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Material feito por Taciana Rocha baseado nas aulas do prof. Salomão
V - o valor da causa;
→ Modalidade da usucapião:
A modalidade será aquela que melhor se amolda ao caso concreto, como a
usucapião ordinária, extraordinária, tabular, urbana, rural, especial etc.,
indicando os fundamentos legais e constitucionais.
→ Posse:
A posse tem que ser mansa, pacífica, sem contestação, de boa-fé (ou não, se
for a usucapião extraordinária), e essas características devem ser detalhadas no
requerimento com a narração dos fatos. A posse deve ser aquela para
usucapião, com animus domini (intenção de ser dono e se comportar como tal).
Importante destacar, também, se há edificação, alguma benfeitoria ou acessão
sobre o imóvel: uma casa, construída no ano “X”, com “Y” metros (descrever a
edificação de uma forma geral). Além disso, mencionar as datas que foram
construídas as edificações.
Para fins de soma da posse, é preciso ter o nome dos possuidores anteriores,
para criar toda a cadeia de soma das posses. Verificar no Registro Civil se os
possuidores anteriores são casados.
É possível somar a posse inter vivos ou causa mortis. Na inter vivos é através
da cessão da posse (compra/doação da posse) e na causa mortis é através da
sucessão.
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https://www.cnai.org.br/
c) a forma de aquisição da posse do imóvel usucapiendo pela
parte requerente;
d) a modalidade de usucapião pretendida e sua base legal ou
constitucional;
e) o número de imóveis atingidos pela pretensão aquisitiva e a
localização: se estão situados em uma ou em mais
circunscrições;
f) o valor do imóvel;
g) outras informações que o tabelião de notas considere
necessárias à instrução do procedimento, tais como
depoimentos de testemunhas ou partes confrontantes;
II – planta e memorial descritivo assinados por profissional
legalmente habilitado e com prova da Anotação da
Responsabilidade Técnica – ART ou do Registro de
Responsabilidade Técnica – RTT no respectivo conselho de
fiscalização profissional e pelos titulares dos direitos registrados
ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo ou na
matrícula dos imóveis confinantes ou pelos ocupantes a
qualquer título;
III – justo título ou quaisquer outros documentos que
demonstrem a origem, a continuidade, a cadeia possessória e o
tempo de posse;
IV – certidões negativas dos distribuidores da Justiça Estadual e
da Justiça Federal do local da situação do imóvel usucapiendo
expedidas nos últimos trinta dias, demonstrando a inexistência
de ações que caracterizem oposição à posse do imóvel, em
nome das seguintes pessoas:
a) do requerente e respectivo cônjuge ou companheiro, se
houver;
b) do proprietário do imóvel usucapiendo e respectivo cônjuge
ou companheiro, se houver;
c) de todos os demais possuidores e respectivos cônjuges ou
companheiros, se houver, em caso de sucessão de posse, que
é somada à do requerente para completar o período aquisitivo
da usucapião;
V – descrição georreferenciada nas hipóteses previstas na Lei n.
10.267, de 28 de agosto de 2001, e nos decretos
regulamentadores;
VI – instrumento de mandato, público ou particular, com poderes
especiais, outorgado ao advogado pelo requerente e por seu
cônjuge ou companheiro; (redação dada pelo Provimento n. 121,
de 13/7/2021)
VII – declaração do requerente, do seu cônjuge ou companheiro
que outorgue ao defensor público a capacidade postulatória da
usucapião;
VIII – certidão dos órgãos municipais e/ou federais que
demonstre a natureza urbana ou rural do imóvel usucapiendo,
nos termos da Instrução Normativa Incra n. 82/2015 e da Nota
Técnica Incra/DF/DFC n. 2/2016, expedida até trinta dias antes
do requerimento.
§ 1º Os documentos a que se refere o caput deste artigo serão
apresentados no original.
→ Da ata notarial:
A ata notarial é um instrumento feito pelo tabelião de notas no qual ele irá atestar
algo que está percebendo com os seus sentidos. É um meio de prova.
A ata notarial para fins de usucapião é especial e será anexada ao requerimento
para ser entregue ao registro de imóveis.
Dessa forma, ela irá conter os elementos citados no artigo 4o, I, acima.
A descrição do imóvel será aquela contida na matrícula; o tempo e as
características da posse, o tipo de usucapião, que foram descritos no
requerimento, devem estar iguais ao narrado na ata.
O artigo menciona “g) outras informações que o tabelião de notas considere
necessárias à instrução do procedimento, tais como depoimentos de
testemunhas ou partes confrontantes” – é importante o advogado solicitar isso
ao tabelião e antes ir ao local e conversar com os vizinhos, confrontantes e
testemunhas.
Ainda, segundo art. 4o, § 7º, o requerimento poderá ser instruído com mais de
uma ata notarial, ata complementar ou escrituras declaratórias. Uma ata
complementar para adicionar alguma informação ou escrituras declaratórias
como, por exemplo, um vizinho que acompanhou todos os fatos, mas se mudou.
Pega o testemunho desse vizinho através de uma escritura declaratória, que
pode ser feita por outro notário, inclusive de outro município.
A ata complementar ou escritura declaratória pode ser feita por outro notário, de
outro município, a ata principal é que possui competência territorial do tabelião
do local do imóvel.
AULA 04 – NOTIFICAÇÕES