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DIREITO CONSTITUCIONAL – REVISÃO

HIERARQUIA DAS NORMAS JURÍDICAS

PIRÂMIDE DE KELSEN

CONSTITUIÇÃO FEDERAL
LEI COMPLEMENTAR
LEIS ORDINÁRIAS
LEIS DELEGADAS
MEDIDA PROVISÓRIA
DECRETO LEGISLATIVO
RESOLUÇÕES

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

Os alicerces da Constituição Federal são os seus fundamentos.

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos


Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em ESTADO DEMOCRÁTICO DE
DIREITO e tem como fundamentos: SO-CI-DI-VA-PLU

I - SOBERANIA;

II - CIDADANIA

III - DIGNIDADE da pessoa humana;

IV - VALORES sociais do trabalho e da livre iniciativa

V - PLURALISMO político.

Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o


LEGISLATIVO, O EXECUTIVO E O JUDICIÁRIO.

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Art. 3º Constituem OBJETIVOS FUNDAMENTAIS da República Federativa do Brasil:
(objetivos geram ação = a verbo)

I - CONSTRUIR uma sociedade livre, justa e solidária;

II - GARANTIR o desenvolvimento nacional;

III - ERRADICAR a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e


regionais;

IV - PROMOVER o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade
e quaisquer outras formas de discriminação.

OBJETIVOS: CONGA ERRA PROMO

Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas RELAÇÕES


INTERNACIONAIS pelos seguintes PRINCÍPIOS:

CONcessão de asilo político.

DEfesa da paz;

PREvalência dos direitos humanos;

SOlução pacífica dos conflitos;

NÃO-intervenção;

REpúdio ao terrorismo e ao racismo;

INdependência nacional;

Autodeterminação dos povos;

COOPeração entre os povos para o progresso da humanidade;

IGUALldade entre os Estados;

Relações Internacionais: CONDE PRESO NÃO REINA COOPERA IGUAL


Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica,
política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma
comunidade latino-americana de nações.

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DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º, CF: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e propriedade, nos termos seguintes
[...]”.

Garantias Constitucionais individuais são os meios, instrumentos, procedimentos e


instituições, destinados a assegurar o respeito, a efetividade do gozo e a exigibilidade
dos direitos individuais, os quais se encontram ligados a estes entre os incisos do art.

NINGUÉM SERÁ:

obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; submetido
a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou


política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-
se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

compelido a associar-se ou a permanecer associado; privado da liberdade ou de


seus bens sem o devido processo legal;

considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;

preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de


autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime
propriamente militar, definidos em lei;

levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com
ou sem fiança; processado nem sentenciado senão pela autoridade competente.

É INVIOLÁVEL:

a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos


cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas
liturgias;

a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito


a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

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o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na
forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual
penal.

É LIVRE:

a manifestação do pensamento, sendo PROIBIDO o anonimato;

a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,


independentemente de censura ou licença;

o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações


profissionais que a lei estabelecer;

a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa,


nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens.

É ASSEGURADO:

o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano


material, moral ou à imagem;

prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares;

é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte,


quando necessário ao exercício profissional;

a todos, independentemente do pagamento de taxas:

a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direito ou contra


ilegalidade ou abuso de poder;

b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e


esclarecimento de situações de interesse pessoal.

A LEI:

estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade


pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro;

não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;

não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;


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não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:

a) privação ou restrição da liberdade;

b) perda de bens;

c) multa;

d) prestação social alternativa;

e) suspensão ou interdição de direitos.

PENAS:

nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar


o dano e a decretação do perdimento de bens ser estendidas aos sucessores e contra
eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

não haverá penas:

a) de morte, salvo em caso de guerra declarada;

b) de caráter perpétuo;

c) de trabalhos forçados;

d) de banimento;

e) cruéis

CRIMES:

não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;

será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada
no prazo legal;

constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou


militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático e a prática do racismo,
sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei

A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia:

a prática da tortura,

o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins,


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o terrorismo;

crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que,


podendo evitá-los, se omitirem.

PRISÃO:

não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento
voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;

a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária não haverá
juízo ou tribunal de exceção;

o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso
além do tempo fixado na sentença

a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem


consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial no caso de iminente perigo
público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada
ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.

EXTRADIÇÃO: nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso


de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; não será concedida
extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião.

