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EXECUÇÃO
Período: 05 a 23 de maio de 2014.
Raphael Miziara (Prof. e Advogado) e Roberto W. Braga (Prof. e Juiz TRT 22ª Região)
1
Assunto já tratado exaustivamente nos Informativos nºs 66 e 71.
2
Para mais detalhes sobre a execução em face da Fazenda Pública conferir CUNHA, Leonardo José
Carneiro da. A Fazenda Pública em Juízo. 6.ed. São Paulo: Dialética, 2008, p. 251-309.
economia mista e as empresas públicas. Embora integrem a
Administração indireta, não ostentam natureza de direito público,
revestindo-se da condição de pessoas jurídicas de direito privado, a
cujo regime estão subordinadas. Então, em resumo, quando se alude à
Fazenda Pública, na expressão não estão inseridas as sociedades de
economia mista nem as empresas públicas, sujeitas que são ao regime
geral das pessoas jurídicas de direito privado.
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CARVALHO, Matheus. Manual de Direito Administrativo. Salvador: JusPodivm, 2014. págs. 218-219.
concurso, porém, sem a garantia da
estabilidade do art. 41 da CR/88.
- a dispensa deverá ser motivada.
Em conclusão:
Processo
TST-E-RR-84500-98.2007.5.04.0007, SBDI-I, rel. Min. Augusto César
Leite de Carvalho, 8.5.2014.
Art. 43, § 6º, Lei n. 8.212/90. Nas ações trabalhistas de que resultar o
pagamento de direitos sujeitos à incidência de contribuição previdenciária, o juiz,
Referências
sob pena de responsabilidade, determinará o imediato recolhimento das
legislativas
importâncias devidas à Seguridade Social.
[...]
§ 6º Aplica-se o disposto neste artigo aos valores devidos ou
pagos nas Comissões de Conciliação Prévia de que trata a Lei no 9.958, de
12 de janeiro de 2000. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009). (grifamos).
Referências -
Obs: foram incluídos neste informativo esquematizado todos os julgados publicados pelo TST.
Este informativo não constitui repositório autorizado de jurisprudência e foi elaborado com base
no layout do site www.dizerodireito.com.br dada sua facilidade didática.
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A adesão à greve é fato capaz de ensejar o despedimento?
É válida a cláusula normativa que autoriza a inspeção pessoal que não acarrete
toque em qualquer parte do corpo do empregado ou retirada de sua vestimenta e
proíbe a instalação de câmeras de vídeo nos banheiros e vestiários.
O TST entendeu que a fixação de critérios à realização da revista pessoal são
providências que não extrapolam o alcance conferido ao poder fiscalizador da
empresa, razão pela qual a cláusula não pode ser considerada uma atitude
exacerbada e invasiva da intimidade e privacidade dos empregados.
Parte da doutrina entende que sim, casos em que não há que se falar
em harmonização. Entende-se que a solução fornecida pelo princípio
Por outro lado, tal poder empresarial não é dotado de caráter absoluto,
na medida em que há em nosso ordenamento jurídico uma série de
princípios limitadores da atuação do controle empregatício.
1
Ocorre que este não é o convencimento atual da maioria dos Excelentíssimos Ministros que compõem a 3ª
Turma, como se viu.
Informativo TST esquematizado Página 6
de empregados em categoria econômica destituída de
especificidade apta a justificar tal tipo de fiscalização exacerbada e
invasiva (seguimento empresarial de panificação e confeitaria)
constitui preceito normativo privado inválido, por afrontar a ordem
constitucional imperativa. Provimento negado. (ROAA - 80200-
65.2007.5.09.0909, Redator Ministro: Mauricio Godinho Delgado,
data de Julgamento: 11/05/2009, Seção Especializada em Dissídios
Coletivos, Data de Publicação: 22/05/2009) (grifo nosso).
O caso concreto
DIREITO DO TRABALHO
jus variandi: é lícita a alteração de uma função, com jornada de trabalho reduzida, para
outra, com carga horária maior, devendo o período acrescido ser pago de forma simples.
2
É o caso de Marcelo Moura, em sua CLT comentada. 3. ed. Salvador: JusPodivm, 2013. pág. 516
Foi ainda publicada uma decisão julgada pela SDI-I. Referida decisão trata de questão
especialíssima e casuística, relacionada a alguns empregados da Caixa Econômica
Federal, que abrangeram normas internas da empresa e que, por isso, dispensa
comentários esquematizados. De qualquer forma, segue transcrição:
CEF. Gerente geral. Horas extras. Jornada de 6 horas diárias assegurada pelo
PCS/89. Pretensão de manutenção do pagamento das horas extraordinárias por
força de previsão constante no PCS/98. Prescrição parcial. Descumprimento de
norma vigente.
Não incide a prescrição total na hipótese em que a pretensão posta em juízo diz
respeito ao reconhecimento ao direito de manutenção da jornada de 6 horas ao
gerente geral, prevista em norma anterior da Caixa Econômica Federal - CEF (OC
DIRHU 009/88 e PCS/89), a qual foi alterada por norma posterior (PCS/98) que, no
entender do reclamante, teria assegurado o direito de irredutibilidade salarial e
manutenção das vantagens decorrentes da norma anterior. No caso, prevaleceu a
tese de que o empregado, gerente geral, pretende que lhe sejam deferidas as 7ª e 8 ª
horas diárias como extras, em decorrência do descumprimento da norma vigente
(relatórios SISRH EMPR, C – SISRH PCSE, C – item 3 da CI 055/98) e não em razão
de ato único do empregador. Com esse entendimento, a SBDI-I decidiu, por
unanimidade, conhecer dos embargos da CEF, por divergência jurisprudencial, e, no
mérito, por maioria, negar-lhes provimento. Vencidos os Ministros Augusto César Leite
de Carvalho, relator, Ives Gandra Martins Filho, Brito Pereira e Dora Maria da Costa,
que, entendendo contrariada a Súmula nº 294 do TST, conheciam e proviam os
embargos para julgar prescrita a ação. TST-E-RR-14300-32.2008.5.04.0007, SBDI-I,
rel. Min. Augusto César Leite de Carvalho, red. p/ acórdão Min. Luiz Philippe Vieira de
Mello Filho, 13.2.2014.
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É inválido instrumento coletivo que exclui o direito às horas in itinere, ainda que
mediante a concessão de outras vantagens aos trabalhadores. O pagamento das
horas de percurso está assegurado pelo art. 58, §2º, da CLT, que é norma de
ordem pública, razão pela qual a supressão deste direito atenta contra os
preceitos que asseguram condições mínimas de proteção ao trabalho, não
encontrando respaldo no disposto no art. 7º, XXVI, da CF.
Flexibilização x Desregulamentação
Limites objetivos:
A Lei das Eleições, na parte que cuida das condutas vedadas aos
agentes públicos em épocas de campanhas eleitorais, prevê a dispensa
sem justa causa do empregado público (servidor público regido pela
CLT), nos três meses que antecedem o pleito eleitoral até a posse dos
eleitos, sob pena de nulidade de pleno direito, o que representa
modalidade específica de garantia de emprego.
Então por que a Súmula 371 do TST não foi aplicada ao caso concreto?
Mas tal afirmação não pode ser entendida na sua literalidade, sob pena
da aplicação da norma causar uma situação de injustiça.
Foi justamente dessa hipótese que cuidou o julgado ora comentado. A 2ª Turma
do TST decidiu que (decisão posteriormente reformada):
Por outro lado, conforme a doutrina de Carlos Henrique Bezerra Leite (in
Curso de Direito Processual do Trabalho, 10. ed. 2012, p. 884), pela
interpretação sistemática do art. 894, II, da CLT e de normas previstas no
Regimento Interno do TST, os embargos de divergência são cabíveis
das decisões:
Comentários
Breve esquema sobre o bancário:
EMPREGADO JORNADA DURAÇÃO INTERVALO OBSERVAÇÕES
Estas regras não
se aplicam aos
que exercem:
a) 6hr - funções de
contínuas nos De 15 direção,
dias úteis minutos para fiscalização
b) com alimentação, - chefia ou
exceção dos que não são equivalente
BANCÁRIO –
sábados 30h computados - ou que
art. 224 da
(sábado = dia semanais na jornada desempenham
CLT
útil não de até seis outros cargos de
trabalhado) horas (OJ n. confiança
c) jornada de 178 da SBDI- - e desde que o
trabalho entre 1) valor da
7:00 e 22:00 gratificação não
seja inferior a 1/3
do salário do cargo
efetivo.
