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9º CHÁ DE CAMOMILA

&
LIVROS NA MOCHILA
encontro de biblioterapia ou leitura afetuosa

entre o meu infinito e o seu de Marcelo Corrêa

08 de julho - 2023 - 16 às 18h. - meet


gratuito - vagas limitadas - 30

MEDIADOR: DANIEL GARCIA RODRIGUES

com a pr
esença d @danielgarciarodrigueslt
doulo de escritores
autor do o
texto es
colhido
sumário
2 Apresentando o texto

O que é e como funciona o Chá de Camomila


3 & Livros na Mochila

, do texto Entre o meu infinito e o seu,


A escolha
7 de Marcelo Corrêa

Astronauta de Mármore
10
Entre o meu infinito e o seu , de Marcelo Corrêa
1 1
Que efeitos o texto escolhido pode provocar no
21 grupo de biblioterapia?

Quem é, onde vive, o que pensa e o que faz


22 Marcelo Corrêa

Quem é, onde vive, o que pensa e o que faz


24 Daniel G. Rodrigues

26 Referências
Apresentando o texto
respire - ouça - escute - sinta o texto

Entre o meu infinito e o seu, de Marcelo Corrêa,


é um poema em prosa, um texto filosófico, uma
página de diário ou caderno pessoal, um esboço
de roteiro ou anotações para um filme de ficção
científica da família de A chegada ou Interestelar.

2
Aproveite para passar um
tempinho gostoso com você
enquanto saboreia o chá de
letrinhas.
O que é e como funciona o
Chá de Camomila
& Livros na Mochila
ENCONTRO DE BIBLIOTERAPIA
OU LEITURA AFETUOSA

Chá de camomila e livros na mochila: encontros de


biblioterapia ou leitura afetuosa são eventos que
reúnem pessoas para lerem e desfrutarem da leitura
terapêutica e troca de experiências, impressões e
reflexões a partir de poemas, contos, trechos de
romances, letras de músicas e outros textos,
contando com a orientação de um mediador ou
facilitador de biblioterapia.

São reuniões de pessoas e textos ou livros, em uma


roda de leitura on-line ou presencial.
O objetivo é sentir os textos e deixar sentimentos e
percepções acontecerem, ouvindo o outro e sendo
ouvido por ele, com a mediação de um mediador de
biblioterapia.
3
.
O mediador sou eu, Daniel Garcia Rodrigues, que
amo cachorros, plantas, pessoas, livros, estrelas e
amo o amor acima de tudo. Desejo vivenciar com
você momentos de alegria e descoberta. Você me
daria a honra?

A biblioterapia é uma área das letras associada à


biblioteconomia e à psicologia, que parte dos usos
do texto como objeto de autocuidados,
autoconhecimento, descobertas e trocas afetivas,
considerando a metáfora como princípio ativo capaz
de transformar o texto em remédio para alívio das
dores emocionais ou instrumento de descobertas
sobre a profundidade, os sofrimentos, as
dificuldades, as alegrias, os prazeres e a ternura que
compõem aquilo a que denominamos “vida” ou
“existência” ou “condição humana”.

4
Nestes “chás de camomila e livros na mochila”,
mediados por mim, costumo unir pessoas em
grupos de no máximo 30 pessoas, on-line ou
presencialmente (quando for possível), expondo-as
à leitura de textos com temáticas tais quais: amor,
identidade, felicidade, morte, vida, infância,
envelhecimento, casamento, separação,
relacionamentos, trabalho, profissão, tempo,
sofrimento, alegria, amizade, sexualidade,
homossexualidade, bissexualidade, transexualidade,
racismo, feminismo, diversidade, direitos humanos,
autismo, psicopatia, depressão, fobia social,
empoderamento, resiliência, tecnologia, redes
sociais, inteligência artificial, loucura, genialidade,
mediocridade etc., para que essas pessoas discutam
o que os textos lhes provocam, que sensações,
ideias, pensamentos, reflexões, lembranças,
memórias e processos elas sentem a partir da leitura
ou escuta dos textos.

