Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ESTRUTURA
DEFINIÇÃO Composta por uma estrutura DIRETA e outra INDIRETA,
as quais submetem-se aos princípios da Administração
Pública.
ADMINISTRAÇÃO DIRETA É constituída por ÓRGÃOS que, em regra, não são
dotados de personalidade jurídica.
Exemplos:
a) Ministérios;
b) Secretarias;
c) Administrações regionais;
d) Subprefeituras.
TEORIA DO ÓRGÃO A pessoa jurídica manifesta sua vontade por meio de
órgãos cujas atribuições são desempenhadas pelos seus
agentes, fazendo surgir a ideia de imputação, uma vez
que os atos realizados pelos agentes devem ser
imputados à própria Administração.
Estrutura da Administração Pública Direta
ÓRGÃOS
DEFINIÇÃO Centros de competência previamente definidos por lei.
PERSONALIDADE JURÍDICA Não possuem. Em razão disso, não se apresentam como
sujeitos de direitos de obrigações.
ATOS ADMINISTRATIVOS............................................................................................ 9
ALTERNATIVA CERTA CONCURSOS WWW.ALTERNATIVACERTACONCURSOS.COM.BR
PODERES ADMINISTRATIVOS
Vinculado:
Quando a lei confere à Administração Pública poder para a prática de determinado ato, estipulando
todos os requisitos e elementos necessários à sua validade.
Quando a lei atribui determinada competência definindo todos os aspectos da conduta a ser
adotada, sem atribuir margem de liberdade para o agente público escolher a melhor forma de agir.
Discricionário:
Quando o Direito concede à Administração, de modo explícito ou implícito, poder para prática de
determinado com liberdade de escolha de e oportunidade. Existe uma gradação.
Não existe competência ilimitada. É por essa razão que mesmo os atos discricionários terão
necessariamente elementos vinculados. Ex. Decreto expropriatório é um caso clássico de ato
discricionário, pois a lei faculta ao agente público decidir qual o imóvel será desapropriado e para
qual a finalidade, mas a lei define vinculamente a competência para expedição do decreto, que é ato
privativo do Chefe do Poder executivo ( art. 6º do Decreto- Lei nº 3.365/41)
Os autores são unânimes em admitir amplo controle judicial sobre o exercício do poder
discricionário, exceto quanto ao mérito administrativo. O mérito do ato discricionário constitui o núcleo
da função típica do Poder Executivo, sendo incabível permitir que o Poder Judiciário analise o juízo
de conveniência e oportunidade da atuação administrativa sob pena de violação da Tripartição de
Poderes.
Regulamentar:
O poder regulamentar enquadra-se em uma categoria mais ampla denominada poder normativo,
que inclui todas as diversas categorias de atos gerais, tais como: regimentos, instruções, deliberações,
resoluções e portarias.
Hierárquico:
É o meio de que dispõe a Administração Pública para distribuir e escalonar as funções dos órgãos
públicos; estabelecer a relação de subordinação entre seus agentes; e ordenar e rever a atuação de
seus agentes.
É um poder interno e permanente exercido pelos chefes de repartição sobre seus agentes
subordinados e pela administração central em relação aos órgãos públicos consistentes nas atribuições
de comando, chefia e direção, dentro da estrutura administrativa.
Delegação:
Nos termos do art. 12 da Lei 9784/99, um órgão administrativo ou seu titular poderão delegar parte
de sua competência a outros órgãos titulares, ainda que não lhe sejam hierarquicamente subordinados,
quando for conveniente, em razão de circunstância de índole técnica, social, econômica, jurídica ou
territorial. Pode ser horizontal ou vertical.
Avocação: Diante de motivos relevantes devidamente justificados, o art. 15 da Lei 9784/99 permite
que a autoridade hierarquicamente superior chame para si a competência de um órgão ou agente
Assim, trata-se de poder interno, não permanente e discricionário.. Interno porque somente
pode ser exercido sobre agentes públicos, nunca em relação a particulares, exceto quando estes
forem permanentes à medida que é aplicável apenas se e quando o servidor cometer falta funcional.
É discricionário porque a Administração pode escolher, com alguma margem de liberdade, qual a
punição mais apropriada a ser aplicada ao agente público.
Maria Sylvia Zanella Di Pietro: “ atividade do Estado consistente em limitar o exercício dos direitos
individuais em benefício do interesse público”.
José dos Santos Carvalho Filho: “prerrogativas de direito público que, calcada na lei, autoriza a
Administração Pública a restringir o uso e o gozo da liberdade e da propriedade em favor do interesse
da coletividade.”
