de bens e valores patrimoniais, localizado no
País ou no exterior, e, quando for o caso, abrangerá os  Informações sobre o fato e autoria;
bens e valores patrimoniais do cônjuge ou  Indicações das provas.
companheiro, dos filhos e de outras pessoas que vivam  A autoridade administrativa rejeitará a
sob a dependência econômica do declarante, excluídos representação, em despacho
apenas os objetos e utensílios de uso doméstico. fundamentado, se esta não contiver
REJEIÇÃO
§ 2º A declaração de bens será anualmente atualizada os requisitos.
e na data em que o agente público deixar o exercício  A rejeição não impede a
do mandato, cargo, emprego ou função. representação ao Ministério Público.
§ 3º Será punido com a pena de DEMISSÃO, a bem
do serviço público, sem prejuízo de outras sanções
cabíveis, o agente público que se recusar a prestar APURAÇÃO
declaração dos bens, dentro do prazo determinado,  Se a representação atender aos
ou que a prestar falsa. requisitos – deve apurar
§ 4º O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia (IMEDIATA apuração dos fatos)
PROCEDIMENTO
da declaração anual de bens apresentada à Delegacia ADMINISTRATIVO  Realizada por COMISSÃO
da Receita Federal na conformidade da legislação do
 Se for servidor federal – RITO
Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer
do PAD (Lei. 8.112/90)
natureza, com as necessárias atualizações, para suprir a
COMISSÃO Dará conhecimento ao Ministério
exigência contida no caput e no § 2° deste artigo. PROCESSANTE Público e ao Tribunal ou Conselho
de Contas da existência de
procedimento administrativo para
DECLARAÇÃO DE BENS apurar a prática de ato de
REQUISITO PARA Pode substituir por cópia da improbidade.
A POSSE E declaração de IR.  Tribunal de Contas e MP

50
 podem indicar representante
para acompanhar a apuração
administrativa.
Havendo fundados indícios de
responsabilidade, a Comissão
representará ao Ministério Público
ou à procuradoria do órgão para
que requeira ao juízo competente a
SEQUESTRO DOS decretação do sequestro dos bens
BENS do agente ou terceiro que tenha
enriquecido ilicitamente ou
causado dano ao patrimônio
público.
 Pode ser decretada medida
cautelar de sequestro de bens.
cumulativamente, de acordo com a gravidade da
infração cometida.
 Em caso de morte do agente, as sanções pecuniárias se
estendem aos herdeiros e sucessores do réu falecido,
até o limite da herança transferida.
 É VEDADA a transação, acordo ou composição no bojo
da ação de improbidade administrativa (Não se admite,
inclusive o TAC).
 A perda da função pública e a suspensão dos direitos
políticos somente se efetivam com o transito em julgado
e a aplicação da penalidade.

 A Autoridade Judicial ou Administrativa pode

determinar o afastamento do agente público do
exercício do cargo, sem prejuízo da remuneração,
quando a medida se fizer necessária à instrução 7. AÇÃO DE IMPROBIDADE
processual; ADMINISTRATIVA

 A perda da função pública e a suspensão dos

direitos políticos só se efetivam com o transito em AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
julgado da sentença condenatória. A ação principal, que terá o rito
ordinário, será proposta pelo
AÇÃO CIVIL
DA FUNÇÃO Ministério Público ou pela pessoa
PERDA SE EFETIVA COM PÚBLICA
PÚBLICA jurídica interessada, dentro de 30 dias
O TRANSITO EM
DOS DIREITOS da efetivação da medida cautelar.
SUSPENSÃO JULGADO
POLÍTICOS
 Ministério Público ou
LEGITIMIDADE
 Pessoa Jurídica Interessada
OBSERVAÇÕES Deve atuar como FISCAL DA LEI
(sob pena de nulidade).
 Prazo para o acusado apresentar defesa prévia: 15
 O Ministério Público, se não
dias. MP NÃO É
intervir no processo como parte,
PARTE
AÇÃO DE IMPROBIDADE atuará obrigatoriamente, como
fiscal da lei, sob pena de
- Juiz indeferiu a petição inicial – APELAÇÃO. nulidade.
- Juiz deferiu a petição inicial – AGRAVO. Pode ou não haver medida cautelar.
Medidas Cautelares:
 Medidas Cautelares:  Afastamento preventivo do
 Afastamento preventivo do servidor público; servidor público;
 Bloqueio de contas; MEDIDA  Bloqueio de contas;
 Indisponibilidade dos bens; CAUTELAR  Indisponibilidade dos bens;
 Sequestro de bens.  Sequestro de bens.