ENTIDADES E ASSOCIAÇÕES:

todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,


independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à
autoridade competente; é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de
caráter paramilitar;

a criação de associações e a de cooperativas independem de autorização, sendo


vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades


suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;

as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade


para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente.

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PROCESSOS:

aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são


assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem


insuficiência de recursos são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios
ilícitos.

...é reconhecida a INSTITUIÇÃO DO JÚRI, assegurados: a plenitude de defesa; o sigilo


das votações; a soberania dos veredictos; a competência para o julgamento dos crimes
dolosos contra a vida.

OUTROS DIREITOS:

homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações;

o Estado promoverá a defesa do consumidor;

todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado.

REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

São uma espécie de ação judiciária que visa proteger categoria especial de direitos
públicos subjetivos, as chamadas liberdades públicas, ou direitos fundamentais do
homem. Além do mandado de segurança, individual ou coletivo, tem-se a ação popular,
a ação civil pública, habeas data, mandado de injunção, habeas corpus e o direito de
petição.

HABEAS CORPUS
Sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua
LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO, por ilegalidade ou abuso de poder;

MANDADODE SEGURANÇA

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Para proteger direito líquido e certo não amparado por HC ou HD, quando o
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de
pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público (somente através de
advogado);

MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO


Instrumento que visa proteger direito líquido e certo de uma coletividade, quando o
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de
pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. Legitimidade para impetrar
MS Coletivo: Organização Sindical, entidade de classe ou associação legalmente
constituída a pelo menos 1 ano, assim como partidos políticos com representação no
Congresso Nacional. OBJETIVO: defesa do interesse dos seus membros ou associados.

MANDADO DE INJUNÇÃO
Sempre que a falta de norma regulamentadora que torne inviável o exercício dos direitos
e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania
e à cidadania. Qualquer pessoa (física ou jurídica) pode impetrar, sempre através de
advogado.

Conceder-se-á HABEAS DATA:

a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante,


constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter
público;

b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso,
judicial ou administrativo;

AÇÃO POPULAR
qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo
ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor,
salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; São
gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos
necessários ao exercício da cidadania.

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DIREITO DE PETIÇÃO
Objetivo: Defender direito ou noticiar ilegalidade ou abuso de autoridade pública.
Qualquer pessoa pode propor, brasileira ou estrangeira.

PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (LIMPE)

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da


União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE, MORALIDADE, PUBLICIDADE E EFICIÊNCIA.

DOS MILITARES DOS ESTADOS

Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares,


instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados,
do Distrito Federal e dos Territórios.

§ 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios,


além do que vier a ser fixado em lei, as disposições do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e
do art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo a lei estadual específica dispor sobre as matérias do
art. 142, § 3º, inciso X, sendo as patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos
governadores.

§ 2o Aos pensionistas dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos


Territórios aplica-se o que for fixado em lei específica do respectivo ente estatal.

EMENDA À CONSTITUIÇÃO (Art. 60, CF)

A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

I–de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do


Senado Federal;

II–do Presidente da República;

III–de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação,


manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. §

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1o A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal,
de estado de defesa ou de estado de sítio.

§ 2o A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional,


em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos
dos respectivos membros.

§ 3o A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos


Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.

§ 4o Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

I–a forma federativa de Estado;

II–o voto direto, secreto, universal e periódico;

III–a separação dos Poderes;

IV–os direitos e garantias individuais

DAS LEIS

Art. 61 - A INICIATIVA das LEIS COMPLEMENTARES E ORDINÁRIAS cabe a


qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do
Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos
Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos.

São de INICIATIVA PRIVATIVA do PRESIDENTE DA REPÚBLICA as leis que:

I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;

II - disponham sobre:

a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e


autárquica ou aumento de sua remuneração;

b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária,


serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios;

c) servidores públicos da União e militares das Forças Armadas, seu regime


jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;

d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União;

e) criação, estruturação e atribuições dos Ministérios e órgãos da administração


pública;

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f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos,
promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva.

§2 A INICIATIVA POPULAR pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos


Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, 1 % do eleitorado nacional,
distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de 0.3 % dos eleitores de
cada um deles.

Art. 62 - MEDIDA PROVISÓRIA

Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República PODERÁ ADOTAR


MEDIDAS PROVISÓRIAS, com força de lei, devendo submetê-las ao Congresso Nacional.

