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INSTITUTO SUPERIOR POLITECNICO DE TECNOLOGIAS E

CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
GESTÃO DE EMPRESAS

TRABALHO DE GRH

LUANDA
2023
1
ENGRÁCIA FRANCISCO GONÇALVES

REGIME JURÍDICO DAS INSTITUIÇÕES

Trabalho apresentado ao curso de Gestão de Empresas do Instituto


Superior de Tecnologias e Ciências como avaliação na disciplina
de Gestão de Recursos Humanos.
Orientador: Celso da Silva.

LUANDA
2023

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INDÍCE
INTRODUÇAO .......................................................................................................................................... 8
OBJECTIVOS GERAIS ................................................................................................................................ 9
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS........................................................................................................................ 9
1-Deveres, direitos, liberdade e garantias dos funcionários............................................................. 10
Deveres (Ar ........................................................................................................................................ 10
1.Os funcionários tem ,dentre outros ,os seguintes deveres: .......................................................... 10
Direitos, liberdade e garantias ......................................................................................................... 11
Direitos .............................................................................................................................................. 11
2-Regime de constituição, modificação e extinção da relação jurídica laboral na função publica. . 11
Constituição....................................................................................................................................... 11
Modificação da relação ..................................................................................................................... 12
Extinção da relação jurídica .............................................................................................................. 12
Causas de extinção aplicáveis ao pessoal em regime de contrato ................................................... 13
3-Principios sobre o recrutamento e seleção de candidatos ............................................................ 13
Concurso de ingresso ........................................................................................................................ 14
Concurso de acesso ........................................................................................................................... 14
Tipologia de quadros de pessoal em razão da carreira..................................................................... 14
5-Princípios sobre os exercícios de cargos de direção e chefia ........................................................ 15
6-Regime de prestação de trabalho ............................................................................................. 15
Horário contínuo ........................................................................................................................... 15
Tempo de trabalho ........................................................................................................................ 16
Teletrabalho .................................................................................................................................. 16
7-Principios sobre a gestão de desempenho ................................................................................ 17
A gestão de desempenho rege-se pelas seguintes princípios....................................................... 17
8-Regime das faltas, férias e licenças ............................................................................................ 17
Tipos de faltas ............................................................................................................................... 17
Justificação de faltas ..................................................................................................................... 18
Faltas justificadas .......................................................................................................................... 18
Faltas injustificadas ....................................................................................................................... 18
Faltas por falecimento................................................................................................................... 18
Faltas por cumprimento de obrigações ........................................................................................ 18
Faltas para provas escolares ......................................................................................................... 18
Faltas por acidente, doença ou assistência. .................................................................................. 18
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Faltas para atividades culturais ou desportivas. ........................................................................... 18
Faltas por atividade sindical ou de representação dos funcionários ............................................ 18
Faltas autorizadas ......................................................................................................................... 18
Efeitos das faltas injustiçadas........................................................................................................ 18
As faltas injustificadas ................................................................................................................... 18
Efeitos das faltas na duração das férias . ...................................................................................... 19
Férias . ........................................................................................................................................... 19
Finalidade e garantia do direito a férias........................................................................................ 19
Duração ......................................................................................................................................... 19
Redução das férias ........................................................................................................................ 19
Férias em caso de cessação definitiva de funções ........................................................................ 20
Férias no controlo de trabalho publico ......................................................................................... 20
Gozo de férias................................................................................................................................ 20
Adiantamento ou suspensão do gozo de férias ............................................................................ 20
Remuneração de férias por cessão do contrato ........................................................................... 20
Violação do direito a férias............................................................................................................ 20
Pausa laboral colectiva .................................................................................................................. 20
Licenças ......................................................................................................................................... 20
Tipos de licença ............................................................................................................................. 20