Para que o gerente bancário se enquadre no art. 224, §2º, da CLT e, por
consequência, tenha jornada de 8 horas, é necessário que preencha dois
requisitos cumulativos: a) função de chefia/confiança + b) gratificação não
inferior a 1/3 do salário do cargo efetivo
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1 – As horas extras devidas ao bancário não podem ser compensadas com a gratificação de
função quando ausente o efetivo exercício da função de confiança. ( )
3 – No TST cabem embargos de divergência, no prazo de 8 (oito) dias, das decisões das Turmas
que divergirem entre si, ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, salvo se a
decisão recorrida estiver em consonância com súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do
Supremo Tribunal Federal. ( )
4 – Segundo a jurisprudência sumulada do TST o bancário não enquadrado no §2º do art. 224 da
CLT, que receba gratificação de função, não pode ter o salário relativo a horas extraordinárias
compensado com o valor daquela vantagem. ( )
Gabarito
1-V 2-V 3-F 4-V 5-F
INFORMATIVO esquematizado
INFORMATIVO TST nº. 75
Período: 06 a 17 de março de 2014
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TST. Este informativo não constitui repositório autorizado de jurisprudência.
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Greve de braços caídos ou operação tartaruga: os trabalhadores
realizam o trabalho com lentidão. Consiste na redução do trabalho ou da
produção, sem que haja suspensão coletiva do trabalho.
De acordo com a Lei nº. 7.783/89 (art. 7º), “(...) a participação em greve
suspende o contrato de trabalho (...)”.
1
Parte desse assunto já foi abordado no Informativo TST n. 72.
O CASO CONCRETO
2
Art. 14: “Constitui abuso do direito de greve a inobservância das normas contidas na presente Lei, bem como a manutenção da
paralisação após a celebração de acordo, convenção ou decisão da Justiça do Trabalho”.
Súmulas Súmula 316 STF. A simples adesão à greve não constitui falta grave.
OJ-SDC-10 GREVE ABUSIVA NÃO GERA EFEITOS. É incompatível com
a declaração de abusividade de movimento grevista o estabelecimento de
quaisquer vantagens ou garantias a seus partícipes, que assumiram os
riscos inerentes à utilização do instrumento de pressão máximo.
A cláusula
O TST, por maioria de votos, entendeu que referida cláusula é nula, por
afronta à Sumula 342 e ao artigo 462 da CLT e, por consequência,
reformou a decisão acima transcrita.
Esquematizando:
Votos vencidos:
Sim. Não raramente, certo ato praticado pelo empregador e que venha a
lesionar concretamente um só empregado, poderá estender seus
efeitos por toda a comunidade coletiva ou difusa de trabalhadores
ou candidatos a emprego. O ato do empregador, apesar de afetar
imediatamente um interesse singular, atinge também indivíduos que
estão em condições similares. Em outras palavras, há uma
transcendência coletiva de um interesse individual. (SANTOS, 2012)
De fato, o TST hoje adota este entendimento. Significa dizer que aquilo
que define a natureza das pretensões trazidas a juízo, caracterizando-as
como individuais homogêneas, é o fato constitutivo do direito vindicado.
Referências Art. 81, CDC. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das
legislativas vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.
Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:
[...]
III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os
decorrentes de origem comum.
MAZZILLI, Hugo Nigro. A defesa dos interesses difusos em juízo. 20. ed.
São Paulo: Saraiva, 2007.
Bibliografia
SANTOS, Ronaldo Lima. Sindicatos e Ações Coletivas. 3. ed. LTr, 2012.
pág. 97
TST-E-RR-1204-21.2010.5.03.0099, SBDI-I, rel. Min. Aloysio Corrêa da Veiga,
Processo
13.3.2014.
Limites objetivos:
O caso concreto
Colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei – Art. 485, III, do CPC
Caso concreto
3
Esse posicionamento não é pacífico, sendo que a maioria da doutrina e jurisprudência entende cabível a ação
rescisória no caso de processo simulado e não somente nos casos de processo fraudulento.
Informativo TST esquematizado Página 12
Informativo Esquematizado: TST n. 76
Período: 18 de fevereiro a 24 de março de 2014.
Raphael Miziara
Disciplina legal:
Art. 459, §1º, da CLT. O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do
trabalho, não deve ser estipulado por período superior a 1(um) mês, salvo no que
concerne a comissões, percentagens e gratificações.
§1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o
mais tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido.
Natureza jurídica da norma (art. 459, §1º, CLT) que impõe o pagamento
do salário mensal até o quinto dia útil do mês subsequente. Trata-se
de norma de indisponibilidade relativa ou norma de indisponibilidade
absoluta?
1
Já tratamos da natureza jurídica do Grupo Hospitalar Conceição nos informativos de número 66 e 71, nos quais
restou explicitado que, segundo a jurisprudência consolidada do STF, o Grupo se submete ao regime de precatórios.
serviços de saúde, em ambiente não concorrencial, e, por isso, suas
atividades correspondem à própria atuação do Estado, que não tem
finalidade lucrativa, razão pela qual goza de imunidade tributária, nos
termos da línea “a” do inciso VI do art. 150 da Constituição Federal.
DISTINGUISHING2
Síntese
2
Já tratamos com mais profundidade do dinstinguishing nos comentários ao Informativo TST n. 73, ao qual
remetemos o leitor.
Podemos sintetizar afirmando que o atual posicionamento da SDI-1 é
pela adoção da 1ª corrente (que é majoritária).
Referências Art. 459, §1º, da CLT. O pagamento do salário, qualquer que seja a
legislativas modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por período superior a
1(um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e
gratificações.
§1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser
efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido.
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 13. ed. São Paulo:
LTr, 2014.
Referências
MARINONI, Luiz Guilherme. Precedentes Obrigatórios. 2. ed. São Paulo: RT,
2011.
TST-E-RR-187600-55.2005.5.12.0027, SBDI-I, rel. Min. Renato de Lacerda Paiva,
Processo
20.3.2014.
333
E esse posicionamento é divergente dentro da própria SDI-1 do TST.
DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO
É ilícita a terceirização de atividade de call center em empresas de telefonia, devendo o
vínculo ser reconhecido diretamente com a tomadora, com a consequente aplicação dos
benefícios previstos nas normas coletivas celebradas pela real empregadora, sob pena
de ofensa ao princípio da isonomia.
Art. 186, CC. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral,
comete ato ilícito.
Art. 942, CC. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem
ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor,
todos responderão solidariamente pela reparação.
GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Curso de Direito do Trabalho. 8. ed.
São Paulo: Método, 2014.
Referências LIMA, Francisco Meton Marques de. Elementos de Direito do Trabalho e
Processo do Trabalho. 14. ed. São Paulo: LTr, 2013.
WEIL, David. The Fissured Workplace: Why Work Became So Bad for So Many
and What Can Be Done to Improve It. Boston: Harvard University Press, 2014.
TST-E-ED-RR-1936-41.2011.5.03.0107, SBDI-I, rel. Min. João Oreste Dalazen,
Processo
20.3.2014.
Com efeito, compete à parte zelar pela fiel transmissão dos dados
enviados por documento eletrônico. Não obstante saber-se que a forma é
imprescindível para a segurança dos atos processuais, certo é que o
magistrado, em hipótese alguma, deve abandonar a razoabilidade no
enfrentamento das questões.
No caso concreto, das dez laudas do recurso, cinco não contêm ora uma
linha, ora duas linhas, e não constam, na penúltima página, três linhas
correspondentes a uma transcrição de aresto do STJ, sem utilidade para o
deslinde da questão.
Incide a prescrição total do direito de ação, de que trata a Súmula nº 326 do TST,
à hipótese em que se pleiteia o pagamento de gratificação, em parcela única,
equivalente a doze salários, devida por ocasião da aposentadoria, em
decorrência de norma interna da primitiva empregadora. De igual modo, está
fulminado pela prescrição total o pedido sucessivo de reflexos da gratificação
não recebida no cálculo da complementação de aposentadoria, pois, na verdade,
trata-se de pedido acessório, devendo seguir a mesma sorte do principal.