As MEDIDAS PROVISÓRIAS perderão eficácia, desde a edição, se não forem


convertidas em lei no prazo de 60 dias, prorrogáveis por mais 60 dias, a partir de sua
publicação, suspendendo-se o prazo durante os períodos de recesso parlamentar,
devendo o Congresso Nacional disciplinar as relações jurídicas delas decorrentes.

se a MEDIDA PROVISÓRIA não for apreciada em até 45 dias contados de sua


publicação, entrará em regime de urgência; as MP terão sua votação iniciada na Câmara
dos Deputados;

É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:


I–relativa a:
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito
eleitoral;
b) direito penal, processual penal e processual civil;
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a
garantia de seus membros;
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos
adicionais e suplementares.
II–que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou
qualquer outro ativo financeiro;
III–reservada a lei complementar;
IV–já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e
pendente de sanção ou veto do Presidente da República.

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A medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos,
só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida
em lei até o último dia daquele em que foi editada.

Art. 63. NÃO será admitido AUMENTO DA DESPESA PREVISTA: I–nos


projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República; II–nos projetos sobre
organização dos serviços administrativos da Câmara dos Deputados, do Senado
Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério Público.
Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do
Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais
Superiores terão início na Câmara dos Deputados.
§ 1o O PRESIDENTE da República poderá SOLICITAR URGÊNCIA para
apreciação de PROJETOS DE SUA INICIATIVA.
§ 2o Se, no caso do § 1o , a Câmara dos Deputados e o Senado Federal
não se manifestarem sobre a proposição, cada qual sucessivamente, em até
quarenta e cinco dias, sobrestar-se-ão todas as demais deliberações legislativas
da respectiva Casa, com exceção das que tenham prazo constitucional
determinado, até que se ultime a votação.
§ 3o A apreciação das emendas do Senado Federal pela Câmara dos
Deputados far- -se-á no prazo de dez dias, observado quanto ao mais o disposto
no parágrafo anterior.
§ 4o Os prazos do § 2o não correm nos períodos de recesso do
Congresso Nacional, nem se aplicam aos projetos de código.

Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra,
em um só turno de discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se
a Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar.
Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora.

Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto
de lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará.
§ 1o Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em
parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou
parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento,
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e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal
os motivos do veto.
§ 2o O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de
parágrafo, de inciso ou de alínea.
§ 3o Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da
República importará sanção.
§ 4o O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a
contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria
absoluta dos Deputados e Senadores.
§ 5o Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para
promulgação, ao Presidente da República.
§ 6o Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4o , o veto
será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais
proposições, até sua votação final.
§ 7o Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo
Presidente da República, nos casos dos §§ 3o e 5o , o Presidente do Senado a
promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do
Senado fazê-lo.

Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá


constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante
proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do
Congresso Nacional.

Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República,


que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
§ 1o Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva
do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados
ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação
sobre: I–organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a
garantia de seus membros; II–nacionalidade, cidadania, direitos individuais,
políticos e eleitorais; III–planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e
orçamentos.

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§ 2o A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução
do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu
exercício.
3o Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso
Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda.

Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta

DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS

Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios


estabelecidos nesta Constituição.

§ 1º A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo


a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça.

§ 2º Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade


de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual,
vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão.

§ 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a


Justiça Militar estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos
Conselhos de Justiça e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por
Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil
integrantes.

§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos


Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos
disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil,
cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos
oficiais e da graduação das praças.

§ 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar,


singularmente, os crimes militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos
disciplinares militares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de
direito, processar e julgar os demais crimes militares.

§ 6º O Tribunal de Justiça poderá funcionar descentralizadamente, constituindo


Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em
todas as fases do processo.

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§ 7º O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização de
audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da
respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.

ESTADO DE DEFESA

Art.136 O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o


Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente
restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social
ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por
calamidades de grandes proporções na natureza.

§ 1o O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua


duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da
lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:

I–restrições aos direitos de: a) reunião, ainda que exercida no seio das
associações; b) sigilo de correspondência; c) sigilo de comunicação telegráfica e
telefônica;

II–ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de


calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes.

§ 2o O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias,


podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que
justificaram a sua decretação.

§ 3o Na vigência do estado de defesa:

I–a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida,
será por este comunicada imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não for
legal, facultado ao preso requerer exame de corpo de delito à autoridade policial;

II–a comunicação será acompanhada de declaração, pela autoridade, do estado


físico e mental do detido no momento de sua autuação;

III–a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a dez dias,
salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário;

IV–é vedada a incomunicabilidade do preso.