Características:
a) Atividade restritiva;
d) Caráter liberatório;
e) É sempre geral;
d) É indelegável
Segmentos = --> =
Policia Administrativa
Policia Judiciária
Necessidade --> o Poder de policia só deve ser adotado para evitar ameaças reais ou prováveis de
pertubações ao interesse público;
Eficácia --> a medida deve ser adequada para impedir o dano ao interesse público.
Discricionariedade --> Consiste na livre escolha, pela Administração Pública, dos meios adequados
para exercer o poder de policia, bem como, na opção quanto ao conteúdo, das normas que cuidam de
tal poder.
Atividade Negativa --> Tendo em vista o fato de não pretender uma atuação dos particulares e
sim sua abstenção, são lhes impostas obrigações de não fazer.
ATOS ADMINISTRATIVOS
1. CONCEITO
Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, ato administrativo é a declaração do Estado ou de quem
o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob o regime jurídico de
direito público e sujeita ao controle pelo Poder Público.
- Manifestação de vontade;
Às vezes;
Diferenças:
Fato administrativo: (para algumas bancas examinadoras é sinônimo de atos materiais) são atos
praticados pela Administração desprovidos de manifestação de vontade cuja natureza é meramente
executória. Ex. Demolição de uma casa, construção de uma parede na Administração, realização de
um serviço etc.
Atos da Administração: são atos praticados pelo Poder Público sob o amparo do direito privado.
Neste caso, a Administração é tratada igualitariamente com o particular. É o caso, por exemplo, da
permuta, compra e venda, locação, doação etc. Diante desta última diferenciação, é possível alegar
que existem atos da Administração (por terem sido praticados pelo Poder Executivo) que não são atos
administrativos (pois não são regidos pelo direito público).
2. ATRIBUTOS (CARACTERÍSTICAS)
Consequências;
- Tanto a Administração como o Poder Judiciário têm legitimidade para analisar as presunções
mencionadas
EXIGIBILIDADE X AUTOEXECUTORIEDADE
Exigibilidade Autoexecutoriedade
Aplicação de sanções administrativas Execução material do ato
administrativo
Ex. Multa de trânsito Ex. guinchamento do carro
Dispensa ordem judicial Dispensa ordem judicial
Coerção indireta Coerção direta
Pune, mas não desfaz a ilegalidade Pune e desconstitui a situação ilegal
Não permite o uso da força física Permite o uso da força física
d) Tipicidade: É o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras previamente
definidas pela lei como aptas a produzir determinados efeitos. O presente atributo é u uma verdadeira
garantia ao particular que impede a administração de agir absolutamente de forma discricionária.
Para tanto, o administrador somente pode exercer sua atividade nos termos estabelecidos na lei.
Somente está presente nos atos unilaterais. Não existe tipicidade em atos bilaterais, já que não há
imposição de vontade da Administração perante a outra parte. É o caso dos contratos, onde a sua
realização depende de aceitação da parte contrária.
Outros atributos:
Eficácia: É o atributo segundo o qual o ato administrativo válido presume-se apto a produzir seus
regulares efeitos;
3.1 CLASSIFICAÇÃO
PERFEITO: é aquele que já completou o seu ciclo necessário de formação, já percorreu todas as
fases necessárias para sua produção. Na análise da perfeição, verifica-se apenas se o seu ciclo (fases)
de produção foi concluído. A análise da legalidade do ato será aferida no plano da validade. O cargo de
Ministro do STJ pode ser ocupado por advogado, nos termos definidos pelo art. 104 da CF.
Essa investidura dependerá de lista sêxtupla elaborada pela OAB enviada ao STJ, que elaborará
lista tríplice entre os nomes escolhidos, e, em seguida, encaminhando ao Presidente da República para
escolha de um candidato que, ainda, será submetido à aprovação do Senado Federal.
O ato será perfeito quando passar por todas essas e tapas (fases) de produção. Entretanto, se esse
ato é ou não legal é uma questão que será analisada no plano da validade.
escolha de um dos nomes pelo Presidente e aprovação do Senado Federal, o ato será imperfeito.
PENDENTE: é aquele que, embora perfeito, por reunir todos os elementos de sua formação, não
produz efeitos, por não ter sido verificado o termo ou condição de que depende sua produção de
efeitos. O ato pendente pressupõe um ato perfeito, pois completou todas as suas fases necessárias de
formação, mas só irá produzir seus efeitos quando o termo ou a condição for implementa da. É o que
ocorreria na expedição de uma multa de trânsito que obedeceu a todos os procedimentos fixados em
lei, mas que está sendo questionada judicial ou administrativamente e, por isso, teve sua exigibilidade
suspensa. Assim, o pagamento da sanção dependerá do provimento ou não da decisão judicial ou
administrativa.