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Por se tratar de leituras e escutas em grupos, os
participantes serão estimulados à escuta e interação
com o outro, para que percebam a importância do
outro enquanto elemento definidor da identidade de
cada um. A troca será incentivada porque acredito
que ela potencialize os efeitos das metáforas e
símbolos contidos nos textos.

Minha função é escolher os textos e músicas, decidir


a ordem em que serão lidos, e incentivar a fala de
cada um, sem impor, respeitando o silêncio dos que
o desejarem. Uso apoios de trilhas sonoras, técnicas
de respiração, relaxamento, meditação e
imaginação. Além disso, devo ouvir com respeito e
acolhimento todas as impressões e desabafos,
fazendo o melhor para que cada participante
realmente se sinta ouvido e conectado ao grupo,
tanto quanto possa permitir um encontro de duas ou
três horas, presencial ou on-line.

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Agora.
Agora RESPIRE!
Se deixe levar pelos sons
da voz que lê.
A escolha do texto
Entre o meu infinito e o seu,
de Marcelo Corrêa

Acredito que esse texto seja uma


ferramenta excelente para nos ajudar a
expandirmos nossas percepções e ampliar
a maleabilidade e os potenciais das nossas
sinapses e da nossa consciência.

É uma das ferramentas de linguagem mais


ricas que li, tem tantas, tantas camadas
que me deixa alegre, instigado e zonzo. O
autor escreve bem, escreve bonito, no
entanto, mais do que escrever bonito e nos
proporcionar uma leitura deliciosa, ele se
supera, dando um salto imenso, seja no
nível do conteúdo, seja no da forma,
conseguindo algo realmente novo e
instigante, provocador, algo que tenho
investigado nas escritas contemporâneas:
científicas, filosóficas, psicanalíticas,
místicas, literárias etc. e quase não
encontro.

7
Marcelo Corrêa nos presenteia com uma
estonteante revelação sobre a presença do
infinito dentro de cada um de nós,
brotando dos pequenos gestos e
banalidades cotidianas. Mostra-nos a
chama ardente brilhando dentro de nossa
caixa torácica tornada transparente,
saltando para o exterior e emaranhando-se
às chamas dos nossos semelhantes.

Leva-nos a perceber o mundo habitado por


uma consciência feita de abundância,
amor, compaixão e complexidades
colapsando, materializando-se na riqueza
do instante presente e vibrando nas trocas
entre pessoas, outras formas de vida,
objetos e o tempo, todos os tempos.

Ressignifica e atualiza nossa experiência


de "perder o fôlego" e, ao mesmo tempo,
respirar amplamente, pulmões e coração
trabalhando juntos e misturando suas
funções em grande harmonia entre si e
com o cérebro.

Deixe sua imaginação lhe


levar. Pode brigar com ela,
também, se quiser! 8
De tal modo que o que em nós pensa está
respirando, o que em nós sente está
pensando, e o que em nós respira está
sentindo. Tudo ao mesmo tempo no tempo
do poema, o tempo mítico da ausência de
tempo ou, como escreveu o poeta Octavio
Paz: "em um agora grávido de não tempo",
gestando o infinito.

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Astronauta de Mármore
Astronauta de Mármore,
versão de Nenhum de Nós
do original de David Bowie

10
Entre o meu infinito e o seu,
de Marcelo Corrêa

Uma ideia me veio aliviar o pesar, quando


fiquei viúvo em 2012: eu e meu filho não
ficaríamos para sempre com ela, mas ela ficou
para sempre com a gente. O que me lembrou
a estrofe final de “Soneto de Fidelidade”, do
Vinicius:

“Eu possa me dizer do amor (que tive): Que


não seja imortal, posto que é chama Mas que
seja infinito enquanto dure.”

O poetinha versava sobre a doce e


desmedida intensidade dos sentimentos,
antes de se transformarem. Da mesma
maneira, em nossa finitude física, sinto que o
conceito de Infinito não deveria ser apenas
quantitativo, mas, também, relativo.

Em nossa circunstância humana, captamos a


substância do Infinito pela percepção de
tempo e espaço. Mesmo falando-se muito de
nossa insignificância em relação ao Universo,
não somos grandes ou pequenos, porque da
grandeza infinita somos parte inseparável.
Somos manifestações fundamentais em seu
movimento maior.

