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Teletrabalho no Setor
Público
ABEP-TIC
Out
2020
Objetivo da Cartilha
1
Índice
Objetivo da Cartilha ................................................................................................. 1
Glossário ................................................................................................................. 3
Principais Conceitos ................................................................................................ 6
O que é Teletrabalho?.......................................................................................... 6
E o Home Office? ................................................................................................. 6
Teletrabalho no Setor Público .............................................................................. 7
Teletrabalho e a CLT (Estatais) ......................................................................... 10
Teletrabalho e a Pandemia ................................................................................ 12
Práticas relacionadas ao Teletrabalho .................................................................. 15
Práticas Comuns a todas as Organizações Públicas (Governo e Estatais) ....... 15
Especificidades dos Entes com Personalidade Jurídica de Direito Público ....... 17
Especificidades dos Entes com Personalidade Jurídica de Direito Privado ....... 18
Consolidações e Recomendações ........................................................................ 22
Principais Ameaças (Riscos Negativos) ............................................................. 23
Principais Oportunidades (Riscos Positivos) ...................................................... 24
Cartilha sobre Teletrabalho no Setor Público
2
Glossário
5
Principais Conceitos
O que é Teletrabalho?
Desde 1996, a Convenção nº 177 da Organização Internacional do Trabalho (OIT)
definiu que teletrabalho é a modalidade na qual o trabalho é desempenhado em
casa ou em outro local da escolha do trabalhador, mediante remuneração, e com o
objetivo de desenvolver produto ou serviço conforme especificação do empregador,
independentemente de quem fornecerá equipamentos ou outros materiais.
Ao se deparar com outros termos como trabalho remoto, por exemplo, você estará
diante dessa mesma modalidade de trabalho. Antes da pandemia da Covid-19 era
Cartilha sobre Teletrabalho no Setor Público
E o Home Office?
Nesse caso o termo deixa claro que o trabalhador utiliza como base o ambiente
doméstico, mas essa condição não descaracteriza o teletrabalho. Importante
pontuar que na área jurídica há uma preocupação em diferenciar o home office do
6
teletrabalho. Aparentemente essa questão não está pacificada, mas serve de alerta
para que haja maior segurança jurídica.
Para alguns operadores do direito, em home office todas as obrigações e direitos
do empregador e do empregado são preservados. Segundo João & Gaggini1, por
exemplo, os empregadores devem prover todas as condições necessárias à
realização do trabalho (como se o trabalhador estivesse nas dependências da
organização) e o empregado deve ter sua jornada de trabalho aferida, o que poderia
implicar em pagamento de horas extras.
1
João, Paulo Sérgio & Gaggini, Natália Biondi (2020). Home office e teletrabalho: a importância da
adequação terminológica. Recuperado em 5 de setembro, 2020,
https://www.conjur.com.br/2020-jul-10/joao-gaggini-sobrehome-office-teletrabalho
2
Brasil. (1995). Decreto nº 1.590, de 10 de agosto de 1995. Dispõe sobre a jornada de trabalho dos
servidores da Administração Pública Federal direta, das autarquias e das fundações públicas
federais, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília. Recuperado em 5 de setembro
de 2020 de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d1590.htm
7
3
Brasil. (2020). Instrução Normativa nº 65, de 30 de julho de 2020. Estabelece orientações, critérios
e procedimentos gerais a serem observados pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema de
Pessoal Civil da Administração Federal - SIPEC relativos à implementação de Programa de Gestão.
Recuperado em 5 de setembro de 2020 de https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/instrucao-normativa-
n-65-de-30-de-julho-de-2020-269669395
Como destacado no art. 6º do Decreto 1.590/1995, o órgão/entidade precisa instituir
um programa de gestão e aferir periodicamente os resultados obtidos. Essa
condição, se satisfeita, ampara a dispensa do controle de assiduidade dos
servidores, logicamente em situações nas quais os resultados são satisfatórios para
a organização, sob pena dos servidores retornarem ao regime presencial.
4
Sobratt. Palestra Experiência SERPRO. Recuperado em 5 de setembro 2020 de
http://www.sobratt.org.br/cbt2006/pdf/joselma_oliveira.pdf
5
Goulart, J. O. (2009). Teletrabalho-Alternativa de Trabalho Flexível. São Paulo: Senac.
