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ÓRGÃOS PÚBLICOS

 Não possuem personalidade jurídica própria


 Regidos pela estrita legalidade. A lei (de iniciativa do chefe do Executivo) cria e extingue.
OBS.: será inconstitucional decreto que pretende extinguir órgão público.
 Teoria do órgão ou teoria da imputação volitiva (adotada para explicar a relação do agente
público com órgão ao qual ele está vinculado): a vontade exteriorizada por um agente público
que ocupa um órgão será atribuída à pessoa jurídica que aquele órgão público integra.
 Em regra, órgãos não podem demandar em juízo. Exceção: órgãos independentes podem ir a
juízo demandar a preservação de suas prerrogativas constitucionais.

Ex.: TCU pode impetrar MS contra ato emanado da presidência da república. (não tem personalidade
jurídica, mas tem personalidade judiciária)

DESCONCENTRAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO

Origina Órgão público Origina ENtidade


Diluição das competências no âmbito de uma Diluição de competências para melhor
mesma pessoa jurídica e que se materializa desempenho da atividade administrativa, com a
através da criação de órgãos públicos. criação de outra pessoa jurídica
Controle hierárquico ou controle por vinculação Controle por vinculação, finalístico ou tutela,
(é permanente e automático, não depende de porque a entidade criada não é subordinada ao
previsão em lei) ente que a criou. Esse controle é para verificar se
a entidade cumpre os fins para os quais foi criada

A descentralização pode ocorrer de 2 formas:

POR SERVIÇO/OUTORGA POR COLABORAÇÃO/DELEGAÇÃO


Transferência da titularidade e da execução, por Transferência da execução do serviço, por meio de
meio de lei, a uma pessoa jurídica de direito negocio jurídico (geralmente um contrato) a uma
público outra pessoa jurídica de direito privado

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

Autarquias:
 Pessoas jurídicas de direito público criadas por lei
 Gozam das prerrogativas processais da fazenda pública
 Regime jurídico: hoje é ESTATUTÁRIO. Lembra de toda aquela confusão envolvendo o regime
jurídico único? (Se não lembra, apenas decore que é regime estatutário, não da tempo de ler
isso agora)

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 Conselhos de fiscalização profissional tem natureza jurídica de autarquia, salvo a OAB (mas
ATENÇÃO: os conselhos não pagam suas dívidas por precatórios.

Fundação Pública:
 É pessoa jurídica de direito público ou privado? Muitas discussões doutrinárias sobre o tema,
entretanto, prevalece o seguinte:
Pode ser pessoa jurídica de direito público ou de direito privado, isso depende da natureza do ato
constitutivo (se a lei cria: pessoa jurídica de direito público/ se a lei autoriza a criação: pessoa jurídica
de direito privado)
 As fundações públicas de direito privado podem contratar pelo regime celetista

Empresas públicas/Sociedades de economia mista:


 Podem ser criadas apenas diante de imperativos da segurança nacional e relevante interesse
da coletividade
 Criação: autorização legislativa + inscrição dos atos constitutivos no registro competente
 Estatais que exploram atividade econômica em regime de concorrência com os particulares:
não podem receber tratamento diferenciado
 Estatais que prestam serviços públicos em regime de monopólio: historicamente, o STF tem
permitido que possuam as mesmas prerrogativas da Fazenda Pública
 Bens: privados, SALVO se estiverem afetados à prestação de sérvio público, caso em que serão
considerados bens públicos
 Não cabe MS contra ato de dirigente de estatal se for ato de gestão
 Empresa pública: capital 100% público
 Sociedade de economia mista: poder público detém a maioria do capital votante
 Foro competente:
Empresa pública federal: Justiça Federal
Sociedade de economia mista federal: Justiça ESTADUAL (só terão foro na JF quando a União intervém
como assistente ou oponente, mas ATENÇÃO: essa lógica não se aplica ao MS. Se for MS contra ato de
dirigente de sociedade de economia mista federal, a competência será da JF)

Agências reguladoras:
 São autarquias de regime especial, que tem características capazes de assegurar um reforço na
sua autonomia
 Seus dirigentes possuem mandato fixo e a nomeação depende de aprovação e sabatina do
Senado
 Maior participação popular no processo decisório
 Maior autonomia técnica/ instituto da deslegalização: rebaixamento no tratamento
hierárquico de uma matéria que sai de um domínio legal e passa ao domínio infralegal

APROFUNDANDO...

