Você está na página 1de 14

2

Sumário ALÔ, VOCÊ!


AGENTES PÚBLICOS ............................................................................. 3 Este é um material de
ESPÉCIES .......................................................................................... 3 acompanhamento de Aulas
AGENTES POLÍTICOS ............................................................................ 3 Gratuitas transmitidas pelo
AlfaCon em seu Canal
SERVIDORES PÚBLICOS .................................................................... 4
Oficial no
PARTICULARES EM COLABORAÇÃO................................................. 5
Somos mais de 1 Mihão de
CARGO EM COMISSÃO E FUNÇÃO DE CONFIANÇA ......................... 5
inscritos!
CONCURSO PÚBLICO ....................................................................... 7
Inscreva-se para receber o
VAGAS PREVISTAS NO EDITAL E DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO
melhor conteúdo para
......................................................................................................... 7
concursos públicos!
JURISPRUDÊNCIAS RELEVANTES ...................................................... 9
EXERCÍCIOS ........................................................................................ 11
Gabarito ............................................................................................. 13

Conheça também

http://bit.ly/FabricadeValores
3

SESSÃO DA TARDE
Direito Administrativo | Thállius Moraes

AGENTES PÚBLICOS
A lei 8.429/92, em seu art. 2º, define os agentes públicos como toda pessoa natural que esteja
ligada de alguma forma com a Administração Pública, podendo ser este vínculo permanente ou
transitório, remunerado ou não.

Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades
mencionadas no artigo anterior.

ESPÉCIES
 Agentes Políticos
 Servidores Públicos
 Particulares em Colaboração

AGENTES POLÍTICOS
Os agentes políticos exercem uma função pública (munus publico) de alta direção do Estado.
Principais Características:
 Mais alto escalão;
 São submetidos a algumas regras diferentes das aplicáveis aos servidores em geral;
 Competências hauridas diretamente da CF.

São considerados agentes políticos:


1) Chefes do Executivo (Presidente da República, Governadores e Prefeitos) e seus auxiliares
imediatos (ministros, secretários estudais e municipais).
2) Membros do Poder Legislativo (Senadores, Deputados e Vereadores).
3) Prevalece que Magistrados e os membros do Ministério Público também são
considerados Agentes Políticos, embora possuam algumas características diferentes das
acima narradas.

Central de Vendas (WhatsApp) → 45 9 9856-2827 | 45 9 946-2194

Sede em Cascavel/PR → 45 3037-8890 | WhatsApp 45 9 9136-9764

Sede em São Paulo/SP → 11 3905-2900 | WhatsApp 11 9 6352-0355


4

SERVIDORES PÚBLICOS
Os servidores públicos, também chamados de agentes administrativos por uma parcela da
doutrina, representam a grande massa do serviço público. A atividade exercida por eles tem
natureza profissional e remunerada, estando submetidos ao regime jurídico adotado pelo ente
federado do qual façam parte. São divididos em 3 grupos: Estatutários, Empregados Públicos,
Temporários.

1) ESTATUTÁRIOS
É o regime comum de contratação de agentes públicos pela Administração Direta, Autarquias
e Fundações Públicas. No âmbito Federal, o regime de cargo público vem disciplinado pelo Estatuto
do Servidor Público Federal – Lei nº 8.112/1990.
Assim, o vínculo desse servidor com a Administração Pública possui natureza estatutária. Eles são
titulares de cargos públicos (provimento efetivo ou em comissão) e exercem uma função pública.
Apenas os titulares de cargo de provimento efetivo é que estão sujeitos ao estágio probatório e que
adquirem estabilidade. Ingressam no serviço público por meio de concurso público de provas ou de provas e
títulos.
Já os cargos em comissão são de livre nomeação e exoneração ("ad nutum"), não estando sujeitos ao
estágio probatório, mas também não adquirem estabilidade.