6
Tribunal de Contas da União (2009). Portaria TCU nº 139, de 9 de março de 2009. Dispõe sobre a
realização de trabalhos do Tribunal fora de suas dependências, a título de experiência-piloto.
Recuperado em 3 de setembro, 2018, de
www.tcu.gov.br/Consultas/Juris/Docs/judoc/PORTN/20090827/PRT2009-139.doc
8 7
Tribunal de Contas da União (2020). Portaria TCU nº 101, de 8 de março de 2019. Dispõe sobre a
realização de teletrabalho por servidores ocupantes de cargos efetivos do Quadro de Pessoal da
Secretaria do Tribunal de Contas da União. Recuperado em 5 de setembro, 2020,
https://portal.tcu.gov.br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?fileId=8A81881F6916EECD01696D22F6A
01D8E&inline=1
1499/20128 e, atualmente, é um dos poderes cuja disseminação da modalidade é
notável.
8
Tribunal Superior do Trabalho (2012). Resolução Administrativa nº 1.499, de 1º de fevereiro de
2012. Regulamenta o teletrabalho no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho e dá outras
providências. Recuperado em 3 de setembro 2018 de
https://juslaboris.tst.jus.br/handle/20.500.12178/19477
9
9
Brasil. (1943). Decreto-Lei nº 5542, de 1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do
Trabalho. Recuperado em 5 de setembro de 2020 de
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm
Trabalho externo: atividades que, em razão da sua natureza, da natureza
do cargo ou das atribuições da unidade que as desempenha, são
desenvolvidas externamente às dependências do órgão ou entidade e cujo
local de realização é definido em função do seu objeto.
Cabe ressaltar que a escolha pelo regime integral ou parcial normalmente é uma
decisão de gestão, pela qual a organização procurará conciliar o interesse da
organização com as preferência ou necessidades dos trabalhadores. Todavia são
comuns os casos, em que a escolha acaba sendo imposta para um atendimento de
uma demanda legal (no caso de portadores de necessidades especiais ou de seus
cuidadores) ou por conta do próprio contexto (teletrabalho no exterior).
10
Brasil (2011). Lei nº 12.551, de 15 de dezembro de 2011. Altera o art. 6º da Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para
equiparar os efeitos jurídicos da subordinação exercida por meios telemáticos e informatizados
à exercida por meios pessoais e diretos. Recuperado em 5 de setembro de 2020 de
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12551.htm
11 11
Brasil. (2017). Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017. Altera o art. 6º da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1º de maio de 1943, para equiparar os
efeitos jurídicos da subordinação exercida por meios telemáticos e informatizados à exercida
por meios pessoais e diretos. Diário Oficial da União, Brasília. Recuperado em 5 de setembro
de 2020 de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/L13467.htm
Teletrabalho e a Pandemia
14
Práticas relacionadas ao Teletrabalho
Práticas Comuns a todas as Organizações Públicas (Governo e
Estatais)
Enquanto as organizações públicas com personalidade jurídica de direito privado
seguem a regulação uniforme da CLT 11, as organizações públicas com
personalidade jurídica de direito público gozam de relativa autonomia para publicar
os seus próprios regulamentos, ressaltando que ambos devem, sempre, observar
os princípios constitucionais.
Alerta de que as atividades devem ser feitas pelo próprio servidor e não
podem ser terceirizadas;
Observação de que a responsabilidade pelo provimento de recursos laborais
(móveis, equipamentos de informática, Internet e outros) é, em regra,
atribuída ao servidor público. No caso do regime privado, a responsabilidade
deverá ser objeto de acordo formal entre o empregador e o empregado;
Possibilidade de realização de teletrabalho pelos gestores ocupantes de
cargos de Direção e Assessoramento.
Cabe ressaltar que é comum que a primeira norma/regulamento mais parecer uma
barreira à implementação, especialmente pelos seguintes fatores:
Por fim, é de extrema importância o cuidado para evitar que esse movimento,
mesmo que devidamente justificado, não anule ou mesmo supere a economia que
serviu como motivação para a própria implantação do teletrabalho, uma vez que
contratações geralmente costumam ser mais econômicas quando feitas de modo
consolidado. Por exemplo, é mais econômico contratar um tronco centralizado de
internet em um prédio do que o equivalente em banda para várias conexões
individuais espalhadas geograficamente.