§ 4o Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da


República, dentro de vinte e quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justificação
ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta.

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§ 5o Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será convocado,
extraordinariamente, no prazo de cinco dias.

§ 6o O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de dez dias contados


de seu recebimento, devendo continuar funcionando enquanto vigorar o estado de
defesa.

§ 7o Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de defesa

ESTADO DE SÍTIO

Art.137- O Presidente da República PODE, ouvidos o Conselho da República e


o Conselho de Defesa Nacional, SOLICITAR AUTORIZAÇÃO ao Congresso Nacional para
decretar o ESTADO DE SÍTIO nos casos de:

I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que


comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa;

II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira;

Parágrafo Único - O Presidente da República, ao solicitar autorização para


decretar o estado de sítio ou sua prorrogação, relatará os motivos determinantes do
pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por maioria absoluta.

Art.138 - O decreto do ESTADO DE SÍTIO indicará :

sua duração, as normas necessárias a sua execução as garantias constitucionais


que ficarão suspensas, depois de publicado o decreto, o Presidente da República
designará o executor das medidas específicas e as áreas abrangidas.

O estado de sítio não poderá, no caso do inciso I, ser decretado por mais de
30 dias, nem prorrogado, de cada vez, por prazo superior; no do inciso II, poderá ser
decretado por todo o tempo que perdurar a guerra ou a agressão armada estrangeira.

Art.139 - Na vigência do ESTADO DE SÍTIO, SÓ poderão ser tomadas as


seguintes medidas:

I - obrigação de permanência em localidade determinada;

II - detenção em edifício não destinado a acusados por crimes comuns;

III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das


comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa;
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IV - suspensão da liberdade de reunião;

V - busca e apreensão em domicílio;

VI - intervenção nas empresas de serviços públicos;

VII - requisição de bens.

DA SEGURANÇA PÚBLICA

Na Teoria jurídica a palavra “segurança” assume o sentido geral de garantia,


proteção, estabilidade de situação de pessoa em vários campos, dependendo do
adjetivo que a qualifica. Segurança Pública é a manutenção da ordem pública interna.

Em outras palavras Segurança Pública é uma atividade de vigilância, prevenção


e repressão de condutas delituosas.

A Constituição Federal no Art. 144 cuida que a segurança pública, dever do


Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:

polícia federal;

polícia rodoviária federal;

polícia ferroviária federal;

polícias civis

polícias militares e corpos de bombeiros militares;

polícias penais federal, estaduais e distrital

A POLÍCIA FEDERAL, mantida pela União, destina-se a:

I– APURAR INFRAÇÕES PENAIS contra a ordem política e social ou em


detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e
empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão
interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;

II–PREVENIR E REPRIMIR O TRÁFICO ilícito de entorpecentes e drogas afins, o


contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos
públicos nas respectivas áreas de competência;

III–exercer as FUNÇÕES DE POLÍCIA marítima, aeroportuária e de fronteiras;

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IV–exercer, com EXCLUSIVIDADE, as funções de POLÍCIA JUDICIÁRIA DA UNIÃO.

§ 2o A POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL, mantida pela União, destina-se ao


PATRULHAMENTO ostensivo das RODOVIAS FEDERAIS.

§ 3o A POLÍCIA FERROVIÁRIA FEDERAL, órgão permanente destina-se ao


patrulhamento ostensivo das FERROVIAS FEDERAIS.

§ 4o Às POLÍCIAS CIVIS, dirigidas por DELEGADOS de polícia de carreira,


incumbem, ressalvada a competência da União, as FUNÇÕES DE POLÍCIA JUDICIÁRIA e
a APURAÇÃO DE INFRAÇÕES PENAIS, exceto as militares.

§ 5o Às POLÍCIAS MILITARES cabem a POLÍCIA OSTENSIVA e a PRESERVAÇÃO


da ORDEM PÚBLICA; aos CORPOS DE BOMBEIROS militares, além das atribuições
definidas em lei, incumbe a execução de ATIVIDADES DE DEFESA CIVIL.

§ 6o As POLÍCIAS militares e corpos de BOMBEIROs militares, forças auxiliares


e reserva do Exército, SUBORDINAM-se, juntamente com as polícias civis, aos
GOVERNADORES dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.

