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CURSO DE USUCAPIÃO EXTRAJUDICIAL DESCOMPLICADA

PROFESSOR MARCOS SALOMÃO

Material feito por Taciana Rocha baseado nas aulas do prof. Salomão

PROCEDIMENTO DA USUCAPIÃO EXTRAJUDICIAL


AULA 01 – REQUERIMENTO PARA USUCAPIÃO EXTRAJUDICIAL

No processo judicial há a petição inicial que é o documento hábil para que se dê


início ao processo, cuja função é pedir ao juiz algo, levando os fundamentos de
fato e de direito. De forma semelhante, na usucapião extrajudicial há o
requerimento feito pelo advogado ao registrador.

Nos termos do Provimento 65/17 do CNJ:


Art. 3º O requerimento de reconhecimento extrajudicial da
usucapião atenderá, no que couber, aos requisitos da petição
inicial, estabelecidos pelo art. 319 do Código de Processo Civil
– CPC, bem como indicará:
I – a modalidade de usucapião requerida e sua base legal ou
constitucional;
II – a origem e as características da posse, a existência de
edificação, de benfeitoria ou de qualquer acessão no imóvel
usucapiendo, com a referência às respectivas datas de
ocorrência;
III – o nome e estado civil de todos os possuidores anteriores
cujo tempo de posse foi somado ao do requerente para
completar o período aquisitivo;
IV – o número da matrícula ou transcrição da área onde se
encontra inserido o imóvel usucapiendo ou a informação de que
não se encontra matriculado ou transcrito;
V – o valor atribuído ao imóvel usucapiendo.

Segundo artigo 319 do Código de Processo Civil:

Art. 319. A petição inicial indicará:

I - o juízo a que é dirigida;

II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união


estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de
Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o
endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;

III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;

IV - o pedido com as suas especificações;

V - o valor da causa;

VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade


dos fatos alegados;

Esse requerimento não é a ata notarial.


A ata notarial é o documento público lavrado pelo tabelião de notas que será um
dos documentos necessários e indispensáveis para o procedimento da
usucapião.
O requerimento deve ser apresentado pelo advogado demonstrando a origem
da posse, os fatos, os fundamentos jurídicos, a modalidade de usucapião, pois
o oficial não pode agir de ofício, ele deve ser provocado – princípio da rogação.
Esse pedido, então, cabe ao advogado da parte interessada.

→ Modalidade da usucapião:
A modalidade será aquela que melhor se amolda ao caso concreto, como a
usucapião ordinária, extraordinária, tabular, urbana, rural, especial etc.,
indicando os fundamentos legais e constitucionais.

→ Posse:
A posse tem que ser mansa, pacífica, sem contestação, de boa-fé (ou não, se
for a usucapião extraordinária), e essas características devem ser detalhadas no
requerimento com a narração dos fatos. A posse deve ser aquela para
usucapião, com animus domini (intenção de ser dono e se comportar como tal).
Importante destacar, também, se há edificação, alguma benfeitoria ou acessão
sobre o imóvel: uma casa, construída no ano “X”, com “Y” metros (descrever a
edificação de uma forma geral). Além disso, mencionar as datas que foram
construídas as edificações.

→ Nome e estado civil de todos os possuidores anteriores:

Para fins de soma da posse, é preciso ter o nome dos possuidores anteriores,
para criar toda a cadeia de soma das posses. Verificar no Registro Civil se os
possuidores anteriores são casados.
É possível somar a posse inter vivos ou causa mortis. Na inter vivos é através
da cessão da posse (compra/doação da posse) e na causa mortis é através da
sucessão.

→ O número da matrícula ou transcrição da área onde se encontra


inserido o imóvel usucapiendo ou a informação de que não se
encontra matriculado ou transcrito:
Há precedente do Superior Tribunal de Justiça no qual decidiram que o imóvel
sem matrícula ou transcrição não necessariamente será público. Há muitos
imóveis que não possuem matrícula ou transcrição e mesmo assim será possível
a usucapião.