11
Tempos são movimentos dos quais nós
emergimos, como a música que surge
num disco de vinil, somente se ele girar.
Assim nos manifestamos no tempo de
nossa realidade, com nossa vida, música,
arte, poesia, ciência, dança… Nosso Ser e
nosso Estar fazem par, valsam em
círculos pelo salão cósmico, da menor
partícula, aos sistemas e galáxias.

Como entidades biológicas, somos muito


mais do que meros ciclos de
transformação da matéria. A vida em si já
é muito mais do que aquilo que a Terra
criaria sozinha. Nessa abundante
biosfera, protegida das radiações letais
do Sol, toda a vida existente aqui é fruto
da fecundação de poeiras estelares. Sim,
somos da mesma matéria das estrelas.
Metáforas do tipo “deixe sua estrela
brilhar” têm mais verdade do que
supomos. O que nos leva a pensar: qual é
a energia que insiste em animar a
matéria, ao ponto de ela olhar para si
mesma e ter consciência?

Poderíamos dizer que nossa alma, nossa


psique surge da inteligência desenvolvida
na busca pela saciedade,
autopreservação e continuidade. Isso
tudo já seria fascinante, pois sofremos de
desconexão com nosso incrível mundo
natural, que, por si só, já é extraordinário
em relação a todo o Universo conhecido.
12
Nossa civilização nos isola, fragiliza e
adoece. A religação humana tornaria o
mundo natural um profundo significante,
gerando uma revisão de todos os nossos
significados como sociedade. Esse
processo também nos faria perceber o
Infinito de outra forma. Indivisível, aqui,
agora e sempre.

O Infinito é a Criação, ininterrupta. A meu


ver, há uma inteligência maior, que
suplanta nossos conceitos de ordem e
caos. Se você quiser chamar de Deus, tudo
bem. Ele, o Uno. Nós, o Verso. No verso,
em nosso tempo, estamos. Tudo o que vai
acontecer, vai acontecer e já aconteceu. De
uma flor, que se desprende do Ipê, a uma
supernova. Não há interferências divinas,
alterações, novas ações, modificações da
realidade em funções de pedidos. Mesmo
assim, não é uma contradição ter fé,
porque todos os pedidos já estão
potencialmente atendidos. Não há algo
legítimo que se peça a Deus ou ao
Universo que os seres humanos não
possam resolver uns pelos outros, com o
uso da capacidade e do livre-arbítrio.

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O que me faz lembrar da Criação do
Homem, pintada por Michelangelo no
teto da Capela Sistina. O livre-arbítrio é
simbolizado pelo dedo indicador
discretamente abaixado de Adão,
enquanto Deus se estica todo em sua
direção, para tocá-lo. A pequena
distância pode ser quebrada se Adão
esticar o dedo. Mas, por que Adão não o
faz? A resposta está no já revelado
formato de cérebro dado por
Michelangelo ao manto de Deus, como
que a sugerir que a vida se tornou
humana com o surgimento de nossa
inteligência peculiar. O ser humano
começa sua jornada a partir da ciência
de si, do pensamento que o separa do
Todo, modificando sua relação instintiva
com a natureza.

Mitos da Criação estão em nós, através


da experiência de passar pelo Éden, o
jardim do ventre de nossas mães, onde
somos alimentados e aquecidos,
incondicionalmente. Ali começamos a
acordar, mas não temos consciência de
nossa fragilidade até que o “fiat lux” do
nascimento comece a informar nosso
cérebro com os desconfortos sensoriais
do mundo físico. Começamos a aprender
sobre a morte quando ouvimos pelas
primeiras vezes “come tudo senão você
não vai crescer”.
14
Em uma pesquisa da brilhante
neuroanatomista brasileira Suzana
Herculano Houzel, descobriu-se que nossa
inteligência diferenciada partiu de um ramo
de primatas que descobriu,
acidentalmente, que o fogo deixava os
alimentos mais macios. Nossos
antepassados repetiram o aprendizado a
cada geração e isso fez com que parte da
energia, antes gasta numa digestão mais
pesada, passasse a ser usada na
aceleração do desenvolvimento do cérebro.
Nossa estrutura neurológica ficou mais
complexa, rica e apta a processar muito
mais dados de nossas experiências.