A criação das agências reguladoras setoriais representou um aperfeiçoamento da arquitetura


institucional do Estado de Direito contemporâneo. Isso porque tais agência oferecem uma resposta da
Administração Pública para as complexas relações sociais verificadas na modernidade.
Exige-se uma agilidade e flexibilidade cada vez maiores do Estado diante das novas demandas
econômicas e sociais. Esses desafios fizeram com que fosse necessária a criação das agências
reguladoras, previstas como entidades que gozam de relativa autonomia e dotadas de mecanismos
eficazes para a regulação de setores específicos. Dentre os mecanismos que as agências necessitam
está a competência para editar atos normativos (função normativa). As agências reguladoras
possuem o objetivo de não apenas regular a concorrência, corrigindo as “falhas de mercado”,
possuindo também uma finalidade de promover regulação social.

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Essa maior autonomia técnica leva a uma diminuição da intensidade do controle dos atos das agencias
(precedente Chevron da Suprema Corte dos EUA), de modo que as decisões das agencias devem ser
prestigiadas como regra, salvo quando violarem a lei.
Não há falar em ilegalidade porque o fundamento da atuação da agencia é a lei. A lei confere uma
moldura normativa que será colmatada com a atuação técnica da agencia.

ATENÇÃO: NÃO CONFUNDA COM AGENCIA EXECUTIVA (autarquia ou fundação pública que celebrou
um contrato de gestão com a administração e que possui um plano de reestruturação)

CONSÓRCIOS PÚBLICOS

Pode ter personalidade jurídica de direito público ou de direito privado (sem fins lucrativos)
A União somente participará de consórcios públicos em que também façam parte todos os Estados em
cujos territórios estejam situados municípios consorciados
Observará as normas de direito público no que tange à licitações, celebração de contratos, prestação
de contas e admissão de pessoal, que será regido pela CLT.

Protocolo de intenções: celebração do contrato interfederativo que dá origem ao consórcio público


dependerá da prévia subscrição dos integrantes no chamado protocolo de intenções por meio de lei
dos entes federados participantes e publicado na imprensa oficial.
Contrato de rateio: instrumento pelo qual os entes federados entregam recursos ao consórcio público
Contrato de programa: será celebrado se a finalidade do consórcio for a gestão associada de serviços
públicos com transferência da prestação do serviço público. Ele pode ser celebrado pelas entidades da
Administração Pública indireta dos entes da Federação consorciados.

OBS: a alteração ou extinção dos consórcios públicos dependerá de instrumento aprovado pela
assembleia geral, ratificado mediante lei por todos os entes consorciados.

CONVÊNIO DE COOPERAÇÃO

Diferentemente do consórcio, o convênio de cooperação não possui personalidade jurídica


É possível que os entes da federação firmem um convênio de cooperação com o objetivo de autorizar
a gestão associada de serviços públicos
Também depende de lei para que seja firmado

ENTIDADES TERCEIRO SETOR

Serviços sociais autônomos:


Pessoas jurídicas de direito privado
São criadas por autorização legislativa
Não se submetem a concurso público para contratar
Não se submetem à licitação
Prestam serviço de ensino/assistência a determinadas categorias

OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público)


Termo de parceria
Atuação em 6 áreas: ensino, pesquisa, desenvolvimento tecnológico, proteção ao meio ambiente,
cultura, saúde (não inclui assistência social)

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Quem não pode se qualificar como OSCIP? Fundações públicas, sindicatos, organizações sociais,
cooperativas, instituições religiosas, sociedades comerciais...

OS (Organização Social)
Contrato de gestão
Fundações públicas não podem ser qualificadas como OSCIP’s, mas podem ser transformadas em
organizações sociais, caso em que deixam de integrar a administração indireta

OSC (Organização da Sociedade Civil)


Termo de colaboração: recursos financeiros e plano proposto pela Administração
Termo de fomento: recursos financeiros e plano proposto pela OSC
Termo de cooperação: não envolve recursos financeiros

LICITAÇÕES

A vigência da Lei 14.133/21 ocorreu de forma imediata, com a sua publicação.


Houve revogação imediata dos crimes
Após 2 anos haverá revogação da lei 8.666, LRDC e Lei do Pregão
Até abril de 2023 a Administração poderá optar entre a legislação anterior ou pelo novo regramento,
não sendo possível a combinação das leis.

