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SUMÁRIO
DECRETO 1.171/94 ...................................................................................................................................... 2
INTRODUÇÃO........................................................................................................................................... 2
FINALIDADE ......................................................................................................................................... 2
ABRANGÊNCIA ..................................................................................................................................... 2
DEFINIÇÃO DE SERVIDOR PÚBLICO ....................................................................................................... 2
ESTRUTURA ............................................................................................................................................. 3
DAS REGRAS DEONTOLÓGICAS................................................................................................................. 3
DOS PRINCIPAIS DEVERES DO SERVIDOR PÚBLICO ................................................................................... 5
DAS VEDAÇÕES AO SERVIDOR PÚBLICO ................................................................................................... 6
DAS COMISSÕES DE ÉTICA........................................................................................................................ 7
COMPOSIÇÃO DA COMISSÃO DE ÉTICA ................................................................................................ 7
COMPETÊNCIAS DA COMISSÃO DE ÉTICA ............................................................................................. 7
PENALIDADE ........................................................................................................................................ 8
DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................................................................................... 8
LICITAÇÃO................................................................................................................................................ 8
BASE CONSTITUCIONAL........................................................................................................................ 8
ABRANGÊNCIA ..................................................................................................................................... 9
OBJETOS DA LICITAÇÃO........................................................................................................................ 9
FINALIDADES DA LICITAÇÃO ................................................................................................................10
CONTRATAÇÃO DIRETA ...........................................................................................................................10
INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO ...........................................................................................................11
DISPENSA DE LICITAÇÃO......................................................................................................................12
LICITAÇÃO DISPENSADA ......................................................................................................................12
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL .....................................................................................................................14
CONTRATAÇÃO DIRETA PARA SERVIÇOS DE RESTAURAÇÃO DE OBRAS DE ARTE E BENS DE VALOR
HISTÓRICO ..........................................................................................................................................17
LICITAÇÃO DESERTA E LICITAÇÃO FRACASSADA...................................................................................18
COMPARAÇÃO INEXIGIBILIDADE E DISPENSA ......................................................................................19
DECRETO 1.171/94
INTRODUÇÃO
FINALIDADE
Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal.
ABRANGÊNCIA
O Código de Ética Profissional aprovado por meio do Decreto nº 1.171/94 abrange
somente os servidores públicos do PODER EXECUTIVO FEDERAL, sendo assim, este Código de
Ética não abrange os servidores públicos dos estados, municípios e do Distrito Federal, bem
como também não abrange os servidores públicos federais que atuam em outros poderes
(legislativo e judiciário) e no Ministério Público da União.
Os servidores públicos dos estados, municípios e do Distrito Federal se submetem a
códigos de ética profissional criados pelos respectivos entes federados. E os servidores públicos
federais dos poderes legislativo e judiciário e do Ministério Público da União, submetem-se a
códigos de ética criados pelos respectivos poderes.
Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional do Servidor
Público Civil do Poder Executivo Federal, que com este baixa.
Note que tanto faz se o agente público tem vínculo permanente ou temporário, se ele é ou
não remunerado. Basta que ele esteja vinculado ao poder executivo federal para que esteja
subordinado a este código de ética.
ESTRUTURA
O estudo do Código de Ética Profissional dos Servidores Públicos Civis do Poder Executivo
Federal abrange duas tarefas básicas, ler o código e resolver questões de provas anteriores.
As questões das provas de concurso costumam cobrar a literalidade do texto do Código.
Por isso, reforço, LEIA O CÓDIGO.
Capítulo I
Seção I – Das Regras Deontológicas;
Seção II – Dos Principais Deveres do Servidor Público;
Seção III – Das Vedações ao Servidor Público.
Capítulo II – Das Comissões de Ética
PENALIDADE
XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a
de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer,
assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.
Observe que nos termos do inciso XXII, a única pena aplicável ao servidor que se envolver
em um processo por violação ao código ética é a penalidade de CENSURA, logo, nos termos deste
Código, não há que se falar em aplicação de qualquer outra penalidade.
Ainda, destaca-se o fato de que a aplicação da censura deve ser fundamentada e o ato de
imposição da penalidade deve ser assinado por todos os integrantes da comissão.
DIREITO ADMINISTRATIVO
LICITAÇÃO
A doutrina conceitua a licitação como sendo um “procedimento administrativo de
observância obrigatória pelas entidades governamentais, em que observada a igualdade entre os
participantes, deve ser selecionada a melhor proposta dentre as apresentadas pelos interessados
em com elas travar determinadas relações de conteúdo patrimonial, uma vez preenchidos os
requisitos mínimos necessários ao bom cumprimento das obrigações a que eles se propõem 1”.
Em outras palavras, podemos dizer que a licitação é a ferramenta utilizada pelo Poder
Público para dar legitimidade aos seus negócios de natureza pecuniária com particulares,
consistindo em uma espécie de concurso, onde qualquer particular que tenha condições de
oferecer para a administração pública o cumprimento do negócio que ela quer realizar, poderá
oferecer sua proposta de negócio, e cabe ao poder público escolher a proposta mais vantajosa
para o interesse público.
BASE CONSTITUCIONAL
A obrigatoriedade da realização do procedimento licitatório é prevista no art. 37 in. XXI
da Constituição Federal:
Art. 37 inc. XXI CF: “ressalvados os casos especificados na legislação,
as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante
processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a
todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de
pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos
da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica
e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das
obrigações.”