Separados do útero, do peito, da


ingenuidade na relação com o Todo, a
complexa estrutura neurológica que
herdamos projeta gradualmente a
realidade dentro de nós, como as projeções
na parede do mito da caverna de Platão.
As projeções internas desafiam nossa
cognição a sair da caverna, a ver além. A
buscar, culturalmente, a sobreposição
nítida entre nossa projeção interna e a
realidade.

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Nesse mundo das ideias, projetamos com
mais potência juntos e, por isso, só saímos
realmente da caverna juntos. Mas,
ironicamente, também na caverna
teimamos em permanecer juntos. Com
isso, falhamos na transferência de
conhecimento e experiência qualificados. E
nos limitamos a entender como algo
melhor aquilo que é projetado por alguém
tão ignorante quanto nós.

Diante disso, o que faz um bom e rebelde


habitante da caverna? Não se conforma
com pouco. Abraça valores mais nobres,
como a honra, a dignidade e o amor. E
abandona a mera condição de
sobrevivente, se arriscando a sair, para
apresentar ao seu grupo uma nova
perspectiva. Assim, no mito da caverna,
aquele que se libertou dos grilhões e saiu
voltou para buscar os outros. O mesmo
que cada um de nós deve fazer. Sair da
caverna, sair da bolha, buscar novas
perspectivas, observar a tudo com um
novo sentido e compartilhar com o grupo.
Estimular a plasticidade da estrutura
cerebral que temos em comum.

Como já disse Neil DeGrasse Tyson, "o


sentido da vida é dar sentido à vida.”

16
Uma amostra desse potencial criativo das
projeções está no inconsciente coletivo,
onírico, compartilhado em símbolos,
arquétipos, mitos, construções,
representações e linguagens. Temos um
mundo interno, interligado e que toca o
nosso consciente por uma cortina cultural,
mediadora na comunicação de cada
pessoa com o meio.

O interior do Ser também é uma das


potências do Infinito e nosso destino é
participar da própria Criação, através de
um novo olhar, afeto, boas trocas,
experiências, conhecimentos, educação,
cultura e ciência. Quanto mais o telescópio
James Webb avança, mais nosso interior
se expande.

É através da vida, onde quer que esteja,


que o Universo se enxerga, testemunha a
si próprio em seu nível físico. Por isso,
queremos ir sempre além, em busca de
uma parte nossa que nos espera adiante.
Mesmo que seja além do horizonte, no final
do arco-íris, em outro coração ou mundos
distantes.

17
Com frequência ouvimos o quanto é óbvia
a existência de outros lugares com vida
inteligente lá fora. Concordo infinitamente.
Viagens com esse propósito refletirão
nossa vocação em partir para explorar o
desconhecido. Contudo, outros mundos
são mais do que outros planetas. São
outros tempos. E o verdadeiro passageiro
de nossa nave será o nosso tempo.
Lançaremos ao Infinito o nosso finito. O
tempo de nosso mundo, que rege nossa
matéria, nosso corpo e nossa consciência.
Um dia, acessaremos outras dimensões,
sincronizando as cronologias e escalas de
tempo que nos separam.

Se considerarmos a Terra como nossa


Nave Mãe, já temos aqui mesmo, ao nosso
redor, o desafio de acessar dimensões de
outros mundos e tempos. Haverá uma
linguagem que suplantará essas barreiras
quando nossa cultura, consciência e
sensibilidade superarem a percepção
tridimensional e linear de tempo.

Para buscar lá fora, temos que encontrar


aqui.

18
A vida inteligente que buscamos no espaço
vem do ímpeto inconsciente de encontrar
nossa própria vida inteligente aqui. Da
mesma maneira, a busca por outro mundo
em condições de nos receber vem do
ímpeto inconsciente de fazer da Terra o
mundo que buscamos. Esses anseios
inatos são uma memória residual na
própria Natureza, herança da vida que
viajou, das estrelas ao nosso planeta.
Talvez, um dia, tenhamos que fazer esse
movimento, para sermos os deuses de
outro orbe e impactarmos suas memórias
planetárias com esse mesmo ímpeto de
busca que herdamos. E assim, através das
nossas descobertas, o Infinito se
autorreconhece.