→ O valor atribuído ao imóvel usucapiendo:


Art. 4o, § 8º do Provimento 65:
§ 8º O valor do imóvel declarado pelo requerente será seu valor venal relativo ao
último lançamento do imposto predial e territorial urbano ou do imposto territorial
rural incidente ou, quando não estipulado, o valor de mercado aproximado.

O correto é ir no Cadastro Nacional De Avaliadores Imobiliários 1, que são


pessoas que fizeram um curso próprio e estão vinculadas ao Conselho Federal
De Corretores De Imóveis.

AULA 02 – REQUERIMENTO E ATA NOTARIAL


O requerimento deverá ter todos os elementos citados acima. Além disso, junto
com o requerimento, deve ser apresentado os seguintes documentos, que irão
instruir o procedimento, nos termos do Provimento 65 do CNJ:
Art. 4º O requerimento será assinado por advogado ou por
defensor público constituído pelo requerente e instruído com os
seguintes documentos:
I – ata notarial com a qualificação, endereço eletrônico, domicílio
e residência do requerente e respectivo cônjuge ou
companheiro, se houver, e do titular do imóvel lançado na
matrícula objeto da usucapião que ateste:
a) a descrição do imóvel conforme consta na matrícula do
registro em caso de bem individualizado ou a descrição da área
em caso de não individualização, devendo ainda constar as
características do imóvel, tais como a existência de edificação,
de benfeitoria ou de qualquer acessão no imóvel usucapiendo;
b) o tempo e as características da posse do requerente e de seus
antecessores;

1
https://www.cnai.org.br/
c) a forma de aquisição da posse do imóvel usucapiendo pela
parte requerente;
d) a modalidade de usucapião pretendida e sua base legal ou
constitucional;
e) o número de imóveis atingidos pela pretensão aquisitiva e a
localização: se estão situados em uma ou em mais
circunscrições;
f) o valor do imóvel;
g) outras informações que o tabelião de notas considere
necessárias à instrução do procedimento, tais como
depoimentos de testemunhas ou partes confrontantes;
II – planta e memorial descritivo assinados por profissional
legalmente habilitado e com prova da Anotação da
Responsabilidade Técnica – ART ou do Registro de
Responsabilidade Técnica – RTT no respectivo conselho de
fiscalização profissional e pelos titulares dos direitos registrados
ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo ou na
matrícula dos imóveis confinantes ou pelos ocupantes a
qualquer título;
III – justo título ou quaisquer outros documentos que
demonstrem a origem, a continuidade, a cadeia possessória e o
tempo de posse;
IV – certidões negativas dos distribuidores da Justiça Estadual e
da Justiça Federal do local da situação do imóvel usucapiendo
expedidas nos últimos trinta dias, demonstrando a inexistência
de ações que caracterizem oposição à posse do imóvel, em
nome das seguintes pessoas:
a) do requerente e respectivo cônjuge ou companheiro, se
houver;
b) do proprietário do imóvel usucapiendo e respectivo cônjuge
ou companheiro, se houver;
c) de todos os demais possuidores e respectivos cônjuges ou
companheiros, se houver, em caso de sucessão de posse, que
é somada à do requerente para completar o período aquisitivo
da usucapião;
V – descrição georreferenciada nas hipóteses previstas na Lei n.
10.267, de 28 de agosto de 2001, e nos decretos
regulamentadores;
VI – instrumento de mandato, público ou particular, com poderes
especiais, outorgado ao advogado pelo requerente e por seu
cônjuge ou companheiro; (redação dada pelo Provimento n. 121,
de 13/7/2021)
VII – declaração do requerente, do seu cônjuge ou companheiro
que outorgue ao defensor público a capacidade postulatória da
usucapião;
VIII – certidão dos órgãos municipais e/ou federais que
demonstre a natureza urbana ou rural do imóvel usucapiendo,
nos termos da Instrução Normativa Incra n. 82/2015 e da Nota
Técnica Incra/DF/DFC n. 2/2016, expedida até trinta dias antes
do requerimento.
§ 1º Os documentos a que se refere o caput deste artigo serão
apresentados no original.

