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O encantador de pessoas: oratória e marketing pessoal
O encantador de pessoas
CURSO DE ORATÓRIA E MARKETING PESSOAL
Por Profª. Drª.. Dinamara Garcia Rodrigues
Gerente de conteúdo
dinamaragarcia@plasticine.co
APRESENTAÇÃO
Ele surge da possibilidade de se acreditar que algo possa sair errado em uma
apresentação. Suas principais causas advêm do desconhecimento do assunto; da
falta de prática de falar em público e falta de conhecimento de si próprio.
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O medo, todavia, também pode ser utilizado como um acessório natural para
auxiliar a melhorar o discurso, devido às mudanças químicas que se desencadeiam
no organismo, beneficiando o orador, ao gerar entusiasmo e dinamismo.
Não receie parecer tolo, inadequado, ridículo. Tire proveito desse temor, tentando
rir de você mesmo logo no começo de sua exposição, mas, cuidado, não se
empolgue demais na autoironia a ponto de exagerar. Não é preciso simular uma
queda, mas, se ela de fato acontecer, será um bom momento para explorar esta
técnica de rir de você mesmo antes que outros o façam. Comente quanto você foi
desastrado, quanto ficou envergonhado, e peça ajuda da plateia para se sentir
melhor.
A maioria do público vai se sentir bem por sua coragem, sua capacidade de brincar
consigo mesmo, e vai se tornar solidária a você. O gelo foi quebrado e agora você
pode começar a expor o motivo real desse encontro.
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PRIMEIRA PARTE
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organizar sua fala para expor um único assunto que mereça mais destaque, como,
por exemplo, a apresentação de um TCC ou uma entrevista de emprego. O objetivo
é ajudar o aluno a filtrar o lixo do luxo informacional, tornando-o mais seguro para
escolher o que falar ou não, o que destacar, como e por quê.
VÍDEO 6 - O OUTRO É MEU BRILHO, POR ISSO AMO FALAR COM ELE
Comunicar é tornar comum uma ideia, um assunto, uma atitude. Sendo assim, esta
aula foca a importância do outro para o sucesso de qualquer apresentação oral ou
escrita. O aluno será levado a respeitar e desejar a atenção do outro, buscando a
cumplicidade dele para que ambos compartilhem daquele momento de
apresentação como uma troca humana feita de encontro e alegria.
SEGUNDA PARTE
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VÍDEO 11 - VOCÊ NÃO PRECISA SER SANTO, MAS, QUASE PODE SER
As aulas anteriores buscaram levar o participante a desenvolver conhecimento e
aplicá-lo na prática, seja em situações de comunicação ou em outras mais
específicas do cotidiano. O curso objetiva mudança de valores e modos de pensar o
mundo, portanto, agora quase chegando ao fim, é hora de mostrar ao participante
que, se ele seguiu todos os passos, já saiu da informação para a comunicação, desta
para o conhecimento que se transformou em sabedoria, só restando um patamar
que não precisa ser atingido, o da santidade, ou a máxima doação de si mesmo ao
outro.
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PARTE I
FALAR E OUVIR
CONCEITOS IMPORTANTES
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pessoas em geral, sem que os tenhamos solicitado na maior parte das vezes. Esses
signos são estímulos que proliferam na vida urbana contemporânea, estão por toda
parte, a todo momento e, por serem excessivos, dificultam nossas escolhas e
exigem um filtro de atenção para selecionarmos o que nos convém e é de fato
importante.
INFORMAÇÃO
Falamos porque somos seres gregários, sociais, vivemos em grupo, e nossa vida no
grupo foi e é uma questão de sobrevivência muito mais que apenas biológica. O
falar nasceu da interação do nosso corpo com nossas ferramentas e nossos
afazeres de caça, agricultura, construção e, bem mais tarde, de artes e arquitetura.
Falamos porque a comunicação faz parte da nossa essência humana. Falar é tão
importante que outras formas de comunicação foram criadas para auxiliar a
memória e o corpo, tais como a escrita, a pintura, a dança etc. Hoje em dia, falar e
escrever são atividades cotidianas de todas as profissões, compondo a
comunicação como duas de suas mais importantes ferramentas. Só quem sabe
escutar sabe falar. Só quem sabe ler sabe escrever.
Tanto para falar quanto para escrever é muito importante a escuta do outro.
Falamos, ouvimos, escrevemos e lemos porque desejamos e precisamos agir com o
outro, precisamos da presença dele, da interação eficiente com ele. Entretanto,
nenhuma técnica de oratória ou de escrita tornará nossa comunicação eficiente se
não soubermos acolher e ouvir o outro, seja nas relações pessoais, seja nas
profissionais.
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Estar centrado e ter os pés no chão não é deixar de sonhar ou fazer coisas
divertidas, mas, sim, deixar o trabalho e a diversão dialogarem e interagirem
respeitosamente. Quem não conhece os próprios sonhos jamais será, de fato,
centrado. Quem é centrado sabe transformar seus sonhos em realidades que o
beneficiem ao beneficiarem os outros que buscam interações profissionais e
pessoais com o sonhador centrado.