O presente julgado dispensa maiores comentários, eis que decidido com base numa
cadeia de fatos peculiares, cuja explicação em nada acrescentará aos conhecimentos que
se cobram nos concursos do MPT e Magistratura do Trabalho, assim como nos demais
concursos da área trabalhista. O que se deve saber a respeito do que foi decidido é a
penas o teor das súmulas n. 326 e n. 327 do TST, abaixo transcritas e cuja leitura é de
extrema importância.
Exercícios de fixação:
1 – (TRT3ª Região – Juiz – 2014) A partir da interpretação literal do art. 94 da Lei n. 9.472/97 (Lei Geral
das Telecomunicações), no setor de telecomunicações é possível contratar com terceiros o
desenvolvimento das seguintes atividades ou serviços:
III – Incide a prescrição total do direito de ação, de que trata a Súmula nº 326 do TST, à hipótese em que
se pleiteia o pagamento de gratificação, em parcela única, equivalente gratificação jamais recebida e
devida por ocasião da aposentadoria.
a) I e II estão corretas.
b) I e III estão corretas.
c) II e III estão corretas.
d) todas estão corretas.
e) somente a I está correta.
Gabarito
1-D 2-B 3 – F, F, F, V
Informativo Esquematizado: TST n. 77
Período: 18 a 24 de março de 2014.
Raphael Miziara
1
Assunto já tratado no Informativo TST n. 74 (esquematizado).
Por outro lado, conforme a doutrina de Carlos Henrique Bezerra Leite (in
Curso de Direito Processual do Trabalho, 10. ed. 2012, p. 884), pela
interpretação sistemática do art. 894, II, da CLT e de normas previstas no
Regimento Interno do TST, os embargos de divergência são cabíveis
das decisões:
O caso concreto
O executado alega que esse ato judicial viola seu direito líquido e certo, ante
o flagrante excesso de penhora. A pergunta que se faz é: pode o juiz da
primeira execução determinar a remessa da quantia remanescente da
penhora para pagamento de débito em outra execução?
De outra sorte, não restou configurado excesso de penhora, visto que o saldo
remanescente não fora retido pelo juiz executante, mas transferido para
satisfazer execução pendente em outra unidade judiciária, não tendo a
executada impugnado o valor da penhora em momento oportuno.
Uma das tarefas mais árduas do julgador é saber identificar a tênue linha de
encontro entres os dois princípios acima citados. Deverá o juiz dar efetividade
ao processo executivo sem perder de vista o princípio da menor onerosidade.
Votos vencidos:
Art. 125, II, do CPC. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste
Código, competindo-lhe: II - velar pela rápida solução do litígio;
Referências
legislativas
Art. 620, do CPC. Quando por vários meios o credor puder promover a
execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o devedor.
NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de Direito Processual Civil. 3. ed.
Referências
São Paulo: Método, 2011.
TST-RO-23100-50.2010.5.13.0000, SBDI-II, rel. Min. Emmanoel Pereira, red. p/
Processo
acórdão Min. Cláudio Mascarenhas Brandão, 25.3.2013.
Informativo Esquematizado: TST n. 78
Período: 1º a 7 de abril de 2014.
Raphael Miziara (Professor e Advogado) e Roberto W. Braga – (Professor e Juiz do Trabalho – TRT 22ª)
Com efeito, o valor acordado entre as partes e que foi retido não era objeto
da ação. Ademais, o advogado não pode decidir, por si só, descontar
parcela de créditos destinados à parte que defendeu em ação judicial. Isso
por certo implica em violação do devido processo legal e do contraditório,
sendo que a apropriação sem título executivo é situação que se enquadra
no conceito de justiça pelas próprias mãos.
Art. 22, §4º, da Lei nº. 8.906/94 (EOAB). Art. 22. A prestação de serviço
profissional assegura aos inscritos na OAB o direito aos honorários
Referências convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e aos de sucumbência. (...)
legislativas
§4º Se o advogado fizer juntar aos autos o seu contrato de honorários antes de
expedir-se o mandado de levantamento ou precatório, o juiz deve determinar que
lhe sejam pagos diretamente, por dedução da quantia a ser recebida pelo
constituinte, salvo se este provar que já os pagou.
Referências -
TST-E-ED-ED-RR-1940-61.2010.5.06.0000, SBDI-I, rel. Min. Luiz Philippe Vieira
Processo
de Mello Filho, 3.4.2014.
O art. 16 da LACP (com redação dada pela Lei n. 9.494/97) dispõe que “a
sentença cível fará coisa julgada erga omnes, nos limites da competência
territorial do órgão prolator, exceto se o pedido for julgado improcedente
por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá
intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova”.
Ora, a lei nova que dispõe de forma diversa sobre matéria tratada na lei
velha, sendo ambas da mesma hierarquia, revoga-a, expressa ou
tacitamente. No caso vertente, houve revogação parcial (derrogação)
tácita do art. 16 da LACP pelo art. 103 do CDC. Logo, a alteração
pretendida pelo legislador somente surtiria o efeito almejado se tivesse
sido modificada a redação dos incisos do art. 103 do CDC, pois esta era
norma em vigor na temática da coisa julgada, e não o art. 16 da LACP.
(LEITE, 2012, pág. 1369).
Mauro Schiavi (2014, pág. 1322) também faz severas críticas ao disposto
no art. 16 da LACP:
Art. 16 da LACP. A sentença civil fará coisa julgada erga omnes, nos limites da
competência territorial do órgão prolator, exceto se o pedido for julgado
improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado
poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova.
Referências
legislativas Art. 103, II, do CDC. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença
fará coisa julgada:
I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por
insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar
outra ação, com idêntico fundamento valendo-se de nova prova, na hipótese do
inciso I do parágrafo único do art. 81;
II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo
improcedência por insuficiência de provas, nos termos do inciso anterior, quando
se tratar da hipótese prevista no inciso II do parágrafo único do art. 81;
III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar
todas as vítimas e seus sucessores, na hipótese do inciso III do parágrafo único
do art. 81.
§1° Os efeitos da coisa julgada previstos nos incisos I e II não prejudicarão
interesses e direitos individuais dos integrantes da coletividade, do grupo,
categoria ou classe.
§2° Na hipótese prevista no inciso III, em caso de improcedência do pedido,
os interessados que não tiverem intervindo no processo como litisconsortes
poderão propor ação de indenização a título individual. (...)
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do Trabalho.
10. ed. São Paulo: LTr, 2012.
Referências
SCHIAVI, Mauro. Manual de Direito Processual do Trabalho. 7. ed. São
Paulo: LTr, 2014.
TST-E-ED-RR-32500-65.2006.5.03.0143, SBDI-I, rel. Min. Carlos Alberto Reis de
Processo
Paula, red. p/ acórdão Min. Lelio Bentes Corrêa, 3.4.2014.
1
Julgado de menor relevância para concursos públicos, já que diz respeito a caso muito específico,
envolvendo legislação estadual.
Impõe-se concluir que o titular do direito subjetivo à percepção do
adicional de periculosidade deve ser, necessariamente, ou funcionário
público (servidor estatutário) do Estado de São Paulo ou servidor
público (estatutário ou celetista) da administração centralizada do
Estado de São Paulo.
Referências
legislativas
Legislação estadual já citada e transcrita acima.
Referências -
A SDC não tem competência funcional para o julgamento de ação de ressarcimento por
danos materiais, cumulada com obrigação de fazer, ajuizada por sindicato, pois o que se
pretende é o pagamento de verbas trabalhistas decorrentes do descumprimento de
normas legais e constitucionais, e não o pronunciamento do Poder Judiciário acerca do
estabelecimento de normas para regulamentar as condições de trabalho da categoria
profissional.
Miessa (2013, pág. 102) afirma que a competência funcional é aquela fixada em
decorrência da distribuição interna de atribuições (funções) dos órgãos judiciais,
no caso, da Justiça do Trabalho.
Segundo Schiavi (2014, pág. 299) e Miessa (2014, pág. 102), a competência
funcional pode ser:
a) originária,
b) recursal, ou
c) executória.