O requerimento deve ter a firma reconhecida do advogado? Há cartórios que irão


exigir, outros apenas fazem o reconhecimento da identidade do advogado na
hora com a sua OAB. E do requerente? Professor entende que sim, também irá
depender do cartório ou Estado.
O inciso VI traz que será necessário o instrumento de mandato, público ou
particular, com poderes especiais, e antes da alteração pelo Provimento
121/2021 do CNJ, era exigido a firma reconhecida por semelhança.

→ Da ata notarial:
A ata notarial é um instrumento feito pelo tabelião de notas no qual ele irá atestar
algo que está percebendo com os seus sentidos. É um meio de prova.
A ata notarial para fins de usucapião é especial e será anexada ao requerimento
para ser entregue ao registro de imóveis.

Dessa forma, ela irá conter os elementos citados no artigo 4o, I, acima.
A descrição do imóvel será aquela contida na matrícula; o tempo e as
características da posse, o tipo de usucapião, que foram descritos no
requerimento, devem estar iguais ao narrado na ata.
O artigo menciona “g) outras informações que o tabelião de notas considere
necessárias à instrução do procedimento, tais como depoimentos de
testemunhas ou partes confrontantes” – é importante o advogado solicitar isso
ao tabelião e antes ir ao local e conversar com os vizinhos, confrontantes e
testemunhas.

Três pontos importantes:


1 - Essa ata será feita pelo tabelião da circunscrição, da localização do imóvel
(competência territorial, exceção a escolha livre do tabelião).

2 - O Provimento não obriga o tabelião a ir ao local.


3 - Há tabeliães que se negam a fazer a ata. Em alguns Estados há o
procedimento de suscitação de dúvida contra essa negativa.
A suscitação de dúvida está prevista no artigo 198 da Lei 6.015/73, para os
registros. Se o registrador se nega a registrar o ato e emite uma nota devolutiva,
a parte interessada pode suscitar dúvida ao juiz, discordando dessa negativa.

AULA 03 – ATAS E ESCRITURAS COMPLEMENTARES


Vamos analisar mais um artigo do Provimento 65:
Art. 5º A ata notarial mencionada no art. 4º deste provimento
será lavrada pelo tabelião de notas do município em que estiver
localizado o imóvel usucapiendo ou a maior parte dele, a quem
caberá alertar o requerente e as testemunhas de que a
prestação de declaração falsa no referido instrumento
configurará crime de falsidade, sujeito às penas da lei.
§ 1º O tabelião de notas poderá comparecer pessoalmente ao
imóvel usucapiendo para realizar diligências necessárias à
lavratura da ata notarial.
§ 2º Podem constar da ata notarial imagens, documentos, sons
gravados em arquivos eletrônicos, além do depoimento de
testemunhas, não podendo basear-se apenas em
declarações do requerente.
§ 3º Finalizada a lavratura da ata notarial, o tabelião deve
cientificar o requerente e consignar no ato que a ata notarial não
tem valor como confirmação ou estabelecimento de propriedade,
servindo apenas para a instrução de requerimento extrajudicial
de usucapião para processamento perante o registrador de
imóveis.
A ata deve ter mais elementos, não podendo se basear apenas nas declarações
do requerente. Importante colocar testemunhas desses fatos.

A ata não constitui a propriedade, devendo constar isso no instrumento.


A ata notarial prevista no artigo 4o, I, é específica para a usucapião, mas nada
impede que sejam feitas outras atas complementares. Exemplo: o requerente
está há dois anos na posse e precisaria de dez anos para configurar a usucapião,
ele pode fazer uma ata para atestar esses dois anos e depois anexar junto com
a ata de usucapião quando completar o tempo necessário.

