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O procedimento de usucapião extrajudicial, conforme estabelecido pelo Provimento 65/2017

do CNJ, é um método simplificado para obter a propriedade de um imóvel sem necessidade


de processo judicial. O interessado deve reunir a documentação necessária, apresentar uma
petição inicial no cartório de registro de imóveis da região onde o imóvel está localizado, que
será analisada pelo oficial. Após a publicação de edital para notificação de terceiros
interessados e do Ministério Público, e o término do prazo para manifestações, o oficial
decide sobre o pedido. Se deferido, o registro do usucapião é realizado pelo cartório, tornando
o requerente o novo proprietário do imóvel.

Sim, no procedimento de usucapião extrajudicial é necessária a representação por advogado,


conforme estabelecido pelas normas do Conselho Nacional de Justiça e pela legislação
vigente.

Na usucapião extrajudicial, a ata notarial é um documento elaborado pelo tabelião de notas


que confirma a posse do requerente sobre o imóvel. Para sua elaboração, o requerente precisa
comparecer perante o tabelião e prestar declarações sobre a posse do imóvel, sua localização
e outras informações relevantes. O documento deve conter uma descrição detalhada do
imóvel, declarações do requerente sobre a posse mansa, pacífica e contínua, e pode incluir a
presença de testemunhas, conforme necessário. Ao final, a ata é certificada pelo tabelião com
sua assinatura e selo, garantindo sua autenticidade e servindo como prova da posse perante o
cartório de registro de imóveis.

Na usucapião extrajudicial, os confinantes (vizinhos) serão notificados por edital, conforme


estabelecido pelo Provimento 65/2017 do CNJ, apenas quando o requerente não possuir os
seus endereços ou caso não seja possível localizá-los para notificação pessoal. Essa
notificação por edital é realizada pelo oficial de registro de imóveis e tem como objetivo dar
ciência aos confinantes sobre o processo de usucapião em andamento, possibilitando-lhes
manifestar eventual oposição ao pedido dentro do prazo estabelecido. Se os confinantes forem
localizados e puderem ser notificados pessoalmente, isso será feito pelo oficial de registro de
imóveis.

No procedimento de usucapião extrajudicial, conforme estabelecido pelo Provimento 65/2017


do CNJ, além dos confinantes (vizinhos), há a obrigatoriedade de notificar o Poder Público,
especificamente a Fazenda Pública, por intermédio da Procuradoria-Geral ou da Advocacia
Pública, dependendo da esfera governamental competente. Essa notificação tem o objetivo de
dar ciência ao Estado sobre o processo de usucapião em andamento, permitindo-lhe
manifestar eventual interesse ou oposição ao pedido dentro do prazo estabelecido.

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