Tomando-se por base os órgãos que compõe a Justiça do Trabalho, pode-se dizer
que existe a competência funcional das Varas do Trabalho, dos TRTs e do TST. A
competência funcional originária da SDC do TST é ditada pelo art. 70, I, do RITST.
A competência funcional é absoluta ou relativa?
ABSOLUTA RELATIVA
Competência material;
Competência territorial;
competência em razão
Espécies competência em razão
da pessoa; competência
do valor da causa.
funcional.
Qualquer tempo e grau
de jurisdição, exceto
Momento de alegação instância superior que Prazo para resposta.
depende do
prequestionamento.
Conhecimento ex Pode ser conhecida ex Não pode ser conhecida
officio officio. ex officio.
Qualquer petição e até
Exceção de
Forma de alegação mesmo oralmente na
incompetência.
audiência.
Pode ser modificada
Não pode ser pela: a) prorrogação; b)
Modificação
modificada. conexão; ou c)
continência.
Nulidade Gera nulidade absoluta. Gera nulidade relativa.
Poderá ser objeto de Não pode ser objeto de
Ação Rescisória
ação rescisória. ação rescisória.
O caso concreto
O sindicato autor formulou uma série de pedidos que não veiculava qualquer das
hipóteses descritas no citado art. 70 do RITST.
Como narrado pelo próprio Sindicato Autor na petição inicial "o objeto da demanda
é a preservação da saúde física e mental do trabalhador, mediante a restauração
da norma antevista pelo artigo 145 da CLT e, por conseguinte, o pleno gozo do
descanso anual... em suma, coibir lesão a direitos individuais homogêneos".
1
MIESSA, Élisson. Processo do Trabalho para concursos. Salvador: JusPodivm, 2013. pág. 83.
julgada originariamente pela SDC. Nesse caso, por exemplo, tem-se a
competência do juízo de primeiro grau.
EMENTA DA DECISÃO
I – originariamente:
Processo
TST-RTOrd-553-37.2014.5.00.0000, SDC, rel. Min. Mauricio Godinho Delgado,
8.4.2014.
Com efeito, constou equivocadamente o nome da empresa "JBS S/A", sendo que
todas as demais circunstâncias e documentos colacionados com o recurso
e nos autos apontam no sentido de que o nome a ser estampado era "S/A
FÁBRICA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS VIGOR".
Referências Art. 499, CPC - O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro
legislativas prejudicado e pelo Ministério Público.
Referências -
Para a caracterização da desídia de que trata o art. 482, “e”, da CLT, faz-se necessária a
habitualidade das faltas cometidas pelo empregado, bem como a aplicação de
penalidades gradativas, até culminar na dispensa por justa causa.
Acerca da desídia como ato faltoso, a mesma autora ensina (fls. 876/877):
Para a dispensa por justa causa com fulcro no art. 482, e, da CLT, é sempre
necessária a gradação de penalidades?
Não.
- regra geral: a evidenciação de um comportamento repetido e habitual
do trabalhador, uma vez que as manifestações de negligência tendem a
não ser tão graves, caso isoladamente consideradas. Nesse caso, a
aplicação gradativa de penalidades é indispensável à higidez da
dispensa por justa causa.
O caso concreto
Ementa da decisão
Art. 482, CLT – Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho
Referências pelo empregador:
legislativas [...]
e) desídia no desempenho das respectivas funções;
Conceito
Caracterização
Adicional
Situação concreta
Requisito do item a)
Requisito do item b)
Ementa da decisão:
O caso concreto
Art. 769. Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte
subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for
incompatível com as normas deste Título.
b) (VETADO)
II - das decisões das Turmas que divergirem entre si, ou das decisões
proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, salvo se a decisão
recorrida estiver em consonância com súmula ou orientação
jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo
Tribunal Federal.
NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de Direito Processual Civil.
Volume Único. 6. ed. São Paulo: Método, 2014.
Referências
SCHIAVI, Mauro. Manual de Direito Processual do Trabalho. 7. ed. São
Paulo: LTr, 2014.
.
Comentários Duração do Trabalho do Bancário
Qual a natureza jurídica dos valores pagos por terceiros (no caso, os
laboratórios) aos empregados?
1
A expressão discriminação reversa foi utilizada na obra “A Economia da Justiça”, de Richard A. Posner.
Art. 27. Na admissão do idoso em qualquer trabalho ou emprego, é vedada a
discriminação e a fixação de limite máximo de idade, inclusive para concursos,
ressalvados os casos em que a natureza do cargo o exigir.
Parágrafo único. O primeiro critério de desempate em concurso público será a
idade, dando-se preferência ao de idade mais elevada.
II - para Municípios:
a) de, no mínimo, 1% (um por cento), para Municípios das regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste, ou cujo estoque de precatórios pendentes das suas
administrações direta e indireta corresponder a até 35% (trinta e cinco por
cento) da receita corrente líquida;
b) de, no mínimo, 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento), para
Municípios das regiões Sul e Sudeste, cujo estoque de precatórios pendentes
das suas administrações direta e indireta corresponder a mais de 35 % (trinta
e cinco por cento) da receita corrente líquida. [...]
Referências -
A multa por descumprimento de ordem judicial (art. 461, § 4º, do CPC) aplicada
em ação cautelar incidental à ação anulatória não subsiste na hipótese em que,
ao julgar o mérito da ação principal, o TRT declarou a nulidade de todo o acordo
coletivo, com efeitos ex tunc, retirando do mundo jurídico a cláusula objeto da
medida cautelar concedida, porque nula de pleno direito.
Antecipação
Medida Medida Processo Ação
dos efeitos da
cautelar liminar Cautelar Cautelar
tutela
É o É qualquer É o Ato por meio do É o poder de
provimento decisão instrumento qual se adianta pleitear ao
jurisdicional judicial de que se ao postulante Estado-Juiz a
capaz de proferida no vale o os efeitos do prestação da
assegurar a início do Estado-Juiz julgamento de tutela
efetividade de processo. para prestar mérito, quer em jurisdicional
uma futura Inclusive tutela primeira cautelar. Tem
atuação pode existir jurisdicional instância quer as mesmas
jurisdicional. medida (não em sede de característica
A medida cautelar satisfativa), recurso. Tem da ação em
cautelar não liminar. consistente caráter geral
satisfaz, e em satisfativo, (autonomia e
sim assegura assegurar a embora seja, abstração)
a futura efetividade também, uma
satisfação. de um futuro tutela
Tem como provimento jurisdicional
requisitos o jurisdicional. prestada com
fumus boni base em juízo
iuris e o de
periculum in probabilidade
mora. (cognição
sumária).
Requisitos: art.
273, do CPC.
*cf. CAMARA, Alexandre Freitas. Lições de Direito Processual Civil. 22. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
iii. A liminar foi deferida para suspender a eficácia da cláusula “X”, sob
pena de multa para garantia do cumprimento da decisão (art. 461, §
4º, do CPC);
ix. No TST, por maioria, foi dado provimento ao R.O. para provimento
para excluir a multa aplicada na ação cautelar.
O projeto do novo CPC inclusive assim prevê: “Art. 311. Cessa a eficácia
da tutela concedida em caráter antecedente, se: (...) III – o juiz julgar
improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o
processo sem resolução de mérito.” (gn).
É lícito concluir, portanto, que não subsistem motivos para que a multa
fixada na ação cautelar (autônoma, porém acessória) seja executada
quando a ação principal for decretada improcedente.
Súmulas Não há Súmula relacionada diretamente ao caso julgado.
OJs Não há OJ relacionada diretamente ao caso julgado.
Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou
não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o
pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente
ao do adimplemento.
[...]
Obrigatoriamente:
com cópias da decisão agravada;
da certidão da respectiva intimação;
das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do
agravado;
da petição inicial;
da contestação;
da decisão originária;
do depósito recursal referente ao recurso que se pretende
destrancar;
da comprovação do recolhimento das custas; e,
do depósito recursal a que se refere o § 7º do art. 899 desta
Consolidação.