 Na Ação de Improbidade o juiz julga os FATOS e não os

Se houver cautelar: o prazo para
pedidos, podendo aplicar penalidades que não tenham
propor ação é de 30 dias.
sido expressamente requeridas pela petição inicial.
 Compete ao juiz definir quais as sanções que SEM FORO POR
Proposta em 1º grau.
PRERROGATIVA
devem ser aplicadas, isoladamente ou

51
 É VEDADA a transação, acordo,
conciliação ou composição no bojo da
NÃO PODE
ação de improbidade administrativa
(Não se admite, inclusive o TAC).

INDISPONIBILIDADE DOS BENS

 Casos de enriquecimento ilícito ou lesão ao erário;
 Autoridade administrativa → MP → Juiz.
 “Perigo da demora” → presumido.

SEQUESTRO DOS BENS

 Casos de enriquecimento ilícito ou lesão ao erário;
 Comissão → MP ou Procuradoria do órgão → juízo.
 Inclusive R$ (bens) no exterior.

8. PRESCRIÇÃO

 5 ANOS após o término do exercício de mandato,

de cargo em comissão ou de função de confiança.
 Nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego,
aplica-se o prazo prescricional previsto em lei
específica (Lei 8.112) para faltas disciplinares
puníveis com demissão a bem do serviço público;

Lei 8.112/90 Prescreve em 5 ANOS.

 5 ANOS contados da data da prestação de contas,

no caso de entidades privadas beneficiarias de
recursos públicos ou de cujo patrimônio ou receita
anual o Poder Público contribua com menos de
50%;

OBS: Caso o dano de ressarcimento ao erário tenha

sido causado por particular, a ação prescreve em 3
ANOS, conforme o CC.

 Ações civis de ressarcimento ao erário,

decorrentes de atos de improbidade, são:

