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Livro:
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. A educação como cultura. São Paulo: Mercado das
Letras, 2002.

CULTURA: O MUNDO QUE CRIAMOS PARA APRENDER A VIVER

O mundo que criamos...


Meu corpo é a natureza de que sou parte transformada no ser de uma
pessoa: eu. Refletida nas águas calmas e límpidas de um pequeno lago, a natureza
devolver a ela a sua imagem. Ela se vê através de meu corpo e cabe a nós – ela e
eu – sabermos distinguir o que faz inteiramente parte de alguma dimensão de seu
domínio de existência no planeta Terra e no Universo, e o que já é, também, parte e
partilha de uma dimensão de vida. Pois quando os meus olhos me vêem refletido
nas águas claras do lago, é ainda o mundo natural quem revela a si mesmo através
de um de seus seres. Mas nem tanto, porque, ser humano, não consigo, como os
outros animais com quem comparto o mistério de “estar vivo” aqui e agora, ver sem
perceber, e perceber sem pensar. E a ideia de que de mim me faço ao meu ver
refletido já pertence a um outro domínio do Mundo que comparto com a pequenina
ave que porventura vem ao mesmo lago, e do galho de uma árvore se olha e ao
lago, como eu. Como eu? Entrevistos por um instante pelos nossos olhos, nossos
corpos pertencem ao plano natural dos sinais. São o que são, como a água e o fogo,
ou são o que de si mesmos dão a ver quem os vê, como vê. Mas o que eu penso do
que vejo salta do sinal ao signo e dele ao símbolo. E exige de mim o que dispensa
na ave, requer palavras, códigos complexos de sentidos e de significados, uma
linguagem articulada por meio na qual em mim e para os meus outros a sensação e
o sentimento aspiram ganhar sentido. E até mais do que isto. Eu me vejo como um
ser da natureza, mas que penso como um sujeito da cultura. Como um alguém que
pertence também ao mundo que a espécie humana criou para aprender a viver.
De repente ave voa e vai embora, muito mais e muito menos sábia do que eu.
Quem saberá? Ela retorna ao seu ninho como um ser que habita um absoluto
presente e nada sabe e nem pensa, ainda e nunca, a respeito de sua própria morte.
E quando ela chegar, a ave de súbito fecha os olhos, cai do galho e volta à terra,
sem saber e sem pensar de onde veio e para onde vai. Eu não. Eu carrego a minha
morte a cada instante, porque vida a vivê-lo. Carrego na antevisão de um qualquer
dia, amanhã, a minha morte, assim como levo leva pela vida afora a experiência
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humana da Vida, e a minha vida na memória carregada de nomes e de cenas, de