2) EMPREGADOS PÚBLICOS (servidor celetista)


Nessa categoria, estão os servidores ligados à Administração Pública por um vínculo contratual
trabalhista, sendo regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Desse modo, também podem ser
chamados de "celetistas". Apesar de também ingressarem através de concurso público (exigência do art. 37
da CF), não passam pelo estágio probatório e também não adquirem estabilidade no serviço público (pois a
estabilidade é exclusiva de cargo efetivo, conforme rege o art. 41 da CF), sendo titulares de um emprego
público.
É o regime adotado para contratação de agentes pelas Empresas Públicas e Sociedades de Economia
Mista.
Encontramos no art. 37, II da CF, as regras básicas para o preenchimento de cargos públicos e
empregos públicos:
Art. 37, II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade
do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;

3) TEMPORÁRIO
Nessa categoria, os servidores são contratados para atender uma necessidade temporária de
excepcional interesse público. Eles exercem apenas uma função pública temporária.
Não possuem nem cargo nem emprego público. Seu vínculo com a Administração Pública é de natureza
contratual (faz jus ao previsto nesse contrato e também aos direitos básicos dos trabalhadores previstos no
art. 7º da CF). Exemplos: professor substituto, recenseamento, agentes de combate à dengue, etc.

Central de Vendas (WhatsApp) → 45 9 9856-2827 | 45 9 946-2194

Sede em Cascavel/PR → 45 3037-8890 | WhatsApp 45 9 9136-9764

Sede em São Paulo/SP → 11 3905-2900 | WhatsApp 11 9 6352-0355


5

O temporário não precisa ser contratado obrigatoriamente mediante concurso público, sendo possível
essa contratação por meio de um processo seletivo simplificado (PSS), que reflete uma forma mais simples
de seleção.
A contratação de temporários pode ser feita tanto no âmbito da administração direta quanto no da
indireta, desde que preenchidos os requistos legais.

PARTICULARES EM COLABORAÇÃO
Os particulares em colaboração com a Administração constituem uma classe de agentes
públicos, em regra, sem vinculação permanente e sem remuneração com o Estado. Para fins de
prova podemos classificar em três categorias: Agentes Honoríficos, Delegatários de Serviço Público,
Agentes Credenciados.

1) AGENTES HONORÍFICOS
São particulares que desempenham função especial de natureza pública. Exercem uma
atividade de caráter transitório e não remunerado. Os agentes honoríficos são chamados por alguns
autores de agentes particulares em colaboração com o poder público. São equiparados a
funcionário público para fins penais. São exemplos de agentes honoríficos o mesário eleitoral e o
jurado do tribunal do júri.

2) DELEGATÁRIOS DE SERVIÇO PÚBLICO


Trata-se de particulares que recebem a incumbência de exercer atividade, obra ou serviço,
por sua conta e risco e em nome próprio. Apesar de não existir hierarquia, estão sob permanente
fiscalização do poder concedente. É uma forma de descentralização por delegação (transfere apenas
a execução dessas atividades). São os concessionários, permissionários e autorizatários de serviços
públicos.
De acordo com o STF, os notários e registradores são considerados particulares em
colaboração, pois exercem uma função pública delegada pelo Poder Público, em seu próprio nome,
muito embora hoje prevaleça a exigência de concurso público para o preenchimento dessas
funções.

3) AGENTES CREDENCIADOS
São particulares que recebem a tarefa de representar a administração em alguma atividade
específica ou de praticar ato determinado, mediante remuneração do poder público credenciante.

CARGO EM COMISSÃO E FUNÇÃO DE CONFIANÇA


Em ambas as situações, temos o livre preenchimento e a livre dispensa a critério da autoridade
competente (não precisa de concurso, assim como a dispensa também pode ser feita livremente). Do mesmo
modo, tanto no cargo em comissão, quanto na função de confiança, encontramos funções de direção, chefia

Central de Vendas (WhatsApp) → 45 9 9856-2827 | 45 9 946-2194

Sede em Cascavel/PR → 45 3037-8890 | WhatsApp 45 9 9136-9764

Sede em São Paulo/SP → 11 3905-2900 | WhatsApp 11 9 6352-0355


6

ou assessoramento, que serão desempenhadas por seus titulares (é diferente de um cargo efetivo, que se
presta ao desempenho de atribuições técnicas)
A diferença reside nas pessoas que podem ocupar o cargo em comissão e a função de confiança. Nos
termos da CF, as funções de confianças serão exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo
efetivo, enquanto os cargos em comissão poderão ser desempenhados por servidores titulares de cargos
efetivos ou não, isto é, em alguns casos, teremos cargos em comissão sendo preenchidos por particulares (já
as funções de confiança somente podem ser preenchidas por servidores efetivos).
A Constituição Federal também estabelece que os cargos comissionados serão preenchidos por
servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei.
Art. 37, V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo
efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos,
condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção,
chefia e assessoramento.