A evolução educacional, filosófica e


relacional nos libera à aplicação de nosso
potencial. Nos revela nossa real condição e
o quanto precisamos interagir com
harmonia. O autoconhecimento leva ao
autorreconhecimento, à humildade,
tolerância e um estado essencial de
receptividade. Para que haja essa troca
real, precisamos explorar juntos o
horizonte da linguagem, a construção das
sinapses, a elevação dos significados, a
evolução da percepção e,
consequentemente, a expansão da
realidade. 19
Por isso, considero que os verdadeiros
encontros nesta vida são de importância
fundamental ao Infinito. Cada pessoa é um
universo em si e nossa sociedade é feita
de multiversos. Você quer saber se
existem universos paralelos? Olhe para a
pessoa ao lado.

Que não nos enganemos: O Universo é


vivo. Nos recria a cada momento, à sua
imagem e semelhança, assim como nós o
recriamos. Para Ele, tudo é realidade,
inclusive nossa imaginação. E quanto mais
o percebemos dentro, à volta e além, mais
ele vive em nós, através da evolução
vivida, estimulada e compartilhada. Para
existir, o universo precisa dessa
confirmação em nossa dimensão íntima. O
Infinito é incompleto sem a gente. Mas
damos o Infinito uns aos outros. Ainda que
seja “enquanto dure”.

Marcelo Corrêa

Escute o bater do seu coração. Conta pra


Perceba o eco do silêncio no final da leitura. gente
Esteja pronto para brincar de ser, ouvir, como você se
escutar, falar, sentir, trocar, tocar e ser sente?
tocado pelas palavras escritas e faladas.
20
Que efeitos o texto
escolhido pode
provocar no grupo de
biblioterapia?

É possível que os Mas aquilo em que mais


participantes revejam aposto é na gostosa
conceitos sobre o infinito, o sensação de aconchego
universo, a vida, a morte, os pela descoberta de que o
relacionamentos, as universo e suas infinitas
relações entre o cotidiano e possibilidades são
a espiritualidade. acessíveis dentro de nós, e
entre nós e os outros. Até
Também pode acontecer de porque pode ser que o
outro seja apenas eu em
sentirem confortos
outras condições.
inesperados pela
ressignificação da
importância do cotidiano e
das pequenas coisas diante
da vastidão assustadora do
universo e da sua qualidade
de algo relacionado ao
infinito e, talvez, à
eternidade
21
MINIAUTOBIOGRAFIA
DO AUTOR

Quem é, onde vive,


o que pensa e o que faz
Marcelo Corrêa

Sou Marcelo Corrêa, paulistano, rio-pretense e,


novamente, paulistano. Tenho 54 anos.

Em 1969, mesmo ano em que a humanidade


retornou à Lua, eu cheguei de lá, num 5 de março.
Tive uma infância profunda, em meio a livros de
história, estórias e arte. Tudo o que me impactava
vibrava para as pontas dos dedinhos, através do
desenho. Essa relação imagética com a realidade me
levou a descobrir, há 40 anos, uma carreira na
publicidade, na qual venho atuando como ilustrador,
criativo e diretor de cena em projetos e campanhas
de grandes marcas brasileiras. Hoje, em paralelo à
minha atuação como executivo de novos projetos
audiovisuais, reconheço os mananciais de
informação da alma humana e adoto a escrita como
a linguagem libertadora de minhas emoções, com
narrativas em prosa, verso, inverso e universo.

22
Agora, o não verbal e o verbal casam-se em mim
nas camadas do audiovisual, onde venho atuando
em sala de roteiro. Vou estrear em breve uma
comédia nos cinemas, chamada Sara, Lia e Léa, ao
mesmo tempo em que escrevo mais um filme e uma
série, de que poderei falar só um pouco em nosso
encontro, devido ao sigilo necessário.