Ainda, segundo art. 4o, § 7º, o requerimento poderá ser instruído com mais de
uma ata notarial, ata complementar ou escrituras declaratórias. Uma ata
complementar para adicionar alguma informação ou escrituras declaratórias
como, por exemplo, um vizinho que acompanhou todos os fatos, mas se mudou.
Pega o testemunho desse vizinho através de uma escritura declaratória, que
pode ser feita por outro notário, inclusive de outro município.

A ata complementar ou escritura declaratória pode ser feita por outro notário, de
outro município, a ata principal é que possui competência territorial do tabelião
do local do imóvel.
AULA 04 – NOTIFICAÇÕES

No procedimento de usucapião, toda vez que alguém se sentir prejudicado, essa


pessoa será notificada. Assim, nos termos do Provimento 65 do CNJ:
Art. 10. Se a planta mencionada no inciso II do caput do art. 4º
deste provimento não estiver assinada pelos titulares dos
direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel
usucapiendo ou na matrícula dos imóveis confinantes ou
ocupantes a qualquer título e não for apresentado documento
autônomo de anuência expressa, eles serão notificados pelo
oficial de registro de imóveis ou por intermédio do oficial de
registro de títulos e documentos para que manifestem
consentimento no prazo de quinze dias, considerando-se sua
inércia como concordância.
§ 1º A notificação poderá ser feita pessoalmente pelo oficial de
registro de imóveis ou por escrevente habilitado se a parte
notificanda comparecer em cartório.
§ 2º Se o notificando residir em outra comarca ou circunscrição,
a notificação deverá ser realizada pelo oficial de registro de
títulos e documentos da outra comarca ou circunscrição,
adiantando o requerente as despesas.
§ 3º A notificação poderá ser realizada por carta com aviso de
recebimento, devendo vir acompanhada de cópia do
requerimento inicial e da ata notarial, bem como de cópia da
planta e do memorial descritivo e dos demais documentos que a
instruíram.
§ 4º Se os notificandos forem casados ou conviverem em união
estável, também serão notificados, em ato separado, os
respectivos cônjuges ou companheiros.
§ 5º Deverá constar expressamente na notificação a informação
de que o transcurso do prazo previsto no caput sem
manifestação do titular do direito sobre o imóvel consistirá em
anuência ao pedido de reconhecimento extrajudicial da
usucapião do bem imóvel.
§ 6º Se a planta não estiver assinada por algum confrontante,
este será notificado pelo oficial de registro de imóveis mediante
carta com aviso de recebimento, para manifestar-se no prazo de
quinze dias, aplicando-se ao que couber o disposto nos §§ 2º e
seguintes do art. 213 e seguintes da LRP.
§ 7º O consentimento expresso poderá ser manifestado pelos
confrontantes e titulares de direitos reais a qualquer momento,
por documento particular com firma reconhecida ou por
instrumento público, sendo prescindível a assistência de
advogado ou defensor público.
§ 8º A concordância poderá ser manifestada ao escrevente
encarregado da intimação mediante assinatura de certidão
específica de concordância lavrada no ato pelo preposto.
§ 9º Tratando-se de pessoa jurídica, a notificação deverá ser
entregue a pessoa com poderes de representação legal.
§ 10. Se o imóvel usucapiendo for matriculado com descrição
precisa e houver perfeita identidade entre a descrição tabular e
a área objeto do requerimento da usucapião extrajudicial, fica
dispensada a intimação dos confrontantes do imóvel, devendo o
registro da aquisição originária ser realizado na matrícula
existente.
Essa notificação será realizada para os titulares de direito que constam na
matrícula e para as pessoas que possuem algum direito em imóveis próximos
(um confrontante, por exemplo).
A conversa entre o advogado e o registrador poderá ser feita por e-mail (art. 9o,
§ 1º).
É importante anexar os e-mails nos autos do procedimento, para fins de
publicidade.
Observar quem são as pessoas que estão na matrícula do imóvel usucapiendo.
Podem ser pessoas físicas, jurídicas ou entes despersonalizados.
Primeiro ponto: quem é o proprietário que consta na matrícula?