Ações Civis de DOLOSA IMPRESCRITÍVEIS

Ressarcimento
ao Erário CULPOSA PRESCRITÍVEL

52
ORGANIZAÇÃO DA CARREIRA DOS SERVIDORES DO PODER
JUDICIÁRIO DA UNIÃO
(LEI nº 11.416/06)
QUADROS DE PESSOAL EFETIVO DO PODER JUDICIÁRIO
Compostos pelas seguintes Carreiras, constituídas pelos respectivos cargos de provimento
efetivo:
ANALISTA JUDICIÁRIO
TÉCNICO JUDICIÁRIO
AUXILIAR JUDICIÁRIO
Os cargos efetivos das Carreiras são estruturados em Classes e Padrões, de acordo com as
seguintes áreas de atividade:
Os serviços realizados privativamente por bacharéis em
Direito, abrangendo processamento de feitos, execução de
ÁREA JUDICIÁRIA mandados, análise e pesquisa de legislação, doutrina e
jurisprudência nos vários ramos do Direito, bem como
elaboração de pareceres jurídicos
Os serviços para a execução dos quais se exige dos titulares o
ÁREA DE APOIO devido registro no órgão fiscalizador do exercício da
ESPECIALIZADO profissão ou o domínio de habilidades específicas, a critério
da administração
Os serviços relacionados com recursos humanos, material e
patrimônio, licitações e contratos, orçamento e finanças,
ÁREA ADMINISTRATIVA
controle interno e auditoria, segurança e transporte e outras
atividades complementares de apoio administrativo
53
ATRIBUIÇÕES DOS CARGOS
Serão descritas em regulamento, observado o seguinte:
Atividades de planejamento; organização; coordenação; supervisão
CARREIRA DE
técnica; assessoramento; estudo; pesquisa; elaboração de laudos,
ANALISTA
JUDICIÁRIO
pareceres ou informações e execução de tarefas de elevado grau de
complexidade
Os ocupantes do cargo de Analista Judiciário - área judiciária cujas atribuições estejam
relacionadas com a execução de mandados e atos processuais de natureza externa, na
forma estabelecida pela legislação processual civil, penal, trabalhista e demais leis especiais,
serão enquadrados na especialidade de OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR
FEDERAL.
CARREIRA DE
TÉCNICO Execução de tarefas de suporte técnico e administrativo
JUDICIÁRIO
CARREIRA DE
AUXILIAR Atividades básicas de apoio operacional
JUDICIÁRIO
Aos ocupantes do cargo da Carreira de Analista Judiciário – área administrativa e da
Carreira de Técnico Judiciário – área administrativa cujas atribuições estejam
relacionadas às funções de segurança são conferidas as denominações de INSPETOR E
AGENTE DE SEGURANÇA JUDICIÁRIA, respectivamente, para fins de identificação
funcional.
FUNÇÕES COMISSIONADAS E CARGOS EM COMISSÃO
Integram os Quadros de Pessoal dos órgãos do Poder Judiciário da União as Funções
Comissionadas e os Cargos em Comissão para o exercício de atribuições de direção,
chefia e assessoramento
Funções Comissionadas = FC-1 a FC-6
Cargos em Comissão = CJ-1 a CJ-4
 No âmbito da jurisdição de cada tribunal ou juízo é vedada a
FUNÇÕES COMISSIONADAS E CARGOS EM COMISSÃO nomeação ou designação, para os CC e FC, de cônjuge,
companheiro, parente ou afim, em linha reta ou colateral,
 Cada órgão destinará, no mínimo, 80% do total das Funções Comissionadas para
até o 3º grau, inclusive, dos respectivos membros e juízes
serem exercidas por servidores integrantes das Carreiras dos Quadros de VEDAÇÃO
vinculados, salvo a de ocupante de cargo de provimento efetivo
Pessoal do Poder Judiciário da União, podendo designar-se para as restantes
das Carreiras dos Quadros de Pessoal do Poder Judiciário, caso
servidores ocupantes de cargos de provimento efetivo que não integrem essas
em que a vedação é restrita à nomeação ou designação para
carreiras ou que sejam titulares de empregos públicos, observados os requisitos de
servir perante o magistrado determinante da incompatibilidade.
qualificação e de experiência previstos em regulamento.
 Pelo menos 50% dos Cargos em Comissão, no âmbito de cada órgão do Poder
Judiciário, serão destinados a servidores efetivos integrantes de seu quadro de
pessoal, na forma prevista em regulamento. INGRESSO NA CARREIRA
 Para a investidura em Cargos em Comissão, ressalvadas as situações constituídas, O ingresso em qualquer dos cargos de provimento efetivo das Carreiras dos Quadros de
será exigida formação superior. Pessoal do Poder Judiciário dar-se-á no primeiro padrão da classe “A” respectiva,
após aprovação em Concurso Público, de provas ou de provas e títulos
80%, no mínimo Servidores integrantes das
Carreiras Os órgãos do Poder Judiciário da União poderão incluir, como etapa do concurso
FUNÇÕES
Servidores de cargos efetivos público, Programa de Formação, de caráter eliminatório, classificatório ou
COMISSIONADAS
Restante não integrantes dessa carreira eliminatório e classificatório
ou de empregos públicos
Curso de ensino superior, inclusive
Servidores efetivos de seu ANALISTA
CARGOS EM quadro de pessoal licenciatura plena, correlacionado
Pelo menos 50 % JUDICIÁRIO
COMISSÃO (Investidura – exigida com a especialidade, se for o caso
REQUISITOS DE
Formação Superior). Curso de ensino médio, ou curso
ESCOLARIDADE PARA
TÉCNICO
INGRESSO técnico equivalente, correlacionado
JUDICIÁRIO
 Exercidas preferencialmente por servidores com com a especialidade, se for o caso;
formação superior; AUXILIAR
Curso de ensino fundamental
 Consideram-se de natureza gerencial aquelas em que haja JUDICIÁRIO
vínculo de subordinação e poder de decisão, especificados Além dos requisitos previstos neste artigo, poderão ser exigidos formação
em regulamento, exigindo-se do titular participação em especializada, experiência e registro profissional a serem definidos em regulamento e
curso de desenvolvimento gerencial oferecido pelo órgão; especificados em edital de concurso
FUNÇÕES
 Os servidores designados para o exercício de FC de natureza
COMISSIONADA
gerencial que não tiverem participado de curso de
S DE NATUREZA
desenvolvimento gerencial oferecido pelo órgão deverão
GERENCIAL
fazê-lo no prazo de até 1 ano da publicação do ato, a fim
de obterem a certificação
 A participação dos titulares de funções comissionadas em
cursos de desenvolvimento gerencial é obrigatória, a
cada 2 (dois) anos, sob a responsabilidade dos respectivos
órgãos do Poder Judiciário da União.

