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TÍTULO 1
Artigo 1o. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de
Direito e tem como fundamentos:
1. A soberania;
2. A cidadania;
3. A dignidade da pessoa humana;
4. Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
5. O pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Artigo 2o. São poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo,
o Executivo e o Judiciário.
Artigo 4o. A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais
pelos seguintes princípios:
1. Independência nacional;
2. Prevalência dos direitos humanos;
3. Autodeterminação dos povos;
4. Não-intervenção;
5. Igualdade entre os Estados;
6. Defesa da paz;
7. Solução pacífica dos conflitos;
8. Repúdio ao terrorismo e ao racismo;
9. Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
10. Concessão de asilo político;
TÍTULO 2
CAPÍTULO 1
Parágrafo 2o. Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados
internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
CAPÍTULO 2
Artigo 7o. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem
à melhoria de sua condição social:
34. A lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação do sindicato,
ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a
interferência e a intervenção na organização sindical;
35. É vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau,
representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base
territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores
interessados, não podendo ser inferior à área de um município;
36. Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da
categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;
37. A assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria
profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema federativo da
representação sindical respectiva, independentemente da contribuição
prevista em lei;
38. Ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
39. É obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de
trabalho;
40. O aposentado filiado tem direito de votar e ser votado nas organizações
sindicais;
41. É vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da
candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda
que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave
nos termos da lei.
Capítulo 3
Da Nacionalidade
Artigo 12. São brasileiros:
1) Natos:
a) Os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros,
desde que estes não estejam a serviço de seu país;
b) Os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que
qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
c) Os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que
sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na
República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida
a maioridade, pela nacionalidade brasileira;
2) Naturalizados:
a) Os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos
originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano
ininterrupto e idoneidade moral;
b) Os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na República Federativa
do Brasil há mais de 15 anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que
requeiram a nacionalidade brasileira.
Parágrafo 2o. A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e
naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
CAPÍTULO IV
Artigo 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto
e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
1. Plebiscito;
2. Referendo;
3. Iniciativa popular;
1. A nacionalidade brasileira;
2. O pleno exercício dos direitos políticos;
3. O alistamento eleitoral;
4. O domicílio eleitoral na circunscrição;
5. A filiação partidária;
6. A idade mínima de:
a) 35 anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) 30 anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito
Federal;
c) 21 anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito,
Vice-Prefeito e juiz de paz;
d) 18 anos para Vereador.
Parágrafo 10o. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no
prazo de 15 dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso de
poder econômico, corrupção ou fraude.
Artigo 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua
publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
CAPÍTULO 5
1. Caráter nacional;
2. Proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo
estrangeiros ou de subordinação a estes;
3. Prestação de contas à Justiça Eleitoral;
4. Funcionamento parlamentar de acordos com a lei.
Parágrafo 1o. É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura
interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime
de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus
estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária.
Parágrafo 3o. Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso
gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei.
TÍTULO 3
Da Organização do Estado
Artigo 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
CAPÍTULO 2
Da União
Parágrafo 1o. É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no
resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de
geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território,
plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação
financeira por essa exploração.
Parágrafo 2o. A faixa de até 150 quilômetros de largura, ao longo das fronteiras
terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa
do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.
Artigo 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios:
Parágrafo 2o. A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a
competência suplementar dos Estados.
Parágrafo 3o. Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
Parágrafo 4o. A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia
da lei estadual, no que lhe for contrário.
CAPÍTULO 3
Parágrafo 1o. São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam
vedadas por esta Constituição.
Parágrafo 2o. O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da
Assembleia Legislativa, na razão de, no máximo, 75% daquele estabelecido, em
espécie, para os Deputados Federais.
Parágrafo 4o. A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.
Parágrafo 1o. Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na
administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso
público e observado o disposto no artigo 38, incisos 1, 4 e 5.
Dos Municípios
Artigo 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o
interstício mínimo de 10 dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara
Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta
Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:
Parágrafo 1o. A Câmara Municipal não gastará mais de 75% de sua receita com folha
de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores.