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INTRODUÇAO

Regime é aquele sistema que estabelece e regula o funcionamento de algo. Jurídico,


por sua vez, é aquilo que está vinculado ao direito.
Entende-se por Administração Pública o sistema de órgãos, serviços e agentes do
Estado, bem como das demais pessoas colectivas públicas, que asseguram em nome da
colectividade a satisfação regular e contínua das necessidades colectivas de segurança, cultura
e bem-estar, obtendo para o efeito os recursos mais adequados e utilizando as formas mais
convenientes. Em sentido material ou em sentido objectivo, é uma actividade regular,
permanente e contínua dos poderes públicos com vista à satisfação de necessidades colectivas.
A administração pública e a administração privada distinguem-se pelo fim que visam
atingir, pelo objecto sobre que incidem, e pelos meios que utilizam.
Quanto ao fim, a administração pública tem necessariamente de prosseguir sempre um
interesse público, ao invés da administração privada não tem obrigatoriedade e visa a atingir a
maioria das vezes, fins pessoais ou particulares.
O regime jurídico aplicável para o pessoal das empresas publica e privadas é o
estabelecido na Lei nº.7/15 de junho da Lei Geral do Trabalho.

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OBJECTIVOS GERAIS
Compreender o regime jurídico das instituições nas empresas públicas e privadas.

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
Descrever os elementos constituintes Do regime jurídico das instituições aplicáveis
para o pessoal nas empresas públicas e privadas.

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O regime jurídico aplicável para o pessoal das empresas publica e privadas é o
estabelecido na Lei nº.7/15 de junho da Lei Geral do Trabalho, com a exceção de funcionário
públicos que exercem sua função na administração pública, um instituto publico ou outro
organismo do estado nos termos do nº 1 do artigo 1 e da alínea f) do artigo 2º, ambos da Lei
Geral do trabalho.
De (acordo a Lei nº 26/22 de 22 de Agosto Lei de bases da função publica nos artigos
nº 2 alínea a até f) a presente Lei estabelece os princípios e normas respeitantes ao regime
laboral da função Publica aplicável nas empresas TAAG, INADEC, ACADEMIA
SONANGOL E ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS DA EMIS

1-Deveres, direitos, liberdade e garantias dos funcionários


São deveres do funcionários exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
observar as normas legais e regulamentos; cumprir as ordens superiores, exceto quando
manifestamente ilegais; atender com presteza o público em geral; levar ao conhecimento da
autoridade superior irregularidade de que tiver conhecimento em razão do cargo que ocupa.

Deveres (Artigo 47º)

1. Os funcionários tem ,dentre outros ,os seguintes deveres:


a) Dever de respeito aos símbolos nacionais e instituições publicas que consiste
em observar e respeitar as normas de utilização dos símbolos nacionais, bem como das
instituições publicas.
b) Dever de proteger os dados pessoais dos cidadãos – que consiste em observar o
disposto na legislação especifica aquelas que tomem contacto com os dados pessoais dos
cidadãos em virtude das funções que exercem
c) Dever de obediência – que consiste em observar e fazer rigorosamente a
constituição as leis, os regulamentos e cumprir as ordens ou instruções escritas ou verbais dos
seus legítimos superiores hierárquicos em matéria de serviço
d) Dever de lealdade- que consiste em desempenhar as suas funções em
subordinação aos objetivos do serviço e na perspectiva da prossecução do interesse publico
e) Dever de neutralidade ou de isenção- que consiste na actuaçao com
imparcialidade politica, econômica, social de qualquer outra índole no desempenho de suas
funções.

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Direitos, liberdade e garantias (artigo 8º)
No exercício das suas funções, os funcionários públicos gozam dos direitos, liberdades
e garantias previstas na constituição e na lei.