Também precisamos ter clareza sobre quem somos nas relações com superiores,
colegas de trabalho, funcionários e outros parceiros a cujo convívio a profissão ou
a situação de avaliação nos levará.
Pesquisa e preparação
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melhores relações que puder entre seu conhecimento teórico e sua prática. Se
estiver seguro dessa inter-relação, ficará bem mais fácil falar e se expor.
Se mesmo ciente de que tem essa competência teórica e empírica, ainda se sentir
nervoso e inseguro, prepare-se relaxando e treinando um pouco, de preferência
nos dias que antecedam a véspera da exposição. Deixe o dia da véspera para
somente relaxar e fazer outras coisas que nada tenham a ver com a aula,
conferência etc.
COMUNICAÇÃO
Tornar comum
Assim, quando formos falar, precisamos ter em mente esse caráter coletivo e de
troca da comunicação, mesmo se ocuparmos predominantemente a posição de
falante. Enquanto falamos, precisamos ver o olhar da plateia, seus gestos, sua
postura corporal. Mesmo estando quietos, os componentes da plateia dialogam
conosco por meio da comunicação visual, gestual e corporal, muitas vezes dando-
nos a curiosa sensação de que é quase possível ler-lhes os pensamentos.
O que sabemos de nós mesmos e como o passamos àqueles que nos ouvem ou com
quem interagimos são dados fundamentais das relações de comunicação. É preciso
se certificar quanto à imagem que se está passando quando, por exemplo, estamos
dando aulas. Nos sentimos seguros? Passamos essa segurança em nossa postura,
nossos movimentos, nossos gestos, nosso tom de voz? Não tenha receio de sentir
prazer por estar falando e sendo ouvido, por estar, de alguma forma atingindo o
outro, provavelmente a melhor de que você é capaz.
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PARTE II
CONHECIMENTO
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A sedução é uma promessa de bem estar que muitas vezes já vai se concretizando
na situação de comunicação. Leva-se tempo para dotar o discurso dessas
qualidades de sedução. Isso requer dedicação, conhecimento e segurança, mas, se
você nunca tentar pôr um pouquinho de cor e melodia em sua fala ou escrita,
jamais experimentará o prazer de dar prazer ao outro na situação de comunicação.
Falar para uma pessoa ou para 150 exige que tomemos conta também dos nossos
gestos e de nossa voz. Afinal, nosso corpo, nossa postura, nossas mãos, nosso olhar,
nosso sorriso, nossas expressões faciais dão vida àquilo que estamos expondo. É
preciso que nosso ouvinte ou nosso público sinta a vida no veículo em que nossa
voz e nosso pensamento se manifestam, transmitindo ao outro nosso
conhecimento, nosso auxílio, nossa humanidade interativa, nossa vontade de
chegar ao outro e interagir com ele, seja para ouvir, ensinar, aprender ou
compartilhar informações, conhecimentos, modos de melhorar a vida uns dos
outros.
Não é preciso ser bonito como pedem as capas de revista, não é preciso vestir-se
de acordo com padrões midiáticos. Esteja limpo, elegante, sem muito perfume, sem
muita maquiagem ou decotes e saias curtas (no caso das mulheres,
evidentemente!) e coordene seus gestos, sua postura e sua voz a seus elementos de
estilo de roupas e acessórios. Seja agradável e acolhedor, demonstre sua
inteligência, seu conhecimento e sua boa vontade naquela situação que é sempre
de troca, mesmo que a palavra esteja predominantemente com você.
Marketing pessoal não é somente sua aparência, seu modo de se vestir. É, acima de
tudo, sua história profissional, a maneira como você conduz sua carreira e, por
meio dela, interage com outros profissionais, com superiores hierárquicos, com
subalternos, com pacientes, clientes, alunos etc. Os locais onde trabalhou, estudou,
os registros que deixou em cada um deles são aspectos muito importantes para
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que você seja lembrado como alguém competente em sua área de atuação, alguém
que tem conhecimento, postura, atitude e sabe compartilhar conhecimento, sem
jamais parar de aprender mesmo quando está ensinando.
Repertório
Não há marketing pessoal que sobreviva à falta de repertório. Quem vai lhe ouvir
acredita que você tenha o que falar, que saiba mais que sua plateia ou seu cliente,
ou que possa impressionar seus avaliadores, mesmo sendo o repertório deles
maior que o seu. Estude sempre bastante antes de uma apresentação em público.
Certifique-se de que entendeu tudo o que vai expor.
Quem tem bastante conhecimento e nunca para de estudar se sai sempre melhor
que o vaidoso despreparado. Não estude as teorias e práticas de sua área somente
para dar aulas ou conferências. Estude sempre. O século XXI exige profissionais em
constante educação. Tente não se limitar a ler e aprender somente sobre sua área
profissional. Abra sua mente para outros assuntos, sobretudo artes, cultura,
estudos sociológicos, filosofia, estudos do contemporâneo, literatura etc.