Mudanças que a Lei 14.133/21 realizou nas modalidades de licitação:


 Foram extintas a tomada de preços e o convite
 As modalidades são: pregão, concorrência, concurso, leilão e dialogo competitivo
 O valor não é mais fator para definir qual modalidade será adotada, mas sim a natureza do
objeto

Licitação deserta: não aparece ninguém para licitar

Licitação fracassada/frustrada: todos os licitantes foram inabilitados ou desclassificados, ou então, não


foram apresentadas propostas válidas (essa última hipótese foi trazida pela nova lei)

OBS: lembrando que licitação deserta e fracassada são hipóteses de licitação dispensável

Licitação carona: órgãos e entidades que não participaram do IRP (Intenção de Registros de Preços)
poderão aderir à ata de registro de preços na condição de não participantes. A possibilidade da
“Carona” estará limitada a órgãos e entidades da administração Pública federal, estadual, distrital e
municipal que, na condição de não participantes, desejarem aderir à ata de registro de preços de órgão
ou entidade gerenciadora federal, estadual ou distrital. As aquisições ou as contratações adicionais dos
órgãos carona não poderão exceder, por órgão ou entidade, a 50% dos quantitativos dos itens do
instrumento convocatório registrados na ata de registro de preços.

ATENÇÃO: A nova lei não se aplica às estatais. A antiga se aplicava.

Inexigibilidade de licitação e bem imóvel


 Aquisição ou locação, quando características e localização condicionem a escolha
 Requisitos: avaliação previa, certificação de inexistência de imóvel público vago e disponível,
singularidade
 Na lei 8.666/93 era uma hipótese de DISPENSA, e não de inexigibilidade

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Hipóteses de inexigibilidade na nova lei: F ACAS

a) F ornecedor exclusivo
b) A quisição ou aluguel de imóvel ideal
c) C redenciamento
d) A rtista consagrados
e) S erviço especializado

Concorrência para a venda de bens imóveis:


 Na lei 8.666 era possível exigir garantir de até 5% do valor avaliado
 Na nova lei não há essa previsão

Licitação dispensável: o administrador, se quiser, pode licitar. É discricionário.

Licitação dispensada: administrador não pode licitar

Licitação inexigível: impossibilidade de competição

Principais casos de licitação dispensável na nova lei:

III - para contratação que mantenha todas as condições definidas em edital de licitação realizada há
menos de 1 (um) ano, quando se verificar que naquela licitação:

a) não surgiram licitantes interessados ou não foram apresentadas propostas válidas;

IV - para contratação que tenha por objeto:

m) aquisição de medicamentos destinados exclusivamente ao tratamento de doenças raras definidas


pelo Ministério da Saúde;

XII - para contratação em que houver transferência de tecnologia de produtos estratégicos para o
Sistema Único de Saúde (SUS), conforme elencados em ato da direção nacional do SUS, inclusive por
ocasião da aquisição desses produtos durante as etapas de absorção tecnológica, e em valores
compatíveis com aqueles definidos no instrumento firmado para a transferência de tecnologia;

VIII - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de


atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a continuidade dos serviços
públicos ou a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou
particulares, e somente para aquisição dos bens necessários ao atendimento da situação emergencial
ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 1
(um) ano, contado da data de ocorrência da emergência ou da calamidade, vedadas a prorrogação dos
respectivos contratos e a recontratação de empresa já contratada com base no disposto neste inciso;

Obs.: na lei 8.666 o prazo era de 180 dias

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ATOS ADMINISTRATIVOS
Extinção dos atos administrativos:

Revogação:
 Invalidação do ato por conveniência ou oportunidade da Administração.
 Possui efeitos ex nunc.
 Apenas a administração pode revogar.
 Podem ser revogados os atos discricionários, legais (se for ilegal será anulado) e que gere efeitos
(atos exauridos não podem ser revogados)

Anulação:
 Extinção do ato administrativo que viola a lei vigente ao tempo de sua prática ou então quando
há vícios nos elementos de formação dos atos.
 Efeitos ex tunc
 Qualquer ato pode ser anulado e deve ser assegurado contraditório e ampla defesa quando
puder interferir na esfera de direitos de particulaes

Cassação: é espécie do gênero anulação e consiste em invalidar um ato que nasceu regular, mas se
tornou irregular no momento de sua execução.