Direitos (artigo 9º)


Os funcionários gozam dentre outros, dos seguintes direitos.
a) Desempenho efectivo das funções ou tarefas próprias da sua respectiva carreira
e a de acordo com a evolução alcançada na sua carreira profissional
b) Progresso ou promoção na carreira profissional segundo os princípios de
mérito e nível acadêmico ou profissional, mediante a implementação de sistema objetiva e
transparente de avaliação de desempenho.
c) Percepçao de justa remuneração pelo serviço prestado.
d) Formação profissional inicial e continua.
e) Reparação e indemnização por danos sofridos por motivo de serviço.
f) Participação na prossecução dos objetivos atribuídos a unidade organizacional
onde prestam seus serviços, bem como a informação pelos seus imediatos superiores
hierárquicos de tarefas e de trabalhos e trabalho a desempenhar.
g) Protecçao eficaz em matéria de segurança, higiene e saúde no trabalho, nos
termos da lei.
h) Gozo de férias e licenças.
i) Regime de protecçao social que lhes garantam a si e aos seus familiares,
assistência e previdência social nos termos da lei.
j) Respeito da sua intimidade, imagem e dignidade no trabalho.
k) Ser tratado com respeito, consideração e urbanidade pelos superiores
hierárquicos.
l) Consultar o seu processo individual.
m) Não ser punido sem audiência previa em processo disciplinar nos termos lei.
n) Exercer o direito a greve aderir livremente à associações profissionais e
sindicais.

2-Regime de constituição, modificação e extinção da relação jurídica laboral


na função publica.
Constituição (artigo 10º)
1.A relação jurídica laboral na função publica constitui-se com base em acto de
nomeação ou através de contrato de trabalho publico, nos termos estabelecidos na presente lei
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2.O contrato de trabalho publico a que se refere o numero anterior é celebrado a termo
certo, e tem lugar ,ape4nas para o preenchimento de vagas respeitantes a funções transitórias
quando não possa ser assegurado pelo pessoal do quadro definitivo, e que não devem ser
constituído por nomeação nas situações devidamente justificados tais como:
a) Substituição de funcionários ausente, que se encontre temporariamente
impedido de presta serviço por motivos de doença prolongada, mobilidade ou em comissão de
serviço em outro orgão, organismo ou serviço da administração pública.
b) Substituição de funcionário que esteja suspenso por força de um processo
judicial ou disciplinar.
c) Realização de trabalhos sazonais ou casionais de curta duração
d) Realização de forma especializada, estágios profissionais ou curriculares em
organismos e serviços públicos.
e) Desenvolvimento de projectos de investimentos não inseridos na actividades
normais dos orgãos, organismos ou serviços.
f) Realização de necessidades extradionárias ou para a implementação de
projectos ou programas urgentes e prioridades.
Modificação da relação (artigo 19º)
A relação jurídica laboral na função publica constituída por nomeação pode, a todo o
tempo, ser transitoriamente modificada através do destacamento, requisição, interinidade,
substituição, transferência, permuta ou acumulação de funções.

Extinção da relação jurídica laboral


1. A relação jurídica de emprego publico por morte mutuo, demissão, exoneração,
avaliação de desempenho negativa durante o período probatório, por desvinculação do
funcionário publico, para efeito de aposentação, ou por outras causas previstas na lei
2. A exoneração pode ocorrer por iniciativa da entidade publica ou do funcionário
público.
3. A exoneração, por iniciativa da entidade publica ocorre por inadequação do titular
do cargo de direção ou de chefia, em relação ao trabalho ou as exigências próprias do
desenvolvimento das atividades administrativas, comprovada em processo de avaliação de
desempenho.
4. Exoneração, por iniciativa do funcionário público ocorre mediante requerimento
dirigido ao titular da entidade publica.

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5. O pessoal abrangido pelo numero anterior não pode ser readmitido, a qualquer titulo
na função pública, por um período de três anos.
Causas de extinção aplicáveis ao pessoal em regime de contrato
(artigo32º)
A relação jurídica laboral na função publica em regime de contrato de trabalho em
função pública, extingue-se com:
a) Termo de prazo do contrato.
b) Realização do seu objeto.
c) Denúncia.
d) Rescisão.

