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DIREITO ADMINISTRATIVO
Responsabilidade civil do Estado por fraude ocorrida em Registro de Imóveis
Deve ser extinto o processo, sem resolução do mérito, na hipótese de ação em que se pretenda
obter do Estado, antes de declarada a nulidade do registro imobiliário, indenização por dano
Concurso decorrente de alegada fraude ocorrida em Cartório de Registro de Imóveis.
Cartório Nessa situação, falta interesse de agir, pois, antes de reconhecida a nulidade do registro, não é
possível atribuir ao Estado a responsabilidade civil pela fraude alegada. Isso porque, segundo o art.
252 da Lei 6.015/73, o registro, enquanto não cancelado, produz todos os efeitos legais, ainda que,
por outra maneira, prove-se que o título está desfeito, anulado, extinto ou rescindido.
Processo STJ. 1ª Turma. REsp 1.366.587-MS, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 18/4/2013.
As ações de indenização por danos morais decorrentes de atos de tortura ocorridos durante o
Regime Militar de exceção são imprescritíveis.
Não se aplica o prazo prescricional de 5 anos previsto no art. 1º do Decreto 20.910/1932.
Processo STJ. 2ª Turma. REsp 1.374.376-CE, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 25/6/2013.
Processo STJ. 2ª Turma. REsp 1.300.442-SC, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 18/6/2013.
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Processo administrativo (independência de instâncias)
Não deve ser paralisado o curso de processo administrativo disciplinar apenas em função de
ajuizamento de ação penal destinada a apurar criminalmente os mesmos fatos investigados
administrativamente.
As esferas administrativa e penal são independentes, não havendo falar em suspensão do
processo administrativo durante o trâmite do processo penal.
Processo STJ. 1ª Seção. MS 18.090-DF, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 8/5/2013.
É possível que, em processo administrativo disciplinar, o militar seja punido com a exclusão
(demissão) caso ele viole as regras de conduta necessárias à sua permanência na corporação.
O art. 125, § 4º da CF/88 não proíbe que o militar estadual seja punido administrativamente
com demissão no caso de ter praticado falta grave. O que esse dispositivo legal afirma é que
somente a Justiça Militar estadual poderá decretar a perda da graduação do militar como pena
acessória da sanção criminal aplicada em processo penal.
Processo STJ. 2ª Turma. RMS 40.737-PE, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 16/4/2013.
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Improbidade administrativa (art. 11)
DIREITO CIVIL
As ações de indenização por danos morais decorrentes de atos de tortura ocorridos durante o
Regime Militar de exceção são imprescritíveis.
Não se aplica o prazo prescricional de 5 anos previsto no art. 1º do Decreto 20.910/1932.
Processo STJ. 2ª Turma. REsp 1.374.376-CE, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 25/6/2013.
O valor dos tributos incidentes sobre as mercadorias integra a base de cálculo da comissão do
representante comercial.
Processo STJ. 3ª Turma. REsp 1.162.985-RS, Rel. Ministra Nancy Andrighi, julgado em 18/6/2013.
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Regime de bens (comunhão parcial)
João e Maria eram casados sob o regime da comunhão parcial e decidiram se divorciar.
Surgiu um impasse quanto à partilha de um apartamento.
O referido apartamento foi pago, durante o casamento, com dinheiro doado pelo pai de Maria.
João alegava que o pai de Maria não afirmou expressamente que a doação era exclusivamente
para ela e que, diante desse silêncio, deveria ser interpretada como sendo para o casal.
A interpretação conferida por João está correta? Em caso de silêncio na doação, deve-se
interpretar que essa liberalidade aconteceu em favor do casal?
NÃO. As conclusões são as seguintes:
• Se o bem for doado para um dos cônjuges, em um casamento regido pela comunhão parcial
dos bens, a regra é que esse bem pertence apenas ao cônjuge que recebeu a doação. Em
outras palavras, esse bem doado não se comunica, não passa a integrar os bens do casal.
• Em um regime de comunhão parcial, o bem doado somente se comunica se, no ato de
doação, ficar expressa a afirmação de que a doção é para o casal.
• Logo, em caso de silêncio no ato de doação, deve-se interpretar que esse ato de liberalidade
ocorreu em favor apenas do donatário (um dos cônjuges).
Processo STJ. 3ª Turma. REsp 1.318.599-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 23/4/2013.
DIREITO DO CONSUMIDOR
Aplicação do CDC no contrato de administração imobiliária
É possível aplicar o CDC à relação entre proprietário de imóvel e a imobiliária contratada por
ele para administrar o bem. Em outras palavras, a pessoa que contrata uma empresa
administradora de imóveis pode ser considerada consumidora.
Processo STJ. 3ª Turma. REsp 509.304-PR, Rel. Min. Villas Bôas Cueva, julgado em 16/5/2013.
Processo STJ. 1ª Seção. CC 126.770-RS, Rel. Min. Sérgio Kukina, julgado em 8/5/2013.