Caducidade: o ato administrativo é invalidado em face de uma norma jurídica posterior que traz como
consequência expressa ou tácita a impossibilidade de manutenção do ato até então válido.

Sanatória dos atos administrativos:

Convalidação: Objetiva confirmar o ato originário, no todo ou em parte, com efeitos retroativos.
 Pode recair sobre atos já exauridos (porque tem efeitos retroativos)
 Só cabe em atos anuláveis, com defeitos sanáveis. Como vícios na forma, na competência
(quando não for exclusiva) e no objeto, quando plúrimo.

Confirmação: o ato é mantido no ordenamento jurídico pela administração por razões de segurança
jurídica. Confirma-se o ato sem expurgar o vício.

APROFUNDANDO...

O controle exercido pelo Poder Judiciário sobre os atos administrativos se restringe à uma análise de
legalidade. Porém, a CF estabelece que nenhuma lesão ou ameaça de lesão pode ser subtraída da
apreciação do Poder Judiciário (princípio da inafastabilidade da jurisdição), sendo assim, até
mesmo o ato administrativo discricionário se sujeitará a um controle judicial.
O juiz não pode se imiscuir no mérito dos atos administrativos, contudo ele pode controlar os limites do
mérito, já que são impostos pela lei.

Teorias que permitem a ingerência do Judiciário nos atos discricionários:

Teoria dos Motivos Determinantes: os motivos externados na prática do ato vinculam a


administração. Caso esses motivos não sejam verdadeiros, poderá haver impugnação.
Teoria do Desvio de Poder: se há desvio de finalidade por parte do administrador na prática daquele
ato, o judiciário poderá analisá-lo.
Teoria dos Princípios Jurídicos: STF e STJ utilizam essa teoria para analisar um ato discricionário quando
ele ofende algum princípio administrativo ou constitucional

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RESPONSABILIDADE CIVIL
Reconhecida a responsabilidade estatal por acidente com evento morte em rodovia, é devida a
indenização por danos materiais aos filhos menores e ao cônjuge do de cujus (INFO 733 STJ)

Em regra, o Estado responde de forma objetiva pelos danos causados a profissional de imprensa ferido,
por policiais, durante cobertura jornalística de manifestação pública (INFO 1021 STF)

Em regra, o Estado não tem responsabilidade civil por atos praticados por presos foragidos; exceção:
quando demonstrado nexo causal direto (INFO 993 STF)

Aplica-se igualmente ao estado o que previsto no art. 927, parágrafo único, do Código Civil, relativo à
responsabilidade civil objetiva por atividade naturalmente perigosa, irrelevante o fato de a conduta ser
comissiva ou omissiva. (INFO 674 STJ)

Para que o Município seja responsável por acidente em loja de fogos de artifício, é necessário
comprovar que ele violou dever jurídico específico de agir (concedeu licença sem as cautelas legais ou
tinha conhecimento de irregularidades que estavam sendo praticadas pelo particular) (INFO 969 STF)

Súmula 647-STJ: São imprescritíveis as ações indenizatórias por danos morais e materiais decorrentes
de atos de perseguição política com violação de direitos fundamentais ocorridos durante o regime
militar.

 Brasil adota a teoria do risco administrativo (responsabilidade objetiva). Para que haja
responsabilidade civil é necessário comprovar conduta, nexo e dano (dolo e culpa são elementos
acidentais).
 Estatal prestadora de serviço público: responsabilidade objetiva
 Estatal que explora atividade econômica: responsabilidade subjetiva
 Concessionária de serviço público: responsabilidade objetiva
 A culpa CONCORRENTE da vítima ATENUA a responsabilidade do Estado
 A culpa EXCLUSIVA da vítima EXCLUI a responsabilidade do Estado
 Teoria da dupla garantia: o particular que teve seu direito lesado por um agente público
demanda o Estado com base na responsabilidade objetiva. O Estado somente poderá demandar
o agente público em ação de regresso, se comprovado dolo ou culpa. O particular não pode
demandar diretamente do agente público.