3-Principios sobre o recrutamento e seleção de candidatos


O concurso é a forma comum de recrutamento de trabalhador para emprego público. O
procedimento de recrutamento é mais amplo do que o do próprio concurso, que realiza a
seleção do trabalhador a recrutar.
O recrutamento depende de pressupostos que são anteriores ao concurso e que se
devem manter após o seu termo. Trata-se, por um lado, de condições objetivas (de
possibilidade) do recrutamento. Por outro lado, trata-se de condições subjetivas, que
respeitam aos requisitos que os candidatos devem reunir para serem trabalhadores públicos. É
o procedimento de recrutamento que nos ocupa, num primeiro momento, na dupla vertente
enunciada.
O direito de acesso à função pública é o direito a um procedimento justo de seleção e
recrutamento, corporizado pelo e no concurso. A justeza deste procedimento tem duas
vertentes essenciais:
Decreto presidencial nº 102/11 de 23 de Maio o presente diploma estabelece os
princípios gerais sobre o recrutamento e seleção na administração publica.
De acordo o artigo 3 nº 1 do decreto presidencial sobre o recrutamento e seleção na
administração publica obedecem os seguintes princípios :
a) Liberdade à candidatura.
b) Igualdades de condições e de oportunidade para todos os candidatos.
c) Divulgação dos métodos e provas a utilizar e respectivo sistema de classificação.
d) Objectividades dos métodos de avaliação.
e) Neutralidade do júri.
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f) Direito ao recurso.
Na função publica existe dois tipos de concurso segundo o artigo 36º, os concursos
podem ser de ingresso ou de acesso.
Concurso de ingresso (artigo 37º)
1. O concurso de ingresso visa o preenchimento de vaga para a categoria de inicio da
carreira, e pode ser interno ou externo.
Concurso de acesso (artigo 38º)
1. O concurso de acesso destina-se ao preenchimento de vaga na categoria
imediatamente superior da mesma carreira.
2. Ao concurso de acesso candidatam-se apenas os funcionários do quadro com
provimento definitivo.
4-Princípios sobre a estruturação de carreiras (artigo 46º)
As regras sobre a composição, estruturação bem como dos requisitos gerais e
específicos para as carreiras são estabelecidas por actos normativos.
Segundo o artigo 46º nº1 do decreto presidencial decreto presidencial nº 26/22 de 22
de Agosto
1. Os quadros de pessoal devem estar agrupados da seguinte forma:
a) Pessoal de direção e chefia.
b) Pessoal técnico superior.
c) Pessoal técnico.
d) Pessoal técnico médio.
e) Pessoal técnico administrativo.
f) Pessoal auxiliar.
2. Quando e tratar de carreiras de regime especial, o agrupamento de pessoal nos
respectivos quadros podem ser efectivadas com as necessárias adaptações.
3. Os quadros de pessoal devem ainda ser estruturados de acordo com as necessidades
permanentes dos serviços, não podendo o numero de lugares década categoria exceder o da
categoria imediatamente inferior.
Tipologia de quadros de pessoal em razão da carreira (artigo 47º)
O pessoal da função publica pode ser organizado em quadro de pessoal comum ou de
carreia de regime geral, especial e quadro temporário, nos termos das alíneas seguintes:

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a) Quadro de pessoal comum ou da carreira de regime geral- quando as categorias ou
cargos pela identidade da natureza ou funções podem ser integrados em qualquer órgão da
administração pública.
b) Quadro de regime especial- quando haja exigência de especialização que apenas
interessa a uns determinados órgãos da administração publica, confirmada pela existência de
carreira de regime especial legalmente aprovada.
c) Quadro temporário- Elenco de lugares distribuídos por cargos de direção, de
consultoria ou de apoio administrativo directo a titulares de cargos políticos.