cenários e de símbolos, de palavras e frases. De tessituras sempre inacabadas onde
se entrelaçam gestos e seus arremedos de sensibilidades, sentidos e de significados
gravados nos genes que me habitam, no corpo que eu habito e, imagino, no espírito
onde acredito que esteja a parte mais etérea e – quem sabe? – imortal, de uma
pessoa chamada Carlos.
No espírito ou, simplesmente, nisso a que damos o nome de memória e que,
para lguns, não é mais do que uma alquimia de nervos, conexões no cérebro e
alguns aminoácidos articulados durante algum tempo entre as energias e matérias
efêmera dos seres que somos. Mas que outros acreditam ser uma das dimensões
para além da matéria e dos seus limites. Ali, onde os fios da Vida transformados em
memórias, em palavras, em gestos de sentimentos recobertos do desejo da
mensagem, recriam a cada instante o mundo que entre nós inventamos desde que
somos seres humanos, e com este estranho nome: cultura. Cultura, uma palavra
universal, mas um conceito científico nem sempre aceito por todos os que tentam
decifrar o que os meus processos e conteúdos querem significar, e que
misteriosamente existe tanto fora de nós, em qualquer dia de nosso cotidiano,
quanto dentro de nós, seres obrigados a aprender, desde crianças e pela vida afora,
a compreender as suas várias gramáticas e a “falar” as suas várias linguagens.
Várias, porque bem sabemos que esta com que nos escrevemos uns aos outros, em
uma língua qualquer dentre as milhares que ainda habitam nossos mundos, é
apenas uma entre tantas outras.
Tal como outros seres vivos com quem compartimos a mesma casa, o
planeta Terra, fomos criados com as mesmas partículas ínfimas e com as mesmas
combinações de matérias e de energias que movem a Vida e os astros de Universo.
Algo do que há nas estrelas pulsa também em nós. Algo que, como o vento,
sustenta o vôo dos pássaros, em uma outra dimensão da existência impele o vôo de
nossas ideias, isto é, dos nossos afetos tornados os nossos pensamentos.
Não somos intrusos no Mundo ou uma fração da Natureza rebelde a ela.
Somos a própria múltipla e infinita experiência do mundo natural realizada como
uma forma especial da Vida: a vida humana. Da mesma maneira como boa parte
dos animais, somos corpos dotados da capacidade de reagirem ao ambiente em que
vivem e onde reproduzem, enquanto isto é possível a vida individual e coletiva de
sua espécie. De se locomoverem nele em função de mensagens que captam
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através dos sentidos e também de atos por meio dos quais deixam a sua marca
momentânea em seu mundo. Um colibri faz isto. Nós também. Alguns macacos da
Amazônia que, mais felizes do nós, saltam de galho em galho na floresta, enquanto
arrastamos pelo chão um corpo que precisou de alguns milhões de anos para
aprender a se equilibrar precariamente sobre duas penas, são biologicamente
diferentes de nós em apenas algo inferior a 3% da composição da arquitetura das
cadeias de DNA. No entanto há nesta mínima porcentagem toda a diferença.
Mas será ela tão grande assim?
Faz alguns anos Claude Lévi-Strauss, um conhecido antropólogo europeu
que se iniciou como pesquisador de campo entre povos indígenas do Brasil-Central,
foi convidado pela Assembléia Francesa a escrever algo para um repensar o
conceito e a ideia de liberdade, tal como eles estão há alguns séculos na
Constituição da França. Num texto de resposta que veio depois a ser publicado em
um livro, ele começa dizendo que não teria nada a acrescentar, caso o conceito e os
seus preceitos devessem permanecer no âmbito do contrato social. Mas logo a
seguir ele aproveita a ocasião para perguntar aos franceses e a todos nós, se não
seria este o momento de realizarmos uma reviravolta corajosa de identidade, com
todas as suas conseqüências. Ao invés de continuarmos a nos definir como “seres