Termo é o evento futuro e certo. Férias marcadas para determinado mês será um ato pendente
até que se verifique o termo, qual seja, chegar o mês marcado para o gozo de férias. Com o advento do
mês marcado, o ato produzirá seus efeitos, e o servidor se ausentará do serviço durante o prazo fixado;
Autorização concedida em uma quarta feira para realização de festa no sábado a partir de 20 hs.
A condição é evento futuro e incerto. Uma multa de trânsito que está sendo questionada por
recurso administrativo não está produzindo o efeito de obrigar ao pagamento e a perda de pontos
na licença para dirigir. Entretanto, se o recurso for improvido, o condutor deve pagar multa e terá a
subtração dos pontos, ou seja, o ato produzirá seus efeitos em razão da condição ter se implementado.
CONSUMADO ou EXAURIDO: é aquele que já produziu todos os seus efeitos esperados. O gozo
das férias pelo servidor representa a consumação do ato. Uma autorização de uso de bem público para
realização de festa de igreja estará consumada com o encerramento do evento. O ato consumado não
admite a revogação, pois, com a consumação, ele se extingue naturalmente, uma vez que produziu
todos os seus efeitos.
Como dito acima, o ato perfeito é aquele que já completou o seu ciclo necessário de formação, já
percorreu todas as fases necessárias para sua constituição.
Ato válido é aquele que está conforme a lei, não viola o ordenamento jurídico. Do contrário, será
ato inválido.
Ato eficaz é o que produz ou tem condição de produzir efeitos. É o ato que se encontra apto para
produção de efeitos. A eficácia do ato ocorre a partir da Publicação na imprensa oficial. Em termos
mais claros, quer dizer que os atos administrativos só estarão aptos a produzir efeitos no mundo jurídico
quando ocorrer a devida publicação na imprensa oficial.
O TCU já apreciou questão em que servidor do próprio Tribunal solicitou exoneração, em 19.06.1992,
em razão de, na mesma data, ter tomado posse no cargo de Juiz de Trabalho Substituto do TRT da 5ª
Região, Salvador.
O efeito produzido por um ato ilegal será o mesmo do ato legalmente editado. Entretanto, na
correção do ato ilegal, os efeitos que decorreram deste serão apagados, em razão dos efeitos retroativos
(ex tunc) da anulação.
Assim, como perfeição, validade e eficácia são planos diferentes, podemos ter diversas combinações
desses aspectos. Celso Antônio faz excelente conjugação dos planos mencionados: “Nota-se, por
conseguinte, que um ato pode ser:
a) perfeito, válido e eficaz - quando, concluído o seu ciclo de formação, encontra-se plenamente
ajustado as exigências legais e está disponível para deflagração dos efeitos que lhe são típicos;
b) perfeito, inválido e eficaz - quando, concluído o seu ciclo de formação e apesar de não se achar
conformado as exigências normativas, encontra-se produzindo os efeitos que lhe seriam inerentes;
c) perfeito, válido e ineficaz - quando, concluído o seu ciclo de formação e estando adequado
aos requisitos de legitimidade, ainda não se encontra disponível para a eclosão de seus e feitos típicos,
por depender de um termo inicial ou de uma condição suspensiva, ou autorização, aprovação ou
homologação, a serem manifestados por uma autoridade controladora;
d) perfeito, inválido e ineficaz - quando, esgotado seu ciclo de formação, sobre encontrar-se
em desconformidade com a ordem jurídica, seus efeitos ainda não podem fluir, por se encontrarem
na dependência de algum acontecimento previsto como necessário para a produção dos efeitos
(condição suspensiva ou termo inicial, ou aprovação ou homologação dependentes de outro órgão).
Porém, não é possível haver ato imperfeito, pois não se trata de ato administrativo ainda, uma vez
que está passando pelas fases de elaboração. Na verdade, não chega a ser formar como ato.
Importante, também, destacar que alguns autores (Carvalho Filho) se referem ao plano da
exequibilidade. Nesse caso, ato exequível é o que está produzindo efeitos
Nesse caso é feita a seguinte divisão: ato eficaz é o que pode (tem aptidão) produzir efeitos e o
que realmente está é o ato exequível. Desse modo, uma autorização conferida na quarta feira para a
realização de festa no sábado será eficaz, mas não será exequível enquanto não chegar o dia e a hora
permitidos para a realização do evento.