CARGO PÚBLICO EFETIVO E EMPREGO PÚBLICO


 Desempenho de atribuições técnicas
 Preenchidos exclusivamente mediante aprovação em concurso público

CARGO EM COMISSÃO:
 Livre nomeação e exoneração
 Atribuições de direção, chefia e assessoramento
 Preenchido por servidores efetivos ou não (lei definirá condições e percentuais mínimos)

FUNÇÃO DE CONFIANÇA:
 Livre escolha e dispensa
 Atribuições de direção, chefia e assessoramento
 Preenchidas exclusivamente por servidores efetivos (titulares de cargo efetivo)

SÚMULA VINCULANTE 13 DO STF (VEDAÇÃO DO NEPOTISMO)

O STF, em prol da observância dos princípios da moralidade e da impessoalidade, trouxe a proibição da prática
ao nepotismo, que é a escolha de pessoas com determinado grau de parentesco para o desempenho de atribuições cujo
preenchimento é feito sem concurso público (cargos em comissão e função de confiança).

A NOMEAÇÃO DE CÔNJUGE, COMPANHEIRO OU PARENTE EM LINHA RETA, COLATERAL OU POR


AFINIDADE, ATÉ O TERCEIRO GRAU, INCLUSIVE, DA AUTORIDADE NOMEANTE OU DE SERVIDOR DA
MESMA PESSOA JURÍDICA INVESTIDO EM CARGO DE DIREÇÃO, CHEFIA OU ASSESSORAMENTO, PARA
O EXERCÍCIO DE CARGO EM COMISSÃO OU DE CONFIANÇA OU, AINDA, DE FUNÇÃO GRATIFICADA
NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA EM QUALQUER DOS PODERES DA UNIÃO, DOS
ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS MUNICÍPIOS, COMPREENDIDO O AJUSTE MEDIANTE
DESIGNAÇÕES RECÍPROCAS, VIOLA A CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

Vale ressaltar que no caso de nomeação para cargo público efetivo não há qualquer problema, pois o ingresso se deu
por meio de concurso público (e não por livre escolha da autoridade administrativa).

Principais características da súmula vinculante 13:

 Dirigida para cargo em comissão e função de confiança


 Alcança cônjuge, companheiro e parentes até 3º grau

Central de Vendas (WhatsApp) → 45 9 9856-2827 | 45 9 946-2194

Sede em Cascavel/PR → 45 3037-8890 | WhatsApp 45 9 9136-9764

Sede em São Paulo/SP → 11 3905-2900 | WhatsApp 11 9 6352-0355


7

 Aplicada tanto para a Administração Direta (dos 3 poderes) quanto para a Indireta

Assim, parentes como tios e sobrinhos, por serem de 3º grau, estão enquadrados na vedação. Primo já é parente
de 4º grau, não havendo, nesse caso, óbice para a nomeação em cargo em comissão ou função de confiança.

Entretanto, conforme Jurisprudência do STF, essa proibição não alcança cargos políticos, como os secretários
estaduais e municipais, que podem ser preenchidos pelo cônjuge, companheiro ou demais parentes, Exemplo, o prefeito
que nomeia seu irmão como secretário de obras do município.

CONCURSO PÚBLICO
Conforme rege a Constituição Federal de 1988, a aprovação prévia em concurso público é uma
condição indispensável para o preenchimento de cargos públicos efetivos e empregos públicos.
O concurso público consistirá em um exame de provas ou de provas e títulos.
O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período
(a não observância dessas regras para o preenchimento de cargos públicos efetivos e de empregos públicos
implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei).
A CF prevê que aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado
com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira. Assim, de acordo com
o expresso na Constituição Federal, caso sejam realizados dois concursos, os aprovados dentro do primeiro
terão prioridade para nomeação sobre os aprovados no segundo concurso (isso caso os dois concursos
estejam dentro do prazo de validade).