mortais” ou como “sujeitos sociais”, não teria chegado a hora de nos identificarmos
como “seres da Vida”? não é este atributo o mais radical, o mais verdadeiro e
também o mais generoso em nós e entre nós e tudo o mais que habita: vida?
Se isto for verdade e se isto for possível, então o que era antes um
reconhecimento de desigualdades dado pela disjunção entre nós, seres humanos e
todos os outros seres da Vida, passa a ser um sinal de conjunção entre seres
irmanados em uma igualdade essencial, e apenas diferentes dentro das infinitas
alternativas que a Vida abre e faz existir.
E entre nós, seres da natureza alçados ao mundo da cultura que nós próprios
criamos, deve existir, entre todas, uma diferença ainda mais essencial. Com uma
enorme variedade de vivências disto, em todos os outros seres vivos podemos supor
que existem formas de uma consciência reflexa da relação entre o ser e o seu
mundo. Eles sentem, eles percebem, eles lembram, eles sabem, eles agem. Nós
também. Mas nós tivemos que aprender a entrelaçar cada uma dessas coisas com
todas as outras, de tal maneira que precisamos fazer um enorme esforço para
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conseguirmos viver cada uma delas em sua vez, sem a presença do poder das
outras. Como é bom sentir sem pensar. Mas como é difícil!
Abra um livro de “técnicas de meditação” e você verá como isso verdadeiro. O
que se sugere ali – sobretudo nos mais budistas e nos mais tibetanos – é um
enorme esforço de anos e anos de “treinamento da mente”. E para que? Para que
ela aprenda a deixar de fazer o que aprendeu antes, ao longo dos anos e anos de
interações e estudos: pensar com palavras, refletir com ideias. Que aquele que
medita saiba treinar-se para varrer de dentro da próprias mente todas as memórias,
os pensamentos, as imagens e, mais do que tudo, os desejos do corpo e do espírito.
Isto é, toda a ilusão do que não existe, a não ser que se queira seguir iludido em
pensar que “isto” que parece que existe de fato, existe fora de nós. Para que, então,
a mente descubra no vazio do nada do agora um paraíso perdido chamado: absoluto
presente. Um tempo único, porque é vivido fora do tempo. Um momento irrepetível
sem resquício algum da maldição de vivermos sempre atrelados a uma vida em três
tempos: o passado, o presente (o único que de fato existe, dirão lamas tibetanos e
alguns físicos quânticos) e o futuro. Ou seja, todo um aprendizado que pode durar
uma vida inteira para virmos a adquirir a sabedorias que sonha alcançar o eremita
solitário, e com a qual, sem esforço algum, já nasce o pássaro com quem estivemos
na beira de um lago algumas linhas acima, e que nos espera de novo algumas
outras, abaixo.
Como não somos esses seres de frágil perfeição natural, aprendemos a viver
dentro de algo mais do que apenas o viver e o sentir. Assim, nós nos sentimos
sentindo, como os outros seres da Vida também. Mas nós nos pensamos sabendo e
nos sabemos pensando. E sabemos que sentimos e nos sentimos tomados desta ou
daquela emoção porque aprendemos a nos saber sabendo. Passamos da
consciência reflexa que compartimos com o colibri e o chimpanzé, à consciência
reflexiva, que acrescente um “me” e um “mim” a um “eu”, e que é em nós o sinal e o
símbolo da habitante de um mundo onde a própria natureza é vista e é
compreendida como e através de símbolos e de significados. Que é uma árvore para
você? O que é uma ave?
Voltemos ao nosso pássaro.
Sabemos que um pássaro voa com um par de asas, e nós com o inacabável
das nossas ideias. Por isso ele voa com as asas com que nasceu e nós voamos
com os aviões (e as asas delta, e os ultraleves, e os planadores e as
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espaçanonaves) que inventamos. Vimos como depois do ciclo de sua vida, no