O estudo dos atos quanto à sua formação se refere ao número de vontades necessárias para a
correta formação do ato.
ATO COMPOSTO: é o que resulta da vontade única de um órgão ou agente, mas depende da
aprovação, ratificação ou confirmação por parte de outro para produzir seus efeitos .
Não se compõe de vontades autônomas, embora múltiplas. Há, na verdade, uma só vontade
autônoma, ou seja, de conteúdo próprio. As demais são meramente instrumentais, porque se limitam
à verificação de legitimidade do ato de conteúdo próprio. No ato composto, existe um ato principal e
outro(s) ato(s) acessório(s) que apenas confirma, aprova, ratifica o ato principal. Constitui-se de uma
vontade (ato) principal e outra instrumental.
São dois atos: principal e acessório. Como, por exemplo, autorização que depende de um visto ou
um parecer que deve ser aprovado pela autoridade superior. Maria Sylvia entende que a nomeação
do Procurador Geral da República é ato composto, pois, para a sua formação, concorrem dois atos,
indicação do Presidente da República e aprovação do Senado Federal, um principal e outro a penas
de caráter instrumental. A autora também entende que a homologação de licitação é espécie de ato
composto.
ATO COMPLEXO: é aquele que se forma pela conjugação de vontades de mais de um órgão
(dois ou mais órgãos) ou agentes. O ato complexo somente estará formado quando todas as vontades
exigidas forem declaradas.
Diferentemente do ato composto, em que existe um ato principal e outro(s) ato acessório(s) que
apenas confirma, aprova, ratifica o ato principal, no ato complexo todas as vontades têm o mesmo
nível, não havendo relação de ato principal e acessório, pois a conjugação de todas as vontades é
imprescindível para a formação do ato. Nesta hipótese, se são necessários dois órgãos manifestarem
sua vontade e apenas um deles o fizer, não existirá ato ainda, pois ele estará em processo de formação.
No ato composto, o ato já está formado (pronto) com a vontade principal, que ficar á apenas na
dependência de um ato secundário que confirme a vontade anterior, como condição para produção
de seus efeitos (plano da eficácia).
José do Santos C. Filho apresenta a investidura de Ministro do STF como exemplo de ato complexo,
pois, para o autor, a aprovação do Senado, indispensável para a ocupação do referido cargo, não tem
conteúdo de ato acessório, e sim, de ato principal, de mesmo nível da indicação do Presidente da
República.
Importante destacar, também, que o registro de aposentadoria pelo TCU é exemplo de ato
complexo, de acordo com o STF. Esse Tribunal entende que o ato só estar á formado quando o TCU
examinar e confirmar a aposentadoria já concedida pelo órgão de origem do servidor.
Na análise da classificação dos atos quanto aos destinatários, não importa o número de pessoas
atingidas, e sim, se é possível determinar aqueles que serão atingidos.
ATOS GERAIS: São aqueles que não possuem destinatário determinado, mas alcança todos que
estão em idêntica situação. Prevalecem sobre os atos individuais anteriormente expedidos, ainda que
provindos da mesma autoridade.
São os atos normativos praticados pela Administração. Ex: Estabelecimento da velocidade de uma
via; decreto que disciplina a coleta de lixo domiciliar; placa que fixa locais de estacionamento; portaria
que altera horário de atendimento de um órgão público; edital de licitação ou concurso público.
O decreto pode se enquadrar na categoria dos atos normativos (gerais), mas também pode ter
caráter individual, quando for para especificar uma situação determinada, como ocorre com o decreto
expropriatório, ou seja, aquele que dá origem ao processo de desapropriação.
ATOS INDIVIDUAIS / ESPECIAIS: São aqueles que possuem destinatários certos. Dirigem-se a
destinatários específicos, criando-lhes situação jurídica particular. O mesmo ato pode abranger um ou
vários sujeitos, desde que sejam individualizados.
4) QUANTO AO ALCANCE
ATOS INTERNOS: são atos destinados a produzir efeitos, como regra, dentro das repartições
administrativas, e que, por isso mesmo, incidem, normalmente, sobre os órgãos e agentes da
Administração que os expediram. Ex: portaria que de termina que os servidores devem usar o crachá
de identificação ou que determina a entrega de declaração do imposto de renda no setor de recursos
humanos da respectiva unidade em que é lotado o servidor. Como regra dispensam publicação
na imprensa oficial. Podendo, ocorrer a publicidade por meio de divulgação interna. Ex: boletins,
circulares e etc.