Facultativamente:
com outras peças que o agravante reputar úteis ao deslinde da
matéria de mérito controvertida.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
2 – (Juiz do Trabalho – TRT 14ª Região – 2010) Sobre prescrição no Direito do Trabalho,
nos termos do entendimento sumulado do TST, assinale a alternativa correta:
a) Em se tratando de horas extras pré-contratadas do trabalhador bancário, opera-se a
prescrição total se a ação não for ajuizada no prazo de cinco anos, a partir da data em que
foram suprimidas.
b) A prescrição da pretensão relativa às parcelas remuneratórias não alcança o respectivo
recolhimento da contribuição para o FGTS.
c) A ação trabalhista, desde que não arquivada, suspende a prescrição somente em relação
aos pedidos idênticos.
d) Na ação que objetive corrigir desvio funcional, a prescrição só alcança as diferenças
salariais vencidas no período de 2 (dois) anos que precedeu o ajuizamento.
e) Respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista
concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, contados do quinquênio
anterior à data da extinção do contrato e, não, da data do ajuizamento da reclamação.
3 – (Juiz do Trabalho – TRT 15ª Região – 2010) 21- Em relação à prescrição, assinale a
alternativa correta, de acordo com a jurisprudência:
Gabarito
1-V 2-A 3–E 4–V 5–F 6–F 7–V 8–A
Informativo Esquematizado TST n. 82
Período: 13 a 19 de maio de 2014.
Raphael Miziara (Prof. e Advogado) e Roberto W. Braga (Prof. e Juiz TRT 22ª Região)
A norma do art. 468 da CLT impõe dois requisitos para que haja a
alteração contratual:
- requisito da impossibilidade de alteração contratual in pejus; e
- a necessidade de mútuo consentimento para sua validade.
Esquematizando a situação:
- empregado que exerceu cargo de confiança,
- por mais de dez anos,
- solicita transferência para localidade diversa,
- tendo havido designação para exercer outra função comissionada,
- cujo valor da gratificação é menor.
Na hipótese, isso não ocorreu, eis que o empregado foi designado para
outra função de confiança e sua transferência ocorreu a pedido, ou seja,
por motivo estranho à vontade do empregador.
SUM-372, I, do TST GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO. SUPRESSÃO OU
REDUÇÃO. LIMITES.
I - Percebida a gratificação de função por dez ou mais anos pelo empregado, se o
Súmulas empregador, sem justo motivo, revertê-lo a seu cargo efetivo, não poderá retirar-
lhe a gratificação tendo em vista o princípio da estabilidade financeira.
II - Mantido o empregado no exercício da função comissionada, não pode o
empregador reduzir o valor da gratificação.
OJs Não há OJs relacionadas diretamente à decisão comentada.
Art. 7º, VI, CR/88 – São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social:
[...]
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
[...]
Referências Art. 468, CLT – Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das
legislativas respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não
resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade
da cláusula infringente desta garantia.
O TST entendeu o trabalho aos sábados, ainda que uma vez por mês,
descaracteriza o regime de compensação, nos termos do item V, da
Súmula 85, do TST, já que era dia destinado a compensação.
Para uma jornada de quarenta e quatro horas semanais, ainda que haja
acordo escrito de compensação, se houver excesso em face do limite
diário previsto em lei, qual seja, oito horas diárias, são devidos somente
os adicionais relativos à nona e décima hora laboradas, considerando o
limite de horas extraordinárias estabelecido no artigo 59 da Consolidação
das Leis do Trabalho. Todavia, se houver excesso de jornada quanto ao
limite semanal, quarenta e quatro horas, são devidas as horas
correspondentes acrescidas do respectivo adicional legal ou convencional.
Referências § 2º – Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou
legislativas convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado
pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no
período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho
previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.
Dirigente de ente ainda não registrado como tal no MTE (pelo menos
desde o pedido de registro naquele órgão, ou mesmo – segundo
alguns julgados) a partir do início do processo de constituição do
sindicato: o entendimento majoritário é pelo reconhecimento da
estabilidade, para se resguardar de eventuais interferências do
empregador, o que já se impõe no processo de criação da entidade,
justamente porque, nessa fase inicial, os trabalhadores em processo de
organização encontram-se ainda mais vulneráveis perante o empregador
(TST, 8ª Turma, RR 779781/2001.7, Relatora Min. Dora Maria da Costa,
DJ 29.02.2008). (GARCIA, 2014, págs. 748/749).
Deve ser mantida a multa diária prevista no art. 11, da Lei 7.347/85, imposta pelo
descumprimento futuro de obrigações de fazer e de não fazer, relativas a ilícitos
praticados pela empresa — in casu, a submissão de trabalhadores a revistas
íntimas e outras irregularidades referentes ao ambiente de trabalho —, ainda que
constatada a reparação e a satisfação das recomendações e exigências
determinadas pelo Ministério Público do Trabalho no curso da ação civil pública.
É que essa multa não constitui pena, mas somente ameaça para alguém,
de quem depende o cumprimento da ordem judicial, atue em
conformidade com a decisão.
Ementa da decisão:
Ementa da decisão:
1
OLIVEIRA, Sebastião Geraldo de. Indenizações por acidente do Trabalho ou Doença Ocupacional.
5. ed. São Paulo: LTr, 2009. pág. 328.
A reparação será avaliada pela data da doença ou acidente em si ou a
partir da consolidação dos efeitos danosos?
Art. 2.028 do CC. Serão os da lei anterior os prazos, quando reduzidos por este
Código, e se, na data de sua entrada em vigor, já houver transcorrido mais da
metade do tempo estabelecido na lei revogada.
OLIVEIRA, Sebastião Geraldo de. Proteção Jurídica à Saúde do
Trabalhador. 6. ed. São Paulo: LTr, 2011.
Referências
OLIVEIRA, Sebastião Geraldo de. Indenizações por acidente do Trabalho ou
Doença Ocupacional. 5. ed. São Paulo: LTr, 2009.
2
Serviço Federal de Processamento de Dados - Serpro é uma empresa pública vinculada ao Ministério
da Fazenda. (fonte: https://www.serpro.gov.br/conteudo-oserpro/a-empresa-1)
da primazia da realidade, que rege o direito individual do trabalho e
demais aspectos já abordados, é de se acolher o pedido.
Votos vencidos:
- previsão legal: art. 2º, § 2º, da CLT e art. 3º, § 2º, da Lei 5.889/73 (Lei
do Trabalho Rural).
3
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 13. ed. São Paulo: LTr, 2014. pág. 423.
garantia do crédito trabalhista, impondo responsabilidade plena por tais
créditos às distintas empresas componentes do mesmo grupo econômico.
A responsabilidade é solidária.4 b) por outro lado, estender a todos os
entes integrantes do grupo as prerrogativas de se valerem do mesmo
trabalho contratado, sem que o exercício de tal prerrogativa importe,
necessariamente, na pactuação de novo ou novos contratos de emprego
(tese do empregador único).
4
Idem. pág. 424.
5
RESENDE, Ricardo. Direito do Trabalho Esquematizado. 4. ed. São Paulo: Método, 2014. pág. 173.
6
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 8. ed. São Paulo: Método, 2013. pág. 443.
do art. 2º, da CLT (empregadores por equiparação – profissionais liberais,
instituições de beneficência, associações recreativas, etc.) não tem
aptidão para compor a figura do grupo econômico, já que são entes
que não se caracterizam por atuação econômica, não são seres
essencialmente econômicos e não se consubstanciam empresas.7
7
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 13. ed. São Paulo: LTr, 2014. pág. 425.
8
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 13. ed. São Paulo: LTr, 2014. pág. 425.
9
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 8. ed. São Paulo: Método, 2013. pág. 439.
de objetivos comuns. Além disso, deve-se aplicar o art. 9º da CLT para
a configuração do grupo de empresas, devendo prevalecer o princípio
da primazia da realidade, e não mera roupagem que pretenda afastar a
sua existência.10 Doutrinariamente, é a corrente que prevalece
(Godinho, Amauri Mascaro, Gustavo Filipe, Vólia Bonfim, Carrion,
dentre outros). Ou seja, há possibilidade da formação do grupo
horizontal ou por coordenação, sem a presença de uma pessoa
jurídica que administre e dirija as demais empresas.11
10
GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Curso de Direito do Trabalho. 8. ed. São Paulo: Método, 2014.
pág. 310.