Em meus roteiros individuais quero ir além do óbvio


e desgastado, explorando as camadas do
audiovisual com a potência do subtexto, da
simbologia e do silêncio. A experiência é rica e só se
conclui quando a liberdade que a cria for semente
em outros corações.

Me sinto no começo. Não sei quando retorno à Lua.


Só sei que será na infância.

23
MINIBIOGRAFIA
DO MEDIADOR

Quem é, onde vive,


o que pensa e o que faz
Daniel Garcia Rodrigues

Daniel Garcia Rodrigues (nome autoescolhido, nome social), 59


anos, homem transexual, nascido Dinamara Garcia Rodrigues,
em 05 de maio de 1964, em São José do Rio Preto -SP., Brasil .

É doulo de escritores, escritor, biblioterapeuta e doutor em


Teoria da Literatura.

Combinou biblioterapia e escrita criativa, mediando uma oficina


de 80 horas e duas edições, para a UNESP - Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, de São José do Rio
Preto -SP: Oficinas de Escrita Criativa/Literária - Uma estação
no inferno: diálogos e tweets entre Dante Alighieri e Lucifer
Morningstar, com técnicas de Biblioterapia. A oficina foi
ministrada de junho a novembro de 2021, on-line, com
participantes de diversos estados brasileiros e até do exterior.

Em 2022, de junho a dezembro, em 14 encontros presenciais


quinzenais, totalizando 21 horas, na Unesp de São José do Rio
Preto -SP, ministrou outra oficina de escrita criativa com
técnicas de biblioterapia nomeada

24
Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença: até que o
verbo se encarne – Oficinas de Escrita Criativa com Técnicas
de Biblioterapia.

Entre 2020 e 2022, mediou oito encontros gratuitos e on-line


de biblioterapia ou leitura afetuosa, denominados Chá de
Camomila & Livros na Mochila.

Como escritor, fala sobre sua condição de transgênero e


transetário, em seu romance Little Purple Rains: A
Historinha da Mulher-Menino (Vitrine Literária, 2015).

Em 27 de fevereiro de 2023, no FALZim 2023, evento


premiado pelo Prêmio Nelson Seixas, da cidade de São José
do Rio Preto – SP, a partir da obra de Aílton Krenak, fez uma
palestra intitulada Ailton Krenak e a literatura do ISSO, da
consciência harmônica, da criança sagrada, do homem que
brinca.

25
SE VOCÊ GOSTOU, POR FAVOR, MANDA UM
DEPOIMENTO PARA MIM? EM TEXTO OU VÍDEO:
danielgarciarodrigues.mic@gmail.com

Referências

CORRÊA, Marcelo. Entre o meu infinito e o seu. Postagem no Facebook. 22 de maio


de 2023. Disponível em https://www.facebook.com/marcelo.correa.3998. Acessado
em 23 de junho de 2023.

FREITAS, Nelson. Futuro (Texto de Marcelo Corrêa). [S.l.: s.n.] 1 vídeo (4 min. 00 seg.).
Publicado pelo canal Nelson Freitas. Disponível em https://youtu.be/Ql-MABdo8RY.
Acessado em 23 de junho de 2023.

NENHUM DE NÓS. Astronauta de Mármore. [S.l.: s.n.] 1 vídeo (3 min. 15 seg.)


Nenhum De Nós - O Astronauta de Mármore (Legendado). Publicado pelo canal Music
Time. Disponível em: https://youtu.be/J4VvEAelrpg. Acessado em 23 de junho de
2023.

OUAKNIN, Marc-Alain. Bibliothérapie: lire, c’est guérir. Paris: Éditions du Seuil, 1994.

SOUSA, Carla. Biblioterapia e mediação afetuosa da literatura. Florianópolis/SC. Ed.


Da Autora, 2021.

26
aucoup!
Merci be

Daniel Garcia Rodrigues


biblioterapeuta
doulo de escritores

17-99619-1377
danielgarciarodrigues.mic@gmail.com

Experime
nte uma
ses
bibliotera são de
ou uma o pia
rientação
escrita cr de
iativa/lite
rária

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