ATOS EXTERNOS: destinados a produzir efeitos, como regra, fora da Administração. São todos
aqueles que alcançam os administrados, os contratantes e, em certos casos, os próprios servidores,
provendo sobre seus direitos, obrigações, negócios ou conduta perante a Administração pública. Ex:
nomeação de candidatos a concurso público; alteração de horário de atendimento em determinado
órgão; portaria que fixa o recesso forense de um Tribunal.
Como visam a produzir seus efeitos fora da Administração, necessitam, em regra, de publicidade,
através de divulgação em meio oficial.
5) QUANTO AO OBJETO
ATOS DE IMPÉRIO: são todos aqueles que a administração pratica usando de sua supremacia
sobre o administrado ou servidor e lhes impõe obrigatório atendimento. Expressam a vontade soberana
do Estado e seu poder de coerção. Na prática de atos de império, a Administração utiliza toda a sua
supremacia em relação ao administrado, impondo medidas que geram o dever de pronto atendimento,
como, por exemplo, desapropriação, interdição de atividades, multa, apreensão de mercadorias.
ATOS DE GESTÃO: são os que a Administração pratica sem usar de sua supremacia sobre os
administrados. Tais atos, desde que praticados regularmente, geram direitos subjetivos e permanecem
imodificáveis pela Administração, salvo quando precários por sua própria natureza. Ex: autorização e
licença.
ATOS DE EXPEDIENTE: são todos aqueles que se destinam a dar andamento aos processos e
papéis que tramitam pelas repartições públicas, preparando-os para a decisão de mérito final, a ser
proferida pela autoridade competente. Não possuem conteúdo decisório.
Ex: juntada de documentos e despacho. Os atos de império e gestão tiveram importância sobretudo
na época da irresponsabilidade estatal vigente no período absolutista. Admitiu-se a responsabilidade
pelos atos de gestão praticados pelo Estado e continuava a irresponsabilidade perante atos de gestão.
OBS: Alguns autores denominam de atos de direito públicos (atos de império) e atos de direito
privado (atos de gestão) não fazendo referência aos atos de expediente.
ATOS VINCULADOS: são aqueles para os quais a lei estabelece os requisitos e condições de
sua realização. Nessa categoria de atos, as imposições legais absorvem, quase que por completo, a
liberdade do administrador, uma vez que sua ação fica adstrita aos pressupostos estabelecidos pela
norma legal para a validade da atividade administrativa.
Ex: aposentadoria compulsória aos 70 anos, pois o servidor deve ser aposentado ao completar a
idade fixada em lei.
ATOS DISCRICIONÁRIOS: São aqueles em que a lei permite ao agente público realizar um juízo de
conveniência e oportunidade (mérito) para decidir a solução mais adequada ao caso concreto.
VÁLIDO: é aquele que provém de autoridade competente para praticá-lo, contendo todos os
requisitos necessários exigidos em lei. Porém, é possível que o ato válido não seja ainda exequível, por
pendente de condição suspensiva ou termo não verificado.
NULO: é o que nasce afetado de vício insanável (finalidade, motivo e objeto) por ausência ou
defeito substancial em seus elementos constitutivos ou no procedimento de formação. O ato nulo não
admite a convalidação, pois apresenta defeitos tão graves que não é possível a correção. No direito
privado, o ato nulo é aquele que não produz efeitos, mas, para o Direito Administrativo, o ato nulo
produz efeitos, mas que serão desfeitos com a sua anulação.
INEXISTENTE: é o que apenas tem aparência de manifestação regular da administração, mas não
chega a se aperfeiçoar como ato administrativo, não produzindo efeitos no Direito Administrativo. É o
clássico ato praticado por usurpador da função pública que se apropria de uma função pública sem
ser de nenhuma forma nela investido, e também em relação a atos materialmente impossíveis, como,
por exemplo, a nomeação de pessoa morta.
Não se pode falar em convalidação de ato inexistente, uma vez que não há nenhum efeito
produzido a ser aproveitado, o que é incompatível com a convalidação, que é a correção de um vício
do ato para utilizar os efeitos que dele decorreram.
ATO CONSTITUTIVO: é aquele por meio do qual a Administração cria, modifica ou extingue um
direito ou situação do administrado. São exemplos a revogação, a autorização, a dispensa, a aplicação
de penalidade.
OBS: Revogação e autorização são atos constitutivos. Anulação e licença são atos declaratórios.
ATO ENUCIATIVO: é aquele em que a Administração apenas declara situações de que tem o
conhecimento ou que constam em registros de órgãos públicos, ou que profere opinião sobre assunto
determinado como, por exemplo, o atestado, a certidão e o parecer.