Segundo: e quem mais possui direitos averbados ou registrados na matrícula?


Essas pessoas serão notificadas para se manifestarem. O advogado já pode
levar um termo assinado pelo interessado concordando com a usucapião, com
firma reconhecida ou feito por instrumento público.
Dessa forma, notificam-se os titulares de direito que constam na matrícula e os
confrontantes (imóveis que possuem divisa com o imóvel usucapiendo), se a
área a ser usucapida não está igual a área da matrícula. Exemplo: na matrícula
consta a área do imóvel de 400m2 e o requerente quer usucapir 410m2.
Pode acontecer de ser um ocupante e não um proprietário a ser notificado, como
por exemplo, uma pessoa que possui uma promessa de compra e venda e até
mesmo um locatário, pois a norma traz “ocupantes a qualquer título”.
A notificação pode ser pelo oficial de registro de imóveis, pelo oficial de registro
de títulos e documentos e ainda por carta com aviso de recebimento, devendo
vir acompanhada de cópia do requerimento inicial e da ata notarial, bem como
de cópia da planta e do memorial descritivo e dos demais documentos que a
instruíram.
É necessário, além disso, notificar os cônjuges ou companheiros.
Se for pessoa jurídica – saber quem é o administrador. Se estiver irregular, é
possível intimar quem esteja na matrícula como proprietário ou se a pessoa
jurídica for ocupante, intima quem estiver na portaria da empresa.
Condomínios de fato – assinatura de todos.

Condomínio regular – assinatura do síndico.


Edital – será necessário o edital se a pessoa que precisa ser notificada se
encontrar em local incerto, não sabido ou inacessível. Caso a pessoa se recuse
a assinar, isso constará na notificação pois não é caso de edital.
Art. 11. Infrutíferas as notificações mencionadas neste
provimento, estando o notificando em lugar incerto, não sabido
ou inacessível, o oficial de registro de imóveis certificará o
ocorrido e promoverá a notificação por edital publicado, por duas
vezes, em jornal local de grande circulação, pelo prazo de quinze
dias cada um, interpretando o silêncio do notificando como
concordância.
Parágrafo único. A notificação por edital poderá ser publicada
em meio eletrônico, desde que o procedimento esteja
regulamentado pelo tribunal.
Prazo – se, em 15 dias, não houver manifestação de vontade, essa inércia será
considerada como ANUÊNCIA.
Notificações dos entes públicos: Municipal (prédio da prefeitura); Estado (vai
depender do Estado) e da União (entrar no site
https://sistema.patrimoniodetodos.gov.br/#/ ) – ir em “REQUERIMENTOS
DIVERSOS”; busca por “REQUERIMENTO DE DECLARAÇÃO DE DOMÍNIO
DA UNIÃO”; colocar como objetivo do requerimento “USUCAPIÃO
EXTRAJUDICAL”.
Art. 15. Estando o requerimento regularmente instruído com
todos os documentos exigidos, o oficial de registro de imóveis
dará ciência à União, ao Estado, ao Distrito Federal ou ao
Município pessoalmente, por intermédio do oficial de registro de
títulos e documentos ou pelo correio com aviso de recebimento,
para manifestação sobre o pedido no prazo de quinze dias.
§ 1º A inércia dos órgãos públicos diante da notificação de que
trata este artigo não impedirá o regular andamento do
procedimento nem o eventual reconhecimento extrajudicial da
usucapião.
§ 2º Será admitida a manifestação do Poder Público em qualquer
fase do procedimento.
§ 3º Apresentada qualquer ressalva, óbice ou oposição dos
entes públicos mencionados, o procedimento extrajudicial
deverá ser encerrado e enviado ao juízo competente para o rito
judicial da usucapião.
*** Protocolo tem vigência enquanto durar o procedimento.

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