momento exato da morte ela fecha os olhos, sente o coração parar de bater, cai e
volta à terra. Nós, humanos, nos cercamos de ritos e de palavras. Lembramos uma
vez ainda a vida vivida, falamos a nós mesmos, aos nossos e as Deus, dizemos
despedidas e preces. E, ao cerrar os olhos, o quem ou o quê de nós deixa o corpo
dado também à terra e vai para onde? Por quê? Mas voltemos à Vida.
Se somos mais iguais do que imaginamos em quase tudo aos outros seres
vivos com quem compartimos a Terra, somos diferentes em uma outra coisa: eles
vivem no mundo de natureza em que lhes é dado o viver. Nós precisamos criar e
recriar o nosso. Eles adaptam o corpo e os sistema de vida ao ambiente natural e,
depois, até mesmo e nós próprios, porque somos lentos em adaptar o corpo e a vida
aos padrões da Natureza. Nós e nosso corpos feitos de argila e de sangue, feitos de
minerais, de matéria orgânica e também do gesto do amor dos pais e do sopro do
espírito, somos, como o mundo onde vivemos, a Natureza. Os panos com que nos
cobrimos, transformando o algodão ou o pelo dos carneiros, a comida que antes de
comermos a acender, são porções do todo da natureza transformada não apenas
em coisas de utilidade, mas eu seres de sentimento, de sentido, de significado e de
sociabilidade. Logo, em um momento de uma cultura.
Ao contrário dos outros animais, surgimos no mundo como uma espécie
disposta a viver em todas os ambientes do planeta e a comer de tudo o que seja
digerível em nossos corpos. Somos praticamente a única espécie onívoro-
oportunista, e é assim que alguns paleontólogos nos definem. Em princípio podemos
e desejamos comer tudo o que encontramos. Mas com algumas diferenças notáveis.
Pois aprendemos com o passar dos anos a lidar com os seres da natureza,
transformados em dieta alimentar, não só como algo bom para comer, mas como
alguma coisa boa para pensar. Aprendemos, primeiro, a transformar o que
ingerimos, e o fogo teve aí um lugar essencial. Todos os bichos comem cru, fresco
ou apodrecido. Nós criamos escolhas e processamos o cru para ser também o
cozido, o assado, o frito e assim por diante. Aprendemos com o tempo – e cada
cultura humana faz isto segundo os seus termos e de acordo com os padrões de sua
própria lógica do sentir, do pensar e do agir – a lidar com os alimentos naturais como
entidades de um profundo valor simbólico. Assim, em um almoço entre amigos
comemos a comida quente e boa à volta da mesa, enquanto trocamos entre nós as
mensagens. Sentimentos, evocações, ideias e valores de vida que nos dizemos um
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aos outros através do que comemos. Através do modo como comemos e através do
que criamos como preceitos de códigos de normas, como a rotina de todos os dias,
como a celebração única num ano ou na vida, em volta da mesa em que nos
reunimos para saciar a fome dos nossos corpos, e para dar respostas à fome de
símbolos e de sentidos de afeto e vida que transformam ritualmente uma “comida”
em uma “refeição” e uma refeição em uma “festa”. Triste é comer só, mesmo quando
a comida é boa, e a bebida amarga é doce, quando entre amigos queridos.
Pois afora o que fazem durante breve tempo algumas mães animais com os
seus filhotes, somos a única espécie que junta porções comestíveis da natureza e
leva o alimento para outras pessoas. Somos os únicos que, por felicidade ou por
desgraça, aprendemos a fazer de fragmentos do meio ambiente transformado em
alimento, uma porção de coisas entrelaçadas e, de vez em quando, contraditórias,
quando “isto” poderia ser uma coisa só. Pois tal como os panos com que nos
cobrimos ou as casas onde nos abrigamos e reunimos, bens de uso, bens de troca,
cenário de interações, símbolos, palavras e mensagens.
E algo semelhante acabamos realizando conosco mesmos. Pois sendo, como
todos os outros seres vivos, sujeitos da natureza, acabamos nos tornando uma
forma da natureza que se transforma ao aprender a viver. Sem cessar e sem
exceção, entre todas as comunidades humanas do passado e de agora,
transformados seres do mundo de natureza: e unidades de uma espécie: indivíduos,
em sujeitos do mundo da cultura: pessoas. Em seres de direitos e de deveres e,
portanto, agente culturais e atores sócias. Somos uma pessoa em um duplo sentido.
Ao conviverem conosco em cenários da cultura, como uma família nuclear, uma
parentela, um grupo de idade ou de interesses, uma escola, ao longo dos
sucessivos círculos dos seus ciclos de vida os nossos filhos e as nossas filhas
aprendem, pouco a pouco, a internalizarem não somente “coisas” aos pedaços,
como habilidades, condutas, saberes e valores. Eles aprendem a realizar interações
e integrações cada vez mais complexas de e entre tudo isto. Assim sendo, um
indivíduo humanos é uma pessoa social quando integra e possui dentro dele uma
experiência tornada individual do ser cultural de seu próprio mundo de vida
cotidiana.
E eles são pessoas humanas (mas o “humano” aqui é redundante) porque ao
viverem em seus mundos sociais, saem continuamente de si mesmos e desejam ou
se obrigam a interagir com outras pessoas em mundos sempre culturalmente
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estabelecidos. Em diferentes canários de trocas e de reciprocidades cujos atores,