54
 DESENVOLVIMENTO NA CARREIRA 97% A partir de 1o de jun. de 2016
104% A partir de 1o de jul. de 2016
O desenvolvimento dos servidores nos cargos de provimento efetivo das Carreiras 108% A partir de 1o de novembro de 2016
dos Quadros de Pessoal do Poder Judiciário dar-se-á mediante Progressão 113% A partir de 1° de jun. de 2017
Funcional e Promoção 122% A partir de 1o de nov. de 2017
É a movimentação do servidor de um padrão para o 125% A partir de 1o de jun. de 2018
seguinte dentro de uma mesma classe, observado o 130% A partir de 1o de nov. de 2018
PROGRESSÃO
interstício de 1 ano, sob os critérios fixados em regulamento e Integralmente
FUNCIONAL A partir de 1o de jan. de 2019
de acordo com o resultado de Avaliação Formal de (140%)
Desempenho
É a movimentação do servidor do último padrão de uma Os servidores retribuídos pela remuneração do Cargo em Comissão e da
classe para o primeiro padrão da classe seguinte, observado Função Comissionada, respectivamente, bem como os sem vínculo efetivo
o interstício de 1 ano em relação à progressão funcional com a Administração Pública, não perceberão a gratificação de que trata este
imediatamente anterior, dependendo, NÃO artigo
PROMOÇÃO RECEBERÃO O servidor das Carreiras dos Quadros de Pessoal do Poder Judiciário cedido
CUMULATIVAMENTE, do resultado de Avaliação Formal
GAJ não perceberá, durante o afastamento, a gratificação de que trata este artigo,
de Desempenho e da participação em Curso de
salvo na hipótese de cessão para órgãos da União ou para a Fundação de
Aperfeiçoamento oferecido, preferencialmente, pelo órgão, na
Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Judiciário -
forma prevista em regulamento. FUNPRESP-JUD, na condição de optante pela remuneração do cargo efetivo
Caberá ao STF, ao CNJ, aos Tribunais Superiores, ao CJF,  O AQ destinado aos servidores das Carreiras dos Quadros de Pessoal do
ao CSJT e ao TJDFT, no âmbito de suas competências, Poder Judiciário, em razão dos conhecimentos adicionais adquiridos
PROGRAMA instituir Programa Permanente de Capacitação destinado à em ações de treinamento, títulos, diplomas ou certificados de cursos de
PERMANENTE DE formação e aperfeiçoamento profissional, bem como ao pós-graduação, em sentido amplo ou estrito, em áreas de interesse dos
CAPACITAÇÃO desenvolvimento gerencial, visando à preparação dos órgãos do Poder Judiciário a serem estabelecidas em regulamento.
servidores para desempenharem atribuições de maior  O adicional não será concedido quando o curso constituir requisito para
ADICIONAL DE
complexidade e responsabilidade. ingresso no cargo
QUALIFICAÇÃO
 Serão considerados somente os cursos e as instituições de
– AQ
ensino reconhecidos pelo Ministério da Educação, na forma da
legislação
REMUNERAÇÃO  Serão admitidos cursos de pós-graduação lato sensu somente com
A remuneração dos cargos de provimento efetivo das Carreiras dos Quadros de Pessoal duração mínima de 360 horas
do Poder Judiciário é composta pelo Vencimento Básico do cargo e pela Gratificação  O adicional também é devido ao Técnico Judiciário portador de diploma
Judiciária (GAJ), acrescida das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em de curso superior
lei.