Parágrafo 1o. O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio
dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais
de Contas dos Municípios, onde houver.
Parágrafo 2o. O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que
o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois
terços dos membros da Câmara Municipal.
CAPÍTULO 5
SEÇÃO 1
Do Distrito Federal
Artigo 32.
SEÇÃO 2
Dos Territórios
Artigo 33.
CAPÍTULO 6
Da Intervenção
Artigo 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
1. Deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a
dívida fundada;
2. Não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
3. Não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção
e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;
4. O Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a
observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a
execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
Parágrafo 3o. Nos casos do artigo 34, incisos 6 e 7, ou do artigo 35, inciso 4,
dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembleia Legislativa, o
decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar
ao reestabelecimento da normalidade.
Capítulo 7
Da Administração Pública
Artigo 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte:
Parágrafo 1o. A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos
órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela
não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção
pessoal de autoridades ou servidores públicos.
Parágrafo 5o. A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por
qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as
respectivas ações de ressarcimento.
Parágrafo 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que
trata o inciso 11 do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas
em lei.
Parágrafo 12. Para fins do disposto no inciso 11 do caput deste artigo, fica facultado
aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às
respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos
Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte
e cinco centésimo por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal
Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados
Estaduais e Distritais e dos Vereadores.
SEÇÃO 2
Parágrafo 5o. Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá
estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos,
obedecido, em qualquer caso, o disposto no artigo 37, inciso 11º.
Parágrafo 7o. Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
disciplinará a aplicação de recursos orçamentários provenientes da economia com
despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no
desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e
desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço
público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade.
Artigo 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime
de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo
ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios
que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.
Parágrafo 1o. Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este
artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados
na forma dos artigos 3 e 17:
1. Por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de
contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia
profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei;
2. Compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição,
aos 70 anos de idade, ou aos 75 anos de idade, na forma de lei complementar;
3. Voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de 10 anos de efetivo
exercício no serviço público e 5 anos no cargo efetivo em que se dará a
aposentadoria, observadas as seguintes condições:
a) 60 anos de idade e 35 anos de contribuição, se homem, e 55 anos de idade
e 30 anos de contribuição, se mulher;
b) 65 anos de idade, se homem, e 60 anos de idade, se mulher, com proventos
proporcionais ao tempo de contribuição.
Parágrafo 3o. Para cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua
concessão, serão consideradas as remunerações utilizadas como base para as
contribuições do servidor aos regimes de previdência de que tratam este artigo e o
artigo 201, na forma da lei.
1. Portadores de deficiência;
2. Que exerçam atividades de risco;
3. Cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a
saúde ou a integridade física.
Parágrafo 5o. Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em
5 anos, em relação ao disposto no parágrafo 1º, inciso 3, “a”, para o professor que
comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na
educação infantil e no ensino fundamental e médio.
Parágrafo 7o. Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que
será igual:
Parágrafo 10. A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de
contribuição fictício.
Parágrafo 11. Aplica-se o limite máximo no artigo 37, inciso 11º , à soma total dos
proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou
empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribuição para o
regime geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos
de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição,
cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo
efetivo.
Parágrafo 12. Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores
públicos titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios
fixados para o regime geral de previdência social.
Parágrafo 16. Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos
parágrafos 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço
público até a data da publicação do ato de instituição do correspondente regime de
previdência complementar.
Parágrafo 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências
para aposentadoria voluntária estabelecidos no parágrafo 1º , inciso 3º , “a”, e que
opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente
ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para
aposentadoria compulsória contidas no parágrafo 1º, inciso 2.
Artigo 41. São estáveis após 3 anos de efetivo exercício os servidores nomeados para
cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
SEÇÃO 3
Parágrafo 2º. Aos pensionistas dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios aplica-se o que for fixado em lei específica do respectivo ente estatal.
SEÇÃO 4
Das Regiões
Artigo 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um
mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à redução
das desigualdades regionais.
Parágrafo 3o.