VAGAS PREVISTAS NO EDITAL E DIREITO SUBJETIVO À


NOMEAÇÃO
De acordo com a Jurisprudência do STF, os candidatos aprovados dentro das vagas têm direito
subjetivo à nomeação durante o prazo de validade do concurso, de modo a garantir-se o respeito à segurança
jurídica, sob a forma do princípio de proteção à confiança.
"Dentro do prazo de validade do concurso, a Administração poderá escolher o momento no qual
se realizará a nomeação, mas não poderá dispor sobre a própria nomeação, a qual, de acordo
com o edital, passa a constituir um direito do concursando aprovado e, dessa forma, um dever
imposto ao poder público. Uma vez publicado o edital do concurso com número específico de
vagas, o ato da Administração que declara os candidatos aprovados no certame cria um dever
de nomeação para a própria Administração e, portanto, um direito à nomeação titularizado pelo
candidato aprovado dentro desse número de vagas." (RE 598099, Relator Ministro Gilmar
Mendes, Tribunal Pleno, julgamento em 10.8.2011, DJe de 3.10.2011, com repercussão geral -
tema 161.

SITUAÇÕES QUE EXCEPCIONAM O DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO


Importante ressaltar que esse direito não é absoluto, pois, em situações excepcionais, pode ocorrer
de nem mesmo os aprovados dentro das vagas serem nomeados.

Central de Vendas (WhatsApp) → 45 9 9856-2827 | 45 9 946-2194

Sede em Cascavel/PR → 45 3037-8890 | WhatsApp 45 9 9136-9764

Sede em São Paulo/SP → 11 3905-2900 | WhatsApp 11 9 6352-0355


8

Esse é o entendimento do próprio STF reconhece que, em virtude do princípio da supremacia do


interesse público sobre o privado, ocorrendo situações excepcionais, relevantes, supervenientes,
imprevisíveis e extraordinárias, nem mesmo os aprovados dentro das vagas teriam direito a nomeação.
"Quando se afirma que a Administração Pública tem a obrigação de nomear os aprovados dentro
do número de vagas previsto no edital, deve-se levar em consideração a possibilidade
de situações excepcionalíssimas que justifiquem soluções diferenciadas, devidamente
motivadas de acordo com o interesse público. Não se pode ignorar que determinadas situações
excepcionais podem exigir a recusa da Administração Pública de nomear novos servidores. Para
justificar o excepcionalíssimo não cumprimento do dever de nomeação por parte da
Administração Pública, é necessário que a situação justificadora seja dotada das seguintes
características: a)Superveniência : os eventuais fatos ensejadores de uma situação excepcional
devem ser necessariamente posteriores à publicação do edital do certame público;
b) Imprevisibilidade : a situação deve ser determinada por circunstâncias extraordinárias,
imprevisíveis à época da publicação do edital; c) Gravidade : os acontecimentos extraordinários
e imprevisíveis devem ser extremamente graves, implicando onerosidade excessiva, dificuldade
ou mesmo impossibilidade de cumprimento efetivo das regras do edital; d) Necessidade : a
solução drástica e excepcional de não cumprimento do dever de nomeação deve ser
extremamente necessária, de forma que a Administração somente pode adotar tal medida
quando absolutamente não existirem outros meios menos gravosos para lidar com a situação
excepcional e imprevisível. De toda forma, a recusa de nomear candidato aprovado dentro do
número de vagas deve ser devidamente motivada e, dessa forma, passível de controle pelo
Poder Judiciário." (RE 598099, Relator Ministro Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, julgamento em
10.8.2011, DJe de 3.10.2011, com repercussão geral - tema 161)
Assim, no que se refere aos aprovados dentro das vagas:
 Regra: Direito subjetivo à nomeação
 Exceção: Não tem direito à nomeação (ocorrendo situações excepcionais)

HIPÓTESE DE DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO DE CANDIDATOS