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Especificidades dos Entes com Personalidade Jurídica de Direito
Privado
Como já explicitado ao longo da Cartilha, as Estatais estão submetidas ao Regime
da CLT, a qual tem uma aplicação uniforme em todo o País, o que facilita, pelo
menos em parte, a normatização do Teletrabalho.
Por sua vez o Art. 75-C da CLT, ilumina uma das questões comuns aos que
almejam implantar o teletrabalho em suas organizações, qual seja, sobre quem
deve recair o ônus da infraestrutura necessária à prestação do teletrabalho. Em vez
de arrematar, a CLT transfere delega a definição para o contrato de trabalho.
Por fim, é importante enfatizar que no Art. 62, inciso III, da CLT, o teletrabalho é
enquadrado como uma das exceções ao regime de controle de jornada de trabalho.
Em outras palavras, e ao contrário do que ainda é comum se praticar nas
organizações privadas, a modalidade de Teletrabalho não deveria estar sujeita a ao
controle rígido de horários de início e fim de jornada de trabalho e de seus
respectivos intervalos.
12
Melo, Sandro Nahmias (2019). Teletrabalho, controle de jornada e direito à desconexão. Revista
20 eletrônica do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, Curitiba, PR, v. 8, n. 75, p. 73-83.
Recuperado em 5 de setembro, 2020,
https://ead.trt9.jus.br/moodle/pluginfile.php/49211/mod_resource/content/1/Revista%20Eletr%
C3%B4nica%20%28FEV%202019%20-%20n%C2%BA%2075%20-
%20Teletrabalho%20e%20a%20Reforma%20Trabalhista%29.pdf
consignada no contrato de trabalho para que o trabalhador tenha ciência de tal
prática (Balan, 2017)13. Em que pese a disposição legal que afasta a proteção à
jornada de trabalho para teletrabalhadores, se houver efetivo controle de horário do
teletrabalhador haverá a possibilidade de enquadramento no capítulo da CLT que
trata desse direito, o que geraria obrigações patronais como o pagamento de horas
extras quando restar comprovado a realização das mesmas (Miziara, 2017)14.
13
Balan, Mariana (2017). Gazeta do Povo. "Até que ponto é permitido ao patrão monitorar os
funcionários? Contrato de trabalho pressupõe confiança de ambas as partes, mas há empresas
que instalam câmeras, fazem revistas e monitoram e-mail e telefone corporativos". Disponível
em https://www.gazetadopovo.com.br/justica/ate-que-ponto-e-permitido-ao-patrao-monitorar-
os-funcionarios-bzihnd96ks9zjd5xup3aekxt3/
21
14
Miziara, Raphael (2017). O novo regime jurídico do teletrabalho no Brasil. O novo regime jurídico
do teletrabalho no Brasil. Revista Eletrônica do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região,
Curitiba, PR, v. 7, n. 62, p. 36-45. Recuperado em 5 de setembro, 2020,
https://juslaboris.tst.jus.br/handle/20.500.12178/116314
● Especialmente em TIC, o foco da gestão do contrato recair sobre a
manutenção do nível de serviço esperado;
● Após a verificação dos pré-requisitos acima, passa a ser uma relação
contratual entre a contratada e seu empregado, não cabendo
interferência (significativa) por parte da contratante;
Juntando-se o fato de que várias das atividades de TIC são passíveis de exercício
remoto, com a comum necessidade de acionamento a qualquer hora face às panes,
e ainda com as janelas de manutenção programada fora de horário comercial, é
fato que a TIC, desde o advento da Internet, vem praticando teletrabalho, mesmo
de forma não-oficial, valendo-se dos mais variados instrumentos para realizar a
compensação de horas trabalhadas.
Cartilha sobre Teletrabalho no Setor Público
Consolidações e Recomendações
22
Gestão de Riscos é o processo para identificar, avaliar, administrar e controlar
potenciais eventos ou situações, para fornecer razoável certeza quanto ao alcance
dos objetivos da organização15.