IMPROBIDADE

 As condutas de improbidade devem ser necessariamente dolosas. Não existe mais improbidade
culposa
 O Ministério Público é o único legitimado para propor ação de improbidade (antes era possível
que fosse proposta pela pessoa jurídica interessada)
 Prazo prescricional único de 8 anos, contados a partir da ocorrência do fato ou, no caso de
infrações permanentes, do dia em que cessou a permanência
 Nepotismo e promoção pessoal passaram a ser expressamente modalidades de improbidade
 O inquérito civil será concluído em 365 dias corridos, prorrogável 1 única vez, por igual período,
mediante ato fundamentado submetido revisão da inst ncia competente do órgão ministerial
 A instauração do inquérito civil ou do processo administrativo SUSPENDE a prescrição por no
máximo 180 dias corridos, recomeçando a correr após a sua conclusão ou, caso não conclu do o

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processo, esgotado o pra o de suspensão


 Indisponibilidade dos bens agora só recai sobre os que asseguram o integral ressarcimento ao
erário. Antes das alterações na lei, a jurisprudência entendia que a indisponibilidade deveria
garantir o integral ressarcimento e eventual multa civil.

Causas que INTERROMPEM a prescrição:


1. ajuizamento da ação de improbidade
2. publicação de sentença condenatória
3 publicação de decisão ou acórdão de ribunal de ustiça ou ribunal egional Federal que confirma
sentença condenatória ou que reforma sentença de Improcedência
4 publicação de decisão ou acórdão do Superior ribunal de ustiça que confirma acórdão condenatório
ou que reforma acórdão de improcedência
5 publicação de decisão ou acórdão do S F que confirma acórdão condenatório ou que reforma
acórdão de improcedência

OBS.: nos atos de improbidade conexos e objetos do mesmo processo, a suspensão e a interrupção
relativa a qualquer um deles se estende aos demais

JURISPRUDÊNCIA

É possível a homologação judicial de acordo de não persecução cível no âmbito da ação de improbidade
administrativa em fase recursal.

Competência para julgar ação de improbidade proposta por Muncípio contra ex prefeito que não
prestou contas de convenio federal: em regra, compete à Justiça Estadual processar e julgar agente
público acusado de desvio de verba recebida em razão de convênio firmado com o ente federal, salvo se
houver a presença das pessoas jurídicas de direito público previstas no art. 109, I, da CF/88 na relação
processual

Súmula 651-STJ: Compete à autoridade administrativa aplicar a servidor público a pena de demissão em
razão da prática de improbidade administrativa, independentemente de prévia condenação, por
autoridade judicial, à perda da função pública.

É viável o prosseguimento de ação de improbidade administrativa exclusivamente contra particular


quando há pretensão de responsabilizar agentes públicos pelos mesmos fatos em outra demanda
conexa

PENALIDADE: PENALIDADE: PENALIDADE:


Proibição de contratar com o Suspensão de direitos políticos Multa
poder público ou receber (houve DIMINUIÇÃO)
benefícios
Enriquecimento ilícito: Enriquecimento ilícito: Enriquecimento ilícito:
até 14 anos até 14 anos equivalente ao acréscimo
patrimonial
Lesão ao erário: Prejuízo ao erário: Lesão ao erário:
até 12 anos até 12 anos equivalente ao valor do dano

Violação aos princípios: Violação dos princípios:


até 4 anos até 24X o valor da remuneração

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SERVIÇOS PÚBLICOS

Serviços uti singuli: possível individualizar a cobrança e são remunerados por taxa ou tarifa
Serviços uti universiti: não é possível individualizar a cobrança, como a iluminação pública. São
remunerados por impostos
Concessão: delegação, feita elo poder concedente, mediante licitação, na modalidade concorrência ou
diálogo competitivo, a pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu
desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado
Permissão: delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita
pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho,
por sua conta e risco.

Formas de extinção das concessões:


 Encampação: interesse público, com indenização prévia e autorização legislativa
 Caducidade: inadimplência da concessionária, indenização posterior e sem autorização
legislativa
 Rescisão: iniciativa da concessionária, após decisão judicial
 Anulação: decretada pelo poder concedente ou pelo judiciário, por ilegalidade ou ilegitimidade

PPP (Parceria Público Privada)


Concessão patrocinada: é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei nº
8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários
contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.
Concessão administrativa: é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a
usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens

 É vedada a celebração de PPP se o valor do contrato for inferior a 10 milhões


 O período de prestação de serviço não pode ser inferior a 5 anos
 O objeto do contrato não pode ser apenas o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e
instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.