APROVADOS FORA DO NÚMERO DE VAGAS
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal também prevê algumas situações específicas, em que
mesmo os aprovados fora das vagas possuiriam direito subjetivo à nomeação:
1) Quando houver preterição na nomeação por não observância da ordem de classificação.
2) Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do certame
anterior, e ocorrer a preterição de candidatos de forma arbitrária e imotivada por parte da administração
nos termos acima.
"A tese objetiva assentada em sede desta repercussão geral é a de que o surgimento de novas
vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo cargo, durante o prazo de validade do
certame anterior, não gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos aprovados
fora das vagas previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de preterição arbitrária e imotivada
por parte da administração, caracterizadas por comportamento tácito ou expresso do Poder
Público capaz de revelar a inequívoca necessidade de nomeação do aprovado durante o período
de validade do certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo candidato. Assim, a
discricionariedade da Administração quanto à convocação de aprovados em concurso público
fica reduzida ao patamar zero (Ermessensreduzierung auf Null), fazendo exsurgir o direito
subjetivo à nomeação, verbi gratia, nas seguintes hipóteses excepcionais: i) Quando a aprovação

Central de Vendas (WhatsApp) → 45 9 9856-2827 | 45 9 946-2194

Sede em Cascavel/PR → 45 3037-8890 | WhatsApp 45 9 9136-9764

Sede em São Paulo/SP → 11 3905-2900 | WhatsApp 11 9 6352-0355


9

ocorrer dentro do número de vagas dentro do edital (RE 598.099); ii) Quando houver preterição
na nomeação por não observância da ordem de classificação (Súmula 15 do STF); iii) Quando
surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do certame anterior, e
ocorrer a preterição de candidatos aprovados fora das vagas de forma arbitrária e imotivada
por parte da administração nos termos acima." (RE 837311, Relator Ministro Luiz Fux, Tribunal
Pleno, julgamento em 9.12.2015, DJe de 18.4.2016, com repercussão geral - tema 784)
3) desistência de candidato melhor posicionado e inclusão de candidato dentro do número de vagas
O STF entende que no caso de desistência, o candidato aprovado fora das vagas, mas que agora passa
a figurar dentro das mesmas, também possui direito subjetivo à nomeação.

JURISPRUDÊNCIAS RELEVANTES
SÚMULA VINCULANTE 44
Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.

PROVA DE TÍTULOS
Entende o STF que a prova de títulos tem caráter meramente classificatório, não podendo tal etapa
possuir caráter eliminatório.

TATUAGEM
De acordo com o entendimento do STF, editais de concurso público não podem estabelecer restrição
a pessoas com tatuagem, salvo situações excepcionais, em razão de conteúdo que viole valores
constitucionais.

ELIMINAÇÃO DE CANDIDATO QUE ESTEJA RESPONDENDO A INQUÉRITO POLICIAL OU A PROCESSO


PENAL
Conforme entende o STF, a exclusão de candidato inscrito em concurso público pelo fato de haver
contra ele um procedimento penal em andamento (ou mesmo ter sido instaurado um inquérito policial) viola
o princípio constitucional da presunção de inocência (art. 5º, inciso LVII, da CF/88).

CANDIDATA GESTANTE E REMARCAÇÃO DE TESTE DE APTIDÃO FÍSICA (TAF)


O STF julgou é constitucional a remarcação do teste de aptidão física de candidata que esteja grávida
à época de sua realização, independentemente da previsão expressa dessa possibilidade em edital do
concurso público. Vale salientar que isso não se estende a candidatos que estejam impedidos
transitoriamente de realizar o TAF por motivos de doença, acidente ou força maior.

ACUMULAÇÃO DE CARGOS
A Constituição Federal estabeleceu que a acumulação remunerada de cargos públicos é vedada. Assim,
temos como regra geral a proibição de que uma pessoa possua mais de um cargo público, de forma
remunerada. Conforme dito, essa vedação estende-se para cargos remunerados, em caso de prestação de
serviços gratuitos (não remunerados), não incide essa proibição.
É importante ressaltar que essa vedação imposta pela Constituição Federal deve ser considerada de
maneira ampla, isto é, ela alcança também empregos públicos e funções públicas, no âmbito de toda a
Administração Pública, estendendo-se para entes da Administração Direta, Indireta (inclusive suas

Central de Vendas (WhatsApp) → 45 9 9856-2827 | 45 9 946-2194

Sede em Cascavel/PR → 45 3037-8890 | WhatsApp 45 9 9136-9764

Sede em São Paulo/SP → 11 3905-2900 | WhatsApp 11 9 6352-0355


10

subsidiárias) e também para sociedades que sejam controladas pelo poder público (de forma direta ou
indireta).
Assim, essa proibição de acumular abrange autarquias, fundações públicas, empresas públicas,
sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo
poder público.
São comum questões com "pegadinhas", que tentam excluir dessa vedação os empregos públicos, as
empresas públicas e sociedades de economia mista, o que torna as assertivas falsas, conforme vimos acima.