23
15
Brasil. (2016). Instrução Normativa Conjunta MP/CGU nº1, de 10 de maio de 2016. Dispõe sobre
controles internos, gestão de riscos e governança no âmbito do Poder Executivo Federal.
Recuperado em 5 de setembro de 2020 de https://repositorio.cgu.gov.br/handle/1/33947
h. Aumento dos problemas relativos à segurança da informação decorrente do
maior uso de equipamentos pessoais (em regra, despadronizados e menos
seguros) e da maior exposição ao ambiente virtual externo (Internet).
c. Ganho de Produtividade
e. Vantagem Competitiva
g. Respeito à Diversidade
16 25
Prática que consiste em estar presente no local de trabalho, por vezes mais horas do que o
necessário ou do que o que está contratualizado, mas sem produtividade correspondente.
https://dicionario.priberam.org/
h. Modernização e Inovação
j. Sustentabilidade
À indisponibilidade do escritório;
À situação onde o colaborador não pode ir ao escritório.
Importante frisar que a relação de teletrabalho tem que ser vista e cultivada como
uma relação ganha-ganha. Pois, se é verdade que as organizações públicas
economizam em facilities, colaboradores também economizam em deslocamento,
vestimentas e refeições.
b. Estrutura de TIC
Capacidade de concentração;
Autodisciplina;
Resolutividade;
Conhecimentos de Informática;
Gestão do tempo.
Acompanhamento psicológico;
Orientações de ergonomia;
Orientações de gestão do tempo;
Orientação para e de como se relacionar com a família;
Cartilha sobre Teletrabalho no Setor Público
gestão do tempo;
cuidado com o conforto ambiental e o bem-estar;
o uso de ferramentas de comunicação;
a busca de suporte social; e
a conciliação trabalho-família-trabalho.
mensuração de produtividade;
condução de reuniões produtivas
29
17
Abbad, G; & Legentil, J. (2020). Novas Demandas de Aprendizagem dos Trabalhadores Face à
Pandemia da COVID-19. In de Moraes, M. M. (2020). Os impactos da pandemia para o
trabalhador e suas relações com o trabalho (Vol. 2), (pp. 45-57). Porto Alegre: Artmed.
Recuperado em 5 de setembro de 2020 de https://www.sbpot.org.br/publicacoes
Cuidados ergonômicos;
Comunicação remota eficiente;
Medidas de segurança da informação;
Sincronia entre equipes, especialmente àquelas em que há alta
interdependência de tarefas (atividades que dependem de outras pessoas
para que sejam iniciadas e/ou concluídas);
c. Gestão de riscos
e. Monitoramento do Plano
Considerações Finais
Cartilha sobre Teletrabalho no Setor Público
O corpo da cartilha traz insumos que podem tranquilamente servir de meta plano
de adoção do Teletrabalho, restando apenas que se faça a devida adaptação à
realidade da respectiva organização. A agregação de complementos que insiram a
cultura e contexto atual da organização são fundamentais para a aderência do plano
derivado.
Material complementar
Vídeo da Enap Entrevista: Thiago Bergmann (TSE) e Walter Cunha (CGU) falam
32
sobre Teletrabalho. Disponível em https://youtu.be/3n_aOaRpXVk
Playlist de Teletrabalho - Prof. Walter Cunha. Disponível em
https://www.youtube.com/playlist?list=PLN7g9xNBvc9HshzCuOwpXhoYKkj1qSb_
6
Referências
Balan, Mariana (2017). Gazeta do Povo. "Até que ponto é permitido ao patrão
monitorar os funcionários? Contrato de trabalho pressupõe confiança de ambas
Castro, Rodrigo Pironti Aguirre; Cunha, Walter Luis Araujo; Camarão, Tatiana
(2020). Plano de intensificação do teletrabalho nos órgãos e entidades públicas.
Fórum Administrativo – FA, Belo Horizonte, ano 20, n. 233, p. 35-42.