1) ATOS NORMATIVOS: são aqueles que contêm um comando geral, visando à correta aplicação
da lei. O objetivo imediato de tais atos é explicitar a norma legal a ser observada pela administração.
O decreto pode se enquadrar na categoria dos atos normativos (gerais), mas também pode ter
caráter individual, quando for para especificar uma situação determinada, como ocorre com o decreto
expropriatório.
INSTRUÇÃO NORMATIVA: são atos administrativos expedidos pelos Ministros de Estado para a
execução de leis, decretos e regulamentos, mas são também utilizados por outros órgãos superiores
para o mesmo fim.
Não se deve confundir a resolução editada em sede administrativa com a resolução prevista no art.
59, VII da CF. Esta equivale, sob o aspecto formal, à lei, pois é compreendida no processo de elaboração
das leis, previsto no Texto Constitucional. REGIMENTOS: são atos administrativos normativos de atuação
interna. Destinam-se a reger o funcionamento de órgãos colegiados e de corporações legislativas. Não
obrigam os particulares em geral, atingindo unicamente as pessoas vinculadas à atividade regimental.
Não se deve confundir a resolução editada em sede administrativa com a resolução prevista no art.
59, VII da CF. Esta equivale, sob o aspecto formal, à lei, pois é compreendida no processo de elaboração
das leis, previsto no Texto Constitucional.
Odete Medauar relata que as instruções não são utilizadas somente no âmbito interno; por vezes,
são utilizadas para decisões de repercussão externa, sobretudo nos órgãos que tratam de assuntos
financeiros e econômicos. Às circulares se aplica a mesma regra.
PORTARIAS: são atos internos pelos quais os chefes de órgãos, repartições ou serviços expedem
determinações gerais ou especiais a seus subordinados, ou designam servidor es para funções e cargos
secundários. Também dão início a sindicância s e a processos administrativos.
AVISOS: são atos emanados dos Ministros de Estado a respeito de assuntos referentes aos
respectivos ministérios.
ORDENS DE SERVIÇO: são determinações especiais dirigidas aos responsáveis por obras ou
serviços públicos autorizando seu início, ou contendo imposições de caráter administrativo ou
especificações técnicas sobre o modo de sua realização.
OFÍCIOS: são comunicações escritas que as autoridades fazem entre si, entre subalternos e
superiores e entre a Administração e particulares, em caráter oficial.
DESPACHOS: são decisões que as autoridades executivas (ou legislativas e judiciárias, em função
administrativa) proferem em papéis, requerimentos e processos sujeitos à sua apreciação. Despacho
normativo é aquele que, embora proferido em caso individual, a autoridade competente determina
que se aplique aos casos idênticos, passando a vigorar como norma interna da Administração para
situações análogas subsequentes.
3) ATOS NEGOCIAIS: são atos praticados contendo uma declaração de vontade do Poder Público,
coincidente com a pretensão particular.
Tais atos, embora unilaterais, encerram um conteúdo tipicamente negocial, de interesse recíproco
da Administração e do administrado, mas não adentram na esfera contratual . São e continuam sendo
atos administrativos (e não contratos administrativos), mas de uma categoria diferenciada dos demais,
porque geram direitos e obrigações para as partes e as sujeitam aos pressupostos conceituais do ato,
a que o particular se subordina incondicionalmente.
D) PRECÁRIOS: quando couber revogação por parte da Administração. Os atos negociais são
específicos, só ocasionando efeitos jurídicos entre as partes, Administração e Administrado, impondo
a ambos a observância das condições de execução, sob pena de cassação do ato.
Carvalho Filho faz importante estudo sobre esses atos de consentimento estatal e apresenta três
aspectos desses atos:
a) Todos decorrem de anuência do Poder Público para que o interessado desempenhe atividade;
c) são sempre necessários para legitimar a atividade a ser executada pelo interessado.
LICENÇA: é o ato administrativo vinculado e definitivo, por meio do qual o Poder Público,
verificando que o interessado atendeu a todas as exigências legais, possibilita o desempenho de
determinada atividade, que não poderia ser realizada sem consentimento prévio da Administração,
como, por exemplo, o exercício de uma profissão ou o direito de construir.
A licença resulta de um direito subjetivo do administrado, razão pela qual a Administração não
pode negá-la quando o requerente satisfaz a todos os requisitos legais para sua obtenção.
como mera faculdade de agir e, por conseguinte, suscetível de revogação enquanto não iniciada a
obra licenciada, ressalvando-se ao prejudicado o direito à indenização pelos prejuízos causado.