Viver no século XXI é muito complexo, exige filtros para separar o lixo do luxo no
excesso de estímulos informativos. O conhecimento e a leitura de livros em
diversas áreas nos auxiliam a ter a capacidade de decidir quanto ao valor real de
uma informação, e nos dão segurança para descartá-la como falsa, superficial ou
desnecessária.
SABEDORIA
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leitura. Ela exige nossa capacidade de relacionar leituras e ação por meio da
interpretação daquilo que lemos e estudamos comparado àquilo que vivemos no
dia a dia.
Ser sábio é transformar as coisas que lemos nos livros em ações no mundo, desde a
nossa casa até nosso trabalho e nossos locais de lazer, bem como em toda parte da
vida em comunidade. Ser sábio é ligar livros e mundo, transformando o que outros
autores escreveram em acontecimentos que dão sentido à vida e a tornam mais
prazerosa para o maior número possível de pessoas afetadas pela convivência
conosco.
Respiração
Jamais seremos bons comunicadores se não soubermos ouvir nosso corpo. Para
que o ouçamos necessitamos de uma respiração segura e serena, com equilíbrio
entre a inspiração e a expiração. Ela precisa mover-se das fossas nasais ao ventre,
como a dos bebezinhos, precisa levar em conta o diafragma, ou seja, precisa ser
completa, para irrigar nosso sangue com bastante oxigênio. Só assim podemos
dominar nervosismo e ansiedade. Ela é uma das primeiras práticas para sairmos
do estado alienado de quem somente recebe um excesso de informação e não sabe
o que fazer com ele.
Segurança
O resultado de tudo que foi exposto anteriormente, relativo ao corpo, aos gestos, à
postura, à respiração e ao repertório é a nossa segurança de comunicadores, e será
transmitida àqueles que nos ouvem ou leem, como parte de uma atuação viva no
mundo. Nossas palavras coincidirão com a graça de nossos gestos, principalmente
das mãos, com nossas expressões faciais, olhares, sorrisos. Coincidirão com a
modulação e os movimentos de nossa voz. Daremos a impressão de estarmos
muito presentes, e não será somente uma impressão, será a verdade de nossa
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atuação no contato com o outro, seja um único indivíduo que veio para uma
consulta/consultoria, seja uma plateia cheia de alunos ou colegas que nos foram
ouvir em uma aula ou congresso. Mais uma vez é preciso lembrar que a segurança
não exclui alguns tremores nas mãos, vacilações na voz e até falta de memória.
Ser e estar seguro não é não sentir nada desses aspectos aparentemente negativos.
Ao contrário, segurança é passar por eles e mesmo assim continuar firme, certo de
seu potencial, de seu conhecimento, de sua preparação e, acima de tudo, de sua
vontade de estar ali e agir na comunicação com o outro que veio em busca de seu
conhecimento, de sua experiência, esperando sair dali melhor do que chegou. A
segurança inclui ainda a alegria e a leveza de não saber tudo e estar pronto para
também aprender com o outro, sempre. Inclui também a capacidade de admitir os
próprios erros com elegância e generosidade.
Empatia
Leva algum tempo para termos mais certeza do que lemos nos olhares, gestos e
movimentos daquele que nos ouve. No entanto, com o tempo, de tanto tentarmos
nos pôr no lugar do ouvinte, acabamos quase adivinhando as reações internas dele
por aquilo que seu corpo nos mostra.
Nosso desejo de experimentar como o outro se sente precisa ser sincero, fazer
parte do nosso respeito por todos que nos ouvem ou leem. Afinal, a comunicação
pressupõe tornar algo comum, partilhado, compartilhado e, na posição de
escritores, falantes, palestrantes, acreditamos ter algo de importante a dizer, algo
de que o outro precise e veio buscar em nós.
Não faz mal se nossa contribuição for pequenina. Não somos salvadores do mundo,
só desejamos contribuir, por meio de nosso trabalho, para que nossos parceiros de
existência tenham uma vida melhor. Se muitos se sentirem melhor, isso nos afetará
positivamente e nossa vida ficará mais prazerosa e fará mais sentido.
SANTIDADE
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Claro que não queremos e nem podemos, em nossa maioria esmagadora, chegar a
esse nível. Nem as pessoas estão esperando isso umas das outras nas diversas
relações de comunicação possíveis em nossas vidas pessoais, profissionais e
sociais.
Abaixo do nível de santidade, no entanto, todo o resto é dever profissional e
requisito para todo tipo de realização que o conturbado e fascinante século XXI nos
propõe e quase sempre impõe.
BIBLIOGRAFIA:
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MORIN, Edgar. A comunicação pelo meio. Revista FAMECOS, Porto Alegre, nº 20,
abril 2003, quadrimestral. Disponível em
http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/famecos/article/view/335/266
. Acessado em 25 de fevereiro de 2013.
NOVA, Milton Roberto Sales Lagoa. A Importância de falar bem. Disponível em:
http://www.rh.com.br/ler.php?cod=4373&org=3. Acessado em 25 de fevereiro de
2013.
SANTOS, Ruzia Barbosa de. Oratória: guia prático para falar em público. Brasília –
DF.: Editora SENAC, 2011.
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