5-Princípios sobre os exercícios de cargos de direção e chefia


De acordo o artigoº50 decreto presidencial nº 26/22 de 22 de Agosto, nº 1 são funções
de direção e de chefia aqueles que implicam a gestão, a coordenação ou controlo de órgãos
organismos ou serviços públicos.
A nomeação para o exercício de cargo de chefia de direção deve, em regra recair para
os funcionários do quadro definitivo.
A excepcionalmente, o provimento para cargos de direção pode incidir sobre o pessoal
recrutado fora da função publica, mediante o concurso publico, desde que reúna os seguintes
requisitos:
Ter nacionalidade angolana, princípios de liderança exemplar e experiência
profissional comprovada mínima de 10 anos.
Ter aptidões técnicas e profissionais para o exercício do cargo.
Ter habilitações literárias para o exercício do cargo.

6-Regime de prestação de trabalho (Artigo 56º)


O período normal de trabalho na função publica corresponde a 35 horas semanais
sendo 7 horas diárias.

Horário contínuo
1. O período normal de funcionamento dos orgãos, organismos e serviços públicos é
o que vai 8 às 15 horas, de segunda-feira a sexta-feira, em regime de horário continuo
sem prejuízo dos horários especiais.
2. Para efeitos da presente lei, o horário de trabalho dos funcionários coincide com o
período de funcionamento dos respectivos, orgãos, organismos e serviços.
3. Os orgãos e serviços públicos devem proporcionar aos seus funcionários um
período de descanso de pelo menos 45 minutos, considerado, para todos os efeitos ,tempo
de trabalho, sem prejuízo do atendimento permanente aos utentes.
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4. Os orgãos e serviços públicos devem criares apropriadas onde os funcionários
possam recolher-se no período de descanso a que se refere o numero anterior.
5. Nas províncias em que as condições geográficas, climatéricas e laborais o
justifiquem, quer o inicio, como o fim do período de funcionamento, pode ser alterado
por acto normativo especifico, sob proposta do respectivo governador provincial,
observando, em todo o caso, o tempo de trabalho previsto no artigo anterior.

Tempo de trabalho (artigo 58)

1. Considera-se tempo de trabalho qualquer período durante o qual o funcionário ou


trabalhador está a desempenhar a actividade ou permanece adstrito à realização da prestação.

2. Os serviços públicos devem manter um registro que permita apurar o numero de


horas de trabalho prestada pelo funcionário, por dia e por semana, com a indicação da hora de
inicio e do termo do trabalho, bem como dos intervalos efectuados.

3. os limites máximos dos períodos normais do trabalho bem como os intervalos de


descanso são objecto de tratamento em acto normativo especifico.

Teletrabalho (artigo 59)

1. O funcionário público pode realizar as actividades inerentes a função, na totalidade


ou em partes, em regime de teletrabalho, utilizando para o efeito, meios tecnológicos e de
comunicações disponibilizando pelo serviço a que pertence.

2. Os períodos em teletrabalho são considerados, para os devidos efeitos,


nomeadamente relacionados com os períodos de trabalho e de descanso, como equivalentes a
tempo.

3. O horário de realização dos períodos de trabalho em regime de teletrabalho é


estipulado pelo orgãos, organismo ou serviço, em igualdade de circunstancia, com as formas
de prestação de trabalho presencial.

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4. As condições de prestações do serviço publico em regime de teletrabalho são
objecto de regulação em acto normativo.

7-Principios sobre a gestão de desempenho (artigo 60º)