OBS: O alvará é o instrumento que materializa o deferimento da licença. Mas, em concurso público,
a sentença que a firma ser o alvará ato vinculado está correta.
AUTORIZAÇÃO: é o ato administrativo discricionário e precário pelo qual o Poder Público torna
possível ao pretendente a realização de certa atividade ou utilização de determinados bens particulares
ou públicos. Na autorização, assim como ocorre com a licença, o particular necessita do consentimento
estatal para que possa realizar a atividade pretendida, na medida em que estará praticando conduta
ilícita se não possuir anuência prévia da Administração. São exemplos: o uso especial de bem público,
como ruas e praças, autorização para estacionamento de veículos particulares em terreno público,
autorização para porte de armas.
PERMISSÃO: Ato unilateral, discricionário (corrente majoritária) e precário que faculta o exercício
de serviço de interesse coletivo ou a utilização de bens públicos. Difere da autorização porque a
permissão é outorga no interesse predominante da coletividade.
Ex. permissão de taxista, instalação de banca de jornal. (Celso Antônio Bandeira de Mello – ato
vinculado).
CONCESSÃO: Concessão de serviço público, ato bilateral e precedido de concorrência pública, pelo
qual o Estado transfere a uma empresa privada a prestação de serviço público mediante remuneração.
• Intransferível. Vale lembrar que a delegação permitida pela lei não transfere a competência, mas
sim a execução temporária do ato.
• Imprescritível, já que o não exercício da competência não gera a sua extinção. A Lei 9784/99
permite a delegação e a avocação dos atos administrativos. Contudo, em face do primeiro, a lei
menciona: Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:
Assim, o elemento pode ser considerado em seu sentido amplo (qualquer atividade que busca o
interesse público) ou restrito(resultado específico de determinada atividade previsto na lei). O vício no
elemento finalidade gera o desvio o de finalidade , que é uma modalidade de abuso de poder.
c) Forma: O ato deve respeitar a forma exigida para a sua prática. É a materialização, ou seja,
como o ato se apresenta no mundo real. A regra na Administração Pública é que todos os atos são
formais, diferentemente do direito privado que se aplica a liberdade das formas. É um elemento
sempre vinculado, de acordo com a doutrina majoritária. Todos os atos, em regra, devem ser escritos
e motivados. Excepcionalmente, podem ser praticados atos administrativos através de gestos e
símbolos. Ex. semáforos de trânsito, apitos de policiais etc.
São as inovações traz idas pelo ato na vida de seu destinatário. Exemplos: Ato licença para construir;
Objeto permitir que o interessado edifique legitimamente;
Ato Aplicação de multa; Objeto efetivar uma punição. Segundo Fernanda Marinela, o objeto
corresponde ao efeito jurídico imediato do ato, ou seja, o resultado prático causado em uma esfera de
direitos. Representa uma consequência para o mundo fático em que vivemos e, em decorrência dele,
nasce, extingue-se, transforma-se um determinado direito. É um elemento vinculado e discricionário:
Competência Vinculado
Forma Vinculado
Finalidade Vinculado
Motivo Vinculado/Discricionário
Objeto Vinculado/Disrcricionário
a) Sujeito: É o pressuposto subjetivo centrado na análise sobre quem praticou o ato, a capacidade
do agente, a quantidade de atribuições do órgão que o produziu, a competência do agente emanador
e a existência de óbices à atuação no caso concreto. Trata-se de requisito vinculado.
b) Motivo: Constitui pressuposto objetivo atinente à situação fática que autoriza a prática do ato.
É requisito discricionário.
c) Requisitos procedimentais: São atos jurídicos prévios e indispensáveis para a prática do ato
administrativo, caracterizando-se como pressuposto objetivo e vinculado.
f) Formalização: É o pressuposto formal relacionado com o modo como o ato deve ser praticado.
Coincide com a noção de forma adotada pela corrente tradicional. Constitui requisito vinculado.
Sujeito Vinculado
Motivo Discricionário
Requisitos Vinculado
procedimentais
Finalidade Discricionário
Causa Vinculado
Formalização Discricionário
Mérito Administrativo
É a margem de liberdade que os atos discricionários recebem da lei para permitir aos agentes
públicos escolher, diante da situação concreta, qual a melhor maneira de atender ao interesse público.
Trata-se de um juízo de conveniência e oportunidade que constitui o núcleo da função típica do Poder
Executivo, razão pela qual é vedado ao Poder Judiciário controlar o mérito administrativo.