Juris em teses importantes:


4) leg timo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais quando inadimplente pessoa
jur dica de direito público, desde que precedido de notificação e a interrupção não atinja as unidades
prestadoras de serviços indispensáveis população
6 ileg timo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais quando a inadimplência do
usuário decorrer de d bitos pret ritos, uma ve que a interrupção pressupõe o inadimplemento de
conta regular, relativa ao mês do consumo
7) ileg timo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais por d bitos de usuário anterior,
em ra ão da nature a pessoal da d vida
9) ileg timo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais quando o d bito decorrer de
irregularidade no hidr metro ou no medidor de energia el trica, apurada unilateralmente pela
concessionária
10) O corte no fornecimento de energia el trica somente pode recair sobre o imóvel que originou o
d bito, e não sobre outra unidade de consumo do usuário inadimplente

INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE

Limitação administrativa:
 Genérica e abstrata
 Instituída por lei

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 Deriva do poder de polícia da administração


 Atinge bens imóveis, moveis, atividades...
 Em regra, não há indenização (recai sobre todos de forma igual)

Servidão administrativa:
 Natureza jurídica de direito real
 Incide sobre bem imóvel
 Caráter definitivo
 Indenização previa e se houver prejuízo
 So se constitui mediante acordo ou sentença judicial (não há auto executoriedade)

Ocupação administrativa:
 Direito de caráter não-real;
 Só incide sobre a propriedade imóvel;
 Transitoriedade
 Apoio à execução de obras e serviços públicos;
 a indenização varia de acordo com a modalidade de ocupação temporária: se for vinculada à
desapropriação, haverá dever indenizatório; se não for, inexistirá em regra esse dever, a menos
que haja prejuízos para o proprietário.

Requisição administrativa:
 Direito pessoal da Administração;
 Perigo público iminente;
 Incide sobre bens móveis, imóveis e serviços;
 Transitoriedade
 a indenização, somente devida se houver dano, é posterior.

Tombamento:
 Proteger o patrimônio histórico e cultural.
 É instituído por processo administrativo.
 É uma restrição parcial da propriedade, o poder publico condiciona o uso. Pode recair sobre
bens móveis e imóveis, mas não pode recair sobre bens incorpóreos
 Tombamento gera indenização? Apenas se trouxer encargos ao proprietário
 Tombamento não pode impedir o uso da propriedade pelo particular

Desapropriação:
 Intervenção supressiva (única forma de intervenção do Estado na propriedade que gera a
perda da propriedade).
 É sempre indenizável.
 Não se confunde com confisco (confisco se fundamenta na pratica de uma atividade criminosa
pelo proprietário e não há indenização)
 Bem público não pode ser usucapido, mas pode sofrer desapropriação, devendo ser respeitada
a hierarquia federativa
 É possível a desistência da desapropriação pela Administração Pública, a qualquer tempo,
mesmo após o trânsito em julgado, desde que ainda não tenha havido o pagamento integral
do preço e o imóvel possa ser devolvido sem alteração substancial que impeça que seja
utilizado como antes.

Retrocessão: é o direito que tem o expropriado de exigir de volta o seu imóvel caso o mesmo não
tenha o destino para que se desapropriou.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL

NÃO podem ser delegados:

 Edição atos de caráter nomativo;


 Decisão de recursos administrativos;
 Matérias de competência exclusiva.

DELEGAÇÃO AVOCAÇÃO

Transfere o exercício de competência Atrai o exercício de competência


Órgao/ agente subordinado ou não Órgão/agente subordinado

Art. 17. Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá ser iniciado
perante a autoridade de MENOR GRAU HIERÁRQUICO para decidir.

Art. 56, § 1.º O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no
prazo de CINCO DIAS, o encaminhará autoridade superior ”

Art. 57. O recurso administrativo tramitará no máximo por TRÊS instâncias administrativas, salvo
disposição legal diversa.

Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo. Parágrafo único.
Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da execução, a autoridade
recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso.