11
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 8. ed. São Paulo: Método, 2013. pág. 437.
12
MIESSA, Élisson; CORREIA, Henrique. Súmulas e Orientações Jurisprudenciais do TST:
comentadas e organizadas por assunto. 4. ed. Salvador: JusPodivm, 2014. pág. 119-120.
13
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 8. ed. São Paulo: Método, 2013. pág. 449.
diversas empresas).14
O caso concreto
Votos vencidos
Art. 3º, § 2º, da Lei nº 5.889/73 (Rural). Considera-se empregador, rural, para os
Referências
efeitos desta Lei, a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que explore
legislativas
atividade agro-econômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou
através de prepostos e com auxílio de empregados.
[...]
§ 2º Sempre que uma ou mais empresas, embora tendo cada uma delas
personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração
de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia,
integrem grupo econômico ou financeiro rural, serão responsáveis solidariamente
14
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 13. ed. São Paulo: LTr, 2014. pág. 431.
nas obrigações decorrentes da relação de emprego.
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 8. ed. São Paulo: Método, 2013.
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 13. ed. São
Paulo: LTr, 2014.
MIESSA, Élisson; CORREIA, Henrique. Súmulas e Orientações
Referências
Jurisprudenciais do TST: comentadas e organizadas por assunto. 4. ed.
Salvador: JusPodivm, 2014.
RESENDE, Ricardo. Direito do Trabalho Esquematizado. 4. ed. São Paulo:
Método, 2014.
TST-E-ED-RR-214940-39.2006.5.02.0472, SBDI-I, rel. Min. Horácio Raymundo
Processo
de Senna Pires 22.5.2014.
15
De menor relevância para concursos, ante a especificidade do caso concreto.
SUM-296 RECURSO. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL.
ESPECIFICIDADE.
I - A divergência jurisprudencial ensejadora da admissibilidade, do
prosseguimento e do conhecimento do recurso há de ser específica, revelando
a existência de teses diversas na interpretação de um mesmo dispositivo legal,
embora idênticos os fatos que as ensejaram.
II - Não ofende o art. 896 da CLT decisão de Turma que, examinando
premissas concretas de especificidade da divergência colacionada no apelo
revisional, conclui pelo conhecimento ou desconhecimento do recurso.
OJs Não há OJ relacionada diretamente ao caso julgado.
Referências
-
legislativas
Referências -
TST-E-ED-ED-RR-67300-63.2003.5.17.0005, SBDI-I, rel. Min. Augusto César
Processo
Leite de Carvalho, red. p/ acórdão Min. José Roberto Freire Pimenta, 22.5.2014.
16
Apud GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil. Volume I:
parte geral. 10. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. p. 404.
17
Idem. p. 405.
b) a futuridade: acontecimento passado não pode caracterizar
determinação acessória.
Assim, dispõe o art. 121 do CC: Art. 121. Considera-se condição a cláusula
que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito jurídico
a evento futuro e incerto.
O caso concreto
Ocorre que, esse mesmo plano de cargos e salário previa que a promoção
por merecimento seria posteriormente regulada pela empregadora, o que
jamais aconteceu. Uma espécie de norma programática dentro do plano de
cargos e salários, que requer regulamentação interna para produzir efeitos.
Dessa forma, as promoções não ocorreram por ausência da regulamentação
da matéria.
Art. 122, CC. São lícitas, em geral, todas as condições não contrárias à lei, à
ordem pública ou aos bons costumes; entre as condições defesas se incluem as
que privarem de todo efeito o negócio jurídico, ou o sujeitarem ao puro arbítrio de
uma das partes.
Referências
legislativas
Art. 129, CC. Reputa-se verificada, quanto aos efeitos jurídicos, a condição cujo
implemento for maliciosamente obstado pela parte a quem desfavorecer,
considerando-se, ao contrário, não verificada a condição maliciosamente levada
a efeito por aquele a quem aproveita o seu implemento.
18
TEIXEIRA FILHO, Manoel Antônio. Execução no Processo do Trabalho. 7. ed. São Paulo: LTr, 2001.
p. 497.
19
CHIAVI, Mauro. Execução no Processo do Trabalho. 3. ed. São Paulo: LTr, 2011. p. 339.
- alienação de bens do devedor por iniciativa particular;
- alienação em hasta pública;
- adjudicação em favor do credor;
- adjudicação em favor das pessoas;
- usufruto de imóvel ou de empresa.
1
Para uma melhor abordagem sobre “grupo econômico”, consultar os comentários ao Informativo TST n.
83.
2
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 13. ed. São Paulo: LTr, 2014. pág. 423.
3
Trechos retirados da obra de Maurício Godinho Delgado, acima citada.
a) solidariedade exclusivamente passiva: o objetivo primordial do
reconhecimento do grupo econômico foi assegurar maior garantia
aos créditos trabalhistas. O instrumento para isso foi firmar a
solidariedade passiva entre as diversas integrantes de um mesmo
complexo empresarial. Em face da solidariedade passiva as
entidades do grupo econômico respondem pelos créditos laborais
oriundos de certo contrato de emprego, ainda que firmado este
exclusivamente com uma única dessas entidades.
Embora a lei não exija que o preposto seja empregado (art. 843, § 1º da
CLT), entende-se plenamente razoável o entendimento sufragado pela
jurisprudência que exige referida qualidade.
4
Apud MOURA, Marcelo. Consolidação das Leis do Trabalho para concursos. 3. ed. Salvador:
JusPodivm, 2013. p. 843.
Trabalho. E o exercício da atividade privativa de advogados, sem
habilitação legal, constitui contravenção penal (Lei das Contravenções,
art. 47). Esta é a razão fundamental, no nosso entender, de se exigir,
como regra, que o preposto seja empregado de quem o nomeou. ("in"
"Direito Processual do Trabalho", 8ª edição, LTr, pág. 214).
Ementa do julgado
5
Apud MIESSA, Élisson; CORREIA, Henrique. Súmulas e Orientações Jurisprudenciais do TST:
comentadas e organizadas por assunto. 4. ed. Salvador: JusPodivm, 2014. p. 791.
SUM-129 CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO ECONÔMICO.
A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico,
durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais
de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário.
Súmulas
SUM-377 PREPOSTO. EXIGÊNCIA DA CONDIÇÃO DE EMPREGADO.
Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou
pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do
reclamado. Inteligência do art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.
OJs Não há OJs relacionadas diretamente ao caso comentado.
Art. 2º, §2º, da CLT - Considera-se empregador a empresa, individual ou
coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e
dirige a prestação pessoal de serviço.
§ 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou
administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer
outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego,
solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.
Referências
legislativas
Art. 843, § 1º, da CLT. Na audiência de julgamento deverão estar presentes o
reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus
representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de
Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo
Sindicato de sua categoria.
§ 1º - É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou
qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações
obrigarão o proponente. [...]
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 13. ed. São
Paulo: LTr, 2014.
Referências MIESSA, Élisson; CORREIA, Henrique. Súmulas e Orientações
Jurisprudenciais do TST: comentadas e organizadas por assunto. 4. ed.
Salvador: JusPodivm, 2014.
TST-E-ED-RR-25600-66.2007.5.10.0004, SBDI-I, rel. Min. Lelio Bentes Corrêa,
Processo
29.5.2014.
Comentários Férias não gozadas. Licença remunerada superior a trinta dias. Terço
constitucional. Devido.
6
MOURA, Marcelo. Consolidação das Leis do Trabalho para concursos. 3. ed. Salvador: JusPodivm,
2013. p. 176.
7
MOURA, Marcelo. Consolidação das Leis do Trabalho para concursos. 3. ed. Salvador: JusPodivm,
2013. p. 176.
REMUNERADA POR MAIS DE TRINTA DIAS. PARALISAÇÃO DAS
ATIVIDADES DA EMPRESA POR FORÇA DE INTERDIÇÃO JUDICIAL.
A concessão de licença remunerada superior a trinta dias (CLT,
artigo 133, inciso II) não elide o direito à percepção do adicional à
remuneração das férias, consagrado no artigo 7º, inciso XVII, da
Carta Magna vigente, de, ‘pelo menos, um terço a mais do que o
salário normal’ [...] Precedentes desta SDI-1/TST e da Suprema Corte.