Entretanto, embora a regra seja a vedação à acumulação remunerada de cargos públicos, a própria
Constituição Federal elencou situações em que a acumulação será permitida, mas somente se existir
compatibilidade de horários.
Desse modo, existindo compatibilidade de horários, as seguintes hipóteses de acumulação são
possíveis:
 de dois cargos de professor;
 de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
 de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas (como por exemplo cargos de médico, de enfermeiro ou de veterinário).

Nessas situações a pessoa poderá cumular dois cargos públicos, recebendo por ambos os cargos.
Prevalecia o entendimento de que a soma das remunerações percebidas por esses cargos estaria submetida
ao teto constitucional. Contudo, o STF entendeu recentemente que o teto incide sobre cada vínculo de forma
separada, considerando cada cargo de forma individual, e não pela soma das remunerações desses dois
cargos.

SERVIDOR PÚBLICO E MANDATO ELETIVO


A Constituição Federal tratou expressamente da possibilidade das situações de exercício de mandato
eletivo por servidores públicos no seu artigo 38.
Assim, a CF assegura aos servidores o direito de concorrerem e de exercerem um mandato eletivo,
entretanto, com algumas ressalvas. Vale salientar que essas observações se referem aos servidores da
administração direta, autárquica e fundacional.

Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato


eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
 tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo,
emprego ou função;
 investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe
facultado optar pela sua remuneração;
 investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as
vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo,
e, não havendo compatibilidade, será afastado do cargo (podendo optar pela sua
remuneração).

Desse modo, notamos que a regra é que para o exercício do mandato eletivo, o servidor deve afastar-
se de seu cargo público, salvo se tratar-se de mandato de vereador e existir compatibilidade de horários.
A CF também prevê expressamente que no caso de mandatos eletivos municipais (prefeito e
vereador), o servidor pode fazer a opção por continuar recebendo a sua remuneração (abrindo mão,
portanto, dos subsídios do cargo eletivo).

Central de Vendas (WhatsApp) → 45 9 9856-2827 | 45 9 946-2194

Sede em Cascavel/PR → 45 3037-8890 | WhatsApp 45 9 9136-9764

Sede em São Paulo/SP → 11 3905-2900 | WhatsApp 11 9 6352-0355


11

Em qualquer situação que exigir o afastamento para o exercício de mandato eletivo, o tempo de
serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento.
A CF também dispõe que para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores
serão determinados como se no exercício estivesse.

EXERCÍCIOS
1) Os servidores contratados para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público
estão sujeitos ao mesmo regime jurídico aplicável aos servidores estatutários.

2) Diferentemente dos servidores estatutários e dos empregados públicos, os servidores temporários


não são considerados servidores públicos.

3) As funções de confiança, correspondentes a encargos de direção, chefia ou assessoramento, só


podem ser exercidas por titulares de cargos efetivos.

4) De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), a administração pública está
obrigada a nomear candidato aprovado em concurso público dentro do número de vagas previsto no
edital do certame, ressalvadas situações excepcionais dotadas das características de superveniência,
imprevisibilidade e necessidade.

5) Insere-se na esfera de poder discricionário da administração pública a decisão de incluir o exame


psicotécnico como fase de concurso para provimento de cargos públicos, o que pode ser feito mediante
previsão em edital.

6) A vedação ao acúmulo remunerado de cargos, empregos ou funções públicas não se estende aos
empregados das sociedades de economia mista.

7) Situação hipotética: João, ocupante de cargo efetivo em uma instituição federal de ensino superior,
foi eleito prefeito de município situado no estado de Goiás, em localidade próxima àquela em que exerce
suas atribuições. Assertiva: Nessa situação, ao assumir o mandato, João deverá afastar-se do cargo
federal, ainda que haja compatibilidade de horários, podendo optar entre a remuneração do cargo efetivo
e a do cargo eletivo.