RECURSO HIERÁRQUICO PRÓPRIO RECURSO HIERÁRQUICO IMPRÓPRIO

 Dirigido à autoridade imediatamente superior  Dirigido à autoridade pertencente a órgão


à que proferiu o ato, dentro do mesmo órgão estranho àquele de onde se tenha proferido
 Administração direta o ato
 Há hierarquia  Administração indireta
 Exame de legalidade e mérito  Há vinculação
 Não necessita de previsão legal  Exame de legalidade
 Necessita de previsão legal

JURISPRUDÊNCIA

Em regra, a imposição de sigilo a processos administrativos sancionadores, instaurados por agências


reguladoras contra concessionárias de serviço público, é incompatível com a Constituição (INFO 1045
STF)
É necessária condenação anterior na ficha funcional do servidor ou, no mínimo, anotação de fato que
o desabone, para que seus antecedentes sejam valorados como negativos na dosimetria da sanção
disciplinar (INFO 718 STJ)

É inconstitucional lei estadual que estabeleça prazo decadencial de 10 (dez) anos para anulação
de atos administrativos reputados inválidos pela Administração Pública estadual. Em regra, o prazo

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decadencial para que a Administração Pública anule atos administrativos inválidos é de 5 anos,
aplicável a todos os entes federativos, por força do princípio da isonomia. (STF INFO 1012)

O prazo decadencial do art. 54 da lei nº 9.784/99 não se aplica quando o ato a ser anulado afronta
diretamente a Constituição Federal. (INFO 714 STF)

O prazo decadencial quinquenal, previsto no art. 54 da Lei nº 9.784/99, não se aplica para a atuação do
TCU em processo de tomada de contas (INFO 719 STF)

Mesmo depois de terem-se passado mais de 5 anos, a Administração Pública pode anular a anistia
política concedida quando se comprovar a ausência de perseguição política, desde que respeitado o
devido processo legal e assegurada a não devolução das verbas já recebidas. (INFO 756 STF)

A administração pública, quando se vê diante de situações em que a conduta do investigado se amolda


às hipóteses de demissão e de cassação de aposentadoria de servidor, não dispõe de
discricionariedade para aplicar pena menos gravosa (Súmula 650-STJ)

Não há nulidade do PAD pela suposta inobservância do direito à não autoincriminação, quando a
testemunha, até então não envolvida, noticia elementos que trazem para si responsabilidade pelos
episódios em investigação (INFO 682 STJ)

É possível a cassação de aposentadoria de servidor público pela prática, na atividade, de falta


disciplinar punível com demissão (INFO STF ADPF 418)

A estabilidade prevista no art. 149 da Lei nº 8.112/90 deve ser no cargo, não sendo suficiente que o
membro da comissão goze de estabilidade no serviço público (INFO 970 STF)

A sentença proferida no âmbito criminal somente repercute na esfera administrativa quando


reconhecida:
a) a inexistência material do fato; ou
b) a negativa de sua autoria.
Assim, se a absolvição ocorreu por ausência de provas, a administração pública não está vinculada à
decisão proferida na esfera penal. (INFO 970 STF)

Se a infração disciplinar praticada for, em tese, também crime, o prazo prescricional do processo
administrativo será aquele que for previsto no art. 109 do CP, esteja ou não esse fato sendo apurado
na esfera penal (INFO 651 STJ)

Súmula Vinculante nº 5: “A falta de defesa t cnica por advogado no processo administrativo


disciplinar não ofende a Constituição ”

Súmula Vinculante nº 21: “ inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de


dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo ”

Súmula 651-STJ: Compete à autoridade administrativa aplicar a servidor público a pena de demissão
em razão da prática de improbidade administrativa, independentemente de prévia condenação, por
autoridade judicial, à perda da função pública.

Súmula nº 473, STF: “A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de v cios que
os tornam ilegais, porque dêles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os
casos, a apreciação judicial ”

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Súmula nº 19, STF: “ inadmiss vel segunda punição de servidor público, baseada no mesmo processo
em que se fundou a primeira ”

Súmula nº 510, STF: “Praticado o ato por autoridade, no exerc cio de competência delegada, contra
ela cabe o mandado de segurança ou a medida judicial ”

Súmula nº 611, STJ: “Desde que devidamente motivada e com amparo em investigação ou
sindicância, é permitida a instauração de processo administrativo disciplinar com base em
denúncia anônima, em face do poder-dever de autotutela imposto Administração ”

Súmula nº 641, STJ: “A portaria de instauração do processo administrativo disciplinar prescinde da


exposição detalhada dos fatos a serem apurados ”

Súmula nº 510, STF: “Praticado o ato por autoridade, no exerc cio de competência delegada, contra
ela cabe o mandado de segurança ou a medida judicial ”