Recurso de embargos conhecido e provido." (E-RR-42700-
67.2002.5.02.0251, Relatora Ministra: Rosa Maria Weber, Data de
Julgamento: 24/05/2012, Subseção I Especializada em Dissídios
Individuais, Data de Publicação: DEJT 28/09/2012)
Ementa do julgado:
Art. 7º, XVII, da CF. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social:
[...]
XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do
que o salário normal.
Art. 133, II, da CLT. Não terá direito a férias o empregado que, no curso do
Referências período aquisitivo:
legislativas I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60(sessenta) dias
subsequentes à sua saída;
II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30
(trinta) dias;
III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 (trinta) dias,
em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; e
IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou
de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos. [...]
MOURA, Marcelo. Consolidação das Leis do Trabalho para concursos. 3. ed.
Referências
Salvador: JusPodivm, 2013.
TST-E-ED-RR-175700-12.2002.5.02.0463, SBDI-I, rel. Min. João Oreste
Processo
Dalazen, 29.5.2014.
Art. 769 da CLT. Nos casos omissos, o direito processual comum será
fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em
que for incompatível com as normas deste Título. (gn)
8
MOURA, Marcelo. Consolidação das Leis do Trabalho para concursos. 3. ed. Salvador: JusPodivm,
2013. p. 872
9
SCHIAVI, Mauro. Manual de Direito Processual do Trabalho. 7. ed. São Paulo: LTr, 2014. p. 149-
150.
acesso real e efetivo do trabalhador à Justiça do Trabalho, bem
como no caráter instrumental do processo.
Ementa da decisão:
10
Idem. p. 56.
PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC. APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA NO
PROCESSO DO TRABALHO. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE
OMISSÃO NA CLT.
1. O princípio do devido processo legal é garantia constitucional de que
as regras pré-estabelecidas pelo legislador ordinário devem ser
observadas na condução do processo, assegurando-se aos litigantes,
na defesa dos direitos levados ao Poder Judiciário, todas as
oportunidades processuais conferidas por lei.
2. A aplicação das regras de direito processual comum no âmbito do
Processo do Trabalho pressupõe a omissão da CLT e a compatibilidade
das respectivas normas com os princípios e dispositivos que regem este
ramo do Direito, nos termos dos arts. 769 e 889 da CLT.
3. Existindo previsão expressa na CLT acerca da competência para
a execução das decisões, a aplicação subsidiária do parágrafo
único do art. 475-P do CPC, no sentido de, a requerimento do
exequente, ser autorizada a remessa dos autos ao juízo do local
onde se encontram bens do executado passíveis de expropriação,
também seu atual domicílio, implica contrariedade aos princípios
da legalidade e do devido processo legal e respectiva ofensa ao
art. 5º, II e LIV, da Carta Magna.
4. Diante desse quadro, a competência para prosseguir na execução é
do Juízo Suscitado, na forma do art. 877 da CLT. Conflito de
competência que se julga procedente, para declarar competente o Juízo
Suscitado. (grifamos)
Súmulas -
OJs Não há OJ relacionada diretamente ao caso julgado.
Art. 475-P do CPC. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante:
I – os tribunais, nas causas de sua competência originária;
II – o juízo que processou a causa no primeiro grau de jurisdição;
III – o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória,
de sentença arbitral ou de sentença estrangeira.
Parágrafo único. No caso do inciso II do caput deste artigo, o exequente poderá
optar pelo juízo do local onde se encontram bens sujeitos à expropriação ou pelo
Referências do atual domicílio do executado, casos em que a remessa dos autos do processo
legislativas será solicitada ao juízo de origem.
Art. 769 da CLT. Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte
subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for
incompatível com as normas deste Título.
DIREITO ADMINISTRATIVO
Servidor do TST cedido para entidade da Administração Indireta não tem direito à GAJ
Referências -
3
SCHIAVI, Mauro. Manual de Direito Processual do Trabalho. 7. ed. São Paulo: LTr, 2014. p. 1225.
267, IV, do CPC, por perda superveniente do interesse processual,
resultante da celebração de convenção coletiva de trabalho entre
as partes? ou
b) dar continuidade ao feito, a fim de se proceder à apreciação do
mérito da Ação Declaratória de Abusividade de Greve?
Por fim, o TST decidiu que o processo deveria continuar por dois motivos:
4
Para que permaneça o interesse de agir, deve a parte requerer expressamente o prosseguimento do
feito.
Art. 9º, § 2º, da CR/88. É assegurado o direito de greve, competindo aos
trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses
que devam por meio dele defender.
§ 1º - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o
atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. (gn)
5
MIESSA, Élisson; CORREIA, Henrique. Súmulas e Orientações Jurisprudenciais do TST: comentadas
e organizadas por assunto. 4. ed. Salvador: JusPodivm, 2014. p. 57.
Nesse prumo, caso exista procedimento a ser seguido previamente
(inquérito, por exemplo) à aplicação da penalidade, a punição somente
será válida caso preenchida referida formalidade.
Comissões de Sindicância
Votos vencidos
6
Idem. p. 57. Os autores ainda fazem referência ao Informativo TST n. 33, que enfrentou a temática da
nulidade da decisão quando inobservado procedimento previsto em regulamento para aplicação de
penalidades.
[...]
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais
da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;
Referências -
TST-RO-6937-30.2012.5.02.0000, SDC, rel. Min. Kátia Magalhães Arruda,
Processo
9.6.2014.
7
Para um estudo aprofundado sobre o direito de greve remete-se o leitor ao estudo dos comentários ao
Informativo TST n. 75, no qual se tratou de maneira mais abrangente acerca da greve no direito
brasileiro.
8
Apud MELO, Raimundo Simão. A Greve no Direito Brasileiro. 3. ed. São Paulo: LTr, 2011. p. 101.
9
Idem. p. 102.
Abusividade formal: considera-se a abusividade formal no
descumprimento de procedimentos, como a não realização de
assembleia de categoria para deliberar sobre seu exercício ou a
sua realização em desconformidade com o estatuto do sindicato;
a falta de aviso prévio ao empregador e à comunidade, conforme
o caso; e a ausência de tentativa de negociação coletiva antes da
deflagração do movimento, por exemplo (a greve somente deve
ser utilizada como ultima ratio, depois de esgotadas as formas
autônomas de solução do conflito trabalhista).
10
DELGADO, Mauricio Godinho. Direito Coletivo do Trabalho. 3ª ed. São Paulo: LTr, 2008. p. 174.
11
Idem. p. 179-180.
12
GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Curso de Direito do Trabalho. 8. ed. São Paulo: Método, 2014. p.
1372.
13
MELO, Raimundo Simão. A Greve no Direito Brasileiro. 3. ed. São Paulo: LTr, 2011. p. 46.
14
DELGADO, Maurício Godinho. Direito Coletivo do Trabalho. 3. ed. São Paulo: LTr, 2008. p. 179.
15
ATENÇÃO: Na sua justificativa de voto vencido o Min. Godinho afirmou que “sem dúvida, é preciso
que exista certa pertinência com as questões relacionadas ao mundo do trabalho, não se tratando de
mera instrumentalização político-partidária ou algo similar.” Me parece que em seu voto o Ministro
pendeu para a segunda corrente, para admitir apenas a greve político-trabalhista e inadmitir a
estritamente política.
de uma interpretação literal do art. 9º da CR/88. Prossegue o autor
afirmando que [...] isso significa que, a teor do comando constitucional,
não são, em princípio, inválidos movimentos paredistas que defendam
interesses que não sejam rigorosamente contratuais. [...] A validade
desses movimentos será inquestionável. [...] É inegável que o direito de
greve não se resume tão somente como fator de pressão objetivando a
melhoria econômica.16 Portanto, é possível a eclosão das denominadas
greves de solidariedade ou as greves políticas. ATENÇÃO: A greve,
como cessação coletiva de trabalho, só pode ser tida como não
abusiva após as tentativas necessárias para a negociação coletiva ou
na impossibilidade da arbitragem (art. 3º, Lei 7.783/89). No entanto,
como se trata de uma greve política, na qual não se tem nenhuma
conotação econômica, não se poderia exigir o requisito da exaustão da
negociação coletiva. Ainda, como não são extraídas reivindicações de
natureza trabalhista, entende-se que a realização da assembleia não
pode ser exigida dos trabalhadores. Pela peculiaridade do movimento
paredista, não há como se declarar a abusividade por estes aspectos.