Nulos e anuláveis –
Vícios em espécie
Defeito Caracterização Consequência
Usurpação de função Particular pratica ato privado de Ato inexistente
pública servidor
Excesso de poder Ato praticado pelo agente Ato nulo
competente, mas excedendo os
limites de sua competência
Funcionário de fato Indivíduo que ingressou Agente de boa-fé: ato
irregularmente no serviço público anulável;
Agente de má-fé ato nulo
Incompetência Servidor pratica ato fora de suas Ato anulável
atribuições
Objeto materialmente Ato exige conduta irrealizável Ato Inexistente
impossível
Objeto juridicamente Ato exige comportamento ilegal Exigência ilegal: ato nulo;
impossível Exigência criminosa: ato
inexistente
Omissão de formalidade Descumprimento da forma legal para Ato anulável
indispensável prática do ato
Inexistência do motivo O fundamento de fato não ocorreu Ato Nulo
Falsidade do motivo O motivo alegado não corresponde ao Ato nulo
que efetivamente ocorreu
Desvio de finalidade Ato praticado visando fim alheio ao Ato nulo
interesse público
O ato administrativo permanecerá no mundo jurídico até que seja verificada situação que
demonstre algum vício genético de legalidade ou que simplesmente comprove a sua desnecessidade
superveniente.
Alguns atos ao serem elaborados podem vir defeituosos no que tange a sua legalidade. Neste
caso, a Administração Pública ou o Poder Judiciário são legitimados para declarar a sua extinção por
meio da anulação. Por ser um vício verificado desde o seu nascedouro, ao ser declarada a sua anulação
os efeitos desta retroagem a data de sua criação, apagando todos as situações determinadas pelo ato
extinto. No entanto, às vezes o ato ao nascer pode estar de acordo com a legislação, mas deixa de ser
conveniente e oportuno com o passar do tempo.
Desta forma, a sua extinção somente poder ser declarada pela Administração Pública através da
revogação. Apesar de inconvenientes, os atos são considerados legais, ou seja, de acordo com a lei
vigente. Porém, estes atos não trazem mais benefícios para a coletividade. Assim, os efeitos produzidos
são mantidos, já que a revogação passa a valer a partir do momento de sua decretação, não possuindo
efeito retroativo.
Anulação ou invalidação
Art. 53 – “ A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados do vício de ilegalidade,
e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos”.
Súmula 473- “A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que
tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.”
Revogação
Art. 53 – “ A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados do vício de ilegalidade,
e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos”.
Súmula 473- “A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que
tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.”
Renúncia (Rejeição pelo beneficiário) ◊ retirada do ato pela rejeição realizada pelo beneficiário do
ato.
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo
a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria
Administração. Com base na legislação mencionada, podemos entender que a convalidação é uma
faculdade concedida a Administração. Desta forma, o administrador poder á ao constatar um defeito
de legalidade anular ou convalidar o ato. Somente poderá ser objeto de convalidação os atos cujos
defeitos forem sanáveis, ou seja, se for um vício que recaia no elemento competência (salvo se for
exclusiva) ou forma (salvo se esta for substância do próprio ato administrativo).
Ao ser convalidado, a correção do ato retroage a data de sua elaboração, tendo, assim, efeito ex
tunc.
12.2 Legislação
12.4.1 Planejamento
12.4.2 Execução
bens por perda devem ser mencionadas na tomada de contas dos orde-
nadores de despesa, para fins de julgamento pelo Tribunal de Contas do
Estado.
AJUDA DE CUSTO | 457
Sumário: 24.1 Definição - 24.2 Legislação - 24.3 Requisitos para a Concessão e Ve-
dações - 24.4 Valores Devidos - 24.5 Prestação de Contas - 24.6 Responsabilidades e
Sanções - 24.7 Perguntas e Respostas.
24.1 Definição
A ajuda de custo consiste em uma vantagem de natureza pecuniária
e indenizatória, prevista em lei (artigos 89 e 90 da Lei Complementar
Estadual nº 10.098/94) ou em estatuto específico de uma determinada
carreira, destinada a compensar as despesas de instalação do servidor
público que, no interesse do serviço, passe a ter exercício em nova sede,
com mudança de domicílio em caráter permanente.
Será devida a concessão dessa vantagem indenizatória também
para o servidor efetivo que for designado para o exercício de função gra-
tificada ou nomeado para cargo em comissão, com mudança de domicí-
lio. Além dessa parcela paga a título de ajuda de custo, cumpre esclarecer
que correm por conta da Administração Pública as despesas de transpor-
te do servidor e de sua família, compreendendo passagens, bagagens e
bens pessoais.
24.2 Legislação