34 Castro, Rodrigo Pironti Aguirre; Cunha, Walter Luis Araujo; Camarão, Tatiana
(2020). Cartilha Plano de intensificação do teletrabalho nos órgãos e entidades
públicas. Editora Fórum, Belo Horizonte, MG. Recuperado em 5 de setembro
de 2020 de https://www.editoraforum.com.br/noticias/baixe-cartilha-plano-de-
intensificacao-do-teletrabalho-nos-orgaos-e-entidades-publicas/
João, Paulo Sérgio & Gaggini, Natália Biondi (2020). Home office e teletrabalho: a
importância da adequação terminológica. Recuperado em 5 de setembro, 2020,
https://www.conjur.com.br/2020-jul-10/joao-gaggini-sobrehome-office-
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Anexo - Checklists para Normativo de
Teletrabalho
Aspectos Formais
Harmonizar qualquer incompatibilidade do normativo interno de teletrabalho
ao normativo superior autorizador;
Reforçar que o teletrabalho é facultativo, e que o mesmo ocorre no interesse
mútuo do empregador e do trabalhador;
Prever declaração de ciência do trabalhador e do seu chefe de que sua
participação no trabalhador não constitui direito adquirido;
Reforçar que:
Vedações
Atividades não efetivamente mensuráveis;
Atividades em que é comum a "condição de espera" (dependência para
execução que não estão sob o domínio do trabalhador, podendo gerar
paralisia);
Atividades em que a presença física do trabalhados é indispensável a sua
boa efetiva execução.
Pré-requisitos
Declaração de Apoio (inequívoca) da Alta Administração;
Execução de Projeto-Piloto de Adoção;
Definição de métricas de produção (plano de trabalho) equivalente (ou
superior) à jornada de trabalho presencial;
Indicação das unidades organizacionais responsáveis pela implementação e
38
acompanhamento do Teletrabalho, juntamente com as suas respectivas
competências e limites;
Necessidade (ou não) de prévia avaliação médica/psicológica do aspirante
ao teletrabalho.
Necessidade (ou não) de treinamentos obrigatórios para início de
teletrabalho ou reciclagem;
Reforçar que o trabalhador permanece vinculado à observância do
Manual/Código de Conduta da organização;
Definir a infraestrutura mínima necessária ao interessado na participação no
programa de teletrabalho;
Definir prazo de permanência no programa em teletrabalho, quando
aplicável;
Prever o mapeamento de competência requeridas para desenvolvimento da
atividade passíveis de teletrabalho.
Avaliação e Transparência
segurança da informação.
Encerramento e Consequências
Possibilidade de requisição de retorno ao regime presencial a
qualquer tempo por parte do trabalhador;
40 Possibilidade de o gestor requerer, desde que devidamente justificado, o
retorno do trabalhador ao regime presencial;
Prever as consequências do mal desempenho (retorno ao regime presencial,
glosa, medidas disciplinares etc.);
Definir rito e prazo de antecedência mínima de convocação para
comparecimento pessoal do participante à unidade.
Operação
Prever regimes de execução integral, parcial, contínuo, intercalado;
Definição de Percentual máximo/mínimo de ausentes por equipe/setor;
Critérios de priorização (gestantes, deficientes, idosos, etc), se necessário;
Definir alternativas diante de atingimento do percentual máximo (priorização,
rodízio, revezamento e outros)
Excepcionalidades
Definir vedação ou regras para teletrabalho no exterior;
Permitir aplicação ou não do Teletrabalho para licenças previstas
Outros
Prever em outras normas internas, ações que favoreçam o Teletrabalho:
Previsão de que os softwares sejam acessados externamente como pré-
requisito;
Previsão que os hardwares, quando possível, sejam portáveis, de modo a
facilitar o empréstimo ao trabalhador;
Previsão de aquisição de licenças múltiplas por usuários, de modo que seja
possível que os trabalhadores instalem também em seu próprio hardware.
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Exclusivo para CLT
Constar expressamente o Teletrabalho do contrato individual de trabalhador,
especificando as atividades que serão realizadas;
Prever que para alteração do regime de teletrabalho para o presencial por
determinação do empregador, o prazo de transição mínimo de quinze dias
deve ser respeitado, com correspondente registro em aditivo contratual;
Prever que a responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento
dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à
prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de despesas arcadas
pelo empregado, serão previstas em contrato escrito;
Prever que o monitoramento dos meios de comunicações providos pelo
empregador esteja consignada no contrato de trabalho para que o
trabalhador tenha ciência de tal prática, de modo a não configurar invasão
de privacidade.
Cartilha sobre Teletrabalho no Setor Público
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