8) Um dos documentos que um servidor público deve assinar quando tomar posse é uma declaração de
que não acumula cargos, funções ou empregos públicos na Administração pública direta ou indireta. Essa
vedação de acumulação, no entanto, tem algumas exceções previstas no inciso XVI do art. 37 da
Constituição Federal. Uma situação de acumulação de cargos PROIBIDA pela Constituição é a de
A) um cargo de professor com outro técnico.
B) dois cargos de professor.
C) dois cargos técnicos.
D) um cargo de professor com outro científico.
E) dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.

Central de Vendas (WhatsApp) → 45 9 9856-2827 | 45 9 946-2194

Sede em Cascavel/PR → 45 3037-8890 | WhatsApp 45 9 9136-9764

Sede em São Paulo/SP → 11 3905-2900 | WhatsApp 11 9 6352-0355


12

9) A expressão agentes públicos é bastante abrangente, compreendendo categorias sujeitas a distintos


regimes jurídicos. Dentre as várias espécies de agentes públicos inserem-se os servidores públicos
estatutários,
A) que ocupam cargos públicos e os empregados públicos, cujo vínculo é pautado na legislação trabalhista,
excluindo-se os servidores temporários, porque não podem se vincular definitivamente à Administração
Pública.
B) que ocupam cargos públicos, os empregados públicos, cujo vínculo é pautado na legislação trabalhista e
os servidores temporários, contratados por tempo determinado, para atender a necessidades temporárias
de excepcional interesse público.
C) celetistas e temporários e os agentes políticos, excluindo-se os particulares em colaboração com o Poder
Público, por não manterem com o Poder Público vínculo empregatício.
D) que ocupam cargos públicos e os servidores temporários, contratados por tempo determinado, excluindo-
se os empregados públicos, por não se submeterem a concurso público.
E) celetistas e temporários e os particulares em colaboração com o Poder Público, excluindo-se os agentes
políticos, porque foram investidos por eleição nos respectivos cargos.

10) A Constituição Federal estabeleceu o concurso público como exigência ao ingresso na Administração
pública objetivando igualar, da melhor forma possível, as oportunidades de acesso às vagas disponíveis
no serviço público. A partir dessa afirmativa, é correto afirmar:
A) A regra do concurso público incide no acesso aos cargos de provimento efetivo, não alcançando o
procedimento de contratação pela CLT levado a efeito pela Administração pública, que, neste caso, está
obrigada a realizar processo de seleção simplificado.
B) O servidor que tenha originalmente ingressado na Administração pública por concurso público pode ser
alçado a cargo de outra carreira sem que, com isso, haja ofensa ao princípio do concurso público, o que se
denomina provimento por derivação.
C) É exceção à regra do concurso público a nomeação para cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração, bem como os casos de contratação por tempo determinado para atender
necessidade temporária de excepcional interesse público.
D) É exceção à regra da prévia aprovação em concurso público de provas e de provas e títulos o provimento
de emprego público em autarquias, porquanto estas integram a Administração pública indireta, que realiza
concurso baseado unicamente em títulos.
E) A exigência constitucional do concurso público aplica-se inclusive ao provimento de cargos em comissão,
razão porque os servidores comissionados, a partir da Constituição Federal de 1988, são dotados de
estabilidade.

Central de Vendas (WhatsApp) → 45 9 9856-2827 | 45 9 946-2194

Sede em Cascavel/PR → 45 3037-8890 | WhatsApp 45 9 9136-9764

Sede em São Paulo/SP → 11 3905-2900 | WhatsApp 11 9 6352-0355


13

Gabarito
Divulgado durante o evento

Central de Vendas (WhatsApp) → 45 9 9856-2827 | 45 9 946-2194

Sede em Cascavel/PR → 45 3037-8890 | WhatsApp 45 9 9136-9764

Sede em São Paulo/SP → 11 3905-2900 | WhatsApp 11 9 6352-0355


14

Central de Vendas (WhatsApp) → 45 9 9856-2827 | 45 9 946-2194

Sede em Cascavel/PR → 45 3037-8890 | WhatsApp 45 9 9136-9764

Sede em São Paulo/SP → 11 3905-2900 | WhatsApp 11 9 6352-0355

Você também pode gostar