§ 7o A LEI DISCIPLINARÁ a ORGANIZAÇÃO e o FUNCIONAMENTO dos órgãos


responsáveis pela segurança pública, de maneira a garantir a eficiência de suas
atividades.

§ 8o Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à


proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.

§ 9o A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos


relacionados neste artigo será fixada na forma do § 4o do art. 39.

§ 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da


incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas:

I–compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras


atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana
eficiente; e

II–compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos


respectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados
em Carreira, na forma da lei.

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CONSTITUIÇÃO ESTADUAL

Art. 46. Os integrantes da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros Militar são


servidores públicos militares do Estado regidos por estatutos próprios, estabelecidos
em lei complementar, observado o seguinte:

I - remuneração especial do trabalho que exceder à jornada de 40 (quarenta)


horas semanais e outras vantagens que a lei determinar;

II - acesso a cursos ou concursos que signifiquem ascensão funcional,


independentemente de idade e de estado civil;

III - regime de dedicação exclusiva, nos termos da lei, ressalvado o disposto na


Constituição Federal;

IV - estabilidade às praças com cinco anos de efetivo serviço prestado à


Corporação.

§ 2.º Lei Complementar disporá sobre a promoção extraordinária do servidor


militar que morrer ou ficar permanentemente inválido em virtude de lesão sofrida em
serviço, bem como, na mesma situação, praticar ato de bravura.

§ 4.º É assegurado o direito de livre associação profissional.

Art. 48. A lei poderá criar cargos em comissão privativos de servidores militares,
correspondentes às funções de confiança a serem desempenhadas junto ao Governo do
Estado e aos Presidentes da Assembléia Legislativa e dos Tribunais estaduais.

Parágrafo único. Os titulares dos cargos previstos neste artigo manterão a


condição de servidor público militar e estarão sujeitos a regime peculiar decorrente da
exonerabilidade “ad nutum”.

Art. 124. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é


exercida para a preservação da ordem pública, das prerrogativas da cidadania, da
incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:

I - Brigada Militar;

II - Polícia Civil;

III - Instituto-Geral de Perícias.

IV - Corpo de Bombeiros Militar.

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Art. 127. O policial civil ou militar, o bombeiro militar, e os integrantes dos
quadros dos servidores penitenciários e do Instituto-Geral de Perícias, quando feridos
em serviço, terão direito ao custeio integral, pelo Estado, das despesas médicas,
hospitalares e de reabilitação para o exercício de atividades que lhes garantam a
subsistência.

Parágrafo único. Lei Complementar disporá sobre a promoção extraordinária do


servidor integrante dos quadros da Polícia Civil, do Instituto-Geral de Perícias e dos
serviços penitenciários que morrer ou ficar permanentemente inválido em virtude de
lesão sofrida em serviço, bem como, na mesma situação, praticar ato de bravura.

Art. 128. Os Municípios PODERÃO constituir:

I - GUARDAS MUNICIPAIS destinadas à proteção de seus bens, serviços e


instalações, conforme dispuser a lei;

II - SERVIÇOS CIVIS E AUXILIARES de combate ao fogo, de prevenção de


incêndios e de atividades de defesa civil.

Art. 130. Ao CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, dirigido pelo(a) Comandante-


Geral, oficial(a) da ativa do quadro de Bombeiro Militar, do último posto da carreira, de
livre escolha, nomeação e exoneração pelo(a) Governador(a) do Estado, COMPETEM A
PREVENÇÃO E O COMBATE DE INCÊNDIOS, AS BUSCAS E SALVAMENTOS, AS AÇÕES
DE DEFESA CIVIL E A POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR, na forma definida em lei
complementar.

Parágrafo único. São autoridades bombeiros militares o(a) Comandante-Geral


do Corpo de Bombeiros Militar, os(as) oficiais(las) e as praças em comando de fração
destacada.

Art. 131. A organização, o efetivo, o material bélico, as garantias, a convocação


e a mobilização da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros Militar serão regulados em
lei complementar, observada a legislação federal.

§ 1.º A seleção, o preparo, o aperfeiçoamento, o treinamento e a especialização


dos integrantes da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros Militar são de competência
das Corporações.

§ 2.º Incumbe às Corporações militares coordenar e executar projetos de


estudos e pesquisas para o desenvolvimento da segurança pública na área que lhes for
afeta.

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