autores, sobre as leis da natureza que fazem de nós e dos animais, machos e
fêmeas, pensam, criam e administram regras sócias que nos transformam em
maridos e esposas, em irmãos e primos, sobrinhos, filhos e afilhadas. Eis a razão
pela qual alguns estudiosos da pessoa humana e da cultura consideram esta
obrigação criativa de construção social de sistemas de atribuição de sentido e de
orientação das condutas interativas entre categorias de pessoas, como o momento
fundados da própria cultura.
A Vida e a consciência da vida são o que ela própria ou um deus nos
ofertaram. A cultura e o que fazemos dela, nela e, em e entre nós, através dela.
Vida. A cultura é o que devolvemos a Deus ou à vida como a nossa parte do mistério
de uma criação de quem somos bem mais os persistentes inventores do que
aqueles que vieram assistir ao que fizeram antes de havermos chegado. Os outros
seres vivos do mundo são que são. Nós somos aquilo que nos fizemos e fazemos
ser. Somos o que criamos para efemeramente nos perpetuarmos e transformarmos
a cada instante. Tudo aquilo que criamos q partir do que nos é dado, quando
tomamos as coisas da natureza e as recriamos como os objetos e os utensílios da
vida social representa uma das múltiplas dimensões daquilo que, em uma outra,
chamamos de: cultura. O que fazemos quando inventamos os mundos em que
vivemos: a família, o parentesco, poder de estado, a religião, a arte, a educação e a
ciência, pode ser pensando e vivido com uma outra dimensão.
Ao emergimos com a nossa consciência reflexiva – e nossas inteligências
múltiplas – do signo e do ato ao símbolo e ao significado, logo, ao gesto,
descobrimos que o importante não é tanto o que transformamos materialmente da
natureza. O que importa é a nossa capacidade e também a nossa fatalidade de
atribuirmos significados múltiplos e transformáveis ao que fazemos, ao que criamos,
aos modos sociais pelos quais fazemos e criamos e, finalmente, a nós mesmos
significado. Pois para a ave que pousa num galho da árvore, a árvore é o galho do
pouso, é a sombra, o abrigo, a referência no espaço e o fruto. Para nós ela é tudo
isto e é bem mais. É um nome, uma lembrança, uma tecnologia de cultivo e de
aproveitamento. É uma imagem carregada de afetos, o objeto da tela de um pintor,
um poema, uma possível morada de um deus ou, quem sabe? Uma divindade que
por um instante divide com um povo indígena uma fração de seu mundo.
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Eis porque em termos bastante atuais, falamos que a cultura está mais no
quê no como nós nos trocamos mensagens e nos dizemos palavras e ideias entre
nós, para nós e a nosso respeito, do que no que fazemos em e sobre o nosso
mundo, ao nos organizarmos socialmente para viver nele e transformá-lo. Eis um
belo sentido da ideia da nossa própria liberdade. Ao levarmos a vida do reflexo à
reflexão e do conhecimento à consciência, nós acrescentamos ao mundo o dom
gratuito do espírito. Com ele, nós nos tornamos senhores do sentido e criadores de
uma vida regida não pela fatalidade biológica da espécie, como entre nossos irmãos
animais, mas pelo poder de escolha crescentemente livre de nossos próprios
símbolos, de nossos tantos modos de vida, de nossas múltiplas identidades e das
buscas de aprendizado de sentimentos e de significados a serem dados à teia de
“tudo isto”.

REFERÊNCIA

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. A educação como cultura. São Paulo: Mercado das
Letras, 2002.

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