AGENTES PÚBLICOS
Não é compatível com a CF a norma que permita a convocação temporária de profissionais, sem
vínculo com a administração pública, para funções de magistério na educação básica e superior do
estado nos casos de vacância de cargo efetivo (INFO 1055 STF)

O STF possui critérios para definir se as atribuições dos cargos podem ser enquadradas como direção,
chefia e assessoramento?
SIM. O STF, ao analisar o Tema 1010, afirmou que a criação de cargos em comissão é exceção à regra
de ingresso no serviço público mediante concurso público de provas ou provas e títulos e somente se
justifica quando presentes os pressupostos constitucionais para sua instituição. Na oportunidade,
foram fixadas as seguintes teses:
a) A criação de cargos em comissão somente se justifica para o exercício de funções de direção, chefia
e assessoramento, não se prestando ao desempenho de atividades burocráticas, técnicas ou
operacionais;
b) tal criação deve pressupor a necessária relação de confiança entre a autoridade nomeante e o
servidor nomeado;
c) o número de cargos comissionados criados deve guardar proporcionalidade com a necessidade que
eles visam suprir e com o número de servidores ocupantes de cargos efetivos no ente federativo que
os criar; e
d) as atribuições dos cargos em comissão devem estar descritas, de forma clara e objetiva, na própria
lei que os instituir.
Caso não se respeite esses requisitos, a criação dos cargos em comissão será considerada
inconstitucional.
STF. Plenário. ADI 6655/SE, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 6/5/2022 (Info 1053).
Fonte: dizer o Direito

Valores recebidos por servidores públicos por força de decisão judicial precária, posteriormente
reformada, devem ser restituídos ao erário. Se o servidor recebeu os valores amparado por uma
decisão judicial precária, não há como se admitir a existência de boa-fé, pois a Administração em
momento algum gerou-lhe uma falsa expectativa de definitividade quanto ao direito pleiteado. (INFO
735)

Para a aposentadoria voluntária de servidor público, o prazo mínimo de cinco anos no cargo em que se

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der a aposentadoria refere-se ao cargo efetivo ocupado pelo servidor e não à classe na carreira
alcançada mediante promoção (INFO 1049 STF)

Servidor público que havia sido demitido e que foi reintegrado, terá direito ao recebimento retroativo
dos vencimentos, férias indenizadas e auxílio-alimentação. Por outro lado, não terá direito ao
retroativo de auxílio-transporte e adicional de insalubridade. (INFO 722 STJ)

A EC 41/2003 alterou o inciso XI do art. 37 e permitiu que os Estados, DF e Municípios instituíssem


subtetos diferentes da União; essa previsão não viola o princípio da isonomia (INFO 1039 STF)

O teto aplicável aos servidores municipais é, em regra, o subsídio do prefeito, não podendo se aplicar o
modelo facultativo do § 12 do art. 37 da CF aos servidores municipais (INFO 1026 STF)

O teto constitucional remuneratório não incide sobre os salários pagos por empresas públicas e
sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que não recebam recursos da Fazenda Pública.
(INFO 1018 STF)

Se o servidor se remover por interesse da Administração Pública, o seu cônjuge terá direito à remoção
para o mesmo lugar, ainda que eles não morassem no mesmo Município antes (INFO 712 STJ)

É vedada a vinculação remuneratória de seguimentos do serviço público (INFO 999 STF)

É inconstitucional norma que preveja a concessão de aposentadoria com paridade e integralidade de


proventos a policiais civis. (INFO 998 STF)

Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar qualquer verba de servidores
públicos de carreiras distintas sob o fundamento de isonomia, tenham elas caráter remuneratório ou
indenizatório. (INFO 998 STF)

Se o servidor público recebe remuneração (ou aposentadoria) mais pensão, a soma dos dois valores
não pode ultrapassar o teto (INFO 985 STF)

Se a pessoa acumular licitamente dois cargos públicos ela poderá receber acima do teto
Nos casos autorizados constitucionalmente de acumulação de cargos, empregos e funções, a
incidência do art. 37, XI, da Constituição Federal pressupõe consideração de cada um dos vínculos
formalizados, afastada a observância do teto remuneratório quanto ao somatório dos ganhos do
agente público. (INFO 862 STF)

Servidores temporários não possuem direito a 13º salário e férias, salvo se previsto em lei ou houver
desvirtuamento da contratação (INFO 984 STF)

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