A gestão de desempenho consiste no conjunto de procedimentos relacionados com
definição, acompanhamento, premiação e avaliação de objetivos a alcançar e atividades a
realizar pelas equipas e funcionários, visando a melhoraria continua da eficiência e da eficácia
do desempenho e reforçando a cultura de valorização do mérito e da excelência bem como a
melhoria dos serviços prestados.
A gestão de desempenho rege-se pelas seguintes princípios (artigo 61º)
a) Orientação para resultados –promovendo a excelência e a qualidade do serviço
através da monitorização permanente de objetivos
b) Universalidades – assumindo-se como um sistema transversal a todos os
serviços e grupos de pessoal.
c) Simplicidade- assumindo-se como um instrumento que deve ser compreendido
e utilizado por todos os avaliadores, independentemente do seu nível e área de formação
academiava e profissional .
8-Regime das faltas, férias e licenças (artigo 64º)
1. Considerando-se falta a ausência do funcionário ou trabalhador do local em que
deve desempenhar a atividade durante o período normal de trabalho diário.
2. Nos horários flexíveis, considera-se ainda como falta o período em debito apurado
no final de cada período.
3. As faltas contam-se por dias inteiros, salvos quando a lei estabelece regime
diferente.
Tipos de faltas (artigo 65º)
1. As faltas podem ser justificadas ou injustificadas.
2. São consideradas faltas justificadas as autorizadas pela entidade publica , bem como
as estabelecidas no artigos seguintes da presente lei.
3. São faltas injustificadas as não autorizadas pela entidade publica, bem como aquelas
em relação as quais o funcionários não cumpra as obrigações estabelecidas no artigo seguinte.

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Justificação de faltas (artigo 66º)

Faltas justificadas (artigo 67º)

Faltas injustificadas

Faltas por falecimento (artigo 68º)


As faltas por motivo de falecimento de familiares directos têm os seguintes limites
a) 10 dias uteis, seguidos ou interpolados tratando-se do falecimento do conjugue ou
do companheiro de união de facto, dos pais, filhos, irmãos, e outros membros que
comprovadamente integram o agregado familiar.
b) 5 (cinco) dias uteis, tratando-se do falecimento de tios ,sobrinhos, avos, sogros,
netos, genros e noras.
Faltas por cumprimento de obrigações (artigo 69º)
1. No caso de faltas para cumprimento de obrigações legais, a entidade publica é
obrigada a pagar o salario correspondente as faltas, ate ao limite de 2 dias por mês,
mas não por mais de 8 (oito) dias por ano.
Faltas para provas escolares (artigo 70º)
1. Nos dias de prestação de provas escolares, a entidade publica correspondente deve
autorizar a ausência do funcionário não abrangido no regime do funcionário-
estudante, devendo justificar a ausência mediante prova documental.
2. No regime do funcionário estudante é definido por regulamento próprio.

Faltas por acidente, doença ou assistência (artigo 71º).

Faltas para atividades culturais ou desportivas (artigo72º).

Faltas por atividade sindical ou de representação dos funcionários (artigos 73º)

Faltas autorizadas (artigo74º)

Efeitos das faltas injustiçadas (artigo75º)

As faltas injustificadas
a) perda de remuneração.
b) desconto nas férias do funcionário ou trabalhador.
c) Responsabilização disciplinar.
d) Desconto salarial quando se verifique ausência injustificada na proporção de dois
dias de desconto por cada dia de ausência e um dia de desconto por cada meio-dia, sempre
que coincida com o termino das férias, feriados, tolerâncias de pontos e dias de descanso
semanal.
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Efeitos das faltas na duração das férias (Artigo 76º).

Férias (artigo 77º).


1. O funcionário tem direito, em cada ano civil, a um período de ferias remuneradas.
2. O direito a férias reporta-se ao trabalho prestado no ano civil anterior e vence no dia
1 de Janeiro de cada ano.
3. O direito a férias no ano de admissão vence no dia 1 de Janeiro do ano seguinte,
podendo ser gozadas, apenas, depois de completado seis meses de trabalho efectivo e
reportam-se ao trabalho prestado no ano de demissão.