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Inaplicabilidade do parágrafo único do art. 298 do CPC ao procedimento sumário
Nas causas submetidas ao procedimento sumário, a desistência da ação em relação a corréu
não citado não altera o prazo para o comparecimento dos demais réus à audiência de
conciliação. Isso porque não pode ser aplicado ao procedimento sumário o parágrafo único do
art. 298 do CPC, segundo o qual, se o autor desistir da ação quanto a algum réu ainda não
citado, o prazo para a resposta correrá da intimação do despacho que deferir a desistência.
Processo STJ. 2ª Seção. EAREsp 25.641-RJ, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 12/6/2013.
Defensor Público tem direito à vista pessoal dos autos antes da audiência preliminar no
procedimento sumário
No procedimento sumário, não pode ser reconhecida a revelia pelo não comparecimento à
audiência de conciliação na hipótese em que tenha sido indeferido pedido de vista da
Defensoria Defensoria Pública formulado, dias antes da data prevista para a referida audiência, no intuito
Pública de garantir a defesa do réu que somente tenha passado a ser assistido após a citação.
Processo STJ. 4ª Turma. REsp 1.096.396-DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 7/5/2013.
outra matéria e em qualquer fase processual, haveria uma limitação muito grande ao exercício
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do direito de defesa.
Processo STJ. 4ª Turma. REsp 1.354.977-RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 2/5/2013.
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Recurso especial interposto no dia da publicação dos embargos e Súmula 418 do STJ
Multa fixada contra o réu em ação cautelar não persiste se a ação principal for improcedente
O procedimento de execução contra a Fazenda Pública (art. 730 do CPC) não é adequado ao
cumprimento de portaria ministerial que tenha reconhecido condição de anistiado político.
Portaria concessiva de anistia e indenização não constitui título executivo extrajudicial, não
estando abrangida pelo art. 585, II, do CPC.
Processo STJ. 2ª Turma. AgRg no REsp 1.362.644-PE, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 23/4/2013.
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Bens impenhoráveis
As quantias previstas no inciso IV do art. 649 do CPC somente manterão a condição de
impenhoráveis enquanto estiverem “destinadas ao sustento do devedor e sua família”. Se tais
ATENÇÃO valores forem aplicados em alguma aplicação financeira, perderão o caráter de
impenhorabilidade.
Assim, é possível a penhora de valores que, apesar de recebidos pelo devedor em decorrência
de rescisão de contrato de trabalho, tenham sido posteriormente transferidos para fundo de
investimento.
Precedente Registre-se que há um precedente antigo da 4ª Turma do STJ em sentido contrário ao que
em sentido foi exposto acima, mas que acredito que esteja superado: REsp 978.689//SP, Rel. Min. Luis
contrário Felipe Salomão, DJe de 24/08/2009.
Processo STJ. 3ª Turma. REsp 1.330.567-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 16/5/2013.
Ações possessórias
Não gera nulidade absoluta a ausência de citação do réu, na hipótese do art. 928 do CPC, para
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Processo STJ. 3ª Turma. REsp 1.232.904-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 14/5/2013.
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Arrolamento sumário
NÃO é cabível, em arrolamento sumário, a discussão acerca da eventual configuração da
decadência do direito da Fazenda Pública de efetuar lançamento tributário referente ao
imposto sobre transmissão causa mortis e doação.
Processo STJ. 2ª Turma. REsp 1.223.265-PR, Rel. Min. Eliana Calmon, julgado em 18/4/2013.
Conforme entendimento do STJ, o MP detém legitimidade para propor ACP que objetive a
proteção do direito à saúde de pessoa hipossuficiente, porquanto se trata de direito
fundamental e indisponível, cuja relevância interessa à sociedade.
Processo STJ. 1ª Turma. AgRg no REsp 1.162.946-MG, Rel. Ministro Sérgio Kukina, julgado em 4/6/2013.
DIREITO PENAL
Falsidade ideológica é absorvida pelo descaminho
Responderá apenas pelo crime de descaminho, e não por este em concurso com o de falsidade
ideológica, o agente que, com o fim exclusivo de iludir o pagamento de tributo devido pela
entrada de mercadoria no território nacional, alterar a verdade sobre o preço desta.
O pagamento do tributo devido extingue a punibilidade do descaminho.
No caso em que a falsidade ideológica tenha sido praticada com o fim exclusivo de proporcionar a
realização do crime de descaminho, a extinção da punibilidade quanto a este — diante do
pagamento do tributo devido — impede que o agente seja punido apenas pelo crime-meio.
Exaurindo-se o crime-meio na prática do crime-fim, cuja punibilidade não mais persista, falta
justa causa para a persecução pelo crime de falso, porquanto carente de autonomia.
Processo STJ. 5ª Turma. RHC 31.321-PR, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 16/5/2013.
DIREITO TRIBUTÁRIO
Prescrição para pretensão de reconhecimento de créditos presumidos de IPI
(obs: este julgado somente será exigido no caso de concursos federais que exijam
Direito Tributário de forma mais intensa)
Processo STJ. 2ª Turma. AgRg no AREsp 292.142-MG, Rel. Min. Castro Meira, julgado em 21/5/2013.
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