É posição minoritária.
Greve Política:
16
Idem. p. 179.
não está abrangida pelos princípios da liberdade sindical (Convenção n.
87, art. 10)17. Por outro lado, temos a greve político-trabalhista, de
conteúdo profissional (busca também interesses profissionais). São
permitidas desde que voltadas para a defesa de interesses
trabalhista-profissionais, ou seja, desde que guardem relação com os
interesses dos trabalhadores, como por exemplo, uma greve-protesto dos
trabalhadores contra a política econômica empreendida pelo governo, com
claros e graves prejuízos para os trabalhadores, com diminuição do ritmo
de crescimento econômico e consequente desemprego em massa. De
fato, a OIT já se pronunciou concluindo que “os interesses profissionais e
econômicos que os trabalhadores defendem com o direito de greve
abrangem não só a conquista de melhores condições de trabalho ou as
reivindicações coletivas de ordem profissional, mas englobam também a
busca de soluções para as questões de política econômica e social”
(MELO, 2011, pág. 46). Lembrando que existem autores que não
admitem sequer a greve político-trabalhista (é o caso de Gustavo Filipe
Barbosa Garcia e Sérgio Pinto Martins e, para quem na greve político-
trabalhista “nada poderá ser reivindicado do empregador, apenas em
relação ao governo” e por isso a greve seria ilegal, já que para ser legal, a
pretensão deveria poder ser exercitável contra o empregador). Há várias
decisões nesse sentido, e a primeira corrente é a que prevalece.
Ementa
17
Ora, a greve de cunho eminentemente político (e não de política trabalhista) não conta com garantia
expressa nas normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Conforme explica Raimundo
Simão de Melo, quanto à greve política, a OIT entende que esta não está abrangida pelos princípios da
liberdade sindical - Convenção n. 87, art. 10 (in A greve no direito brasileiro, 2ª edição, São Paulo: LTR,
2009, p. 45).
REITOR DA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
- PUC. CANDIDATA MENOS VOTADA EM LISTA TRÍPLICE.
OBSERVÂNCIA DO REGULAMENTO. PROTESTO COM MOTIVAÇÃO
POLÍTICA. ABUSIVIDADE DA PARALISAÇÃO.
[...]
3. Em um tal contexto, os interesses suscetíveis de serem
defendidos por meio da greve dizem respeito a condições
contratuais e ambientais de trabalho, ainda que já estipuladas, mas
não cumpridas; em outras palavras, o objeto da greve está limitado
a postulações capazes de serem atendidas por convenção ou
acordo coletivo, laudo arbitral ou sentença normativa da Justiça do
Trabalho, conforme lição do saudoso Ministro Arnaldo Süssekind, em
conhecida obra.
4. Na hipótese vertente, os professores e os auxiliares administrativos
da PUC se utilizaram da greve como meio de protesto pela não
nomeação para o cargo de reitor do candidato que figurou no topo da
lista tríplice, embora admitam que a escolha do candidato menos votado
observou as normas regulamentares. Portanto, a greve não teve por
objeto a criação de normas ou condições contratuais ou
ambientais de trabalho, mas se tratou de movimento de protesto,
com caráter político, extrapolando o âmbito laboral e denotando a
abusividade material da paralisação. (sem grifos no original).
Súmulas Não há súmulas relacionadas diretamente ao caso comentado.
OJs Não há OJs relacionadas diretamente ao caso comentado.
Art. 9º, CR/88. É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores
decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por
meio dele defender.
§ 1º - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o
atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.
Referências
legislativas
Lei nº 7.783/89 – Lei de Greve.
Estagiário x Aprendiz
18
Apud GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Curso de Direito do Trabalho. 8. ed. São Paulo: Método,
2014. p. 292.
19
Idem. p. 294.
(contrato especial de trabalho – art. 428, caput, da CLT). Estagiário não é
empregado, mas é uma modalidade especial de trabalhador.
Art. 205, Código Civil. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe
haja fixado prazo menor.
Lei nº 11.788/08 – Lei do Estágio.
GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Curso de Direito do Trabalho. 8. ed. São
Referências
Paulo: Método, 2014.
TST-E-RR-201-90.2012.5.04.0662, SBDI-I, rel. Min. Luiz Philippe Vieira de Mello
Processo
Filho, 5.6.2014.
20
MIESSA, Élisson; CORREIA, Henrique. Súmulas e Orientações Jurisprudenciais do TST:
comentadas e organizadas por assunto. 4. ed. Salvador: JusPodivm, 2014. p. 98.
Norma coletiva pode alterar essa natureza?
Sim. É possível que exista norma coletiva prevendo que o sábado seja
considerado como dia de descanso semanal remunerado. Nesse caso, a
consequência prática é a repercussão das horas extras no sábado (d.s.r.).
Art. 226 - O regime especial de 6 (seis) horas de trabalho também se aplica aos
empregados de portaria e de limpeza, tais como porteiros, telefonistas de mesa,
contínuos e serventes, empregados em bancos e casas bancárias.
Parágrafo único - A direção de cada banco organizará a escala de serviço do
estabelecimento de maneira a haver empregados do quadro da portaria em
função, meia hora antes e até meia hora após o encerramento dos trabalhos,
respeitado o limite de 6 (seis) horas diárias.
MIESSA, Élisson; CORREIA, Henrique. Súmulas e Orientações
Referências Jurisprudenciais do TST: comentadas e organizadas por assunto. 4. ed.
Salvador: JusPodivm, 2014.
TST-E-ED-RR-754-24.2011.5.03.0138, SBDI-I, rel. Min. Aloysio Corrêa da Veiga,
Processo
5.6.2014.
21
SCHIAVI, Mauro. Manual de Direito Processual do Trabalho. 7. ed. São Paulo: LTr, 2014. p. 832.
Schiavi22, os pressupostos recursais ou requisitos de admissibilidade
podem ser:
Sim, têm natureza jurídica de matéria de ordem pública e como tal não
estão sujeitas à preclusão. As alegações relacionadas com o exame de
22
Idem. p. 832.
23
NERY JR., Nelson apud DIDIER JÚNIOR, Fredie. Curso de Direito Processual Civil. Volume 3. 10.
ed. Salvador: JusPodivm, 2012. p. 63.
pressupostos extrínsecos processuais, por retratarem matéria de ordem
pública, devem ser examinadas de ofício pelo julgador que recepciona o
recurso.
Art. 245 do CPC. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira
oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de
preclusão.
Parágrafo único. Não se aplica esta disposição às nulidades que o
juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão, provando a
parte legítimo impedimento.
O caso concreto
Art. 830 da CLT. O documento em cópia oferecido para prova poderá ser
24
MOURA, Marcelo. Consolidação das Leis do Trabalho para concursos. 3. ed. Salvador:
JusPodivm, 2013. p. 994.
declarado autêntico pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal.
Parágrafo único. Impugnada a autenticidade da cópia, a parte que a produziu
será intimada para apresentar cópias devidamente autenticadas ou o original,
cabendo ao serventuário competente proceder à conferência e certificar a
conformidade entre esses documentos.
DIDIER JÚNIOR, Fredie. Curso de Direito Processual Civil. Volume 3. 10. ed.
Salvador: JusPodivm, 2012.
MOURA, Marcelo. Consolidação das Leis do Trabalho para concursos. 3. ed.
Referências
Salvador: JusPodivm, 2013.
SCHIAVI, Mauro. Manual de Direito Processual do Trabalho. 7. ed. São
Paulo: LTr, 2014.
TST-E-ED-RR-98500-35.2005.5.01.0047, SBDI-I, rel. Min. Aloysio Corrêa da
Processo
Veiga, 5.6.2014.
INFORMATIVO DE JURISPRUDÊNCIA TST – Nº 02
Período: 26 de maio a 30 de junho de 2014.
EXECUÇÃO
SUBSEÇÃO I ESPECIALIZADA EM DISSÍDIOS INDIVIDUAIS
ARREMATAÇÃO. NULIDADE.