Finalidade e garantia do direito a férias (artigo78º)


1. O direito a férias destina-se a possibilitar ao funcionário condições de
recuperação física e psíquica de desgaste provocada pela prestação do
trabalho, permitido condições de inteira disponibilidade pessoal, de integração
na vida familiar e de participação social e cultural.
2. O direito a férias é irremunerável e o seu gozo efectivo não pode ser
substituído, fora dos casos expressamente previstos na presente Lei, por qualquer
compensação econômica ou doutra natureza, mesmo a pedido ou com acordo do funcionário
ou trabalhador, sendo nulos os acordos ou actos unilaterais do funcionário ou trabalhador em
sentido contrario.

Duração (artigo 79º)

1. O período de férias é de 22 dias uteis em cada ano não sendo contados, como tal,
os dias de descanso semanal, complementar e de feriados.

Redução das férias (artigos 80º)

O período de férias a que se refere o artigo anterior é objetivo de redução em


consequência de faltas ao trabalho nas condições definidas na presente Lei.

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Férias em caso de cessação definitiva de funções (artigo 81º)

Férias no controlo de trabalho publico (artigo 82º)

Gozo de férias (artigo 83º)

Adiantamento ou suspensão do gozo de férias (artigo 84º)

Remuneração de férias por cessão do contrato (artigo 85º)

Violação do direito a férias (artigos 86º)

Pausa laboral colectiva (artigo 87º)

Licenças (artigo 88º)

Considera-se licença a ausência prolongada do serviço mediante, qual não seja por
motivo de férias.

Tipos de licença (artigo 89º)


A licença pode revestir-se as seguintes modalidades:
a) Licença por doença.
b) Licença parental.
c) Licença por tutela e por adopção.
d) Licença em situação de risco clínico durante a gravidez.
e) Licença por interrupção da gravidez.
f) Licença de boas de prata e de outro.
g) Licença por luto.
h) Licença limitada.
i) Licença ilimitada.

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9-Princípios sobre o sistema retributivo
Remuneração é o conjunto de proventos de natureza pecuniária que os funcionários e
agentes administrativos auferem como correspondente às funções publica que exercem.
Componentes da remuneração (artigo111º)
A remuneração na função publica é composta por:
a) Remuneração-base.
b) Suplementos .
c)Prestações sociais.
d)Comparticipação em multas, receitas e custas.
e)Descontos.

Remuneraçao-base (artigo 112º)


A remuneração–base é determinada pelo grupo correspondente em que está
enquadrado

10-Regime disciplinar dos funcionários


Por imperativo constitucional, a Administração Pública está exclusivamente vinculada
à prossecução do interesse público, do qual se pode dizer que representa a totalidade dos
pontos cardeais por que se deve orientar e pautar a actividade administrativa. Porém, o
interesse público não pode ser prosseguido de toda e qualquer maneira, uma vez que o próprio
texto constitucional impõe como limite a tal actividade e a necessidade de por ela se
respeitarem os direitos e interesses legalmente protegidos. Assim, o poder disciplinar encontra
o seu fundamento no poder de supremacia que a administração Pública possui, sobre os seus
trabalhadores e consiste na prerrogativa desancionar todos os que adoptarem um
comportamento desviante, no que se referir ao exigido e esperado de um trabalhador
normalmente diligente, provocando um prejuízo ao funcionamento, à imagem ou ao prestígio
do serviço. Porém, é inegável que, quer o direito disciplinar quer o poder disciplinar
promovem uma dupla finalidade, pois, por um lado conferem à Administração Pública os
meios para se defender contra as faltas do trabalhador e para assegurar a ordem no interior dos
serviços, por outro lado representam um importantíssimo instrumento de proteção do
trabalhador contra o arbítrio da hierarquia administrativa, oferecendo-lhe um vasto leque de
garantias necessárias .
No entanto, existem algumas teorias que nos levam a
compreender melhor o fundamento do poder disciplinar no sector público.
O procedimento disciplinar é aberto aquando da existência de comportamentos