Conforme disposto na Constituição Federal, quando o Poder Público tem necessidade de
firmar um negócio com particulares (seja para contratar uma empresa para realizar uma obra,
para prestar um serviço, fornecer bens ou para alienar um bem público), em regra, tal negócio
deve ser precedido de licitação.
Todavia, a própria Constituição também dispõe em casos específicos previstos na
legislação, a formalização do negócio não dependera da realização do procedimento licitatório.
1
Paulo, M. A. (2017). Direito Administrativo Descomplicado. São Paulo: Método.
REGRA EXCEÇÃO
ABRANGÊNCIA
As normas da Lei 8.666/93 abrangem e vinculam a sua obediência os negócios realizados
pelos:
os órgãos dos três poderes (executivo, legislativo e judiciário) da administração
pública direta e indireta da União, estados, Distrito Federal e municípios, bem
como pelo Ministério Público;
entidades controladas direta ou indiretamente pelos entes federados;
fundos especiais.
Lembre-se, todas as entidades da administração pública devem observar o princípio da
licitação, ainda que seja empresa pública ou sociedade de economia mista que explore a
atividade econômica.
Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos
administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de
publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos
órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias,
as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de
economia mista e demais entidades controladas direta ou
indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
OBJETOS DA LICITAÇÃO
A realização do procedimento licitatório tem por objeto, a contratação de terceiros pela
administração pública para:
realização de obras;
prestação de serviços, inclusive de publicidade;
compras;
alienações;
concessões;
permissões; e
locações.
Art. 2º As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras,
alienações, concessões, permissões e locações da Administração
Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente
precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei.
FIQUE LIGADO!
Quanto às concessões e permissões de serviços públicos, o caput do art. 175
da CF dispõe o seguinte:
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços
públicos.
FINALIDADES DA LICITAÇÃO
A Lei 8.666 atribui três finalidades ao procedimento licitatório:
Garantir a observância do princípio constitucional da isonomia;
Selecionar a proposta mais vantajosa;
Promover o desenvolvimento nacional sustentável.
Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do
princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta
mais vantajosa para a administração e a promoção do
desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada
em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da
impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da
probidade administrativa, da vinculação ao instrumento
convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
CONTRATAÇÃO DIRETA
A contratação direta acontece nos casos em que a administração pública não precisa
realizar o procedimento licitatório para a formalização de um negócio.
Conforme disposto na Constituição Federal, quando o Poder Público tem necessidade de
firmar um negócio com particulares (seja para contratar uma empresa para realizar uma obra,
para prestar um serviço, fornecer bens ou para alienar um bem público), em regra, tal negócio
deve ser precedido de licitação.
Todavia, a própria Constituição também dispõe em casos específicos previstos na
legislação, a formalização do negócio não dependera da realização do procedimento licitatório.
REGRA EXCEÇÃO
FIQUE LIGADO!
Quanto às concessões e permissões de serviços públicos, o caput do art. 175
da CF dispõe o seguinte:
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços
públicos.
INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO
A inexigibilidade de licitação acontece quando a competição é inviável, devido à
inexistência de pluralidade de potenciais proponentes, ou seja, em caso de licitação inexigível é
impossível a competição.
É importante destacar que nos casos de inexigibilidade, a administração sempre está
adquirindo ou contratando alguma coisa. A administração não pode declarar inexigibilidade
para se desfazer (vender ou alienar) de alguma coisa.
O art. 25 traz um ROL EXEMPLIFICATIVO de hipóteses de INEXIGIBILIDADE, veja a
seguir:
Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de
competição, em especial:
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só
possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante
comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a
comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido
pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a
licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou
Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;
II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13
desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de
notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de
publicidade e divulgação;
III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico,
diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que
consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
Nas hipóteses de licitação dispensável, ainda que a competição seja possível, A LEI
PERMITE que a administração pública decida se realiza ou não a licitação.
Logo, a licitação dispensável configura uma atuação discricionária da administração
pública.
A lei 8.666/93 traz UM ROL TAXATIVO das situações de licitação dispensável. Nestes
casos, pode-se observar que a administração está adquirindo ou contratando algo, veja a seguir:
Art. 24. É dispensável a licitação: .
I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por
cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso I do artigo anterior,
desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço
ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local
que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente;
II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por
cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso II do artigo anterior
e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se
refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de
maior vulto que possa ser realizada de uma só vez; .
III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;
IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando
caracterizada urgência de atendimento de situação que possa
ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras,
serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e
somente para os bens necessários ao atendimento da situação
emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que
possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias
consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência
ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos;
V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta,
justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a
Administração, mantidas, neste caso, todas as condições
preestabelecidas;
VI - quando a União tiver que intervir no domínio econômico para
regular preços ou normalizar o abastecimento;
VII - quando as propostas apresentadas consignarem preços
manifestamente superiores aos praticados no mercado nacional, ou
forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais
competentes, casos em que, observado o parágrafo único do art. 48
desta Lei e, persistindo a situação, será admitida a adjudicação direta
dos bens ou serviços, por valor não superior ao constante do registro
de preços, ou dos serviços;
VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno,
de bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que
integre a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim
específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço
contratado seja compatível com o praticado no mercado;
IX - quando houver possibilidade de comprometimento da segurança
nacional, nos casos estabelecidos em decreto do Presidente da
República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional;
X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento
das finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de
instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o
preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação
prévia;