REMUNERAÇÃO = VENCIMENTO BÁSICO + GAJ + VANTAGENS

PECUNIÁRIAS PERMANENTES
GRATIFICAÇÃO  A GAJ será calculada mediante aplicação do percentual de 140% sobre
JUDICIÁRIA - o vencimento básico
GAJ ADICIONAL DE QUALIFICAÇÃO – AQ
 O percentual será implementado gradativamente e corresponderá a:

55
O Adicional de Qualificação – AQ incidirá sobre o vencimento básico do servidor, da A Gratificação de Atividade de Segurança – GAS, devida exclusivamente aos
seguinte forma: ocupantes dos cargos de Analista Judiciário e de Técnico Judiciário
12,5% Em se tratando de título de Doutor Corresponde a 35% do vencimento básico do servidor
10% Em se tratando de título de Mestre
É OBRIGATÓRIA a participação em Programa de Reciclagem Anual, conforme
7,5% Em se tratando de certificado de Especialização
disciplinado em regulamento, para o recebimento da gratificação
Ao servidor que possuir conjunto de ações de treinamento que totalize pelo
1% É vedada a percepção da gratificação prevista neste artigo pelo servidor
menos 120 horas, observado o limite de 3%
VEDADO designado para o exercício de Função Comissionada ou nomeado para
5% Para os Técnicos Judiciários portadores de diploma de curso superior
Cargo Em Comissão
 Não Cumulatividade
Em nenhuma hipótese, o servidor perceberá cumulativamente mais de um percentual
dentre os previstos nos incisos I, II, III e VI
RETRIBUIÇÃO DOS CARGOS EM COMISSÃO E FUNÇÃO COMISSIONADA
Os coeficientes relativos às ações de treinamento serão aplicados pelo prazo de 4 anos, a
contar da data de conclusão da última ação que totalizou o mínimo de 120 horas A retribuição pelo exercício de Cargo em Comissão e Função Comissionada é a
O adicional de qualificação será devido a partir do dia da apresentação do título, constante dos Anexos III e IV desta Lei, respectivamente.
diploma ou certificado. Ao servidor integrante das Carreiras de que trata esta Lei e ao cedido ao Poder
O servidor das Carreiras dos Quadros de Pessoal do Poder Judiciário cedido não Judiciário, investidos em Cargo em Comissão, é facultado optar pela remuneração
perceberá, durante o afastamento, a gratificação de que trata este artigo, salvo na de seu cargo efetivo ou emprego permanente, acrescida de 65% dos valores fixados
hipótese de cessão para órgãos da União ou para a Fundação de Previdência no Anexo III desta Lei
Complementar do Servidor Público Federal do Poder Judiciário - FUNPRESP-JUD, na
condição de optante pela remuneração do cargo efetivo
OBSERVAÇÕES FINAIS
Para efeito da aplicação do art. 36 da Lei no 8.112 (Remoção),
GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE EXTERNA – GAE QUADRO E conceitua-se como Quadro a estrutura de cada Justiça
REMOÇÃO Especializada, podendo haver remoção, nos termos da lei, no
A Gratificação de Atividade Externa – GAE, devida exclusivamente aos ocupantes do âmbito da Justiça Federal, da Justiça do Trabalho, da Justiça
cargo de Analista Judiciário Eleitoral e da Justiça Militar.
Corresponde a 35% do vencimento básico do servidor Fixarão em ato próprio a lotação dos cargos efetivos, das FC e
É vedada a percepção da gratificação prevista neste artigo pelo servidor LOTAÇÃO dos CC nas unidades componentes de sua estrutura
VEDADO designado para o exercício de Função Comissionada ou nomeado para Vedada a transformação de função em cargo ou vice-versa.
Cargo Em Comissão ENTIDADES A elaboração dos regulamentos de que trata esta Lei pode contar
SINDICAIS com a participação das entidades sindicais

GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE SEGURANÇA – GAS

56