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Devido processo legal e Rito da usucapião

A usucapião poderá ser judicial ou extrajudicial.

No âmbito judicial
procedimento comum
1- Petição inicial deverá demonstrar o cumprimento dos requisitos legais da
usucapião, bem como descrever o imovel e apresentar lista dos confinantes.
2- citação da pessoa em cujo nome o imóvel estiver registrado (por correio), dos
vizinhos confinantes (pessoalmente) e de todos os demais interessados, estes por
edital.
3- Serão, outrossim, cientificados por carta os representantes da União, do estado,
do Distrito Federal e do município, para que manifestem, se for o caso, interesse na
causa
4- audiência de conciliação ou mediação
5- Contestação
4-O juiz vai promover o saneamento do feito, deferindo eventual produção de
prova
5- Realização da audiência de instrução e julgamento , com eventual Produção de
prova, geralmente oitiva de testemunhas ou perícia
6- Sentença de improcedência ou procedência da ação, destaca-se que a ação que
reconhece o usucapião tem natureza meramente declaratória, visto que se trata de
forma originária de aquisição de propriedade
7-Prolatada que seja a sentença, esta deverá ser transcrita no Registro de Imóveis,
a fim de dar ao ato publicidade e garantia contra terceiros.

No âmbito extrajudicial

O procedimento da usucapião extrajudicial está previsto no artigo 1.071 do Novo


Código de Processo Civil, o qual acrescentou o artigo 216-A na Lei de Registros
Publicos (L. 6.015/73).

Um dos principais benefícios de requerer a usucapião pela via extrajudicial é a


celeridade do procedimento, bem como o baixo custo se comparado com a
usucapião judicial.

O interessado, representado pelo advogado, poderá apresentar requerimento ao


Cartório de Registro de Imóveis da comarca onde estiver situado o imóvel
usucapiendo devendo tal requerimento estar instruído com a seguinte
documentação:
a. Ata notarial: lavrada pelo Tabelião de Notas da região do Imóvel, contendo
o tempo de posse do requerente e circunstâncias e dos antecessores
b. Planta e Memorial descritivo assinado por profissional legalmente habilitado,
e pelos confinantes, titulares de domínio;
c. Certidões Negativas dos Distribuidores da Comarca da Situação do Imóvel e
do domicílio do requerente;
d. justo título ou quaisquer outros documentos que demonstrem a origem, a
continuidade, a natureza e o tempo da posse.

O requerimento de usucapião será autuado pelo registrador e prenotado. O


registrador deverá notificar os confinantes e titulares de domínio ou direito real que
não assinaram a planta, que possuem prazo máximo de 15 (quinze) dias para
manifestação. Posteriormente, o oficial de registro dará ciência à União, ao Estado,
Distrito Federal e Município para manifestação, também, em 15 (quinze) dias sobre
o pedido,
Realizadas as notificações, o registrador deve realizar a publicação de Edital em
jornal de grande circulação na região do imóvel, s.
Após o decurso de todos os prazos, achando-se a documentação em ordem, o
registrador procederá com o registro da aquisição imóvel, sendo permitida a
abertura de nova matrícula se for necessário.
Caso o registrador entenda que a documentação não está em ordem poderá
indeferir o requerimento, sendo certo que este indeferimento não impede a
propositura da ação de usucapião.
Do mesmo modo, em havendo qualquer impugnação do processo por terceiros, o
oficial obrigatoriamente remeterá os autos ao juízo da comarca do imóvel e o
requerente deverá emendar a inicial para adequá-la aos moldes do quanto
estabelecido na lei adjetiva.
Se a usucapião extrajudicial for requerida sobre imóvel rural, haverá necessidade
de documentos específicos, listados no provimento 65 do CNJ no art. 19: Cadastro
Ambiental Rural (CAR); Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR);
Certificação de não sobreposição dada pelo Incra.

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