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impróprios de determinado ou determinados trabalhadores, com vista à aplicação de
sanção ou pena disciplinar, se existir infração ou violação de direitos e deveres pelo
trabalhador.
De acordo o artigo 119º o funcionário ou trabalhador responde disciplinamente perante
os legítimos superiores hierárquicos a que esteja subordinada, pelas infracções que cometam,
nos termos da constituição e da lei.
De acordo o artigo 46º nº 1 o empregador tem o poder disciplinar sobre os
trabalhadores aos seus serviços e exerce-o em relação às infracções disciplinares por estes
cometidos.
Medidas disciplinar (artigo 123º)
a) Admoestação verbal
b) Admoestação registrada
c) Redução temporária do salario
d) Despromoção
e) Demissão
Processo disciplinar (artigo 124º)
1. É nula a aplicação de uma medida disciplinar sem a instauração de um processo
disciplinar em que o funcionário seja notificado para deduzir a sua defesa, exceptuando a
medida de admoestação verbal.

Actos do processo disciplinar


1- O processo disciplinar compreende os seguintes actos:
a) Auto de declaração do participante ou outro documento equipando a participação
b) convocatória do funcionário, contendo os factos detalhados da acusação, a hora ,o
local da entrevista ,a informação de que se pode fazer acompanhar por até duas testemunhas
pertencentes ou não ao serviço a que pertence ou ao sindicato a que esteja filiado
c) Audição do presumível infractor.
d)Nota de acusação da qual conste que o presumível infractor tem prazo de 5 a 15 dias
para apresentar ,querendo , a sua defesa escrita ou oral.
e) Defesa do presumível infractor.
F) Relatório final do instrutor com proposta fundamentada da decisão a tomar pelo
órgão máximo do serviço publico que pertence os funcionários.
g) Despacho de punição ou absolvição exarado pelo órgão competente
h) Notificação do despacho punitivo ou absolutório ao funcionário

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i) Registo de a medida disciplinar
2- Em função da natureza e complexidade do processo outros actos podem tonar-se
necessários, designadamente
a) Auto da declaração de testemunhas eventualmente indicada pelo participante ou
pelo arguido ou que o instrutor julgue convenientes
b) Auto de acareação
c) Peritagem

Circunstâncias agravantes e atenuantes (Artigo 127º)

Registo de a medida disciplinar (Artigo 128º)


1. Exceptuando a admoestação verbal, todas as medidas disciplinares aplicadas devem
ser registradas no processo individual do funcionário ou trabalhador.
Exercício abusivo do poder disciplinar (artigo 129º)
1. Considera-se abusiva e consequentemente nula as medidas disciplinares aplicadas
sem fundamento legal.
Prazo de prescrição e caducidade (artigo 130º)
Sob pena de caducidade de o processo disciplinar e nulidade da medida disciplinar
aplicada ou prescrição da infração disciplinar, o exercício do poder disciplinar está sujeito aos
seguintes prazos:
a) A abertura de o processo disciplinar só pode ter lugar dentro dos 20 dias seguintes
ao conhecimento da infração e do seu presumível responsável
b) A infracção disciplinar prescreve de corrido seis meses sobre a data da sua prática.

No entanto o regime aplicável para as empresas UNITEL, ACADEMIA SONANGOL,


E ISPTEC é o estabelecido na lei nº 7/15 de 15 de Junho Lei Geral do Trabalho .

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CONCLUSAO

De acordo o artigo 1 nº 1 da Lei Geral do Trabalho conclui-se que se aplica a todos os


trabalhadores que no território Angolano Nacional prestam atividade remunerada por conta
dum empregador sob autoridade e direção deste, tais como nas empresas publicas mistas,
privadas ,cooperativas organizacionais sociais, organizações internacionais e nas
representações diplomáticas e consulares.

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Bibliografia
Decreto presidencial, Lei nº 26/22 de 22 de Agosto Lei de bases da função Pública.

http://www.csmj.cv/images/legislacao/Lei_n_102_IV_93_31_12_constituiao_modificaao_extinao_d
a_relaao_juridica_de_emprego_na_administraao_publica.pdf

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